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ii
RESUMO
Palavras chave
iii
ABSTRACT
Keywords
iv
ÍNDICE GERAL
Agradecimentos ................................................................................................................ii
Resumo ............................................................................................................................iii
Abstract ............................................................................................................................iv
I. Introdução ....................................................................................................................11
v
II.XIII. Tipologias familiares ...............................................................................54
Anexos
Anexo I - Tabela XIII - Consistência interna das dimensões do FACES III e respetivos
itens, no 1º momento de aplicação da escala (N = 26)
vi
Anexo II - Tabela XIV - Consistência interna das dimensões do FACES III e respetivos
itens, no 2º momento de aplicação da escala (N = 26)
vii
ÍNDICE DE FIGURAS
viii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela I - Papéis do gestor de caso. Adaptado a partir de: Cary (1998), Lewellyn e Moreo
(2001) in Stanhope e Lancarter (2011) ............................................................................44
ix
Tabela X - Categorias coesão e adaptabilidade familiares do grupo experimental nos dois
momentos de avaliação (N = 13) .....................................................................................76
x
I. INTRODUÇÃO
11
As políticas que foram surgindo e que levaram ao reconhecimento legislativo do
enfermeiro de família, tiveram por base momentos chave na redefinição dos cuidados de
saúde. Devem considerar-se as principais conferências internacionais da Organização
Mundial de Saúde desde a década de 1970: Saúde para todos no ano 2000 (1977);
Declaração de Alma-Ata (1978); Carta de Ottawa (1986); Declaração de Adelaide
(1988); Declaração de Sundsvall (1991); Declaração de Jacarta (1997); Declaração do
México (2000); Carta de Banguecoque (2005).
O gestor de caso, pela sua prática clínica, deve concorrer para que se consigam obter
ganhos em saúde, pela cooperação, para o desenvolvimento e melhoria da eficácia das
políticas de saúde (Lopes, 2012).
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Circumplexo dos Sistemas Familiares e Conjugais de Olson; gestão de caso; unidades
de saúde familiar.
13
II. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Nas ciências sociais passa-se do estudo do indivíduo isolado para o estudo das relações
entre este o meio. Assiste-se a uma progressiva focalização na vida familiar, elegendo
como unidade de análise as relações interpessoais. O objeto de tratamento move-se do
indivíduo, na sua dimensão intrapsíquica, para a família.
Pode afirmar-se que a família começa a ser vista como unidade sistémica, enquanto
modelo teórico, a partir da Teoria Geral dos Sistemas, desenvolvida por Ludwig Von
Bertalanffy em 1977, onde o autor desenvolve um conjunto de princípios válidos para
diferentes sistemas, independentemente da sua natureza biológica ou social.
Na Teoria Geral dos Sistemas de Von Bertalanffy (2008) são apontadas as propriedades
de um sistema: totalidade, equifinalidade, retroação e organização, conceitos chave para
a enfermagem de saúde familiar.
O primeiro axioma sistémico diz-nos que o todo é mais do que a soma das suas partes.
Este princípio de totalidade apresenta dois corolários: o da não somatividade, isto é, não
se pode reduzir o sistema à soma dos seus elementos nem dos seus atributos ou
características; e o da impossibilidade de estabelecimento de relações unilaterais, ou
seja, o comportamento de cada um dos elementos é indissociável do comportamento dos
restantes, sendo que qualquer acontecimento afeta o sistema no seu conjunto, tanto a
nível individual como das relações do sistema.
O princípio da totalidade releva que sendo o sistema um todo, ele não pode ser reduzido
a regras simples, correndo o risco de se cair no reducionismo sistémico, onde a
individualidade do sistema desaparece. O sistema é um todo irredutível às suas partes
(Bertalanffy, 2008).
O princípio da equifinalidade refere que o mesmo objetivo pode ser atingido a partir de
condições iniciais diferentes ou mediante percursos diferentes. A condições iniciais
idênticas podem corresponder resultados diferentes e vice-versa, dado que as interações
do sistema e a sua evolução são fundamentais para o processo que se organiza em torno
de uma finalidade. (Bertalanffy, 2008).
O princípio que se refere à organização sistémica, diz respeito à disposição das relações
entre componentes ou indivíduos, que produz uma unidade complexa ou sistema,
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dotado de qualidades desconhecidas ao nível dos componentes ou indivíduos (Morin,
1977). A organização sistémica alude ao arranjo de relações entre componentes ou
indivíduos, arranjo esse que produz uma nova unidade com qualidades inexistentes nos
seus elementos.
Kaakinen & Hanson (2005), perspetivando esta abordagem sistémica, opinam que a
aplicação desta teoria à família foi a mais influente entre todos os referenciais teóricos
que lhe foram dedicados.
Com o passar do tempo, papéis e funções deste subsistema, vão sofrendo alterações
relacionadas com a fase do ciclo vital que a família atravessa. Se por um lado, numa
fase inicial, existe uma relação fusional, ela vai-se transformando e, por exemplo, com o
nascimento do primeiro filho, a nova função de parentalidade começa a enformar-se,
por forma a dar resposta às novas exigências do ciclo vital (Relvas, 1996; Hanson,
2005).
O subsistema parental tem objetivos relacionados com a educação e proteção dos filhos,
podendo incluir outros elementos para além dos pais (Relvas, 2003). A parentalidade
integra ações e interações por parte dos pais, envolvendo o desenvolvimento da criança
e a aquisição de competências, bem como da identidade parental. Constituindo os
comportamentos parentais, estas ações incluem os cuidados físicos, mas também os
afetivos (Bowlby, 1990).
Minuchin (1990) define-os como rígidos, claros ou difusos, como forma de caracterizar
e tipificar as famílias. Os limites rígidos caracterizam-se pela definição clara dos papéis
de cada um, não existindo flexibilidade. Os limites claros caracterizam-se pela definição
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clara dos papéis de cada um, existindo flexibilidade. Os limites difusos caracterizam-se
pela não definição clara dos papéis de cada um, na família, e pela intromissão de papéis.
As noções de limites ou fronteiras, apresentadas por estes autores, bem como a noção de
permeabilidade ou coesão familiar, não pretendem categorizar as famílias quanto à sua
qualidade funcional. Antes permitem determinar o funcionamento familiar num dado
momento associado, ao ciclo vital pelo qual a família está a passar.
De acordo com Hanson & Kaakinen (2005) cada sistema familiar apresenta
características num determinado momento com o intuito de manter o equilíbrio
funcional. A família está em constante mudança acompanhando a informação que vem
do exterior e que, portanto, a insta a adaptar-se às informações que vão sendo
introduzidas. Para melhor responder às exigências e movimentos de mudança a família
não deve manter o mesmo funcionamento. A diferentes contextos de mudança deve
adaptar-se, para que lhes possa dar a melhor resposta possível.
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sistema familiar ou risco. Oportunidade porque, através de estratégias de adaptação
podem levar a que a família evolua para um novo estado de equilíbrio, tornando-se mais
capaz de lidar com futuras mudanças. Risco porque, perante a adversidade, incapaz de
dar resposta a elementos stressores, aliado ao fator incerteza, característico do que não
se conhece, pode levar a que a família não seja capaz de se adaptar e, em última análise,
levar à sua desagregação. Para que a família consiga evoluir, para estádios de
funcionamento mais favoráveis, os padrões comunicacionais devem ser circulares e não
lineares, permitindo que o sistema familiar aumente a sua complexidade ao longo do
tempo, promovendo o seu crescimento por indiferenciação (Hanson & Kaakinen, 2005).
Sendo a família parte de sistemas mais vastos, também ela evoluiu ao longo do tempo,
tendo mantido umas funções, ganho outras e perdido outras, reforçando o seu carácter
dinâmico e adaptativo (Friedman, Bowden e Jones, 2003; Hanson, 2005).
Parece importante salientar que, atualmente, as famílias constituem-se mais por razões
afetivas e emocionais e não tanto por razões de ordem básica (Hanson, 2005).
19
II.II Saúde Familiar
A enfermagem de saúde familiar é uma área específica da enfermagem que tem vindo a
ser objeto de estudo por diferentes autores, assente em diferentes, mas complementares
perspetivas conceptuais, tendo-se assistido a uma grande variedade de práticas clínicas,
desenvolvidas com as famílias, procurando colmatar necessidades em saúde, reais ou
sentidas, bem como a um aumento gradual da investigação e inclusão dos assuntos das
famílias nos curricula académicos (Hanson et al, 2005).
A saúde familiar representa a soma dos estados de saúde dos membros que a compõem,
ou seja, refere-se à prevalência e incidência de doenças na família. A saúde familiar
interrelaciona-se com o funcionamento familiar como agente social primário, pelo que o
seu melhor ou pior funcionamento é um fator dinâmico que influi na conservação da
saúde ou no aparecimento de doença.
Dias (2001) define a adaptação familiar como as formas utilizadas pelo sistema como
forma de dar resposta aos seus objetivos. Não são unicamente os recursos familiares os
fatores determinantes para a adaptação familiar, mas, isso sim, a capacidade que a
família dispõe para mobilizar estes recursos.
Segundo Hanson (2005) saúde familiar deve ser vista como um estado dinâmico de
relativa mudança de bem-estar que inclui fatores biológicos, psicológicos, espirituais,
21
sociológicos e culturais do sistema familiar. Assim sendo, a saúde do indivíduo é
afetada pela família e vice-versa.
