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MESTRADO EM ENFERMAGEM

(LISBOA)

ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO
ENFERMAGEM MÉDICO‐CIRÚRGICA: NA ÁREA DE ENFERMAGEM À PESSOA EM
SITUAÇÃO CRÍTICA

Projeto de Estágio
A Pessoa em Situação Critica e Família – Vigilância e Decisão Clínica

Discente:

André Cunha Dias, Nº 192021068

Docente:

Profª Doutora Filipa Veludo


Lisboa, 10 de Maio de 2022

ÍNDICE:

1. INTRODUÇÃO:........................................................................................................3

2. DESENVOLVIMENTO:...........................................................................................4

3. FUNDAMENTAÇÃO / JUSTIFICAÇÃO:...............................................................6

3.1 Dimensão pessoal:...................................................................................................6

3.2 Dimensão Legal:......................................................................................................7

4. CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA:.......................................11

5. PROJETO DE ESTÁGIO:.......................................................................................13

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................16

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1. INTRODUÇÃO:
Este trabalho designado por “Projeto de Estágio”, surge no âmbito da Unidade
Curricular (UC), “A Pessoa em Situação Crítica e Família - Vigilância e Decisão
Clínica”, na área de especialização de Enfermagem Médico-Cirúrgica: Enfermagem à
Pessoa em Situação Crítica (EMC:PSC), do 15º curso de mestrado de Enfermagem, do
Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa.
Um projeto constitui “um escrito composto pela descrição de um conjunto de
atividades, devidamente inter-relacionadas e coordenadas, delineadas dentro de
objetivos precisos, limites de tempo e de orçamento, que constituem uma obra a
realizar, ainda na sua fase de planeamento” (ESTRELA; SOARES; LEITÃO; 2006,
P.116).
A elaboração deste projeto tem por finalidade refletir e definir, de que forma o
estudante pretende atingir os objetivos específicos e gerais definidos, e quais as
atividades a desenvolver, no contexto da prática clínica onde o estágio é realizado, por
forma a desenvolver competências de enfermeiro especialista na área da EMC:PSC.
Este Projeto está estruturado em vários capítulos. Após a introdução, será
apresentado um breve desenvolvimento sobre do paradigma atual dos cuidados em
enfermagem, a justificação da escolha do local de estágio e posteriormente será
apresentada uma breve caracterização do campo de estágio. Por último, apresentarei os
objetivos gerais e específicos do meu Projeto de Estágio, em consonância com os
objetivos da UC e com o Regulamento de Competências do Enfermeiro Especialista
(Regulamento nº 140/2019, 2019), bem como os indicadores de processo (atividades a
realizar) e os indicadores de resultado.
Na elaboração deste trabalho, foram adotados os critérios de normalização
referentes à apresentação do trabalho escrito, as regras do novo Acordo Ortográfico e o
formato de acordo com as normas do guia orientador da UCP para elaboração de
trabalhos escritos e a norma da APA para a formatação das citações e referencias
bibliográficas.

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2. DESENVOLVIMENTO:
Atualmente, os cuidados de saúde e, consequentemente, os cuidados de
enfermagem assentam numa maior exigência técnica e num conhecimento científico,
por forma a serem diferenciadores e especializados, para corresponderem às
necessidades dos utentes, a quem prestamos cuidados. O cuidado especializado em
Enfermagem implica um “...conhecimento aprofundado, suportado cientificamente
acerca das necessidades em saúde que as pessoas, grupos e comunidades possam
apresentar, integrando no agir profissional as ferramentas necessárias para responder
à complexidade destas necessidades ...” (Guia da Unidade Curricular -A Pessoa em
Situação Critica e Família- Vigilância e Decisão Clínica, 2021, p.3).
O estatuto da OE acompanha esta necessidade, pela atribuição do título de
“enfermeiro especialista”, em seis áreas de enfermagem. Segundo a Ordem dos
Enfermeiros, o enfermeiro especialista é um “...enfermeiro com um conhecimento
aprofundado num domínio específico de enfermagem, tendo em conta as respostas
humanas aos processos de vida e aos problemas de saúde, e demonstra níveis elevados
de julgamento clínico e tomada de decisão, traduzidos num conjunto de competências
clínicas especializadas relativas a um campo de intervenção especializado...” (Ordem
dos Enfermeiros OE, 2006).
A área de enfermagem na qual pretendo ser “Enfermeiro Especialista”, insere-se
no âmbito do curso de mestrado em enfermagem, na especialização Enfermagem
Médico-Cirúrgica: na área de enfermagem à pessoa em Situação Crítica. Segundo o
Regulamento nº 439/2018 (2018), do DR, entende-se que a pessoa em situação crítica é
aquela “...cuja vida está ameaçada por falência ou eminência de falência de uma ou
mais funções vitais e cuja sobrevivência depende de meios avançados de vigilância,
monitorização e terapêutica”. Neste sentido, o enfermeiro especialista em EMC:PSC, é
aquele a quem se reconhece “...competência científica, técnica e humana para prestar
cuidados de enfermagem altamente qualificados, prestados de forma contínua, à pessoa
em situação crítica. Permitindo manter as suas funções básicas de vida, prevenindo
complicações e limitando incapacidades, tendo em vista a sua recuperação total...”
(Regulamento n.º 429/ 2018, 2018).
Conforme parecer favorável da OE de 08 de julho de 2019, a UCP integrou no
seu plano de estudos do mestrado em EMC:PSC, uma Unidade Curricular (UC)

