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SAÚDE DA CRIANÇA E

DO ADOLESCENTE
AULA 1 – 06/07/2022

AVALIAÇÃO DO RN E DA ÉPOCA IDEAL PARA A PRIMEIRA


CRIANÇA CONSULTA
 A primeira consulta do recém-
nascido deverá ocorrer na sua
PRIMEIRA CONSULTA DO primeira semana de vida (que
RECÉM-NASCIDO constitui um momento propício
 Nos serviços de atenção básica, os para estimular e auxiliar a família
profissionais que realizam o pré- nas dificuldades do aleitamento
natal frequentemente são os que materno exclusivo, para orientar e
seguirão acompanhando a família realizar imunizações, para verificar
durante a puericultura da criança. a realização da triagem neonatal
Sendo assim, o vínculo entre a (teste do pezinho) e para
equipe de saúde e a família do estabelecer ou reforçar a rede de
recém-nascido, para o apoio à família;
acompanhamento da criança deve  A primeira semana de saúde
preferencialmente se iniciar pelo integral, preconizada pela
menos desde o pré-natal; publicação “Agenda de
 O nascimento de um bebê é um Compromissos para a Saúde
momento de transição-chave do Integral da Criança e Redução da
ciclo de vida da família. Por tal Mortalidade Infantil”, editada pelo
razão, é muito comum o Ministério da Saúde (BRASIL,
surgimento de dúvidas, 2004a), lembra ainda da
inseguranças e questionamentos. importância da verificação da
A família deverá reconhecer a Caderneta de Saúde da Criança,
equipe de saúde como um ponto da identificação de riscos e
de apoio para a superação das vulnerabilidades ao nascer e da
dificuldades desta etapa, que se avaliação da saúde da puérpera;
constitui na necessidade de
adaptação à presença de um novo
ser no sistema familiar, da O CONTEÚDO DA CONSULTA
representação de novos papéis e  Os cuidados com a saúde do bebê
do realinhamento de e sua família devem ser sempre
relacionamentos (CARTER; MC individualizados;
GOLDRICK, 1989);

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 São fundamentais a utilização e o  No entanto, um baixo índice de
adequado preenchimento da Apgar, isoladamente, não
Caderneta de Saúde da Criança prediz disfunção neurológica
para o registro das principais tardia
informações de saúde da criança;
Instrumentos como esse são
EXAME FÍSICO COMPLETO
reconhecidos como facilitadores
da comunicação entre pais e  RN: 1 A 28 dias;
profissionais.  Lactentes: 29 dias a 2 anos;
 Pré-escolar: 3 a 6 anos;
 Escolar: 7 a 10 anos;
ANAMNESE  Pré-adolescente: 11 a 12 anos;
 Adolescente: 13 anos +.
 Procura-se avaliar principalmente as
 Um exame físico completo deve ser
condições do nascimento da
realizado na primeira consulta de
criança (tipo de parto, local do
puericultura;
parto, peso ao nascer, idade
 É consenso que o exame físico e
gestacional, índice de Apgar,
seus achados devem ser descritos
intercorrências clínicas na
e compartilhados com os pais,
gestação, no parto, no período
como forma de facilitar-lhes a
neonatal e nos tratamentos
percepção das necessidades do
realizados) e os antecedentes
bebê (DEMOTT et al., 2006);
familiares (as condições de saúde
 Mediante as especificidades dentro
dos pais e dos irmãos, o número
de cada faixa etária da criança, o
de gestações anteriores, o número
exame físico assume
de irmãos), muitas vezes já
características peculiares,
conhecidos pelas equipes de
requerendo do enfermeiro,
atenção básica;
conhecimentos básicos sobre
 O índice de Apgar – também
anatomia e fisiologia, como
reconhecido popularmente pelos
também conhecimentos sobre
pais como a “nota” que o bebê
crescimento e desenvolvimento, a
recebe logo após nascer.
fim de realizar o exame
 No quinto minuto entre 7 e 10 é
respeitando as características
considerado normal.
próprias de cada estágio;
 Apgar 4, 5 ou 6 é considerado
intermediário e relaciona-se,
por exemplo, com
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS A
prematuridade, medicamentos
UM BOM VÍNCULO COM A
usados pela mãe, malformação
CRIANÇA E A FAMÍLIA:
congênita, o que não significa
maior risco para disfunção  Capacidade de identificação com os
neurológica. sentimentos alheios EMPATIA
 Índices de 0 a 3 no quinto (sintonia; sentir o que o outro
minuto relacionam-se a maior sente, sentir no lugar do outro);
risco de mortalidade e leve  Solidariedade do ponto de vista
aumento de risco para paralisia emocional;
cerebral.

