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Segundo a NR 33 norma de segurança e saúde no trabalho, voltada especificamente para


segurança em atividades em espaços confinados, relata que deve por sua obrigatoriedade ter
um responsável por fazer o controle de riscos e perigos em todos os espaços confinados, esse
profissional também conhecido como responsável técnico, pode ser qualquer empregado que
tenha vínculo direto com a empresa e que tenha em seu conhecimento sobre as normas de
segurança, mas que possa responder de forma legal e garantir que todos os espaços confinados
estejam em conformidade, garantindo acesso dos trabalhadores apenas após ter sua liberação
datada e assinada em três vias ainda físicas, por todos os envolvidos na atividade.

O supervisor é um dos trabalhadores autorizados e selecionado pelo responsável técnico para


executar a supervisão momentânea da atividade realizada.

O vigia irá garantir a segurança dos trabalhadores dentro do local, mantendo constante
vigilância e comunicação, o vigia tem o poder de impedir a entrada de qualquer pessoa que não
esteja com a capacitação ou exames médicos periódicos em dia, assim também se ocorrer de
qualquer emergência dentro ou arredores do local da atividade, deverá ordenar abandono.

O trabalhador deve acatar todas as orientações passadas pelo supervisor e ficar atento as ordens
imediatas do vigia.

No caso dos acidentes por engolfamento mais comum quando encontrado em armazéns de soja
a história é um pouco diferente.

TRIPER – Treinamento e Desenvolvimento Profissional - CNPJ 17.200.093/0001-09

Rua Tapurah 2675s - Cerrado – Lucas do Rio Verde - MT - Fone: (65) 9 9996 3623 - treinatriper@gmail.com
Origem da palavra engolfamento:

Utilizados pelo sistema de navegação

EX: fazer com que a embarcação (navio) se dirija para o alto-mar; afastar-se da região costeira:
o navio deveria engolfar o quanto antes; a embarcação engolfou-se mar a dentro.

Para este tipo de acidente não existe procedimento especifico normativo de resgate.

A própria NR 33 aborda as normas NBR: 14.606 e NBR 14787, hoje ambas substituídas pela NBR
16577 prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção by2017.

Em seu item 7.C descreve o seguinte.

Considerar que operações na superfície de grãos são de extremo perigo e que a entrada e
movimentação dos trabalhadores sobre a massa de grãos ou materiais que ofereçam risco de
engolfamento, soterramento, afogamento, submersão e sufocamento são extremamente
proibida, salvo quando garantidas por meios de análise de risco a adoção de medidas de
caráter coletivo ou individual, comprovadamente efetivas. Deve ser mantida sinalização
especifica na entrada do armazém, constando seus riscos e proibição de acesso.

Mesmo havendo legislações pertinentes, por sua maior parte da vezes as por desconhecer o
risco ou até mesmo se expor de forma voluntaria e desnecessária a esse perigo, o acidente por
soterramento em massa de grãos poderá ocorrer.

Será necessário a este resgate uma equipe competente e muito bem treinada ciente de todos
os riscos pertinentes aos locais e aos arredores.

Equipamentos para fazer o resgate será de sua suma importância, como cordas de segurança
instaladas sempre de forma horizontal, e jamais vertical (devido as roscas transportadoras
porem sugar a corda), cintos de segurança tipo paraquedista, etc.

Os pontos de ancoragem também devem atender as legislações pertinentes e proteger todos os


envolvidos em caso de uma segunda queda, neste caso não pode haver uma exposição de risco
de queda menor que 2 (dois).

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Mesmo estando com cinto de segurança a equipe de resgate poderá ser soterrado com a
possibilidade de um segundo ou terceiro bolsão de ar posterior ao acidente.

Mas, como se forma um bolsão de ar?

Bolsão de ar é formado pela compactação do grãos (geralmente da soja) que irá estar sobre um
extrema pressão devido ao seu acumulo concentrado no silo/armazém/moega.

Quando a rosca transportadora ou portinhola do túnel é aberta o centro da massa de grãos é


puxada por gravidade, sendo que as suas laterais podem ficar presas devido a pressão da massa
anteriormente que à exercia.

Quando o grão para de descer por gravidade o trabalhador geralmente se expõe desnecessária
mente ao risco, executando apenas uma análise não técnica do risco local.

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Local onde a
vítima foi
encontrada

Equipe de resgate sem


equipamento de proteção.
encontrada

Possível segundo ou
terceiro bolsão de ar.

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Visualmente essa equipe está segura, porém não é possível fazer levantamento de um processo
de prevenção mais minucioso para descobrir demais bolsões de ar, simplesmente não arrisque.

