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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – CAMPUS RUSSAS

DISCIPLINA: HIGIENE INDUSTRIAL E SEGURANÇA DO TRABALHO


PROFESSOR: OTÁVIO RANGEL

EQUIPE: MATRÍCULA:

ARTHUR DE OLIVEIRA ALVES 374660

DANIEL LIRA LOPES TARGINO 374661

FILIPE PEREIRA DE SOUZA FALCÃO 378503

“EQUIPAMENTOS DE PROTREÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVOS PARA


TRABALHOS EM ALTURA.”

RUSSAS-CE

2018

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Sumário
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 4
3. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 9
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 10

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho em altura é um dos maiores causadores de acidentes no trabalho


no Brasil, segundo o ministério do trabalho e emprego (TEM), cerca de 40% dos
acidentes de trabalho no país no ano de 2013 estavam relacionados a queda de
trabalhadores em altura, muitos desses acidentes vem acontecendo em atividades
como revestimento, pintura e manutenção de fachadas.
No Brasil, a norma que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de
proteção é a NR35. É considerado trabalho em altura qualquer atividade em que a
pessoa corra o risco de cair de uma altura de 2m acima do nível inferior.
De acordo com a CPN/SP (2004, 2005), EPC é um dispositivo, sistema ou meio,
fixo ou móvel, com a finalidade de preservar a integridade física e a saúde de um
grupo de trabalhadores que estão executando algum serviço em determinado local.
Então, pode-se dizer que os EPC’s são medidas de proteção utilizadas no ambiente
de trabalho.
Entende-se por EPI todo dispositivo de uso individual, a fim de proteger a saúde
e integridade física do trabalhador. Só pode ser comercializado e utilizado, se possuir
o Certificado de Aprovação – CA, que é o número expedido pelo MTE e que consta
no próprio equipamento.

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2. DESENVOLVIMENTO

Para exercer as tarefas tranquilamente na jornada de trabalho é preciso a


utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) e equipamentos de
proteção coletiva (EPC’s) necessários, esses equipamentos visam garantir a
segurança do trabalhador e prevenir acidentes de trabalho, porém é necessário um
treinamento para que o operário compreenda de maneira correta a utilização desses
equipamentos, garantindo a eficiência dos mesmos.
Vale ressaltar, que os EPC’s são medidas pensadas antes mesmo do
fornecimento dos EPI’s. Essas medidas tem o objetivo de proteger os trabalhadores
dos riscos existentes na execução de suas tarefas. Portanto, a proteção coletiva é
prioritária em relação as proteções individuais.
Obriga-se ao empregador, adquirir o tipo adequado à atividade de emprego,
treinar o trabalhador sobre o uso adequado, tornar seu uso obrigatório e substituí-lo
quando danificado ou extraviado. Obriga-se ao empregado quanto ao EPI, usá-lo para
o fim que se destina, responsabilizar-se por sua guarda e conservação e comunicar
ao empregador alteração que torne seu uso impróprio.
Tipos de EPI’s e EPC’s para trabalho em altura:

• Trava-Quedas:

O trava-quedas atua conjuntamente com o cinto de segurança e os talabartes,


especialmente em casos em que necessita de muita movimentação por parte do
operário.
Trata-se de uma espécie de presilha travadora seguindo o mesmo mecanismo
dos cintos de segurança dos carros, caso o trabalhador sofra uma queda ou faça um
movimento brusco o mesmo segura o cinto. Existem diversos tipos de trava-quedas
para determinadas atividades em altura que devem ser escolhidos por um profissional
qualificado de acordo com uma análise de riscos.

• Cinto de Segurança tipo Paraquedista:

Embora o ideal é que seja evitado o risco de queda criando um ambiente que
o neutralize ou ao menos o minimize, na grande maioria das vezes isso não se faz

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possível, assim o uso do cinto de segurança é essencial na retenção de quedas,
deixando o trabalho mais tranquilo e seguro.
O nome desse tipo de cinto dá-se pela semelhança com o modelo de cinturão
utilizado por paraquedistas.

• Capacete com Jugular:

O capacete serve para proteger a cabeça do trabalhador contra quedas ou


quedas de objetos que estão em níveis mais acima. No trabalho em altura esse tipo
de EPI é indispensável, visto que o operário fica exposto a vários tipos de risco e
qualquer susto ou ferimento pode fazer com que o mesmo realize movimentos bruscos
levando-o a uma queda em altura.
A diferença desse tipo de capacete para um capacete normal é que o mesmo
possui uma espécie de fita que passa por debaixo do queixo, evitando que o mesmo
caia devido a movimentos bruscos ou mesmo ventos fortes.
A essa fita dá-se o nome de jugular e é ela quem proporciona maior liberdade
de movimento ao operário, eliminando a preocupação de o capacete cair a qualquer
momento.

• Talabartes Simples:

O uso do cinto de segurança de forma correta torna-se possível devido ao uso


de outro equipamento de proteção individual destinado a trabalhos em alturas: os
talabartes.
O talabarte funciona como uma extensão do cinto, formado por uma fita com
um ponto de ancoragem. É necessário que essa ancoragem seja posicionada de
modo que o trabalhador consiga se prender a ela antes de realizar a determinada
atividade em altura, ou seja, antes do risco de queda e soltá-la somente ao fim desse
risco.
Há situações em que apenas um ponto de ancoragem não é suficiente para
garantir a segurança do operário, desse modo, hoje em dia esse modelo tem uma
utilização restrita a determinados tipos de trabalhos em altura.

