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SUMÁRIO
1. Introdução e conceito..........................................................................................3
2. Fisiopatologia......................................................................................................3
3. Etiologia..............................................................................................................4
4. Quadro clínico.....................................................................................................6
5. Disfunções do nó sinoatrial.................................................................................8
7. Tratamento........................................................................................................17
Referências........................................................................................................................ 22
1. INTRODUÇÃO E CONCEITO
O nó sinoatrial (NSA) dita a frequência cardíaca (FC) através da geração de es-
tímulos elétricos que são propagados por todo o sistema de condução cardíaco
(Figura 1). A capacidade de deflagrar um impulso elétrico diminui à medida que se
afasta do NSA e, por isso, qualquer condição que afete o NSA fará com que o próxi-
mo nível controle a FC.
As bradiarritmias são arritmias que cursam com FC < 60 bpm (< 50 bpm, a depen-
der da fonte), seja de forma transitória ou permanente. Ela ainda pode ser classifica-
da como relativa, ou seja, quando a FC está dentro dos valores de normalidade, mas
encontra-se abaixo da frequência exigida pela demanda metabólica do organismo.
2. FISIOPATOLOGIA
O coração possui células com propriedades de automatismo, principalmente no
NSA, em outras áreas do átrio, NAV, feixes de His e na rede de Purkinje. Esse automa-
tismo é a capacidade que essas células apresentam de espontaneamente desenca-
dear um potencial de ação que despolarize a célula, mecanismo muito semelhante
ao da despolarização dos neurônios.
O NSA apresenta células com a melhor adaptação para essa capacidade de au-
tomatismo, apresentando então a maior frequência de disparo. Isso faz com que o
NSA apresente a maior capacidade de disparo espontâneo e, portanto, seja encarre-
gado por ditar a frequência de disparo do estímulo cardíaco. Obviamente, as células
do NSA não são independentes de regulação.
Elas têm sua frequência regulada principalmente através da ativação do sistema
nervoso autônomo simpático e parassimpático. Estímulos simpáticos (adrenérgicos)
aumentam o automatismo do NSA, aumentando a frequência cardíaca, e estímulos
noradrenérgicos (colinérgicos) reduzem a FC.
Bradiarritmias 3
NA PRÁTICA! Essas células com grande propriedade de automatis-
mo apresentam canais de sódio que permitem influxo de sódio quando a mem-
brana está em repouso, lentamente causando a despolarização da célula. Uma
vez que essa despolarização atinge certo ponto (cerca de –60mv), os canais de
cálcio do tipo L se abrem e o influxo de cálcio permite a fase rápida da despo-
larização celular. Dessa forma, uma vez que há canais de sódio especiais que
ficam abertos no período de repouso da membrana, ela sempre irá deflagrar
automaticamente potenciais de ação e iniciar o estímulo cardíaco.
Átrio esquerdo
Nó sinoatrial
Ramo direito
Feixe de His
Ramo esquerdo
Ventrículo direito
Figura 1. Sistema de condução cardíaco.
Fonte: Blamb/Shutterstock.com1.
3. ETIOLOGIA
O conceito de bradiarritmias é didático e possui a intenção de estabelecer um
diagnóstico sindrômico de um grupo de diversas alterações diferentes que, no fim,
tem por resultado comum a redução da FC < 60bpm. Tendo isso em mente, não é
difícil entender que, por serem compostos por diversos processos patológicos, a
etiologia desses processos também vai ser muito diversa e depender do tipo especí-
fico de bradiarritmia.
Bradiarritmias 4
De forma geral, uma das principais causas é a degeneração idiopática do sistema
de condução, o que normalmente ocorre em pacientes mais velhos que passam a
apresentar alterações do sistema de condução, causando bloqueios do NSA, NAV ou
de outras partes do sistema de condução, sem doença isquêmica, infecciosa ou in-
filtrativa que explique o quadro. Dessa forma, para se creditar etiologia idiopática ao
quadro de bradiarritmia, é importante que seja realizada uma investigação prévia que
exclua outras causas comuns de bradiarritmias.
Doenças sistêmicas, medicamentos ou até mesmo adaptações fisiológicas do
indivíduo frequentemente causam bradicardia sinusal. A bradicardia sinusal será
melhor explorada mais a frente neste capítulo, mas é importante que você saiba que
nela o NSA continua gerando o estímulo inicial do sistema elétrico cardíaco, e essa
lentificação do ritmo pode ser causada por doenças sistêmicas, como o hipotireoi-
dismo, hipotermia, hipertensão intracraniana e distúrbios hidroeletrolíticos. No caso
do hipotireoidismo, a redução dos hormônios tireoidianos causa diminuição do me-
tabolismo e do estímulo catecolaminérgico, importante para a elevação da FC.
