Você está na página 1de 16

Exame Físico Torácico

(Virgínia - 27/04/2020)

Em exame físico geral vocês viram que coloca o paciente em decúbito dorsal e vocês se posicionam a direita do
paciente. Em seguida vocês fazem o exame físico cardíaco, onde ele continua em decúbito dorsal e você coloca em
algumas situações coloca ele sentado no leito ou em decúbito lateral esquerdo para auscultar melhor determinadas
alterações cardíacas que o paciente possa ter, em relação ao exame físico torácico:

➢ ORIENTAÇÕES:

• Posicionar o paciente:
- Paciente na posição sentada
- Região dorsal ereta
- Ombros relaxados
- Mãos sobre as coxas
- Cabeça ereta
- Olhar no horizonte
- Pernas pendentes ou apoiadas na escadinha
- No homem, solicitar que retire a camisa e na mulher, que retire a blusa (não há
necessidade de remoção do sutiã)

Paciente colocado na posição sentada, no leito, na maca, onde ele estiver. Para que ele não fique mal posicionado e
dificulte o exame que nós vamos realizar nele, o exame físico torácico, tem alguns itens que a gente tem que cobrir
para que o paciente fique bem posicionado para realizar o exame.

▪ O tórax tem 3 faces para examinar: a posterior, lateral e a anterior

Então, o que fazemos é:


→ Colocar o paciente sentado para termos a visão e o acesso a todas as regiões torácicas.
→ A região dorsal tem que estar o mais ereta possível, pois se não ele curva para frente e dificulta o exame.
→ Os ombros relaxados (o paciente tende a erguer os ombros);
→ As mãos e os braços precisam estar apoiados de uma forma fixa (as mãos sobre as coxas);
→ Cabeça tem que estar ereta
→ Olhos olhando no horizonte (senão o paciente, levanta, abaixa, vira a cabeça para todos os lados e isso atrapalha).
→ As pernas vão estar pendes (ele vai estar sentado no leito/ maca) ou elas vão estar apoiadas na escadinha que está
ao lado da cama.
→ Homem, precisa tirar a camiseta e ficar com o tórax totalmente desnudo, como as mamas dos homens são planas
não existe nenhum tipo de problema ao expor as mamas na hora do exame.
→ As mulheres têm as mamas proeminente, por esse motivo geralmente usam sutiã, neste momento não é
necessário retirar o sutiã, podemos solta-lo na região posterior e deixarmos as alças do sutiã soltas sobre os braços da
paciente, desta forma as mamas da paciente na parte anterior ficam cobertas.
• Iniciar pela região posterior
• Em seguida a região lateral
• Por último a região anterior
• Sempre examinar da região superior para a inferior
• Sempre examinar da região medial para lateral

→ Toda vez que formos examinar o tórax, começamos na região posterior, passamos para a região lateral e
terminamos na região anterior.
posterior → lateral → anterior

→ Sempre da região superior para inferior (de cima para baixo)

→ Da região medial para a lateral do tórax (começa no centro do tórax e termina na parte lateral do tórax).

• Posicionar o paciente quando este é incapaz de ficar sentado:


- Paciente estará deitado em posição dorsal
- Afastar a roupa para o exame
- Examinar inicialmente a região anterior
- Após a região lateral
- Em seguida colocar o paciente em decúbito lateral direito e esquerdo para examinar
a região posterior

Quando o paciente for incapaz de ficar sentado ele ficará deitado em decúbito dorsal (ex. paciente comatoso de UTI;
em assistência ventilatória; pós-operatório de cirurgia cardíaca, cirurgia extensa) ele vai continuar em decúbito
dorsal, nós afastamos a roupa do paciente e examinamos o paciente ao contrário.

→ Primeiro face anterior (que é a mais vista nesse momento)


→ Passa para faces laterais, direita e esquerda
→ Coloca o paciente em decúbito lateral. Se a gente colocar em decúbito lateral esquerdo, a gente consegue
examinar a parte posterior direita e depois faz o oposto, coloca ele em decúbito lateral direito e consegue examinar a
face posterior esquerda desse paciente. É só deitar o paciente em decúbito lateral, se você o deita do lado direito,
você examina atrás o lado esquerdo, se você deita ele para o lado esquerdo você vai examinar atrás a face posterior
do hemitórax direito.

