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Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola

Superior de Saúde Dr. Lopes Dias


Antes e Depois da Entrada no Ensino Superior

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Carolina de Jesus Mouquinho Máximo


Igor Duarte Sousa

Orientador: Professor Doutor Carlos Maia

janeiro 2023
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola


Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Antes e Depois da Entrada no Ensino Superior

Carolina de Jesus Mouquinho Máximo nº 20190887


Igor Duarte Sousa nº 20190902

Orientador
Professor Doutor Carlos Maia

Trabalho apresentado à Escola Superior Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco,
para obtenção de melhoria de classificação à unidade curricular Investigação II, inserida no 1º
Semestre do 3º Ano da Licenciatura de Enfermagem, realizada sob a orientação científica do
Professor Doutor Carlos Maia.

janeiro 2023

I
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

Motivação

“Para ser grande, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.”

(Ricardo Reis)

II
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Resumo
Introdução: Em Portugal, a pertinência desta investigação relacionada com o
consumo de álcool, nos alunos da Escola Superior de Saúde Dr, Lopes Dias, tem a
ver com o facto de ser preciso explorar este tema além de ser acompanhado com a
necessidade de, quer prevenção quer acompanhamento, além de educação para a
saúde, com a contribuição para a melhoria dos cuidados de saúde dos alunos.

O ingresso no ensino superior proporciona aos jovens adultos uma alteração no


seu estilo de vida, principalmente quando se encontram longe de casa, o que pode
levar a que ocorra adoção de medidas pouco saudáveis, daí a importância de
investigar como é o consumo antes e depois da entrada na ESALD.
Objetivos: Os estudos recentes mostram o uso preocupante de álcool entre os
alunos do ensino superior e que iniciam em idades cada vez mais novas. Desta
forma, os objetivos deste trabalho incluem conhecer o consumo de álcool, antes e
depois da entrada dos alunos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, além de
identificar o seu perfil sociodemográfico (que inclui aspetos como a idade, sexo,
ano de curso, situação familiar e profissional dos pais e distrito de origem) dos
sujeitos da amostra e a frequência com que consomem álcool.
Métodos: A amostra não probabilística por conveniência compreende 100
alunos da ESALD, ao qual responderam a um questionário, de forma confidencial e
de auto preenchimento, havendo a possibilidade de fazer em papel ou online, de
forma a dar resposta aos objetivos já referidos. A pesquisa é de caráter
observacional, com abordagem exploratória descritiva.
Resultados: Não estava previsto a colheita de dados no trabalho em questão.
Discussão: A OMS refere que o excessivo consumo de álcool é de facto uma
ameaça à saúde pública, em que um quarto dos jovens europeus dos 15 aos 29 anos
morre devido ao álcool em excesso. Portugal é um dos países de maior consumo
mundial. Os estudos concluíram que a maioria dos estudantes referiram que ter
amigos/as que consumem álcool. Desta forma, o consumo dos estudantes associou-
se positivamente ao dos seus pares. Outros estudos referem que o género feminino
é o que apresenta maior risco de consumo excessivo. A prevalência de consumo de
álcool foi bastante alta e semelhante à encontrada em outros estudos, destacando
a tendência ascendente para o consumo em adolescentes e jovens”.

Palavras-chave
Alunos; Bebedeiras; Bebidas Alcoólicas; Consumo; ESALD

III
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

Abstract
Introduction: In Portugal, the pertinence of this research related to the
consumption of alcohol, in the students of the Escola Superior de Saúde Dr, Lopes
Dias, has to do with the fact that it is necessary to explore this theme in addition to
being accompanied by the need to, either prevention or follow-up, in addition to
health education, with a contribution to improving student health care.
Entering higher education provides young adults with a change in their lifestyle,
especially when they are away from home, which can lead to the adoption of
unhealthy measures, hence the importance of investigating how consumption is
before and after of entry into ESALD.
Objectives: Recent studies show the worrying use of alcohol among higher
education students who start at increasingly younger ages. In this way, the
objectives of this work include knowing the consumption of alcohol, before and
after the entrance of the students of the Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias,
in addition to identifying their sociodemographic profile (which includes aspects
such as age, sex, year of study, parents' family and professional situation and
district of origin) of the sample subjects and the frequency with which they
consume alcohol.
Methods: The non-probabilistic sample for convenience comprises 100 ESALD
students, who answered a questionnaire, confidentially and self-completed, with
the possibility of doing it on paper or online, in order to respond to the
aforementioned objectives. The research is observational, with a descriptive
exploratory approach.
Results: Data collection was not foreseen in the work in question.
Discussion: The WHO states that excessive alcohol consumption is in fact a
threat to public health, in which a quarter of young Europeans aged 15 to 29 die
due to excessive alcohol. Portugal is one of the countries with the highest
consumption in the world. Studies concluded that most students reported having
friends who consume alcohol. In this way, students' consumption was positively
associated with that of their peers. Other studies indicate that the female gender is
the one with the highest risk of excessive consumption. The prevalence of alcohol
consumption was quite high and similar to that found in other studies, highlighting
the upward trend for consumption in adolescents and young people”.

