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Caso 1

• Paciente 75anos, queda da propria altura há 6


horas e esta com dor e deformidade quadril dir.
AP: HAS
•EF: MID encurtado e em atitude de RE, dor a
palpação femur proximal dir
•HD e exames?
RX

VOCE ESTA SATISFEITO COM AS RADIOGRAFIAS?


Rx com tração e RI

Diag e Classificação?

TTO?
• Comente o resultado?
Fraturas do Colo do Fêmur
Anatomia
Anatomia
Anatomia

• Circunflexa medial e A. Epifisárias laterais > 50%


• A. da fóvea somente área ao redor do lig. redondo
• Hematoma intracapsular =  pressão e  aporte sanguíneo
Anatomia

Triângulo de Ward
Calcar
130° (+/- 7°)
Ângulo Cervico-Diafisário
Anteversão colo: 10° (+/- 7°)
Histórico
• (1564) AMBROSE PARE: Primeiros a descreverem as fraturas do Fêmur
proximal.

• (1882) JACOB: Descreveu as fraturas do colo como intra-capsulares

• A TRAÇÃO: Começou a ser usada no início do séc. XIX para evitar o


encurtamento e a deformidade   índices de pseudoartrose  primeiras
tentativas de aplicar forças de impacção

• (1930) SMITH, LEADBETTER, SMITH-PETERSON: Algorítimos foram


desenvolvidos para tratamento com redução fechada e imobilização com gesso
(taxa de consolidação de apenas 23%)

• TÉCNICAS DE FIXAÇÃO com placas e cravos datam de 1850.

• (1950) ARTROPLASTIA PARCIAL Se difundiu com a pótese de Acrílico de


Judet seguida pelas metálicas de Austin-Moore e Thompson.
Epidemiologia
• 280.000 fraturas nos EUA em 1998: $8,7Bi  63% da verba para
tratamento de fraturas por osteoporose / 43% do custo de todas as
fraturas nos EUA
• Projeção p/ 2040: 500.000/ano (custo de $16 Bi/ano)

• 2 POPULAÇÕES SÃO ATINGIDAS:


 JOVENS (3-5%) Trauma de alta energia
 IDOSOS( >90%) Queda da própria altura
• Incidência DOBRA a cada 5-6 anos em ♀ após 30 anos /Atinge
18:1000 ♀ aos 85 anos.
• Pacientes + JOVENS que aqueles vítimas de fraturas trocantéricas
(+velhos, + dependentes, + osteoporóticos)
Fatores de Risco
• Morar em asilos
• Estados confusionais
• Perdas Psicomotoras (PARKINSON, AVC PRÉVIO, PARESIAS,
FRAQUEZAS)
• Déficits visuais
• Medicamentos (ANTI-HAS, SEDATIVOS, CORTICÓIDES,
ATICONVULSIVANTES E LAXANTES)
• Fumo
• Peso (IMC -  RISCO)
• OSTEOPOROSE
OSTEOPOROSE
(Índice de Singh)

• Grau 6: Todo o trabeculado é visto


• Grau 3: Perda do Grupo Tensil
principal
• Grau 1: Apenas o trabeculado
compressivo principal é visto
OSTEOPOROSE
Fatores de Risco p/ Fraturas
OSTEOPOROSE
Diagnóstico

Densitometria Óssea
> 1,0 DP = Osteopenia
> 2,5 DP = Osteoporose
OSTEOPOROSE
Tratamento

• Cálcio Alimentar: Ingesta + importante durante o crescimento


(1200-1500mg/dia) e mantida na velhice (1000mg/dia)
• Cálcio + Vit. D Suplementar:  43% risco de fratura em mulheres
pós menopausa após 18 meses
• Estrógeno
• Calcitonina: Diminuem a reabsorção óssea de cálcio
• Bifofonados: Inibem a ação osteoclástica.  51% incidência de
fraturas após 2 anos de uso
• Tiazídicos: Diminuem a excreção de Ca++
Mecanismo de Fratura
• Queda da própria altura com impacto lateral sobre o grande
trocanter (impactação em valgo)
• Queda em rotação externa com carga sobre o membro
(força concentrada na cortical posterior  cominução
posterior)
• Fratura por stress precedendo a queda

Em Jovens:
Trauma axial do fêmur de alta energia com
quadril abduzido
Exame Físico e Diagnóstico
Fraturas Não Deslocadas:
• Pacientes podem deambular apenas com discreta claudicação
• Dor na virilha ou no lado medial do joelho
• Dor reproduzida durante a mobilização do quadril
• Rx pode ser normal e pode não haver história de trauma
(investigar com TC, cintilografia ou RNM)
Fraturas Deslocadas:
• Clínica e Rx evidentes
• Impotencia funcional
• Dor importante
• Deformidade em rotação externa e encurtamento
Classificação
(Pauwels)

•Primeira classificação das fraturas do colo


•Acreditava que o obliqüidade do traço
influenciava na estabilidade da fratura
Classificação
(Garden)
Classificação
(Garden)
Classificação
(AO)
Tratamento
Via de Regra é CIRÚRGICO

CONSERVADOR se:
Pctes terminais
Pctes não deambuladores
Pctes restritos ao leito
Pctes jovens com fraturas por fadiga

Mínimo de 8 semanas sem apoio


Tratamento
Pacientes jovens  sempre tentar fixação, mesmo com
grandes deslocamentos
Pacientes idosos  fixação X hemiartroplastia X artroplastia
total

• Tipo de fratura
• Grau de deslocamento
• Idade
• Função prévia
Tratamento
Índices de alinhamento de Garden p/ redução do colo femoral