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denominada por “A Pessoa em Situação Critica e Família - Vigilância e Decisão
Clínica”, com o objetivo de desenvolvimento das competências clínicas especialistas,
necessárias para a detenção do título de especialista.
Segundo o plano de estudos desta UC, o mestrando deverá selecionar um serviço
clínico de um hospital à sua escolha, para campo de estágio e elaborar um Projeto
Individual de Aprendizagem. Nesse projeto, o mestrando deve definir os objetivos
gerais e específicos, os indicadores de processo (atividades a desenvolver em contexto
da prática clínica) e os indicadores de resultado que avaliarão a efetividade e o
cumprimento dos objetivos estipulados.

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3. FUNDAMENTAÇÃO / JUSTIFICAÇÃO:
Em qualquer área profissional é fundamental adquirir um conjunto de
conhecimentos teóricos, a aplicar na prática da atividade. O estágio tem um papel
fundamental na formação académica do estudante de enfermagem, dado que permite
adquirir conhecimentos e competências de enfermagem, em diferentes contextos de
atuação, contribuindo assim para o enriquecimento profissional e pessoal do mestrando.
O campo de estágio, onde pretendo desenvolver competências clínicas
especializadas é no Serviço de Urgência (SU) de um hospital do Centro Hospitalar
Universitário de Lisboa Central. Este estágio está integrado na UC “A Pessoa em
Situação Critica e Família- Vigilância e Decisão Clínica”. O estágio decorrerá de 26 de
Abril 2022 a 11 de Junho de 2022, e será orientado pela docente Profª. Doutora Filipa
Veludo, e pela enfermeira orientadora Ana Rita Nunes da Silva, enfermeira especialista
em EMC:PSC.
Ao longo deste capítulo justificarei os motivos da escolha deste campo de
estágio, baseados em dimensões: a dimensão pessoal e a dimensão legal. Por último,
será apresentada uma breve caracterização do campo de estágio.

3.1 Dimensão pessoal:


O paradigma atual em que “...os cuidados de saúde e, consequentemente, os
cuidados de enfermagem, assumem hoje uma maior importância e exigência técnica e
científica, sendo a diferenciação e a especialização, cada vez mais, uma realidade que
abrange a generalidade dos profissionais de saúde...”, determinou a minha candidatura
ao Mestrado em Enfermagem (Regulamento nº140/2019, 2019).
A minha constante preocupação em saber responder eficazmente à
complexidade das necessidades das pessoas das situações de cuidados de enfermagem,
que vivenciamos nos dias de hoje, e o facto de, ao longo da minha prática profissional,
constatar que necessitava de adquirir novas competências, para evoluir na carreira de
enfermagem, levaram-me a escolher esta área de especialidade. O curso de Mestrado em
Enfermagem Médico-cirúrgica, da UCP veio dar resposta a esta necessidade, ao facultar
um conhecimento aprofundado e atualizado na formação de enfermeiros especialistas.