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 Capacidade de dialogar com a  Comprimento (para crianças
criança, com a mãe, com a família menores de 2 anos);
– estimular questões e discussões.  Altura (para crianças maiores
de 2 anos e adultos);
 Perímetro cefálico e torácico
PONTOS IMPORTANTES NA
COLETA DE DADOS PARA O  PESO
EXAME FÍSICO  Nunca se deve pesar crianças
com fraldas e roupas pesadas;
1. ENTREVISTA COM OS PAIS  A balança deve ser tarada a
 Identificar os motivos da cada medida;
consulta;  A superfície onde a balança
 A história do problema atual; fica apoiada deve ser a mais
 Relações entre o problema reta possível;
atual e eventuais problemas do  Ganho diário do neonato: 25 a
passado; 35g;
 Avaliar as condições familiares,  Em geral, a criança duplica o
ambientais, pregressas e atuais; peso do nascimento, entre 5º e
 História pessoal (eventos o 6º mês de vida e o triplica aos
durante a gravidez, condições doze meses;
de nascimento, eventos  Avaliação do peso:
perinatais, desenvolvimento, 5 meses= PNx2;
alimentação, vacinação, 1 ano= PNx3;
histórico de doenças); 2 anos=PNx4;
 Abordagem integral: deve 3 a 11 anos: Peso esperado
conter avaliação do CD, da = (idade x 2) + 8.
alimentação, da imunização, do Para se calcular o peso da
ambiente físico, saúde oral, criança:
saúde sensorial (visão e
 3 a 12 meses:
audição).
idade(meses) + 9 / 2;
 Prescrição de Enfermagem:
 1 a 6 anos: idade(anos)
os itens da prescrição devem
x 2 + 8;
corresponder aos problemas
 7 a 12 anos: idade(anos)
identificados pelo enfermeiro na
x 7 – 5 / 2.
abordagem integral. Lembrar
sempre de abordar na
 ESTATURA
prescrição: alimentação,
 Menores de 2 anos:
imunização,
antropômetro horizontal;
orientações/recomendações
 Maiores de 2 anos e adultos:
educacionais (Promoção de
estadiômetro.
saúde).
 No primeiro ano de vida, a
criança cresce em média 25cm,
2. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
sendo 155cm no 1º semestre e
 Principais tipos de medidas
10cm no 2º semestre;
antropométricas:
 Estimativa de Estatura:
 Peso;
Ao nascer= 50cm;
 Estatura;

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1 ano= 75cm; sinal de Hipertensão intracraniana
2 anos= 82cm; e desidratação respectivamente.
3 anos= 91cm;  Implantação capilar;
4 anos= 1m.  Fita: acima das sobrancelhas e na
Para se calcular altura da proeminência occiptal.
criança 2 a 12 anos:  Pc = altura/2 + 10;
 Idade(anos) x 6 + 77 ou:  Em torno de 35cm;
 Idade(anos) x 5 + 80.  Primeiro Trimestre= 2cm a cada
mês;
 VALORES DA PA EM CRIANÇAS  Segundo trimestre= 1cm a cada
E ADOLESCENTES: mês;
 De 6 a 12m= 0,5cm a cada mês;
 De 0 a 3 anos:
 1º trimestre= + ou – 5cm;
 2º trimestre= + ou – 5 cm;
 3º trimestre= + ou – 2cm;
 4º trimestre= + ou – 1cm.

