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Universidade de Sorocaba – UNISO

BIOMEDICINA

Ana Beatriz de Oliveira Beserra – RA: 00106502


Ana Paula Martins – RA: 00106236
Juliana Tatsumi Oikawa – RA: 00106776
Kamille Victoria Rodrigues Moura – RA: 00107241
Luísa de Lucchio Pedroso – RA: 00107692
Maria Clara de Freitas – RA: 00107138

PORTFÓLIO – Aulas Práticas e Atividades

Sorocaba
2023
Aulas Práticas:

MÉTODO DE FAUST:
1. Introdução:
É um Exame Parasitológico de Fezes (EPF) simples, que consiste na
centrífugo-flutuação em sulfato de zinco, utilizado na pesquisa parasitológica de
ovos e larvas de helmintos (principalmente ancilostomíneos) e cistos e oocistos
de protozoários. É realizado com o objetivo de concentrar o que será investigado,
eliminando resíduos fecais e facilitando a identificação, por isso a técnica de
concentração é muito utilizada nas estratégias de exame para parasitos
intestinais.

2. Materiais e Métodos:
Materiais:
 Amostra fecal do paciente
 Becker de vidro de 250 ml (2)
 Bastão de vidro
 Água destilada
 Rolo de gaze
 Coador
 Solução saturada de sulfato de zinco
 Alça de platina (bacteriológica) de 5 a 7 mm de diâmetro
 Tubo de centrífuga
 Lâmina de microscopia
 Lugol (Solução de iodo/iodeto de potássio)
 Lamínula
 Centrífuga
 Microscópio
Métodos:
 Com o auxílio do bastão de vidro, você pegará uma porção (cerca
de 5g) da amostra de fezes, colocando-a no becker
 Você colocará em seguida a água destilada (10ml) e
homogeneizará a amostra, com movimentos circulares não muito rápidos
 Utilizando a gaze dobrada, o coador e um novo becker, você filtrará
a amostra, retendo as porções sólidas
 Você colocará a amostra filtrada no tubo apropriado e colocará na
centrífuga por 1 minuto em 2500 rpm
 Após este tempo, você irá retirar o tubo da centrífuga, descartar o
sobrenadante turvo, homogeneizar o sedimento e repetir o processo (água
destilada + centrifugação 45 a 60 segundos a 650 g) até que o sobrenadante
fique límpido
 Quando límpido, você irá descartar o sobrenadante, homogeneizar
o sedimento e adicionar a solução de sulfato de zinco (33%, densidade de 1,18
g/ml), colocando novamente o conjunto na centrífuga (45 a 60 segundos a 650
g)
 Passado o tempo, ao retirar da centrífuga você identificará 3 fases
no tubo, uma película superficial, uma solução intermediária e um sedimento ao
fundo
 Com a alça de platina, você irá coletar apenas a película superficial,
colocando-a na lâmina
 Feito isto, você colocará uma gota de lugol e a lamínula por cima,
para analisar na microscopia com objetivas de 10x e/ou 40x.

3. Conclusão:
O Método de Faust, que utiliza a técnica de centrífugo-flutuação com
sulfato de zinco, desempenha um papel significativo na prática clínica quando há
suspeitas de helmintoses e protozooses. Sua eficácia reside na capacidade de
proporcionar uma visualização clara ao remover detritos fecais e concentrar as
formas parasitárias. Esta abordagem é particularmente valiosa, pois possibilita a
identificação mesmo de quantidades pequenas de parasitas. Ao utilizar as
diferenças de densidade, o método atinge sua etapa crucial durante a última
centrifugação com uma solução saturada de sulfato de zinco. Nesse ponto, as
formas parasitárias concentradas se reúnem na superfície, formando uma
película visível a olho nu. Essa característica distintiva torna o método eficiente
e confiável, contribuindo para a detecção precisa de parasitas em amostras
clínicas.
URINÁLISE:
1. Introdução:
A urinálise é uma prática laboratorial vital na área da saúde, envolvendo
a avaliação física, química e microscópica da urina. Essa análise fornece
informações cruciais sobre a saúde renal, metabólica e geral do paciente.
Através da avaliação de características como cor, odor, e composição química,
a urinálise auxilia na detecção precoce de condições como doenças renais,
diabetes e infecções urinárias. Essa abordagem não invasiva desempenha um
papel essencial no diagnóstico e monitoramento de várias condições médicas.

2. Materiais e Métodos:
Materiais:
 Amostra de urina das estudantes
 Pipeta automática
 Pipeta pasteur
 Ponteiras
 Becker
 Câmara de Neubauer
 Centrífuga
 Kit de leitura de Ph
 Microscópio

Figura 1 Materiais utilizados em aula. Foto tirada pelas próprias alunas


Métodos:
 Foi realizada a análise física da amostra, onde foram realizas as
seguintes observações:
o Cor da urina: amarela clara
o Volume 10ml
o Aspecto: límpido
o Odor: normal
 Exame químico: utilizamos o Kit de Ph para a medição. A fita de Ph
foi mergulhada na urina e logo em seguida foi retirada, aguardamos 1min para
leitura e interpretação dos resultados. A leitura é realizada com o verso da
embalagem, onde comparamos as devidas cores com os respectivos compostos
da urina.

