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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE

XX Curso de Licenciatura em Enfermagem

Ano Letivo 2022/2023

Relatório Crítico de Atividades


Ensino Clínico – Cuidados de Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica

Discente: Luís Paulo C. Torres, nº21261,4ºA.

Viana do Castelo, 20 de janeiro de 2023


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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE

XX Curso de Licenciatura em Enfermagem

Hospital Santa Maria Maior, Barcelos

Urgência e Emergência

Relatório Crítico de Atividades


Ensino Clínico – Cuidados de Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica

Regente/Gestor Pedagógico - ESS: Professora Salete Calvinho;

Enfermeiras Tutoras: Enfª Fernanda Coutinho

Enfº Fernando Oliveira

Discente:

Luís Paulo Carreira Torres

Número: 21261

Viana do Castelo, 20 de janeiro de 2023


“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção

tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou

escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao

tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-

ia dizer, a mais bela das artes!”

Florence Nightingale.
AGRADECIMENTOS

Após uma reflexão, percebo que após 4 anos, não me arrependo em momento algum,
esta escolha de com 30 anos, escolher o mundo da enfermagem como área de estudo e
dedicar-me a esta arte, a arte do cuidar.

Não existem palavras certas, alem de gratidão, a todos profissionais que no decorrer
destes 4 anos e que me facultaram o conhecimento, para ser uma pessoa melhor e ter um
basto leque de aprendizagens.

Agradeço a toda equipa docente e não docente da escola por todo apoio, e a professora
Salete Calvinho pelo apoio e palavras que me levavam a refletir no que é ser enfermeiro
e na forma de ver o mundo como um mundo melhor.

Um enorme obrigado a enfermeira Chefe, enfermeira conceição e aos enfermeiros


tutores, Paula Coutinho e Fernando Oliveira.

Um especial obrigado a todos os Enfermeiros do serviço de urgência, pelo apoio e ajuda


que demonstraram do inicio ao fim.

Aos meus colegas, estudantes de enfermagem, deixo um abraço apertado, pelo trabalho
em equipa que realizamos.

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Índice
SIGLAS........................................................................................................................................5

INTRODUÇÃO............................................................................................................................6

1. REFLEXÃO CRÍTICA DA PRÁTICA DE CUIDADOS.....................................................7

1.1. COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INTERPESSOAIS................................................10

1.2. Processo de Cuidados..................................................................................................11

1.3. Ética e Responsabilidade na Prática dos Cuidados......................................................12

2. Reflexão sobre o plano de ação...........................................................................................12

CONCLUSÃO............................................................................................................................14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................................16

APÊNDICES..............................................................................................................................17

Apêndice 2: Plano de Ação.....................................................................................................17

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SIGLAS

EC – Ensino Clínico
RCA – Relatório Crítico de Atividades
PA – Plano de Ação
HCE – História Clínica de Enfermagem

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INTRODUÇÃO

O presente relatório crítico surge no âmbito do Ensino Clínico de Cuidados de


Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica, integrado no plano de estudos do XXI Curso
de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico
de Viana do Castelo.

Este Ensino Clínico (EC), com duração de sete semanas, início a dia 21 de
novembro de 2022, terminando a dia 20 de janeiro de 2020, realizado na Unidade
hospitalar Santa Maria Maior, Barcelos, sob orientação/Gestão da Professora Salete
Calvinho e dos tutores Enfermeiro Fernando Oliveira e Enfermeira Fernanda Coutinho.

Este documento, que se dedica a minha reflexão após o EC, tem uma função
importante para o desenvolvimento de um pensamento critico das minhas ações, tal
como uma reflecção de como poderei melhorar no meu futuro. Uma Reflexão Crítica,
pelos autores diz-nos que é uma estratégia que é fundamental para os alunos, para sua
evolução quanto futuro profissional, um meio de aperfeiçoar técnicas e competências.
Sendo que a reflexão critica deve ser “(...) uma ação da mente, através da qual obtemos
uma visão mais lúcida da nossa relação com as coisas passadas, ficando assim mais
preparados para evitar os perigos que não voltaremos a encontrar.” (Bierce, 2006, p.
77).