Então essa é uma situação diferente, não vamos ter o paciente sentado, que é a posição correta, ele vai permanecer
deitado, você examina parte anterior, partes laterais direita, esquerda e depois com a ajuda de alguém
(enfermeiro(a)) coloca esse paciente em decúbito lateral direito para examinar a face posterior esquerda e em
decúbito lateral esquerdo, você examinar atrás a face posterior direita desse paciente.
O exame se constitui de quatro partes:

→ Inspeção, palpação, percussão e ausculta (nesta sequência)

1. INSPEÇÃO

- Deve ser estática e dinâmica


- Observar a pele da caixa torácica: descrever lesões dermatológicas: máculas, pápulas,
eritema, exantemas, úlceras. Aspecto, local e região acometida.
- Observar as mamas: alterações ou lesões
- Descrever o formato do tórax: o diâmetro latero-lateral é maior que o antero-posterior.
Exemplos de anormalidades:
a) Aumento do diâmetro antero-posterior: “Tórax em tonel” ou “Tórax em barril” (DPOC)
b) Protusão da região esternal: Tórax Carineforme (pectus carinatum) “peito de pombo”.
c) Retração da região esternal: Tórax Infundibiliforme (pectus excavatum) “peito de
sapateiro”
d) Protusão ou retração de um hemitórax: deformidade congênita

Na inspeção não se coloca a mão no paciente, você deixa o paciente sentado e só faz análise de observação.

→ Primeiramente vamos observar a pele da caixa torácica. Na caixa torácica nós temos na parte mais externa a pele,
e nós vamos observar e descrever se houver lesões dermatológicas: podemos ter máculas; pápulas; eritemas;
exantemas; úlceras, podemos ter vários tipos de lesões.
Temos que descrever o aspecto, o local e a região acometida do tórax por essas lesões.
Se houver cicatrizes: quais os locais e o tamanho das cicatrizes, em comprimento e largura que porventura estiverem
na região torácica do paciente.

→ Acabamos observando as mamas, ninguém está lá para fazer exame de mama, mas como temos as mamas
visíveis, no homem totalmente e na mulher parcialmente, então conseguimos ver alterações ou lesões nas mamas do
paciente.

→ Descrevemos o formato do tórax do paciente: Normalmente formato oval (diâmetro látero-lateral é maior do que
o ântero-posterior). Existem determinadas patologias que aumentam o diâmetro ântero-posterior do paciente, e
aumentando o diâmetro ântero-posterior ele vai se aproximar em tamanho do látero-lateral e vai dar uma sensação
que este tórax está em formato redondo, circular, então a gente fala que está em diâmetro ântero-posterior
aumentado chamado em tórax em tonel, ou tórax em barril, que são situações que estão presentes no enfisema
pulmonar, que é uma doença que acomete os alvéolos, da destruição alveolar, hiperinsuflação e consequentemente
aumenta o diâmetro ântero-posterior do paciente dando o tórax em tonel ou barril.
Exemplos de anormalidades:

→ Tórax em tonel ou barril: que acontece na DPOC, predominantemente no enfisema pulmonar.

→ Hipercifose dorsal: que o paciente fica corcunda, com uma cifose dorsal extremamente aumentada.

→ Pectus escavatum ou tórax infundibuliforme: temos a retração da região esternal. Vulgarmente chamado de
“peito de sapateiro” como se o sapateiro apoiasse na região esternal o sapato para ele consertar.

→ Pectus carinatum ou tórax cariniforme: protrusão da região esternal. Vulgarmente chamado como “peito de
pombo” quando a região esternal se protrui.

→ Podemos ter a protrusão ou retração de apenas 1 hemitórax (um lado só é mais retraído ou mais protuso em
comparação com o outro que estaria como um tórax normal, um hemitórax normal) -> isso geralmente é uma
deformidade congênita, o paciente nasce com a deformidade que já se processou durante o desenvolvimento do
embrião.

Na inspeção:

- Descrever alterações da coluna dorsal: Cifose, Escoliose, Cifoescoliose. Tórax Cifótico, Tórax
Cifoescoliótico
- Descrever nivelamento ou desnivelamento de ombros. Geralmente associado à escoliose.
- Verificar expansibilidade passiva: ambos os hemitórax devem expandir conjuntamente
- Verificar uso de musculatura acessória
- Verificar respiração abdominal
- Verificar a Frequência Respiratória:
Normal para o adulto = 12-20 incursões/min = Eupnéia
< 12 = Bradipnéia
> 20 = Taquipnéia
→ Descrever alteração de coluna vertebral: podemos ter cifose, escoliose (desvio de coluna latero-lateral da coluna
torácica), cifoescoliose (que é uma cifose aumentada juntamente como escoliose, normalmente se traduz como
alteração congênita- tórax altamente cifótico ou tórax cifoescoliótico importante).

→ Outra coisa que descrevemos é o nivelamento ou desnivelamento de ombros que geralmente está associado a um
desvio latero-lateral da coluna torácica que é a escoliose. Muitas vezes o paciente vem se consultar diz que tem dor
na região torácica, dor na região dorsal, dor na região anterior, ou bilateral tanto na região anterior como posterior
do tórax e de repente, esse paciente tem uma escoliose com desnivelamento de ombros.

