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Bárbara Albuquerque

esporotricose
RELATÓRIO DE ESTÁGIO

DEFINIÇÃO
Pode ser localizada ou sistêmica, causada
pelo fungo Sporothrix schenckii cuja infrecção
RINOTRAQUEÍTE
INFECCIOSA FELINA
se dá a partir de lesões penetrantes. É mais
comum em gatos de vida livre.
definição
É uma síndrome respiratória infecciosa que
sinais clínicos
pode ser desencadeada por HVF-1, calicivírus
Nódulos cutâneos exsudativos felino, bacteria gram-negativa intracelular
Linfadenomegalia Chlamydophila felis, após exposição oral, nasal
Apatia ou conjuntival.
Anorexia
Febre SINAIS CLÍNICOS
Secreção nasal serosa/purulenta
Conjuntivite com secreção ocular
Alteração de apetite
Febre
Ceratite com ou sem úlceras
Estomatite
Pneumonia intersticial

DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Avaliação citológica do exsudato das História clínica e exame físico são
lesões ou de material aspirado de nódulos suficientes para o diagnóstico na maioria
cutâneos, preferencialmente após dos pacientes, já que nos exames
coloração com ácido periódico de Schiff laboratoriais de rotina não são
(PAS) elucidativos.
É possível cultivar o fungo a partir do Mas pode realizar avaliação citológica do
exsudato ou amostrar mais profundas das material conjuntival obtido por swabs em
lesões ou identificar anticorpos específicos busca de corpúsculos de inclusão (agentes
no soro sanguíneo via RIFI. virais) ou bactérias intracelulares.
Provas laboratoriais de rotina geralmente Testes sorológicos estão disponíveis para
estão inalteradas. Chlamydophila felis
Testes fluorescentes estão disponíveis para
TRATAMENTO HVF-1.
Antifúngico: iodeto de potássio 20 mg/kg,
VO, BID; itraconazol 10 mg/kg, SID TRATAMENTO
(100mg). Os fármacos devem ser
fornecidos com alimento e o tratamento Nebulização com soro fisiológico, flushing
deve se estender por mais de 30 dias após nasal com soro fisiológico, interferon alfa
a resolucão dos sinais clínicos para não (imunomodulador) 30UI/gato, VO, SID e
haver reicidiva. medicamentação oftálmica se necessário.
Bárbara Albuquerque

DIABETES MELLITUS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO

DEFINIÇÃO
Relativamente frequente em felinos e tem
como fatores de risco idade avançada,
hipertireoidismo
machos castrados e obesidade. descrição
Aproximadamente 80% dos gatos possuem Doença multissistêmica resultante da
DM não insulinodependente (DMNID), que se produção excessiva dos hormônios
caracteriza por desordens na ação e na tireoidianos ativos T3 e/ou T4. É uma
produção de insulina. desordem comum em gatos idosos, e
decorrente principalmente de adenoma ou
SINAIS CLÍNICOS hiperplasia adenomatosa de uma ou ambas
Poliúria tireoides e em menor frequencia de carcinoma
Polidipsia tireoidiano.
Perda de peso
Polifagia sinais clínicos
Neuropatia diabética: andar plantígrado
Perda de peso
Pelame eriçado
Polifagia
Seborreia seca
Polidipsia
Diarreia
DIAGNÓSTICO Vômito
Hiperatividade
Sinais clínicos associados à hiperglicemia
Fezes volumosas e mal cheirosas
persistente em jejum e glicosúria
Letargia, fraqueza muscular, anorexia e
Dosagem sérica de frutosamina pode ser
anormalidades cardíacas acometem cerca
útil para exclusão de hiperglicemia por
de 10% dos gatos.
estresse (gatos normais 190-365 pmol/L)
Hemograma e enzimas hepáticas diagnóstico
encontram-se usualmente dentro da faixa
de normalidade Azotemia pré-renal/renal devido a
Diurese osmótica é esperada (DU 1,025- desidratação
1,035) ALT e/ou FA aumentada
Devem ser investigadas comorbidades Glicemia variável e frutosamina normal
como pancreatite cronica, lipidose mesmo nos diabéticos
hepática e hipertireoidismo. Aumento sérico de T4 total associado aos
demais achados confirma o diagnóstico, se
TRATAMENTO não houver esse aumento é possível fazer
t4 livre por diálise, teste de supressão com
Insulinoterapia: é a modalidade de escolha t3 ou teste de estimulação com TRH.
tanto para o início quanto para a
manutenção do tratamento de gatos TRATAMENTO
diabéticos. Sua eficácia e segunraça podem
ser aumentadas com dieta e associação de Radioiodoterapia
hipoglicemiantes orais. Dentre as insulinas Metimazol
usadas em gatos, a glargina 0,25-0,5 UI.kg, Tratamento cirúrgico
SC, BID é considerada a melhor opção.
Bárbara Albuquerque