• Talabarte Y:
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É considerado mais seguro que o talabarte simples, é um equipamento no
formato da letra Y, possuindo 3 pontos de ancoragem. Um dos pontos se conecta ao
cinto de segurança do operário em um elemento de ancoragem integrado ao cinto e
os outros dois a pontos de ancoragem seguros.
Esse tipo de talabarte se torna obrigatório e indispensável ao trabalho em
andaimes por se tratar de um alto risco de quedas durante o trânsito de pessoas. A
maior vantagem desse modelo é que o mesmo permite maior movimento devido a
possibilidade de alternância entre pontos de ancoragem, ficando sempre conectado a
pelo menos um ponto de ancoragem.

• Talabartes Ajustáveis (de posicionamento):

É mais um modelo utilizado em trabalhos posicionados, trata-se de uma


espécie de complemento aos talabartes em Y e simples. A utilização desse
equipamento se dá pelo fato de que o trabalhador tem que usar suas duas mãos para
realização de atividades em altura e então se posicionado de forma segura apoiando
suas duas pernas em local seguro, e o terceiro ponto de ancoragem será feito através
de uma laçada do talabarte ajustável em uma estrutura segura para que o operário
tenha segurança e estabilidade necessária para a realização da atividade em altura.
É recomendado que esse dispositivo seja acoplado a um cinto de segurança
que tenha dois olhais de ancoragem laterais integrados na parte abdominal do cinto
tipo paraquedista.

• Botinas de Segurança:

São utilizadas para evitar que objetos caiam e machuquem os pés do operário
fazendo com que o mesmo realize movimentos bruscos. Também evita que o operário
escorregue e se machuque caindo no próprio andaime ou plataforma de trabalho ou
até mesmo fique pendurado no ar preso somente pelos dispositivos de segurança.

• Óculos de Segurança:

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Os olhos precisam estar protegidos a entrada de corpos estranhos ou pó pois
os mesmos são muito sensíveis. Trabalhos em altura expõem o trabalhador a uma
grande variedade de partículas. Os mesmos também são utilizados para a proteção
contra raios solares e excesso de claridade.

• Luvas de Segurança:

As luvas são utilizadas na proteção contra produtos químicos e agentes


externos que causam ferimentos. No trabalho em altura elas são indispensáveis, visto
que qualquer trauma que venha a ocorrer com o operário o socorro se torna mais difícil
visto que o mesmo se encontra a muitos metros do chão. Usá-las no ambiente de
trabalho torna a atividade mais segura visto que a mão é utilizada para praticamente
todas as atividades profissionais ficando muitos expostas.

- Dispositivos Protetores de Plano Vertical:

São dispositivos colocados para transporte vertical de equipamentos, materiais


e ferramentas. A sua finalidade é a proteção contra riscos em altura.

• Guarda-corpo-rodapé (GCR):

Sua finalidade é proteger pessoas, materiais e ferramentas contra o risco de


queda. É constituído por uma proteção sólida de material rígido e resistente.

• Barreiras com Rede:

Diferente do GCR ele é constituído por dois elementos horizontais, de cabo de


aço ou tubo metálico nas extremidades. Entre os dois elementos existe uma rede de
resistência de 150 kgf/m, e a abertura da malha deve estar entre 20 a 40 mm.

• Proteção para Aberturas no Piso:

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A proteção deve ser feita por um cercado rígido, constituído por uma barra
intermediária, rodapé e montantes iguais ao sistema GCR. Os vãos de acesso aos
elevadores também devem ter proteção por um sistema GCR.

- Dispositivos Protetores de Plano Horizontal:


Esses dispositivos tem a mesma finalidade que os dispositivos de proteção
para abertura no piso. Porém, esses dispositivos não são para transporte vertical,
assim como os dispositivos para abertura no piso, de equipamentos, materiais e
ferramentas. Esse sistema consiste de uma proteção inteiriça, sólida e sem frestas
devendo ser ficadas em perfis metálicos ou de madeira na forma de fechamento
provisório, mas fixo.

- Dispositivos de Proteção para Limitação de Quedas (plataforma principal e


secundária):

Na construção de edifícios com números de pavimentos superiores a quatro ou


até equivalente à aproximadamente 20 m, é obrigatório instalar uma plataforma de
proteção principal, o mais conhecido é o bandejão. Dependendo da altura do
empreendimento, é obrigatório a instalação de plataformas secundárias.

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3. CONCLUSÃO

Diante do cenário alarmante de acidentes relacionados a trabalhos em altura,


faz-se necessário cada vez mais o uso de equipamentos de proteção tanto individuais
como coletivos visando a segurança do trabalhador na realização desse tipo de
atividade.

É importante também que tanto empregador quanto empregado cumpram com


suas obrigações no que diz respeito as normas de segurança, buscando sempre o
treinamento necessário e a manutenção dos equipamentos de segurança para que os
mesmos sejam eficientes no que diz respeito a prevenção de acidentes e garantia de
segurança.

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4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• Beltrami, M.; Stumm, S. EPI e EPC. Curitiba-PR: Editora Instituto Federal do


Paraná, 2013.
• <http://blog.inbep.com.br/epi-trabalhos-em-altura-nr35/>. Acesso em: 20 abril
2018
• <https://conect.online/blog/9-epis-obrigatorios-para-trabalhos-em-altura/>.
Acesso em: 20 abril 2018
• <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/6674/1/CT_CEEST_XXX
_2015_11.pdf>. Acesso em: 20 abril 2018
• <http://www.ufjf.br/engenhariacivil/files/2012/10/TCC_Seg_Trabalho_-
_M%C3%A1rcio_Mendes.pdf>. Acesso em: 20 abril 2018
• <https://pt.slideshare.net/prevencaonline/segurana-do-trabalho-em-
fachadas>. Acesso em: 20 abril 2018
• <https://www.prometalepis.com.br/blog/72-epis-para-trabalho-em-altura/>.
Acesso em: 20 abril 2018
• NR 5,6,17,18,35 / NBR 6494

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