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POP GE: NIVELAMENTO DA BOLSA DA DERIVAÇÃO VENTRICULAR

EXTERNA – DVE

1. OBJETIVO: Realizar a técnica de nivelamento da derivação ventricular externa – DVE,


assegurando o controle da drenagem liquórica com precisão.

2.ABRANGÊNCIA: Médicos e enfermeiros.

3.MATERIAIS E RECURSOS NECESSÁRIOS:

3.1.Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): luvas de procedimento, máscara


cirúrgica e óculos de segurança.

3.2.Materiais específicos para o procedimento: Suporte de soro, régua de nível, pano


multiuso, almotolia de álcool 70 IMPN.

4. PROCEDIMENTOS:

1. Realizar higienização das mãos com água e sabão antisséptico (mínimo 30 segundos)
ou álcool gel (mínimo 15 segundos);

2. Checar a presença de suporte de soro exclusivo no leito do paciente;

3. Separar a régua de nível e higienizá-la com álcool 70 IMPN previamente ao uso;

4. Dirigir-se ao leito do paciente;

5. Realizar higienização das mãos com água e sabão antisséptico (mínimo 30 segundos)
ou álcool gel (mínimo 15 segundos);

6. Perguntar para o paciente e/ou acompanhante: “Qual seu nome?”, “Qual é sua data de
nascimento?”, “Sabe seu número de registro hospitalar ?;

7. Conferir os dados da pulseira de identificação com os dados relatados;

8. Conferir o registro hospitalar que consta na pulseira de identificação;

9. Explicar o procedimento e finalidade ao paciente e/ou acompanhante;

10. Realizar higienização das mãos com água e sabão antisséptico (mínimo 30
segundos) ou álcool gel (mínimo 15 segundos);

13. Colocar máscara cirúrgica, óculos de segurança e luvas de procedimento;


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EXTERNA – DVE

14. Fechar o clamp do circuito proximal a cabeça do paciente, para interromper a


drenagem.

15. Posicionar o paciente centralizado a cama mantendo a cabeceira elevada a 30-45°


graus, se não houver contraindicação para este posicionamento e identificar se o sistema
de drenagem encontra-se em suporte de soro exclusivo;

16. Verificar o “zero” do sistema de drenagem utilizando como referência o conduto


auditivo externo e o orifício da câmara de gotejamento da bolsa de drenagem, sob o uso
da régua de nível para o alinhamento nestes dois eixos: Câmara de gotejamento →
Conduto auditivo;

17. Abrir a via do sistema de DVE próxima ao paciente para liberar a drenagem;

18. Manter o leito organizado e o paciente confortável;

19. Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las em local apropriado;

20.Realizar higienização das mãos com água e sabão antisséptico (mínimo 30 segundos)
ou álcool gel (mínimo 15 segundos);

21. Dirigir-se ao posto de enfermagem;

22. Calçar as luvas de procedimento;

23. Realizar a limpeza e desinfecção da régua de nível com álcool 70 INPM e


acondicioná-la em local apropriado;

24.Retirar as luvas de procedimento e descartá-las em local apropriado;

25.Realizar higienização das mãos com água e sabão antisséptico (mínimo 30 segundos)
ou álcool gel (mínimo 15 segundos);

26. Retirar a máscara cirúrgica;

27. Retirar os óculos de segurança, lavá-los com água e sabão, secá-los com papel
macio e/ou pano multiuso e, em caso de utilizá-los em leito de paciente em precaução de
isolamento (contato, gotículas e aerossóis), ou se apresentar sujidade aparente após o
procedimento, deve-se realizar a desinfecção com álcool 70INPM;
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EXTERNA – DVE

28.Realizar higienização das mãos com água e sabão antisséptico (mínimo 30 segundos)
ou álcool gel (mínimo 15 segundos);

29. Realizar as anotações de enfermagem no Sistema de Informação Hospitalar (SIH);

30. Em caso de intercorrências durante o procedimento, registrá-las no Sistema de


Informação Hospitalar (SIH).

5. CONTINGÊNCIAS:

✔ Caso o SIH esteja fora do ar, realizar manualmente o pedido para aquisição do
fármaco, checar na prescrição e posteriormente transcrever para o SIH.