Este Ensino Clínico, Cuidados de Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica tem


como principais objetivos: desenvolver as competências no âmbito da comunicação e
relações interpessoais, melhorar os processos de cuidados dos utentes, aperfeiçoar o
pensamento critico que me permita tomar decisões ajustadas e adequadas, respeitando a
ética e responsabilidade na prática de cuidados ao doente ao desenvolvimento de
habilidades instrumentais e mais competências relacionadas com a prática de
enfermagem. Este EC vai trouxe-me novas aprendizagens e permitiu-me adquirir e
desenvolver novas capacidades no que diz respeito ao ato de cuidados gerais e
específicos à pessoa que se encontre em situação crítica, um cuidado individual e
holístico, no decorrer do seu internamento.

Este relatório crítico de atividades, é constituído pela reflexão da minha prestação de


cuidados ao longo do ensino clínico e reflexão direcionada ao meu plano de ação. Por
fim, este relatório reflete um pouco as minhas experiências vivenciadas ao longo do EC.

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1. REFLEXÃO CRÍTICA DA PRÁTICA DE CUIDADOS

No primeiro dia, foi a reunião escolar, dirigida pela Professora Salete Calvinho
regente da Unidade Curricular – Ensino Clínico Cuidados de Enfermagem à Pessoa em
Situação Crítica, estando presentes alguns dos gestores pedagógicos dos diferentes
grupos, bem como os estudantes que iriam iniciar o EC em questão. Nesta mesma
reunião, fomos esclarecidos sobre o funcionamento geral do EC, qual a sua finalidade,
competências e resultados esperados. Este momento, acerca do contexto prático do EC
foi fundamental, para nos organizarmos e diminuir a ansiedade inerente a este novo
momento de transição, permitindo uma melhor integração ao mesmo

No dia 22 de novembro fomos recebidos pela Enfermeira Responsável Maria da


Conceição Sousa no serviço, que nos explicou o funcionamento geral da Urgência do
Hospital de Barcelos, deixando-nos claro o que esperava de nós enquanto estudantes.

Os primeiros dias do EC, foram mais em observação e observação participada,


tentar perceber o contexto e funcionamento. Conhecer as diferentes áreas do serviço de
urgência, que eram algumas, sendo estas, área dos respiratórios, clínica geral, triagem
de Manchéster, cirurgia/ortopedia, medicina e OBS. Desta forma, fui tentando perceber
as dinâmicas do serviço, o tipo de organização, gestão do tempo e a o o trabalho da
equipa de profissionais e tipo de utentes mais frequentes. Estes primeiros dias foram-me
importantes e para tomada de decisão em relação ao plano de ação, através da
observação e participação e como disse Nightingale: “A mais importante lição prática
que pode ser dada aos enfermeiros é ensiná-los a observar” (Tomey & Alligood, 2004,
p. 81).

Como referido anteriormente, nesta mesma semana, desenvolvi o meu Plano de


Ação. Este, importante para o desenvolvimento o sentido autocritico e reflexivo, que
com apoio da Tutora Enfª Fernanda, escolhi algumas áreas. Inicialmente tinha 3 áreas
de ação, mas apoas reunião com a tutora e gestora, me fizeram refletir melhor do que
me era esperado, alterando para duas áreas de ação e poder usar este plano como
ferramenta no meu progresso de aprendizagem deste EC.

Nas seguintes semanas, comecei a participar mais, embora, sob orientação dos
enfermeiros, inicialmente com algum receio por desconhecer algumas das áreas do
serviço, por ser novo no local, mas com apoio da equipa e com esforço e dedicação fui

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progredindo e tendo novas experiencias, desde preparação e administração de
medicamentos, admissão de novos utentes, monitorização dos sinais vitais,
monitorização de ventilação não invasiva (VNI), assistir a colheitas de gasometrias,
fazer punções venosas, algaliações, entre outras ações de enfermagem.

