SOBRE ANATOMIA E LOCALIZAÇÃO DA TÉCNICA: A técnica de punção por hipodemóclise é realizada na camada subcutânea ou chamada hipoderme (3ª camada da pele) Possui capilares sanguíneos permitindo que medicamentos e soluções sejam absorvidos e transportados para macro circulação e chegue a circulação sistêmica. Quem pode realizar procedimento de hipodermóclise? Técnicos de enfermagem e Enfermeiros treinados e habilitados. Na hipodermóclise, tanto a punção quanto a administração de fluidos prescritos, podem ser realizadas por membros da equipe de enfermagem (Enfermeiro, Técnico de Enfermagem), desde que o profissional seja treinado, capacitado e suas habilidades constantemente validadas por meio da educação permanente. Indicações Paciente de difícil acesso vascular que não necessite de grandes volumes; Controle da dor; Paciente com contra indicações de procedimentos invasivos (menos chance de infecção por corrente sanguínea) Cuidados paliativos; Desidratação leve a moderada Pacientes com restrição de medicação via oral Contra-indicações Situações de emergência Hipervolemia Membro que realizou esvaziamento linfático Desnutrição severa Hipotrofia do tecido cutâneo Região de edema Anasarca Paciente com distúrbio de coagulação Locais próximos a cirurgias Benefícios da técnica Menos dor na punção Eficaz em analgesia Menos risco de infecção Menos risco de eventos adversos ou complicações Baixo custo Preparo para alta hospitalar ou seguimento em domicílio Diminui estresse de repetidas punções venosas Eventos adversos: Reações locais: eritema, hematoma, edema, endurecimento da pele, extravasamento, prurido, dor, inflamação e infecção; Caso os sinais de irritação local persistam por mais do que 4h após a punção, recomenda-se a trocado sítio; Relato de dor ou fácies de dor ao início da infusão são os principais indícios de que a punção está fora do espaço subcutâneo, devendo ser considerada outra punção. Em vigência de sinais flogísticos, o cateter deve ser retirado e aquele sítio estará contraindicado para novas punções por, no mínimo, dez dias. MATERIAIS NECESSÁRIOS Bandeja; Luvas de procedimento; Solução antisséptica (álcool 70%); Gaze não-estéril ou bola de algodão; Cateter não-agulhado (20G a 24G) ou cateter agulhado (21G a 25G); Seringa com medicamento preparado ou frasco de soro Extensor, se necessário; Equipo, se necessário; Flaconete de 10 ml de SF0,9% (lavar acesso após administração do medicamento); Cobertura estéril e transparente para curativo; Esparadrapo ou fita micropore para identificação. Técnica de punção Preencha o circuito intermediário do cateter com soro fisiológico 0,9% e mantenha a seringa acoplada na via introdutória; Avalie regiões anatômicas e escolha o local da punção. Se necessário, realize tricotomia com tricótomo ou tesoura; Tracione uma prega de pele e introduza o cateter na prega, fazendo um ângulo de 45° com a pele. Pacientes emagrecidos devem ser puncionados com uma angulação menor (cerca de 30°)