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JANAÍNA SANTANA

RAQUEL ALMEIDA
ROSEANE DA SILVA
SÍLVIA RODRIGUES

RECIFE/2019
JANAÍNA SANTANA
RAQUEL ALMEIDA
ROSEANE DA SILVA
SÍLVIA RODRIGUES

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA
HUMANIZAÇÃO DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Artigo apresentado ao Centro Universitário Brasileiro –


UNIBRA, como requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Enfermagem.

Professor(a) Orientador(a): Hugo Cristian de Oliveira Félix.

RECIFE/2019
JANAÍNA SANTANA
RAQUEL ALMEIDA
ROSEANE DA SILVA
SÍLVIA RODRIGUES

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA
HUMANIZAÇÃO DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Artigo aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel


em Enfermagem, pelo Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, por uma comissão
examinadora formada pelos seguintes professores:

______________________________________________________________
Prof.º Titulação Nome do Professor(a)
Professor(a) Orientador(a) Hugo Cristian de Oliveira Felix

______________________________________________________________
Professor(a) Examinador(a)

______________________________________________________________
Professor(a) Examinador(a)

Recife, _____ de _____________ de 2019.

NOTA: ___________
Dedicamos esse trabalho primeiramente à Deus, nossos pais, esposos, irmãos,
filhos e avó que foi nossa maior força nos momentos difíceis.
AGRADECIMENTOS

Agradeço à DEUS, que me deu força e coragem para vencer todos os obstáculos e
dificuldades enfrentadas durante o curso, que me socorreu espiritualmente, dando-
me serenidade e forças para continuar.
Em especial ao meu Esposo que me, ajudou e encorajou em todos os momentos
difíceis, a meus pais que me ensinaram o que acredito que seja o mais importante
na vida, que é respeitar o outro independente de qualquer coisa.
Meus filhos amados que sempre me fazem sentir viva e pronta para lutar a cada dia
mais. A minhas irmãs e Avó que sempre foi mais que um apoio.
Aos Amigos do início, do meio e do fim da faculdade, pela troca de vida que
construímos durante essa trajetória em particular aqueles que estavam sempre ao
meu lado, por todos os momentos que passamos durante esses cinco anos. Sem
vocês essa caminhada não teria sido tão divertida e importante para minha história
de vida... guardarei cada um de vocês para sempre comigo.
À minha orientador Hugo Felix por cada dedicação empregados no auxílio à
realização desse trabalho. A todos os professores que tive a honra de conhecer, em
especial as professoras (Geovanna Lima, Anielle Maria e Camilla Aquino). Que tive
o prazer de conhecer e aprender com seus conhecimentos, conseguindo crescer na
minha formação acadêmica. Foi com certeza um dia a mais de crescimento como
pessoa, como profissional e como sujeito preocupado em cuidar do outro.
Aos meus familiares que torcem por mim, guardo respeitosamente na memória a
história de cada um de ter conseguido afetar com seus intensivo.
Frase

“Deus fez você para que você pudesse valer à pena!


Opte por aquilo que te constrói.
Diga, eu nasci para celebrar a vitória!
(Padre Fábio de Melo)
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 07
2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO............................................................... 08
3 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 08
3.1 Envelhecimento.
Senso demográfico. 08
PIB.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 08
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 14
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 15
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HUMANIZAÇÃO DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Janaína Santana de Almeida


Raquel Almeida Ferreira
Roseane da Silva Benicio
Sílvia Rodrigues Freitas de Lucena
Hugo Felix