A partir da terceira semana, o facto de estar mais habituado às dinâmicas do


serviço, foi um reforço na minha autoestima, procurei refletir sobre as minhas ações e
procurar estudar mais e focar me principalmente nas estratégias em relação a dor
(incluído no plano de ação) e procurei estar mais atento aos doentes com patologia
cardíaca, aprendi por exemplo que um dos antiarrítmicos, amiodarona, só pode ser
diluída em glicose, a importância de monitorizar pelo monitor o ritmo cardíaco e a
tensão arterial. O acesso venoso ser só dedicado a essa perfusão e não fazer mistura,
devido as graves interações medicamentosas.

Levou-me a refletir a sorte que eu tinha nesse momento em aprender com estas
pessoas, me orientarem nas melhores decisões e me fazerem refletir. Me terem
incentivado a estudar, procurar as melhores evidencias em relação aos atos de
enfermagem.

O Enfermeiro Fernando e a Enfª Fernanda e outros profissionais, demonstraram


sempre preocupação em me empoderar, procurar e executar novas intervenções de
modo a ficar mais autónomo no serviço.

Ao início do EC, tinha uma breve ideia do que pretendia, embora desconhece-se
o que realmente era trabalhar num serviço de urgência, pelas aulas teóricas tinha ficado
na ideia de que focos da área de enfermagem, iria querer me focar, patologia cardíaca e
no 5º sinal vital, a dor.

“Os cuidados de enfermagem à pessoa em situação crítica são cuidados


altamente qualificados prestados de forma contínua à pessoa com uma ou mais funções
vitais em risco imediato, como resposta às necessidades afetadas e permitindo manter
as funções básicas de vida, prevenindo complicações e limitando incapacidades, tendo
em vista a sua recuperação total”. (Diário da República n.º 35/2011, 2011, p. 8656).

Um dos motivos de maior procura dos cuidados de urgência, é a dor, a dor


aguda ou quando existe um agravamento do doente que seja portador de doença com

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dor crónica. Por esse motivo ser tão importante o enfermeiro ter formação na forma
como avalia e monitoriza a dor do doente, desde o estudo das escalas para quantificar a
dor, como a forma de a diminuir.

A Dor provoca sofrimento na pessoa, leva a alterações fisiológicas visíveis, o


que vai influenciar o comportamento da pessoa que tenha dor, seja a nível físico, social,
emocional ou profissional. (Barreto et al., 2012). A dor, trata-se assim de um fator
discriminador na triagem de Manchéster, quando a entrada do doente e um fator que o
enfermeiro deve mostrar mais conhecimento e procura de melhoria nos seus cuidados.

As patologias cardiovasculares, são uma das maiores causas de morte no Mundo.


Em Portugal o acidente vascular cerebral é a principal causa de morte e de causar mais
comorbilidades incapacitantes na pessoa, sendo que, a hipertensão é um dos seus
principais fatores de risco, (Gulbenkian, 2018), por esse motivo ser também um dos
meus cocos de atenção para este estágio.

Um dos meus focos de ação, que referi no meu plano de ação, aprender e
adequar estratégias de lidar com dor, avaliar a dor, da melhor forma, deve-se ao facto de
eu ainda me custar imenso a ver a pessoa com dor, ver o sofrimento físico em alguém.
Pois considero que o ser humano, um dos direitos é o de não ter sofrimento, pois
acredito que podemos apostar em diversas áreas da enfermagem, nas terapias não
farmacológicas e mesmo nas farmacológicas dependentes de prescrição medica.

Ao longo dos dias, fui tendo oportunidade de observar e acompanhar diferentes


utentes, algo que percebi é que durante a passagem de turno tinha de estar muito atento
a a informação acerca dos doentes, tendo a metodologia ISBAR, passagem de
informação do doente ser tão importante. É um meio de demonstrar cuidados
individualizados, evitar o erro de passagem de informação e ter a história clínica de
enfermagem do doente o mais completa possível. Uma vez que todos dias observava e
prestava cuidados a doentes diferentes, patologias diferentes, foi uma oportunidade de
novas aprendizagens e obter novos conhecimentos.

Na terceira semana, tive a oportunidade de assistir a uma formação sobre VNI,


Ventilação não invasiva, e focos e diagnósticos de enfermagem. Esta formação foi
executada por enfermeiros que se encontram a tirar o mestrado, e procuram ser
melhores profissionais, estudante e procurando a melhor evidencia para melhoria da

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prestação de cuidados. Foi-me muito enriquecedora, pois em relação a patologia
respiratória, por vezes existem focos muito idênticos, e devemos evitar diagnósticos que
levem ao cruzamento de intervenções, adorei a formação e foi-me muito útil no meu
EC.

