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Caroline Ongaratti Hansen

RESUMO ORTO
OSTEOARTROSE E OSTEOSPOROSE
OSTEOARTROSE -> processo de envelhecimento normal

 Limitada capacidade de regeneração da cartilagem articular, as modificações tendem a


ser irreversíveis
 Doença degenerativa por perda gradual da cartilagem articular
 Perde proteoglicanos da matriz cartilaginosa -> condromalácia -> fibras colágenas
perdem seu apoio -> fragmentação da cartilagem “fibrilação” -> diminuí absorção de
choques e da lubrificação -> vulnerabilidade às repetidas fricções do movimento
articular normal
 Etiologia: desconhecida
 Lesão mecânica repetitiva (papel principal)
 Inflamação -> efeito catabólico nos condrócitos -> degradação celular
 Primário (= inflamatório) -> + em mulheres
 Secundário (= traumas, deformidades, doença, sobrecarga) -> + em homens
 Sinais/sintomas
o Dor (artralgia) com ou sem irradiação)
o Limitação funcional
o Perda do movimento
o Aumento de volume (às vezes)
o Calor e rubor -> DD: pioartrite
 Tto conservador (maioria)
o Medicamentos: AINES, analgésicos, relaxante muscular, corticoesteroide
 Sulfato de condoitina e sulfosaminoglicanos são protetores da
cartilagem hialina, hoje em dia usamos mais o colágeno
o Fisioterapia
o Exercícios sem impacto articular
o Diminuição do peso corporal
 Tto cirúrgico:
o Osteotomia
o Prótese de substituição articular
o Artrodese de coluna vertebral

OSTEOPOROSE

 Destruição > formação = diminuição da massa óssea (diminuição da densidade óssea) -


> osteopenia e osteosporose
 Quadro clínico
o Doença silenciosa por longo tempo
o Primeiro sintoma pode ser fratura sentinela (pp em punho ou vértebra)
o Dor óssea
o Alteração postural -> cifose exagerada
o Redução da estatura
 Fatores predisponentes
o Mulheres brancas
 Porém em homens está associada a uma maior morbimortalidade
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o Nutrição (pouco cálcio, muita cafeína, pouca prot, ingesta de álcool)


o Condição hormonal
o Estilo de vida
o Fratura prévia
 Homem (20%) X Mulher (80%)
o Mulheres = 75% das fraturas de quadril. Homens = 25%
o Na mulher geralmente é primária. No homem secundária a algo
o Homem = maior morbimortalidade
 Fatores de risco para o homem: idade, diminuição do peso, sedentarismo, pouco
cálcio, tabagismo, álcool, bronquite crônica (pelo uso de corticóides), ressecção
gástrica, tireoidectomia, hemiplegia, Parkinson, demência, baixa testosterona
 Osteoporose sec – CAUSAS:
o Corticoide
o Anticonvulsivante
o Droga antigonadotrófica
o Álcool
o Tabaco
 Fratura vertebral
o Aumenta em 4x o risco de nova fratura
o Quadro clínico: dor dorsal/lombar 1-2 meses
o Fratura de vértebra: altura anterior < 80% da posterior (acunhamento)
o Neoarticulações: última costela encosta na crista ilíaca = dor
o Abdome protuso
o Refluxo esofágico
o Diminuição da altura
o Diminuição da capacidade funcional pulmonar
 Fratura de punho: 50-60 anos, queda para frente
 Fratura de quadril: maior causa da perda da independência em idosos. Mortalidade +-
24%. Em homens 50% no primeiro ano
 Exames complementares
o LABS: HMG, VSH, Ca, P, Fa, Cr, calciúria de 24h, osteocalcina
o Radiografia
 Densitometria óssea
o Indicações:
 Mulheres > 65 anos
 Homens > 70 anos
 Mulheres na peri/pós-menopausa
 Amenorreia secundária a mais de um ano
 Fratura sentinela
 Evidência radiológica de osteopenia
 Perda de estrutura ou hipercifose torácica
 Uso de corticoide > 3 meses
o T-SCORE: usa como base a DMO média do pico de massa óssea em jovens
adultos
 > -1 = normal
 Entre -1 e -2,5 = osteopenia
 < -2,5 = osteosporose
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o Z-SCORE: usa como base a DMO média esperada para indivíduos da mesma
idade, raça e sexo
 Prevenção da osteosporose
o Atividade física
o Cálcio: 2-3x/dia, 1000mg/dia
o Vit D 800UI/dia
 Tratamento
o Indicações:
 Baixa DMO não deve ser o único guia
 Considerar fatores de risco
 Mulheres com T-SCORE < 2,5
 Mulheres com T-SCORE limítrofe + fatores de risco
 Nova fratura ou queda da DMO apesar de medidas preventivas
o Agentes anti-reabsortivos: TRH, SERM (raloxifeno), bifosfonados
 Bifosfonados: Alendronato 10mg/dia ou 70mg/semana
o Estimuladores de formação: PTH