Resumo: A humanização na saúde caracteriza-se pela consolidação dos princípios


do SUS sendo as práticas de assistência, políticas, estratégias e ações
governamentais formalizadas para a saúde do idoso, visto que, embora o tema
Humanização se faça presente em várias discussões e que, inclusive, tornou-se
diretriz da Política Nacional de Humanização, esses pacientes enfrentam, ainda,
vários obstáculos para assegurar alguma assistência à saúde. À desinformação e ao
desrespeito aos cidadãos da terceira idade somam-se a precariedade de
investimentos públicos para atendimento às necessidades específicas dessa
população, a falta de instalações adequadas, a carência de programas específicos e
de recursos humanos. OBJETIVO: Buscamos descrever e evidenciar a importância
da humanização pelos profissionais de saúde, em relação à pessoa idosa.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter dissertativo e
explicativo, desenvolvidos partir de materiais já elaborados, como dissertações, tese
e artigos científicos. A base de dados realizadas nas buscas de dados bibliográficas,
como Biblioteca Virtual em Saúde, Google Acadêmico, Scielo. Foram selecionados
artigos entre 2016 e 2018. RESULTADOS: Acredita-se que existam cerca de 30,2
milhões de idosos no Brasil, e que esse número sofra um considerável incremento,
nas próximas décadas. Para o idoso, a assistência não humanizada resulta em
comorbidades, normalmente crônicas, despesas e idas frequentes aos serviços de
saúde. Embora existam impedimentos, com assistência humanizada os idosos
podem aumentar as chances de ter uma vida normal. CONCLUSÃO: Através do
presente trabalho, concluiu-se que a Humanização e o acolhimento passaram a ser
vistos com zelo e cuidado pelos profissionais da saúde e usuários, principalmente
em relação aos idosos, devido às condições especiais, e às necessidades de
atendimento adequado para uma melhor qualidade de vida. São muitos os desafios
impostos às pessoas idosas na busca de uma velhice melhor, apesar disso, esses
desafios precisam ser enfrentados, para isso é preciso a busca de cuidados
específicos, adequados e apropriados diante das necessidades dos idosos.

Palavras-chave: Humanização da assistência, Políticas públicas, Saúde do idoso.


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1 INTRODUÇÃO

A Humanização na Saúde caracteriza-se pela firmação dos princípios do


SUS no cotidiano dos serviços. A Política Nacional de Humanização da pessoa
idosa indica que o acolhimento permaneça embutido nas ações de atenção e de
gestão e que congregue os que compartilham a evolução da saúde. (FREITAS,
2017).
O modo de atuar da Política Nacional de Humanização (PNH) dá-se pela
facilidade de interagir, utilizando técnica, instrumentos e maneiras de operar. Em
meio a essas estratégias, se promove o “Acolhimento”, que se caracteriza como
uma forma de operar os métodos de trabalho em saúde de maneira que dê atenção
aos que buscam a saúde, atendendo suas necessidades e firmando compromissos
no trabalho, assumindo uma conduta acolhedora, que ouça o usuário e os forneça
as respostas mais apropriadas. (FREITAS, 2017).

Conforme a PNH, a humanização e o acolhimento estimula a troca de


conhecimentos (abrangendo pacientes e familiares), conversa entre os profissionais
e formas de trabalho em equipe, considerando a vulnerabilidade da sociedade, os
anseios e os objetivos dos diversos atores relacionados à saúde, que constituem a
política em atitudes visíveis e verdadeiras. Essas ações políticas garantem a
competência de modificar e reforçar direitos, forma novos sentidos, depositando,
assim, a importância e a atitude de se estar sempre evoluindo e expandindo os
espaços da troca. (CARVALHO, 2017).

Na Atenção Básica o acolhimento é compreendido como uma forma reforçada


para receber a cobrança de acesso, proporcionar aproximação entre grupo da
Atenção Básica e população, profissional e usuário, indagar o método de trabalho,
desenvolver atenção integral e transformar a clínica. idoso tem o direito de
atendimento especial, e este é apenas uma maneira de prevenir e promover a saúde
do idoso ainda na atenção básica, este proporciona um tratamento adequado ao
idoso, ao cuidador e ao familiar, tudo isso resulta na humanização da assistência.
(CARVALHO, 2017).

A humanização deve acontecer nas unidades de atenção básica, nas


unidades de permanência, nos hospitais públicos e privados, não deve haver a
discriminação ou a falta de cuidado adequado com os pacientes. (SILVA, 2018).
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Para oferecer um tratamento é necessário que o enfermeiro conheça as


necessidades e limitações de cada paciente, estabelecendo um vínculo de confiança
e amizade com o idoso.

