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Hemograma

LEUCOGRAMA
Indicações, resultados e
interpretação

www.laboratoriomattoso.com.br Cláudio R. S. Mattoso


Hemograma
Indicações
Diagnóstico/prognóstico

Contra-indicações
Uso separado do Exame clínico

Posologia
Após quanto tempo devo repeti-lo?
Indicações
Circulatório
Tegumentar Reprodutivo
Hematopoiético Respiratório

Digestivo Imunológico

Renal Nervoso

Muscular
COLETA / ACONDICIONAMENTO / ENVIO
DE AMOSTRAS LABORATORIAIS
Acondicionamento

 Homogeneizar bem

 Quantidade de sangue

 Estabilidade

 Fibrina / Coágulos
Processando um exame de
hematológico

 Escolha do Laboratório
Clínico
◦ Equipamentos calibrados

◦ Técnicos especializados
 Reconhecimento de inclusões,
parasitas, alterações morfológicas...
Equipamentos veterinários
Software veterinário

Regulagem de sensibilidade
Apresentação
VG ou Ht (%)

Eritrograma Hemoglobina
Hemácias

Proteína total
Plaquetas Reticulócitos
Aglutinação em salina
Contagem total de leucócitos
Leucograma Valores relativos e absolutos
Neutrófilos
Eosinófilos Fibrinogênio
Basófilos
Linfócitos
Monócitos
Resposta leucocitária nos animais domésticos
Leucograma
Leucócitos

 Granulócitos – (PMN)  Mononucleares

◦ Neutrófilos ◦ Linfócitos
◦ Basófilos ◦ Monócitos
◦ Eosinófilos
Carnívoros: relação N:L > 1
Eqüinos: relação N:L ~ 1
Ruminantes: relação N:L < 1
Conceito de número relativo e número absoluto

NORMAL 1º CASO 2º CASO


Leucócitos 10.000 20.000 3.000

% absoluto % absoluto % absoluto

Metamielócitos 0 0 0 0 0 0
Bastonetes 1 100 1 200 1 30
Segmentados 65 6.500 65 13.000 65 1.950
Linfócitos 25 2.500 25 5.000 25 750
Eosinófilos 4 400 4 800 4 120
Basófilos 0 0 0 0 0 0
Monócitos 5 500 5 1.000 5 150

100% 10.000 100% 20.000 100% 3.000


Granulocinética Circulação

Medula óssea
Reserva Pool
Maturação Armazenamento marginal
Metamielócitos Bastonetes
Bastonetes Segmentados

Pool circulante
Proliferação
Multiplicação
Mieloblasto
Promielócito
Mielócito
Tecido
Regulação da mielopoiese
(granulopoiese)

Estimulatórios Quimiotáticos
GM-CSF, G-CSF, M-CSF IFN
IL-1 (anemia da inflamação) TNF
IL-3 PAF
IL-4 e 5 (eosinófilos e basófilos) Complemento
IL-6
Iniciam as mitoses celulares
Diminuem o tempo de maturação e trânsito Migração
Aumentam a mobilização da medula óssea
Granulopoiese

 Liberação do compartimento de reserva


◦ Horas
 Aumento da produção
◦ 2 a 4 dias
 Aparecimento das novas células no sangue
◦ 5 dias
 Inflamação de tec. subcutâneo ou tecidos internos
◦ Maior resposta que Trato Urinário Inferior, Tecido Cutâneo
Superficial ou SNC
Linfopoiese

 Produção fetal na medula óssea


◦ Influência do Timo ou “tecidos bursa-equivalente”

 Pós-natal
◦ Baço, linfonodos e outros tecidos linfóides

 Recirculação constante
◦ Vasos linfonodos e vasos linfáticos ducto torácico
Vida média dos leucócitos

Sangue Tecido

Neutrófilos 4 a 6 horas 1 a 4 dias


Eosinófilos, basófilos menos de 1dia semanas a meses
Monócitos menos de 1 dia semanas a meses
Linfócitos dias a anos recirculação (1 a 2 dias)
Funções dos leucócitos

 Neutrófilos

◦ Primeira linha de defesa


◦ Fagocitose de bactérias
◦ Também fungos, leveduras, parasitas e vírus
◦ Citotoxicidade celular
◦ Enzimas proteolíticas
Funções dos leucócitos

Neutrófilos

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Funções dos leucócitos

 Neutrófilos Neutrófilos

◦ Rolamento

◦ Adesão Célula endotelial

◦ Migração

◦ Fagocitose
Agente
Infeccioso
Funções dos leucócitos

 Neutrófilos
◦ Rolamento
Invaginação,
Invaginação,opsonização
opsonização Degranulação intracelular
◦ Adesão eEengulfamento
engulfamento e morte microbiana

◦ Migração

◦ Fagocitose Formação do fagossomo


Ativação do sistema microbicida Degranulação por exocitose
Mecanismo de aderência dos neutrófilos

Rolamento Adesão Migração


Fagocitose de bactérias
 Fagocitose
 Degranulação
 Morte e destruição de bactérias

