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4º ANO
Estudo Da Família
USF - Arquis Nova
2022
i
Estudo da Família
Ensino Clínico – Enfermagem Saúde Familiar
USF Arquis Nova - Darque
ii
Autorreflexão:
iii
Siglas e Acrónimos
ACES – Agrupamentos de Centros de Saúde
EC – ensino Clínico
UC – Unidade Curricular
iv
Índice
Autorreflexão:.............................................................................................................ii
Siglas e Acrónimos.....................................................................................................iii
Nota Introdutória.......................................................................................................2
1. Conceito Família...............................................................................................3
1. Dimensão Estrutural...............................................................................................5
2. Dimensão de Desenvolvimento.....................................................................10
2.2. Sexualidade.................................................................................................10
3. Dimensão Funcional.......................................................................................11
v
3.2.1. A comunicação familiar.............................................................................13
Plano de cuidados:...................................................................................................16
Nota Conclusiva........................................................................................................17
Bibliografia................................................................................................................18
Anexos:.....................................................................................................................19
Anexo I:.....................................................................................................................20
Anexo III....................................................................................................................22
Anexo IV...................................................................................................................23
Anexo V.....................................................................................................................24
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Nota Introdutória
No âmbito da unidade curricular (UC) do Ensino Clínico (EC) - Cuidados de
Enfermagem à Família, presente no 4º ano do curso de Licenciatura em Enfermagem,
com a seguinte Regente: Professora Doutora Carminda Morais; Orientação pedagógica da
Enfermeira Catarina e com a orientação no local da Enfermeira Luísa Pimenta, na Unidade
de saúde Familiar (USF) de Arquis Nova.
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Capítulo I – Enquadramento teórico
Com este capítulo pretendemos abordar conceitos de Família e Enfermagem de
Saúde Familiar, papel do Profissional de Enfermagem, tal como a importância da
formação e desenvolvimento contínuo dos enfermeiros em unidades de cuidados de
saúde a família.
1. Conceito Família
O conceito de família pode ser visto de forma diferente, dependendo de pessoa
para pessoa, mas existindo conceitos mais aceites que outros. Poderemos dizer, contudo,
que, o ser humano sente ou tem necessidade de socializar com outros seres humanos, o
que o torna num ser social. Desta forma desde a muito tempo, vemos que existem laços
entre as pessoas que podem ser mais fortes, que podemos chamar de grupos familiares,
podendo ou não ter ligação sanguínea.
Atualmente, o conceito família diz-nos então que é um sistema formado por um conjunto
de pessoas ligadas por sanguinidade ou por afinidade, em que por base temos o
desenvolvimento pessoal e social, onde a pessoa acumula um conjunto de experiências e
vivências importantes ao seu desenvolvimento biopsicossocial, isto é, construção da sua
personalidade. Em contrapartida, a família é visionada como elemento transversal ao
3
longo de todo ciclo vital e em cada individuo e o cuidar, educação, a forma como é criado
é um elemento importante no desenvolvimento da pessoa. (Rodrigues, 2013).
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2. Enfermagem e a Saúde Familiar
O enfermeiro nos Cuidados de saúde primários (CSP) tem atualmente um papel
fundamental da saúde das famílias e da população em geral, principalmente no papel da
prevenção e no empoderamento das mesmas. O progresso da sociedade é rápido,
levando a que o enfermeiro tenha de se atualizar de novos conhecimentos, para
conseguir apoiar os seus utentes nestas unidades de CSP.
Assim sendo, O enfermeiro na Enfermagem de Saúde Familiar que tem como foco
de intervenção á capacitação funcional das famílias, tendo em conta os seus processos de
transição normativos e dos não normativos, não esquecendo que a família é um sistema
singular aberto e em constante relação entre os seus próprios subsistemas e com o meio.
(Figueiredo, 2009)
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Capítulo II – Avaliação Familiar de acordo com o MDAIF
Alguns dias após o início do ensino clínico, com apoio da enfermeira tutora Luísa
Pimenta, selecionamos uma família para o “Estudo da família” sendo ela a enfermeira
desta mesma família, o que nos facilitou o desenvolvimento deste documento
Escolhemos esta família, de dona DAM por ser uma senhora idosa e estar a viver
com a sua filha, genro e netos, tornando esta família com a designação de família
extensa. É uma senhora com alguma dependência e a sua principal cuidadora é a sua
única filha, mas com apoio dos netos e genro.
1. Dimensão Estrutural
A avaliação estrutural da família, tem a capacidade de nos apoiar a recolher
informação sobre o processo e constituição familiar, existindo um conjunto de áreas de
atenção: Composição da família; o Tipo de família; Família alargada; o Tipo de contacto;
Sistemas mais amplos; Classe social; Ambiente artificial e Ambiente biológico.