A enfermagem geralmente é o principal responsável por promover uma


assistência de qualidade e de satisfação no atendimento, ele deve utilizar suas
habilidades e conhecimento para atender esse público que a cada aumenta e
necessita de um atendimento humanizado, pois o envelhecimento provoca no idoso
a descriminação de si mesmo, então este usuário quando é bem recebido nas
unidades de saúde pelo profissional, ele começa a ter confiança e acredita que esse
ambiente acolhedor, possa de alguma forma amenizar seu sofrimento e a dor em um
processo de escuta e diálogo, na atenção e no respeito mútuo. (SILVA; BORGES,
2017).

A incapacidade física é o problema que mais afeta essa faixa etária, sendo
sua principal causa as doenças crônicas, interferindo diretamente na realização de
suas atividades de vida diária, são muito comuns as demências, os acidentes
vasculares cerebrais, as coronariopatias, o Diabetes Mellitus e inúmeras outras
patologias crônico-degenerativas, que são causas de dependência física ou
psíquica, que na maioria dos casos é quase sempre definitiva. (RODRIGUES, 2018).

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), tem o papel de


recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos idosos, por meios
de atividades que visam a promoção e a prevenção da saúde, inclusive as diretrizes
estabelecidas por ela são: promoção do envelhecimento ativo e saudável, atenção
integral à saúde, ações multidisciplinares em prol da saúde da pessoa idosa,
garantia da qualidade da assistência, apoio ao desenvolvimento de pesquisas,
formação e capacitação de profissionais sobre o envelhecimento. (BRASIL, 2017).

A Forma que o estado utiliza para garantir a qualidade na assistência de


saúde prestada ao cidadão é por meio de políticas públicas, estão o governador
criou aa política Nacional de Saúde do Idoso (Portaria n°1.395, de dezembro de
1999), primeira política brasileira relacionada à saúde da pessoa idosa, foi revogada
pela Portaria MS/GM n°2.528, de 20 de outubro de 2006, que instituiu a Política
Nacional de Saúde da pessoa idosa ( PNSPI), que tem por objetivo permitir um
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envelhecimento saudável, o que significa preservar a sua capacidade funcional, sua


autonomia e manter o nível de qualidade de vida. (BRASIL, 2017).

A Humanização é uma preocupação dos profissionais de saúde e usuários,


principalmente em relação aos idosos, devido às Condições especiais que esses
pacientes apresentam, e também pelo fato do Brasil apresentar um grande
quantitativo de idosos, para se ter uma ideia em 2010 os idosos representavam
10,8% do total da população, aproximadamente 79,6 milhões. (BRASIL, 2018).

O presente estudo justifica-se pela necessidade de conhecer e analisar as


prioridades da pessoa idosa, entre outras ela é esquecida e não tem atenção
necessária. O grande desafio da enfermagem quando se trata de humanização e
saúde do idoso é inseri-lo no processo de promoção à saúde, fazendo com que ele
entenda e tenha acesso a informações sobre as políticas em relação a eles de forma
clara e objetiva. (BRASIL, 2018).

Esta pesquisa tem como objetivo, descrever e evidenciar a importância da


humanização pelos profissionais de saúde, em relação à pessoa idosa, que por sua
vez precisa de uma atenção maior por parte do estado, basicamente por conta de
sua capacidade mórbida.

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter dissertativo e explicativo,


desenvolvidos partir de materiais já elaborados, como dissertações, tese e artigos
científicos. A base de dados realizadas nas buscas de dados bibliográficas, como
Biblioteca Virtual em Saúde, Google Acadêmico, Scielo, IBGE. Foram incluídos
Todos os artigos entre 2016 e 2018, de acordo com o tema proposto, Humanização
da saúde da pessoa idosa. Foram excluídos todos os artigos que não se
relacionaram com o tema proposto. Palavras-chave, Humanização da assistência,
Políticas Públicas, Saúde do Idoso.

3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Humanização da saúde da pessoa idosa.

Sob o alcance do processo de humanizar, a integralidade na assistência à


saúde torna-se mais ampliada, não somente como melhorias entre a prevenção e a
cura, entre projetos personalizados ou da coletividade, mas como a associação de
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valores e prioridades, tornando o profissional responsável pela pessoa acolhida e


promovendo dedicação assistencial por pacientes, superando as adversidades do
sistema, garantindo o estabilização física e emocional da pessoa idosa. (BRASIL,
2018).