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Trabalho no serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva (CPR). A maioria dos
utentes internados neste serviço, são provenientes do serviço de urgência. É frequente os
utentes admitidos no serviço de CPR, vivenciarem situações de doença aguda e muitas
vezes apresentarem uma situação clínica crítica. Ao longo da minha prática profissional,
fui aprofundando os meus conhecimentos, por forma a possuir competências para atuar
em situações de doença aguda, e efetuar uma avaliação refletida, rápida e assertiva da
situação clínica do utente, interligando diversos conhecimentos científicos, que fui
adquirindo no decurso da práxis de cuidados. Quando me candidatei ao curso de
Mestrado de Enfermagem Médico-cirúrgica, optei pela área: Pessoa em Situação
Crítica, por considerar uma excelente oportunidade para aprofundar estes
conhecimentos e adquirir novos saberes e competências.
A possibilidade de escolher o serviço de urgência como campo de estágio, surgiu
no âmbito da UC: A Pessoa em Situação Critica e Família- Vigilância e Decisão
Clínica. Desde o tempo da licenciatura em enfermagem, que a temática do SAV e do
cuidado ao utente vítima de trauma, me suscitaram bastante interesse. Contudo, nunca
exerci funções num serviço de urgência, onde estas práticas são frequentemente
realizadas. A escolha deste serviço constitui uma oportunidade para desenvolver estes
conhecimentos e implementá-los na minha prática clínica.
Outro motivo que me levou a escolher este campo de estágio foi o fato dos
serviços de urgência constituírem o primeiro contacto do utente com o hospital. Tenho
interesse em conhecer o percurso do utente, desde a sua admissão até ao seu
internamento num serviço hospitalar. Conhecer os cuidados dosque os enfermeiros
prestam, neste primeiro contacto com o utente, as respostas humanas que os utentes
apresentam e compreender melhor o estado emocional dos utentes, assim como as suas
transições saúde-doença.
Considero que o estágio no SU é uma excelente oportunidade, para aprofundar e
adquirir novos conhecimentos, fundamentais para a aquisição de competências de
enfermeiro especialista. Este percurso irá, não só enriquecer o meu desenvolvimento
profissional, como contribuir à minha realização pessoal.

3.2 Dimensão Legal:


O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE foi criado em 28 de Fevereiro de 2007
através do Decreto-lei n.º 50-A/ 2007 e juntou ao Centro Hospitalar de Lisboa – Zona
Central – o Hospital de S. José, o Hospital de Santo António dos Capuchos, o Hospital

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de Santa Marta e o Hospital de D. Estefânia. Posteriormente, após o Decreto-Lei n.º 44/
2012 de 23 de Fevereiro de 2012 o CHLC também integrou o Hospital de Curry Cabral
e a Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Só em 2018, após o Decreto-Lei n.º 61/ 2018, de
3 de Agosto, o CHLC foi reconhecido oficialmente como centro universitário, passando
a ser designado como Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE (Centro
Hospitalar Universitário de Lisboa Central, CHULC, 2021).
Segundo o Despacho Normativo nº 10319/2014 (2014), do Diário da República, a
rede Nacional de SU integra os seguintes níveis de resposta, por ordem crescente de
recursos e de capacidade de resposta:
 Serviço de urgência Básico (SUB), primeiro nível de acolhimento, para servir a
população, sempre que o tempo de acesso a um SU de nível superior exceda os
60 minutos;
 Serviço de urgência médico-cirúrgico (SUMC), segundo nível de
acolhimento, localizados estrategicamente para que o tempo de acesso a outro
SU semelhantes, ou de nível superior, não exceda os 60 minutos.
 Serviço de Urgência Polivalente (SUP), terceiro e mais diferenciado nível de
acolhimento. Estes localizam-se, habitualmente, nos hospitais centrais ou
centros hospitalares, possuem todos os recursos necessários para qualquer
situação de urgência e emergência.
Desta forma o SUP é o nível mais diferenciado de resposta às situações de Urgência e
de Emergência, e deve oferecer resposta de proximidade à população da sua área. Estes
serviços de urgência cumprem um rácio de um SUP por cada 750.000-1.000.000
habitantes (Despacho Normativo nº 10319/2014, 2014).
O SU deste hospital é considerado uma SUP., Nno entanto, dada a sua elevada
diferenciação técnica e polivalência, a Urgência Polivalente deste hospital, admite todos
os utentes, independentemente da sua proveniência, servindo uma área de referenciação
alargada, estimada em 2,3 milhões de habitantes, (CHULC, 2021).
Desde 2013, este SU constitui um dos dois polos integrantes da Urgência
Metropolitana de Lisboa (UML) na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa
e Vale do Tejo (ARSLVT), para as especialidades de; Cirurgia Maxilo-Facial, Cirurgia
Plástica e Reconstrutiva, Cirurgia Vascular, Gastrenterologia, Oftalmologia,
Otorrinolaringologia, Psiquiatria e Urologia, (CHULC, 2021).