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A avaliação estrutural, foi conseguida através da utilização de alguns
instrumentos de avaliação familiar, sendo os seguintes: Genograma, Ecomapa e Escala de
Grafar Adaptada.
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e
Legenda:
O nosso estudo apresenta uma família alargada, constituída por 3 gerações, como
é possível observar na figura 1 – Genograma Familiar, uma avó, filha e seu companheiro
atual, seu filho do anterior companheiro e suas filhas gémeas do novo companheiro.
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cada um dentro da rede familiar (Figueiredo, 2009). Neste caso os membros com maior
poder de decisão são o casal e o filho mais velho, por serem talvez a principal fonte de
rendimento e mais formação, para cuidarem da avó. O neto mais velho e a sua mãe, são
os principais cuidadores, mas em conversa com estes, referem que no poder de decisão
por norma, a decisão é unanime, e referiram existir um grupo no WhatsApp para se
comunicarem constantemente.
Ecomapa
Café
Amigos
Família
Vizinhos
USF
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1.5. Classe Social
Figueiredo (2012) refere que através da avaliação da classe social é possível
interpretar e compreender a capacidade que a família tem em gerir os recursos
existentes e dos fatores de stresse que possam estar associados aos aspetos económicos.
A classe social influência a organização da família e como estabelecem as suas crenças do
seu dia- dia. e como utilizam os serviços de saúde entre outros serviços sociais
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1.6.2. sistema de abastecimento
O serviço de abastecimento de água é público, têm serviço de eletricidade e
serviços de rede pública para tratamentos de resíduos.
2. Dimensão de Desenvolvimento
Esta dimensão, distinguem-se 4 áreas de atenção: Satisfação Conjugal,
Planeamento Familiar, Adaptação à Gravidez, Papel Parental, permite compreender os
processos de crescimento da família e desta forma antecipar cuidados.
Serve também para conhecer o ciclo vital da família e identificar a etapa que está
a viver, em que a autora assume as etapas do ciclo vital de Relvas que são as seguintes:
formação do casal; família com filhos pequenos; família com filhos na escola, família com
filhos adolescentes e família com filhos adultos. (Figueiredo, 2009) sendo que esta é uma
família alargada com idosos e filhos adultos.
O membro mais velho desta família é uma senhora viúva, em que se verifica a
saudade pelo falecido marido. quanto aos mais jovens são solteiros, mas encontram-se
em planeamento familiar e o jovem encontra-se também solteiro. O único casal, refere
estar feliz e que não terem problemas de comunicação, que conversam sempre que
possível.
2.2. Sexualidade
Neste ponto, o casal acima, referem não terem problemas.
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acessibilidade dos casais a consultas de planeamento familiar com a equipa médica e de
enfermagem. Verifica-se dimensões o uso do contracetivo, conhecimento e vigilância pré-
concecional, conhecimento reprodução e fertilidade. (Figueiredo, 2009).
Nesta família só as gémeas se encontram a receber estas consultas, uma vez que
o único casal já se encontra acima da idade.
3. Dimensão Funcional
Remetesse a identificação dos padrões de interação familiar, que ajudam a
confirmar a funcionalidade do desempenho e funções dentro da família, criando uma
complementaridade funcional que dá sustentabilidade ao sistema (Figueiredo, 2012).
Aqui estão integradas duas dimensões que se reconhecem como importantes para o
funcionamento da família, sendo elas a instrumental e a expressiva. A dimensão
instrumental refere-se as atividades do dia a dia da família, já a expressiva, reflete
interação entre os membros da família. Assim sendo o objetivo desta dimensão é será
detetar as necessidades que aqui se podem encontrar, permitindo uma compreensão do
ambiente familiar enquanto sistema complexo e multidimensional. (Figueiredo, 2009)
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Isto é, por cada jovem, a natalidade não esta ser capaz de restituir o processo que por si
deveria ser natural, sendo que existem mais idosos que jovens.
Nesta família, sendo que o membro mais velho dependente de quase todos
autocuidados, é a filha e o neto que promovem o apoio adequado. O neto contém
formação e a filha sempre que necessário se informa com a equipa do centro de saúde
sobre como executar intervenções que possa fazer em casa sem risco para si e para sua
mãe, este ponto foi possível confirmar com as visitas ao domicílio.
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Escala de readaptação social de Holmes e Rahe, o Apgar familiar de Smilkstein e a escala
de faces II (escala de avaliação da adaptabilidade e Coesão familiar. (Figueiredo, 2009).