DTUIF
RELATÓRIO DE ESTÁGIO

GATOS NÃO OBSTRUÍDOS Acidose metabólica pH < 7,2


Creatina e ureia aumentada (azotemia pré-
definição renal)
As doenças urinárias de felinos dificilmente se
chega ao agente casual, pode ser classificada tratamento
como processo inflamatório das vias urinárias
sem motivos aparentes (CIF) ou por agentes Corrigir hipercalemia antes mesmo de
infecciosos (bacterianos, virais, fungos), tentar desobstruir pois eles não devem ser
traumas, neoplasias de bexiga e uretra. sedados/anestesiados assim. NaCl 0,9%
add gluconato de sódio 10% 0,5-1 mL/kg.
DIAGNÓSTICO
Desobstrução uretral: expor e avaliar o
Avaliações hematológicas e bioquímicas
pênis quanto à presença de
não apresentam alterações significativas, a
anormalidades, promover leve massagem
não ser que o paciente seja esteja
com solução fisiológica aquecida, pois
obstruído ou que o agente esteja causando
algumas vezes consegue-se desobstruir os
alterações sistêmicas concomitantes.
animais com essa manobra, apesar da
Urinálises são importantes para diferencias
grande maioria necessitar de cateterização
cistite bacteriana de cistite intersticial.
uretral.
RX e US são essenciais para investigação
de urólitos, neoplasia e anormalidades
Sonda uretral: pode-se manter a sonda
estruturais.
uretral durante 24-72h. Nesse período é
GATOS OBSTRUÍDOS importante realizar lavagem vesical 2-3
vezes ao dia, porém esse método tem a
definição desvantagem do risco de infecção
É uma complicação, principalmente em gatos bacteriana e estenose uretral.
machos, castrados, obesos e que vivem
confinados. Deve ser sempre encarada como Ausencia de plug ou urolitíase: nos casos
uma emergência. Advém de tampão uretral de obstrução sem plug, urolitíase ou
(60-70% dos casos), cálculos (10%), infecção resistência durante a cateterização vesical
(2%) ou espasmo uretral que estejam deve-se pensar em espasmo uretral. Nesse
impedindo a saída da urina (iscúria). caso o animal deve receber
fenoxibezamina 2,5 mg/gato, VO, BID
SINAIS CLÍNICOS (droga não comercializada no Brasil) ou
prazosina 0,5 mg/gato, VO, BID/TID e
Disúria, hematúria manter sonda por 3-5 dias após inicio da
Dor/agressividade terapia.

Diagnóstico Uretrostomia perineal: mais indicada


cirurgia para obstrução recorrente, porém
Bexiga cheia e dolorida à palpação
aumenta as chances de infecção. Algumas
Desidratação e bradicardia (hipercalemia)
obstruções podem não responder e
Avaliar potássio sérico é importante
obstruir mais cranial, e aí faz pré-púbica ou
ECG ausencia da onda P, aumento da onda
subpúbica.
T e bradicardia
Bárbara Albuquerque

