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RESUMO ORTO
OSTEOARTROSE E OSTEOSPOROSE
OSTEOARTROSE -> processo de envelhecimento normal
OSTEOPOROSE
o Z-SCORE: usa como base a DMO média esperada para indivíduos da mesma
idade, raça e sexo
Prevenção da osteosporose
o Atividade física
o Cálcio: 2-3x/dia, 1000mg/dia
o Vit D 800UI/dia
Tratamento
o Indicações:
Baixa DMO não deve ser o único guia
Considerar fatores de risco
Mulheres com T-SCORE < 2,5
Mulheres com T-SCORE limítrofe + fatores de risco
Nova fratura ou queda da DMO apesar de medidas preventivas
o Agentes anti-reabsortivos: TRH, SERM (raloxifeno), bifosfonados
Bifosfonados: Alendronato 10mg/dia ou 70mg/semana
o Estimuladores de formação: PTH
FRATURAS EXPOSTAS
Estabilização = ATLS (ABCDE)
NUNCA reduza fragmentos ósseos expostos na emergência
Na emergência podemos corrigir desvios grosseiros, avaliamos a ferida uma única vez
(podemos fotografar), cobrir ferida com gaze umedecido e imobilizar com tala não
circunferencial que imobilize o membro afetado e, se possível, as articulações superior
e inferior
Na emergência conferir status da vacina do tétano
Observações no exame físico:
o Gotejamento persistente de sangue pela ferida (presença de gordura no
sangue pode representar um hematoma de descompressão de fratura)
Caroline Ongaratti Hansen
ATB
Exames radiográficos
Tratamento ortopédico
Regra das 6h
o Classificação por tempo de exposição óssea:
<6h: potencialmente contaminada
<12h: contaminada
>12h: infectada
Tratamento cx
Ferida suja: remover folhas, gravetos, vidro da FO na primeira lavagem em calha com
material estéril. Trocar campo e realizar novo procedimento de assepsia
Ferida limpa
o Não usar curativos embebidos em iodo ou polvidona
o Risco de Sd compartimental -> optar por anestesia geral
Irrigação exaustiva com SF
Desbridamento
SD COMPARTIMENTAL AGUDA
Aumento de pressão em um espaço confinado (compartimento osteofascial),
reduzindo criticamente a irrigação sanguínea para os tecidos (compromisso
microvascular)
Fraturas = principal causa
o 1ª tibial
o 2ª partes moles
o 3ª RD
o 4ª esmagamento
o 5ª antebraço
Iatrogenia = 2ª principal causa
Condições que aumentam o volume do compartimento
o Fratura, injúria de partes moles, revascularização, exercício...
Anticoagulantes é fator de proteção
Clínica – 4PS
o Pain (dor)
1º sintoma
Grave e desproporcional
Pode apresentar dor após alongamento passivo
o Paresthesia (parestesia/hipoestesia)
o Pulseless (ausência de pulso) -> fazer arteriografia
o Paresis (paralisia) -> sinal tardio – baixa recuperação
o Edema: difícil de avaliar
o 3 sinais: probabilidade de 90%
o Elevar o membro na suspeita de SC piora a esquemia
Descompressão
Caroline Ongaratti Hansen
INFECÇÕES OSTEOARTICULARES
Osteomielite: inflamação óssea
AS: inflamação articular
Geralmente bacteriano
OM
o Pus aspirado do osso
o Cultura óssea ou sanguínea
o Quadro clínico: dor localizada (na criança geralmente metafisária), edema, dor,
calor, ADM reduzida em articulação adjacente
o Confirmação dx:
Bac isolada no tec ósseo
Evidência histológica
o Alto índice de suspeição
Hemocultura positiva + sintomas locais
Rx e clínica de OM com resposta a ATB
o Cx: aspiração com pus franco
Se não vier pus franco -> ATB, reavaliar -> Cx se resposta pobre
AS
o Quadro clínico: Febre > 38,3, dor articular, aumento do volume articular,
redução ADM, sintomas sistêmicos, ausência de outras patologias, resposta