Opsonisação

Ingestão

Assimilação Lisossomal

Digestão
Excreção
Funções dos leucócitos
 Eosinófilos
◦ Fagocitose

◦ Defesa contra helmintos (IgE)

◦ Degranulação de mastócitos e basófilos (ECF-A)

◦ Modulação da resposta inflamatória


 Histaminase, fagocitose de complexos Ag-Ac,
inibe degranulação de mastócitos e basófilos
Eosinófilos – variação entre espécies

Gato Cão Bovino

Caprino Equino Tamanduá mirim


Funções dos leucócitos
 Basófilos
◦ Mediador de hipersensibilidade tipo tardia e imediata –
processos alérgicos

◦ Possuem grânulos com histamina

◦ Não são precursores de mastócitos – funções similares


Basófilos – variação entre espécies

Tamanduá mirim
Funções dos leucócitos

 Linfócitos

◦ Imunidade celular (linfócitos T)


 Rejeição tecidual, hipersensibilidade tardia,

organismos intracelulares, neoplasia, mediação imunidade humoral

◦ Imunidade humoral (linfócitos B e plasmócitos)


Leucograma
 Linfócitos

Recirculam
Vida média
de meses a anos
Funções dos leucócitos
 Monócitos

◦ Transformação em macrófagos nos tecidos


 Microorganismos intracelulares (fungos, vírus, e certas bacterias)

◦ Filtração de toxinas e bactérias (fígado e pulmão)


◦ Inflamação
 Liberação de enzimas, IFN, IL-1, complemento, PG, etc

◦ Remoção de debris celulares


Princípios analíticos
 Contagem em câmara  Métodos ópticos
◦ Leucócitos totais + ◦ Leucócitos totais
Eritrócitos nucleados ◦ Diferencial de leucócitos
 Contagem por impedância
◦ Leucócitos totais +
Eritrócitos nucleados
◦ Ajuste do volume do lisante
Contagem Diferencial de Leucócitos
+
Morfologia celular
Leucograma

Leucócitos totais

 Dependem de:

◦ Espécie e idade do animal


◦ Variação circadiana e sazonal
◦ Condição fisiológica
◦ Condição patológica
Leucograma

Leucócitos totais

 Dependem de:

◦ Nível de produção e liberação pela Medula óssea


◦ Relação entre pool marginal e pool circulante
◦ Vida média dos leucócitos na circulação
◦ Migração para os tecidos
◦ Tipo celular predominante
Leucograma
Leucocitose
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 Fisiológica

◦ Excitação/medo
◦ Exercício extremo
◦ Gestação
◦ Parto
Espécie: Felina Sexo: Fêmea Idade:
8m Raça: SRD
Histórico e exame físico: Animal hígido. Exame realizado antes de
OSH eletiva. Coleta difícil.

Eritrograma Leucograma

Hemácias: 10.250.000/mL Leucócitos: 34.800/mL


Hemoglobina: 16,5g/dL bastonetes: 0% bastonetes: 0
Ht: 50% neutrófilos: 62% neutrófilos: 21.576
VCM: 48,8 fL N Linfócitos: 33% Linfócitos: 11.484
CHCM: 33,0% N eosinófilos: 3% eosinófilos: 1.044
Proteína: 7,2 g/dL N basófilos: 0% basófilos: 0
Plaq.: 712.000/mL monócitos: 2% monócitos: 696
RDW: 15,7 (14 – 19)

Presença de agregados plaquetários.


Leucograma

Leucocitose

 Patológica
◦ Inflamação, Infecção
◦ Leucograma de estresse
◦ Necrose tecidual
◦ Processos imunomediados
◦ Leucemia, etc
Leucograma
Leucopenia

 Depressão (Toxemia, infecções virais)

 Degeneração (Mielofibrose, mielonecrose)

 Depleção (Consumo, infecções agudas)

 Destruição (Imunomediada, radiação)

 Marginação de neutrófilos (septicemia)


Leucograma
Leucopenia
 Agentes químicos e físicos
(Quimioterápicos, antibióticos, estrógeno, radiação, etc)

 Inflamação aguda (bovinos e eqüinos)


 Doenças virais
 Neoplasias hematopoiéticas
 Infecções bacterianas graves
(endotoxemia, septicemia)
Leucograma
Variações numéricas de tipos celulares específicos

Aumento Diminuição
Neutrofilia Neutropenia
Eosinofilia Eosinopenia
Basofilia ________
Linfocitose Linfopenia
Monocitose ________
Princípios analíticos

 Contadores automáticos  Análise microscópica


◦ Dependente de forma, ◦ Depende de técnico capacitado
tamanho, granulação... ◦ Leitura em 100 leucócitos
◦ Variação entre as espécies  Para cada 10.000 leuc/uL

◦ Atipias podem causar ◦ Identificação de atipias


identificação errada ◦ Identificação de inclusões
◦ Leitura em 10.000 céls
Conceitos importantes na interpretação
de um resultado laboratorial

95%

Intervalo de referência
Conceitos importantes na interpretação
de um resultado laboratorial

Normal
Falso negativo
Falso Positivo
Doente

Animal doente Animal sadio


Leucograma

Neutrofilia Neutropenia

◦ Inflamação, infecção ◦ Inflamação aguda (bovinos)


◦ Necrose ◦ Infecções virais
◦ Distúrbios imunomediados ◦ Endotoxemia
◦ Estresse, hiperadreno ◦ Intoxicação / drogas
◦ Leucemia ◦ Leucemia
Normal Neutrofilia
Prol. Mat. Arm.