Algo que me marcou de forma muito reflexiva em relação a este serviço, foi na 5ª
semana, um jovem de 24 anos, que entrou em paragem cardio respiratória. Algo que
não é tao frequente, a morte de alguém tão jovem de forma tão abrupta, e fiquei um
quanto afetado. Algo que entre conversas com a equipa, é que nos devemos focar a
fazer tudo o que esta ao nosso alcance, procurar estratégias para que depois no fim do
turno, desligar e abstrair-se. é a única forma de mentalmente sermos capazes de
trabalhar num serviço assim, onde tudo pode acontecer a qualquer momento.

Quando nos deparamos a morte de um idoso, um doente terminal/paliativo, não


deixa tanta marca, mas a morte é a morte, devemos respeitar a morte, só assim posso
respeitar a vida. Faz parte do processo natural da vida, e para mim foi uma nova
aprendizagem e foco nos muitos cuidados. A resiliência, o cuidar da minha saúde
mental, e assim poderei ser melhor enfermeiro e poder apoiar os doentes e as suas
famílias que vão precisar de apoio.

Mediante a sorte que tive e todas estas experiências que pude vivenciar, neste
momento considero que tive muita sorte e pude obter muitos novos conhecimentos.
Admiro esta equipa de profissionais e agradeço todas as chamadas de atenção, que
admito que foi fundamental, para minha aprendizagem, refletir nos meus atos e só assim
aprender. Considero que evolui ao longo destas sete semanas, contudo, tenho perfeita
noção de que ainda muitas habilidades e competências que tenho de aprender e
desenvolver ao longo do resto do meu percurso académico e futuro enfermeiro, não
fosse enfermagem uma área de constante evolução e aprendizagem.

1.1. COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Desde o primeiro ano que venho ter cada vez mais certezas da importância da
comunicação na prática dos cuidados em enfermagem. Segundo Potter e Perry a
comunicação é fundamental na prestação de cuidados: “Qualquer mudança de atitude,
uma pequena expressão ou gesto, cada palavra escolhida ou frase pronunciada podem
ferir ou curar, pelas mensagens que enviam”, no decorrer dos EC, como futuro

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enfermeiro é para mim impossível, não me preocupar com a forma como comunico, sou
capaz de me colocar no lugar do outro, é importante ser empático com o doente, para
este poder confiar em mim, e me apoiar no seu cuidado. Não só com o doente, mas com
toda equipa multidisciplinar, no EC, tive sorte pois estive à vontade, fizeram-me sentir
parte da equipa, mas tive de me adaptar, ser capaz de ouvir, ter a escuta ativa, ser capaz
de comunicar ou intervir só quando me era exigido.

A forma como estamos no EC, transmite muito aquilo que sentimos, por varias
vezes os utentes, faziam-nos chegar essa informação, “o senhor enfermeiro esta
cansado, vesse pelos olhos”, ou então, “obrigado sr. Enfermeiro, pelo sorriso que tem
no olhar”, quer queira quer não, obriga-me a refletir, como é possível, que estando de
mascara o tempo todo, eles se apercebiam de como estava o nosso humor. Procurei, em
determinado momento, apos reflexão ser sempre a pessoa no sorriso no olhar, se isso, de
alguma forma transmite calma a pessoa que ali precisa dos meus cuidados, eu irei fazer
por isso, sendo que devemos adaptar-nos a cada caso.

Considero que a comunicação é fundamental na relação terapêutica com o doente,


sem dúvida que no decorrer do EC, a forma que eu estava com o doente e com ele
comunicava, mais ou menos informação eu conseguia obter, aquilo que eu transmitia,
afetava a forma como ele me transmitia a sua própria informação. Talvez este ponto foi
onde tive menos dificuldade, pois gosto de comunicar.