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Este serviço também integra a Rede Nacional de Urgência e Emergência como o
Serviço de Urgência Polivalente e Centro de Trauma, funcionando 24 horas por dia/sete
dias por semana, (Despacho Normativo nº 13427/2015, 2015).

Desta forma, este serviço admite utentes referenciados pelo INEM


(referenciação, supra-regional ou nacional e Vias Verdes), pelo Serviço de Saúde 24,
pelas Unidades de Cuidados de Saúde Primários, bem como doentes transferidos de
outros hospitais, instituições ou entidades (Misericórdias, lares, clínicas), ou por
profissionais de saúde (CHULC, 2021).

Segundo a circular normativa nº 207, de 10 de maio de 2019 do CHULC, a


admissão ao SU, pode assumir uma de duas vertentes; a admissão programada e a
admissão não programada. A admissão programada ocorre sempre que é requerida uma
admissão ao SU, com data previamente agendada e com utilização de recursos de
atividade programa, por exemplo: utentes em regime de internamento podem recorrer ao
SU por referenciação interna da urgência; por transferência interna ou externa; pelo
hospital de dia e pela consulta externa. A admissão não-programada é o acesso de
todos os outros utentes, pelo Serviço de Urgência.
Na admissão ao SU é sempre realizada uma triagem clínica, segundo o Protocolo da
Triagem de Manchester, para definir o grau de prioridade no atendimento, e se
necessário, o encaminhamento para as especialidades medicas, conforme DR, 2ª serie,
nº153, 11 de agosto de 2014. As prioridades do sistema de triagem são: vermelho
(emergente); laranja (muito urgente); amarelo (urgente); verde (pouco urgente); azul
(não urgente) e o branco (quando existe um contacto prévio para a transferência, com
informação médica e indicação de tratamentos).
Este serviço também integra seis Sistemas de Resposta Rápida. Segundo o artigo
13º do Despacho Normativo nº 10319/2014, do DR, a implementação destes Sistemas
de Resposta Rápida, deve ser continuada e intensifica tendo como objetivo desempenhar
um papel precoce e específico na cadeia de resposta ao utente, reforçando a colaboração
entre as várias áreas clínicas. Estes seis Sistemas de Resposta Rápida denominam-se
por:
 Via Verde de AVC;
 Via Verde de Sépsis;
 Via Verde Coronária;
 Via Verde Trauma;

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 Via. Prioritária colo-fémur;
 Via. Prioritário acidente de trabalho- risco biológico;
É de salientar que, para além do SU deste hospital, ser legalmente considerado um
SUP (nível mais diferenciado de resposta às situações de Urgência e Emergência), é
igualmente um dos dois polos integrantes da Urgência Metropolitana de Lisboa (UML)
e um Centro de Trauma da Rede Nacional de Urgência e Emergência, localizado no
centro da região de Lisboa.
A qualidade do corpo clínico do SU, aliada à sua vasta experiência no atendimento
aos utentes em situação crÍitica, aos meios técnicos disponíveis, à infraestrutura dos
espaços e à localização privilegiada na cidade de Lisboa, tornam o este hospital uma
instituição única e diferenciada no panorama nacional.

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4. CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA:
Os serviços de urgência “são serviços multidisciplinares e multiprofissionais
que têm como objetivo a prestação de cuidados de saúde em todas as situações
enquadradas nas definições de urgência e emergência médica” (Despacho Normativo
nº11/2002, 2002). São frequentemente, a linha da frente no contacto do utente com o
serviço de saúde. A afluência aos serviços de urgência é crescente, o que obriga a um
aumento de exigências de qualidade de atendimento e de corpo clínico, e uma gestão
nem sempre fácil de redução de custos.
Este SU, pertence ao CHULC e está integrado na Área da Urgência Geral e
Cuidados Intensivos (AUGPCI), funcionando como uma área clínica transversal, que
tem como missão “garantir a prestação de cuidados de saúde diferenciados, de
qualidade, aos doentes urgentes e emergentes que a ela acorram, em particular aos da
sua área de referência” (Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central CHULC,
2021).
A organização física do SU acompanha o artigo 20º do Despacho Normativo nº
103119/2014. O serviço é composto por duas grandes áreas, o ambulatório e o
internamento, e inclui as seguintes áreas funcionais:
 1 área de espera, com instalações sanitárias;
 1 área de admissão e registo administrativo;
 4 salas de triagem de prioridades;
 1 gabinete responsável por transmitir informações à família dos utentes;
 10 gabinetes médicos, organizados por áreas de especialidade medica, para
observação clínica de utentes após a triagem;
 2 salas de trabalho de enfermagem, denominadas por “balcão de ambulatório de
cadeiras” e “balcão de ambulatório de macas”;
 1 área de ortotraumatologia, próxima da sala de TAC e do serviço de
imagiologia;
 2 salas destinadas à pequena cirurgia;
 1 área de avaliação clínica denominada de Serviço de Observação (SO),
constituída por 5 quartos com uma capacidade média de 5 unidades;