Tecido
Inflamação aguda
Prol. Mat.

Tecido
Inflamação crônica
Prol. Mat. Arm.

Tecido
Normal Neutrofilia
Prol. Mat. Arm.

Tecido
Cortisol
Prol. Mat.

Tecido
Neutrofilia fisiológica
Prol. Mat. Arm.

Tecido
Espécie: canina Sexo: Fêmea
Idade: 5a Raça: Poodle
Histórico e exame físico: Animal apresenta PU/PD e polifagia. Abaulamento
abdominal. Rarefação pilosa bilateral simétrica em região dorsal.

Eritrograma Leucograma

Hemácias: 5.320.000/mL Leucócitos: 18.520/mL


Hemoglobina: 11,4g/dL bastonetes: 0% bastonetes: 0
Ht: 34% neutrófilos: 81% neutrófilos: 15.001
Linfócitos: 4% Linfócitos: 541
Proteína: 8,0 g/dL N
eosinófilos: 0% eosinófilos: 0
Plaquetas: 430.000/mL N
basófilos: 0% basófilos: 0
VCM: 63,9 fL N
monócitos: 15% monócitos: 2778
CHCM: 33,5 % N
RDW: 13,9 (12 – 15) Presença de neutrófilos hipersegmentados.
Reticulócitos: 0,1% N
Causa?
Exames complementares?
Relação entre compartimento marginal e
circulante nas diferentes espécies
Compartimento Compartimento
Marginal Circulante
Cão 1 1
Gato 3 1
Eqüino 1 1
Bovino 1 1
Ovino 1 1
Caprino 1 1

Implicação clínica: intensidade da leucocitose fisiológica


Diferenças na magnitude da resposta neutrofílica

Intervalo Resposta Resposta Resposta


de referência Comum Ocasional Incomum
Cão 3.000-11.500 12.000-30.000 30.000-60.000 > 60.000
Gato 2.500-12.500 13.000-25.000 25.000-40.000 > 40.000
Eqüino 2.100-9.000 9.000-20.000 20.000-30.000 > 30.000
Bovino 600-4.000 4.000-10.000 10.000-20.000 > 20.000
Neutrófilos por microlitro

Reação
Leucemóide
Diferenças na magnitude da resposta neutrofílica

Interpretação
Reserva Capacidade da neutropenia
Medular de Resposta na Inflamação aguda
Cão Moderada a alta Rápida Lesão grave
Gato Intermediária Intermediária Lesão grave
Eqüino Intermediária Intermediária Provavelmente grave
Bovino Moderada a baixa Lenta Achado comum,
apesar de grave
Thrall, 2004
Esquema de maturação de Schilling

Mieloblasto Promielócito Mielócito Metamielócito Bastonete Segmentado Hipersegmentado

Desvio à Esquerda Desvio à


Direita
Metamielócito
Bastonete
Bastonete

Segmentado
Desvios
 Desvio à esquerda (presença de células jovens)

◦ Regenerativo: leucocitose com neutrofilia


e predomínio de formas maduras
 Leve (até bastonetes)
 Moderado (até metamielócitos)
 Intenso (mielócitos ou mais jovens)
- Resposta adequada à inflamação
Desvios
 Desvio à esquerda (presença de células jovens)

◦ Degenerativo: predomínio de formas jovens.


Normal ou leucopênico
- Resposta inadequada à inflamação
- Depleção da medula óssea
(resposta aguda em bovinos)

- Exaustão da Medula óssea


Espécie: canina Sexo: Fêmea
Idade: 7a Raça: Dachshund
Histórico e exame físico: Animal apático, apresentando desidratação moderada
e secreção vaginal purulenta. US abdominal compatível com piometra.

Eritrograma Leucograma

Hemácias: 4.790.000/mL Leucócitos: 52.700/mL


Hemoglobina: 10,7g/dL metamielócitos: 8% Metamielócitos: 4.216
Ht: 31% bastonetes: 28% bastonetes: 14.756
neutrófilos: 53% neutrófilos: 27.931
Proteína: 8,4 g/dL
Linfócitos: 8% Linfócitos: 4.216
Plaquetas: 430.000/mL N
eosinófilos: 2% eosinófilos: 1.054
VCM: 64,7 fL N
basófilos: 0% basófilos: 0
CHCM: 34,5 % N
monócitos: 1% monócitos: 2527
RDW: 13,4 (12 – 15)
Reticulócitos: 0,6% N Presença de neutrófilos tóxicos (basofilia citoplasmática),
corpúsculos de Dohle e linfócitos reativos.
Espécie: felina Sexo: Macho
Idade: 3a Raça: SRD
Histórico e exame físico: Animal apático com histórico de ataque por cães.
Paciente apresentando desidratação intensa, dor abdominal. Mucosas cianóticas.
US: Presença de líquido peritoneal. Avaliação do líquido: ???
Eritrograma Leucograma