DESENVOLVIMENTO SOCIAL E
PSICOAFETIVO
 Observar e avaliar o relacionamento
da mãe/cuidador e dos familiares
com o bebê: como respondem às
suas manifestações, como
AVALIAÇÃO FÍSICA DO RN interagem com o bebê e se lhe
proporcionam situações variadas
PERÍMETRO CEFÁLICO de estímulo.
 Fontanela anterior (Bregmática - até
os 2 anos): 2 a 4 cm - deve estar
sempre aberta ao nascer e seu ESTADO GERAL
fechamento deve ocorrer entre 9 e  Avaliar postura normal do recém-
18 meses de idade; nascido: as extremidades fletidas,
 Fontanela posterior (Lambdóide - as mãos fechadas e o rosto,
até 3 meses): 0,5 a 1cm - ao geralmente, dirigido a um dos
nascer, pode estar fechada ou lados.
aberta e seu processo de  Observar o padrão respiratório: a
calcificação deve ocorrer até o presença de anormalidades, como
quarto mês de vida. batimentos de asas do nariz,
 Fontanelas com diâmetro tiragem intercostal ou
aumentado podem estar diafragmática e sons emitidos.
relacionadas com hipotireoidismo  Avaliar o estado de vigília do recém-
ou osteogênese imperfeita; nascido: o estado de alerta, o sono
 Em caso das tensões tiverem leve ou profundo e o choro.
aumentadas (abauladas) ou
diminuídas (retraídas) pode ser

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 Identificar sinais de desidratação delimitados do que a bossa e
e/ou hipoglicemia: pouca diurese, que involuem mais lentamente)
má ingestão (a criança não desaparecem
consegue mamar ou vomita tudo o espontaneamente.
que mama), hipoatividade e
letargia.  FACE (aparência geral):
 A temperatura axilar normal situa-se  Coloração da pele e presença
entre 36,4ºC e 37,5ºC e não de lesões.
necessita ser medida
rotineiramente em crianças
PELE
assintomáticas, exceto na
presença de fatores de risco, como  A vernix caseosa é um material
febre materna durante o parto; gorduroso branco, que é formado
 Líquido surfactante – Último pelo acúmulo de secreção das
trimestre da gestação – Auxilia na glândulas sebáceas e inclui células
maturação do sistema respiratório; epiteliais e lanugem, recobre a
pele ao nascimento: hidratação e
manutenção térmica;
 Descamação fisiológica: ocorre no
COMPRIMENTO E PERÍMETRO
1º mês;
CEFÁLICO
 O RN a termo, tem pele lisa,
 Primeiro Trimestre= até 2,0cm; brilhante, úmida e fina;
 Segundo Trimestre= até 1,0cm;  Lanugo;
 Dos 6 aos 12m= 0,5cm.  Milium sebáceo: desaparece até o
final do 1º mês;
 Piel moteada/pele marmórea:
PERÍMETRO TORÁCICO redução térmica.
 Observe a presença de:
 0 a 5m= PC > PT; a. Edema (se for generalizado,
 5 a 6m= PC = PT; pense em doença hemolítica
 Com 7 meses= PC < PT; perinatal, iatrogenia por uso de
 Fita: nível mamilar, nível umbilical coloides ou cristaloides em
(abdominal). excesso, insuficiência cardíaca,
sepse; se for localizado, isso
sugere trauma de parto);
CABEÇA b. Palidez (sangramento, anemia,
 CRÂNIO: vasoconstrição periférica ou
 Avaliar o tamanho do crânio em sinal de arlequim – palidez em
relação à face, lesões, cistos um hemicorpo e eritema do
sebáceos, hematomas, lado oposto, por alteração
distribuição e alteração na cor vasomotora e sem repercussão
dos cabelos, higiene e clínica);
presença de ectoparasitas, c. Cianose (se for generalizada,
realizar palpação do crânio; pense em doenças
 Bossa serossanguínea e cardiorrespiratórias graves; se
cefalematomas (mais for localizada nas extremidades