Em 2005 Hanson refere que o conceito de família, nas diversas áreas do conhecimento,
apresenta diferentes significações. Sob o ponto de vista legal, família representa aqueles
que se relacionam por laços sanguíneos, adoção e casamento; ao nível biológico, refere-
se à ligação genética; sociologicamente, família representa aqueles que vivem juntos e,
ao nível da psicologia família refere-se aos elementos que estabelecem fortes laços
emocionais entre si.
Segundo os teóricos Burgess e Locke (1953) ligados à ciência social da família, aos
quais Hanson (2005) faz referência, a família é definida como um grupo de pessoas
unidas por matrimónio, sangue ou adoção, constituindo-se num lar, interagindo entre si,
desenvolvendo os seus papéis familiares de marido, mulher, pai, mãe, filho, filha,
irmão, irmã, onde se desenvolve uma cultura em comum.
Esta perspetiva de família foi aceite e utilizada pela enfermagem durante largas décadas,
sendo que só a partir dos anos 80 começam a surgir definições mais amplas sobre
família, atendendo, também, ao acompanhar das mudanças sociais que já se vinham a
fazer sentir, no que à constituição familiar diz respeito.
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Na opinião de Hanson, a enfermagem de família pode ter como objetivo “a família
como contexto, a família como um todo, a família como um sistema ou a família como
um componente da sociedade" (2005, p.8). A estrutura concetual da enfermagem de
família considera estas quatro abordagens de observação da família, envolvendo,
simultaneamente, o indivíduo, a família e a comunidade, perspetivando a promoção,
manutenção e reabilitação da saúde das famílias.
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Uma vez que o cuidado de enfermagem à família se centra na interação que se
desenvolve entre enfermeiro e família, implica o estabelecimento de um processo
gradual, interpessoal, significativo, mas também terapêutico (Figueiredo, 2012).
As intervenções de enfermagem podem assumir uma forma direta, mais evidente, mas
também indireta. Compreendem ações terapêuticas e respostas internas cognitivas e
afetivas evidentes, que ocorrem num contexto de relacionamento entre enfermeiro e
família/utente, almejando o funcionamento individual e familiar (Bell e Wright, 2007).
A figura do enfermeiro de família tem vindo a ser criada nos sistemas de saúde de
vários países da Região Europeia da Organização Mundial de Saúde, reforçando a
importância dos contributos da enfermagem para a promoção da saúde e prevenção da
doença, como é o caso de Espanha e Reino Unido, nos quais a figura do enfermeiro de
família já foi estabelecida, trabalhando em cuidados primários juntamente com os
demais profissionais de saúde e baseando-se no conhecimento do paciente no contexto
da família e da comunidade (Decreto-Lei n.º 118/2014 de 5 de agosto).
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Enfermagem de Saúde Familiar, encontram-se plasmadas em Diário da República, 2.ª
série, n.º 135 de 16 de julho de 2018, na página 19355, bem como descritivo, unidade
de competência e critérios de avaliação, no anexo II do referido Diário da República.
Imbuído deste contexto, o contributo dos enfermeiros para a saúde dos indivíduos,
famílias e comunidades, assenta, naturalmente, numa lógica de colaboração com outros
profissionais de saúde e de identificação dos diagnósticos de enfermagem, prescrição e
implementação de intervenções centradas nas respostas humanas aos problemas de
saúde e aos processos de vida.
Os Cuidados de Saúde Primários deverão ser integrados num sistema nacional de saúde,
que por sua vez deverá atender à real situação do país e recursos de que dispõe, de
forma a que este seja sustentável ao longo do tempo. Por conseguinte, os Cuidados de
Saúde Primários, e sistema de saúde como um todo, são uma dependência e reflexo do
nível de desenvolvimento de cada nação.
Encerra as suas recomendações e intenções com a convicção de que a Meta "Saúde para
Todos no Ano 2000" se concretizaria se houvesse empenho, comprometimento e
vontade política de todas as nações, associada a um melhor uso dos recursos mundiais,
designadamente com fins pacíficos, de progresso e desenvolvimento socioeconómico.
Salienta-se o papel fundamental dos Cuidados de Saúde Primários para a concretização
desta audaciosa meta.
Esta conferência surge decorrente do facto da saúde passar a ser olhada como um direito
humano fundamental, correspondendo a um estado de completo bem-estar físico, mental
e social, e não simplesmente à ausência de doença ou enfermidade. A Organização
Mundial de Saúde, em 1978, refere que quanto mais alto for o nível de saúde melhor a
qualidade de vida dos indivíduos. Neste contexto a Organização Mundial de Saúde
estabelece objetivos de “Saúde para todos em 2000”, enfatizando a importância de
desenvolver políticas de promoção e proteção da saúde, desenvolvendo a capacitação
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dos indivíduos por forma a auto-responsabilizarem-se pela sua própria saúde,
contribuindo para o contínuo desenvolvimento económico e social (International
Council of Nurses, 2008).
Esta carta refere a promoção da saúde como um processo que visa aumentar a
capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido
de a melhorar. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o
indivíduo ou o grupo devem estar aptos a identificar e realizar as suas aspirações, a
satisfazer as suas necessidades e a modificar ou adaptar-se ao meio.
32
Propõe-se fornecer orientações para se atingir a Saúde para Todos no Ano 2000 e
seguintes. Considerada referência no desenvolvimento de ideias em todo o mundo,
define a Promoção da Saúde de forma bastante positiva, pois perspetiva a saúde como
um processo dinâmico que não pode ficar restrito simplesmente ao sector da saúde.
Apresenta uma leitura que conduz ao estabelecimento de estratégias como “mobilização
social, intersectorialidade e desenvolvimento de parcerias para a promoção da saúde”.
Cita alguns requisitos fundamentais: paz no mundo, abrigo, educação, alimentação,
recursos económicos, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social, equidade
e fornece subsídios imprescindíveis para reflexão e implementação de ações adaptadas a
nível local. Fortalece as recomendações de Alma-Ata, associando-as à promoção da
saúde. Realça a importância do ambiente de trabalho como fonte de saúde, como
também a proteção e conservação dos recursos ambientais. Incentiva o desenvolvimento
das comunidades, através dos seus recursos materiais e humanos. Em suma, na
Conferência “a educação em saúde integra parcela do entendimento de promoção à
saúde, abrangendo no seu conjunto cinco estratégias: políticas públicas saudáveis,
ambientes favoráveis à saúde, reorientação dos serviços de saúde, reforço da ação
comunitária e desenvolvimento de habilidades pessoais”.
A saúde é entendida como um recurso para a vida e não como uma finalidade em si
mesma.
Desta carta apela-se à comunidade internacional para que advogue a promoção da saúde
em todos os fóruns apropriados, bem como que apoie os países no desenvolvimento e
implementação de estratégias e programas de promoção da saúde.
33
compartilharam experiências sobre a ação em prol de políticas públicas orientadas para
a saúde.
Esta Conferência constituiu-se como uma oportunidade para refletir sobre o que se
aprendeu quanto a uma efetiva promoção da saúde, bem como para reanalisar as
determinantes da saúde e para identificar as orientações e as estratégias a adotar, com o
objetivo de responder aos desafios da Promoção da Saúde no século XXI.
Após análise da situação a nível mundial foi recomendado algumas ações: (a) colocar a
Promoção da Saúde como prioridade fundamental das políticas e programas locais,
regionais, nacionais e internacionais; (b) assumir um papel de liderança para assegurar a
participação ativa de todos os sectores e da sociedade civil na implementação das ações
de Promoção da Saúde que fortaleçam a ampliem as parcerias na área da saúde; (c)
apoiar a preparação de planos de ação nacionais para Promoção da Saúde, se preciso
utilizando a capacidade técnica da OMS e de seus parceiros nessa área; e (d) estabelecer
ou fortalecer redes nacionais e internacionais que promovam a saúde.
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Os centros de saúde de primeira geração organizavam-se verticalmente, integrando
diferentes instituições com preocupações preventivas e de saúde pública, levando a cabo
ações no âmbito da vacinação, da vigilância materno-infantil, na saúde escolar, em
atividades de autoridade sanitária. Previam as visitações domiciliárias com realce para
os enfermeiros de saúde pública que já mantinham uma posição privilegiada no contato
com as famílias e populações (Figueiredo, 2009).
Por volta de 1996/1997 são criados os projetos alfa. Estes projetos foram tentativas para
tornar os processos burocráticos do serviço nacional de saúde menos obsoletos,
permitindo iniciativas de pequenos grupos profissionais com modelos de trabalho em
equipa, de forma autónoma, com espírito de responsabilização e avaliação de resultados.
Pode, de certa forma, dizer-se que estes tipos de projetos se assemelham às unidades de
saúde familiares que hoje conhecemos.
A restruturação a que se tem vindo a assistir nos cuidados de saúde primários, atribui à
enfermagem de família uma acrescida responsabilidade na garantia de respostas de
qualidade às necessidades das comunidades no que aos cuidados de enfermagem diz
respeito. As organizações académicas de enfermagem, os decisores políticos, os
profissionais dos centros de saúde, as Unidades de Saúde Familiar, bem como os
responsáveis pela implementação dos Agrupamento de Centros de Saúde, têm
produzido evidências científicas, sobre a enfermagem de saúde familiar, que permitem
alicerçar esta disciplina como fulcro do desenvolvimento dos cuidados de saúde
primários.
