Você está na página 1de 12

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE

LUANDA

CURSO DE FARMÁCIA

Principais técnicas de colheta de amostra para analise de feses


e urina

MAIO, 2023
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE
LUANDA

CURSO DE FARMÁCIA

Principais técnicas de colheta de amostra para analise de feses


e urina

Curso: Farmácia
Sala 12ª
Nº 53
Classe: 11ª
Nome:Tcitomba Nangombe Nklundjile Tchatila

Maio, 2023
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
2. FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA................................................................................2
2.1 Recepção do paciente..................................................................................................2
2.2 Amostra.......................................................................................................................2
2.3 Cuidados preliminares.................................................................................................3
2.4 Equipamentos de Proteção Coletiva............................................................................4
2.5 Boas práticas de biossegurança...................................................................................5
2.5.1 Procedimento em Caso de Derramamento de Material Orgânico............................5
2.6 Procedimento de coleta de urina..................................................................................6
2.7 Procedimento de coleta de feses..................................................................................7
2.8 Realização dos exames e coleta de urina e fezes.........................................................8
3. CONCLUSÃO...........................................................................................................9
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................10
1. INTRODUÇÃO

A fase pré-analítica para exames laboratoriais é de grande importância para


todas as pessoas envolvidas no atendimento aos pacientes e quando realizada de forma
inadequada pode comprometer os resultados.

É importante a identificação adequada do paciente e dos recipientes nos quais


será colocada a amostra.

Deve-se estabelecer um vínculo seguro e indissolúvel entre o paciente e o


material colhido para que, no final, seja garantida a rastreabilidade de todo o processo.

Para esta pesquisa tenho como objectivo geral compreender as principais


técnicas de colheta de amostra para analise de feses e urina. E como objectivo
específico contexto teórico e suas variações e composições.

1
2. FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

2.1 Recepção do paciente

O paciente deve ser recebido com cortesia e cordialidade. O profissionalismo é


importante para que o paciente tenha uma boa primeira impressão.

Sorria, seja amigável, mas seja profissional falando com o paciente, dedicando-lhe
atenção, explicando os procedimentos aos quais ele vai ser submetido, de modo a
transmitir-lhe tranquilidade e segurança.

No momento em que o paciente é chamado, a identidade deve ser conferida e


confirmada através da ficha de entrada.

Condições do paciente

Coletar antes das principais refeições e principalmente antes da realização de


exercícios físicos (se o paciente veio caminhando ou pedalando de longa distância,
esperar até que ele se sinta descansado para fazer a coleta).
2.2 Amostra

Considera-se como amostra todo material biológico, líquidos, secreções,


excreções, fragmentos de tecidos, obtidos do corpo humano e que possam ser analisados
e material não-biológico como água, alimentos, medicamentos, saneantes e outros.

Embora não seja necessário conhecer todos os detalhes sobre os procedimentos


analíticos dos testes, é essencial conhecer o tipo de amostras necessárias para cada teste

Identificação da Amostra

Qualquer amostra deve vir identificada com etiqueta autocolante, em letra legível e
colocada de maneira que se possa visualizar a amostra, contendo os seguintes dados:

o Número do código de Barra - gerado pelo sistema GAL;


o Nome completo do Paciente;
o Município.

2.3 Cuidados preliminares

2
Ao iniciar os trabalhos, o técnico deve ter todas as condições para uma boa
coleta, organizar seu material de acordo com a amostra a ser coletada, estar portando
seus Equipamentos de Proteção Individual - EPI, ter seus Equipamentos de Proteção
Coletiva - EPC à disposição, conferir todos os dados da requisição e preparar a
identificação da amostra.

Condições para a Coleta Sanguínea:

 Sala bem iluminada e ventilada, com pia;


 Cadeira reta com braçadeira regulável ou maca;
 Garrote, Algodão hidrófilo e Álcool a 70%;
 Agulha e seringa descartáveis e/ou Sistema a vácuo;
 Tubos de ensaio com tampa, Pipetas Pasteur e Estantes para tubos;
 Etiquetas e canetas esferográficas para identificação de amostras;
 Descarte com parede rígida;
 EPI’s: Avental, Máscara, Luvas descartáveis.

Ordem de Coleta Sanguínea

A "ordem de coleta" recomendada, segundo a NCCLS (National Committee for


Clinical Laboratory Standard), quando há necessidade de se coletar várias amostras de
um mesmo paciente, durante uma mesma punção venosa, é a seguinte:

 Tubo para hemocultura (quando houver);


 Tubo sem aditivo (soro);
 Tubo com citrato (coagulação);
 Tubo com heparina (para plasma).