→ Verificamos também a expansibilidade passiva, ambos os hemitórax devem se expandir conjuntamente tanto o
lado direito quanto esquerdo, verificar uso de musculatura acessória, que a gente verifica principalmente na região
superior do tórax, em direção a região do ombro; ou em região inferior do tórax nas últimas costelas, nos últimos
arcos costais, lateralmente falando, na região torácica, acabamos verificando o esforço dessa musculatura acessória
para que o paciente consiga respirar melhor.

→ Verificar também a respiração abdominal, muitas vezes o paciente faz uma movimentação abdominal para
movimentar a pressão intra-abdominal e empurrar o diafragma para o local dele novamente, isto também indica
esforço físico importante para manter a respiração.

→ Verificamos a frequência respiratória, conta quantas incursões o paciente está fazendo por minuto e isso é
importante para ver se está normal ou anormal.
- normal para um adulto é 12 a 20 incursões respiratórias por minuto - paciente eupneico
< 12 incursões por minuto - bradipnéia
< 20 incursões por minuto - taquipnéia
*Contar de forma que o paciente não perceba que você está fazendo essa avaliação, porque ele pode começar a
respirar mais rápido só porque ele percebeu que você está contando a frequência respiratória dele.

A inspeção é tudo isso, nós olhamos formato do tórax, olhamos alterações torácica, lesões na pele desse tórax,
protrusões ou retrações dessa região torácica, e já mensura a frequência respiratória do paciente.
2. PALPAÇÃO

• Verificar a expansibilidade ativa: posicionar uma mão espalmada em cada hemitórax ao


mesmo tempo e solicitar que o paciente respire com a boca aberta (inspiração e expiração
pela boca, expandindo o máximo possível). Os dois hemitórax devem expandir
conjuntamente da mesma forma, movimentando a região torácica.
• Iniciar pela região posterior, e quando realizar a região lateral, solicitar que o paciente
levante os braços e apoie as mãos na cabeça. Por último, examinar a região anterior do
tórax.
• Verificar a elasticidade torácica: colocar as mãos, uma na frente e outra atrás do tórax e
solicitar que respire fundo.

→ Verificamos a expansibilidade ativa (a passiva nós já verificamos sem colocar a mão no paciente).
A ativa nós vamos pegar as mãos de forma espalmada com os dedos abertos, e os dedões juntos, colocar as duas
mãos em cada hemitórax posterior sempre de cima para baixo, uma mão ao lado da outra em cada hemitórax da
região posterior desse paciente, começa na parte superior, traz para a
parte intermediária e termina na parte inferior do tórax do paciente. De
forma que cada vez que nós colocamos a mão no tórax do paciente ele
respire de boca aberta o máximo possível, verificar se ele está realmente
com a boca aberta porque aí a expansão é maior, se realizando da forma
correta, sempre estimulando o paciente falando: “respira com a boca
aberta, puxa o fôlego o máximo possível, senão às vezes deixando por
conta dele o exame não seja tão eficaz.
Inspira e expira pela boca, pede para esquecer o nariz, respirando pela
boca, expande o máximo possível. Os dois hemitórax tem que expandir e
retrair simultaneamente movimentando a região torácica como um todo.
Começa na região posterior, passa para a região lateral e finalmente para a região anterior.

Na região posterior no ápice em cima no tórax até a região abaixo da mama, são geralmente 3 posições que nós
fazemos com as mãos espalmadas, dedos abertos, na região superior, região mediana/intermediária e região inferior.
→ Para examinarmos a região lateral, temos que pedir para que o paciente levante os braços e coloque as mãos na
cabeça de forma a liberar a região lateral do tórax para ser examinada, na face lateral primeiro colocando a mão na
região superior (perto da axila do paciente) e depois na região inferior. E as mãos do paciente permanecem unidas
acima da cabeça do paciente, para liberar toda essa região lateral.

→ Na região anterior, posicionamos as mãos na região superior, região mediana e região inferior dos dois tórax,
fazendo o paciente respirar fundo com a boca aberta de modo a movimentar os dois hemitórax.

Lembrar que para ver a expansão do tórax:


- No sexo masculino faremos na região superior, mediana e inferior.
- No sexo feminino faremos na região superior (supra mamária) terço superior e inferior (inframamária) terço inferior.
Na região mamaria logicamente não colocaremos as mãos espalmadas porque não tem como fazer esse tipo de
exame.

*Sempre iniciando na região posterior, lateral e depois anterior.

→ Elasticidade Torácica: colocando uma mão do examinador na região anterior e outra mão na região posterior do
tórax do paciente e pedindo para que o paciente respire fundo com a boca aberta, assim expandindo o tórax do
paciente e sentirmos a sua elasticidade torácica.
→ Verificar o Frêmito Tóraco-Vocal: posicionar uma única mão (sempre a mesma mão) sobre a região
torácica com os dedos fechados e solicitar que o paciente fale a palavra “33” (trinta e três), repetidamente
a cada mudança do posicionamento da mão e o examinador sentirá a vibração causada pela verbalização da
palavra. Esta foi determinada para o exame devido à melhor vibração causada pela pronúncia do encontro
consonantal (TR).