Hemácias: 11.000.000/mL Leucócitos: 4.800/mL


Hemoglobina: 19,7g/dL Mielócitos: 3% Mielócitos: 144
Ht: 59% metamielócitos: 21% Metamielócitos: 1.008
bastonetes: 10% bastonetes: 480
Proteína: 10,4 g/dL
neutrófilos: 40% neutrófilos: 1.920
Plaquetas: 240.000/mL N
Linfócitos: 19% Linfócitos: 912
VCM: 56,6 fL N
eosinófilos: 3% eosinófilos: 144
CHCM: 33,4 % N
basófilos: 0% basófilos: 0
RDW: 14,1 (14 – 19) monócitos: 4% monócitos: 192
Presença de empilhamento eritrocitário. Presença de neutrófilos tóxicos (basofilia
citoplasmática e granulação eosinofílica), corpúsculos de Dohle e linfócitos reativos.
Desvios

 Desvio à direita (Hipersegmentados)

◦ Mais que cinco lobulações


◦ Corticóide endógeno ou exógeno
◦ Resolução do processo com diminuição da
quimiotaxia e da migração
Hipersegmentados
Corpúsculos de Barr
(cromatina sexual)
Resposta leucocitária em bovinos
72-96h
24-48h
Leucócitos 6-24h Leucócitos
Leucopenia
normais nomais ou
Leucopenia com desvio à
leucocitose
esquerda
com neutrofilia
Leucócitos: 8.000 6-24h
24-48h 3-4d
Bast.: 0
Leucopenia Leucopenia Leucócitos
Neutr.: 2.200
Linf.: 4.600 + 2.000 com desvio normais ou
Fibrinogênioà Leucocitose
Eos.: 700
esquerda com
Mon.: 500
neutrofilia
Leucograma
 Linfócitos
◦ Avaliação quantitativa e morfológica
◦ Variação entre as espécies
Leucograma

 Linfocitose

◦ Fisiológica
Cães jovens
(especialmente em felinos)
Limiar inferior:
◦ Animais jovens
Adulto = 1.000/mL
◦ Hipoadrenocorticismo 8 a 24 m = 1.500/mL
3 a 6 m = 2.000/mL
Leucograma

 Linfocitose

◦ Estimulação antigênica Linfócitos


reativos
◦ Vacinação

◦ Doenças virais Leucemias


◦ Doenças imunomediadas
Linfócitos atípicos
Linfocitose acentuada
Leucograma

 Linfopenia

◦ Estresse ◦ Doenças virais

◦ Corticoterapia ◦ Drogas / radiação

◦ Hiperadrenocorticismo ◦ Perda (ruptura de vasos


linfáticos, quilotórax)
◦ IRC
Leucograma

 Eosinófilos

Thrall, 2004
Leucograma

 Eosinofilia
Pele
Trato respiratório
◦ Inflamação Digestivo
Peritônio
◦ Parasitismo, dirofilariose Útero

◦ Reações de hipersensibilidade
Leucograma

 Eosinofilia

◦ Síndromes hipereosinofílicas
Granuloma eosinofílico (gato)
Enterite eosinofílica
◦ Mastocitoma, linfoma Pneumonia eosinofílica
◦ Hipoadrenocorticismo
◦ Leucemia eosinofílica (rara)
Leucograma

 Eosinopenia

◦ Estresse
◦ Hiperadrenocorticismo
◦ Corticoterapia
◦ Inflamação, infecção agudas
Leucograma

 Monocitose

◦ Inflamação aguda/crônica
◦ Necrose tecidual
◦ Anemias hemolíticas
◦ Doenças granulomatosas, supurativas,
imunomediadas
Leucograma

 Monocitose

◦ Parasitas
◦ Efeito esteróide (cão)
◦ Leucemias

 Monocitopenia
Segmentado
Monócito

Segmentado
Monócito
Thrall, 2004
Leucograma

 Basofilia

◦ Associada à eosinofilia

◦ Reações de hipersensibilidade

◦ Parasitas

 Basopenia
Alguns tipos específicos de resposta leucocitária

 Leucocitose fisiológica
 Leucograma de estresse
 Inflamação aguda (grandes animais)
 Inflamação crônica
 Tipos de desvio
 Reação leucemóide
Leucograma de estresse

Leucócito Cão Gato Equino Bovino

Leucócitos totais 15-35.000 20-30.000 15-20.000 8-18.000


Neutr. segmentados Na
Neutr. bastonetes Na N N N
Linfócitos aN aN
Monócitos Na Na N aN
Eosinófilos N N aN
Leucograma de estresse
(efeito cortisol)

X
Leucocitose fisiológica
(estresse agudo – epinefrina)
Reação de “fuga ou luta”

Neutrofilia
Linfocitose (principalmente em felinos jovens)
Reação leucemóide

 Leucocitose acentuada (~> 60.000/mL)