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A filosofia por trás deste modelo organizativo era a de desfazer a lógica vertical,
fomentando um modelo organizativo em equipa, de gestão simplificada, autónoma e
interdependente, orientada para ganhos em saúde para a população, procurando
envolvê-la na própria unidade (Ramos, 2013).
Para além das políticas nacionais para organização dos Cuidados de Saúde Primários,
onde é realçada a importância da família nos cuidados, os Planos Nacionais de Saúde:
2004-2010 e 2012-2020 salientam a abordagem centrada na família e no ciclo de vida,
por permitirem uma perceção mais integrativa dos problemas de saúde. Este último
documento acrescenta a importância do enfermeiro de família, propondo que entre este
e o cidadão se promova a confiança numa relação que difunda a proximidade e
continuidade de cuidados personalizados, sendo um dos principais gestores da sua
situação de saúde e responsáveis pela mobilidade entre os vários serviços de saúde.
Os enfermeiros prestam cuidados onde as pessoas estão, seja em casa, escolas, locais de
trabalho, prisões, clínicas de saúde e todos os contextos comunitários passíveis da
intervenção de enfermagem (Conselho Internacional de Enfermeiros, 2008).
A visitação domiciliária surge também como uma das práticas mais retratadas nos
estudos consultados pelas autoras, confirmando-se como uma estratégia de proximidade
da equipa multidisciplinar com a família e comunidade, possibilitando aos enfermeiros
o conhecimento acerca do seu contexto de atuação, para a sua inserção numa
determinada comunidade. A visitação domiciliária permite o estabelecimento uma
horizontalidade relacional bem como o estabelecimento de vínculos significativos,
permitindo o desenvolvimento de uma prática de enfermagem globalizante (Barbiani,
Nora, Shaefer, 2016).
41
prestação de cuidados, de forma simultânea.
Nos cuidados de saúde, a gestão de caso inicia-se nos anos de 40 do século passado, nos
Estados Unidos da América. No pós-II Grande Guerra Mundial, a gestão de caso foi
adotada pelas companhias de seguros, por forma a coordenar, de forma mais eficaz, os
serviços prestados aos combatentes com múltiplas e complexas lesões, das quais
resultavam a necessidade de intervenções multidisciplinares (Gonzales, 2003). Nos anos
70, decorrente das restrições orçamentais experimentadas, a gestão de caso adquiriu
uma maior dimensão, contemplando uma gestão eficaz e eficiente da utilização de
recursos, para além das necessidades dos utentes. No mesmo período, com as medicinas
de grupo e, principalmente, com as Organizações de Manutenção da Saúde, a gestão de
caso conhece o seu apogeu, consolidando-se nos anos 90, com os sistemas integrados de
prestação de serviços de saúde (Gonzales, 2003).
A gestão de caso tornou-se principalmente a partir nos anos oitenta do século passado,
uma prática que passou a integrar a organização dos serviços de saúde e a terminologia
dos seus profissionais (Rice, R. 2004).
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utilização dos serviços existentes na comunidade, assegurando que os resultados
esperados dos cuidados são alcançados dentro de um limite de tempo razoável.
Stanton e Dunkin in Stanhope e Lancaster (2011) advogam que a gestão de caso tem
vindo a ser assumida por mestres em enfermagem, prestando cuidados a pessoas,
famílias ou agregados comunitários, sistemas de doença e processos de gestão de
resultados.
Os autores Stanhope e Lancaster (2011), fazem emergir como valores orientadores para
a prática dos enfermeiros gestores de caso, o aumento da duração de vida saudável, a
redução das disparidades e a promoção do acesso aos cuidados e aos serviços de
prevenção.
Por sua vez, os autores Cary (1998), Lewellyn e Moreo (2001) in Stanhope e Lancaster
(2011) descrevem os papéis do gestor de caso (Tabela I).
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Educador Educa o cliente, a família e prestadores de cuidados sobre o
processo de gestão de caso, sistema de prestação, recursos
de saúde da comunidade e respetiva cobertura, de modo a
que possam ser tomadas, por todas as partes, decisões
informadas.
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Atribuição de funções Distribui recursos de cuidados de saúde limitados de acordo
com um plano ou fundamentação.
Tabela I – Papéis do gestor de caso. Adaptado a partir de: Cary (1998), Lewellyn e Moreo (2001) in
Stanhope e Lancarter (2011).
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II.X. Processo de Enfermagem à Família
A enfermagem de saúde familiar deve estar preparada para trabalhar com prestadores de
cuidados e membros da família, para prestar apoio, informação e supervisionar
cuidados. Na opinião de Berkley e Hanson (1991), a família é um foco fundamental do
processo de enfermagem. Para estes autores, a abordagem ao processo de enfermagem
familiar deve ser completa, em que a família é vista como um sistema aberto, em
constante interação com uma sociedade mais vasta.
48
parceiros no planeamento de cuidados (Friedman, 1998).
A fase de planeamento deve incentivar a família a fazer escolhas esclarecidas, para que
as intervenções co-planeadas sejam aceites, apoiadas e realizadas. Sempre que a família
tenha dificuldade em fazer escolhas, o papel do enfermeiro deve ser o de clarificar
processos e evidenciar opções válidas na perspetiva da família, considerando o projeto
de saúde familiar significativo. A implementação eficaz de um plano de cuidados requer
a aceitação e a participação da família como cliente (Friedman, 1998).
49
Mediante os objetivos estabelecidos, bem como os resultados e critérios identificados,
deve proceder-se à avaliação dos resultados obtidos. A avaliação de resultados acaba
por ser um processo transversal a todo o processo. O enfermeiro deve ter presente,
sempre, que o processo de enfermagem é constantemente dinâmico e, como tal, sujeito a
mudanças, sem perder a perspetiva de melhoria do estado de saúde da família. O
processo avaliativo termina quando é feita uma análise pela família e pelo enfermeiro
em que ambas as partes reconhecem que foram atingidos os objetivos delineados.
Robinson e Wright em 1995 abordaram este processo de cessação com a família
salientado a importância deste estádio de resolução de problemas e do crescimento da
família, referindo que “O aspeto mais compensador da enfermagem de família é
observar a família a curar-se do sofrimento emocional e/ou físico… quando a cura
ocorre em colaboração com os enfermeiros, é devida a família e enfermeiros que co-
desenvolveram soluções úteis para os problemas especiais de saúde” (p. 327).
Torna-se necessário referir que, apesar da mudança paradigmática a que se tem vindo a
assistir, no que à enfermagem nos cuidados de saúde primários concerne, considerando
os aspetos positivos, advindos da reorientação do modelo assistencial pretendido, a
prática quotidiana ainda reflete a predominância do modelo biomédico, em que o
cuidado denuncia medidas e procedimentos técnicos, de diagnósticos terapêuticos, em
geral, em ambiente hospitalar (Matumoto S, Vieira K, Pereira M, Santos C, Fortuna. C,
Mishima S. 2012).
50
II.XI. Modelo Circumplexo dos Sistemas Familiares e Conjugais de Olson e Gorall
Nos níveis equilibrados, uma família com uma relação separada denota alguma
separação emocional (mas não extrema), sendo o tempo passado sem a família
considerado importante, ao contrário de uma relação ligada, em que se atribui mais
importância ao tempo passado em família, pelo facto de haver uma maior proximidade
51
emocional e lealdade entre os membros. Nos níveis extremos, uma relação desligada é
caracterizada por uma separação emocional e pouco envolvimento entre os membros da
família. Por seu lado, uma família emaranhada caracteriza-se por uma extrema ligação
emocional e uma grande dependência entre os membros havendo pouca diferenciação
do self (Olson, 2000). Relativamente à dimensão adaptabilidade é também possível
encontrar quatro níveis: rígido (adaptabilidade extremamente baixa); estruturado
(adaptabilidade baixa/moderada); flexível (moderada/alta) e caótico (adaptabilidade
extremamente alta) (Olson, 2000). Nos níveis mais funcionais (estruturado e flexível) há
um equilíbrio entre a estabilidade e a mudança e há uma tendência para a família ser
mais equilibrada ao longo do tempo. Uma família estruturada, por norma, exprime uma
liderança democrática que inclui as crianças, com ajustamentos nos papéis e nas regras
familiares sempre que necessário. Por sua vez, uma família flexível descreve-se como
tendo uma liderança igualitária, com uma abordagem democrática entre os membros,
incluindo ativamente as crianças. As regras e os papéis são partilhados e apropriados às
idades (Olson, 2000). No caso dos níveis mais extremos, as famílias podem ser
consideradas rígidas ou caóticas. Nas famílias rígidas, um dos membros controla a
dinâmica familiar, impondo uma rigidez de papéis e uma inflexibilidade nas regras. Em
relação às famílias caóticas, os papéis não estão bem definidos e podem ocorrer
frequentes trocas de papéis entre os indivíduos, havendo uma impulsividade marcada
nas tomadas de decisões (Olson, 2000).
Ao analisar este modelo, é necessário ter em conta que há aspetos que podem afetar o
funcionamento familiar, tais como eventos considerados stressantes pela família,
transições nas etapas de desenvolvimento e tensões intrafamiliares (Greeff, 2000). Estes
aspetos caracterizam as várias etapas do ciclo vital da família, podendo conduzir a
variações nos níveis da adaptabilidade e coesão, assim como a diferentes expressões
numa mesma etapa. O modelo Circumplexo permite colocar duas hipóteses pertinentes.