MANEJO DOS TUMORES MÚSCULO-ESQUELÉTICOS

 Sinais de neoplasia musc esquelético -> dor e tumoração


 Exame de escolha: radiografia (80% de precisão)
 Características de agressividade:
o Bordas e limites mal definidos
o Ausência de esclerose reacional
o Erosão, permeação, destruição cortical
o Reação periosteal: triângulo de Codman, casca de cebola, raios de sol
o Apagamento do traçado do osso medular: imagem monteada, lesão em ruído
de traça
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 Insuflação cortical, balão, favo-de-mel e bolhas de sabão não são características de


malignidade, quando falar nisso pensar em cisto ósseo aneurismático ou TCG
 Lesões podem ser:
o Blásticas: osso radiodenso
o Lítica: osso radiopaco
o Mistas
 Tumores primários ossos mais comuns:
o Osteossarcoma
 2ª década de vida
 Calcificações espiculadas (raios de sol)
 Presença de triângulo de Codman
o Sarcoma de Ewing
 1ª década de vida
 Aspecto de ruídos de traças
 Deslocamento do periósteo (casca de cebola)
o Condrossarcoma
 5-6ª década de vida
 Destruição cortical + calcificações em pipoca
 OBS:
o Osteocondroma: medular do osso se contínua para o interior do
osteocondroma
o Encondroma: calcificações em pipoca
o Quando falar de história de dor noturna que alivia com AINES e AAS/salicilato
= Osteoma osteoide
 Estadiamento
o Estadiamento local é feito com radiografia de todo segmento + RNM/TC
o Estadiamento sistêmico: cintilografia óssea + TC de tórax
o Todo paciente >40 anos temos a obrigação de pensar em doença metastática e
mieloma múltiplo
 Mama = mais comum
 Próstata
 Pulmão
 Rim
 Tireoide
 TGI

FRATURAS EXPOSTAS
 Estabilização = ATLS (ABCDE)
 NUNCA reduza fragmentos ósseos expostos na emergência
 Na emergência podemos corrigir desvios grosseiros, avaliamos a ferida uma única vez
(podemos fotografar), cobrir ferida com gaze umedecido e imobilizar com tala não
circunferencial que imobilize o membro afetado e, se possível, as articulações superior
e inferior
 Na emergência conferir status da vacina do tétano
 Observações no exame físico:
o Gotejamento persistente de sangue pela ferida (presença de gordura no
sangue pode representar um hematoma de descompressão de fratura)
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o Fraturas expostas da pelve podem ser contaminadas internamente pela flora


vaginal, retal ou urinária
 Classificação de Gustillo e Anderson + tto

Tipo Ferida Nível de Lesão de partes moles Lesão óssea CDTA


contaminação
I <1cm Limpa Mínima Simples, mínima Fixação interna primária
cominução
II >1cm Moderada Moderada, alguma Moderada cominução Fixação interna se não for
lesão muscular contaminada
IIIA >10cm Alta Grave, com Normalmente cominuta, Fixação interna primária,
esmagamento possível cobertura do osso se boas condições de
com partes moles partes moles
IIIB >10cm Alta Perda muito grave da Pobre cobertura óssea, Controle de dados,
cobertura normalmente requer cx fixação externa
reconstrutiva de partes
moles
IIIC >10cm Alta Perda muito grave da Pobre cobertura óssea, Controle de danos,
cobertura e lesão normalmente requer cx reparo vascular, fixação
vascular exige reconstrutiva de partes externa.
reparação moles Avaliar amputação
primária (isq quente >8h,
esmagamento grave,
lesão vascular irreparável,
ISS>20)

ATB

 Iniciar o mais breve possível, imediatamente


 Esquema de continuação por 72h e durante 24h depois de cada desbridamento/cx
 Não há evidência que favoreçam o uso de ATB durante períodos com drenos ou
fixadores externos de forma profilática
 ATB:
o I: cefalosporina de primeira geração (pp cefazolina) 2g 8/8h
o II: cefalosporina de primeira geração
o III: cefalosporina de primeira geração + aminoglicosídeo (normalmente
gentamicina 3-5mg/kg/dia)
 Se lesão em um curral ou ferida muito suja podemos dar penicilina
2.000.000 UI EV 4/4h e metronidazol

Exames radiográficos

 Ar no tecido subcutâneo = desluvamento


o Ter em mente casos mais raros que pode ser gás produzido pelo C. perfrigens
e E. coli
o No quadro agudo significa – fratura exposta

Tratamento ortopédico

 Prazo limite: 6h desde o momento da lesão


 Estabilização hemodinâmica é prioridade
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 Regra das 6h
o Classificação por tempo de exposição óssea:
 <6h: potencialmente contaminada
 <12h: contaminada
 >12h: infectada

Tratamento cx

 Ferida suja: remover folhas, gravetos, vidro da FO na primeira lavagem em calha com
material estéril. Trocar campo e realizar novo procedimento de assepsia
 Ferida limpa
o Não usar curativos embebidos em iodo ou polvidona
o Risco de Sd compartimental -> optar por anestesia geral
 Irrigação exaustiva com SF