6. OBSERVAÇÕES:

1. Zerar o cateter de DVE no conduto auditivo externo no momento da admissão e para


qualquer alteração do nível da cabeceira do leito.

2. Manter a altura de acordo com a conduta da equipe de neurocirurgia.

3. Atentar aos sinais e sintomas de infecção: alteração da coloração normal (incolor,


límpido), calafrios, febre, confusão mental, rebaixamento dos níveis de consciência,
alteração pupilar, rigidez de nuca, cefaleia, outros.

4. Manipular com cuidado o paciente para evitar o tracionamento do cateter. Se houver a


tração, nunca reposicioná-lo, acionando imediatamente o enfermeiro e médico.

5. Nunca aspirar ou injetar soluções via cateter. Em caso de obstrução, acionar o


enfermeiro e médico.

6. Fechar o cateter de DVE durante o transporte intrahospitalar ou quando abaixar a


cabeceira a zero graus, evitando o risco de drenagem excessiva do líquor.

7. Atentar para a abertura de todos os clamps do sistema.


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8. Desprezar a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade (aproximadamente


200 ml) ou a cada 12 horas a fim de evitar alteração do nivelamento da DVE por peso
excessivo. Ao manipular a via de saída da bolsa manter a técnica asséptica.

9. O sistema de DVE deve ficar fixado em suporte exclusivo.

10. Os dispositivos de DVE atuais utilizam conector valvulado para conexão com a
seringa, sem necessidade de perfuração com agulha.

11. O local de inserção do cateter deve ser inspecionado no momento da admissão do


paciente e uma vez ao dia, anotando as características do sítio operatório;

12.O SESMT orienta que os óculos de segurança devem ser lavados com água e sabão
neutro, secar com papel macio e/ou pano multiuso (sem friccionar o papel, para não
danificar as lentes) e, apenas nos casos de procedimentos de assistência com pacientes
de isolamento e/ou se ocorrer projeção de secreções e líquidos biológicos, após a
secagem, deve-se utilizar álcool 70INPM, (até que seja liberada a utilização de quaternário
de amônio) e, neste caso, deve-se utilizar luvas de procedimento no processo de
higienização e desinfecção dos óculos.

7. AUTORES e REVISORES:

7.1.Autores: Monique Antonia Coelho, Amanda dos Santos Cecilio, Ana Carolina Sanches
Antonio, Priscila Eburneo Laposta Spadotto e Thaís Amanda Leccioli.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 3ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.

2. SMELTZER, SC; BARE BG; Brunner et Suddarth. Tratado de enfermagem médico cirúrgica.
10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

3. FELIPPE, MJDB, SILVA; NAM; GARCIA MB. Manual de Procedimentos Operacionais Padrão
da Unidade de Internação – Terceiro Andar Esquerdo. Hospital Estadual Bauru. 2006. R 03,
32p.
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EXTERNA – DVE

4. NISHIO, EA; BETTA, CA; SILVA, VCG. Guia de Rotinas e Fluxos Gerais e Específicos de
Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, 274 p.

5. Brunner e Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Ed. Artemed,8ªed; André, C;


Freitas, G. Terapia intensiva em Neurologia e Neurocirurgia. 1.ed : Revinter, 2002.

6. CAMACHO, EF. Avaliação do Impacto da implantação de rotina de cuidados com


DVE em uma UTI neurológica. Dissertação apresentada à faculdade de medicina da
Universidade de São Paulo para a obtenção do título de mestre em ciências. Programa de
doenças infecciosas e parasitárias. São Paulo/2011.

7. CINTRA, EA.; NISCHIDE, VM.; NUNES, WA. Assistência de enfermagem ao


paciente gravemente enfermo. São Paulo: Atheneu, 2003.

8. SAKAMOTO, V.Y.M. Derivação ventricular externa: desenvolvimento de protocolo


assistencial de enfermagem direcionado ao paciente adulto. Dissertação (Mestrado)-
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Fundação Universidade Federal de
Ciências da Saúde de Porto Alegre, 2018. Disponível em: . Acesso em 01 de out. 2020.

9. DICCINE, S. Enfermagem em neurologia e neurocirurgia. 1. ed. Rio de Janeiro:


Atheneu, 2017.

10. VIANA, R.A.P.P.; TORRE, M. Enfermagem em Terapia Intensiva. Barueri, SP:


Manole, 2017.

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