Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BIOMEDICINA
Sorocaba
2023
Aulas Práticas:
MÉTODO DE FAUST:
1. Introdução:
É um Exame Parasitológico de Fezes (EPF) simples, que consiste na
centrífugo-flutuação em sulfato de zinco, utilizado na pesquisa parasitológica de
ovos e larvas de helmintos (principalmente ancilostomíneos) e cistos e oocistos
de protozoários. É realizado com o objetivo de concentrar o que será investigado,
eliminando resíduos fecais e facilitando a identificação, por isso a técnica de
concentração é muito utilizada nas estratégias de exame para parasitos
intestinais.
2. Materiais e Métodos:
Materiais:
Amostra fecal do paciente
Becker de vidro de 250 ml (2)
Bastão de vidro
Água destilada
Rolo de gaze
Coador
Solução saturada de sulfato de zinco
Alça de platina (bacteriológica) de 5 a 7 mm de diâmetro
Tubo de centrífuga
Lâmina de microscopia
Lugol (Solução de iodo/iodeto de potássio)
Lamínula
Centrífuga
Microscópio
Métodos:
Com o auxílio do bastão de vidro, você pegará uma porção (cerca
de 5g) da amostra de fezes, colocando-a no becker
Você colocará em seguida a água destilada (10ml) e
homogeneizará a amostra, com movimentos circulares não muito rápidos
Utilizando a gaze dobrada, o coador e um novo becker, você filtrará
a amostra, retendo as porções sólidas
Você colocará a amostra filtrada no tubo apropriado e colocará na
centrífuga por 1 minuto em 2500 rpm
Após este tempo, você irá retirar o tubo da centrífuga, descartar o
sobrenadante turvo, homogeneizar o sedimento e repetir o processo (água
destilada + centrifugação 45 a 60 segundos a 650 g) até que o sobrenadante
fique límpido
Quando límpido, você irá descartar o sobrenadante, homogeneizar
o sedimento e adicionar a solução de sulfato de zinco (33%, densidade de 1,18
g/ml), colocando novamente o conjunto na centrífuga (45 a 60 segundos a 650
g)
Passado o tempo, ao retirar da centrífuga você identificará 3 fases
no tubo, uma película superficial, uma solução intermediária e um sedimento ao
fundo
Com a alça de platina, você irá coletar apenas a película superficial,
colocando-a na lâmina
Feito isto, você colocará uma gota de lugol e a lamínula por cima,
para analisar na microscopia com objetivas de 10x e/ou 40x.
3. Conclusão:
O Método de Faust, que utiliza a técnica de centrífugo-flutuação com
sulfato de zinco, desempenha um papel significativo na prática clínica quando há
suspeitas de helmintoses e protozooses. Sua eficácia reside na capacidade de
proporcionar uma visualização clara ao remover detritos fecais e concentrar as
formas parasitárias. Esta abordagem é particularmente valiosa, pois possibilita a
identificação mesmo de quantidades pequenas de parasitas. Ao utilizar as
diferenças de densidade, o método atinge sua etapa crucial durante a última
centrifugação com uma solução saturada de sulfato de zinco. Nesse ponto, as
formas parasitárias concentradas se reúnem na superfície, formando uma
película visível a olho nu. Essa característica distintiva torna o método eficiente
e confiável, contribuindo para a detecção precisa de parasitas em amostras
clínicas.
URINÁLISE:
1. Introdução:
A urinálise é uma prática laboratorial vital na área da saúde, envolvendo
a avaliação física, química e microscópica da urina. Essa análise fornece
informações cruciais sobre a saúde renal, metabólica e geral do paciente.
Através da avaliação de características como cor, odor, e composição química,
a urinálise auxilia na detecção precoce de condições como doenças renais,
diabetes e infecções urinárias. Essa abordagem não invasiva desempenha um
papel essencial no diagnóstico e monitoramento de várias condições médicas.
2. Materiais e Métodos:
Materiais:
Amostra de urina das estudantes
Pipeta automática
Pipeta pasteur
Ponteiras
Becker
Câmara de Neubauer
Centrífuga
Kit de leitura de Ph
Microscópio
4. Conclusão:
Em suma, a urinálise emerge como uma ferramenta indispensável no
arsenal diagnóstico da saúde, oferecendo uma visão abrangente da condição do
paciente por meio da análise minuciosa da urina. Ao destacar indicadores físicos,
químicos e microscópicos, essa prática laboratorial não apenas permite a
identificação precoce de distúrbios renais, metabólicos e infecciosos, mas
também desempenha um papel crucial no monitoramento contínuo e na tomada
de decisões clínicas informadas. Profissionais de laboratório desempenham um
papel vital na execução precisa dessas análises, solidificando a importância da
urinálise no panorama da medicina diagnóstica e na promoção da saúde global.
Pesquisa:
TÉCNICAS DE CONCENTRAÇÃO EM PARASITOLOGIA:
1. Sedimentação:
Princípio: Baseia-se na diferença de densidade entre os parasitas e os
elementos fecais.
Técnica: O material fecal é misturado com uma solução salina,
centrifugado e o sedimento é examinado ao microscópio.
2. Flutuação:
Princípio: Parasitas são menos densos que a solução de flutuação.
Técnica: O material fecal é misturado com uma solução de flutuação
(geralmente sulfato de zinco), e o parasita flutua para a superfície.
3. Método de Faust:
Princípio: Baseia-se na sedimentação.
Técnica: Usa uma solução salina e formalina para sedimentação do
material fecal, seguido por centrifugação.
4. Método de Ritchie:
Princípio: Combina sedimentação e flutuação.
Técnica: Utiliza formalina e éter para concentrar o material fecal.
5. Técnica de Baermann:
Concentra larvas de nematóides a partir de amostras do solo ou fezes
usando um funil e água.
2. Coloração de Ziehl-Neelsen:
Princípio: Utilizada para identificar Mycobacterium e alguns
protozoários.
Técnica: Utiliza fucsina ácida como corante principal e ácido-clorídrico
para descorar.
3. Coloração de Gram:
Princípio: Divide bactérias em dois grupos, gram-positivas e gram-
negativas.
Técnica: Envolvem a aplicação de cristal violeta, lugol, álcool-acetona e
safranina.
5. Coloração de Giemsa:
Princípio: Utilizada para identificar protozoários, como Plasmodium
(causador da malária).
Técnica: Aplica o corante Giemsa ao esfregaço após a fixação.
8. Coloração de Wright:
Princípio: Similar à coloração de Leishman, usada para avaliação de
células sanguíneas e parasitas sanguíneos.
Técnica: Combina eosina e azul de metileno para corar diferentes partes
da célula.
Referência:
Garcia, L.S. (2007). Diagnostic Medical Parasitology. ASM Press.
Ash, L.R., & Orihel, T.C. (2007). Atlas of Human Parasitology. ASCP
Press.