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ou na região perioral, pense em principalmente no RN, é
hipotermia); importante descartar a infecção
d. Icterícia. O profissional deverá por gonococo, clamídia e
estar mais atento caso a herpesvírus. A conduta correta é
icterícia tenha se iniciado nas sempre coletar a secreção e
primeiras 24 horas ou depois solicitar exame bacteriológico e
do 7º dia de vida, caso tenha bacterioscópico. A coleta pode ser
duração maior do que uma feita do fundo de saco, com
semana no recém-nascido a espátula para swab, e
termo, duração maior do que encaminhada ao laboratório de
duas semanas no prematuro e microbiologia em meio de cultura.
se a tonalidade for amarela Após a coleta, deve-se iniciar
com matiz intenso ou se a imediatamente o tratamento com
icterícia se espalha pelo corpo, colírio (tobramicina ou ofloxacina)
atingindo pernas e braços. e, após o resultado, deve-se tratar
e. Pesquise a possível presença o agravo de acordo com o agente
de assaduras, pústulas etiológico
(impetigo) e bolhas palmo-  Icterícia: fototerapia.
plantares (sífilis).
f. Esclareça a família quanto à
benignidade do eritema tóxico REGIÃO NASAL
 Avaliar a forma e a possível
presença de secreção (sífilis).
OLHOS
 Milium sebáceo;
 Hipertelorismo: afastamento a nível  Simetria;
de linha nasal (indicativo de  Hiperemia;
síndrome de Down) + sulco único  Espirros fisiológicos do RN;
+ reflexo da mão diminuído.  Batimentos das aletas nasais
 Hipotelorismo: aproximação a nível (normal apenas após a mamada);
de linha nasal (indicativo de  Desvio de septo nasal;
microcefalia e orelha alta).
 Estrabismo: investigar após 5º mês;
 Implantação dos cílios ORELHAS E AUDIÇÃO
 Entrópio: pálpebra está
 Orientar a família para a realização
voltada para dentro (invertida),
da triagem auditiva neonatal
fazendo com que os cílios se
universal (Tanu) ou “teste da
esfreguem contra o globo
orelhinha”;
ocular;
 Observa também a implantação
 Ectrópio: pálpebra se dobra
normal (a nível da fenda orbital), o
para fora (evertida) de modo
tamanho e a simetria das orelhas.
que sua borda não entra em
 Avaliar: presença de secreção, dor
contato com o globo ocular.
a palpação e otite.
 Secreção ocular: conjuntivite
neonatal – nitrato de prata,
 A presença de secreção purulenta
BOCA
evidencia uma conjuntivite e,

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 Alterações morfológicas podem Refletir sobre infecção
representar dificuldade para a urinária ou do trato
pega durante a amamentação, o digestivo.
que exigirá suporte e
acompanhamento adequados.
 Observar a úvula, o tamanho da
língua (macroglossia), o palato, o
freio lingual e a coloração e nível
de hidratação dos lábios.
 Observar presença de Monilíase
oral (sapinho) – 8 meses; AULA 2- 07/07/2022
 Nível de higiene da boca e dos
dentes (lactentes apenas com
água); TÓRAX
 Avaliar dentição;  Deve-se observar a movimentação
 Cardiopatias – face e lábios de caixa torácica;
ictéricos.  A simetria das mamas; observar
ingurgitamento ou nódulos
mamários;
COXINS ADIPOSOS DE SUCÇÃO  Orientar a família para a involução
(BOCHECHAS) espontânea de mamas, que
 Palidez, icterícia, coloração; podem estar ingurgitadas ou com
 Presença de lesões; presença de secreção leitosa
 Eritematrosos. (passagem de hormônios
maternos)
 Comparar perímetro do tórax com
PESCOÇO perímetro cefálico < 6 meses;
 Realizar a palpação em busca de
 Avaliar assimetria facial e a posição anormalidades;
viciosa da cabeça. O torcicolo  Avaliar assimetria torácica, pois ela
congênito tem resolução sugere malformações cardíacas,
espontânea em 90% dos casos. pulmonares, de coluna ou
No entanto, nos casos mais arcabouço costal
persistentes, pode ser necessária  Apalpar as clavículas, para avaliar
correção cirúrgica (protelada até se há fraturas que poderiam
os três anos de idade); acarretar diminuição ou ausência
 Maturação cervical = o normal é de movimentos do braço;
imaturação (até 3º-4º mês);  A fratura de clavícula é manejada
 Tireóide; simplesmente prendendo-se o
 Linfonodos: braço ao tórax, para proporcionar
 Retroauricular; conforto ao bebê (STAHELI,
 Mandibular; 2008);
 Cervical;  Observe possíveis sinais de
 Axilar; sofrimento respiratório (tiragens,
 Inguinal: Retração xifoidiana, batimentos de
asas do nariz, gemidos, estridor);