Desbridamento

 Ferida ampliada -> exploração e inventário das lesões


 Após ampliada -> classificação final da ferida exposta
 Pele e tecidos necrosados devem ser removidos com bisturi (excisão de 1-2mm de pele
contusa até atingir tecido viável)

SD COMPARTIMENTAL AGUDA
 Aumento de pressão em um espaço confinado (compartimento osteofascial),
reduzindo criticamente a irrigação sanguínea para os tecidos (compromisso
microvascular)
 Fraturas = principal causa
o 1ª tibial
o 2ª partes moles
o 3ª RD
o 4ª esmagamento
o 5ª antebraço
 Iatrogenia = 2ª principal causa
 Condições que aumentam o volume do compartimento
o Fratura, injúria de partes moles, revascularização, exercício...
 Anticoagulantes é fator de proteção
 Clínica – 4PS
o Pain (dor)
 1º sintoma
 Grave e desproporcional
 Pode apresentar dor após alongamento passivo
o Paresthesia (parestesia/hipoestesia)
o Pulseless (ausência de pulso) -> fazer arteriografia
o Paresis (paralisia) -> sinal tardio – baixa recuperação
o Edema: difícil de avaliar
o 3 sinais: probabilidade de 90%
o Elevar o membro na suspeita de SC piora a esquemia
 Descompressão
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o >30mmHg para músculo normal e >40mmHg para trauma = SC


o ΔP = PAM ou PAD – Pmembro
 Método de Whitesides -> P necessária para infundir líquido no
compartimento
 Fasciotomia SEMPRE
o Se realizada até 25-30h do início do quadro = bom prognóstico
o Se feita após 3-4 dias -> sem benefício e infecta tecidos necrosados
 Complicações:
o Relacionado ao atraso da fasciotomia >6h = sequelas significativas (contraturas
musculares, fraqueza muscular, perda de sensibilidade, infecção, não
consolidação de fraturas e amputação)
o Contratura isquêmica de Volkmann

INFECÇÕES OSTEOARTICULARES
 Osteomielite: inflamação óssea
 AS: inflamação articular
 Geralmente bacteriano
 OM
o Pus aspirado do osso
o Cultura óssea ou sanguínea
o Quadro clínico: dor localizada (na criança geralmente metafisária), edema, dor,
calor, ADM reduzida em articulação adjacente
o Confirmação dx:
 Bac isolada no tec ósseo
 Evidência histológica
o Alto índice de suspeição
 Hemocultura positiva + sintomas locais
 Rx e clínica de OM com resposta a ATB
o Cx: aspiração com pus franco
 Se não vier pus franco -> ATB, reavaliar -> Cx se resposta pobre
 AS
o Quadro clínico: Febre > 38,3, dor articular, aumento do volume articular,
redução ADM, sintomas sistêmicos, ausência de outras patologias, resposta
aos ATB
o Cx se em grandes articulações ou em pequenas com gravidade
 Fisiopatologia: bacteremia (infec recente) + comprometimento imunológico + trauma
 Exame físico:
o Dor articular ou metafisária
o Febre, prostração
o Sinais flogísticos
o Diminuição ADM
o Quadril com limitação de adução e RI
o Cuidar neonatos
 LABS
o Leucocitose e desvio
o Aumento do PCR (6h – controle) -> mais fidedigno
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o Aumento VSG (48h-3 semanas)


o Diferir do trauma
o Hemocultura
o Aspiração óssea – único método que confirma agente
o GRAM
 Imagem:
o RX – OM: alterações somente após 5 dias
o Aumento de partes moles
o RX – AS: alargamento do espaço articular
o TC: para detectar padrão de destruição osteoarticular
o RM: dd com neoplasia
 Agente etiológicos
o Prematuros: S. aureus, GRAM -, Candica
o Neonatos: S. aureus, Strepto grupo A e B
o 6 semanas-4 anos: S. aureus e Kingella kingae
o > 4 anos: S. aureus
 ATB
o Se suspeita -> ATB de amplo espectro (oxa + genta) -> cultura/antibiograma ->
ATB conforme o germe
 DD: neoplasias (leucemia, ewing), infarto ósseo, anemia falciforme e granuloma
eosinofílico