A velhice é um processo natural, inevitável e irreversível, ocorre através de


fenômenos biológicos com consequências psicológicas, sobrevindo a diminuição da
capacidade funcional, afetando o equilíbrio do organismo humano. Essa diminuição
das funções tende a aumentar com o tempo, pois as alterações modificam a
estrutura do tornando o idoso vulnerável às doenças e incapacidade física. (NUNES,
2017).

Ao envelhecer os idosos estão propensos a uma situação de isolamento, de


dependência e incapacidade, isso se caracteriza pelas mudanças do decorrer da
vida, filhos que saem de casa, a temida aposentadoria que faz perder a atividade
profissional, esta situação é vista como inaceitável, pensam ser inválidos, tem
sentimento de perda, desprezo e abandono, são atitudes negativas que influencia na
saúde e bem-estar do Idoso. (CARDOSO; RICARDINO, 2018).

Apesar das muitas conquistas pelo SUS e pelas demais leis que garantem o
direito a saúde, o país enfrenta algumas dificuldades de efetivação e implementação
do serviço de qualidade, o que afeta principalmente o idoso, principalmente a
burocracia, a precariedade de investimentos públicos na qualificação dos
profissionais, em especial no que diz respeito às necessidades específicas da
população idosa, a falta de instalações adequadas, a carência de programas
específicos e de recursos humanos inclusos na gestão participativa. (RANZI, 2018).

Diante de tantas dificuldades a humanização tornou-se uma alternativa para a


realização do serviço de qualidade na atenção à saúde, sua efetivação resulta em
benefícios incomensuráveis no que diz respeito a garantia de melhor atendimento à
população. Acredita-se que através de uma assistência humanizada e personalizada
pela equipe de saúde, principalmente a equipe de enfermagem que convive mais
com os pacientes, garante um equilíbrio físico e emocional do paciente idoso.
(RANZI, 2018).

O processo de envelhecimento da população brasileira vem ocorrendo em um


ritmo bem acelerado nos últimos anos. O aumento demográfico da proporção de
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pessoas com 60 anos ou mais é uma tendência mundial que se justifica pela
redução das taxas de fecundidade e mortalidade e aumento da expectativa de vida.
(SILVA, BORGES; 2017).

Devido à idade avançada existe um declínio na capacidade funcional, onde o


idoso é incapaz de realizar suas atividades básicas da vida diária, pois também e
acometido de uma fragilidade que é associada às doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT), são elas: diabetes mellitus, hipertensão, câncer e
ascardiovasculares. (FLECH, 2017).

O Brasil apesar de ter por mandato constitucional um sistema público de saúde


de acesso universal, apresenta o gasto privado em saúde superior ao gasto público.
Países com sistemas de saúde similares, ou seja, universais e públicos, gastam, em
média, 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Para agravar tal situação, no Brasil, foram
adotadas as políticas de austeridade fiscal. Dentre as ações mais recentes adotadas
para a limitação de despesas, destaca-se a Emenda constitucional n°95, de 2016,
criando o Regime Fiscal, que estipulou um teto para a despesa primária da União e
o congelamento do gasto com saúde em valores reais de 2016, por 20 anos. Tal
medida reduziria o valor do PIB, do governo federal, destinado à saúde, à medida
que a economia cresceu, bem como diminuiria o gasto per capita, desconsiderando
que a população de idosos no Brasil dobrará nesse mesmo período. (BRASIL, 2018)

Segundo Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2018, a população de


idosos no País saltou 19,5% de 25,4 milhões para mais de 30,2 milhões de pessoas.
No mesmo período, o número de homens e mulheres com 60 anos ou mais nos
albergues públicos cresceu 33%, de 34,8 mil para 60,8 mil. (IBGE, 2018).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (2017), são consideradas idosos,


pessoas acima de 60 anos, no Brasil existe estimativa de 28 milhões de idosos,
podendo chegar a 30,2 milhões em 2020, representando o total de 13% da
população brasileira. Com este crescimento os serviços de saúde sofreram um
grande impacto, pois teve um aumento na procura por atendimento causando,
surpresa nas políticas de saúde que não estavam preparadas para atender as
necessidades da pessoa idosa, sendo que as mesmas precisam de cuidados
especiais e um acompanhamento diferenciado devido a fragilidade de sua saúde.
(BALDONI, PEREIRA, 2016).
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Diabetes mellitus é uma doença determinada pela interação entre múltiplos


fatore, Idosos com história familiar da doença têm maior risco de desenvolvê-la à
medida que envelhecem. A doença diabetes mellitus exige uma assistência
qualificada quanto ao diagnóstico precoce, tratamento adequado, prevenção de
complicações e promoção de qualidade de vida. Essa assistência prestada ao idoso
cabe aos profissionais da saúde, e principalmente ao enfermeiro que tem maior
contato através das Unidades Básicas de Saúde. (BRASIL, 2018).