O frêmito tóraco-vocal, é feito com uma mão só, com os dedos unidos e com a mão aberta, nós vamos começar
também da parte posterior, e vamos colocando a mão no tórax desse paciente desde a parte superior até inferior.
Um hemitórax inteiro desde a linha de cima da região superior até a região mediana até a região inferior da face
medial até lateral. De um hemitórax até o outro e toda vez que posicionamos a mão pedimos para o paciente
pronunciar trinta e três, porque nesta palavra há o encontro consonantal do TR, e com essa verbalização você faz
com que haja a propagação de um frêmito que é sentido em todo o tórax do paciente com a mão do examinador com
os dedos fechados.

Repetidamente nós vamos posicionando a mão no tórax do paciente, ele vai verbalizando o trinta e três e você vai
descendo a mão da região superior até a região inferior, da região medial para a região lateral. Faz um hemitórax, faz
outro hemitórax da mesa forma e pode fazer depois comparativamente, o lado direito com o lado esquerdo e assim
vai comparando o frêmito tóraco-vocal, muda o posicionamento da mão e o paciente vai verbalizando o trinta e três.
Essa palavra foi escolhida pelo encontro consonantal do T com R e esse frêmito é homogêneo no tórax do paciente.

Seja na face posterior, na face lateral pedindo para o paciente erguer as mãos acima da cabeça e palpa frêmito
tóraco-vocal na região superior perto da axila, medial e inferior, na região anterior mesma coisa, também de cima
para baixo na mulher só vamos fazer a região superior, pulando toda a região mamária, por causa da mama
proeminente.

→ Sempre da região superior para inferior e da medial para lateral.


O frêmito tóraco-vocal pode estar:

• Normal: a sensação palpada pelo examinador deve ser a mesma em todo o tórax.
• Aumentada: a sensação palpada é maior em determinado local. Isto vai ocorrer quando
houver uma condensação parenquimatosa, a qual vai favorecer a propagação do som. Ex.
Pneumonia.
• Diminuída: a sensação palpada é menor em determinado local ou em todo o tórax. Ex. DPOC
(Enfisema Pulmonar), Derrame Pleural.

- Ele deve ser homogêneo em todo o tórax.

→ E está aumentando quando existe uma condensação parenquimatosa no pulmão como por exemplo uma
pneumonia, no local do tórax onde nós temos a pneumonia, nós temos um sinal semiológico, o frêmito tóraco-vocal
(33) é sentido muito mais aumentado na mão, no local da pneumonia, porém a grande maioria das patologias
diminuem frêmito ou não alteram muito o frêmito tóraco-vocal que é o frêmito sentido pela verbalização da palavra
trinta e três na corda vocal do paciente.

→ Pode estar diminuído em caso de determinadas patologias pulmonares, na maioria ele está diminuindo, como em
bronquite crônica e várias doenças crônicas do pulmão que diminuem a ausculta posteriormente. Diminuída em
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema pulmonar e derrame pleural (que é o acúmulo de líquido entre
as pleuras) que é a consequência de uma patologia, não é a doença, esse acúmulo de líquido no espaço pleural vai
formar uma barreira, você não sente o frêmito de forma normal e ele vai estar diminuído frente a um quadro de
derrame pleural.

3. PERCUSSÃO

• Para o examinador destro: colocar a mão esquerda com os dedos ligeiramente separados,
apoiada suavemente sobre a parede torácica e executar a manobra de percussão com o
dedo médio ou o indicador da mão direita. O movimento da mão que percute é de flexão e
extensão sobre o punho, nunca envolvendo à articulação do cotovelo e nem do ombro. Os
golpes dados com extremidade distal do dedo (polpa) serão sempre da mesma intensidade
(suaves ou medianamente fortes)
• Para o examinador sinistro (canhoto): Inverter as mãos.

A percussão é feita com as duas mãos do examinador.

→ Se o examinador é destro, ele vai fazer o impulso da batida (percutir) com os dedos da mão direita,
fundamentalmente com o dedo indicador e médio que ele vai fazer o impulso do toque no paciente, e com a mão
esquerda em cima do tórax do paciente para ele o impulso da mão direita em cima dos dedos da mão esquerda.

→ Quem é sinistro (canhoto), faz o contrário, apoia com a mão direita e faz o impulso com a mão esquerda, porque
logicamente tem mais força nessa mão esquerda.
→ Dedo indicador e dedo médio para fazer impulso e apoiar no tórax do paciente.