FRATURAS DE COLUNA VERTEBRAL


 Pré-hospitalar
o Imobilização total: colar cervical, prancha longa
 Emergência
o ATLS (ABCDE)
o Depois que estabilizado as funções vitais partimos para investigação
o RX: coluna cervical P, tórax e bacia
 Etiologia – fratura cervical
o Automobilístico
o Mergulho em águas rasas
o Queda de altura
 Etiologia – fratura cervical
o Automobilístico
o Queda de altura
o Acidente com motocicleta
o Atropelamento
o Soterramento
o Choque elétrico/crise convulsiva
 Inspeção
 Palpação
o Dor à palpação -> lesão da parte posterior da coluna – para chegar no
mecanismo de flexão que gere nessa região, significa que a parte anterior da
coluna esteja comprometida também
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 Avaliar nível de lesão neurológica


o Exame motor:
 C5 – responsável por inervação do bíceps; flexão do cotovelo
 C6 – extensão do punho, reflexo braqui-radial
 C7 – responsável pela inervação do tríceps; flexão do punho e
extensão do cotovelo
 C8 – flexão dos dedos
 L1 e L2 – flexão da coxa (M. íliopsoas)
 L3 e L4 – extensão do joelho
 L4 – flexão dorsal do pé
 L5 – extensão do hálux
 S1 – flexão do hálux
o Exame de reflexos
 Hiper-reflexia: lesão medular
 Hipo-reflexia: lesão na cauda equina
 Reflexo patelar: L4
 Reflexo aquileu: S1
 TRM
o Reflexo bulbo-cavernoso:
 Choque medular: alterações no reflexo bulbo-cavernoso +
sensibilidade + motricidade ausentes
 Término do choque medular: reflexo bulbo-cavernoso retorna
 Comprime a glande/clitóris e avalia a contração da musculatura
perianal. Se não houver esse reflexo o pcte pode estar em choque
medular pelo edema de medula. Aguardar 48-72h e realizar
novamente o reflexo, se apresentar o reflexo depois disso indica bom
prognóstico
 Função neurológica – Classificação de Frankel
o A = lesão medular (sem sensibilidade abaixo da lesão)
o E = indivíduo normal
 Exames de imagem
o RX de coluna cervical
 Tração nos MMSS para visualizar melhora a transição C7-T1
o RX de coluna torácica e lombar
o Se RX tem fratura próximo passo é realizar TC
o RNM -> ideal para lesão medular
 Fraturas especiais
o Cervical: fratura de odontóide
 Classificação de Anderson e D’Alonzo
 I = ápice do odontóide
 II = fratura da base do odontóide
 III = pega corpo vertebral
o Fratura/luxação de C2 = fratura do enforcado
 Fratura do atlas ou de Jefferson
o Atlas é um anel, então se romper em um lugar acaba rompendo em 2 lugares
 Tratamento
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o CX X Conservador: depende se tem traumas múltiplos, função neurológica,


segmento da coluna e estabilidade/instabilidade
o Se tem déficit neurológico:
 Usamos metilprednisolona para reduzir edema da medula
 Cx
o Se função neurológica normal:
 Conservador se:
 Cifose < 25°
 Estenose < 50%
 Colapso < 50%
 Lesão estável

TRAUMATISMOS DE ÚMERO PROXIMAL E FRATURAS DE DIÁFISE DO ÚMERO


FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL

 Fratura -> unidade funcional articular se altera -> alteração dos movimentos de força
muscular e dor
 Mecanismo do trauma:
o Queda com o braço estendido (+ freq)
o Idosos: por osteopenia e queda da própria altura
o Mulher osteoporose pós-menopausa
o Jovem: trauma de alta energia
o Queda sobre o ombro ou trauma direto
o Choque elétrico
 Quadro clínico
o Sintomas
 Dor (artralgia)
 Movimentos de elevação e rotação do braço limitados
o Sinais
 Equimose
 Edema
 Deformidade ou desvio ósseo não são observados normalmente
 Crepitação dos fragmentos
 Exames complementares
o RX de ombro (AP + P da escápula + axilar)
o TC: realizada somente se dúvida diagnóstica ou desvio dos fragmentos, em
fraturas com comprometimento da superfície articular, tanto do úmero
quanto da glenóide, e na fratura-luxação inveterada, com lesão da superfície
articular
 Classificação de Neer (desvio dos fragmentos)
o Fragmento desviado: deslocamento >1cm OU angulação > 45°
o 2 partes: somente 1 fragmento está desviado em relação aos outros
o 3 partes: 2 fragmentos estão desviados e cabeça umeral está congruente com
a glenoide
o 4 partes: os 4 fragmentos estão desviados entre si, cabeça umeral está
congruente com a glenoide
 Tratamento:
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o Conservador
 Desvio < 1cm ou angulação <45° (estáveis ou impactadas) ->
imbolização toracobraquial tipo Velpeau 3 semanas -> posição
satisfatória = tto conservador
o Cx
 Fraturas instáveis com os fragmentos desviados >1 cm ou angulação
>45°
 Fratura em 2 partes: tto: Amarrilha, cerclagem, parafusos, placas e
parafusos
 Fratura em 3 partes: tto: Amarrilha (fios inabs), fios de Kirschner
 Fratura em 4 partes:
 Jovens: amarrilha (fios inabs)
 Idosos: prótese umeral