1.2. Processo de Cuidados


O processo de cuidados é uma das bases da profissão de Enfermagem, a forma como
adequamos os nossos cuidados e os registamos, é de extrema importância para
valorização da profissão. A enfermagem procura cuidar, preservar, melhorar a saúde e
prevenir a doença. Procuram na sua atuação o conforto e estilos de vida para a pessoa
com melhor esperança e qualidade de vida. Segundo a teórica Ida Orlando a
enfermagem tem como um dos objetivos: “Fornecer o auxílio de que o doente necessita
de modo que as suas necessidades sejam satisfeitas” (Tomey & Alligood, 2004, p. 452).
Na realização deste EC, procurei investir neste processo de cuidados, para mim sendo a
enfermagem como uma arte, a arte do cuidar.

O processo de enfermagem: “trata- se de um processo continuo e dinâmico, que lhe


permite alterar os cuidados, à medida que se alteram as necessidades do seu utente”
(Potter & Perry, 2009, p. 221), levando este processo a letra, estamos a promover

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cuidados de enfermagem individualizados. Esta constituído por cinco fases, onde me
obrigou a me organizar na prestação de cuidados para os efetuar, sendo estas etapas que
fui realizando no EC: admissão do utente, colheita de dados para história clínica de
enfermagem, exame físico com apoio de exames complementares, o planeamento de
cuidados e registos de enfermagem onde avaliávamos e refletíamos a prestação de
cuidados.

Relativamente ao processo de cuidados, nos registos, foi onde senti que tive mais
dificuldades, na linguagem específica e na execução do plano de cuidados, pois exigiam
de mim mais reflexão e um estudo mais frequente.

1.3. Ética e Responsabilidade na Prática dos Cuidados

A Enfermagem não é só cuidar da pessoa doente, é muito mais do que cuidar do


corpo da pessoa. Na prática de enfermagem, é preciso ter a responsabilidade de cuidar
da pessoa, quando na presença da doença, esta o impossibilita de responder as suas
necessidades, mas em todos os momentos respeitar as suas necessidades como únicas,
ver a pessoa como um todo e envolvendo o seu meio, ter presente a ética e a moral.

Esta área da enfermagem, ética e moral, é fundamental na prática dos cuidados, a


moral em relação aos deveres profissionais e a ética fundamenta o agir e a ação do
enfermeiro. A ética em saúde avalia em si a qualidade de cuidados prestados, todas as
ações desenvolvidas devem promover um bem do utente, família e comunidade (Neves
& Pacheco, 2004). Como dito anteriormente, os cuidados devem ser prestados
avaliando a pessoa como um todo, não so a pessoa com uma patologia, respeitar as
condições da pessoa e as suas decisões perante estas.

No decorrer não só deste EC, mas todos eles, adotei sempre uma postura e
comportamento que fossem de encontro a estes princípios. O direito a privacidade,
confidencialidade, dignidade da pessoa e a autonomia da decisão. Pretendo levar estes
princípios para vida, e procurar responder as necessidades da pessoa sendo meu foco
sempre o bem-estar da pessoa.

2. Reflexão sobre o plano de ação

Inicialmente tinha uma ideia para o PA, que eu pensava ser o mais correto,
quando o concebi, ou o desenvolvi, procurava como focos de ação, conhecer um serviço
de urgência, patologia cardíaca, mais propriamente a Insuficiência cardíaca e procurar
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conhecer melhor o que é um grande problema social, como avaliar a dor e combater a
dor.

Os objetivos gerais e estratégias que eu tinha em ideia, e os focos de ação apos


reflexão com apoio da Gestora de enfermagem, Professora Salete calvinho e a
Orientadora Enfermeira Fernanda Coutinho, acabei por perceber, que por exemplo, o
primeiro ponto, não ia de encontro do que era esperado para a minha aprendizagem, o
que poderia ser um foco de ação, pois era literalmento o Ensino clinico em si, o serviço
de uregncia, era algo que já era de se esperar.

Após reflexão, percebi que as minhas estratégias não iam de encontro ao meus
objetivos e os próprios objetivvos estavam confusos e alguns mais pareciam estratégias.
Neste momento, apos pensar no assunto, procurei melhorar, retirar o primeiro foco e
procurei conhecer melhor a patologia cardíaca em geral, procurar mais utentes que me
podessem ensinar com a sua patologia, conhecer métodos de diagnostico, estratégias
que me poderiam enriquecer quanto enfermeiro, como por exemplo distinguir ritmos
cardíacos, fazer gasemetrias, conhecer melhor os fármacos, que são de prescrição
medica, mas que é o enfermeiro que o administra.