aos ATB
o Cx se em grandes articulações ou em pequenas com gravidade
Fisiopatologia: bacteremia (infec recente) + comprometimento imunológico + trauma
Exame físico:
o Dor articular ou metafisária
o Febre, prostração
o Sinais flogísticos
o Diminuição ADM
o Quadril com limitação de adução e RI
o Cuidar neonatos
LABS
o Leucocitose e desvio
o Aumento do PCR (6h – controle) -> mais fidedigno
Caroline Ongaratti Hansen
Fratura -> unidade funcional articular se altera -> alteração dos movimentos de força
muscular e dor
Mecanismo do trauma:
o Queda com o braço estendido (+ freq)
o Idosos: por osteopenia e queda da própria altura
o Mulher osteoporose pós-menopausa
o Jovem: trauma de alta energia
o Queda sobre o ombro ou trauma direto
o Choque elétrico
Quadro clínico
o Sintomas
Dor (artralgia)
Movimentos de elevação e rotação do braço limitados
o Sinais
Equimose
Edema
Deformidade ou desvio ósseo não são observados normalmente
Crepitação dos fragmentos
Exames complementares
o RX de ombro (AP + P da escápula + axilar)
o TC: realizada somente se dúvida diagnóstica ou desvio dos fragmentos, em
fraturas com comprometimento da superfície articular, tanto do úmero
quanto da glenóide, e na fratura-luxação inveterada, com lesão da superfície
articular
Classificação de Neer (desvio dos fragmentos)
o Fragmento desviado: deslocamento >1cm OU angulação > 45°
o 2 partes: somente 1 fragmento está desviado em relação aos outros
o 3 partes: 2 fragmentos estão desviados e cabeça umeral está congruente com
a glenoide
o 4 partes: os 4 fragmentos estão desviados entre si, cabeça umeral está
congruente com a glenoide
Tratamento:
Caroline Ongaratti Hansen
o Conservador
Desvio < 1cm ou angulação <45° (estáveis ou impactadas) ->
imbolização toracobraquial tipo Velpeau 3 semanas -> posição
satisfatória = tto conservador
o Cx
Fraturas instáveis com os fragmentos desviados >1 cm ou angulação
>45°
Fratura em 2 partes: tto: Amarrilha, cerclagem, parafusos, placas e
parafusos
Fratura em 3 partes: tto: Amarrilha (fios inabs), fios de Kirschner
Fratura em 4 partes:
Jovens: amarrilha (fios inabs)
Idosos: prótese umeral
LUXAÇÃO GLENOUMERAL
Exames radiográficos:
o RX: série trauma
o TC: para avaliar fraturas associadas
o RNM: avaliar lesão de partes moles
Tto:
o Anterior aguda: redução incruenta + imobilização em rot int e adução 3
semanas
o Posterior aguda: redução incruenta + imobilização em rot neutra 3 semanas
o Anterior recidivante/L. de Bankart: Cx artroscópica
Manobras para diminuição da luxação anterior:
o Manobra de Hipocrátes: coloca pé na axila do pcte e traciona braço
o Manobra de tração e contração: pcte deitado, passa lençol pela axila e puxa
ele, vai abduzindo
o Manobra de Kocher: flexão do cotovelo, bai tracionando, abduzindo, rodando
ext depois int
o Manobra de Stimson: pcte de decúbito ventral, põe coxim na axila e amarra
peso no punho dele
Mecanismo do trauma:
o Direto (traço transverso ou cominutivo)
o Indireto (traço espiral -> maior consolidação)
Quadro clínico:
o Dor
o Limitação funcional
o Edema
o Crepitação
o Desvio
Exames de imagem:
o RX do braço AP e P
Tto:
o Conservador (maioria)
Gesso axilopalmar
“pinça de confeiteiro”
Imobilização funcional: brace funcional
o Cirúrgico
Indicações absolutas:
Lesão vascular
Fratura exposta
Paralisia N. radial
Pós manipulação (Holstein-Lewis)
Interposição de partes moles
Cotovelo flutuante
