TAQUICARDIA DE QRS ALARGADO
CASO CLÍNICO
Paciente Jose Francisco dos Santos, 64
anos de idade, masculino, 1,78 de
altura, 75 kgs. Portador de
Miocardiopatia Chagassica, HAS, DM2.
Chega ao pronto socorro com dispneia
iniciada há 1 hora associado com fala
intercortadas e hipotensão.
Medicamentos de uso continuo:
carvedilol 25mg (1-0-1), losartana 50
mg (1-0-1), espirnolactona 50 mg (1-0-
0), furosemida 40 mg (1-0-0),
metformina 850 mg (1-0-1), insulina
NPH 15ui as 8:00 e 20ui as 18:00.
RESUMO CENARIO
Paciente foi atendido pelo SAMU em
domicilio, apresentando dispneia
intensa e hipotensão há 1 hora. Ao
chegar no local a equipe do SAMU
iniciou os atendimentos iniciais sendo
administrado 02 suplementar por
máscara de alto fluxo a 10L/min, SF
0,9% 250 ml EV. Após a abordagem
inicial foi transportado para a sala de
emergência da UPA.
PASSO A PASSO
Monitorização do paciente;
o Saturação
o Pressão
o FC
Ofertar oxigênio;
o CN até 5 L/min
o Máscara de alto fluxo até
15L/min
Acesso venoso;
Realizar ausculta;
o Se crepitação = edema agudo
de pulmão
Eletrocardiograma;
PACIENTE INSTÁVEL
Realiza sedação com etomidato
0,3mg/kg.
Liga o cardioversor, aperta em
sincronizar (sinc) e coloca a carga.
Passa o gel no local de colocar as pás
(externo e ápice)
Pede para afastar (1,2,3), choque.
Cardioversão com 100 J (tanto do
monofásico quanto do bifásico).
Solicita um novo ECG, se não melhorar
realiza a cardioversão novamente.
Paciente melhorou avalia os sinais vitais
e ausculta, se crepitação pulmonar,
pode administrar duas ampolas de
furosemida EV.
Após estabilização do paciente com
cardioversão (volta ao ritmo sinusal)
administra a Amiodarona 300 mg EV (2
amp.) + SG 5% 250 ml em 10 min +
Amiodarona (6 amp.) + SG5% 250 ml
correr a 20 ml/h em 6 hs e após correr
10 ml/h em 18 hs.
Encaminha o paciente para o HMMC
para a UTI.
Solicita exames: Rx tórax, troponina,
eletrólitos, ureia, creatinina,
gasometria arterial.
CRITÉRIOS DE INSTABILIDADE
A presença de 1 critério já é
instabilidade, ou seja, cardioversão
elétrica sincronizada;
Rebaixamento do nível de consciência
Sincope/pré-sincope
Dor torácica
Hipotensão
Dispnéia
TAQUICARDIA VENTRICULAR TAQUICARDIA VENTRICULAR
POLIMORFICA MONOMORFICA

Irregularidade do complexo RR Ritmo regular;

Distância do complexo QRS QRS alargado com morfologia parecida;
Morfologia do completo QRS diferente
TORSADES DE POINTS

Prolongamento do QT associado ao
padrão típico de “torção das pontas”
do QRS.
Começa a querer fazer um ritmo normal
e volta a torção.
Variante da polimórfica.
Se instável faz Cardioversão 100 J, e
após estabilização do paciente a droga
de escolha é Sulfalto de magnésio 2 g IV
em bolus lento (2 – 3 min).

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

O paciente está em ritmo de parada

cardíaca, deve desfibrilar o paciente.