LUXAÇÃO GLENOUMERAL

 Perda da relação entre a cabeça do úmero e glenoide


 Anterior (85%), posterior (rara)
 Mecanismo do trauma:
o Anterior: queda com apoio sob o membro superior forçando-o em rotação
externa e abdução (prova de preensão) -> ocorre muito no esporte
o Posterior: queda com apoio sob o membro superior forçando-o em rotação
interna e adução -> ocorre em pcte com crise convulsiva/choque elétrico
 Quadro clínico:
o Anterior:
 Dor
 Limitação funcional
 Sinal da Dragona
o Posterior:
 Dor (+ que anterior)
 Limitação funcional (rot externa e elevação do ombro acima de 90°
diminuídas)
 Deformidades: proeminência posterior da cabeça umeral,
deformidade anterior e proeminência do processo coracoide
 Lesões associadas:
o Anterior:
 Lesão capsulolabioligamentar (L. de Bankart)
 Fratura por compressão da face póstero-lateral da cabeça umeral (L.
de Hill and Sachs)
 Lesão do manguito rotador (>40 anos)
 Lesão A. axilar
 Lesão N. axilar (5%)
o Posterior
 Fratura por compressão da face ântero-medial da cabeça umeral (L. de
Hill and Sachs reverso)
 Fratura da borda posterior da glenóide
 Fratura do tubérculo menor
 Lesão do manguito rotador
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 Exames radiográficos:
o RX: série trauma
o TC: para avaliar fraturas associadas
o RNM: avaliar lesão de partes moles
 Tto:
o Anterior aguda: redução incruenta + imobilização em rot int e adução 3
semanas
o Posterior aguda: redução incruenta + imobilização em rot neutra 3 semanas
o Anterior recidivante/L. de Bankart: Cx artroscópica
 Manobras para diminuição da luxação anterior:
o Manobra de Hipocrátes: coloca pé na axila do pcte e traciona braço
o Manobra de tração e contração: pcte deitado, passa lençol pela axila e puxa
ele, vai abduzindo
o Manobra de Kocher: flexão do cotovelo, bai tracionando, abduzindo, rodando
ext depois int
o Manobra de Stimson: pcte de decúbito ventral, põe coxim na axila e amarra
peso no punho dele

FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO

 Mecanismo do trauma:
o Direto (traço transverso ou cominutivo)
o Indireto (traço espiral -> maior consolidação)
 Quadro clínico:
o Dor
o Limitação funcional
o Edema
o Crepitação
o Desvio
 Exames de imagem:
o RX do braço AP e P
 Tto:
o Conservador (maioria)
 Gesso axilopalmar
 “pinça de confeiteiro”
 Imobilização funcional: brace funcional
o Cirúrgico
 Indicações absolutas:
 Lesão vascular
 Fratura exposta
 Paralisia N. radial
 Pós manipulação (Holstein-Lewis)
 Interposição de partes moles
 Cotovelo flutuante
 Fratura patológica
 Politrauma
 Indicações relativas:
 Bilateralidade
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 Obesidade
 Fratura segmentar
 Complicações:
o Paralisia do N. radial (a maioria regride espontaneamente em 3-4 semanas)
o Pseudartrose

TRAUMATISMO DO COTOVELO E FRATURA DOS OSSOS DO ANTEBRAÇO


FRATURA DO ÚMERO DISTAL

 1/3 das fraturas do úmero, 33% das do cotovelo


 Fratura da superfície articular (capítulo e tróclea)
 Projeta-se distal e anteriormente com angulação de 30°
 + comuns tipo C: articulares completas
 Etiologia
 Queda simples (50%)
 Motocicletas/automóveis (25%)
 Atropelamento (14%)
 Isoladas (75%)
 Expostas: 20-50%
 Complicações: 38%
 Sinais e sintomas
o Dor
o Limitação funcional
o Edema
o Perda da relação das proeminências ósseas
 Avaliação vascular
o Importante pois A. braquial passa pela região do cotovelo
 Avaliação neurológica
o N. radial, mediano e ulnar
 Exames de imagem
o RX de cotovelo AP + P
 Radiografia sob tração: fraturas muito fragmentadas
o TC com reconstrução tridimensional -> fraturas complexas
 Tto: Redução aberta e fixação interna
 Complicações:
o Rigidez articular
o Pseudoartrose
o Consolidação viciosa
o Infecção
o Neutropraxia do N. ulnar
o Falha no implante
o Sd. Compartimental

FRATURAS DO OLÉCRANO

 Fraturas + freq do cotovelo do adulto


 Mecanismo do trauma:
o Trauma direto ou queda sob MS
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o Desvio da fratura (porque tríceps está tracionado)


 Tração da inserção do tríceps
o Trauma de alta energia
 Fratura-luxação
 Classificação de Colton:
o Sem desvio e estáveis
o Desviadas:
 A) Avulsas
 B) Transversa
 C) Cominutiva
 D) Fratura-luxação
 Tratamento
o Sem desvio -> conservador
 Imobilização hessada com cotovelo fletido 90° 3-6 semanas. Flexão >
90° somente após consolidação definitiva
o Com desvio -> cx (redução aberta e fixação interna)
 Complicações
o Diminuição da motilidade do cotovelo
o Consolidação viciosa
o Artrose pós-traumática
o Pseudo-artrose
o Infecção
o Neuropraxia do N. ulnar