Keywords
Students; Drunkenness; Alcoholic beverages; Consumption; ESALD

Índice

IV
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

RESUMO ……………………………………………………………………………………………………III
ABSTRACT ...………………………………………………………………………………………………IV
Índice de Figuras ……………………………………………………………………………………….VI
Índice de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos ………………………………………………..VII

NOTA INTRODUTÓRIA ………………………………………………………………………………..1


ENQUADRAMENTO TEÓRICO ……………………………………………………………………...2
Conceito de Alcoolismo ………………………………………………………………………….2
Motivos Para Ingerir Álcool e os Seus Riscos ……………………………………………2
Influência dos Pares ……………………………………………………………………………….3
Efeitos no Cérebro …………………………………………………………………………………3
Tratamento e Prevenção ………………………………………………………………………...4

FASE CONCEPTUAL …………………………………………………………………………………….5


Questão de Investigação …………………………………………………………………………5
Hipóteses ……………………………………………………………………………………………...5
Revisão de Literatura ……………………………………………………………………………..6
Quadro Teórico de Referência ………………………………………………………………...8
Objetivos de um Projeto de Investigação …………………………………………………9

FASE METODOLÓGICA ………………………………………………………………………………10


Desenho da Investigação ……………………………………………………………………...10
Identificação e Operacionalização das Variáveis …………………………………….10
População Alvo ………………………………………………………………………….11
Amostra ……………………………………………………………………………………11
Variáveis …………………………………………………………………………………..12
Tipo de Estudo …………………………………………………………………………………….12
Instrumento de Colheita de Informação ………………………………………………...13
Tratamento e Análise de Dados …………………………………………………………….13
Obstáculos da Investigação …………………………………………………………………..13

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ……………………………………………………………………………….15

CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………………………………………………..16

V
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………………………………….17

APÊNDICES ……………………………………………………………………………………………………19
Apêndice I – Cronograma ……………………………………………………………………..20
Apêndice II – Documento de Consentimento Informado …………………………21
Apêndice III – Questionário ………………………………………………………………….23

VI
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Índice de Figuras

Figura 1 Quadro Teórico de Referência ……………………………………………………….….8

Figura 2 Cronograma Referente à Realização do Projeto ………………………….….20

VII
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

Índice de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos

AUDIT-C - Alcohol Use Disorders Identification Test – Consumption


ESALD – Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
nº - número
OMS – Organização Mundial de Saúde
SNS – Serviço Nacional de Saúde

VIII
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

I. Nota Introdutória
Para realização deste projeto, escolheu-se como tema o consumo de álcool entre
os alunos da ESALD, antes e depois da entrada no ensino superior. Deste modo,
definiu-se que a população a estudar seria os indivíduos com idade igual ou superior
a 18 anos, , que estudem na Escola de Saúde e que tenham dado entrada nos últimos
4 anos letivos (2022/2023, 2021/2022, 2020/2021, 2019;2020). A escolha do tema
surge pela necessidade de dar a conhecer a realidade dos consumos de álcool entre
os alunos, tendo em conta a falta de estudos.
Foram definidos objetivos. Sendo assim, o objetivo geral é conhecer os níveis do
consumo de álcool entre os alunos, antes e depois da entrada no ensino superior na
ESALD. Como objetivos específicos do nosso projeto, pretendemos:
- Caraterizar os alunos através dos seu perfil sociodemográfico;
- Identificar as consequências que o álcool provoca nos alunos;
- Desenvolver estratégias de prevenção do álcool.
Dividiu-se o projeto em cinco partes. Em primeiro lugar, o enquadramento
teórico, onde se contextualiza a temática em estudo. De seguida, a fase conceptual,
onde se definiu a questão de investigação, se realizou a revisão da literatura, se
elaborou um quadro de referências e definiram-se os objetivos do projeto. Na
terceira parte, encontra-se a fase metodológica, na qual se desenhou a investigação,
se definiram as variáveis, o tipo de estudo, os instrumentos de colheita de dados e o
método de análise dos dados. Na quarta parte, apresentou-se como se iriam tratar
os dados obtidos e os possíveis obstáculos que a investigação poderia ter. Por fim,
na última parte, estabeleceram-se as considerações éticas.
De modo a alcançar os objetivos anteriormente definidos, procedeu-se à revisão
da literatura com base no tema escolhido. Realizou-se a pesquisa de informação nos
diversos recursos disponíveis, de modo a contextualizar a investigação e perceber o
que é que já se estudou sobre este assunto.