Equipamentos de Proteção Individual: são roupas ou equipamentos utilizados


para proteger o trabalhador, do contato com agentes infecciosos, tóxicos, corrosivos,
calor excessivo e outros perigos:

 Jaleco: uso em todos os tipos de procedimentos, com as seguintes


características: manga longa com elástico no punho, comprimento mínimo na altura dos
joelhos, abertura frontal e de tecido preferencialmente de algodão ou tecido não
inflamável;

 Luvas: para coleta, manuseio, acondicionamento de materiais biológicos; pode


ser de procedimento ou cirúrgica, em látex;

 Óculos de proteção: usar em situações de risco de formação de aerossóis,


salpicos de material contaminado ou quebras de vidraria;

 Máscara de Proteção Respiratória e Facial: usar em situações de risco de


formação de aerossóis e salpicos de material potencialmente contaminado.

3
2.4 Equipamentos de Proteção Coletiva

São equipamentos que possibilitam a proteção do trabalhador, do meio ambiente


e do produto ou pesquisa desenvolvida.

 Dispositivos de Pipetagem – Nunca usar a boca para pipetar, porque além do


risco de aspiração, torna mais fácil a inalação de aerossóis.

Utilizar um dos vários tipos de bulbos, pêra ou pipetadores;

 Cabines de Segurança Biológica são usadas como barreira primária para evitar
fuga de aerossóis, dando proteção ao manipulador, ao meio ambiente e à amostra ou
procedimento;

 Kit para limpeza (saco para autoclave, pá, escova, balde, etiquetas, protetores
de sapatos) - para casos de derramamentos e quebras de materiais contaminados;

 Kit para Primeiros Socorros.

Lavagem das Mãos

 Abrir a torneira com a mão não dominante (para destro, usar a mão esquerda;
para o canhoto, à direita) e molhá-las sem encostar-se a pia ou lavatório;

 Ensaboar as mãos, friccionando-as por aproximadamente 15 a 30 segundos,


atingindo: palma das mãos; dorso das mãos; espaços interdigitais; polegar; articulações;
unhas e extremidades; dedos e punhos;

 Enxaguar as mãos, tirando o sabão com bastante água corrente;

 Enxugar com papel absorvente e fechar a torneira utilizando o papel


absorvente ou os cotovelos;

 Calçar as luvas e executar o trabalho de rotina no laboratório;

 Quando terminar os exames, retirar as luvas com cuidado pelo avesso e colocar
na lixeira de pedal para material infectante e tornar a lavar as mãos, de acordo com as
instruções acima.

Limpeza da Bancada de Trabalho

 Deve ser feita com álcool a 70% no início e no término das atividades ou
sempre que houver necessidade;

 Quando houver derramamento de material biológico, limpar imediatamente


com solução de hipoclorito a 2% em preparação diária.

4
Descarte de Material Contaminado e Perfurocortante

 Agulhas, seringas, tubos quebrados, tubos contendo sangue ou soro devem ser
desprezados em recipientes de paredes rígidas com tampa (latas de leite em pó ou
similares podem ser utilizadas) e sinalizadas como “INFECTANTE”;

 Papéis, luvas, gaze, algodão e outros devem ser recolhidos em lixeiras com
tampa e pedal, contendo saco para lixo específico para material infectante (cor branca
leitosa).

2.5 Boas práticas de biossegurança

 O uso das luvas não substitui o ato de lavar as mãos que deve ser feito após
cada manipulação com as amostras;

 Toda amostra deve ser tratada como potencialmente patogênica;

 É proibido comer, beber, fumar e aplicar cosméticos nas áreas de trabalho;

 Uso de roupas de proteção no interior do laboratório, não sendo permitida a


circulação com as mesmas em áreas externas;

 Cuidado para evitar a formação de aerossóis - uso incorreto de centrífugas,


homogeneizadores, agitadores, agitação, flambagem de alças de platina;

 Não é permitida a entrada de pessoas estranhas no laboratório;

 As bancadas do laboratório devem ser impermeáveis e resistentes a ácidos,


solventes e calor;

 A Limpeza da bancada de trabalho deve ser feita com álcool a 70% no início e
no término das atividades ou sempre que houver necessidade;