FRATURAS DA CABEÇA DO RÁDIO

 15-20% das fraturas do cotovelo


 + freq. 20-50 anos
 Cabeça do rádio + complexo ligamentar medial = estabilidade em valgo do cotovelo
 Mecanismo da lesão:
o Queda com a mão espalmada, cotovelo em discreta flexão e antebraço em
pronação
 Classificação:
o I: por afundamento
o II: desvio pequeno
o III: cominutas
o IV: fratura-luxação
 Quadro clínico:
o Dor à palpação da região lateral do cotovelo que piora com a prono-supinação
passiva
o Crepitação da cabeça do rádio com pronosupinação
o Edema e hematoma
 Exames de imagem
o RX de cotovelo AP P
o Incidência da cabeça do rápdio (Greenspan e Norman)
 Incidência perfil com ampola angulada 45°
o TC: NÃO é fundamental
o Dor em um dos punhos + dor em cotovelos -> radiografar ambos
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 Tto
o Sem desvio -> tto conservador (tala axilo-palmar 3 semanas)
o Cx: osteossíntese
 Frag > 1/3 da superf art
 Desvio >2mm ou 20°
 Sempre que possível preservar cabeça do rádio

LUXAÇÃO DO COTOVELO

 11-28% dos traumas de cotovelo


 Simples ou complexo (associado a fratura)
 3ª década
 2ª luxação mais frequente (atrás da do ombro)
 Mecanismo do trauma:
o Trauma indireto: força axial em valgo e supinação
 Tríade terrível de Hotchkiss: luxação do cotovelo + fratura da cabeça do rádio + fratura
do processo coronóide
 Tto
o Luxação isolada
 Redução incruenta + imobiliz gessada 2-3 semanas
 Mobilização precoce
o Luxação + fratura
 Redução incruenta
 Fixação fraturas
 Reparação ligamentar

FRATURAS DOS OSSOS DO ANTEBRAÇO

 10-14% de todas fraturas


 Articulações radioulnares proximal e distal -> sede do movimento de prono-supinação
 Mecanismo do trauma:
o Trauma direto: + comum no adulto
o Trauma indireto: queda com mão espalmada
 Classificação:
o A: simples
o B: em cunha
o C: complexa
 Fratura de Galeazzi: fratura diafisária do rádio com lesão da articulação radioulnar
distal (3-6%)
 Fratura de Monteggia: fratura diafisária proximal na ulna com luxação da cabeça do
rádio (1-2%(
 Sinais e sintomas:
o Dor
o Edema
o Limitação funcional
o Deformidade
o Posição antálgica
 Avaliação radiográfica:
o RX de antebraço AP P
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 Abranger articulações satélite


 Tto
o Com desvio -> cx (osteossíntese)
 Complicações
o Sd compartimental
o Lesões vasculares
o Lesões neurológicas
o Infecção
o Sinostose radioulnar pós-traumática
o Consolidação viciosa
o Pseudoartrose e retardo de consolidação
o Refratura

LESÕES TRAUMÁTICAS DE PUNHO E MÃO


FRATURAS DE RÁDIO DISTAL

 Fratura + freq do MMSS


o 16% das fraturas do esqueleto
o 74% das fraturas de antebraço
 Epônimo
o Fratura de Colles: cair com o punho estendido; fratura da extremidade distal
do rádio desviada pra dorsal e para o lado radial do punho
o Fratura de Smith: mecanismo de queda em flexão; energia no sentido dorsal
para volar e a fratura da extremidade distal do rádio desviada para região
volar
 3 grupos de pcte:
o Crianças (em crescimento)
o Ativo/esportes (jovens)
o Idosos (osteopenia): pode ser fratura sentinela
 Principal mecanismo de trauma: queda com mão espalmada
 Diagnóstico
o História de trauma
o Sintomas e sinais:
 Dor no punho
 Limitação funcional
 Edema
 Deformidade
o Avaliação vascular (A. radial e ulnar)
o Avaliação neurológica (N. radial, mediano e ulnar)
 Exames de imagem
o RX de punho e antebraço AP P
o TC com reconstrução tridimensional se fratura complexa
o RNM nas lesões ligamentares do punho: se suspeita de lesão ligamentar
 Tto:
o “em crescimento”/crianças -> em geral conservador
 Redução incruenta e imob gessada, quando necessário – redução
incruenta ou cruenta e fixação com fios
Caroline Ongaratti Hansen

o Adultos, ativos, esportistas


 Fratura estável sem desvio: imob gessada
 Pouco desvio: redução incruenta + gesso
 Instáveis: redução cruenta + fixação interna com parafusos
 Complexas: redução cruenta + fixação interna
 Complicações:
o Consolidação viciosa
o Disfunção N. mediano
o Artrose radiocárpica
o Rigidez articular dos dedos
o Ruptura tendinosa
o Distrofia simpático-reflex