O idoso com câncer tem o direito de receber um cuidado humanizado,


individualizado e integral, o qual atenda às suas necessidades como um todo e
respeite as peculiaridades da sua faixa etária, objetivando, assim, proporcionar uma
melhor qualidade de vida e amenizar o sofrimento e a dor, muitas vezes presentes
ao se enfrentar uma doença oncológica. (VIANNA, 2016).

O idoso apresenta uma debilidade física que atrapalha a sua vida para
exercer atividades, a fraqueza, falta de apetite, desânimo, fadiga, quedas, perda de
peso, movimentos lentos e em consequência disso leva ao aumento da dependência
de algum familiar, onde ele começa a dar sinais de depressão pois, pensa ser inútil.
(FLECH, 2017).

O idoso precisa estar integrado, recebendo toda assistência social, econômica,


de saúde, a fim de que possa viver com dignidade, qualidade de vida, apesar das
suas limitações e das mudanças processadas devido ao processo de
envelhecimento. Nos últimos anos a população idosa vem aumentando de forma
acelerada, a expectativa de vida do brasileiro que antes vivia 40 anos em meados de
1960, em 2012, esta expectativa acendeu para 70 anos. (FARINATTI, 2017).

A humanização na saúde caracteriza-se pela firmação dos princípios do SUS


no cotidiano dos serviços. A Política Nacional de Humanização da pessoa idosa
indica que o acolhimento permaneça embutido nas ações de atenção e de gestão e
que congregue os que compartilham a evolução da saúde. (SANTOS, 2017).

Evidencia-se na pratica escassez de recursos humanos especializados para


cumprir as diretrizes essenciais como à promoção do envelhecimento saudável e a
manutenção da capacidade funcional. Ainda encontramos idosos em longas filas de
espera para agendamento de consulta médica especializada, bem como para
exames e internação hospitalar. ( ARAÚJO; BRITO; BARBOSA, 2016).
14

Segundo relato da mídia, a sociedade tem o dever de proteger seus idosos e


compõe o Artigo 102, do Estatuto do Idoso, onde configura crime a apropriação
indevida de qualquer bem da pessoa idosa. A pena para o violador vai 1 a 4 anos
de reclusão e multa. Apesar de caracterizar delito, violações como estas têm sido
recebidas com mais frequência pelo Centro Integrado de Atenção e Prevenção à
Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), programa vinculado à Secretaria de
Justiça e Direitos Humanos (SJDH). (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 2019).

De acordo com o último levantamento do Centro, de janeiro a agosto deste


ano, foram quantificadas 447 vítimas de violação financeira. Em comparação ao
mesmo período de 2018, quando foram registradas 133 denúncias, o aumento
chega aos 236%. Dentre as maiores vítimas estão as mulheres, acumulando mais
de 2/3 das queixas. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 2019).

Formado por uma equipe multidisciplinar, o CIAPPI atua com atendimento


especializado, escuta qualificada e humanizada, serviço de orientação psicossocial e
jurídica. Também realiza encaminhamentos dos casos de violência, maus-tratos e
abandono à rede integrada de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa;
acompanhamento e visitas periódicas a instituições filantrópicas, públicas e
privadas. (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 2019).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Acredita-se que existam cerca de 30,2 milhões de idosos no Brasil, e que esse
número sofra um considerável incremento, nas próximas décadas. Para o idoso, a
assistência não humanizada resulta em comorbidades, normalmente crônicas,
despesas e idas frequentes aos serviços de saúde. Embora existam impedimentos,
com assistência humanizada os idosos podem aumentar as chances de ter uma vida
normal.