Primeiramente que as famílias consideradas equilibradas (com níveis centrais de coesão
e de adaptabilidade) terão um funcionamento mais adequado/equilibrado ao longo do
ciclo de vida, uma vez que um sistema considerado funcionalmente equilibrado deverá
vivenciar os extremos de uma dimensão, por curtos períodos de tempo, quando tal se
justificar. No entanto deve ter-se em atenção que, os tipos extremos de uma dimensão
não são obrigatoriamente disfuncionais, visto que as famílias pertencentes a minorias
étnicas ou grupos religiosos, possuem um conceito familiar diferente do ocidental. Por
52
outro lado, e, relacionado com o que foi referido anteriormente, o modelo ao ser
dinâmico permite equacionar mudanças na família, ao longo do ciclo vital. Deste modo,
as famílias poderão modificar as dimensões coesão e/ou adaptabilidade, de forma a
adaptarem-se a novas mudanças ou crises, decorrentes das etapas do ciclo vital. As
mudanças são encaradas como sendo uma melhoria do funcionamento familiar (Olson,
2000).
Importa referir que quem aplica este modelo deve ter em consideração a categoria a
avaliar, numa determinada família e num determinado momento. Segundo as autoras,
pode não ser relevante, no processo terapêutico e num determinado momento, avaliar a
família em todas as suas dimensões.
53
Quanto às subcategorias, relacionadas com a dimensão estrutural temos: a interna,
externa e de contexto. A interna recolhe informações sobre a composição familiar;
género familiar, associado a fatores culturais; orientação sexual; ordem de nascimento;
subsistemas familiares; limites. A subcategoria externa informa sobre a família extensa
e subsistemas mais amplos. A subcategoria relacionada como contexto permite
identificar a etnia; raça; classe social; religião e espiritualidade; ambiente envolvente.
Relativamente às subcategorias associadas à dimensão desenvolvimento, procuram
recolher informações sobre estágios, relacionado com o ciclo vital; tarefas e vínculos.
No que diz respeito às subcategorias referentes à dimensão funcional, subdividem-se em
instrumental, relacionada com as atividades de vida diárias e expressiva que pretende
clarificar aspetos como a comunicação emocional; comunicação verbal: comunicação
não verbal; comunicação circular; solução de problemas; papéis; influência e poder;
crenças; alianças e uniões.
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III. METODOLOGIA
Streubert & Carpenter (2013) referem que após ser formulada claramente a questão de
investigação, de estar compreendido o problema e esclarecido qual o impacto que a
investigação terá nas pessoas estudas, na disciplina e para quem os resultados possam
ser importantes, é necessário selecionar qual a metodologia de investigação que
responderá mais adequadamente à questão.
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• Enformar uma metodologia de trabalho que permita conhecer as famílias
utilizadoras dos cuidados de saúde primários;
• Desenvolver planos de cuidados de enfermagem co-construídos com as famílias;
• Envolver as famílias como parte significativa do processo terapêutico;
• Identificar as famílias com o plano de cuidados com elas estabelecido;
• Validar os planos de cuidados co-estabelecidos com as famílias;
• Identificar, com as famílias, um projeto de saúde significativo em cada momento
do ciclo vital;
• Perceber em que medida as famílias percebem apoio por parte do enfermeiro de
família ao longo do tempo, pela aplicação de um questionário, desenvolvido pela
equipa de investigação, que consta em anexo.
58
No grupo experimental:
No grupo de controlo:
Para Fortin (2009), a investigação coloca questões e desafios éticos cada vez mais
complexos, sendo da responsabilidade do investigador pela proteção dos direitos da
pessoa. Assim, na aplicação do estudo foram considerados os seguintes princípios éticos
e deontológicos:
59
• Princípio da autonomia, através do consentimento livre e esclarecido, garantindo
a participação voluntária e a devida informação antes do consentimento por
parte dos constituintes do estudo;
• Princípio da beneficência e justiça, garantindo a confidencialidade, o anonimato
dos dados dos participantes e o seu tratamento com respeito e dignidade.
• Critérios de inclusão:
60
o Utentes inscritos na Unidade de Saúde Familiar RaiaMaior;
o Maiores de idade;
o Alfabetizados.
• Critérios de exclusão:
o Utentes não inscritos na Unidade de Saúde Familiar RaiaMaior;
o Menores de idade;
o Analfabetos.
A escala FACES III foi desenvolvida por Olson, Portner, & Lavee (1985). A tradução e
adaptação para a população portuguesa foi desenvolvida por Curral, Dourado, Torres,
Barros, Palha e Almeida (1999), com base no Modelo Circumplexo do Sistema
Conjugal e Familiar (Olson, & Gorral) que tem como principal objetivo analisar o
comportamento das famílias, integrando dois conceitos-chave: a coesão e a
adaptabilidade familiares. De referir que no estudo levado a cabo por Curral, R.,
Durado, F., Torres, A., Barros, H., Palha, A., & Almeida, E. L. (1999), Coesão e
Adaptabilidade familiares numa amostra portuguesa: estudo com o FACES III, os
valores de alfa de Cronbach obtidos para a Coesão familiar e Adaptabilidade familiar
foram respetivamente de 0,78 e 0,71.
61
avaliando profissão, instrução, origem do rendimento familiar, tipo de habitação e local
de residência (ambiente envolvente). Consoante a pontuação obtida a família é
classificada como: classe alta (pontuação entre 5 e 9); classe média alta (pontuação
entre 10 e 13); classe média (pontuação entre 14 e 17); classe média baixa (pontuação
entre 18 e 21), classe baixa (pontuação entre 22 e 25). A avaliação do agregado família
é sempre feita consoante o elemento que tenha o rendimento mais elevado do agregado
familiar.
De referir que a versão utilizada foi a de Amaro (2001) como consta do anexo VII.
Segundo o questionário desenvolvido por estes autores, a cada uma das situações ou
experiências de vida é atribuída uma pontuação, numa escala de 11 a 100. Integra
eventos significativos que vão desde o nascimento de crianças na família, divórcios,
morte, mudanças no trabalho, entre outros, que representam as situações normativas ou
acidentais no desenvolvimento familiar e individual. Tendo por base esta escala, quando
a soma obtida é superior a 300, a probabilidade de ocorrência de doença física ou
mental é de 80%, em um ou em vários elementos da família (Caeiro, 1991). Esta escala,
adaptada à família, permite avaliar e quantificar as dificuldades vividas pela família no
período de um ano, determinando a probabilidade de algum dos elementos vir a
desenvolver uma doença psicossomática.
Por outro lado, considerou pertinente perspetivar o Ciclo Vital de Duvall (1977), bem
como as tarefas normativas associadas a cada um deles.
64
IV. RESULTADOS
Pode verificar-se que a média obtida é de 2,5, o que se caracteriza a amostra por ser
tendencialmente de classe média. Observa-se, no entanto e atendendo ao valor da
mediana, que há uma tendência para classe média baixa.
65
Resultados obtidos pela aplicação da escala de Graffar (N = 26)
(Média; Mediana; Moda; Variância; Desvio Padrão)
"
𝑿 Md Mo s2 Dp
2,5 3 3 0,74 0,86
Resultados obtidos pela aplicação da escala de Graffar (N = 26)
(Frequência absoluta)
Frequência % % válida % acumulada
C. Média Alta 0 0 0 0
C. Média Baixa 0 0 0 0
C. Baixa 0 0 0 0
Para não tornar maçadora a leitura da tabela, não são evidenciadas todas as tipologias
definidas pelos autores, para além das identificadas na tabela, uma vez que não foram
identificadas famílias que lhes correspondam.
Como se observa pela tabela anterior, quanto à tipologia familiar predominante destaca-
se a família nuclear. Em detalhe podem observar-se três famílias unipessoais no grupo
experimental, duas no grupo de controlo e uma família alargada também no grupo de
controlo.
Atente-se que de forma geral as amostras grupais são idênticas entre si, o que possibilita
sinalizar que as amostras são tendencialmente homogéneas, conferindo-lhes
confiabilidade entre si.
66
Tipologia familiar (Hêrnani Cainço, Pedro Bairrada, Esther Rodrigues, Armando Carvalho
(2010)) (N = 26)
Tipologia familiar (Hêrnani Cainço, Pedro Bairrada, Esther Rodrigues, Armando Carvalho
Tipologia familiar (Hêrnani Cainço, Pedro Bairrada, Esther Rodrigues, Armando Carvalho
(2010)) – Grupo de controlo (N = 13)
Tabela III - Caracterização da amostra, perspetivando a classificação de Hêrnani Cainço, Pedro Bairrada,
Esther Rodrigues, Armando Carvalho (2010), no global, atendendo à medida estatística: frequência
absoluta. Observam-se os valores de frequência absoluta na totalidade da amostra, bem como nos dois
grupos de estudo: experimental e de controlo.
