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Gabriela Castro – 7° período

Obter dos pais ou responsável


legal, já na primeira visita,
independentemente do tipo de
consulta.

Anamnese
Introdução Interrogatório com o responsável em
Oferecer ao paciente o melhor busca de dados (sintomas), que irão
atendimento odontológico, através de compor os panoramas físico e psíquico,
uma anamnese correta, e que os passado e presente do paciente.
dados coletados estejam associados Ao realizar a anamnese, é aplicado
aos exames físicos intrabucais e uma série de questões sobre a história
extrabucais, e com a junção do que foi de vida e saúde da criança, afim de
coletado finalizar o correto realizar o tratamento odontológico de
diagnostico, propondo a terapêutica forma mais segura.
ou o plano de tratamento mais correto.
 Utilizar uma linguagem mais
Prontuário odontológico adequada (sem tantos termos
Deve conter tudo o que for possível de técnicos) ao responsável e à
se obter do paciente. criança.
 Frases sugestivas devem ser
É um documento simples, fácil de ser evitadas. Ex: ela já está escovando
entendido e manuseado. os dentes né?
 Perguntas direcionadas ao adulto,
Os dados coletados, servirão para
mas sem perder o foco principal: a
elaboração do diagnóstico,
criança.
prognóstico, orientações durante a
terapêutica e avaliação dos resultados Identificação do paciente
do tratamento.
Manter o contato com a criança. E
 Deve ser sempre arquivado. possuir uma ideia do contexto
socioeconômico e cultural da criança
Partes componentes
e da sua família.
1. Termo de consentimento livre e
Interessante sempre perguntar como a
esclarecido.
criança gosta de ser chamada. Para
2. Anamnese.
chama-lo pelo nome que ele gosta.
3. Exames clínicos.
4. Exames complementares.  Recolher dados em relação a
5. Diagnóstico/odontograma. localização e endereço.
6. Plano de tratamento.  Telefone de vários locais, como o
7. Tratamentos realizados. do pai, avó, mãe. Ou seja, nunca
registrar só um número de telefone.
Termo de consentimento livre e
 É interessante saber a quantidade
esclarecido
de irmãos da criança. Sabendo
Autoriza a efetuar a anamnese, exame qual a posição da criança dentro
clínico, exame radiográfico, e possíveis do núcleo familiar.
outros exames que forem necessários
História médica
para o diagnóstico.
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Perguntar sobre os antecedentes Procurar buscar sinais, somado aos


familiares: decorrente a muitas sintomas relatados na anamnese para
doenças serem passadas de geração definir o quadro clínico.
em geração, podendo a criança
Exame físico geral
possuir riscos hereditários.
Peso, modo de andar, estatura,
 História médica pré-natal: ou seja,
proporção, postura, linguagem na
tudo acontecido durante o período
forma de comunicação.
gestacional. Ex: quedas, uso de
medicação, ansiedades, estresses. Movimentos: podem indicar indícios de
 História médica natal: no letargia, mal-estar, doenças sistêmicas
nascimento. Ex: qual peso, com ou bucais.
quantas semanas nasceu, se foi ou
não prematuro, nasceu com algum Pele: alterações de pele (coloração,
problema congênito (problema secura, descamações, bolhas, lesões
detectado ao nascimento). pigmentadas) podem estar
Prematuridade: nascimento antes relacionadas a maus tratos, problemas
de 37 semanas de gestação sistêmicos, metabólicos ou sindrômicos.
 História médica pós-natal: todos os Linguagem: deficiência de linguagem,
acontecimentos após o pode estar relacionado a deficiências
nascimento até os dias de hoje. Ex: auditivas, déficit intelectual, lesões
se faz uso de medicação, neurológicas, falta de motivação,
calendário de vacina como está. fenda palatina, maloclusão,
História odontológica anquiloglossia.

Com destaque para Mãos: podem se encontrar geladas,


pegajosas, frias ou roídas dando
 Experiências anteriores: caso já indicios de ansiedade.
tenha ido ao dentista, registrar
como foi a experiência da criança. Exame físico extra-bucal
 Motivo da consulta de hoje: Realizar um exame sistemático da
sabendo se a consulta será de cabeça e pescoço.
urgência ou analisar as prioridades
da saúde bucal da criança. Couro cabeludo
 Hábitos alimentares: o que come,  Observar a higiene (cabelo sujo ou
quantas vezes come, se faz limpo).
amamentação.  Presença de parasitas (piolho,
 Hábitos deletérios: ou seja, sendo necessário orientar).
prejudiciais à saúde como chupar  Infecções do couro cabeludo.
dedo, chupeta, roer unha.  Seborréia.
 Hábitos de higiene bucal: qual o  Cor, quantidade e textura dos
creme dental usado, se recebe cabelos.
ajuda a escovar os dentes, se  Problemas sistêmicos.
realiza escovação, quantas vezes
realiza a escovação. Displasia ectodérmica: cabelos mais
falhos e escassos.
Exame clínico
ATM

Avaliar:
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 Grau de mobilidade da mandíbula. Porção interna das bochechas, pode


 Limitação dos seus movimentos. apresentar padrões de normalidade
 Presença de desvios mandibulares. como a papila parótidea (face
 Ruídos articulares. vestibular dos dentes posteriores) e
 Sintomatologia dolorosa. linha alba (na altura da linha de
oclusão).
Olhos
Língua
 Movimentos oculares.
 Estrabismo: pode ser indicativo de Observar a forma, tamanho, se há
tumor. Sendo indicado procurar presença de ulcerações, papilas,
atendimento médico. crescimento tumoral, pigmentações,
 Conjuntivite. Nesses casos não tonalidade e condições de higiene.
pode ser feito atendimento.
Assoalho bucal
 Coloração da esclera.
 Encaminhar para o médico. Com a gaze realizar a observação e
palpação.
Nariz

Avaliar:

 Capacidade respiratória da
criança. Obstruções das vias
aéreas.
 Presença de desvio de septo.
 Capacidade e padrão respiratório. Palato duro e palato mole

Exame físico intra-bucal Avaliar: cor, textura, consistência,


aderência da mucosa, rugosidades
Primeiro contato da criança com os palatinas e lesões.
instrumentos odontológicos,
principalmente para as crianças que
estão indo pela 1° vez ao dentista.