FRATURA DO ESCAFOIDE

 70% das fraturas dos ossos do carpo


 Adultos jovens
 Mecanismo do trauma: queda com punho em hiperextensão
 Alta incidência de necrose do fragmento proximal pós fratura
 Diagnóstico:
o Dor na tabaqueira anatômica
 Exames de imagem
o Incidências radiográficas p/ escafoide
o Suspeita de fratura: tratar o paciente como se houvesse fratura e repetir as
incidências após 2 semanas
 70% é no terço médio
 Tto:
o Estáveis -> tto conservador
 Luva gessada + 8 semanas (+-60 dias)
o Instáveis -> cx
 Desvio > 1mm e/ou sinais de instabilidade no RX
 Redução cruenta + fixação interna
 Complicações
o Necrose do polo proximal
o Consolidação viciosa
o Pseudo-artrose
 Tto: Técnica de Matti-Russe

FRATURAS DAS FALANGES E METACARPOS

 Esportes, quedas, acidentes de trabalho


 Localização mais frequente: falange distal
 Fratura do 5º metacarpo: “fratura do boxeador”
 Quadro clínico:
o Dor
o Edema
o Limitação funcional
o Deformidades
Caroline Ongaratti Hansen

o Desvios
 Exame de imagem:
o RX mão AP/P
o RX dedo AP/P/Oblíquas
 Tto
o Sem desvio -> conservador
o Com desvio -> redução (cruenta ou incruenta) + fixação interna

DEDO EM MARTELO

 Lesão do aparelho extensor ao nível da interfalangiana distal

FRATURAS DA PELVE
 Lesões de alta energia
 Pacientes devem ficar monitorados em UTI pelo risco de rápida
 Avaliação Inicial -> ATLS
 Lesões de alta energia (jovens, acidentes automobilísticos e quedas de altura)
o Lesões associadas:
 Hemorragia intrapélvica = 75%
 Ferimentos urogenitais = 12%
 Lesões do plexo lombossacral = 8%
o Fazer toque retal, toque vaginal e ver a sonda vesical pra ver se tem ou não
tem sangue e se vai tratar isso como uma fratura exposta ou não
 Lesões de baixa energia: queda do mesmo nível; idosos
 Impactos laterais e incompatibilidade entre veículos constituem os principais fatores
de risco para morbidade e mortalidade
 Exame Físico
o 90% de sensibilidade em pct consciente para dx de fratura de pelve
o Deformidade do MMII – discrepância do comprimento = cisalhamento vertical
ou em livro aberto
o Encurtamento e rotação da hemipelve
o Examinar estabilidade: compressão das cristas ilíacas (1 vez apenas – pode
desfazer o coágulo)
o Teste de Volkmann.
o Lesões de pele
o GAP sínfise púbica
o Hematoma escrotal (Sinal de Destot)
o Morel-Lavellé: desenluvamento interno – equimoses extensas nas coxas e
região glútea. Sangramento retroperitoneal
o Exame físico neurológico
 Atender o pcte e na suspeita de instabilidade pélvica amarrar a pelve com um lençol
para que o anel pélvico se junte novamente e contenha o sangramento.
 Exames de imagem
o RX AP: visão geral da pelve
o Radiografias:
Caroline Ongaratti Hansen

 AP
 Inlet (oblíqua descendente) – vê o anel pélvico por dentro, de cima
 Outlet (oblíqua ascendente) - vê o anel pélvico de frente
o Tomografia:
 Obrigatória na fratura de pelve – PADRÃO OURO PARA DIAGNÓSTICO
 Avaliação da lesão posterior (íleo post., SI e sacro)
 Classificação:
o Determina o tto
o Estabilidade da pelve:
A. Estáveis (tto conservador)
B. Instabilidade rotacional (tto cirúrgico)
B1: livro aberto
B1 e B3 é o que sangra
B2 é esmagamento (fecha a pelve) - as fraturas que “fecham” a pelve
raramente tem sangramento
C: instabilidade rotacional e vertical (tto cirúrgico) – todas do tipo C
tem chance de fazer instabilidade hemodinâmica
 Lesões Associadas:
o Hemorragia:
 Sangramento retroperitoneal
 Mais comumente por lesão do plexo venoso sacral -
 Tratamento:
o Principal cuidado é com instabilidade hemodinâmica e colocar um lençol
amarrado ao redor da pelve. A B2 não precisa apertar com lençol porque ela
fecha a pelve e não sangra
o A cirurgia de trauma de pelve é placas e parafusos ou somente parafusos.
o Na emergência: pcte com trauma de alta energia -> ATLS. Se tem instabilidade
hemodinâmica + sinal de Morel e/ou sinal de Destot -> desconfiar que pode
ser a pelve -> mobilizar a pelve nos 2 sentidos e se estiver solta, já pega e
amarra o lençol. Posteriormente pcte vai para RX série trauma.