67
Resultados obtidos pela aplicação da escala de Graffar
Grupo experimental (N = 13)
(Média; Mediana; Moda; Variância; Desvio Padrão)
"
𝑿 Md Mo s2 Dp
68
Resultados obtidos pela aplicação da escala de Graffar
Grupo de controlo (N = 13)
"
𝑿 Md Mo s2 Dp
Da tabela VI observa-se no que diz respeito à coesão familiar, que os valores oscilam
entre os 12 e os 48 pontos e a dispersão das respostas corresponde a 10,88, no primeiro
momento de avaliação. Em média, as famílias têm um nível de coesão familiar igual a
29,30. Tendo em conta a amplitude desta subescala do FACES (Min = 10; Max = 50),
pode considerar-se que a presente amostra revela uma coesão média.
69
familiar relativamente elevada. Em relação ao primeiro momento de avaliação observa-
se um aumento ligeiramente significativo de 31,75 para 34,77.
Para a dimensão coesão familiar, o teste de Wilcoxon revela, com significado estatístico
(p = ,039), que de um primeiro para um segundo momento de avaliação se observam 10
diferenças positivas e 3 negativas, evidenciando, ganhos em saúde sob o ponto de vista
das intervenções de enfermagem levadas a cabo pela metodologia desenvolvida com as
famílias.
70
Descritivos de Adaptabilidade de Coesão familiar, grupo experimental, 1º momento (N = 13)
"
𝑿 Dp Mínimo Máximo
"
𝑿 Dp Mínimo Máximo
71
Verifica-se, também, uma associação muito forte, uma vez que o valor do p de
Spearman se situa acima de 0,9.
p = 0,010
p = 0,010
Tabela VII.- Correlação entre a Coesão familiar e Adaptabilidade familiar, grupo experimental (N = 13),
1º e 2º momento.
No que à adaptabilidade familiar diz respeito, os valores mínimo e máximo variam entre
os 12 e os 46 pontos e que a dispersão das respostas corresponde a 10,59. Em média, as
famílias apresentam um nível de adaptabilidade familiar igual a 27,31. Tal como
acontece para a coesão familiar, os valores de mínimo e máximo para esta dimensão
situam-se, respetivamente, entre 10 e 50. Atendendo a estes valores, pode considerar-se
que a presente amostra apresenta uma adaptabilidade relativamente elevada. Acresce
observar um decréscimo muito pouco significativo de 27,38 para 27,31 na média
relativa a esta dimensão da escala, o que permite concluir que não se verificaram
mudanças significativas, nesta dimensão da escala, de um primeiro para um segundo
momento.
73
Descritivos de Adaptabilidade de Coesão familiar, grupo de controlo, 1º momento (N = 13)
"
𝑿 Dp Mínimo Máximo
"
𝑿 Dp Mínimo Máximo
74
No segundo momento de avaliação, a relação entre a coesão e a adaptabilidade
familiares é significativa e positiva (0,954; p = 0,010). Observa-se, também, uma
associação muito forte, uma vez que o valor de Spearman se situa acima do valor de 0,9.
p = 0,010
p = 0,010
Tabela IX.- Correlação entre a Coesão familiar e Adaptabilidade familiar, grupo de controlo, 1º e 2º
momento (N = 13).
Tabela X - Categorias coesão e adaptabilidade familiares do grupo experimental nos dois momentos de
avaliação (N = 13).
Os resultados elencados sobre este aspeto evolutivo saem reforçados pelos resultados
apresentados pelo Teste de Wilcoxon, como se pode observar na tabela VI.
76
Dimensão Coesão (FACES III) Dimensão Coesão (FACES III)
Grupo de controlo
1º Momento 2º Momento
Famílias não relacionadas - 8 Famílias não relacionadas - 8
Famílias semi-relacionadas - 1 Famílias semi-relacionadas - 1
Famílias relacionadas - 1 Famílias relacionadas - 0
Famílias aglutinadas - 3 Famílias aglutinadas – 4
Dimensão Adaptabilidade (FACES III) Dimensão Adaptabilidade (FACES III)
Grupo de controlo
1º Momento 2º Momento
Famílias rígidas – 2 Famílias rígidas- 3
Famílias estruturadas – 4 Famílias estruturadas – 3
Famílias flexíveis – 3 Famílias flexíveis – 3
Famílias caóticas - 4 Famílias caóticas- 4
Tabela XI - Categorias coesão e adaptabilidade familiares do grupo de controlo nos dois momentos de
avaliação (N = 13).
Ainda segundo estes autores, qualquer medida, classificação obtida por uma escala ou
teste por um indivíduo, tem sempre duas componentes aditivas: o verdadeiro resultado,
capacidade, classificação ou medida (τ) do objeto e o erro de medida do atributo ou
capacidade do objeto.
77
O “Erro” é a variabilidade observada no processo de mensuração de um mesmo objeto.
A ausência de erro é “consistência”. Consistência é assim o termo fundamental para
definir o conceito de fiabilidade.
Considerando que as respostas aos itens do FACES III são do tipo Likert de cinco
pontos, que se distribuem numa escala ordinal, recorreu-se ao coeficiente alfa de
Cronbach para medir a consistência interna.
De referir que no estudo levado a cabo por Curral, R., Durado, F., Torres, A., Barros,
H., Palha, A., & Almeida, E. L. (1999), Coesão e Adaptabilidade familiares numa
amostra portuguesa: estudo com o FACES III, os valores de alfa de Cronbach obtidos
para a Coesão familiar e Adaptabilidade familiar foram respetivamente de 0,78 e 0,71.
Como sinalizado anteriormente o valor de alfa de Cronbach deve servir como base de
partida e não como critério definitivo de classificação.
α M rit 7
α M rit 7
Tabela XII - Consistência interna para as dimensões coesão e adaptabilidade familiares, para a totalidade
da amostra, 1º e 2º momento (N = 26).
79
(Anexo I). De salientar que o item 20, referente à adaptabilidade familiar, apresenta o
mais baixo índice de correlação item-total (-0,004). Quanto à dimensão coesão Familiar,
a maior correlação observada foi entre o item 1 e os restantes (0,910), enquanto que na
adaptabilidade, o item 10 registou o maior índice de correlação item-total (0,920). A
observação da segunda coluna permite perceber o efeito de cada item na consistência
interna das dimensões de adaptabilidade e coesão familiares. Na coesão familiar,
verifica-se que eliminando o item 19, o alfa aumentaria de 0,948 para 0,962,
representando a alteração mais significativa de item nesta dimensão. Na dimensão
adaptabilidade familiar, verifica-se um aumento significativo da consistência interna ao
eliminar o item 20, onde o alfa de Cronbach passaria de 0,928 para 0,954. No cômputo
geral a consistência interna da escala é muito forte nas duas dimensões.
A Tabela XIV refere-se à consistência interna das dimensões do FACES III e respetivos
itens, no 2º momento de aplicação da escala para a totalidade da amostra (Anexo II). De
salientar que o item 19, referente à coesão familiar, apresenta o mais baixo índice de
correlação item-total (-0,007). Nesta dimensão, a maior correlação observada foi entre o
item 17 e os restantes (0,911), enquanto na adaptabilidade, o item 6 registou o maior
índice de correlação item-total (0,863). A observação da segunda coluna, referente ao
valor do alfa de Cronbach se o item fosse eliminado, permite perceber o efeito de cada
item na consistência interna das dimensões de adaptabilidade e de coesão Familiar.
Deste modo, na coesão familiar, não se observa vantagem na eliminação de qualquer
um dos itens associados a esta dimensão, uma vez que não se observam alterações no
valor de alfa de Cronbach pela eliminação de qualquer um deles. Na dimensão
adaptabilidade familiar, verifica-se um aumento ligeiro da consistência interna ao
eliminar o item 20, onde o alfa de Cronbach passaria de 0,928 para 0,941. Tal como no
primeiro momento, verifica-se que a consistência interna da escala é muito forte nas
duas dimensões.
80
como casos omissos, que, apresentando os resultados de outra forma os tornaria de
difícil perceção e interpretação, não representando uma mais valia, como assim se supõe
que será.
Por outro lado, as questões sinalizadas como “nunca” terem percebido apoio por parte
do seu enfermeiro de família, com maior frequência absoluta são as Q. 11, Q. 13 e Q.
15. Foi no estádio 1 do ciclo vital de Duvall (Q. 11), relacionado com a formação da
família, preparação para a parentalidade; na dimensão comunicacional familiar (Q. 13) e
na dimensão relacionada com o desenvolvimento, mais propriamente na relação de casal
(Q. 15), que as famílias sentiram menos apoio por parte do seu enfermeiro de família.
81
No que à análise destes dados concerne, considera-se pertinente destacar as questões em
que as respostas “quase sempre” e “sempre” foram predominantes. São as questões Q.2,
Q. 8, Q. 9 e Q. 12, em que foi identificado na coluna “sempre”, o apoio
sentido/percebido por parte do seu enfermeiro de família. Nos aspetos relacionados com
as mudanças ou tarefas relativas ao estádio 2 do ciclo vital de Duvall; nos aspetos
relacionados com mudanças ou tarefas normativas relacionadas com o estádio 7 do ciclo
vital de Duvall (Q. 8); a questão Q. 9 que procura determinar o apoio sentido/percebido
face a uma situação de doença grave, bem como quando a família teve de desenvolver
estratégias para lidar com a parentalidade (Q. 12) (estágio 1 e 2 do ciclo vital de
Duvall); que as famílias sentiram sempre apoio por parte do seu enfermeiro de família.