 Resposta inflamatória exacerbada


 Apesar do crescente número de neutrófilos a inflamação não está
sendo debelada
 Infecções localizadas graves (piometra, abcessos...)
 Anemia hemolítica imunomediada
 Normalmente associado a um desvio à esquerda (escalonado)
 Alterações tóxicas
Alterações morfológicas dos Leucócitos:

 Granulações Tóxicas
 Corpúsculos de Döhle Neutrófilos
 Vacuolizações citoplasmáticas tóxicos
 Basofilia citoplasmática

Toxinas bacterianas
(principalmente Gram -)
Granulações
tóxicas
Granulações tóxicas
Basofilia citoplasmática
Corpúsculos de Döhle

Agregado de retículo
endoplasmático rugoso
Alterações morfológicas nos leucócitos

Alterações tóxicas em neutrófilos – granulopoiese


acelerada com manutenção de organelas, grânulos

Basofilia citoplasmática – maior quantidade


ribossomos (RNA) – infecção basteriana, sepse

Vacuolização citoplasmática – toxicidade sistêmica e


digestão celular (enzimas bacterianas levando ruptura
lisossomos)

Granulação tóxica – presença de grânulos


eosinofílicos – sem troca grânulos primários por
grânulos secundários - sepse
Alterações morfológicas nos leucócitos

Alterações tóxicas em neutrófilos – granulopoiese


acelerada com manutenção de organelas, grânulos

Corpúsculos de Dohle – agregação lamelar RER –


mais comum em gatos – toxicidade, sepse

Neutrófilos em alvo – forma donut – característicos em


casos de sepse

Neutrófilos gigantes (ppal/e gatos) – divisões mitóticas


anormais – doenças inflamatórias, leucemia mielóide
aguda, síndrome mielodisplásica, FIV, FeLV
Alterações morfológicas dos Leucócitos:

 Monócitos ativados
 Linfócitos reativos
 Inclusões virais
 Hemoparasitas (intraleucocitários)
 Degeneração
 Atipias (Leucemias)
Linfócito reativo
Linfócito reativo
Plasmócitos

Complexo Golgi
Inclusão de Lentz
Hepatozoon canis
Ehrlichia canis
Linfócitos
atípicos
Manchas de Grümprecht
Informações obtidas pelo microhematócrito

Proteínas plasmáticas totais


Lipemia
Plasma Hemólise
Icterícia
Fibrinogênio

Capa leucocitária Pesquisa de hematozoários

Hemácias Volume globular


Fibrinogênio
 Proteína de fase aguda

 Melhor indicador de inflamação em bovinos e eqüinos

 Técnica do refratômetro (precipitação pelo calor)


 1ª leitura do microhematócrito = PPT
 Banho-maria a 56-58°C por 3’ (desnaturação do FBG)
 Centrifugação 12.000rpm por 3’
 2ª leitura = PPT - FBG

FBG (g/dL) = PPT – 2ª leitura


Fibrinogênio

 Albumina – proteína de fase aguda negativa


 Relação PPT:FBG
 < 10 = inflamação
 > 15 = desidratação
 < 15 = inflamação
 > 20 = desidratação
Fibrinogênio

Equino
Indicadores prognósticos

 Desvio à esquerda degenerativo


 Leucopenia
 Reação Leucemóide
 Alterações tóxicas significativas
Neoplasias hematopoiéticas

Avaliação da medula óssea (mielograma)


Indicações
Leucemias
Classificação
Distúrbios linfo e mieloproliferativos
Agudos e crônicos
REAÇÃO LEUCEMÓIDE LEUCEMIA

Leucócitos 100.000/mL 100.000/mL

Mieloblasto 10

Promielócitos
3
Mielócitos
8
Metamielócitos
15 3
Bastonetes
35 25
Segmentados
ESCALONADA NÃO ESCALONADA
Célula tronco
pluripotencial

Leucemias
agudas

Leucemias
crônicas
Leucemia

Proliferação neoplásica de células


do sangue e da medula óssea

Linfoma Leucemia
linfóide
Mielograma
Indicações

◦ Anemias de origem desconhecida


◦ Leucopenias persistentes
◦ Trombocitopenias persistentes
◦ Células atípicas
◦ Elevações expressivas no número de células
◦ Pesquisa de hematozoários
Crista ilíaca
Locais Fêmur / úmero proximal
Esterno
Mielograma
Mielograma
Mielograma
Interpretação

◦ Celularidade
◦ Relação Mielóide:eritróide
◦ Doenças linfo e mieloproliferativas
◦ Mielofibrose
◦ Mieloftise
◦ Hemoparasitas
Distúrbios linfoproliferativos

Leucemia linfoblástica aguda

Leucemia linfocítica crônica


> 30% de blastos
na Medula óssea

Medula óssea
Grümprecht
Leucemias mielóides agudas (LMA)

Leucemia mieloblástica aguda (M1 e M2)

Leucemia mielomonocítica aguda (M4)

Leucemia monoblástica aguda (M5)

Eritroleucemia (M6)

Leucemia megacarioblástica aguda (M7)


Distúrbios mieloproliferativos

Leucemia mielóide crônica - LMC

Leucemia eosinofílica

Leucemia basofílica

Policitemia vera

Trombocitemia vera
Interpretação do hemograma

 Espécie
 História  Idade
 Sinais clínicos  Sexo
 Evolução  Raça
 Exames  Estado fisiológico
complementares
 Estado nutricional
 Hemostasia primária
Vasos, plaquetas e FvW