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Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

II. Enquadramento Teórico

Portugal é um dos países da União Europeia, onde o consumo de álcool entre os


adolescentes e jovens adultos se agravou nos últimos cinco anos. Sendo assim, tem-
se verificado um aumento nos fatores de risco. Este tema tem sido muito debatido
ao longo do tempo de modo a tentar controlar este problema.
Na população escolar portuguesa, estima-se que a prevalência de problemas
ligados ao álcool se situem entre os 10% e 20%, nos alunos que frequentam o ensino
superior. Em relação ao ensino secundário, apresentando uma idade média de 16
anos, 18% a 20% já se terá embriagado pelo menos uma vez na vida. Calcula-se que
o consumo excessivo ocorra em cerca de 10% nas mulheres e 20% nos homens.
A OMS situa a adolescência no período que decorre entre os 10 e os 19 anos, e
define-a como uma etapa biopsicossocial na qual ocorrem transformações de
caráter físico, social, cognitivo e emocional e um jovem adulto situa-se entre os 17 e
24 anos (Martins, 2005).

1. Conceito de Alcoolismo
Atualmente, em Portugal, o álcool é considerado uma droga legal e
comercializada, muito incluída em grande parte da população através dos seus
hábitos alimentares. Além que aparece muitas vezes associado a outras formas, tais
como, comemorativas, recreativas, entre outras, podendo fazer parte da identidade
da pessoa e/ou do seu estilo de vida.
O conceito de alcoolismo, desta forma, abrange a globalidade dos problemas
motivados pelo álcool, no indivíduo, quer a nível físico quer a nível psicológico,
perturbando a sua vida familiar, social e profissional e nas suas implicações legais,
morais e económicas.

2. Motivos Para Ingerir Álcool e os Seus Riscos


Vários são os motivos que atraem os jovens para o consumo de álcool. Em
primeiro lugar, a aceitação pelos amigos e o grupo, que cria uma tendência para
beber, se estes o fizerem também, além que no período de adolescência é o momento
em que procuram novas experiências. Em segundo lugar, sujeitos mais tímidos,
tendem a tornar-se mais sociáveis com a bebida. Outros motivos incluem traços de
personalidade – jovens mais alterados usam o álcool como alívio; ou problemas
hereditários – através de questões de genéticas.
Os excessos do consumo de álcool trazem os seus próprios riscos. Há a disposição
para apresentar o julgamento afetado, fazendo com que o jovem perca a capacidade
para decidir atitudes sensatas, para mais que é uma consequência à saúde (pode
criar dependência em consumos elevados, uma porta de entrada a outras
substâncias psicoativas ou até mesmo a relações sexuais sem proteção).

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Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