Medicamentos como bloqueadores do canal de cálcio (diltiazem por exemplo),
betabloqueadores (como o metoprolol) e anestésicos gerais (como o midazolam)
também são causadores de bradicardias sinusais. Além disso, algumas pessoas,
principalmente atletas, podem apresentar maior tônus vagal, o que causa predomínio
do sistema parassimpático sobre a frequência cardíaca em repouso, e podem apre-
sentar bradicardia sinusal sem nenhum significado patológico.
Bradiarritmias 5
MAPA MENTAL 1. ETIOLOGIAS DAS BRADIARRITMIAS
Doenças isquêmicas
Doenças sistêmicas do coração
– hipotireoidismo,
hipotermia,
hipertensão
intracraniana
Medicamentos –
ETIOLOGIA bloqueadores do canal de
cálcio, betabloqueadores,
Degeneração anestésicos (midazolam)
idiopática do sistema
de condução
4. QUADRO CLÍNICO
Normalmente os quadros de bradicardia só apresentam sintomas com frequências
abaixo de 50 bpm e, ainda assim, muitos pacientes podem se apresentar assintomá-
ticos com FC em torno de 45 bpm. Os sintomas frequentemente são inespecíficos,
como tontura, intolerância aos exercícios, turvação visual, pré-síncope e síncope.
Em pacientes com relato de síncopes, é muito importante que se realize uma boa
anamnese, buscando esclarecer se a síncope foi súbita, se foi precedida por sinto-
mas ou por mal-estar e se houve algum estímulo vaso-vagal que possa ter causado a
síncope.
Bradiarritmias 6
MAPA MENTAL 2. QUADRO CLÍNICO DAS BRADIARRITMIAS
Pré-síncope Tontura
QUADRO
CLÍNICO
Intolerância
ao esforço
Síncope
Turvação
visual
1. Disfunção do nó sinusal:
• BAV 1 o
grau
• BAV 2 o
grau
• BAV 3 o
grau
Bradiarritmias 7
5. DISFUNÇÕES DO NÓ SINOATRIAL
As disfunções do nó sinoatrial podem resultar de um problema na geração ou na
saída do estímulo elétrico do NSA. Podem aparecer em indivíduos aparentemente
normais, nas situações de vagotonia (vômitos, emoções, estimulação do seio caro-
tídeo e micção), no uso de fármacos parassimpaticomiméticos, betabloqueadores,
bloqueadores dos canais de cálcio, amiodarona, clonidina, propafenona, digitálicos
e nas intoxicações exógenas. A causa mais frequente é a degeneração das células
do NSA e sua substituição por fibras de colágeno. Este processo é mais comum em
idosos, visto que a hipoperfusão gerada pelo processo aterosclerótico (comum nes-
se grupo) intensifica a degeneração. A tabela (Tabela 1) a seguir traz as causas de
disfunções do NSA, classificando-as em extrínsecas e intrínsecas.
Disfunção intrínseca
Disfunção extrínseca
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Como o estímulo elétrico produzido pelas células P é bloqueado na periferia, o BSA é
também denominado de bloqueio de saída do nó sinusal.
Os distúrbios podem manifestar-se como atraso na condução (primeiro grau),
bloqueios intermitentes (segundo grau) ou bloqueio completo (terceiro grau). Os
bloqueios do segundo grau apresentam duas variedades: tipo I (fenômeno de
Wenckebach) e tipo II (tudo ou nada).
No BSA, o NSA gera o estímulo, mas ele ou não é transmitido para os átrios ou é
transmitido com atraso, resultando em uma pausa entre duas ondas P ou sua ausên-
cia. O bloqueio sinoatrial pode ser classificado em:
• BSA de 1 grau: a condução do impulso do NSA aos átrios é atrasada. Não pode
o
P-P até que aparece um intervalo P-P mais longo (que contém o impulso blo-
queado). O intervalo P-P mais longo é menor que a soma de dois intervalos
consecutivos.
• BSA de 2 grau tipo II: um intervalo sem ondas P que equivale aproximadamente
o
a duas vezes o intervalo P-P anterior. Também pode ser 3 ou 4 vezes maior do
que intervalo anterior à pausa.
• BSA de 3 grau: é registrado como a ausência de ondas P, mas não pode ser
o
Figura 2. Bloqueio sinoatrial de 2º grau tipo I, com encurtamento progressivo do intervalo P-P anterior ao
impulso bloqueado. O intervalo P-P mais longo é menor do que a soma de dois intervalos anteriores.
Fonte: Acervo Sanar.