3. Resultados da fita de Ph:


- Bilirrubina: +
- Uribilinogenio: normal
- Chetoni: -
- Acido ascórbico: -
- Glucose: normal
- Proteína: trace
- Sangue: ++ ca.50
- Ph: 6
- Nitrito: -
- Leucócito: -
- Densidade/peso específico: 1010
- Exame sedimentoscópio: Centrifugar a amostra e utilizar apenas o sedimento
que será observado no microscópio.
- Amostra foi centrifugada a 2000rpm/5min
- Foram descartados 9ml de sobrenadante e 1ml de sedimento foi
homogeneizado e colocado para preencher a camara de Neubauer
- Foram observadas poucas quantidades de achados

4. Conclusão:
Em suma, a urinálise emerge como uma ferramenta indispensável no
arsenal diagnóstico da saúde, oferecendo uma visão abrangente da condição do
paciente por meio da análise minuciosa da urina. Ao destacar indicadores físicos,
químicos e microscópicos, essa prática laboratorial não apenas permite a
identificação precoce de distúrbios renais, metabólicos e infecciosos, mas
também desempenha um papel crucial no monitoramento contínuo e na tomada
de decisões clínicas informadas. Profissionais de laboratório desempenham um
papel vital na execução precisa dessas análises, solidificando a importância da
urinálise no panorama da medicina diagnóstica e na promoção da saúde global.
Pesquisa:
TÉCNICAS DE CONCENTRAÇÃO EM PARASITOLOGIA:
1. Sedimentação:
Princípio: Baseia-se na diferença de densidade entre os parasitas e os
elementos fecais.
Técnica: O material fecal é misturado com uma solução salina,
centrifugado e o sedimento é examinado ao microscópio.

2. Flutuação:
Princípio: Parasitas são menos densos que a solução de flutuação.
Técnica: O material fecal é misturado com uma solução de flutuação
(geralmente sulfato de zinco), e o parasita flutua para a superfície.

3. Método de Faust:
Princípio: Baseia-se na sedimentação.
Técnica: Usa uma solução salina e formalina para sedimentação do
material fecal, seguido por centrifugação.

4. Método de Ritchie:
Princípio: Combina sedimentação e flutuação.
Técnica: Utiliza formalina e éter para concentrar o material fecal.

5. Técnica de Baermann:
Concentra larvas de nematóides a partir de amostras do solo ou fezes
usando um funil e água.

6. Sedimentação por Centrífuga:


Amostras fecais são misturadas com soluções concentradoras e
centrifugadas para concentrar parasitas no sedimento.
TÉCNICAS DE COLORAÇÃO EM PARASITOLOGIA:
1. Coloração de Lugol:
Princípio: Destaca estruturas específicas, como núcleos e paredes
celulares.
Técnica: Lugol é aplicado ao esfregaço, seguido por álcool para
descorar, e então é corado com safranina.

2. Coloração de Ziehl-Neelsen:
Princípio: Utilizada para identificar Mycobacterium e alguns
protozoários.
Técnica: Utiliza fucsina ácida como corante principal e ácido-clorídrico
para descorar.

3. Coloração de Gram:
Princípio: Divide bactérias em dois grupos, gram-positivas e gram-
negativas.
Técnica: Envolvem a aplicação de cristal violeta, lugol, álcool-acetona e
safranina.

4. Coloração de Tricrômio de Wheatley:


Princípio: Utilizada para identificar protozoários intestinais.
Técnica: Cora o citoplasma de rosa, núcleos de roxo e cistos de verde.

5. Coloração de Giemsa:
Princípio: Utilizada para identificar protozoários, como Plasmodium
(causador da malária).
Técnica: Aplica o corante Giemsa ao esfregaço após a fixação.

6. Coloração de Kinyoun (Modificada de Ziehl-Neelsen):


Princípio: Método modificado para aumentar a sensibilidade na
detecção de Mycobacterium.
Técnica: Utiliza uma solução de corante fenol carbol fucsina e álcool-
acetona para descorar.
7. Coloração de Leishman:
Princípio: Usada para a identificação de células sanguíneas e parasitos
do sangue.
Técnica: Cora o núcleo com violeta de metila e o citoplasma com azul
de metileno.

8. Coloração de Wright:
Princípio: Similar à coloração de Leishman, usada para avaliação de
células sanguíneas e parasitas sanguíneos.
Técnica: Combina eosina e azul de metileno para corar diferentes partes
da célula.

Referência:
Garcia, L.S. (2007). Diagnostic Medical Parasitology. ASM Press.

Cheesbrough, M. (2005). District Laboratory Practice in Tropical


Countries. Cambridge University Press.

Ash, L.R., & Orihel, T.C. (2007). Atlas of Human Parasitology. ASCP
Press.

Pranchas para o diagnóstico de parasitos intestinais. Segunda edição.


[s.l: s.n.]. Disponível em:
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52299/9789275722060_por.pdf

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