cistite idiopática
RELATÓRIO DE ESTÁGIO

DEFINIÇÃO
DTU em que se desconhece a causa da
obstrução ureteral
inflamação das vias urinárias inferiores. Pode
ser desencadeada por situações estressantes
DEFINIÇÃO
como disputa territorial, imunossupressão, A obstrução ureteral é uma condição que leva
alterações na rotina e ambientais, etc. Maior a restrição do fluxo de urina, que pode
predisposição em animais jovens a meia- resultar em uma crise urêmica, alterações na
idade, obesos e confinados estrutura do rim e ureter, e
consequentemente perda de função renal. A
SINAIS CLÍNICOS principal causa de obstrução ureteral em
gatos é a urolitíase e outras causas incluem
Micção em locais inapropriados (periúria estenose ureteral (congenita ou adquirida),
Hematúria neoplasia, ureter circuncaval, tampão
Polaciíuria purulento ureteral e coágulos solidificados.
Hiporexia
Excessiva lambedura da região perineal sinais clínicos
de modo intermitente (desaparecem com
Micção em locais inapropriados (periúria
ou sem tratamento e apresentam
Hematúria
recorrência)
Polaciíuria
Palpação é possível ver bexiga pequena e
Hiporexia
dolorida em casos que não há obstrução
Excessiva lambedura da região perineal de
modo intermitente (desaparecem com ou
DIAGNÓSTICO sem tratamento e apresentam recorrência)
Palpação é possível ver bexiga pequena e
O diagnóstico é feito ao eliminar dolorida em casos que não há obstrução
urolitíase, neoplasia e divertículo
vesicouracais. DIAGNÓSTICO
Urinálise: podem ser verificadas
Observação dos sinais clínicos
cristalúria e piúria sem presença de
Hemograma: anemia
bacterias e urocultura negativa
Bioquimico: uremia e azotemia
RX e US mostram a parede espessada, e
RX/US: estrutura, tamanho e vascularização
petéquias na submucosa podem ser vistas
dos rins, presença de cálculos
na cistoscopia.
Urinálise/urocultura: pesquisa de infecção
do trato urinário
TRATAMENTO
TRATAMENTO
Antibióticos: apenas se houver cultura
Tto conservativo: fluido, bloqueadores
Anti-inflamatórios e analgésicos:
beta-adrenérgicos (prazosina), diuréticos,
meloxicam 0,03 - 0,05 mg/kg TID e
amitriptilina, antiinflamatórios, analgésicos.
metadona 0,15 mg/kg. TID
Envolve aumento do DU, relaxamento da
Fluoxetina
musculatura lisa ureteral e diminuição do
Manejo do local
edema e inflamação do ureter.
Ferormonio (Felyway)
Bypass para descompensassão.
Bárbara Albuquerque