 Quando houver derramamento de material biológico, limpar imediatamente


com solução de hipoclorito a 2% em preparação diária.
2.5.1 Procedimento em Caso de Derramamento de Material Orgânico

 Isolar a área – sinalizar;

 Usar equipamento de proteção individual (EPI);

 Cobrir o derramamento com material absorvente, por exemplo: toalha de papel e


verter, desinfetante sobre o material absorvente e nas bordas do derramamento tendo o
cuidado com a formação de respingos;

 Verificar e observar as concentrações indicadas e o tempo de contato;

5
 Aguardar trinta minutos e iniciar a limpeza tomando cuidado com sapatos e roupas,
retirá-los após a limpeza;
 Todos os materiais e equipamentos utilizados na limpeza deverão ser auto clavados
após o uso;

 Nunca pegar os cacos de vidro com as mãos;

 A limpeza deverá ser efetuada mecanicamente com pinça, escova autolavável, pá


metálica ou de outro material autolavável;

 Os cacos de vidro devem ser descartados em recipiente específico para perfuro


cortantes.
2.6 Procedimento de coleta de urina

A coleta de urina é bem simples e pode até mesmo ser realizada em casa, desde
que sejam seguidas algumas instruções. a coleta adequada é muito importante para
evitar contaminação e a necessidade de realizar outro exame.

A urina deve ser coletada em frasco de material inerte, limpo, seco e à prova de
vazamento. é recomendado o uso de recipientes descartáveis porque eliminam a
possibilidade de contaminação na coleta a domicílio, o laboratório fornece as instruções
para garantir que o procedimento seja realizado conforme desejado e o coletor (frasco
para guardar a amostra). O paciente deve entregar a urina no laboratório no prazo
máximo de 2 horas após a coleta ou então manter a amostra refrigerada.

Não há necessidade de nenhum preparo especial do paciente para a coleta de


urina para exame de rotina, mas deve-se ter em mente que algumas características se
modificam ao longo do dia, dependendo do tempo de jejum, da composição da dieta, da
atividade física e do uso de determinados medicamentos. A qualidade do resultado
depende diretamente da qualidade e confiabilidade da coleta da amostra.

O exame de urina é um dos tipos de exames mais solicitados pelos médicos, seja
no pronto atendimento, em consultas de urgência e emergência, quanto em consultas de
rotina. 
A urina pode apontar inúmeros problemas que estejam acontecendo em nosso
organismo, além dos problemas nos rins e nos tratos urinários, ela também pode ajudar
no diagnóstico de outros problemas sistêmicos, como alguns tipos de anemia e até
mesmo a diabetes.

Os exames de urina são diferenciados por dois tipos, o EAS (Elementos


Anormais do Sedimento), popularmente conhecido como Urina tipo 1 e a Urocultura. O
primeiro exame é o mais completo, ele é solicitado para investigar problemas renais, nas
vias urinárias, diabetes, presença de bactérias, parasitas, sangue e outros sinais de
alterações sistêmicas, como a anemia.

Já a urocultura é um exame mais específico e é solicitado principalmente para


diagnosticar os casos de suspeita de infecção urinária.
A urocultura será responsável por detectar a presença de bactérias que estejam causando
a infecção, é comum que os médicos solicitem juntamente o antibiograma, que é um

6
tipo de exame realizado para avaliar quais antibióticos serão capazes de combater esta
infecção.
Ainda há um outro tipo de exame de urina chamado de urina 24 horas, para realizar este
exame deve ser coletado uma amostra de todos os xixis feitos durante o dia num prazo
de 24 horas, a avaliação é feita para confirmar a suspeita de pré-eclâmpsia, uma doença
que causa hipertensão principalmente em gestantes.
2.7 Procedimento de coleta de feses

O principal exame de fezes tem como finalidade identificar alterações nas funções
digestivas do paciente, um exemplo é avaliando a quantidade de gordura nas fezes, mas
também há outros dois exames que podem ser realizados a partir das fezes para
identificar outros problemas, como no caso do exame de sangue oculto e parasitológico.
No exame de sangue oculto, o laboratório irá testar uma amostra das fezes em uma
substância química que irá apontar se há a presença de sangue ou não, caso o teste seja
positivo, o médico deverá solicitar outros exames complementares para identificar a
origem do sangramento.
Já o exame parasitológico, é feito com o objetivo de identificar a presença de bactérias,
protozoários, vermes ou até mesmo os ovos destes parasitas.
É comum que o médico peça para o paciente coletar 1 ou 3 amostras de fezes para a
realização dos exames, todas as orientações quanto a coleta e armazenagem devem ser
feitas pelo profissional para que o paciente saiba como prosseguir corretamente.
Mas, de maneira geral, nos casos onde é solicitado 3 amostras, o paciente deve coletar
as fezes em horários diferentes, não devendo fracionar a mesma amostra nos três
coletores. Quanto à armazenagem, é necessário seguir a orientação do laboratório,
normalmente são aceitas as amostras de fezes que foram guardadas na geladeira por até
24 horas antes da entrega.
O recipiente onde as fezes foram coletadas também deve ser específico para este tipo de
exame, isso porque os coletores são esterilizados e adequados para armazenar as
amostras por mais tempo.