As questões Q. 10 e Q. 14 são as que apresentam valores absolutos mais elevados
referentes ao apoio percebido, quase sempre, por parte do seu enfermeiro de família. A
questão Q. 10 diz respeito a um evento traumático, apesar de normativo, no
desenvolvimento familiar. A questão Q. 14 diz respeito à doença de um elemento do
agregado familiar.
Por outro lado, as questões sinalizadas como “nunca” terem percebido apoio por parte
do seu enfermeiro de família, com maior frequência absoluta são as Q. 13 e Q. 15. Os
aspetos relacionados com as dimensões comunicacional familiar (Q. 13) e
desenvolvimento, mais propriamente na relação de casal (Q. 15), foram sinalizados
como sendo aqueles em que as famílias sentiram menos apoio por parte do seu
enfermeiro de família.
De forma oposta, as questões sinalizadas como “nunca” terem percebido apoio por parte
do seu enfermeiro de família, com maior frequência absoluta são as Q. 1, Q. 2 e Q. 11.
Foi no estádio 1 do ciclo vital de Duvall (Q. 1), relacionado com a formação da família,
preparação para a parentalidade; no estágio 2 do ciclo vital de Duvall (Q. 2 e Q. 11) que
as famílias sentiram menos apoio por parte do seu enfermeiro de família.
Na tabela XVIII (Anexo VI) são apresentados os resultados obtidos pela aplicação do
questionário, num segundo momento, ao grupo de controlo.
Por outro lado, as questões sinalizadas como “nunca” terem percebido apoio por parte
do seu enfermeiro de família, com maior frequência absoluta continuam a ser as Q. 13 e
Q. 15. Os aspetos relacionados com as dimensões comunicacional familiar (Q. 13) e
desenvolvimento, mais propriamente na relação de casal (Q. 15), foram sinalizados
como sendo aqueles em que as famílias sentiram menos apoio por parte do seu
enfermeiro de família.
No grupo experimental:
Por outro lado, constatou-se um aumento muito significativo nos valores absolutos das
questões Q. 13 e Q. 14, constituindo-se como um fator surpresa, uma vez que, de facto,
não eram espectáveis aumentos tão significativos entre os dois momentos de avaliação.
Os valores passaram de 1, no 1º momento, na questão Q. 13 para 8, no 2º momento e de
0, no 1º momento, para a questão Q. 14 para 7, no segundo momento.
84
As questões sinalizadas como nunca terem percebido apoio por parte do seu enfermeiro
de família, com maior frequência absoluta são as Q. 11, Q. 13 e Q. 15. Foi no estádio 1
do ciclo vital de Duvall (Q. 11), relacionado com a formação da família, preparação
para a parentalidade; na dimensão comunicacional familiar (Q. 13) e na dimensão
relacionada com o desenvolvimento, mais propriamente na relação de casal (Q. 15), que
as famílias sentiram menos apoio por parte do seu enfermeiro de família.
As questões sinalizadas como “nunca” terem percebido apoio por parte do seu
enfermeiro de família, com maior frequência absoluta são as Q. 11, Q. 13 e Q. 15. Os
valores absolutos obtidos no 1º momento de avaliação foram, respetivamente de 4; 3 e
6.
No 2º momento os valores absolutos obtidos para estas questões foram 3 (Q. 11), 0 (Q.
13) e 0 (Q. 15).
85
Observa-se, claramente, um aumento muito significativo no que às questões Q. 13 e Q.
15 concerne, isto é, no que ao apoio sentido/percebido, pelas famílias do grupo
experimental, relativamente aos aspetos ligados à dimensão comunicacional familiar (Q.
13) e à dimensão relacionada com o desenvolvimento, mais propriamente na relação de
casal (Q. 15).
No grupo de controlo:
Por outro lado, as questões sinalizadas como “nunca” terem percebido apoio por parte
do seu enfermeiro de família, com maior frequência absoluta são as Q. 13 e Q. 15. Os
aspetos relacionados com as dimensões comunicacional familiar (Q. 13) e
desenvolvimento, mais propriamente na relação de casal (Q. 15), foram sinalizados
como sendo aqueles em que as famílias sentiram menos apoio por parte do seu
enfermeiro de família.
Mais uma vez se verifica uma diminuição muito pouco significativa na questão Q. 13
que diz respeito ao apoio sentido em relação ao enfermeiro de família no que aos
aspetos comunicacionais na relação de casal concerne, tendo-se mantido o valor para a
questão Q. 15.
87
V. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Pela análise descritiva dos resultados obtidos pode afirmar-se que existe
homogeneidade na amostra, quanto à caracterização social. Outro dado obtido quanto a
esta classificação foi a presença em maior número de agregados pertencentes à classe
média (2,5), pese embora se verificar uma tendência para a classe média baixa,
resultado evidenciado pelo valor da mediana (3).
88
V.II. Tipologias familiares
No que à literatura concerne não existe evidência de impacto, positivo ou negativo, pelo
facto das famílias serem nucleares, alargadas, unipessoais ou de qualquer outro tipo.
Estudos levados a cabo por Grossman e Rowat (1995) concluíram que as dificuldades
de funcionamento familiar não estão, necessariamente, associadas à tipologia familiar,
mas sim às relações que se estabelecem entre os elementos.
90
No geral, a amostra apresenta níveis de coesão a adaptabilidade familiares muito
aceitáveis, pese embora, os níveis de adaptabilidade familiar serem mais baixos.
Estes resultados obtidos obrigaram a uma análise individual dos questionários com o
intuito de aferir, com maior grau de segurança, o significado das respostas obtidas e,
como tal, a importância destas resposta para os objetivos específicos da aplicação deste
92
questionário que se norteavam por determinar o apoio sentido/percebido, por parte das
famílias envolvidas, em relação ao seu enfermeiro de família.
Desta forma, pela observação dos resultados obtidos, no grupo experimental, pensamos
ser seguro concluir-se que, se obtiveram ganhos em saúde muito significativos,
estabelecendo um comparativo entre os dois momentos de avaliação.
Em linha de conta com estas observações, parece evidenciar-se, em relação a este grupo
e nesta amostra populacional, que a implementação de uma consulta estruturada, tendo
por base o modelo de Calgary e perspetivando o Modelo Circumplexo de Olson, se
revestiu como uma mais valia para as famílias envolvidas no processo, possibilitando
um funcionamento familiar mais equilibrado e, previsivelmente, mais capaz de reagir à
adversidade.
Quanto ao grupo de controlo, pela observação dos resultados obtidos, poder-se-á aferir
que não se constituem como evidentes ganhos em saúde. Pelos resultados obtidos
relativamente ao grupo de controlo, evidenciados na tabela VIII, não se verificaram
alterações significativas neste grupo, relativamente a nenhuma das dimensões avaliadas
pelo Modelo Circumplexo de Olson. Isto é, enquanto que no grupo experimental se
observam alterações positivas, do primeiro para o segundo momento de avaliação, o
mesmo não acontece para o grupo de controlo, sendo o número de empates, evidenciado
pelo Teste de Wilcoxon, bastante elevado.
Esta observação leva a concluir, para esta população amostral que o desenvolvimento da
consulta levada a cabo no grupo experimental se mostrou como uma mais valia.
93
VI. CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Os autores Stanhope e Lancaster (2011), fazem emergir como valores orientadores para
a prática dos enfermeiros gestores de caso, o aumento da duração de vida saudável, a
redução das disparidades e a promoção do acesso aos cuidados e aos serviços de
prevenção.
Quanto aos ganhos em saúde percebidos, pela aplicação desta metodologia, pelas
famílias, tornam-se evidentes pela produção dos resultados obtidos, e pela leitura deles
feita, mormente no que concerne aos relativos à FACES III, mas também, apesar das
limitações que foram sendo elencadas, pelos produzidos pela aplicação do questionário
desenvolvido para o efeito.
O trabalho que foi sendo desenvolvido foi capaz de dar resposta aos seguintes objetivos:
Quantos a estes dois objetivos pode afirmar-se que pela aplicação, em conjunto, do
Modelo de Calgary e do Modelo Circumplexo de Olson, se verifica um impacto
significativamente positivo, evidenciado pelo conjunto dos resultados obtidos,
observáveis pelo comparativo entre os dois momentos de avaliação e entre os grupos
envolvidos no estudo.
95
Torna-se claro, perspetivando os resultados do estudo, que para as famílias envolvidas,
se evidenciaram ganhos em saúde para as famílias envolvidas, observáveis no grupo
experimental, atendendo às alterações verificadas quanto às dimensões coesão e
adaptabilidade familiares. Verificou-se, no grupo experimental, uma evolução favorável
no funcionamento familiar de um primeiro para um segundo momento de avaliação,
como se pode observar na tabela VI. Quanto ao grupo de controlo, uma vez que não foi
desenvolvida esta tipologia de consulta estruturada, não se observam alterações
significativas quanto ao funcionamento familiar e, subsequentemente, não se verificam
ganhos em saúde, como também se pode atestar na tabela VIII.
96
O questionário, revelou-se um instrumento importante uma vez que permitiu destacar
práticas que não vão ao encontro das espectativas das famílias, contrastando com a
prática que se desenvolveu com o grupo experimental. Mais uma vez se reforça a ideia
de que a aquisição de conhecimentos especializados em enfermagem de saúde familiar
se reveste de clara importância quer para a prática clínica mas, fundamentalmente, para
as famílias.