doença renal crônica


RELATÓRIO DE ESTÁGIO

DEFINIÇÃO DU baixa e U-P/C pode estar aumentado


(>0,4)
É a consequência de uma gama de afecções
Pressão arterial pode estar elevada (PAS >
renais, culminando na perda das funções
170 mmHg)
excretoras e concentradora dos rins.
Destaca-se por sua progressão, que,
TRATAMENTO
independentemente da causa, leva. a
destruição lenta e irreversível dos néfrons. Devem ser traçadas estratégias efetivas a fim
Nos animais jovens deve-se suspeitar da de possibilitar o prolongamento na sobrevida
coexistência de FeLV ou PIF. do paciente.
Antieméticos: vômitos decorrentes a crise
SINAIS CLÍNICOS urêmica, ondansetrona 0,5mg/kg, VO/IV,
Inespecíficos: apatia, poliúria/polidipsia, BID
anorexia, emagrecimento progressivo. Inibidores da bomba de prótons:
omeprazol 0,5-1mg/kg, VO, SID.
estADIAMENTO Nutrição: sonda esofágica
Fluido: RL, pode ser necessário reposição
ESTÁGIO I: Creat < 1,6 - paciente não de potássio devido aos resultados da
azotêmico, animal já apresenta alguma hemogasometria.
anormalidade renal macroscópica Controle da PAS, avaliar sempre em
(tamanho na palpação), alteração nos ambiente calmo, aferir pelo menos 2-3x ao
exames de imagem, proteinúria renal, dia durante alguns dias/semanas para
alteração histológica ou perda de comprovação da hipertensão antes da
capacidade de concentração urinária. instituição da terapia, a terapia inicial vai
ESTÁGIO II: Creat 1,6 a 2,8 - com a ser bloqueador de canal de cálcio e caso
progressão da doença nesta fase o não resolva deve-se dobrar a dose ou
animal já possui diminuição da TFG e associar com IECAs
possui discreta azoetemia, perda de 2/3 Controle da hiperfosfatemia: utilizar
da função dos néfrons. quelantes de fósforo como hidróxido de
ESTÁGIO III: Creat 2,9 a 5,0 - azotemia aluminio
renal moderada com diversas Tratamento da hipocalcemia: monitorar o
manifestações clínicas presentes. cálcio e o fósforo, corrigir primeiro a
ESTÁGIO IV: Creat > 5,0 - azotemia hiperfosfatemia e então administrar
importante, síndrome urêmica. carbonato de cálcio ou calcitriol.
Tratamento da proteinúria (U-P/C
DIAGNÓSTICO aumentada): retirar a causa base e se
necessário iniciar tratamento com a menor
Anemia não regenerativa dose de IECA
Aumento de creatina, ureia e fósforo Tratamento da anemia: suplementar
Bicarbonato e potássio variavelmente vitaminas hidrossolúveis, usar protetor de
baixos mucosa, suplementação de ferro,
RX: rins pequenos ou aumentados nos transfusão sanguínea se necessário
casos de PIF e linfoma renal Tratamento da acidose metabólica
US: perdas dos limites corticomedulares Tratamento da infecção do TU
Hemodiálise/diálise peritoneal
Bárbara Albuquerque

doença renal policística


RELATÓRIO DE ESTÁGIO

DEFINIÇÃO
Doença de caráter hereditário autossômico
dominante, acomete principalmente gatos
pielonefrite
persas e mestiços de persa. É caracterizada DESCRIÇÃO
pelo desenvolvimento de cistos renais que
É a colonização microbiana do TUSF,
podem ocorrer ocasionalmente no fígado,
geralmente por infecção ascendente,
pâncreas e baço. O cisto renal é uma
resultando na a inflamação da pelve e
dilatação de algum segmento do néfron. Uma
parênquima renal. A via hematógena apesar
das teorias da dilatação é a ocorrência de
de incomum pode ser incriminada por levar à
hiperplasia das células epiteliais, que pode
colonização de microrganismos de origem
levar ao desenvolvimento de pólipos e causar
intesticial ou cutânea.
uma obstrução parcial, e subsequente,
dilatação dos túbulos renais.
sINAIS CLÍNICOS
sINAIS CLÍNICOS PU, PD
Anorexia Dor lombar/abdominal
Depressão Febre associada com infecção do TUIF
Êmese Piúria
PU, PD, PP
PAS alta
diagnóstico
Em caso de infecção nos cistos o paciente
Histórico anterior de infecção do TUIF
pode apresentar febre, hematúria, piúria
Exame de sangue: leucocitose e azotemia
e leucocitose.
Urinálise: piúria, hematúria, proteinúira,
bacteriúria e cilindros leucocitários
diagnóstico US e RX: renomegalias e alterações na
morfologia, pelves renais e divertículos
US: estruturas esféricas e a/hipoecoicas,
dilatados.
regulares variando de 1mm até 1cm ou
Urocultura e antibiograma.
mais no córtex e medula renal
RX: rins aumentados e de contornos
irregulares
TRATAMENTO
Urinálise: hematúria, piúria e bacteriúria Antibiótico: tratamento longo 4-8 semanas,
Em felinos a doença pode ser mapeada repetindo sempre a urocultura
pelo achado da mutação do gene PKD1. Fluido
Controle para dor
Se houver pedra nos rins é necessário
TRATAMENTO fazer cirurgia para retirar
Não existe tratamento específico! Trata
sintomatologia, caso sejam específicas a DRC
é igual o tratamento dela. Dá p drenar o
cisto guiado por US tbm, mas da reicidiva.
Controle para dor
Antibiótico em caso de infecção do TU.

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