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Data: April de Monday de 2003 @ 00:00:00 BRT

Tópico: Bombeiros

Resgate Técnico Vertical

Veja algumas técnicas utilizadas em um resgate vertical...

Nova pagina 1 RESGATE EM ALTURAS O


resgate de uma vítima é, sem sombra de dúvidas, a operação mais
complexa, dentro das atividades de trabalhos em altura, motivo este que
exige que os trabalhadores resgatistas, estejam devidamente treinados e
preparados.
Em uma operação de resgate, o resgatista não tem a opção de escolher
o local mais favorável, o local já está definido pelo posicionamento da
vítima, a ele cabe apenas definir a melhor estratégia para acessar a
vítima e efetuar o resgate, no menor tempo possível.
Os regates em altura podem ser divididos em duas categorias básicas:
"Resgates Simples" e "Resgates Complexos"

Nos Resgates Simples, entende-se que a vítima sofreu um acidente


qualquer, e acabou suspensa por seu talabarte e está impossibilitada de
sair dessa situação, pelos seus próprios meios, seja por estar
inconsciente ou não.
Na maioria das vezes o resgate poderá ser efetuado por apenas uma
pessoa que transferirá a vítima para uma corda de descida e a baixará,
com auxilio da gravidade, até o solo ou alguma superfície estável.

Nos Resgates Complexos, entende-se que a vítima sofreu um acidente


com fraturas ou outras complicações graves, que exijam que ela tenha
algum tipo de atendimento e tenha que ser acomodada em uma maca, e
posteriormente baixada ou suspensa para uma superfície estável e
entregue aos cuidados dos serviços médicos.
No resgate complexo haverá o envolvimento de muitas pessoa e
equipamentos.
Esta situação apresentada, não é a única que exigirá uma operação de
resgate complexo.

Qualquer que seja o tipo de resgate, a rapidez, é de vital importância,


uma das razões são as conseqüências advindas de uma suspensão
inerte, as quais podemos chamar de "Mal da Suspensão Inerte".
Suspensão inerte é a situação em que uma vítima, equipada com cinto
de segurança, permanece suspensa, completamente sem movimentos,
seja por estafa ou inconsciência, nessas condições, as fitas do cinto de
segurança, pressionam os membros inferiores, dificultando a circulação.
Mal da Suspensão Inerte, são as conseqüências advindas após algum
tempo de suspensão inerte.
Embora ainda não totalmente claro, a ponto de podermos evita-lo, o Mal
da Suspensão Inerte, pode ser definido como: "Alteração do sistema
cardiovascular pela diminuição do fluxo de sangue que permite a falta de
suplemento sangüíneo ao cérebro, seguido rapidamente de morte".
O tempo "médio" que uma pessoa pode suportar, antes de ser fulminado

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pelo mal da suspensão inerte, está em torno de dez minutos (como é um
tempo médio, algumas vítimas sucumbem antes de decorrido este
tempo.).
Portanto é de suma importância, que uma vítima que esteja na condição
de suspensão inerte, seja removida em um tempo máximo de dez
minutos.