Em relação a dor, conhecer melhor métodos de avaliação da dor, não so o que o


utente nos refere, mas também o que nos parece ser, uma vez que o sofrimento, nem
sempre vem em números, quando aqueles que nos pode referir a dor. Conhecer bem as
tabelas e escalas. Procurar conhecer mais estratégias de combater a dor, sem fármacos,
como os posicionamentos, o exprimir a dor, colocar gelo (crioterapia) ou calor. Procurar
conhecer as estratégias complementares, e conhecer também os fármacos de prescrição
medica, para evitar o erro e sobredosagens.

Apos algum trabalho tentei melhorar o meu PA, e ir de encontro ao que


pretendia, conhecer melhor a patologia cardíaca, e as praticas de enfermagem a pessoa
com dor. Agradeço aos enfermeiros no serviço de urgência que me foram explicando e
apoiando, e me colocando a prova. Um dos exemplos, foi nas ultimas semanas, um caso
de uma utente com muitas feridas na face e boca, provocadas pelo vírus Herpes Zóster,
uma pessoa idosa em sofrimento, e eu procurei dentro das minhas possibilidades
diminuir o sofrimento da pessoa, já quanto os fármacos diminuíam a sua ação, então
através de agua mais fresca, alimentos mais frescos, diminuir ao máximo o sofrimento
desta pessoa.
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CONCLUSÃO

Este EC, o que inicialmente me criava alguma ansiedade, medo pelo


desconhecido, tornou-se um dos que mais prazer me deu em ter feito e onde o fiz, foi
uma das melhores experiências, seja a nível académico, como a nível pessoal, pelas
enumeras experiências que pude vivenciar.

Mesmo que ao longo das semanas a exigência fosse aumentando, desde à


formulação de diagnósticos e as respetivas intervenções, todas variadas prestações de
cuidados, as rápidas passagens de turno, sinto que desenvolvi muitas capacidades e
habilidades nas práticas de enfermagem e também na organização da gestão do meu
tempo, e organizar as ideias

Outro fator, foi ter realizado o PA no início deste EC, levou-me a organizar
melhor o meu tempo e também exigiu de mim mais reflexão, o que na enfermagem é
fundamental, procurar responder aos meus objetivos e com as experiências aprender.

Passar por este EC, viver estas experiências foram para mim muito
enriquecedoras, e este local proporcionou-me as melhores condições, os recursos
necessários e uma vasta exigência essencial para minha formação.

Por fim, considero que atingi os meus objetivos para este Ensino Clínico.
Procurei fazer o meu melhor e procurei aperfeiçoar as minhas ações e o meu
desempenho a cada dia que passava, mas tenho noção que ainda tenho muitos para
melhorar e muito para aprender, mas é algo que esta profissão exige, pois é de uma
aprendizagem sem fim.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABREU, J., PASSOS, R., SILVA , R., SILVA, S. D., & PENELA, V. (Outubro de 2021).

Ventilação Mecânica Não Invasiva.

BIERCE, A. (2006). Dicionário do Diabo. Lisboa: Tinta da China.

DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 35/2011, S. I. (18 de 02 de 2011). Regulamento n.º 124/2011 .


Regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em
Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica, pp. 8656 - 8657.

MARQUES SILVA, D., & BATOCA SILVA, E. M. (s.d.). O ENSINO CLÍNICO NA


FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM. pp. 103-118.

NEVES, M. D., & PACHECO, S. (2004). Para uma Ética da Enfermagem. Gráfica de Coimbra.

POTTER, P., & PERRY, A. (2009). Fundamentos de Enfermagem. Elsevier.

RILEY, J. B. (2000). Comunicação em Enfermagem. Lusodidacta.

TOMEY, A., & ALLIGOOD, M. (2004). Teóricas de Enfermagem e a Sua Obra. Lusociência.

APÊNDICES

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Apêndice 2: Plano de Ação

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