Conclui-se que, só uma prática especializada, tendo como foco de cuidados a família,
procurando conhecê-la em todas as suas dimensões, se constituirá como uma mais valia,
evidenciando ganhos em saúde significativos.
• Quanto ao tempo de que dispôs para poder trabalhar com estas famílias
sabíamos que, provavelmente, seria, ou sempre se fica com essa perceção, curto;
essencialmente considera-se que teria sido mais profícuo uma aplicação quer da
escala FACES III quer do questionário mais alongada no tempo, porque poderia
possibilitar a perceção de outros aspetos;
• Sob o ponto de vista metodológico, relativamente ao questionário desenvolvido
pela equipa de investigação, poderia ter sido mais profícuo, identificar em que
fase do ciclo vital se encontrava cada família, bem como eventos traumáticos
pelos quais tenha passado ou esteja a passar, mantendo o objetivo de perceber o
apoio sentido ou percebido em relação ao seu enfermeiro de família, almejando
uma leitura da realidade familiar mais clara;
• Quanto à dimensão amostral, seria útil poder replicar o estudo numa amostra
mais alargada e que pudesse incluir diferentes áreas sociodemográficas do país.
97
Não obstante as limitações acima referidas, consideramos que o presente trabalho
contribui para uma visão diferenciadora da prática clínica do enfermeiro especialista em
saúde familiar, alicerçada num modelo experimentado e bem estudado, relacionando-o
com uma perspetiva teórica diferente, fora da área de saber da enfermagem mas
enriquecedora para o trabalho que a enfermagem de saúde familiar pretende
desenvolver com as famílias.
98
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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111
ANEXOS
ANEXO I
Tabela XIII - Consistência interna das dimensões do FACES III e respetivos itens, no 1º
momento de aplicação da escala (N = 26).
Consistência interna das dimensões do FACES III e respetivos itens, 1º momento da aplicação da escala (N = 26)
Em nossa casa pedimos ajuda uns aos outros (item 1) 0,910 0,945
Nós aprovamos a escolha de amigos dos diferentes elementos da nossa família (item 3) 0,619 0,954
As pessoas com quem mais gostamos de fazer coisas são os membros da nossa família mais próxima (item 5) 0,860 0,944
Sentimo-nos mais perto dos elementos da nossa família, do que aqueles que não o são (item 7) 0,783 0,947
A melhor forma de passarmos os tempos livres é uns com os outros (item 9) 0,865 0,943
Nós sentimo-nos muito próximos uns dos outros (item 11) 0,872 0,943
Quando a nossa família se junta para alguma atividade, todos participam (item 13) 0,870 0,943
Quando é necessário tomar uma decisão, temos o hábito de nos consultarmos uns aos outros (item 17) 0,896 0,942
Quando é preciso resolver problemas, negociamos uns com os outros (item 2) 0,875 0,925
Em casa, quando alteramos as regras de disciplina relativamente aos mais pequenos, estes são ouvidos (item 4) 0,835 0,927
Há diferentes pessoas na nossa família que têm “capacidade de chefia” (item 6) 0,825 0,927
Nós tentamos revolver os problemas de modos diferentes (item 10) 0,920 0,924
Lá em casa são os mais novos que tomam as decisões (item 12) 0,644 0,937
As responsabilidades da casa passam pelos vários membros da família (item 16) 0,876 0,925
É difícil identificar quem tem “capacidade de chefia na nossa família” (item 18) 0,799 0,929
É difícil identificar quem desempenha as funções domésticas (item 20) -0,004 0,954
ANEXO II
Tabela XIV - Consistência interna das dimensões do FACES III e respetivos itens, no 2º
momento de aplicação da escala (N = 26).
Consistência interna das dimensões do FACES e respetivos itens, 2º momento de aplicação da escala (N = 26
Em nossa casa pedimos ajuda uns aos outros (item 1) 0,748 0,918
Nós aprovamos a escolha de amigos dos diferentes elementos da nossa família (item 3) 0,557 0,928
As pessoas com quem mais gostamos de fazer coisas são os membros da nossa família mais próxima (item 5) 0,777 0,916
Sentimo-nos mais perto dos elementos da nossa família, do que aqueles que não o são (item 7) 0,783 0,916
A melhor forma de passarmos os tempos livres é uns com os outros (item 9) 0,850 0,911
Nós sentimo-nos muito próximos uns dos outros (item 11) 0,861 0,910
Quando a nossa família se junta para alguma atividade, todos participam (item 13) 0,857 0,912
Quando é necessário tomar uma decisão, temos o hábito de nos consultarmos uns aos outros (item 17) 0,911 0,907
Quando é preciso resolver problemas, negociamos uns com os outros (item 2) 0,817 0,914
Em casa, quando alteramos as regras de disciplina relativamente aos mais pequenos, estes são ouvidos (item 4) 0,720 0,921
Há diferentes pessoas na nossa família que têm “capacidade de chefia” (item 6) 0,863 0,911
Nós tentamos revolver os problemas de modos diferentes (item 10) 0,659 0,922
Lá em casa são os mais novos que tomam as decisões (item 12) 0,697 0,922
As responsabilidades da casa passam pelos vários membros da família (item 16) 0,842 0,913
É difícil identificar quem tem “capacidade de chefia na nossa família” (item 18) 0,805 0,915
É difícil identificar quem desempenha as funções domésticas (item 20) 0,253 0,941
ANEXO III
Tabela XV - Resultados obtidos pela aplicação do questionário desenvolvido pela equipa de investigação,
relativos ao grupo experimental, no 1º momento (N = 13), frequências absolutas.
Resultados obtidos pela aplicação do questionário desenvolvido pela equipa de investigação, relativos ao grupo experimental, no 1º momento (N = 13)
Quase Não se
Nunca Às vezes Sempre
sempre aplica
Aquando do início da constituição da nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, quando foi
2 4 1 0 6
preciso. (Q. 1)
Quando tivemos o nosso(a) primeiro(a) filho(a), sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 2) 2 3 1 0 7
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a creche, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 3) 2 2 1 0 8
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a escola primária, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 4) 1 2 1 0 9
Aquando da adolescência do(a) nosso(a) filho(a), sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para lidar com esta
1 1 0 1 10
fase. (Q. 5)
Na altura em que o nosso(a) filho(a) saiu de casa, sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 6) 0 1 0 1 11
Como casal de meia idade e sem filhos(as) a viver em casa neste momento, sentimos que podemos contar com o apoio do(a) nosso(a)
0 0 0 1 12
enfermeiro(a) de família (Q. 7)
Agora que estamos reformados, ou muito perto da reforma, sentimos que perante as dificuldades que vamos encontrando, o nosso(a)
1 3 1 3 8
enfermeiro(a) de família nos pode ajudar. (Q. 8)
Quando na nossa família tivemos uma doença grave, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassar as dificuldades
3 5 1 3 1
sentidas. (Q. 9)
Aquando da morte de um elemento na nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 10) 3 2 1 0 7
Quando pensámos em ter um(a) filho(a) contamos com o apoio do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para nos acompanhar nas
4 3 0 0 6
dificuldades e dúvidas que foram surgindo. (Q. 11)
Perante as dificuldades que fomos sentindo depois de ser pais, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família foi-nos ajudando a enfrentá-las.
3 3 0 0 7
(Q. 12)
Quando, na nossa família, sentimos dificuldade em comunicar uns com os outros, percebemos que o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de
5 4 2 1 1
família nos pode ajudar. (Q. 13)
Quando tivemos na nossa família um elemento doente, recebemos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família para
2 7 3 0 1
podermos ajudar esse elemento, quando nos surgiram dúvidas. (Q. 14)
Quando sentimos dificuldades na nossa relação de casal, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassá-las. (Q. 15) 6 1 1 0 5
Quando a nossa família passou por dificuldades económicas, o(a) nosso(a) enfermeiro (a) de família foi importante para nos ajudar a
1 1 0 0 11
procurar soluções. (Q. 16)
O(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos quando a nossa habitação precisava de alguns melhoramentos, por se encontrar
0 2 0 0 11
degradada ou em mau estado. (Q. 17)
ANEXO IV
Quase Não se
Nunca Às vezes Sempre
sempre aplica
Aquando do início da constituição da nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, quando foi
2 6 1 1 3
preciso. (Q. 1)
Quando tivemos o nosso(a) primeiro(a) filho(a), sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 2) 2 6 0 2 3
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a creche, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 3) 2 6 1 1 3
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a escola primária, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 4) 2 7 0 1 3
Aquando da adolescência do(a) nosso(a) filho(a), sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para lidar com esta
0 3 0 1 9
fase. (Q. 5)
Na altura em que o nosso(a) filho(a) saiu de casa, sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 6) 0 3 0 1 9
Como casal de meia idade e sem filhos(as) a viver em casa neste momento, sentimos que podemos contar com o apoio do(a) nosso(a)
0 2 0 1 10
enfermeiro(a) de família (Q. 7)
Agora que estamos reformados, ou muito perto da reforma, sentimos que perante as dificuldades que vamos encontrando, o nosso(a)
0 1 0 2 10
enfermeiro(a) de família nos pode ajudar. (Q. 8)
Quando na nossa família tivemos uma doença grave, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassar as dificuldades
0 6 1 2 4
sentidas. (Q. 9)
Aquando da morte de um elemento na nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 10) 2 1 2 0 8
Quando pensámos em ter um(a) filho(a) contamos com o apoio do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para nos acompanhar nas
2 7 1 1 2
dificuldades e dúvidas que foram surgindo. (Q. 11)
Perante as dificuldades que fomos sentindo depois de ser pais, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família foi-nos ajudando a enfrentá-las.