 Hemostasia secundária
Fatores de coagulação

 Hemostasia terciária
Anticoagulação e Fibrinólise
ARCO REFLEXO
Manutenção vasoconstricção

Fibrinogênio

PGI2

Vasodilatador
Processo localizado
Distúrbios
Trombocitopenia
Trombocitopatia
Vasculite
Sinais clínicos
Petéquias
Sangramento espontâneo
Imediato
Múltiplo
Hematúria, epistaxis
Hifema, hematoquezia Sinais clínicos associados a
Melena, metrorragia, etc Distúrbios Primários
Plaquetas

 Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos


liberados pelos megacariócitos da medula
óssea e pulmão*
 Produção é mediada pela trombopoietina
 Atuam na hemostasia, processos
inflamatórios, na regeneração tecidual,
angiogenese, metástase...
 Meia vida 5-7 dias
Estimulação produção
 Além da trombopoietina os progenitores dos Megacariócitos
são estimulados por:
◦ IL3, IL6, IL11, IL12
◦ GM – CSF
◦ eritropoietina
 A produção de plaquetas é regulada pela massa plaquetária e
não pelo número de plaquetas
 Quando a demanda é grande a produção plaquetária pode
aumentar mais de 20X
Trombopoietina
 O sistema trombopoietina – receptor de trombopoietina é
responsável pela manutenção da massa plaquetária.
 Trombopoietina – secretada pelo fígado e rins
 Após liberação a trombopoietina se liga no receptor
plaquetário, sendo degradada
 Em estados trombocitopopênicos, pela menor [plaquetária],
ocorre maior [ ] de trombopoietina livre, sendo esta
responsável por estimular a produção plaquetária
Produção de plaquetas
(trombopoese)
Megacariócitos
Endomitose
Não há reserva
Vida média de 3 a 7 dias
Trombopoietina
Próximo aos sinusóides
Plaquetas  Sinais de resposta medular plaquetária
◦ Volume plaquetário médio (VPM)
◦ Plaquetas reticuladas
◦ Macroplaquetas
Macroplaquetas

Foto cedida gentilmente por Robeson Devilla

158
Concentração de plaquetas

Trombocitopenia INTERVALO DE Trombocitose


REFERÊNCIA
Pseudotrombocitopenia Ideal: Baseado na Pseudotrombocitose
“Trombocitopenias” de população Medicamentos
raças específicas
Trombocitose reativa
Diminuição da Produção
Trombocitoses
Aumento do neoplásicas
consumo/perda
Aumento da destruição

159
COLETA DE AMOSTRAS LABORATORIAIS
Exames Laboratoriais
Hemostasia primária
Plaquetas:
Contagem: - câmara de Neubauer
- líquido de Brecher (oxalato de amônio a 1%)

- contadores eletrônicos
- avaliação do esfregaço
Mielograma
Macroplaquetas
Anaplasma platys
Resquícios de núcleo ou grânulos
Erliquiose canina
Erliquiose canina
 Diagnóstico
◦ Trombocitopenia
◦ Mórula X PCR
Ehrlichia x TPN

Contagem de plaquetas PCR +


> 200.000/uL 1,4%
100.000-200.000/uL 21,0%
<100.000/uL 63,1%
Bulla et al., 2004 – Botucatu

100% dos positivos com TPN (n=28)


Ueno et al., 2009 – Botucatu Macieira et al., 2005 - RJ

47% dos positivos com TPN


Dagnone, 2003 – Londrina % de positivos nos @ com TPN: 32,1%
% de positivos nos @ não TPN: 3,5%
Trombocitopenia
Pseudotrombocitopenia

Hipoplasia MK
Medular
Hipoplasia
Trombocitopenia medular

Consumo

Periférico Destruição

Sequestro
Anormalidades quantitativas das
plaquetas

Trombocitopenia
 Pseudotrombocitopenia
 Defeito na produção
 Consumo
 Destruição
 Sequestro (esplenomegalia)
Pseudotrombocitopenia

• Coleta difícil
• Homogeneização da amostra inadequada
• Anticoagulante inadequado
• Armazenamento impróprio
• Pseudotrombocitopenia dependente de
EDTA
• RARA
175
176
Trombocitopenias de raças específicas

Greyhounds:
Cavalier King Charles <150.000 plaquetas
Spaniel: /µL
< 50.000 plaquetas /µL
Anormalidades quantitativas das
plaquetas

Trombocitopenia
 Pseudotrombocitopenia
 Defeito na produção
 Consumo
 Destruição
 Sequestro (esplenomegalia)
Trombocitopenia por alteração na
produção
 Diagnóstico
◦ Hemograma
◦ Mielograma
 Avaliação megacariócitos
 Tb dos outros precursores

