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Profa Andreza Gava

Segunda Guerra Mundial,


ausência de pessoas
habilitadas para cuidar de
bebês internados,
estimulação de mães com
cuidados a filhos
(decréscimo mortalidade
infantil)

1940, Edith Jackson


(psiquiatra infantil e
professora universitária),
proposta de alojamento
conjunto (presença da
mãe nos cuidados
favorável ao
desenvolvimento do bebê)
Início século XX, elevada
taxa de morbidade (doenças
associadas) e mortalidade
(probabilidade de óbito) dos
bebês por infecção (rigoroso
isolamento)
Pierre Budin, o primeiro
neonatologista moderno, pautou a
IMPORTÂNCIA DA MÃE JUNTO AO
RECÉM-NASCIDO (RN- até as primeiras 4
semanas de vida) quando, na ocasião, a Pierre Constant Budin
situação não era a de permanência das (obstetra francês, 1846-1907)

mães nas instituições de saúde.

(BAPTISTA et al., 2010)


A gravidez (mesmo quando planejada e
desejada), é um PERÍODO ESTRESSANTE, tanto do
ponto de vista físico quanto psicológico. Durante
os meses de gestação criam-se EXPECTATIVAS
quanto ao nascimento de uma criança saudável
que será cuidada, amamentada e ficará junto com
a mãe. Experimentam-se ANSIEDADES acerca do
desenvolvimento do feto/bebê e de que as
condições do parto e puerpério sejam próximas
das ideais.

(HUNFELD et al., 1996; CARNIELLI, 2014; BAPTISTA et al., 2010)


• Durante a gestação e a realização do
acompanhamento PRÉ-NATAL, não se avaliam
somente as condições de saúde e a normalidade do
feto e da gestante, mas indiretamente também a
capacidade dessa mulher (e/ou do casal) de gerar
um filho saudável (BENZAQUEN, 2002);

• Ao constatar algum tipo de possibilidade de PERDA


ou de MALFORMAÇÃO, seja durante a gestação ou
no momento do parto, às dores e às incertezas
acrescem-se os SENTIMENTOS de: culpa,
autodepreciação, fracasso, e impotência (CARNIELLI, 2014).
Avaliação do Neonatologista-
Parto Idade Gestacional (IG) + Peso +
Desenvolvimento

RN não está em condições gerais


RN em condições gerais adequadas- UTI Neonatal-
adequadas- contato físico com unidade de alta complexidade
parturiente- ambientação do RN (asfixia, sepse, hemorragia
com mundo externo intracraniana, malformação,
disfunção cardiovascular,
indicação cirurgia etc )
Os diagnósticos médicos mais frequentes em uma UTI
neonatal são:

• Prematuridade,
• Membrana hialina (DMH),
• Síndrome de aspiração de mecônio,
• Anoxia neonatal,
• Hidrocefalia,
• Mielomeningoceles,
• Hipoglicemia,
• Icterícia fisiológica, e
• Doença hemolítica do RN por incompatibilidade do
sangue.
(BAPTISTA et al., 2010)
• Prematuridade: nascer antes das 37 semanas de
gestação),
• Membrana Hialina (DMH): angústia ou desconforto
respiratório- mais comum em prematuros, pulmões
imaturos;
• Síndrome de Aspiração de Mecônio: dificuldade em
respirar pois aspirou a matéria fecal verde-escura
denominada mecônio para dentro dos pulmões antes ou
perto da ocasião do parto;
• Anoxia Neonatal: diminuição da oxigenação cerebral
durante o nascimento;
• Hidrocefalia: ocorre quando o líquido dos ventrículos do
cérebro não pode ser drenado, acumulando;
• Mielomeningoceles: falha no fechamento do tubo neural;
• Hipoglicemia: diminuição dos níveis de glicose no sangue,
percebido entre 24 e 72 horas após o nascimento;
• Icterícia Fisiológica: coloração amarelada da pele e
mucosas, apresentado durante sua primeira semana de
vida, processo considerado normal, por isso o nome
“fisiológica”;
• Doença Hemolítica do RN por incompatibilidade do
sangue: glóbulos vermelhos são destruídos pelos
anticorpos da mãe.
• Os diagnósticos mais frequentes podem ser
diferenciados DE ACORDO COM VARIÁVEIS E
OU CARACTERÍSTICAS DA INSTITUIÇÃO
hospitalar (LALONI, 1997).