4 4 0 2 3
(Q. 12)
Quando, na nossa família, sentimos dificuldade em comunicar uns com os outros, percebemos que o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de
9 2 1 0 1
família nos pode ajudar. (Q. 13)
Quando tivemos na nossa família um elemento doente, recebemos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família para
0 7 3 1 2
podermos ajudar esse elemento, quando nos surgiram dúvidas. (Q. 14)
Quando sentimos dificuldades na nossa relação de casal, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassá-las. (Q. 15) 11 0 0 0 2
Quando a nossa família passou por dificuldades económicas, o(a) nosso(a) enfermeiro (a) de família foi importante para nos ajudar a
1 0 0 0 12
procurar soluções. (Q. 16)
O(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos quando a nossa habitação precisava de alguns melhoramentos, por se encontrar
0 0 0 0 13
degradada ou em mau estado. (Q. 17)
ANEXO V
Quase Não se
Nunca Às vezes Sempre
sempre aplica
Aquando do início da constituição da nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, quando foi
2 4 0 1 6
preciso. (Q. 1)
Quando tivemos o nosso(a) primeiro(a) filho(a), sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 2) 2 4 0 0 7
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a creche, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 3) 1 3 1 0 8
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a escola primária, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 4) 1 3 0 0 9
Aquando da adolescência do(a) nosso(a) filho(a), sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para lidar com esta
0 1 1 1 10
fase. (Q. 5)
Na altura em que o nosso(a) filho(a) saiu de casa, sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 6) 0 0 1 1 11
Como casal de meia idade e sem filhos(as) a viver em casa neste momento, sentimos que podemos contar com o apoio do(a) nosso(a)
0 0 0 1 12
enfermeiro(a) de família (Q. 7)
Agora que estamos reformados, ou muito perto da reforma, sentimos que perante as dificuldades que vamos encontrando, o nosso(a)
0 0 1 6 6
enfermeiro(a) de família nos pode ajudar. (Q. 8)
Quando na nossa família tivemos uma doença grave, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassar as dificuldades
0 1 3 7 2
sentidas. (Q. 9)
Aquando da morte de um elemento na nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 10) 0 2 1 1 9
Quando pensámos em ter um(a) filho(a) contamos com o apoio do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para nos acompanhar nas
3 3 1 0 6
dificuldades e dúvidas que foram surgindo. (Q. 11)
Perante as dificuldades que fomos sentindo depois de ser pais, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família foi-nos ajudando a enfrentá-las.
1 2 1 2 7
(Q. 12)
Quando, na nossa família, sentimos dificuldade em comunicar uns com os outros, percebemos que o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de
0 0 4 8 1
família nos pode ajudar. (Q. 13)
Quando tivemos na nossa família um elemento doente, recebemos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família para
0 0 4 7 2
podermos ajudar esse elemento, quando nos surgiram dúvidas. (Q. 14)
Quando sentimos dificuldades na nossa relação de casal, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassá-las. (Q. 15) 0 0 4 4 5
Quando a nossa família passou por dificuldades económicas, o(a) nosso(a) enfermeiro (a) de família foi importante para nos ajudar a
0 0 2 0 11
procurar soluções. (Q. 16)
O(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos quando a nossa habitação precisava de alguns melhoramentos, por se encontrar
0 0 1 1 11
degradada ou em mau estado. (Q. 17)
ANEXO VI
Quase Não se
Nunca Às vezes Sempre
sempre aplica
Aquando do início da constituição da nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, quando foi preciso.
2 6 1 1 3
(Q. 1)
Quando tivemos o nosso(a) primeiro(a) filho(a), sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 2) 2 6 0 2 3
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a creche, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 3) 2 6 1 1 3
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a escola primária, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 4) 2 7 0 1 3
Aquando da adolescência do(a) nosso(a) filho(a), sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para lidar com esta
1 1 0 2 9
fase. (Q. 5)
Na altura em que o nosso(a) filho(a) saiu de casa, sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 6) 0 3 0 1 9
Como casal de meia idade e sem filhos(as) a viver em casa neste momento, sentimos que podemos contar com o apoio do(a) nosso(a)
0 2 0 1 10
enfermeiro(a) de família (Q. 7)
Agora que estamos reformados, ou muito perto da reforma, sentimos que perante as dificuldades que vamos encontrando, o nosso(a)
0 1 0 2 10
enfermeiro(a) de família nos pode ajudar. (Q. 8)
Quando na nossa família tivemos uma doença grave, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassar as dificuldades
0 6 1 2 4
sentidas. (Q. 9)
Aquando da morte de um elemento na nossa família, sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família. (Q. 10) 2 3 1 0 7
Quando pensámos em ter um(a) filho(a) contamos com o apoio do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família, para nos acompanhar nas
2 7 1 1 2
dificuldades e dúvidas que foram surgindo. (Q. 11)
Perante as dificuldades que fomos sentindo depois de ser pais, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família foi-nos ajudando a enfrentá-las. (Q.
4 4 0 2 3
12)
Quando, na nossa família, sentimos dificuldade em comunicar uns com os outros, percebemos que o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família
8 3 1 0 1
nos pode ajudar. (Q. 13)
Quando tivemos na nossa família um elemento doente, recebemos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família para podermos
0 7 3 1 2
ajudar esse elemento, quando nos surgiram dúvidas. (Q. 14)
Quando sentimos dificuldades na nossa relação de casal, o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a ultrapassá-las. (Q. 15) 11 0 0 0 2
Quando a nossa família passou por dificuldades económicas, o(a) nosso(a) enfermeiro (a) de família foi importante para nos ajudar a
1 0 0 0 12
procurar soluções. (Q. 16)
O(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos quando a nossa habitação precisava de alguns melhoramentos, por se encontrar
0 1 1 0 11
degradada ou em mau estado. (Q. 17)
ANEXO VII
Propriedades 5-9 1
Vencimentos certos 14 - 17 3
Remunerações incertas 18 - 21 4
Assistência 22 - 25 5
Categoria – Instrução
Habitação com ótimas condições sanitárias e ambientes de grande luxo e com muito 5-9 1
espaço
Habitação com ótimas condições sanitárias e ambientes de luxo sem excesso e espaço 10 - 13 2
adequado
Habitação com boas condições sanitárias, espaço adequado, mas de menor dimensão 14 - 17 3
em relação às duas dimensões anteriores
Habitação com espaços amplos ou reduzidos e/ou com algumas condições sanitárias 18 - 21 4
deficitárias
22 - 25 V – Classe baixa
Por favor, leia com atenção a seguinte informação. Se achar que algo está incorreto ou
que não está claro, não hesite em solicitar mais informações. Se concorda com a
proposta que lhe foi feita, queira, por favor, assinar este documento.
_____________________________________
Declaro ter lido e compreendido este documento, bem como as informações verbais que
me foram fornecidas pela pessoa que acima assina. Foi-me garantida a possibilidade de,
em qualquer altura, recusar participar no estudo “O impacto do modelo de Calgary na
capacitação familiar: perspetiva da enfermagem de saúde familiar” sem qualquer tipo de
consequências. Desta forma, aceito participar neste estudo e permito a utilização dos
dados, que de forma voluntária forneço, confiando em que apenas serão utilizados para
fins científicos e publicações que deles decorram e nas garantias de confidencialidade e
anonimato que me são dadas pelo investigador.
Nome: _____________________________________________
Assinatura: __________________________________________
Data: _____/_____/________
O investigador, ______________________________________
FACES III
(Olson, Portner & Lavee, 1985)
Leia com atenção as seguintes questões. Decida, para cada uma delas, com que frequência o comportamento
descrito ocorre na sua família.
Numa escala de 1 (Quase nunca) a 5 (Quase sempre), assinale com um círculo um dos pontos: 1, 2, 3, 4, 5,
de cada uma das questões.
O investigador,
_______________________________
Questionário
Quase Não se
Questões Nunca Às vezes Sempre
sempre aplica
Aquando do início da constituição da minha família,
sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a)
de família, quando foi preciso.
Quando tivemos o nosso(a) primeiro(a) filho(a),
sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a)
de família, perante as dificuldades que sentimos com a
criança.
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a creche,
sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a)
de família.
Quando o(a) nosso(a) filho(a) foi para a escola primária,
sentimos apoio por parte do(a) nosso(a) enfermeiro(a)
de família.
Aquando da adolescência do(a) nosso(a) filho(a),
sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de
família, para lidar com esta fase.
Na altura em que o nosso(a) filho(a) saiu de casa,
sentimo-nos apoiados pelo(a) nosso(a) enfermeiro(a) de
família.
Como casal de meia idade e sem filhos(as) a viver em
casa neste momento, sentimos que podemos contar com
o apoio do(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família.
Agora que estamos reformados, ou muito perto da
reforma, sentimos que perante as dificuldades que
vamos encontrando, o nosso(a) enfermeiro(a) de família
nos pode ajudar.
Quando na nossa família tivemos uma doença grave,
o(a) nosso(a) enfermeiro(a) de família ajudou-nos a
ultrapassar as dificuldades sentidas.
Código do questionário_________
O investigador,
____________________________________
(Rui de Oliveira Pires Monteiro)