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FUNDAMENTOS DE

ENFERMAGEM

Profa: Enfa Lorena B. Feijó


BALANÇO HIDRICO
BALANÇO HÍDRICO
 Processo de observação e registro da quantidade de líquidos
administrados e eliminados pelo paciente no período de 24
horas, com o objetivo de verificar perdas e/ou ganhos de
líquidos e eletrólitos.
BALANÇO HÍDRICO
 O Balanço Hidroeletrolítico é a relação dos líquidos
administrados e ingeridos e dos líquidos eliminados pelo
paciente fazendo parte de sua avaliação hemodinâmica

 O balanço hídrico é o registro diário de líquidos infundidos e


eliminados de um paciente.
BALANÇO HÍDRICO
 A manutenção da quantidade adequada de líquidos no organismo e
de seus elementos são fatores essenciais para a vida, pois os líquidos
correspondem aproximadamente 50 a 70% do peso corporal
exercendo um papel importante no organismo, como:

 Transporte de oxigênio e nutrientes para a célula e remoção dos


produtos de degradação.

 Manutenção do equilíbrio físico e químico.


BALANÇO HÍDRICO
 Seu principal objetivo é realizar rígido controle sobre infusões e
eliminações para avaliação da evolução clínica do paciente.

 Através do registro do balanço hídrico podemos observar


juntamente com exames laboratoriais, o início de algumas
patologias
BALANÇO HÍDRICO
 Para facilitar a apuração nas 24 horas dos líquidos introduzidos
como também dos eliminados, existe um formulário que é
anexado ao prontuário do paciente chamado de folha de
balanço hídrico.
BALANÇO HÍDRICO
 TIPOS DE PERDA:

 Perda sensível:
 Mensurável
 Ex: urina, fezes, vômito, liquido em aspiração, sangue

 Perda insensível:
 Não mensurável.
 Ex: suor, lagrimas, respiração
BALANÇO HÍDRICO
• Aproximadamente 300 a 500 ml são eliminados pelos pulmões em
24 horas e aproximadamente 500ml/dia de água são eliminados
pela pele através da transpiração.

• A quantidade de perda insensível, em um adulto, é de


aproximadamente 500 a 1.000 ml/dia
BALANÇO HÍDRICO
 Líquidos administrados

 Soros;
 Medicações EV;
 Diluição de medicações (EV e VO);
 Sangue e derivados;
 Medicações VO líquidas (nistatina, óleo mineral);
 Sonda nasoenteral: dieta
BALANÇO HÍDRICO

 Líquidos Eliminados
 Urina;
 Fezes (diarreia);
 Vômitos;
 Drenagens;
 Sangramentos.
BALANÇO HÍDRICO
LÍQUIDOS ADMINISTRADOS (+)
-
LÍQUIDOS ELIMINADOS (-)
=
BALANÇO HÍDRICO (+ OU -)

 O resultado dessa equação indicará se o paciente obteve um


balanço hídrico positivo ou negativo
 Positivo indicará que houve um ganho de líquidos
 Negativo sugere que houve uma perda de líquidos
BALANÇO HÍDRICO
• Medidas Importantes ao Controle

• Aspecto das fezes - acolia, melena, sangue


• Quantidade de fezes – pesar fralda
• Aspecto urina – hematúria, piúria, coluria
• Aspecto do vômito – alimentar, sialorreia
• Aspecto das drenagens – sangue, pus
• Quantidade das drenagens – em ml
• Todas as medicações EV devem ser registradas.
BALANÇO HÍDRICO
BALANÇO HÍDRICO
 O balanço hidroeletrolítico parcial pode ser concluído em
intervalos de tempo estabelecidos a cada 06 horas e fechado
totalmente a cada 24 horas
BALANÇO HÍDRICO
 COMO FECHAR O BALANÇO?
LÍQUIDOS ADMINISTRADOS (+)
-
LÍQUIDOS ELIMINADOS (-)
=
BALANÇO HÍDRICO (+ OU -)

 O resultado dessa equação indicará se o paciente obteve um balanço


hídrico positivo ou negativo
 Positivo indicará que houve um ganho de líquidos
 Negativo sugere que houve uma perda de líquidos
BALANÇO HÍDRICO
 ONDE ANOTAR?

 Devemos anotar os valores corretamente na folha de sinais vitais.


VAMOS PRATICAR?

Paciente L.S.H em 15ºDIH por PAF, segue com dreno de tórax sendo
elimidado 320ml (12hrs) e 380ml (24hrs); Alimenta-se por SNE 200ml 4x
ao dia + NPT 2000ml 1x ao dia. Diurese em SVD, sendo eliminado 350ml
(06hrs) + 200ml (12hrs)+ 300ml (18hrs)+ 400ml (24hrs). Em uso de
Dipirona 2:18ml 4x ao dia + SGF 500ml em 4 fases.
Paciente com episódio de vômito as 13 hrs em saco coletor de urina
(300ml); feito Plasil EV (20ml) + Bromoprida EV (100ml).
COLETA DE EXAMES
COLETA DE MATERIAIS
 Coleta de Materiais para Exames:

 Os exames de laboratórios destinam-se a complementação


diagnóstica e assumem importância considerável, desde que
observadas as normas corretas da coleta do material.
COLETA DE MATERIAIS
 Coleta de Materiais para Exames:

 Geralmente cabe à enfermagem, o preparo do paciente, a


obtenção e encaminhamentos de amostras de urina, fezes e
escarro.

