Você está na página 1de 35

Fraturas da Coluna Cervical

Dr. Guilherme Moura Colares


Epidemiologia
• Traumas de alta energia
• Politraumatizados (aprox 40%)
• Índice de lesão neurológica próximo a 70%!!!
• Causas:
– Acidente automobilístico
– Quedas
– Acidentes de mergulho
– Ferimento por arma de fogo
• Homens, jovens
• Aumento da proporção de crianças
Cuidado com fraturas em mais de 1 nível
Fraturas do Côndilo Occipital
• Diagnóstico difícil
– Nucalgia / Espasmo da musculatura posterior
– Paralisia do IX, X e XI
• Bom prognóstico quando
conservadoramente tratadas
• CUIDADO COM TRAUMAS
ASSOCIADOS (CRÂNIO E OUTRAS
VÉRTEBRAS CERVICAIS)!!!
Classificação
• Anderson e Montesano, 1988
• Tipo I: impacção
• TipoII: fratura de base do crânio com
extensão para os côndilos occipitais.
• Tipo III: fratura avulsão
Tipos I e II estáveis pela integridade das estruturas
ligamentares; tipo III parcialmente estável
Tratamento
• Imobilização por três meses
• Tipos I e II: colar cervical
• Tipo III: Halo gesso ou Minerva
• Possibilidade de cefaléia cervicogênica no
futuro
Fraturas do Atlas
• Compressão axial
• Dor suboccipital, cefaléia e limitação de
movimentos
• Sintomas neurológicos INFREQÜENTES
(observar outras vértebras cervicais)
10mm

3mm adultos
4mm crianças

>5mm lesão do ligamento transverso

No raio X transoral: afastamento das massas > 7mm


Gehweiler
Tratamento
• Órtese desvios menores que 2mm
• Tração e halo para lesões entre 2 e 7mm
• Artrodese para lesões que comprometem
o ligamento transverso em sua substância
Fraturas do Odontóide
• Acidentes automobilísticos
• Desvio anterior do fragmento é o mais
freqüente
• 5 a 15% de todas as lesões da coluna
cervical
• Lesão neurológica em 15 a 25%
Anderson e D’Alonzo
Tratamento
• Tipo I: colar ou órtese, 3 meses. Avaliar
instabilidade residual
• Tipo II: índice de pseudoartrose de 10 a 67%
– Desvio >6mm
– Desvio posterior
– Angulação >10o
– >60 anos
– Tabagismo
– Diagnóstico tardio
– Método de tratamento incorreto
• Tipo III: Tração e imobilização com halo 8 a 12
semanas
Tratamento
• Artrodese posterior
– Tecnicamente mais fácil
– Perda de 50% da mobilidade rotacional
• Osteossíntese anterior
– Tecnicamente exigente
– Manutenção da mobilidade cervical
Gallie
Fratura do Pedículo do Áxis
• Haughton, 1866
• Wood-Jones, 1908 3 1913 “Nó
submentoniano”
• 5% de todas as fraturas cervicais
• Lesão neurológica infreqüente
(alargamento do canal medular)
• Assimetria dos traços de fratura: posição
da cabeça no momento do trauma
Levine e Edwards

65% 28% 7%
Tratamento
• Geralmente benignas evoluindo bem com
tratamento conservador
– Tração
– Halo gesso
– * Colar tipo Philadelphia
• Presença de lesões ligamentares (lesão
tipo III): tratamento cirúrgico
– Artrodese occipito-C3
– Fixação pedicular de C2 (fixação de C3)
Fraturas da Coluna Cervical Baixa
A
C

B
Classificação AO

Você também pode gostar