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 AUSCULTA CARDÍACA: pulso; FC; (roncos, sibilos, creptos), mediana,
PA (criança hospitalizada). Avaliar base e linha axilar.
bulhas cardíacas, auscultando os  REGIÃO DORSAL (maturação):
4 focos: caracterizar os sons Coluna cervical: 3 meses
auscultados quanto ao ritmo, Coluna torácica: 6, 7 ou 8
simetria); meses;
 Contar a frequência cardíaca, que Coluna lombo sacra: 10 meses
normalmente varia entre 120bpm e a 1 ano.
160bpm; Se < 100bpm deve-se ter  AVALIAÇÃO DA COLUNA
atenção, pode ser indicativo de VERTEBRAL: normal; lordose;
alterações cardíacas; cifose; escoliose.
 Pode-se verificar sopro inocente
ABDOME
(ausência de anomalias);
 Teste do coraçãozinho: 24 a 48h de  Inspeção: forma abdominal, 1º
vida (fechamento do forame oval). cordão umbilical -> 2º coto
Diferença entre MMSS e MMII não umbilical (cai entre 7-15 dias),
pode ser superior a 3. tornando-se -> 3º cicatriz umbilical.
 SpO2 < 95% realizar Possui 2 artérias umbilicais e uma
ecocardiograma. veia umbilical. etc.
 Observar possível presença de  Até os 4 meses de vida, é possível
cianose, abaulamento precordial, que o abdome apresente
turgência jugular, ictus cordis protrusões sem necessariamente
(quando não visível, o ictus cordis sem hérnias, dá-se por conta da
pode ser palpado no 5 º espaço não maturação completa do
intercostal) e sopros cardíacos; abdome.
 Frequência respiratória:  REGIÃO UMBILICAL:
0 Até 2 meses: até 60 1. Gelatinosa: primeiras 24 horas.
movimentos respiratórios por 2. Desvitalizada ou desidratada:
minuto; após 24 horas.
2-11 meses: até 50 mrm; 3. Mumificada: após 48 horas.
12 meses a 5 anos: até 40
mrm; Obs: coto umbilical em fase mista
6 anos a 8 anos: até 30mrm; ex: coto umbilical em fase mista,
Acima de 8 anos: até 20mrm. base gelatinosa e ápice
 Apnéia fisiológica (primeiros 15 dias desvitalizada.
de vida). Para em torno de 3 ou 4  PALPAÇÃO: hipersensibilidade/dor,
segundos e volta. contorno de órgãos;
  PERCURSÃO: predomínio de sons
 AVALIAÇÃO PULMONAR: FR; timpânicos, exceto em regiões
Padrão respiratório (eupnéico, onde tenham órgãos como fígado,
bradpnéico, taquipnéico, apnéia, baço ou vísceras preenchidas por
dispneia, etc.); Amplitude da fezes líquidas;
respiração (profunda ou  AUSCULTA: verificar a presença
superficial). dos ruídos hidroaéreos (de 1 a 3
 AUSCULTA PULMONAR: de ápice min), se estão aumentados,
a base bilateralmente; murmúrios
vesiculares ou ruídos adventícios