Pancitopenia por “invasão” neoplásica da MO


Leucemias origem linfóide, mielóide, eritróide
Hiperplasia de megacariócitos
Trombocitopenia
1) Diminuição da produção
 Secundária a infecções, neoplasias na medula óssea, destruição
imunomediada de megacariócitos
◦ Pode afetar apenas a linhagem plaquetária
◦ Pode afetar as demais linhagens (bi ou pancitopenia)
 Intensidade MODERADA a INTENSA
 Diagnóstico: citologia/biópsia da medula óssea
◦ Hipoplasia megacariocítica
 Diminuição da [MK]
 Ausência de evidências de resposta trombopoiética
 VPM, plaquetas reticuladas ou macroplaquetas ausentes
Trombocitopenia
1) Diminuição da produção

 Agentes infecciosos
◦ Vírus da cinomose (infecta os MKs)
◦ Ehrlichia canis- mecanismos não elucidados
◦ Parvovírus canino- pancitopenia por infeccão dos precursores? +
enterite e sepse
◦ FeLV- pancitopenia , SMD e neoplasia
Trombocitopenia
1) Diminuição da produção

 Neoplasias
◦ Células linfoides da linhagem T
 Leucemia linfocítica aguda
 Linfomas do tipo T
◦ Destruição imunomediada ou inibição dos MK
Leucemia linfoblástica aguda
Espécie: canina Sexo: Macho Idade:
11a Raça: SRD
Histórico e exame físico: Apatia, anorexia, epistaxe bilateral. Mucosas
levemente hipocoradas.
Eritrograma Leucograma

Hemácias: 2.750.000/mL Leucócitos: 98.000/mL


Hemoglobina: 6,4g/dL bastonetes: 0% bastonetes: 0
Ht: 19% neutrófilos: 2% neutrófilos: 1.960
VCM: 69,1 fL N Linfócitos típico: 1% Linf. típicos: 980
CHCM: 33,7% N Linfócitos atípicos: 97% Linf. atípicos: 95.060
Proteína: 8,2 g/dL eosinófilos: 0% eosinófilos: 0
Plaq.: 12.000/mL basófilos: 0% basófilos: 0
RDW: 13,7 (12 – 15) monócitos: 0% monócitos: 0

Eritrograma: NDN. Presença de células blásticas.


Espécie: canina Sexo: Macho
Idade: 11a Raça: SRD
Histórico e exame físico: Apatia, anorexia, epistaxe bilateral. Mucosas
levemente hipocoradas.

Mielograma:
Aplasia eritróide e megacariocítica.
Infiltrado de células mononucleares (>50%), com
Citoplasma intensamente basofílico, cromatina
Nuclear frouxa e nucléolos evidentes. Presença
De diversas figuras de mitose.
Prova citoquímica: Peroxidase negativa
Diagnóstico: Leucemia linfoblástica aguda.

Caso 3
Alterações medulares

Achados no hemograma são variáveis

MPV diminui em pacientes com doenças


primárias na medula óssea, porém sem
indicação de valores de corte sensíveis e
específicos para uso na rotina clínica.

Chandra et al., 2010. Lab Hematol, 32(5):498-505. Role of mean platelet volume as discriminating
guide for bone marrow disease in patients with thrombocytopenia
Trombocitopenia
1) Diminuição da produção

 Medicamentos/Drogas/Toxinas
◦ Agentes quimioterápicos
 7-10 dias após o TTO
◦ Hiperestrogenismo
Anormalidades quantitativas das
plaquetas

Trombocitopenia
 Pseudotrombocitopenia
 Defeito na produção
 Consumo
 Destruição
 Sequestro (esplenomegalia)
Consumo plaquetário por hemorragia

 Animais politraumatizados
 Hemorragias internas
 Vasculites
 CID
◦ MO respondendo
◦ Tratamento paliativo
 Identificação/correção da alteração primária
Trombocitopenia
2) Aumento consumo

Hemorragia aguda:
 Trauma ou intoxicação por rodenticidas
 Normalmente DISCRETA a MODERADA
 Atenção aos tempos de coagulação
 Pacientes com trombocitopenia intensa e evidências de anemia por
perda de sangue assumir que a hemorragia é devido à
trombocitopenia e não vice-versa
 Intoxicação por rodenticidas
◦ Perda de sangue + consumo nos plugs plaquetários
◦ Possível trombocitopenia intensa
Trombocitopenia
2) Aumento consumo

Ativação/Agregação:
 Staphylococcus spp

◦ Sepse
Trombocitopenia
2) Aumento consumo

Coagulação intravascular:
 Excesso de ativação do sistema hemostático > consumo
excessivo de plaquetas
 DISCRETA a SEVERA
 Atenção aos tempos de coagulação
Anormalidades quantitativas das
plaquetas

Trombocitopenia
 Pseudotrombocitopenia
 Defeito na produção
 Consumo
 Destruição
 Sequestro (esplenomegalia)
Trombocitopenia imunomediada (TIM)

 Primária ou idiopática (Cocker, Poodle, PA, Pug, Spitz


– principalmente em fêmeas)
 Secundária
◦ Outras doenças imunomediadas – AHIM, LES;
◦ Vacinas
◦ Neoplasias - mieloma múltiplo, linfoma;
◦ Doenças infecciosas - erliquiose, Leishmaniose, babesiose,
FeLV, FIV
◦ Drogas – fenilbutasona, sulfonamidas, etc
Trombocitopenia imunomediada (TIM)
Trombocitopenia imunomediada (TIM)