2.8 Realização dos exames e coleta de urina e fezes

No caso das fezes jamais pegue uma amostra que esteja dentro do vaso sanitário,
este é um ambiente extremamente contaminado que pode influenciar na alteração dos
exames.

O recomendado é que as fezes sejam feitas diretamente no coletor, mas caso não
seja possível, você pode utilizar um penico, bidê ou forrar o chão da sua casa com papel
higiênico, sacola plástica ou jornal para evacuar. Quando terminar pegue somente a
amostra das fezes que estejam por cima, para evitar contaminação do material não
recomendamos que pegue as fezes que tenham entrado em contato com o papel. Para
ajudar na coleta utilize a própria pazinha estéril que acompanha o coletor.

7
No caso do exame ser solicitado para um bebê, fique atento para coletar uma
amostra assim que o bebê evacuar. Lembre-se de pegar somente as fezes superficiais,
evite as que tenham entrado em contato com a fralda.

Quanto à armazenagem, é necessário entrar em contato com o laboratório para se


informar do protocolo estabelecido na instituição, em geral, as fezes podem ser
armazenadas na geladeira (não no freezer) por até 24 horas. Caso o médico tenha
solicitado 3 amostras, as 3 devem ser levadas ao laboratório juntas.

Para o exame de urina, a recomendação é que primeiramente seja feita a


higienização das partes íntimas, em seguida despreze o primeiro jato de urina e libere o
próximo jato diretamente no coletor, nunca pegue a urina desprezada no vaso sanitário,
além de estar misturado com água, este ambiente contaminado pode influenciar na
alteração dos exames.

Para exames já agendados o ideal é que seja utilizado a primeira urina do dia,
mas se não for possível também pode ser usada a urina de outros momentos.

Também é muito comum que os médicos solicitem o exame de urina para os


bebês e recém-nascidos, neste caso o coletor é um pouco diferente, ao invés do copo, é
fornecido um coletor de saquinho que possui abertura para encaixar nas partes íntimas
da criança. Este coletor é fixado com uma fita e em seguida a mãe ou o pai pode vestir a
criança novamente com a fralda até que ela consiga fazer o xixi.

Cada laboratório possui um protocolo, mas em geral o coletor pode ficar fixo
entre 20 a 40 minutos, após este período é recomendado trocar por outro coletor novo e
estéril.

3. CONCLUSÃO

Neste trabalho, consegui alcançar o nosso objectivo geral, pois compreendi que o
planejamento de coleta e amostra de efluente tem como principal objetivo definir as
atividades de coleta, preservação, manuseio e transporte das amostras, tudo isso para
assegurar que se tenha todas as informações necessárias da forma mais precisa de uma
maneira mais eficaz e eficiente. Tanto a nossa urina, quanto as nossas fezes, são
materiais muito relevantes para análise.

8
Isso porque conseguem fornecer diversas informações a respeito do estado de saúde
do organismo, bem como auxiliar no diagnóstico de diversos problemas que afetam o
seu bem-estar.

O exame de urina é utilizado para identificar infecções do trato urinário, doenças


renais e doenças sistêmicas. Quando são identificadas alterações, outros exames
complementares de diagnóstico podem ser solicitados, a fim de descobrir a origem do
problema.

Já o exame de fezes é um dos mais efetivos para averiguar não somente problemas
gastrointestinais como também possíveis anomalias no fígado, má absorção de
vitaminas e a presença de vermes.

4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 https://www.mg.gov.br/sites/default/files/servicos/
manual_de_coleta_2010_2.pdf;
 https://www.boaconsulta.com/blog/exame-de-fezes-urina/;
 https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2018/06/
manual_de_coleta_2013.pdf.

Você também pode gostar