180° N  160°
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE
Parafusos Canulados:
Nenhum ou pequeno deslocamento
Impacção em valgo
Grandes deslocamentos em pacientes jovens (após
redução)
Técnica Cirúrgica
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE

Dynamic Hip Screw (DHS):


Fraturas basocervicais (mesma biomecânica das
fraturas trocantércias)
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE
Artroplastia Parcial (Thompson, Austin-Moore, Bipolar):
Paciente com idade bastante avançada e:
Fraturas subcapitais
Fraturas com grande deslocamento
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE

Artroplastia Total do Quadril:


Pacientes com boa expectativa de vida
Pacientes com marcha normal prévia a fratura
Fraturas sub-capitais ou c/ grande deslocamento
Complicações
• Falha na osteossíntese com perda da
redução

• Pseudoartrose

• Necrose da cabeça femural


Fraturas Trocantéricas e
Subtrocantéricas
Fraturas Trocantéricas
Epidemiologia
• Pacientes + idosos do que aqueles que
sofrem fraturas do colo
• Maior incidência após os 75 anos
• 75-80% Mulheres
• 50% c/ Osteoporose
• EUA: M – 63:100.000 / H – 34/100.000
• Traumas de pequena intensidade (queda da
própria altura) em ambiente doméstico
Exame Físico e Diagnóstico
• Dor importante
• Limitação funcional
• Atitude em rotação externa e encurtamento
• Hematoma glúteo (fratura extra-capsular)
• Diagnóstico c/ Rx simples em AP da bacia
e AP + Pperfeito da art. coxo-femoral

Região Trocantérica: Base do colo do fêmur até a


extremidade distal do pequeno trocânter
Classificação
(Tronzo) – feita pelo Rx em AP
I II III IIIa - variante

IV V V
Classificação
(Evans)

Estáveis
X
Instáveis

Cominução
póstero-medial
Classificação
(AO)
Tratamento
Via de Regra é CIRÚRGICO
Primeiras 24-72h - > tempo de espera  complicações
clínicas e pioram o estado geral do paciente

CONSERVADOR se:
Pctes terminais
Pctes restritos ao leito

Baixo índice de pseudo-artrose (região metafisária)


Alto índice de vícios de consolidação
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE

Dynamic Hip Screw (DHS):


• Fraturas estáveis
• Permite compressão secundária do foco de fratura por
ação do parafuso deslizante
DHS – Técnica Cirúrgica

A distância de 25mm é o
prinicpal responsavel
pelo sucesso da cir em
evitar futuro Cut-off do
prego
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE
Proximal Femoral Nail (PFN):
• Fraturas instáveis
• Fraturas com traço invertido

Haste + próxima ao
colo e cabeça femoral
permite > estabilidade
p/ apoio + precoce e
atua como obstáculo a
medialização da diáfise
Fratura instável Fratura c/ traço invertido
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE

Dynamic Condilar Screw (DCS) e Placa angulada 95°:


• Fraturas com traço invertido
• Biomecânica não favorável ao uso do DHS
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE

Técnicas de Valgização do colo femoral (Dimon-Hughston) e


Medialização diafisária (Sarmiento):
• Úteis em fraturas instáveis
• Pacientes idosos que requerem reabilitação e apoio precoces
• Forças atuam do sentido da impacção da fratura
Dimon-Hughston
Valgização

Sarmiento
Medialização diafisária
Fraturas Subtrocantéricas
Epidemiologia
• Aumento da incidência nos últimos anos
devido a traumas de alta energia
• Acidentes automobilísticos, quedas de
altura, FAF e atropelamentos
• Pacientes + jovens

Região Subtrocantérica: Extremidade distal do pequeno


trocânter até cerca de 5-6cm distalmente
Classificação
Tipo I
Sem desvio (Seinsheimer)
Qualquer fratura com desvio menor que 2
mm
Tipo II (fraturas em 2 partes)
II A – transversa do fêmur
II B – Espiral com pequeno trocanter no
fragmento proximal
II C – Espiral com pequeno trocanter no
fragmento distal
Tipo III (fraturas em 3 partes)
III A – Espiral onde o pequeno trocanter é
parte do 3º fragmento, o qual apresenta
espícula cortical de tamanho variável
III B – Espiral do 1/3 proximal do fêmur. 3º
fragmento é uma asa de borboleta
Tipo IV
Cominutiva
4 ou mais fragmentos
Tipo V
Qualquer fratura com extensão para grande
Classificação
(Russell-Taylor)
DESENVOLVIDA PARA
PERMITIR ESCOLHA DO
MÉTODO DE FIXAÇÃO
I: não se extendem a fossa
piriforme
IA: cominução vai abaixo do
trocânter menor ao istmo;
IB: cominução envolve o trocânter
menor e o istmo;
II: se extendem a fossa piriforme e:
IIA: traço vai do trocânter menor
ao istmo;
IIB: há extensão para o trocânter
maior, cominuiçâo póstero-medial
e perda de continuidade do peq.
Trocânter.
Tratamento
ESCOLHA DO IMPLANTE

Dynamic Condilar Screw (DCS) e Placa angulada 95°:


• Fraturas sem cominução medial
• Fraturas com comprometimento da fossa piriforme
• Simples ou “em ponte”

Proximal Femoral Nail (PFN):


• Fraturas com cominução medial
• Fraturas sem comprometimento da fossa piriforme
Complicações
• Perda da redução com desvio em varo

• Penetração do implante na articulação

• Pseudoartrose: raro
FIM

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