• Realizar o exame iniciando na parede torácica posterior, da parte superior para a inferior, da
região medial para lateral.
• Após realizar o exame na região lateral do tórax. Para isso, o paciente deve levantar os
braços colocando as mãos apoiadas na parte posterior da cabeça. Iniciar primeiro pela parte
mais posterior e após na parte mais anterior. De cima para baixo.
• Por último, realizar a percussão na face anterior do tórax, executando a manobra na parte
supra mamária na mulher e em toda a parte anterior no homem.
• Realizar sempre de cima para baixo, da região medial para lateral.
• A Percussão só permite captar o sons da estruturas localizadas no máximo a 5 cm do ponto
de impacto do dedo percussor (só mostrará alterações relacionadas ao parênquima
pulmonar e à pleura.

Nós temos sempre o mesmo roteiro → começar na face posterior, passar para face lateral, e depois face anterior dos
hemitórax do paciente. Sempre começamos de cima para baixo, da parte superior para inferior, sempre a região
medial para a região lateral dos hemitorax. Na região lateral do hemitórax direito e esquerdo também pedir para o
paciente levantar os braços para livrar todo a parte lateral para o exame, depois na região anterior, de cima para
baixo, homem realizar tudo e na mulher pula a região mamária, fazendo basicamente somente região superior
(região supra mamária) do hemitórax anterior do paciente.

*Face posterior, face lateral, face anterior. Face posterior, sempre parte superior para inferior e parte medial para
depois lateral.
• Sons obtidos durante o exame:
1- Som Claro Pulmonar ou Sonoridade Pulmonar: é simétrico em toda a caixa torácica. Indica
o som normal.
2- Som Timpânico: som aumentado (mais alto que o som claro pulmonar), indicando
Hiperinsuflação Pulmonar (Ex.: Enfisema Pulmonar)
3- Som Submaciço: som discretamente diminuído, indicando alteração de Parênquima ou
Pleura (som mais abafado, um pouco diminuído).
4- Som Maciço: som extremamente diminuído, indicando também alteração importante de
Parênquima ou Pleura.
5- Som Abolido: som inaudível (a gente percute e acaba não ouvindo nada): alteração
importante de parênquima ou pleura.

Os sons obtidos durante a percussão:

→ Som claro pulmonar som normal que deve ser, homogêneo difusamente em todo tórax (hemitórax) desse
paciente. Na face posterior, lateral e anterior tem que ser o mesmo som nas 3 faces.
Quando vocês forem fazer SÓ MEXE A ARTICULAÇÃO DO PUNHO, mantém o braço fixo e só faz o batimento
movimentando o punho do examinador. Movimentos de flexão e extensão do punho com a mesma intensidade,
suave ou medianamente fortes, tem que ter uma certa pressão para provocar aquele som claro pulmonar.

Temos que lembrar que o som claro pulmonar em uma profundidade de 5 cm, exatamente do ponto que você está
percutindo, então para dentro, para região interna desse tórax só conseguimos pegar até uma profundidade de 5 cm,
isso não dá visão da região central do pulmão, só dá audição do som claro pulmonar na região periférica do pulmão,
então a percussão se altera para doenças parenquimatosas (teciduais), doenças dos alvéolos e de região pleural.
Nós estamos percutindo por tabela as regiões que estão numa profundidade de 5 cm do ponto de toque que você
está percutindo no tórax do paciente - pega região pleural e parenquimatosa. (ALTERAÇÕES BRÔNQUICAS NÃO
COSTUMAM DAR ALTERAÇÕES DE PERCUSSÃO POIS NÃO CHEGA ATÉ ESSA PROFUNDIDADE).

Resume-se nestes 5 sons, onde 1 é normal (som claro pulmonar) e em 4 alterações (som timpânico-> aumentado);
(som submaciço-> pouco diminuído); (som maciço-> bastante diminuído); e som abolido que é um som inaudível que
você não ouve nada com respeito ao som da percussão do paciente.
VOCÊ SÓ PERCUTE NO PACIENTE REGIÃO PARENQUIMATOSA E PLEURA, VOCÊ NÃO PERCUTE REGIÃO BRÔNQUICA,
CONSEQUENTEMENTE EM ALTERAÇÕES BRÔNQUICAS NÃO HÁ ALTERAÇÃO NO SOM PERCUTIDO.

→ Som maciço e abolido: Nessas alterações de sons nós podemos ter: pneumonia (na área parenquimatosa alterado,
um quadro de pneumonia) e na pleura (alterações pleurais, como derrame pleural)

→ Som submaciço: pode ser um espessamento pleural e uma área de pneumonia pode dar som submaciço também.