Analise de diferentes casos;

Sucção do trabalhador:

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Neste caso em especifico o trabalhador será sugado pela rosca transportadora ou pela decida
gravitacional dos grãos. (Que geralmente acontece com milho e arroz)

O local para busca da vítima nessa caso de acidente ficaria mais “fácil”, pois você precisa
identificar o local onde a massa de grãos está mais afunilada.

Neste tipo de resgate você deverá paralisar imediatamente a decida dos grãos, quanto mais
grãos você descer mais você irá descer junto a vítima, que geralmente não irá passar pela bica
de transporte na parte inferior, estar provido de grande pranchas para auxiliar na contenção dos
grãos que estão a descer pelas laterais.

Se for silo deverá ser feito cortes triangulares não maior que a chapa para garantir o controle de
descida de grãos e não afetar a estrutura do local.

Se for armazém você deverá abrir bicas nas laterais de onde o trabalhador se encontra para só
assim conseguir acessá-lo de forma eficiente.

Se for o caso de moega deve ser utilizado um tubo de resgate chamado Triper 01 que irá revestir
as laterais da vítima reduzindo a pressão do trabalhador.

Engolfamento do trabalhador:

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Neste caso o trabalhador sofrerá uma queda abrupta assim seguido pela massa de grãos que irá tomar conta da
parte ocupada anteriormente por apenas ar, geralmente gerado por soja ou feijão.

O trabalhador estará sofrendo uma pressão média de 450KG por m³ ou seja se ele estivar em média 2 metros
abaixo da massa de grãos estará com uma pressão constante em seu corpo de 900kg.

O resgate será primeiramente através de uma prospecção da vítima.

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Introduzindo uma haste de madeira ou metal sem ponta para encontrar o corpo, neste caso acima o resgate está
procurando a posição em que as pernas da vítima acabou paralisando.

Se a vítima estiver totalmente submersa você deverá encontra a posição que ela se encontra, para só depois colocar
o tubo TRIPER 01.

Se a vítima estiver a mais de 2 metros de profundidade a equipe deverá iniciar a retirada da massa de grãos das
laterais até reduzir a pressão sobre a vítima, facilitando a retirada.

Para facilitar o deslocamento da equipe sobre a massa de grãos pode ser utilizado a prancha de resgate ou o rodo
que é utilizados pelos trabalhadores para fazer o descarregamento dos caminhões, assim evitando que o resgate se
canse quando caminhar sobre a massa, economizando energia para executar a retirada.

Rodos de ponta cabeça, facilitam


Por mais visivelmente “fácil” que pareça sair, a vítima ira ficar ofegante e logo irá apresentar o deslocamento da equipe de
sinais de hipóxia, por suas pernas estarem sem circulação sanguínea e possíveis trombos, em resgate sobre os grãos.
casos mais graves gangrena.
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A pressão extrema sobre o tórax da vítima não irá permitir o seu movimento respiratório, então não perca tempo
com oxigenação dela, lembrando que em área confinada é extremamente proibida a utilização de oxigênio 100%.

Nunca tente efetuar um retirada de um trabalhador que esteja total ou parcialmente submerso nos grãos, isso
poderá acarretar uma laceração total ou parcial dessa vítima, se certifique que a vítima está sem pressão sobre o
corpo antes de efetuar a sua retirada.

O corte na chaparia como é o caso dos silos metálicos ou de concretos devem atender alguns quesitos de
distribuição de força, como o controle de saída de grãos e o corte do silo em si.

A melhor forma seria um formato em V assim controlando os 3 lados do corte.

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Se o silo estiver parcialmente vazio seria importante você realizar a retirada da chapa ao invés do corte, pois não
terá tanta pressão direto sobre as paredes dos grãos.

E agora o mais importante, nunca utilize “chapas” retas ou materiais de baixa resistência como taludes, tapumes,
eternites, compensados para fazer a segurança da vítima, o material não irá aguentar a pressão dos grãos.

Chapas retas não distribuem bem a energia, procure por chapas côncavas ou até mesmo toneis de 200 litros de
plástico ou metal, isso irá ajudar parcialmente no resgate.

Uma das medidas preventivas mais eficazes para que este tipo de acidente não ocorro seria não andar sobre a
massa de grãos. Mas nem sempre isso é possível, se for necessário andar sobre a massa de grãos ou próximo a ela
utilize linha de vida tipo cordão umbilical e sempre em fator de queda 2, nunca se esqueça de efetuar análise
preliminar de risco e trabalhe com segurança.

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USE LINHA DE VIDA, ANDAR
SOBRE OS GRÃOS É
PERIGOSO.

Somos a empresa TRIPER Treinamentos, especialistas em resgate e socorro em grãos no Brasil.

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