Este meio de gestão de stress promove a construção das suas próprias estratégias
de coping, sendo capazes de evitar ou ultrapassar em conjunto os problemas (Figueiredo,
2012). A família em estudo procura resolver os problemas em conjunto, demonstram apoio
mútuo e reflexões nos problemas e nas suas causas e procuram soluções sempre que
possível.
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uma divisão de tarefas, o gestor dos gastos produzidos pelos consumos da casa, e seguro
é mais referente ao membro masculino JCSL, que procura não pedir esse apoio aos filhos,
e a esposa LMAM procura com os bens alimentares e saúde. Os filhos procuram apoiar
nos gastos da casa. Estes representam uma divisão dos gastos para que não fique todos
em cima dos pais. As netas e o filho, procuram também apoiar nos tempos livres da avó
(em cas a tentarem animar) e apoio aos tempos livres dos pais.
Este aspeto foi avaliado pela Escala de Readaptação Social de Holmes e Rahe
(Anexo IV), avalia não só fatores de stress, pelas transições na vida familiar que podem
ser normativas ou não normativas, doenças, acontecimentos que possam afetar a família
no seu todo. Esta dimensão integra as seguintes categorias: influência e poder; alianças e
uniões; coesão e adaptabilidade da família e funcionalidade da família. A autora refere
que a escala de Faces II (Anexo I) e o Apgar familiar de Smilstein (anexo II) com o intuito
de avaliar o funcionamento da família quanto a coesão e adaptabilidade da família bem
como perceção dos membros.
Figueiredo (2013) refere, que para avaliar a coesão e adaptabilidade familiar, que
a Escala de Avaliação da Adaptabilidade e Coesão Familiar é um questionário mais
indicado, pode ser usado por uma pessoa ou em grupo/casal, e indica-nos também o
tipo de família com o resultado da escala. Esta escala engloba 30 itens, sendo 16
pertencentes a dimensão da coesão e os outros 14 pertencentes à adaptabilidade.
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flexível. Na avaliação do tipo de família, obtivemos um score de 6 pontos o que indica que
estamos perante uma família moderadamente equilibrada.
Nesta família a única pessoa com uma religião é a dona DAM, considerando-se
católica. os restantes consideram-se ateus.
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Plano de cuidados:
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Nota Conclusiva
A Enfermagem em contexto de saúde Familiar, é complexa, é uma ciência que
implica muito estudo para desenvolvimento continuo de competências. É fundamental
reconhecer e adequar as ferramentas existentes para uma avaliação especifica e
individualizada cada família e responder as necessidades de cada de forma segura e com
eficácia. Encontrarmos respostas através de um plano bem desenhado e que possa ser
incorporado a toda a família.
Este relatório e respetivo estudo sobre a família, acaba por contribuir de forma
gratificante, no nosso parecer, a contribuição de saberes ao nosso futuro quanto
enfermeiros de família. Desde o início da nossa formação, aprendemos a importância do
enfermeiro olha para o individuo no seu todo em contexto biopsicossocial, aqui vemos a
família tal e qual o individuo, procuramos estudar a família vista como única no seu
ambiente social. Assim sendo trabalhar com as famílias e usufruir
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Bibliografia
CIPE Versão 2015 - Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem.
Lisboa: Ordem dos Enfermeiros, maio de 2016.
FIGUEIREDO, Maria – Enfermagem de Família: Um contexto do Cuidar. Dissertação
de Doutoramento em Ciências de Enfermagem. ICBAS- UPorto. 2009.
FIGUEIREDO, Maria Henriqueta – Modelo de Avaliação e Intervenção Familiar.
Loures: Lusociência, 2012. ISBN: 978-972-8930-83-7
FIGUEIREDO, Maria Henriqueta – Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção
Familiar, uma Abordagem Colaborativa em Enfermagem de Família. Loures: Lusociência,
2013. ISBN 978-972-8930-83-7
FIGUEIREDO, Maria Henriqueta – Enfermagem de Família: Um contexto do Cuidar.
Porto, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto. 2009.
Dissertação de Doutoramento, consultado em 27 de dezembro de 2021, em:
https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/20569/2/Enfermagem%20de%20Famlia
%20Um%20Cont exto%20do%20CuidarMaria%20Henriqueta%20Figueiredo.pdf
Morais, Carminda - Protocolo Ensino Clínico- Enfermagem de Cuidados à Família.
2022.