Quadro 2 – Caracterização dos artigos em análise. Recife, Pernambuco, 2019


Autor/ Ano Título Objetivo Síntese/
de Considerações
publicação
BALDONI; O significado da Compreender que Conclui-se que a
PEREIRA, velhice e da os princípios da humanização e dado
15

2016 experiência de Política Nacional de para confirmação dos


envelhecer para Humanização e primários do SUS no
os idosos. promover o cotidiano das tarefas.
acolhimento dos Esses princípios
pacientes. Fazendo refletem em ações de
com que o serviço acolhimento atenção e
do SUS, seja gestão hospitalar dada
eficiente e aos pacientes. A
humanitário. política de humanização
é vertida pela facilidade
de interagir com
paciente, utilizando
técnica, instrumentos e
maneiras de operar. Em
meio a esse processo,
de ver- se fazer o
acolhimento para
atender as
necessidades do
paciente e dar-lhe uma
assistência humanitária.
BRASIL 2018. A interação do Compreender que o Concluiu que segundo a
Idoso à prática de acolhimento traga PNH o acolhimento tem
saúde. novos estímulos de como efeito positivo a
trabalho ao aproximação do
profissional de profissional de saúde
enfermagem ao paciente, por meio
aproximando ao de contato e trocas de
paciente. experiências. Essas
ações formaram novos
sentidos e garantir os
direitos dos pacientes.
CARDOSO, Humanização na Biscamos ressaltar A debilidade do
RICARDINI, saúde, atenção a importância na paciente idoso é
16

2018 primária. comunicação principal causa de


estabelecida entre doenças crônicas que
enfermeiro, prejudicam as
pacientes e atividades do cotidiano.
familiares,
interferindo
diretamente na
realização de suas
atividades.

BRASIL, 2018 Estratégias para o Garantir a A ação multidisciplinar


cuidado da pessoa estabilidade física dos profissionais
com doença da pessoa idosa. garante a melhoria dos
crônica. Tornar mais serviços técnicos,
ampliada a formam valores e novas
assistência à saúde prioridades, tornando o
para prevenção e profissional responsável
cura. pela melhoria do
cliente, dedicando-se
ao máximo para sua
assistência tendo como
físicas e
emocionalmente.
NUNES, 2016 Enfermagem em Informar sobre o Conclui que a velhice é
geriatria e processo da velhice um processo natural
gerontologia. e como ela afeta a que ocorre por
saúde do idoso. processo biológico
causando a diminuição
da capacidade funcional
afetando o corpo do ser
humano. Com o passar
dos anos diminui-se as
funções tornando o
idoso vulnerável às
17

doenças e incapacidade
física.
CARDOSO; O enfermeiro e a Buscar ao Conclui que ao passar
RICARDINO, percepção da conhecimento da do tempo, a perda de
2018. qualidade de vida sociedade sobre os atividade de rotina e o
aos idosos. maléficos da falta de isolamento fazem com
inclusão na que o idoso senta-se
sociedade cada vez mais incapaz
contribuem para e solitário gerando
formação de insatisfação, tristeza,
doenças crônicas e angústia prejudicando
psiquicas. sua saúde emocional.
SILVA, Humanização da Informar o aumento Conclui-se que a
BORGES, assistência de demográfico de redução da taxa de
2017. enfermagem ao população idosa, a fecundidade é
idoso em uma partir dos 60 anos mortalidade junto com o
unidade de saúde ou mais. aumento da expectativa
da família. de vida, faz com que a
população de 60 anos
ou mais cresça no ritmo
abundante,
aumentando cada vez
mais o número de
idosos na sociedade
mundial.
FLECH, 2017. Pacientes idosos e Elaborar que o idoso Conclui-se que a família
seus cuidadores: ser visto de realizar contribui que o idoso
Um estudo atividades básicas continua a realizar suas
específico sobre da vida, começa o atividades diárias para
alta hospitalar. processo de que ocupe sua mente e
aparecer doenças exercite seu corpo.
crônicas.
BALDONI; O impacto do Buscar a melhoria Conclui-se que a
PEREIRA, envelhecimento do sistema de saúde população de pessoa
18