Descida de Maca com


Acompanhante Quando as condições da vítima exigir uma
assistência constante, ou o terreno do resgate for acidentado ou irregular e
que não permita uma descida livre e desimpedia da maca, torna-se
necessário o acompanhamento de um assistente médico ou um
resgatista juntamente com a maca.
Nestas condições, a descida da maca é efetuada utilizando-se duas
cordas, sendo uma principal e uma de segurança, ambas controladas de
cima, por integrantes da equipe. Portanto torna-se necessário um
treinamento adequado de toda a equipe e uma criteriosa seleção de
equipamentos. Descida de
Vítimas A evacuação de vítimas de locais altos requer a
utilização de equipamentos leves, porém de alta confiabilidade, pois a
intervenção normalmente deverá ser realizada no menor tempo possível
e muitas vezes por uma só pessoa, o que torna imperativo a participação de
pessoas altamente qualificadas, pois estas deverão, n'um curto espaço
de tempo, decidir qual o equipamento mais adequado, acessar o local,
escolher ou providenciar os pontos de ancoragem, preparar e descer a
vítima com toda a segurança.
Içamento de Maca Em certas condições, a vítima deverá ser
removida de alguma depressão natural, como um abismo ou ribanceira, ou
em outros casos, deverá ser içada para uma ponte ou outro tipo de
estrutura urbana, seja qual for a situação, o içamento de uma maca, as
vezes acompanhadas de um resgatista, é tarefa pesada para qualquer
equipe, portanto um perfeito domínio da utilização de polias, blocantes e
sistemas de desmultiplicação de força são de vital importância.
Operações de resgate em locais de acesso restrito ou difícil, na maioria
das vezes, só são possíveis graças à utilização de equipamentos leves e
confiáveis. Tirolesa para
Resgate A montagem e operação de uma tirolesa são sem
dúvida um dos maiores desafios para uma equipe de resgate, pois durante
sua utilização, são geradas cargas elevadíssimas nos pontos de
ancoragens e nos equipamentos, exigindo um profundo conhecimento,
por parte dos socorristas, das características e limitações dos
equipamentos a serem empregados.
A utilização de uma tirolesa em muitos casos será a única opção para
uma operação de resgate, seja ele em ambiente urbano ou de
montanha.
Situações típicas para sua utilização, são, por exemplo:
Evacuação de vítimas do alto de uma torre, caixa d'água ou qualquer tipo
de edificação, onde a área imediatamente abaixo está obstruída,
impedindo uma evacuação na vertical, neste caso monta-se uma tirolesa
inclinada até o chão ou na horizontal, ate uma edificação adjacente.
Certos cuidados para a montagem de uma tirolesa, são fundamentais,

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como o correto dimensionamento dos equipamentos e pontos de
ancoragem, o adequado tensionamento das cordas, o emprego de corda
dupla, (de trabalho e de emergência), e a utilização de cordas de tração
e liberação da vítima.

Tirolesa Kootenay
Tirolesa Kootenay, é uma tirolesa montada da maneira
convencional, porém acrescida de alguns componentes que
permita que o socorrista ou a vítima ou ambos, sejam
movimentados na horizontal (tirolesa convencional) e também na
vertical, sob a corda, no ponto que for necessário.(Existe mais de
uma maneira de se montar uma tirolesa Kootenay.)
Uma tirolesa Kootenay, por exemplo, pode ser montada entre dois
prédios e permitir que o resgatista seja baixado até um telhado,
ou outra construção, entre os dois prédios, resgate uma vítima e
que ambos sejam içado e encaminhados para qualquer extremidade da
tirolesa. O mesmo sistema pode ser montado em ambientes de
esportes outdoor, por exemplo, para se resgatar vítimas de
acidentes de canoagem ou rafting em um desfiladeiro.
O grande inconveniente deste sistema é o elevado número de
equipamentos e operadores necessários.
É fundamental que as pessoas envolvidas na montagem de uma
tirolesa Kootenay sejam muito bem treinadas, para poderem avaliar
os riscos e dimensiona-la corretamente, pois as cargas envolvidas
em todo o sistema são muito elevadas.

Sistema de Resgate com Contrapeso Em


situações com poucos resgatistas, em que se tenha que elevar uma
vítima em condições de acesso restrito, a utilização do próprio resgatista
como contrapeso, é uma opção bastante viável, bastando para isso que
se monte na ancoragem superior, uma polia com blocante, e nesta se
passe uma corda, da qual uma das extremidades se conectará a vítima,
e na corda, após a polia, o resgatista se posicionará, devidamente
equipado para ascensão em corda. Com o peso deste, mais o auxilio de
outro componente do grupo, na parte superior, estará montado um
sistema simples, porém eficiente que possibilitará a elevação da vítima.
Material Publicado no site:
http://www.serelepe.com.br R. Apiacás, 274 - CEP 05017-020 - São
Paulo - SP - Brasil
Fone: (0xx11) 3871-3773 / Fax: (0xx11) 3873-0013

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