* inaudível possivelmente indica derrame pleural importante, pneumonia não chega a dar inaudível, então quanto
mais diminuído mais grave normalmente é o caso.
4. AUSCULTA

• É o método semiológico básico no exame físico dos pulmões. Permite analisar o


funcionamento pulmonar.
• Não inclui o exame da região pré-cordial e as bulhas cardíacas, sendo que estes fazem parte
do exame físico cardíaco.
• Realiza-se com uso do estetoscópio, o qual é pousado sobre o tórax do paciente e solicita-se
que o mesmo respire com a boca aberta, inspirando e expirando com força, o máximo que
possa fazer, para que o examinador ouça o som produzido o melhor possível.

É o método semiológico básico do exame físico dos pulmões, ele permite analisar o funcionamento pulmonar e ele
não inclui o exame da região pré-cordial, porque é examinado no exame físico cardíaco. E não incluí as bulhas
cardíacas, não tem nada a ver com bulhas cardíacas, frêmitos cardíacos.

É realizado com estetoscópio, com a membrana do esteto, que é pousada sobre o tórax do paciente e vai solicitar ao
paciente que ele respire com a boca aberta o máximo que ele puder, novamente estimulando o paciente “respira
fundo”, “respira com a boca aberta”, “puxa o folego”, “respira mais fundo”, nós vamos estimulando e em algumas
vezes nós temos que demostrar para o paciente como ele tem que respirar pela boca, porque muitas vezes mesmo a
gente solicitando o paciente não consegue compreender como ele tem que fazer. “respira com a boca aberta, agora
olha pra mim (inspira e expira 3 vezes – demostrando para o paciente)” para assim o examinar ausculte o melhor
possível o som produzido pelo paciente.

Aqui nós temos uma foto mostrando para vocês uma paciente que é mulher, pra provar pra vocês que não é
necessário retirar o sutiã, é interessante às vezes abaixar as alças e soltar a parte posterior para que melhor ausculte
na hora do exame, e a gente posiciona o esteto primeiro na face posterior (de cima para baixo, primeiro a região
medial depois a lateral, de um lado de outro, depois podemos comparar os dois hemitórax posteriores), passa para
lateral ( levanta os braços de novo do paciente acima da cabeça dele, pega abaixo da região axilar, primeiro a região
mais posterior depois a região mais anterior, de cima para baixo), depois a região anterior do hemitórax do paciente,
região medial, região lateral, no homem de cima para baixo; na mulher apenas a região supra mamária dessa
paciente.
• OBS= Quando o paciente não entende corretamente como deve proceder, o examinador
deve mostrar a ele como se faz. Se o paciente cansar realizando o procedimento, deixá-lo
descansar alguns segundos ou minutos. Não forçá-lo.
• Inicia-se o exame na face posterior do tórax, de cima para baixo, da parte medial para a
lateral.
• Após, examina-se a face lateral, da parte mais posterior para a anterior.
• Em seguida, examina-se a face anterior do tórax. No homem, examina-se toda ela; na
mulher, examina-se a região supra-mamária e infra-mamária.
• Por último, auscultar a região traqueal (região anterior do pescoço).

Se o paciente cansar nós não forçamos a barra com o paciente, se a gente perceber que ele está cansado ou ele fala
que está cansado de tanto inspirar e expirar a gente para o exame no ponto em que nós estamos de ausculta, deixa o
paciente descansar alguns minutos e retoma o exame do ponto em que parou, e continua até o fim do esquema
todo.

Primeiro a região posterior, depois lateral, anterior, sempre de cima para baixo sempre da região medial para a
região lateral.

Os pontos de ausculta nós vemos um homem na imagem, ele tem mama plana, facilita o exame.
A mulher tem mama volumosa, não tem como colocar o esteto em cima da mama da mulher, logicamente então será
apenas a região supra mamária que será auscultada e se necessário a região inframamária (abaixo da mama).

*quando o paciente não entende nós representamos como é pra ele; se cansar nós esperamos alguns minutos.

→ Face posterior, de cima para baixo, região medial para região mais lateral
→ Face lateral, parte mais posterior, parte mais anterior, de cima para baixo.
→ Face anterior do tórax, paciente do sexo masculino fazer em todos os pontos, na mulher região supra mamária e
inframamária.
→ Uma coisa importantíssima, não esquecer a região traqueal, essa região do pescoço, região retroesternal, temos
que examinar essa região, e o mais interessante é que na região traqueal podemos fazer até o oposto, começar em
baixo na divisão da traqueia e ir subindo em direção ao pescoço para examinar a região traqueal desse paciente.
A gente começa na região mais inferior quase na divisão da traqueia para os brônquios, vai subindo com o
estetoscópio e chega até a região do pescoço do paciente, então não deixar de examinar a traqueia, pois é
importantíssimo. Ausculta de traqueia é importante, tem pacientes que fazem traqueíte, essa traqueíte é uma
inflamação da traqueia, ela pode aparecer em um quadro alérgico (respiratório) e ela pode acontecer em um quadro
viral, por exemplo uma gripe e fazer uma traqueíte. Clinicamente dá uma tosse importantíssima, geralmente seca,
uma tosse terrível, persistente, rever anamnese do sistema respiratório para compreender.
Na traqueíte nós podemos auscultar sons, ruídos na região da traqueia.