• Alguns estudos estatísticos apontam que 20% DOS


NASCIMENTOS NO BRASIL OCORREM ANTES
DE COMPLETAR 37 SEMANAS DE GESTAÇÃO
(LINHARES, 2004).
• Não é um berçário comum;
• Os RN são acomodados em incubadoras;
• Durante 24 h recebem cuidados especializados;
• Controle dos sinais vitais e quadro clínico (oxímetros,
monitores cardiorrespiratórios, ventiladores mecânicos,
fototerapia- presença de luzes, ruídos e alarmes).
A hospitalização do RN em uma UTI neonatal é uma
contingência AVERSIVA, TENSA e TRAUMÁTICA, que FRUSTRA
as expectativas dos genitores de um filho saudável.
Consequentemente, essa condição tem sido apontada como
ESTRESSORA ao equilíbrio emocional da família e, sobretudo da
mãe, favorecendo a elevada frequência da emissão de
COMPORTAMENTOS EMOCIONAIS, como apontado em muitos
estudos que evidenciam a alta incidência de sintomas de
DEPRESSÃO e ANSIEDADE elevada.

COSTA et al., 2012; SANTOS, 2016; FLECK, 2011; PINTO E BAÊTA, 2014;
BRAZELTON E CRAMER, 1992; GARCIAS et al., 1997; FRAGA et al., 2008; NOBRE,
2005; PADOVANI et al., 2004; POEHLMANN, FIESE, 2001; DAVIS et al., 2003;
FELDMAN et al., 1999; PADOVANI, 2005
• A internação de um RN em uma UTI neonatal, por ser
uma MÁ NOTÍCIA sempre vem acompanhada de uma
IDEIA DE SOFRIMENTO (SANTOS, 2016);

• Quando profissionais de saúde notificam o fato de


maneira POUCO EMPÁTICA, a comunicação pode
tornar-se um entrave e agravar ainda mais a situação
emocional dos envolvidos;

• O profissional de saúde precisa OFERECER APOIO,


compartilhar INFORMAÇÕES REALÍSTICAS, para que
se COMPREENDA A SITUAÇÃO CLÍNICA e o porquê
de tantos EQUIPAMENTOS.
• Algumas teorias psicológicas (do desenvolvimento,
modelos de aprendizagem, psicanálise,
comportamental) apontam para a importância da
relação mãe-bebê no processo de apego e ou a
APRENDIZAGEM DAS HABILIDADES EMOCIONAIS,
AFETIVAS E SOCIAIS, da linguagem e aspectos
cognitivos (BAPTISTA et al., 2010)
• O APEGO (=engajamento em comportamentos
afiliativos e interativos com seus filhos), INICIA-SE
AINDA ANTES DO NASCIMENTO (CRANLEY, 1981).
• Os profissionais da saúde devem atuar como
MEDIADORES NAS RELAÇÕES entre mãe-pai/RN,
porém, essa relação não pode ser mecânica e
impessoal.
Internação ORIENTAÇÕES AOS PAIS- ORIENTAÇÕES AOS PAIS-
II III
RN AFETA IRMÃOS,
visitação poderá beneficiar Desenho ou carta ao RN Evitar atrapalhar
pais e crianças para o dia da visita rotina escolar

ORIENTAÇÕES AOS PAIS- I Orientação


SOLICITAÇÃO DE VISITA Fotografa RN (celular EQUIPE
Pais ou criança? pais), recurso de MULTIDISCIPLINAR
aproximação dos irmãos adaptações e linguagem

AVALIAÇÃO
Acima de 12 ANOS- INTERVENTIVA
permitida Uso de TÉCNICAS
Entrevista lúdica
Abaixo de 4 ANOS- não antes ou durante visita
permitida Maturidade emocional
criança e comorbidades

Levar proposta em reunião


A VISITAÇÃO PODERÁ OU EQUIPE ENCAMINHAMENTO
NÃO OCORRER, MULTIDISCIPLINAR
dependendo da avaliação do irmão, se necessário
Gravidade, estado clínico
RN
• NUNES, BAPTISTA, M.; DIAS, BAPTISTA, Rosana R.; DAHER,
BAPTISTA, Adriana S. Psicologia Hospitalar - Teoria,
Aplicações e Casos Clínicos, 3ª edição. Rio de Janeiro: Grupo
GEN, 2018.

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