Fratura patológica
Politrauma
Indicações relativas:
Bilateralidade
Caroline Ongaratti Hansen
Obesidade
Fratura segmentar
Complicações:
o Paralisia do N. radial (a maioria regride espontaneamente em 3-4 semanas)
o Pseudartrose
FRATURAS DO OLÉCRANO
Tto
o Sem desvio -> tto conservador (tala axilo-palmar 3 semanas)
o Cx: osteossíntese
Frag > 1/3 da superf art
Desvio >2mm ou 20°
Sempre que possível preservar cabeça do rádio
LUXAÇÃO DO COTOVELO
FRATURA DO ESCAFOIDE
o Desvios
Exame de imagem:
o RX mão AP/P
o RX dedo AP/P/Oblíquas
Tto
o Sem desvio -> conservador
o Com desvio -> redução (cruenta ou incruenta) + fixação interna
DEDO EM MARTELO
FRATURAS DA PELVE
Lesões de alta energia
Pacientes devem ficar monitorados em UTI pelo risco de rápida
Avaliação Inicial -> ATLS
Lesões de alta energia (jovens, acidentes automobilísticos e quedas de altura)
o Lesões associadas:
Hemorragia intrapélvica = 75%
Ferimentos urogenitais = 12%
Lesões do plexo lombossacral = 8%
o Fazer toque retal, toque vaginal e ver a sonda vesical pra ver se tem ou não
tem sangue e se vai tratar isso como uma fratura exposta ou não
Lesões de baixa energia: queda do mesmo nível; idosos
Impactos laterais e incompatibilidade entre veículos constituem os principais fatores
de risco para morbidade e mortalidade
Exame Físico
o 90% de sensibilidade em pct consciente para dx de fratura de pelve
o Deformidade do MMII – discrepância do comprimento = cisalhamento vertical
ou em livro aberto
o Encurtamento e rotação da hemipelve
o Examinar estabilidade: compressão das cristas ilíacas (1 vez apenas – pode
desfazer o coágulo)
o Teste de Volkmann.
o Lesões de pele
o GAP sínfise púbica
o Hematoma escrotal (Sinal de Destot)
o Morel-Lavellé: desenluvamento interno – equimoses extensas nas coxas e
região glútea. Sangramento retroperitoneal
o Exame físico neurológico
Atender o pcte e na suspeita de instabilidade pélvica amarrar a pelve com um lençol
para que o anel pélvico se junte novamente e contenha o sangramento.
Exames de imagem
o RX AP: visão geral da pelve
o Radiografias:
Caroline Ongaratti Hansen
AP
Inlet (oblíqua descendente) – vê o anel pélvico por dentro, de cima
Outlet (oblíqua ascendente) - vê o anel pélvico de frente
o Tomografia:
Obrigatória na fratura de pelve – PADRÃO OURO PARA DIAGNÓSTICO
Avaliação da lesão posterior (íleo post., SI e sacro)
Classificação:
o Determina o tto
o Estabilidade da pelve:
A. Estáveis (tto conservador)
B. Instabilidade rotacional (tto cirúrgico)
B1: livro aberto
B1 e B3 é o que sangra
B2 é esmagamento (fecha a pelve) - as fraturas que “fecham” a pelve
raramente tem sangramento
C: instabilidade rotacional e vertical (tto cirúrgico) – todas do tipo C
tem chance de fazer instabilidade hemodinâmica
Lesões Associadas:
o Hemorragia:
Sangramento retroperitoneal
Mais comumente por lesão do plexo venoso sacral -
Tratamento:
o Principal cuidado é com instabilidade hemodinâmica e colocar um lençol
amarrado ao redor da pelve. A B2 não precisa apertar com lençol porque ela
fecha a pelve e não sangra
o A cirurgia de trauma de pelve é placas e parafusos ou somente parafusos.
o Na emergência: pcte com trauma de alta energia -> ATLS. Se tem instabilidade
hemodinâmica + sinal de Morel e/ou sinal de Destot -> desconfiar que pode
ser a pelve -> mobilizar a pelve nos 2 sentidos e se estiver solta, já pega e
amarra o lençol. Posteriormente pcte vai para RX série trauma.