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 2 salas de reanimação para utentes em situação de emergência, com condições
para suporte avançado de vida, com uma antecâmera para desinfeção dos
profissionais;
 2 salas de trauma com condições para suporte avançado de vida;
 Salas de sujos e despejos equipadas com pia hospitalar, lavatórios de parede e
sistema de lavagem e desinfeção de material clínico de enfermagem;
 1 quarto de isolamento para utentes com patologia infeciosa transmissível por
via aérea, equipado com material de oxigenação e ventilação.
 1 área reservada a utentes com doença respiratória (ADR);
 1 área reservada a utentes com doença infetocontagiosa (ARDI);
 Diversas zonas de armazém para armazenamento de materiais clínicos;
Relativamente aos Recursos Humanos, o SU cumpre o Despacho Normativo nº
47/SEAS/2006. As equipas do SU são constituídas por profissionais de saúde dedicados
à urgência, ou seja, profissionais que trabalham na sua maior parte do tempo neste
serviço. O serviço é composto por uma vasta equipa de profissionais, desde equipas
médicas de diferentes especialidades, equipas de enfermagem, assistentes operacionais,
policias, assistentes sociais, cardiopneumologistas, técnicos de radiologia e brigada
pessoal de da limpeza.
A equipa de enfermagem é constituída por, aproximadamente, 130 enfermeiros, dos
quais um enfermeiro coordenador (chefe de serviço), uma equipa de enfermagem
constituída por 15 enfermeiros que assegura os turnos da manhã (8-16h), 2 enfermeiros
responsáveis pelo gabinete de informação à família e os restantes enfermeiros
distribuídos por 5 equipas (A-F) com horários rotativos. Cada equipa possui um chefe
de equipa, que assume a coordenação em todos os turnos e 2 elementos de referência
que prestam auxílio ao chefe de equipa, na gestão do serviço e subsituem-no na sua
ausência. Os níveis de expertise dos enfermeiros são classificados por X ou Y, de
acordo com a sua experiência profissional no SU. Esta nomenclatura não está descrita
na evidencia científica, serve de guia informal para auxiliar o chefe de serviço na
elaboração do horário e os chefes de equipa na distribuição dos enfermeiros pelas
diferentes áreas do SU. Denomina-se por X um enfermeiro com experiência no serviço
de urgência, que demonstra competências e habilidades de perito, e por Y enfermeiros
recém-licenciados, em integração profissional ou que ainda não tenham atingido o nível
de perícia na prestação de cuidados ao utente criticocrítico no SU.

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5. PROJETO DE ESTÁGIO:

Objetivo Geral: “Desenvolver competências técnicas, científicas e relacionais no cuidado especializado à pessoa em situação crítica e
sua família”.
Objetivos específicos:
 “Desenvolver competências no cuidado especializado, reconhecendo especial complexidade na área de assistência à
pessoa em situação críitica, em contexto de urgência;
o Este objetivo surge na medida em que, pretendo adquirir um nível aprofundado de conhecimentos sobre o
utente criticocrítico, conhecer os procedimentos mais realizados em contexto de urgência, demonstrar
capacidade de reagir perante situações imprevistas e complexas e tomar decisões de enfermagem
fundamentadas na evidencia científica.