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diminuídos ou se não há ruídos PRIMEIRA FASE: Primeiras 48
(ílio paralítico); horas de vida: mecônio ou
 Observar respiração, que é fezes meconiais. Verde musgo
basicamente abdominal e deve (próximo ao preto): excesso de
estar entre 40mrm e 60mrm; bilirrubina;
 Observar a forma do abdome: se SEGUNDA FASE: 3º - 5º dia:
ele estiver dilatado, o achado pode fezes de transição (cor lembra
sugerir presença de líquido, abacate);
distensão gasosa, TERCEIRA FASE: Após 5º dia:
visceromegalias, obstrução ou fezes lácteas ou permanente
perfuração abdominal; se ele (se assemelham ao amarelado
estiver escavado, isso pode indicar - doce de leite).
hérnia diafragmática;  Apalpar a bolsa escrotal para
 Diagnosticar a presença de hérnias identificar a presença dos
inguinal e umbilical - Os casos de testículos. Quando os testículos
hérnia inguinal têm indicação não forem palpáveis na bolsa
cirúrgica imediata, devido ao risco escrotal na primeira consulta do
de encarceramento ou recém-nascido, a mãe pode ser
estrangulamento. Já nos casos de informada de que isso se trata de
hérnia umbilical, aguarda-se sua uma situação comum,
regressão espontânea até 12 especialmente em prematuros
meses, dependendo do tamanho (9,2% a 30%). Isso porque, na
da hérnia (BEHRMAN; maioria das vezes, os testículos
KLIEGMAN; “descem” até os 3 meses de vida,
 Diagnosticar também a presença de quando o caso deverá ser
diástase dos retos abdominais e reavaliado. Se aos 6 meses os
agenesia da musculatura testículos não forem apalpados na
abdominal; bolsa escrotal, a criança deve ser
 Verificar a presença de granuloma encaminhada para melhor
umbilical após a queda do coto avaliação e tratamento (DENES;
(resolvido com uso de nitrato de SOUZA; SOUZA apud JATENE;
prata); NOBRE; BERNARDO, 2006).
 Se a região umbilical estiver  O acúmulo de líquido peritoneal ao
vermelha, edemaciada e com redor do testículo caracteriza
secreção fétida, o achado indica hidrocele, que em geral tem
onfalite e, portanto, a criança deve regressão lenta, com resolução
ser encaminhada para a espontânea, até os 2 anos de
emergência (AMARAL, 2004). idade da criança;
A fimose é fisiológica ao
nascimento;
GENITÁLIA E RETO  Deve-se observar a localização do
meato urinário para excluir a
 Observar: anormalidade presentes; possibilidade de hipospádia
Sinas de irritações e alergias e (abertura anormal da uretra) ou
Fissuras na região retal. epispádia (falha do
 FEZES: desenvolvimento dorsal da uretra);

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 Na genitália feminina, os pequenos flacidez excessiva e a suposta
lábios e o clitóris estão mais presença de paralisia.
proeminentes;  Identificar a provável presença de
 De 3 a 4 meses hiperpigmentação pé torto, que pode ser desde
de genitália; posicional (corrigido
 Pode haver secreção espontaneamente ou com
esbranquiçada (catarral), às vezes imobilização) até um pé torto
hemorrágica congênito grave, associado
(pseudomenstruação), devido à inclusive a outras anormalidades
passagem de hormônios congênitas (STAHELI, 2008);
maternos, que se resolve  O exame da flexibilidade do pé
espontaneamente. ajuda na diferenciação, mas o
ideal é encaminhar a criança para
o ortopedista, para melhor
GENITÁLIA E GLÚTEO avaliação e escolha do tratamento;
 Verificar a presença de displasia
 Mancha mongólica; evolutiva do quadril realizando os
 Indicação para pomadas e cremes testes de Ortolani e de Barlow.
de assaduras (a base de óxido de  Observar Sindactilia, Polidactilia,
zinco): presença de hiperemias; sulco único (pode ser
 Talco em pó não pode ser utilizado característico de Síndrome de
abaixo dos 2 aos de idade; Down); pé torto congênico, valgo e
 Prevenção de assaduras: limpeza e varo
secagem (principalmente em
regiões de articulações e dobras) e
troca adequada de fraldas; AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
 REFLEXOS: tônico do pescoço; de
pressão; de marcha; do gateio, de
ÂNUS E RETO moro (do abraço).
 Verificar a permeabilidade anal,  Observar reflexos arcaicos: sucção,
bem como a posição do orifício e a preensão palmo-plantar e Moro,
presença de fissuras. que são atividades próprias do
recém-nascido a termo, sadio;
 Observar a postura de flexão
MEMBROS SUPERIORES E generalizada e a lateralização da
MEMBROS INFERIORES cabeça até o final do primeiro mês;
 Observar a presença de
 Integridade da pele (lesões, movimentos normais e
curativos); Mobilidade, perfusão, espontâneos de flexão/extensão
temperatura; dos membros;
 Verificar as articulações dos MMII  O tônus normal é de semiflexão
no RN e lactente (até 1 mês); generalizada (CANADIAN...,
 Examinar os membros superiores e 2008);
inferiores, para avaliar sua
resistência à extensão, a flexão
dos membros, a possibilidade de