Lábios

Utilizar: observação e palpação


bidigital. Gengiva

Avaliar a morfologia, textura, cor,  Coloração rosa claro.


estrutura, umidade dos lábios.  Esbranquiçado.
 Não existe o pontilhado.
Presença de ulceras traumáticas.  Pigmentação mais escura,
decorrente a melanina local.
Presença de mucocele.

Porção interna das bochechas

Utilizar: observação, palpação


bidigital.

Aspecto de normalidade: coloração


esbranquiçada e aspecto liso
brilhante.
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Verificar as condições gerais dos


dentes, principalmente a
presença de cárie, biofilme,
cálculo, alterações dentárias,
coloração, tamanho, forma. Lesões de cárie inativas em dentina:
Dentes restaurados torna-se visualmente mais escura
(enegrecida), com consistência mais
Avaliar: ponto de contato, fraturas resistente.
marginais e lesões de cárie recorrentes.

Utilizar: sonda exploradora de ponta


afiada.

Lesões de cárie

Diagnóstico preciso de lesões de cárie: Exames complementares


com boa iluminação, profilaxia prévia
Visam auxiliar com informações que
e superfície seca.
não conseguiram ser captadas nem na
Instrumental necessário para o exame: anamnese nem no exame clínico.
espelho clínico e sonda exploradora Caso contrário, não realiza os exames
com a extremidade arredondada complementares
(evitando ranhuras, microperfurações,
 Auxilia na elaboração conclusiva
cavitação).
do diagnóstico.
Classificação  Os principais exames: radiográficos
e laboratoriais (sanguíneo).
Lesões de mancha branca ativa no
esmalte: opaca, rugosa, Diagnóstico
principalmente em terço cervical.
“A arte ou o ato de identificar uma
doença a partir de seus sinais e
sintomas”.

“Arte de distinguir uma doença de


outra”.

O Cirurgião-Dentista deve ter


Lesões de mancha branca inativa no conhecimento de todas as patologias
esmalte: brilhante e lisa. a fim de diferenciá-las.

 Deve ser registrado em prontuário.

Plano de tratamento

Após a conclusão do diagnóstico,


realiza-se o plano de tratamento, que
consiste na organização do
tratamento.
Lesões de cárie ativas em dentina:
normalmente com cavidade, Consiste em uma lista ordenada de
consistência amolecida, coloração procedimentos organizados, com uma
acastanhada. sequência clinica racional e
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individualizada para ser realizado Fase restauradora: uso de materiais


durante as consultas. restauradores diretos (resina,
amalgama, CIV) ou indiretos (coroas
Adequar a proposta do tratamento a
de aço ou celulose).
realidade em que a criança está
inserida (socioeconômico). Fase da ortodontia preventiva:
aparelhos preventivos e
A ordem apresentada no plano de
interceptativos.
tratamento tem que ser sequencial e
em algum momento pode ser mudada Fase de manutenção:
em função de problemas de cada
 Periodicidade: é individualizada.
paciente e esta não invalida a
 Controle periódico da higiene
proposta inicial.
bucal e motivação do paciente.
Consiste muitas vezes em um  Acompanhamento clínico e
tratamento integrado incluindo a radiográfico dos trabalhos
ortodontia, periodontia, executados.
otorrinolaringologia, psicologia,  Prevenção/controle do surgimento
fonoaudiologia, cirurgia, pediatria e de novas lesões de cárie.
endodontia.  Acompanhamento da cronologia
de erupção dentária.
Fases do plano de tratamento
 Interceptação precoce de
Fase emergencial: casos em que o alterações oclusais e maus hábitos.
paciente já chega com dor, devendo
Considerações finais
ser priorizado. Ex: traumas, alterações
pulpares e periapicais. A obediência consequente a essa
rotina oferece garantia para o correto
Fase sistêmica: proporcionar ao
planejamento da prevenção, do
organismo condições para que o
tratamento e do controle das doenças
tratamento bucal não coloque em
bucais.
risco o funcionamento de nenhum de
seus sistemas biológicos. ex. uso de CORRÊA, Maria Salete Nahás Pires.
antibioticoterapia, profilaxia Odontopediatria na primeira infância.
antibiótica ou encaminhar. 3. ed., reimpr. São Paulo, SP: Liv.Santos,
2011. 923 p.
Fase preparatória: prepara o meio
bucal para receber as restaurações. GUEDES-PINTO, Antônio Carlos.
Envolve desde procedimentos Odontopediatria. 9. ed. reimp. São
educativos-preventivos (escovação Paulo, SP: Liv. Santos, 2016. 818 p.
supervisionada e orientações sobre
higiene bucal, uso de sustâncias
evidenciadoras de biofilme),
orientação para aquisição de novos
hábitos de dieta, e realizar adequação
do meio bucal (extração de foco de
infecção, tratamento endodôntico,
flúor, selantes, tratamento restaurador
atraumático)

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