Indicadores de processo (atividades a realizar) Indicadores de resultado:


Consulta normas e protocolos existentes no serviço;  Entrega uma reflexão individual sobre uma situação de
 Consulta as normas hospitalares sobre as diferentes Vias Verdes; cuidados de enfermagem ao utente críitico admitido na
 Realização de pelo menos um turno no sector “Balcão de Sala de Reanimação, tendo por base a evidência
Ambulatório”; científica, a dimensão ética e a dimensão legal;
 Realização de pelo menos um turno no SO- Sala de Especialidades;  Entrega uma reflexão individual sobre uma situação de
 Realização de pelo menos um turno na sala de Triagem de cuidados de enfermagem ao utente criticocrítico
Prioridades; admitido na Sala de Trauma, tendo por base a evidencia
científica, a dimensão ética e a dimensão legal;

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 Realização de um turno com a equipa Via Verde Coronária;  Realiza auto e heteroavaliação, face à sua prestação de
 Realização de um turno no serviço de Imagiologia: TAC e Angio- cuidados e desenvolvimento de competências no
TAC; decorrer do estágio;
 Consulta do guia de integração dos enfermeiros à sala de
reanimação do SU;
 Pesquisa bibliográfica sobre as patologias mais frequentes em
utentes críticos;
 Pesquisa bibliográfica sobre cuidados de enfermagem aos utentes
críticos;
 Realização de turnos na sala de reanimação e de Trauma do SU;
 Pesquisa bibliográfica Aprofundar conhecimentos no âmbito dos
cuidados de enfermagem ao utente em vítima de trauma e em PCR;
 Colaboraçãor nao prestação de cuidados de enfermagem aos utentes
críticos admitidos na sala de trauma/reanimação;
 Realização de 2 avaliações (formativa e final).

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 “Reconhecer problemas de especial complexidade na área de assistência à pessoa em situação crítica que constituem
possíveis questões de partida para a Síntese de evidência”;
o Para ser enfermeiro especialista, devemos ter competências de investigação. Este objetivo tem por
finalidade, realizar uma análise critica das situações de especial complexidade na assistência à pessoa em
situação critica, tendo por base a evidencia científica. Contribui igualmente para o progresso da profissão,
através do desenvolvimento do conhecimento em enfermagem e de uma prática baseada na evidência.

Indicadores de processo (atividades a realizar) Indicadores de resultado


 Identificaçãor de problemáticas de especial complexidade na área de  Elabora uma questão de partida para desenvolver na
enfermagem MC; Síntese de Evidência, 2 semanas após o término do
 Partilhar com a enfermeira orientadora acerca de problemáticas de estágio.
especial complexidade na área de enfermagem MC;
 Discuçãotir com a enfermeira orientadora e a professora orientadora
possíveis temas fenómenos para a desenvolver na Síntese de
Evidência;
 Pesquisa preliminar em base de dados;
 Identificação de descritores em saúde que identifiquem o fenómeno
em estudo;
 Identificação de lacunas no conhecimento para a formulação da
questão de partida.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Carlos A. Moreira; AZEVEDO, Ana Gonçalves de – Metodologia científica:
contributos práticos para a elaboração de trabalhos académicos. 8ª ed. Lisboa: Universidade
Católica Portuguesa, 2006. ISBN 972-54-0149-1.

BARBIER, Jean-Marie – Elaboração de Projectos de Acção e Planificação. Porto: Porto Editora,


1996. ISBN 972-0-34106-8.

BIRZEA, C. (1986) – Operacionalizar os Objectivos Pedagógicos. Porto: Porto Editora.

BOLANDER, V. et al. (1998) – Enfermagem Fundamental: Abordagem Psicofisiológica. Lisboa:


Lusodidacta, 1998.

CARNEIRO, R.– Fundamentos da educação e da aprendizagem. Lisboa, 2001.

DICIONÁRIO DA LINGUA PORTUGUESA – Dicionários editora. Porto Editora, 2008.

ESTRELA, Edite; SOARES, Maria Almira; LEITÃO, Maria José (2006) – Saber escrever: uma tese e
outros textos. 2ª ed. Dom Quixote, 2006. ISBN 972-20-3173-2.

FERNANDES, M. T. – Metodologia de Projecto. In SERVIR. Volume nº 47 – nº5. 1997. pp. 233

Ordem dos enfermeiros (2006) – II Congresso: um novo paradigma de desenvolvimento


profissional: valorização de percursos e competências [consult. 14 de Março de 2008].
Disponível em:
http://www.ordemenfermeiros.pt/images/contents/uploaded/File/sedeinformacao/
IICongresso/LuciaLeite.pdf

Universidade Católica Portuguesa: Guia de elaboração de trabalhos académicos 2006.

SMELTZER, Susanne C.; BARE, Brenda G. – Enfermagem médico-cirúrgica. 10ª ed. Volume 1.
Guanabara, Koogan. 2005. ISBN: 85-277-1057-9.

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