Bradiarritmias 9
Figura 3. Pausa sinusal não patológica, com intervalos P-P anteriores constantes de 1.24 seg, com
pausa de 2.12 seg, menor que o dobro dos anteriores.
Fonte: Acervo Sanar.
Figura 4. Bradicardia sinusal que alterna com fibrilação atrial rápida, terminando com uma longa pausa.
Fonte: Acervo Sanar.
6. DISTÚRBIOS DE CONDUÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
Os bloqueios atrioventriculares (BAV) são distúrbios da condução decorrentes da
lentificação da condução nos átrios, no nó atrioventricular (NAV), ou no feixe de His
e seus ramos. Há um bloqueio ou retardo acentuado, transitório ou permanente, da
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condução do estimulo estímulo elétrico dos átrios para os ventrículos. Os bloqueios
podem ser benignos ou malignos, dependendo da altura em que ocorrem. Em geral,
os bloqueios benignos ocorrem no NAV e os malignos no feixe de His ou em seus
ramos direito ou esquerdo. As causas de BAV estão listadas na tabela abaixo:
CAUSAS DE BAV
Doença aterosclerótica;
Doenças do colágeno;
BAV congênito;
Efeito de drogas;
Fibrose idiopática;
Doenças inflamatórias;
Trauma;
Tumores.
por um intervalo P-R aumentado > 0,20 seg (Figura 5). Nesse tipo, o local onde
ocorre o atraso é tipicamente o NAV, ou seja, supra-hissiano, mas também po-
de ser nos átrios e no restante do sistema de condução. O QRS alargado fala a
favor de problemas na condução distal, enquanto QRS estreito indica retardo no
próprio NAV;
• BAV de 2 o
grau: eventualmente alguma onda P é bloqueada na junção atrioven-
tricular junção AV, podendo ainda ser subdividido em:
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• Mobitz tipo I: de evolução mais insidiosa, ocorre um aumento progressivo do
intervalo P-R, até que uma onda P é bloqueada e não é correspondida por um
QRS. Esse fenômeno é chamado de fenômeno de Wenkebach. É um bloqueio
supra-hissiano (Figura 6). É considerada uma bradiarritmia benigna.
• Mobitz tipo II: pode progredir abruptamente para BAV total (BAVT). Alguns es-
tímulos atriais são conduzidos e outros não são, sem variação do intervalo P-R
(Figura 7). O intervalo P-R geralmente é infra-hissiano, mas pode ser intra-his-
siano. R não varia.
• Tipo 2.1: observa-se uma onda P conduzida que alterna com uma onda P blo-
queada. Como não existem dois intervalos PR consecutivos, é impossível de-
terminar se é tipo I ou tipo II, porque não se pode determinar se o PR varia ou é
constante, devendo-se realizar um exame complementar, como o Holter.
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• Avançado: observa-se mais de uma onda P não conduzida consecutiva (3:1 ou
mais). É de maior risco e de pior prognóstico do que os anteriores, podendo
ocasionar bradicardia severa sintomática.
V4
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MAPA MENTAL 3. CARACTERÍSTICAS DOS CURATIVOS
DISFUNÇÃO DISTÚRBIO DE
TIPOS
DO NÓ SA CONDUÇÃO AV
Prolongamento Bloqueio
do intervalo sinoatrial Intervalo PP BAVT
entre ondas P aumentado
Pausa com
(> 0,20 s) Ondas P
duração = ao
dobro do RR dissociadas
normal e não do QRS
precedido de
onda P
Mobitz I Mobitz II
Bradiarritmias 14
6.1 Achados clínicos
A bradicardia sinusal geralmente é assintomática, mas pode aparecer na forma
de tontura, fadiga, intolerância aos esforços e, raramente, pré-síncope e síncope. Ao
exame físico, pode haver hipotensão ortostática e congestão pulmonar.
Bradiarritmias 15
MAPA MENTAL 4. DIAGNÓSTICO DAS BRADIARRITMIAS
Colocação de eletrodos
intracardíacos para Permite identificar
registro e estimulação arritmias induzidas
miocárdica, objetivando pelo esforço e avaliar
avaliar a função do o prognóstico de uma
NSA e a condução arritmia
atrioventricular
Estudo Teste
eletrofisiológico ergométrico
DIAGNÓSTICO
Ecodoppler Holter
Permite a análise do
tamanho do coração, Gravação contínua
das válvulas cardíacas, do ritmo cardíaco
contração do por um período de
músculo e de regiões 24 ou 48 horas
funcionalmente nativas
Bradiarritmias 16
7. TRATAMENTO
O tratamento na emergência é indicado somente nos casos em que a bradicar-
dia, independentemente do seu tipo ou causa, provoca uma redução significativa na
pressão arterial sistêmica, com sinais clínicos de baixo débito cardíaco ou quando
surgem focos de despolarização ectópica.