FRATURA DO COLO DO FÊMUR


 Risco de fx de colo do fêmur durante a vida
o 40 – 50% mulheres (por causa do desequilíbrio hormonal da menopausa)
 Trígono de Ward: área de menor densidade óssea
 Calcar: área mais densa do colo do fêmur
 Idoso geralmente se coloca prótese e jovens fixa com parafuso percutâneo e tenta
preservar a cabeça do fêmur
 Colo de fêmur é intracapsular e NÃO FORMA CALO ÓSSEO!
 Exame físico:
o Deformidade em rotação externa e encurtamento (é fratura do colo do fêmur
ou fratura transtocantérica)
 TRAÇÃO NÃO É MAIS RECOMENDADO!
 Imagem:
o RX AP de pelve = de preferência em rotação interna -> normal em 2%
o RNM
 Classificações
Caroline Ongaratti Hansen

o Garden (tipo I pode tratar conservador)


o Pauwels (conforme a angulação do traço da fratura)
o AO/OTA (é a pp classificação de todas as fraturas, de todos os locais)
 Tratamento
o Idosos: artroplastia
o Risco de necrose avascular da cabeça do fêmur diminui com redução e fixação
no prazo de 6 horas para pcte jovem
o Idosos é relativa a urgência = procedimento ideal em 48hrs (nível de
mortalidade é menor)
o Fraturas sem desvio pode tratar de forma conservadora (até mesmo em
idosos)
o Fratura em pcte jovem = fixação percutânea com parafuso
o Fratura com desvio pp em jovens basicamente se faz prótese TOTAL de quadril
o DHS: placa especial para fraturas de colo do fêmur mais baixas; são mais
usadas em fraturas transtrocantéricas
o < 65 ANOS = PARAFUSOS CANULADOS
o > 65 ANOS = PRÓTESE

FRATURA DA DIÁFISE DO FÊMUR


 Pode estar associada a outros tipos de fraturas pp fratura da cintura pélvica
 Fêmur encurtado e devido em função das forças musculares que atuam sobre o fêmur;
geralmente o fragmento proximal vai estar abduzido e fletido e o fragmento distal vai
estar aduzido e o membro vai estar em rotação externa
 É uma das principais causas de morbimortalidade em traumas de alta energia (jovens);
mortalidade é rara -> embolia gordurosa, SARA, falência múltipla de órgãos.
 Sangramento intenso
 16% está relacionado à fratura exposta
 Pode ter outras fraturas associadas no próprio fêmur ou em outros lugares como lesão
menisco-ligamentar do joelho -> 50% lesão de ligamento cruzado anterior e 5% de
ligamento cruzado posterior – MAIORIA INCOMPLETAS (que não necessita fazer
cirurgia)
 Lesão neurológica e vascular associada é rara
 Clínica
o Exposição mais comum: lateral e anterolateral
o Sangramento pré-op é o principal fator
 Exames de imagem:
o RX AP e Perfil de fêmur inteiro
 Solicitar sempre RX do quadril e joelho
 Tratamento:
o Tração (esquelética ou cutânea ou colocar uma tala)
o Órtese
o Fixação externa
o RAFI
o Placa-ponte (+ usado)
o HIM
o Em adultos geralmente cirurgia
Caroline Ongaratti Hansen

o Em criança conservador com gesso

FRATURAS DO FÊMUR DISTAL (METÁFISE E EPÍFISE)


 Fraturas metafisárias = extra-articulares, pode ser tratada de forma ESTABILIDADE
RELATIVA, assim como são tratadas as fx transtocantéricas e as fx de diáfise de fêmur
 Fx que envolve os côndilos femorais = intra-articulares, devo abrir, enxergar a
articulação, redução perfeita e fixação ou estabilidade ABSOLUTA sem permitir
mobilidade no foco
 Incidência um pouco menor do que a de diáfise, geralmente jovens, trauma de alta
energia, pcte idoso e com osteoporose (mais raro do que fx de fêmur proximal)
 Sinônimo de cirurgia:redução anatômica, restauração do alinhamento e mobilização
precoce
 Lesões associadas
o Alta energia: tórax, TCE
o Fx acetábulo, fx colo, fx diafisária
o Lesões ligamentares do joelho – 20% (ligamento cruzado anterior é o principal)
o Risco de lesão vascular é pequeno
o Exposição: 5 – 10% (região anterior da coxa)
 Diagnóstico
o RX AP e Perfil do joelho
o TC para planejamento cx
 Classificação AO:
o Tipo A2: intra-articulares
o Tipo A3: intra-articulares com traços metafisários
 Tratamento:
o Parafusos para comprimir o foco de fratura
o Estabilização com alguns tipos de placa (placa-lâmina ou DCS)
o Fx metafisárias: placa ou parafuso
o Moderno: placas bloqueadas
o Quando não tem fx articular, pode usar haste – haste retrógrada (entra por
baixo)
o FRATURA ARTICULAR = REDUÇÃO ANATÔMICA E ESTABILIZAÇÃO ABSOLUTA =
PARAFUSO
o REGIÃO METAFISÁRIA PODE TER ESTABILIDADE RELATIVA -> PODE USAR
PLACA OU HASTE RETRÓGRADA OU PLACA BLOQUEADA

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