SONS OBTIDOS:

• 1 - Murmúrio Vesicular Fisiologicamente Distribuído (MVFD): é o som produzido pela entrada


e saída do ar em todas as estruturas dos pulmões. Deve ser simétrico em todo o tórax, mas
pode ser mais intenso na face anterior do tórax e nas bases posteriores dos pulmões. É o
som normal.
• Quando está diminuído difusamente, indica alteração parenquimatosa difusa. Ex.: Enfisema
Pulmonar.
• Quando está diminuído localmente, indica alteração brônquica, parenquimatosa ou pleural
localizada. Ex.: Pneumonia, Bronquite, Derrame Pleural.

Quais são os sons obtidos na ausculta pulmonar?

→ O som normal é o murmúrio vesicular fisiologicamente distribuído (MVFD), que é o som produzido pela entrada e
saída do ar em todas as estruturas dos pulmões, deve ser simétrico em todo o tórax, pode ser mais intenso na face
anterior do tórax e nas bases posteriores dos pulmões a gente pode ouvir um pouco mais, mas o som é normal da
ausculta pulmonar. O MVFD é o som normal em todo o hemitórax, seja na face posterior, lateral e anterior, embora
ele seja um pouquinho mais audível na região anterior do tórax.

→ Quando está diminuído difusamente, indica alteração parenquimatosa difusa. Ex.: enfisema pulmonar, que dá
destruição de parênquima, de tecido pulmonar e essa alteração é difusa, e a gente tem diminuição de murmúrio
vesicular em todo o hemitórax do paciente.

→ Quando está diminuído localmente, pode indicar uma alteração brônquica, parenquimatosa ou pleural, então
pode estar diminuído (o esteto consegue pegar todas essas alterações em termo de profundidade, é diferente da
percussão que só pega 5 cm).
Ex.: pneumonia que é uma alteração parenquimatosa, você tem alteração do murmúrio, vai estar diminuído.
Se você tem uma bronquite crônica, por exemplo com alterações brônquicas, você pode ter murmúrio diminuído
também.
E derrame pleural, que é o exemplo da pleura, de alteração pleural, você pode ter murmúrio diminuído.
Então ele pode estar diminuído tanto em alterações brônquicas, quanto alterações parenquimatosas, quanto
alterações pleurais.
Agora vamos a ruídos adventícios: sons estranhos, ruídos, que são patológicos que nós vamos auscultar na região
torácica:
• 2 - Roncos: sons graves, de baixa frequência, originando da presença de secreção em
brônquios de grande calibre. Podem aparecer na ins ou na expiração. Podem ser fugazes,
mutáveis com a tosse ou a respiração. Ex.: Bronquite Crônica, Bronquiectasias.
• 3 - Sibilos: sons agudos, de alta frequência, semelhante a “miado de gato”, que indicam a
dificuldade do ar passar pelos brônquios, acusando diminuição do calibre destes. Ex.: Asma,
DPOC (Bronquite Crônica).

→ Roncos (não tem nada a ver com ronco de dormir), é um som grave, de baixa frequência, originando da presença
de secreção em brônquios de grande calibre, podem aparecer na inspiração ou na expiração, podem ser fugazes, e
mutáveis com a tosse ou com a respiração, então eles mutam, você ouve numa incursão respiratória se o paciente
tossir ou de acordo com a respiração eles podem também modificar.
Ex.: roncos audíveis em ausculta pulmonar são as bronquites crônicas e as bronquiectasias que são dilatações
permanentes de brônquios irreversíveis, que podem dar grande quantidade de secreções, tanto a bronquite quanto a
bronquiectasia, mas principalmente na bronquiectasia que produz muito mais secreções, você pode ter a presença de
roncos na ausculta pulmonar, vai indicar a presença de secreção em brônquios de grande calibre.

→ Sibilos são sons agudos, de alta frequência, que o paciente refere que se assemelha com “miado de gato”(não é
para colocar isso, é só para entender como é o som), um som bem agudo, fino, que indica a dificuldade do ar passar
pelos os brônquios acusando diminuição de calibre deles. Então sibilo significa diminuição de calibre de brônquios.
Ex.: Asma, o paciente relata sibilância e você escuta sibilo e na DPOC principalmente na bronquite crônica que é uma
inflamação crônica dos brônquios e que pode fazer com que haja uma ausculta de sibilos desse paciente, indica
diminuição do calibre.
*sibilo é termo de exame físico, sibilância é termo de anamnes, não confunda.