2016. populacional para pois o mesmo não idosa só faz crescer e


o sistema de está preparado para que com isso o serviço
saúde. receber a de saúde pública esta
quantidade de sem estrutura nenhuma
pessoa idosa que para atender essa
necessidade de população.
cuidado especial.
SANTOS,, Programa nacional Analizar a fase que Observou-se o
2018. para a saúde das o acolhimento crescimento da
pessoas idosas. tragam: só melhoria utilização de
na parte instrumentos
Técnica mas cuide autoaplicáveis,
do ser humano justificada pela
como todo. Nos possibilidade de o
aspectos físico, paciente relatar, sob
psíquico emocional. sua perspectiva, o que,
de fato, lhe acontece e
o que sente. Porém, a
impossibilidade de o
paciente responder o
instrumento, em
decorrência da
evolução de suas
condições clínicas.
l

SILVA, Envelhecimento, Realizar oa principal Conclui que a Diabetes


BORGES, promoção da objetivo é Mellitus é uma doença
2017. saúde e assistência é uma doença de
exercícios. adequadas para fatores em idosos que
prevenir doenças tem histórico familiar ela
crônicas; como tem maior risco de
Diabetes Mellitus. evoluir de acordo a
idade que exige uma
19

assistência adequada.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do presente trabalho, concluiu-se que a Humanização e o acolhimento


passaram a ser vistos com zelo e cuidado pelos profissionais da saúde e usuários,
principalmente em relação aos idosos, devido às condições especiais, e às
necessidades de atendimento adequado para uma melhor qualidade de vida. São
muitos os desafios impostos às pessoas idosas na busca de uma velhice melhor,
apesar disso, esses desafios precisam ser enfrentados, para isso é preciso a busca
de cuidados específicos, adequados e apropriados diante das necessidades dos
idosos.
Humanizar a assistência é uma preocupação constante da Enfermagem, pois
este profissional tem o papel fundamental nesse processo, não porque ela que
acompanha mais aproximadamente os usuários dos serviços de saúde, mas porque
são os que mais tem discutido profundamente essa questão, é o enfermeiro que tem
resgatado em sua prática profissional a humanização como aspecto fundamental do
seu trabalho, é ele que tem produzido conhecimento acerca do tema, trazendo-o ao
debate, o mesmo é que tem questionado e revisado suas próprias condutas,
fazendo enfrentamentos importantes tendo como fundamentos a defesa da vida.
Para humanizar o atendimento ao idoso é necessário utilizar recursos e
instrumentos como forma de auxílio, e a comunicação é uma das ferramentas de
maior importância na humanização. O ato de cuidar, é cada vez mais conseguido
em todos os envolventes no processo da prestação de cuidados de saúde aos
idosos, tanto do prestador de serviços como do próprio receptor. Todo o processo de
prestação de cuidados é um processo complexo que se caracteriza por inúmeras
alterações no diz respeito às necessidades físicas e sentimentais, que da família
quer do idoso, por isso é necessária uma avaliação complexa das necessidades
humanas básicas do idoso, assim podendo a equipe de saúde implantar a
humanização no seu processo de cuidar.

REFERÊNCIAS
20

BALDONI, A.O; PEREIRA, L. R. L. O impacto do envelhecimento populacional


para o sistema de saúde. Revista Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional para a Saúde das Pessoas


Idosas. Brasília; 2018.

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<http://portalarquivos,saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/20/cadrno-.

BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa


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BRITO. demográfica e desigualdades sociais no Brasil. São Paulo: R. bras.


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BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições


para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências 2018.
Diário Oficial da União. 19 Set 2018.

CARVALHO. A interação do idoso à prática de saúde. Tratado de gerontologia e


geriatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017.

FARINATTI, P. T. V. Envelhecimento, Promoção da Saúde e Exercícios: bases


teóricas e metodológicas. 2017.

FLECH, L. D. Pacientes idosos e seus cuidadores: Um estudo especifico sobre


alta hospitalar. Escola Nacional de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2017

FREITAS MC, Sousa. O significado da velhice e da experiência de envelhecer


para os idosos. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2017.

NUNES, M. I. Enfermagem em geriatria e gerontologia. Texto e Contexto


Enfermagem, Florianópolis. 2016.

PEREIRA LRL. Estudos de utilização de medicamentos em idosos atendidos


pelo Sistema Único de Saúde. Ribeirão Preto: Faculdade de Ciências
Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2017.
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