 Em muitos serviços, apenas a coleta de exsudatos e sangue é feita


pelo pessoal do laboratório.
COLETA DE MATERIAIS
Normas gerais:

• Informar o paciente sobre o exame que deverá ser feito, suas


finalidades, métodos de coleta e necessidade de sua colaboração,
minimizando preocupações e ansiedade na realização dos
mesmos;

• Empregar frascos ou recipientes adequados e com tampas


perfeitamente ajustáveis;
COLETA DE MATERIAIS
Normas gerais:

• Lavar as mãos antes e após a coleta do material e usar luvas;

• Rotular o frasco com etiqueta, onde deve constar: nome do


paciente, n° do registro geral, número da enfermaria, leito,
exame solicitado, data e hora da coleta, médico requisitante,
pessoa responsável pela coleta do material e caso haja
necessidade de mais amostras, numerar os frascos.
COLETA DE MATERIAIS
Normas gerais:

• Manter a parte externa dos frascos limpos e pedir ao paciente


que não os contamine;

• Todo material coletado deve seguir imediatamente para o


laboratório, acompanhado da respectiva requisição;

• Efetuar registro no prontuário do paciente, constando, horário,


tipo de material colhido e exame solicitado.
PRINCIAIS EXAMES
Urina Tipo I
COLETA DE URINA

 Amostra ideal para exame de rotina


 deve ser colhida no laboratório, se não for possível deve ser
levado ao laboratório dentro de 1 hora.

 Trata-se de uma amostra mais concentrada o que garante a


detecção de substâncias que podem estar presentes nas
amostras aleatórias, mais diluídas.
Urina Tipo I
COLETA DE URINA

 Como coletar:

 Mulheres:
 De preferência no vaso sanitário;
 Fazer assepsia da vagina e destampar o frasco estéril.
 Com uma das mãos afastar os grandes lábios e com a
outra segurar o frasco já destampado.;
 Desprezar o primeiro jato;
Urina Tipo I
COLETA DE URINA

 Como coletar:

 Mulheres:
 Colher a porção média no frasco estéril, urinando em jato
para que a urina não escorra na região genital;
 Desprezar o restante da micção;
 Tampar o frasco imediatamente;
 Evitar coletar em período menstrual;
 Volume mínimo de 10 ml.
Urina Tipo I
COLETA DE URINA

 Como coletar:

 Homens:

 Fazer assepsia do pênis;


 Destampar o frasco estéril;
 Retrair o prepúcio com uma das mãos e com a outra segurar
o frasco já destampado;
 Desprezar o primeiro jato de urina;
Urina Tipo I
COLETA DE URINA

 Como coletar:

 Homens:

 Colher a porção média no frasco estéril urinando em jato


para que a urina não escorra na região genital;
 Desprezar o restante da micção;
 Tampar o frasco imediatamente;
 10 a 20 ml é ideal.
Urina de 24 horas:
COLETA DE URINA

 Muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de


determinada substância química na urina, ao invés de registrar
apenas sua presença ou ausência.

 Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada


cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos
exatos.

 Devemos manter o paciente hidratado durante os períodos de


coletas curtas.
Urina de 24 horas:
COLETA DE URINA

PROCEDIMENTO DE COLETA

 Para conseguir uma amostra precisamente cronometrada, é


necessário iniciar o período de colheita com a bexiga vazia.

 Pegar recipiente devidamente limpo e seco para coleta, com


capacidade de 2.000 ml, já que o volume será bem maior que o
normal.
COLETA DE URINA

Urina de 24 horas:

PROCEDIMENTO DE COLETA

1º dia – 7 h da manhã:

 Urinar e descartar a amostra.


 O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas.
 (As amostras colhidas devem ser mantidas refrigeradas).
COLETA DE URINA

Urina de 24 horas:

PROCEDIMENTO DE COLETA

2º dia – 7 h da manhã:

 O paciente urina e junta toda esta urina com aquela


previamente colhida. E leva até o laboratório todo volume que
foi recolhido.
COLETA DE URINA
TIG (Teste Imunológico de Gravidez)
 
 Colher a primeira urina da manhã.
 Seguir método de coleta para o exame simples.
 Instruir o paciente sobre o exame, fazê-lo urinar em recipiente
limpo e seco previamente rotulado e enviar ao laboratório com a
requisição.
COLETA DE URINA
Glicosúria
  É a eliminação de glicose pela urina.
 Quando o sangue é filtrado pelos rins, as substâncias que são
desnecessárias são eliminadas na urina, enquanto as necessárias,
como a glicose, são reabsorvidas e reenviadas ao sangue.
 Nos indivíduos sadios praticamente toda glicose é reabsorvida.
Coleta de Fezes
Parasitológico
 
 O exame parasitológico de fezes é utilizado para identificação de
diversas infestações parasitárias, ovos ou larvas de helmintos e
de cistos de protozoários;
Parasitológico
Coleta de Fezes

Método
  de coleta

 Instruir o paciente sobre o exame;

 Preparar recipiente limpo, rotular e tampar;

 Pedir a paciente que evacue em comadre limpa;


Parasitológico
Coleta de Fezes

Método
  de coleta

 Calçar as luvas;

 Colher pequena quantidade de fezes com uma espátula;

 Em pessoas incapaz de evacuar na comadre, colher as fezes em


fralda ou pano;

 Enviar ao laboratório com a requisição.


Parasitológico
Coleta de Fezes

Método
  de coleta

 ATENÇÃO - O material não deve ser colhido no período


menstrual. Deve-se ter todo cuidado ao escovar os dentes para
evitar sangramentos em gengivas.

 Método - Colher as fezes em recipientes apropriados, seguindo


normas do laboratório. Manter material à temperatura ambiente
até 30 minutos da coleta. Após isso, manter o material
refrigerado.
Dúvidas?

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