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AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO E  Turnier = primeira incubadora;
DO DESENVOLVIMENTO  Séc. XX = Fundação Crianças
Abandonadas passam a ser
DOMÍNIOS DE DESENVOLVIMENTO
Hospital de Tratamento Neonatal;
INFANTIL
 Faber e Wilson em 1932, Síndrome
 Saúde física e bem estar, Angústia Respiratória;
 Cognitivo;  Em 1934 – Box de O2;
 Social e emocional;  Em 1938 – Charles Chapple criou
 Linguagem e comunicação Isollete;
 Década de 30 – Julius Hess =
centro de prematuros em chicago
– lança o fundo de investimentos
para enfermeiras (favorece
pesquisas com Rn);
AULA 11/07/2022  Década de 60 – Rn em unidade
especiais, surgem as UTIs;
HISTÓRICO DA PEDIATRIA  Séc. XIX e início do sec. XX-
ausência de mudanças na
 Século XVII – Cuidado era centrado
pediatria);
no ambiente familiar (médico de
 Séc XX e XXI- surge mudanças
família);
significativas:
 Século XVIII - grande notificação
 1910 – 1º policlínica (casa de
da pediatria; Antes, as crianças
misericórdia);
eram vistas como “adulto
 1920 – Licença 30 dias e
miniatura”; Cuidado era centrado
proibição do trabalho infantil
no ambiente familiar (médico de
para menores de 12 anos;
família);
 1940- institucionalização do parto;
 Até 1760 = hospitais serviam
 1959- Relatório de Platt (criança
somente as classes
como um todo e humanização do
desfavorecidas;
ambiente);
 1802 – Abraham Jacobi, pai da
 1978- Alma – Ata (melhoria da
pediatria, primeiro hospital
qualidade de vida com o acordo
pediátrico (Sick Children) em
das 5 ações básicas de saúde da
Paris; não havia classificação de
criança;
risco, ou qualquer sistematização,
 Doenças respiratórias;
por ter sido o primeiro;
 Doenças Diarreicas;
 Em 1859, Florence Nigtingale =
 Imunização;
iniciou noções básicas de
 Aleitamento Materno;
puericultura; Outrossim, Pierre
 Orientação do desmame.
Budin, criou Amb. Puericultura em
Paris (Grande influencia na
 1984- Criação do PAISC (Programa
Neonatologia);
de assistência integral à saúde da
 Em 1896, Martin Coney oferece
criança);
cuidados especializados ao RN;
 1988- A saúde como necessidade
 Final do Séc. XIX, surgem as
básica / constituição de 1988;
incubadoras no atendimento ao
 Final dos anos 80- Humanização
RN;
do parto;

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 18 de Julho 1990 - Surgimento do
ECA;
 1995 SBP- Manual dos Direitos da
criança e do adolescentes
hospitalizado;
 1998- Mãe Canguru – Humanização
mãe e filho; Controle Térmico;
Aleitamento; Relaxamento (bpm);

PEDIATRIA MUNDIALMENTE
 Para a chegada ao padrão atual,
foram necessárias transformações
nos conceitos sócias, científicos e
culturais da sociedade;

PEDIATRIA NO BRASIL
 MARCOS ATUAIS
 1988- IMIP – Extensão
comunitária;
 1991 – PACS – MS;
 1994 – PSF – MS;
 1995/96 – Criação da
Estratégia AIDPI;
redução da mortalidade e
da morbidade infantil;

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