• 4 - Estertores Subcrepitantes ou Bolhosos: é o som do ar passando pela secreção brônquica,


em brônquios de médio e pequeno calibre. Podem ser audíveis na ins e expiração, em todo o
tórax, mas principalmente nas bases pulmonares posteriores. Sofrem alteração com a tosse.
Ex.: Bronquite Crônica, Bronquiectasias.
• 5 - Estertores Crepitantes: é o som de crepitação (semelhante a um papel celofane, o qual se
movimenta após ser amassado). Indica alteração parenquimatosa do pulmão (alvéolos),
sendo indicativo da presença de secreção ou de líquidos neste local. Ex.: Pneumonia, Edema
Agudo de Pulmão, Doenças Alveólo-Intersticiais (Fibrose Pulmonar Idiopática ou secundária a
outras patologias, como nas Colagenoses.

→ Estertores subcrepitantes (ou bolhosos): é o som do ar passando nas secreções brônquicas em brônquios de
médio e pequeno calibre.
Brônquios de médio e pequeno calibre dão uma ausculta, na hora que a gente ouve o ar passando entre a secreção
dos brônquios de médio e pequeno calibre, diferente de ronco que é um som mais grosseiro, o estertor subcrepitante
é um som fino, podem ser audíveis na inspiração e na expiração, em todo o tórax, principalmente nas bases
pulmonares bilaterais posteriores
Ex.: doenças brônquicas como bronquite crônica e bronquiectasia, também provoca Estertores subcrepitantes.
→ Estertores Crepitantes, é alteração tecidual, são sons de crepitação, parecidos com crepitações finas, delicada
(barulho de uma pedra raspando em outra ou papel celofane amassado na hora vai se abrindo ou o roçar do cabelo ),
indica a presença de secreção ou líquido no parênquima pulmonar, no tecido alveolar do pulmão, então estertores
crepitantes são alterações de parênquima pulmonar, alterações de alvéolos, tecido pulmonar.
Ex.: Acontece na pneumonia, que é uma infecção bacteriana do tecido pulmonar; vai acontecer no edema agudo de
pulmão que é o extravasamento de líquido para dentro da parte alveolar e intersticial do pulmão (doenças alvéolo-
intersticial do pulmão) como fibrose pulmonar idiopática ou colagenose pulmonar que também compromete a parte
tecidual, parenquimatosa do pulmão, os alvéolos e o tecido intersticial em volta, e esses comprometimentos levam a
uma ausculta de crepitação.
Podem ser audíveis em todo o tórax, se tiver um quadro de colagenose pulmonar que compromete difusamente o
parênquima, de fibrose pulmonar idiopática que compromete difusamente o parênquima, quadro de edema agudo
de pulmão que compromete difusamente o parênquima a mesma coisa, você pode ter estertor crepitante em todo o
pulmão, bilateralmente, desde o ápice até a base do pulmão, dependendo da patologia.

*Você pode ter ronco, que é o som em brônquios de grande calibre sem ter estertores subcrepitantes, mas
costumeiramente, o mais frequente é ter tudo, estertores subcrepitantes, brônquios de médio e pequeno calibre,
juntamente com os roncos.

→ Resumindo:
- Ronco presença de secreção em brônquios de grande calibre.
- Sibilo diminuição do calibre do brônquio, som agudo, fino, logicamente a alteração é brônquica também.
- Estertores subcrepitantes presença de secreção em brônquios de médio e pequeno calibre, alteração brônquica
também.
- O único tecidual é estertores crepitantes, sons de crepitação fina que indica alteração parenquimatosa ou alveolar
do pulmão. Toda alteração de tecido, de parênquima pode dar estertores crepitantes. Ex.: pneumonia pode dar,
congestão pulmonar com edema agudo de pulmão, doenças do tecido intersticial do pulmão como fibrose pulmonar
idiopáticas ou colagenose pulmonar podem dar estertores crepitantes.

• 6 - Som Abolido: ausência do murmúrio vesicular. Indica alteração pleural importante, como
Derrame Pleural, Pneumotórax ou Hemopneumotórax.

→ Por último, o som abolido, que é quando você coloca o esteto e não ausculta nada, é a ausência do murmúrio
vesicular por completo, indica uma alteração pleural extremamente importante, como um derrame pleural, um
pneumotórax que é a presença de ar no espaço pleural, ou como um hemopneumotórax em um traumatismo
torácico, onde há fratura de arcos costais, essa fratura de arcos costais causa sangramento, rompe pedaço do
pulmão, faz a presença do ar no espaço pleural que é o pneumotórax, juntamente com sangue por causa do
traumatismo há um sangramento no espaço pleural e dá o hemopneumotórax.
Então, o som abolido, procurar alterações em pleura, pois o problema deve estar na região pleural, seja um derrame
pleural, seja secundário a uma doença, seja um pneumotórax, seja um hemopneumotórax em um traumatismo
torácico.

Você também pode gostar