 Sinais clínicos – alterações hemostasia primária


 Diagnóstico
◦ Achados hematológicos
◦ anticorpos antiplaquetários – IF ou ELISA (antes do início
tratamento)
Espécie: canina Sexo: Fêmea
Idade: 3a Raça: Cocker Spaniel
Histórico e exame físico: Animal apático, mucosas pálidas. Urina enegrecida.
Esplenomegalia. Petéquias abdominais e epistaxe recorrente.
Eritrograma
Aglutinação +
Hemácias: 2.520.000/mL TSMO?
Teste Coombs
Hemoglobina: 7,1g/dL Testes add?
Corticoterapia
Ht: 19%

Proteína: 9,4 g/dL RDW: 19,1 (12 – 15)


Plaq.: 15.000/mL Reticulócitos: 2,5%
VCM: 75,4 fL N
CHCM: 37,4 %
Presença de 03 metarrubrícitos/100 leucócitos. Plasma intensamente hemolisado.
Moderada anisocitose e policromasia. Presença de corpúsculos de Howell-Jolly.
Presença de esferócitos. Presença de macroplaquetas.

Caso 1
PDW, PCT e MPV

PDW
Anisocitose de plaquetas

PCT
Ht de plaquetas

MPV
Volume plaquetário médio
TIM

Aumento de PDW e MPV em humanos – liberação


plaquetas imaturas grandes – resposta trombocitopenia.

Caracterizando trombocitopenia regenerativa.

TIM em cães – aumento MPV característico resposta


regenerativa – importante avaliação conjunta esfregaço.

PCT aumenta antes que número de plaquetas durante o


tratamento – indicador mais sensível recuperação.
Schwartz et al., 2014. J Vet Intern Med, 28(5):1575-79. Platelet volume and plateletcrit
in dogs with presumed primary immune-mediated thrombocytopenia
Ativação coagulação
Aumento de PDW e MPV em humanos – ativação
plaquetária.

PDW mais específico – não aumenta tumefação


plaquetária

Uso combinado do MPV e PDW – efeito preditivo mais


eficiente de ativação da coagulação.

Vagdatli et al., 2010. Hippokratia, 14(1):28-32. Platelet distribution width: a simple, practical
and specific marker of activation of coagulation.

Dificuldade em medicina veterinária – AMOSTRAS.


Anormalidades quantitativas das
plaquetas

Trombocitopenia
 Pseudotrombocitopenia
 Defeito na produção
 Consumo
 Destruição
 Sequestro (esplenomegalia)
Sequestro – distribuição anormal

 Esplenomegalia + COMUM
◦ Barbituricos
◦ Hemoparasitose
◦ Sequestro de até 90% das plaquetas circulantes – sem
alteração de produção.
 Exames de imagem
 Eliminação causa primária.
Trombocitopenia X Sangramento

50.000/ul

20.000/ul
Sequestro plaquetário
Variável após administração fármacos

Acepromazina (0,05mg/Kg – IM)


Sem alteração concentração plaquetária e sem
alteração TSMO, apesar de sequestro eritrocitário.
Sutil et al., 2017. Vet Anaesth Analg. Hematological and splenic Doppler ultrasonographic
changes in dogs sedated with acepromazine or xylazine
Contagem de plaquetas

Causa ou consequência?

Contagem de plaquetas Risco de hemorragia


< 80.000/μL Maior risco cirúrgico
< 50.000/μL Hemorragias microscópicas
< 20.000/μL Hemorragia clínica espontânea – risco baixo
< 10.000/μL Hemorragia clínica espontânea – risco médio
< 5.000/μL Hemorragia clínica espontânea – risco alto

Abrams-Ogg, 2003
Jaguezeski et al., 2019. Comp Clin Pathol. Evaluation of time and temperature storage in
platelets counts in blood samples of dogs.
Concentração de plaquetas

INTERVALO DE Trombocitose
REFERÊNCIA
Ideal: Baseado na Pseudotrombocitose
população Medicamentos
Trombocitose reativa
Trombocitoses
neoplásicas

208
Ghost cells provocando PSEUDOTROMBOCITOSE em
gato com AHIM

209
Trombocitose
1) Medicamentos
 Corticosteróides
◦ Mecanismo ainda não elucidado
 Medicamentos β- adrenérgicos (adrenalina e noradrenalina)
◦ Produção de pró-plaquetas (Chen, 2016)

210
Trombocitose
2) Pós esplenectomia
 Orgão extremamente vascularizado
 1/3 da [plaquetas]
 Local de remoção plaquetária

211
Trombocitose
3) Reativa
 Neoplasia
 Doenças inflamatórias crônicas
 Doenças imunomediada (AHIM, AH contra precursores)
 Trauma (fraturas, hérnia diafragmática)
 Anemia por deficiência de ferro

212
Muito obrigado pela atenção!
#MÁQUINANÃOFAZHEMOGRAMA
claudio@laboratoriomattoso.com.br

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