Bradiarritmias 17
Na ausência de reversão do quadro clínico, usa-se os métodos de segunda opção,
que são marcapasso (Tabela 2), adrenalina (2 a 10 μg/minuto) e dopamina (2 a 10
μg/kg/minuto). No entanto, estas duas últimas medicações devem ser empregadas
como medida temporária à instalação do marcapasso, nos casos em que o pacien-
te não responde à atropina ou quando nas situações em que o marcapasso não se
mostra efetivo no tratamento da bradicardia.
O marcapasso transcutâneo é usado através de pás adesivas que devem ser co-
nectadas ao tórax do paciente, podendo uma delas ser posicionada no precórdio e
a outra no dorso do hemitórax esquerdo, posterior ao coração, ou com uma no he-
mitórax direito, na região da 2o espaço intercostal e o outro no ápice do coração. O
paciente precisa de uma sedação leve e analgesia efetiva, que pode ser obtida com
o uso de opioides (como a morfina e o fentanil) ou a ketamina, um sedativo com alta
potência analgésica. O marcapasso deve então ser ligado, ajustada a frequência de-
sejada, o modo do marcapasso (que pode ser fixo, que é menos utilizado) ou de de-
manda, onde o marcapasso só vai disparar quando a FC do paciente estiver abaixo
da frequência ajustada no aparelho.
Deve ser ajustada então a corrente, de forma que cada espícula do marcapasso
no ECG desencadeie despolarização ventricular, observada pela presença do QRS.
É prudente ajustar a corrente um pouco acima da corrente mínima para conseguir
captura elétrica. Por último, pulsos centrais (femoral ou carotídeo) devem ser palpa-
dos para confirmar que cada QRS está sendo efetivamente correspondido por uma
pulsação.
Bradiarritmias 18
MAPA MENTAL 5. CONDUTAS NA EMERGÊNCIA DE BRADIARRITMIAS
Abordagem inicial:
Monitorização
Auxílio à respiração conforme a necessidade de proteção de via aérea
Oxigenoterapia se hipoxemia
Obtenha um acesso venoso
Solicite um ECG com 12 derivações
Hipotensão
Alteração aguda do nível
de consciência
Sinais de choque
Desconforto torácico
Insuficiência cardíaca aguda
Há
instabilidade
Avalie o ECG de 12
derivações Se atropina ineficaz:
Estimulação com MPTC
Ou
Bradiarritmia maligna? Dopamina 2-10 mcg/kg/min EV
Ou
Adrenalina 2-10mcg/min EV
NÃO
Monitorização e
investigação SIM
Hipoxemia
BAC de 2º grau Mobitz II Considere
Distúrbios eletrolíticos
BAV 2:1 avaliação do
Reflexo vagal
BAV avançado cardiologista
Hipotireoidismo
BAVT Estimulação com
IAM
Ritmo de escape ventricular MP transvenoso
Medicamentos
Bradiarritmias 19
Marcapasso Deve ser usado rapidamente nas bradiarritmias resistentes à atropina, principalmente naque-
transcutâneo las com BAV severo (Mobitz II e terceiro grau), e nos pacientes com sintomas severos
Indicado quando o transcutâneo não é eficaz. Sua inserção é realizada através de um ca-
Marcapasso teter. É posicionado na artéria pulmonar, por onde os probes devem ser inseridos até uma
transvenoso posição que seja possível o controle da FC por estímulos no átrio, no ventrículo ou sequen-
ciais atrioventriculares
Marcapasso É eficaz nos casos de bradiarritmia supraventricular, sinusal ou juncional intraoperatória, ex-
transesofágico ceto no tratamento da bradicardia provocada por BAV, por provocar estímulos ventriculares
8. INDICAÇÕES DE MARCAPASSO
CARDÍACO
O implante definitivo está indicado nas situações de bradicardia sinusal ou BAV
sintomático, bradicardia com sintomas como resultado de medicação essencial ao
paciente, BAV avançado com assistolia > 3 segundos, ritmo de escape < 40 bpm,
BAV pós-operatório, doença neuromuscular, BAV completo intermitente, BAV de 2o
grau Morbitz II intermitente, bloqueio de ramo alternante, síncope recorrente por
massagem de seio carotídeo. O implante provisório de marcapasso transcutâneo é
indicado nas situações de emergência, como pacientes com bradicardia importante,
muito sintomáticos e que não respondem à atropina.
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MAPA MENTAL 6. RESUMO
Há
Quadro clínico
instabilidade
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REFERÊNCIAS
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