ORDEM DOS ENFERMEIROS - Regulamento do perfil das competências do
enfermeiro de cuidados gerais. 2001
ORDEM DOS ENFERMEIROS, CIPE – Classificação Internacional para a Prática de
Enfermagem – Versão 2.0. Lisboa: OE, 2015. ISBN 978-92-95093-35-2
Rebelo, L., Soares, A., Teixeira, A., Costa, A.M., Antão, C., Rosendo, I., …. Laginha, T.
(2011). A Família em Medicina Geral e Familiar – Conceitos e Práticas. Lisboa: Health &
Pharma Publishing.
RODRIGUES, Ludovina – A Família Parceira no Cuidar: Intervenção do Enfermeiro.
Coimbra. 2013. Dissertação de Mestrado em Enfermagem Médico-cirúrgica. Escola
Superior de Enfermagem de Coimbra. Consultado em 02 de janeiro de 2022 em:
https://repositorio.esenfc.pt/rc/
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Anexos:
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Anexo I:
Escala de Avaliação da Adaptabilidade e Coesão Familiar
Tabela 2 Escala de Avaliação da Adaptabilidade e Coesão Familiar
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Instruções:
Leia com atenção as questões seguintes. Decida, para cada uma delas, com que frequência o comportamento descrito ocorre na sua
família. Numa escala que vai de 1 (Quase nunca) a 5 (Quase sempre), assinale com uma cruz qual dos pontos 1, 2, 3, 4, 5 corresponde
a cada uma das questões. Por favor, responda a todas as questões!
Quase De vez em Às Muitas
Quase
nunca quando Vezes vezes
sempre 5
1 2 3 4
Em casa ajudamo-nos uns aos outros quando temos
1 1 2 3 4 5
dificuldades.
Na nossa família cada um pode expressar livremente a sua
2 1 2 3 4 5
opinião.
É mais fácil discutir os problemas com pessoas que não são
3 1 2 3 4 5
da família do que com elementos da família.
Cada um de nós tem uma palavra a dizer sobre as principais
4 1 2 3 4 5
decisões familiares.
Em nossa casa a família costuma reunir-se toda na mesma
5 1 2 3 4 5
sala.
Em nossa casa os mais novos têm uma palavra a dizer na
6 1 2 3 4 5
definição das regras de disciplina.
7 Na nossa casa fazemos as coisas em conjunto. 1 2 3 4 5
Em nossa casa discutimos os problemas e sentimo-nos bem
8 1 2 3 4 5
com as soluções encontradas.
9 Na nossa família cada um segue o seu próprio caminho. 1 2 3 4 5
As responsabilidades da nossa casa rodam pelos vários
10 1 2 3 4 5
elementos da família.
Cada um de nós conhece os melhores amigos dos outros
11 1 2 3 4 5
elementos da família.
É difícil saber quais são as normas que regulam a nossa
12 1 2 3 4 5
família.
Quando é necessário tomar uma decisão temos o hábito de
13 1 2 3 4 5
pedir opinião uns dos outros.
Os elementos da família são livres de dizerem aquilo que
14 1 2 3 4 5
lhes apetece.
Temos dificuldade em fazer as coisas em conjunto, como
15 1 2 3 4 5
família.
Quando é necessário resolver problemas, as sugestões dos
16 1 2 3 4 5
filhos são tidas em consideração.
Na nossa família sentimo-nos muito chegados uns dos
17 1 2 3 4 5
outros.
18 Na nossa família somos justos quanto à disciplina. 1 2 3 4 5
Sentimo-nos mais chegados a pessoas que não são da
19 1 2 3 4 5
nossa família do que a elementos da família.
A nossa família tende a encontrar novas formas de resolver
20 1 2 3 4 5
os problemas.
21 Cada um de nós aceita aquilo que a família decide fazer. 1 2 3 4 5
22 Na nossa família todos partilham responsabilidades. 1 2 3 4 5
23 Gostamos de passar os tempos livres uns com os outros. 1 2 3 4 5
24 É difícil mudar as normas que regulam a nossa família. 1 2 3 4 5
Em casa, os elementos da nossa família evitam-se uns aos
25 1 2 3 4 5
outros.
26 Quando os problemas surgem todos fazemos cedências. 1 2 3 4 5
Na nossa família aprovamos a escolha dos amigos feita por
27 1 2 3 4 5
cada um de nós.
28 Em casa temos medo de dizer aquilo que pensamos. 1 2 3 4 5
Preferimos fazer as coisas apenas com alguns elementos da
29 1 2 3 4 5
família do que com a família toda
30 Temos interesses e passatempos comuns uns aos outros. 1 2 3 4 5
23
Anexo II
APGAR Familiar Adaptado
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Anexo III
Escala de Graffar adaptada
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Anexo IV
Escala de Readaptação Social de Holmes e Rahe
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