3. Influência dos Pares


Na construção da sua identidade, o adolescente e o jovem adulto procuram
sentir-se bem com o seu corpo, com as suas emoções e desenvolvimento intelectual
procurando simultaneamente ser reconhecido pelas pessoas que são significativas
na sua vida (Jardin, 2002). Estes processos podem originar conflitos que decorrem
da dificuldade de compreender a sua identidade, o que por si requer um maior
esforço de adaptação a tudo o que o rodeia. Na altura da adolescência para adquirir
a sua identidade, o adolescente, considera que a sua tarefa principal é diferenciar-se
dos seus pais e tende a assumir comportamentos que o identifiquem com os seus
pares (Fernandes, 2007).
Muitas das vezes, existem "regras" presentes nos grupos e na sociedade que
ditam como devemos agir, denominadas por normas sociais. Em determinados
grupos, principalmente jovens, existe a ideia de que é normal e aceitável beber com
elevada frequência e intensidade, de tal forma, que o grupo acaba por direcionar o
comportamento dos seus membros. Aliás, muitos jovens bebem de forma exagerada
porque acreditam que assim fazem parte do grupo po ser um comportamento
esperado por estes, ou seja, o comportamento individual do consumo de álcool sofre
muito influência do fenómeno conhecido como a influência de pares.
O primeiro contacto com o álcool pode estar relacionado com um dos seguintes
fatores. Em primeiro lugar, os amigos e familiares (exceto os pais), que em festas
com grupos de amigos da mesma idade ou guiados pela influência de primos ou
irmãos mais velhos, os adolescentes poderão ter o seu primeiro contacto. Em
segundo lugar, os pais que preferem oferecer aos filhos de modo a controlar as
quantidades, apesar de nenhum volume de álcool ser seguro para eles. Em último
lugar, a curiosidade que leva os jovens a quererem experimentar as sensações que
o álcool provoca e vai em busca de bebida.

4. Efeitos no Cérebro
De acordo com dados do SNS, a experimentação do álcool é cada vez mais precoce
em crianças. Em termos de consequências para o desenvolvimento das crianças e
jovens, a precocidade no consumo de álcool tem “consequências diretas a nível do
sistema nervoso central, com défices cognitivos e de memória, limitações a nível da
aprendizagem e, bem assim, ao nível do desempenho escolar e profissional”.

5. Tratamento e Prevenção
Apesar de complexo, o tratamento do alcoolismo deve englobar tanto aspetos
biológicos como psicossociais - incluindo o meio familiar, profissional e social onde
o paciente se insere. O objetivo principal é contribuir para um aumento da qualidade
de vida. A forma mais eficaz de prevenção do alcoolismo é de facto a abstinência, ou
seja, não ingerir bebidas alcoólicas.

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Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

Contudo, sabendo a dificuldade da tarefa, o importante é a moderação. Deve-se


tentar ingerir menos bebidas do que se considera razoável e sem fazer misturas.
Uma das estratégias será avaliar o grupo de pessoas próximas a que se pertence
devido à influência de terceiros.

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Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

III. Fase Conceptual


A fase conceptual é a primeira de três fases pertencentes a um processo de
investigação. Desta forma, “A fase conceptual começa quando o investigador
trabalha uma ideia para orientar a sua investigação. A ideia pode resultar de uma
observação, da literatura, de uma irritação em relação com um domínio particular,
ou ainda de um conceito (Fortin, 1999).
Fazem parte desta fase, a revisão da literatura, em que se pesquisou estudos
relacionados com o tema, permitindo perceber qual a questão mais indicada a
colocar, de forma a contribuir para o conhecimento previamente existente.

1. Questão de Investigação

“A questão de investigação é um enunciado interrogativo, escrito no presente


que inclui habitualmente uma ou duas variáveis e a população a estudar.” Ou seja, a
questão de investigação acaba por ser a representação de uma premissa, que inclui
as variáveis em estudo e determina as respostas e a sua procura (Fortin, 1999).
De acordo com a informação anterior, coloca-se a seguinte questão: “Será que o
consumo de álcool ingerido pelos estudantes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes
Dias, aumentou com a entrada no ensino superior?”.

2. Hipóteses
De acordo com Maia (2022), uma hipótese é uma tentativa de prever se existe
relação entre as variáveis na população de um determinado estudo. Logo, é uma
previsão experimental, ou uma explicação da relação entre duas ou mais variáveis.
Assim sendo, a hipótese relaciona-se com a questão em causa e com a intenção do
estudo, dando uma previsão acerca do que se deve esperar nos resultados.
Desta forma, são descritas de seguida, propostas de hipóteses que tem a
finalidade de responder quer à questão de investigação quer aos objetivos
previamente definidos, e se existe associação possível ou não entre as variáveis.
• Hipótese de Investigação (H1) – O consumo de álcool é menor durante o
ensino superior que antes da entrada dos alunos na ESALD;

• Hipótese Nula (H0) - O consumo de álcool é maior ou igual durante o ensino


superior que antes da entrada dos alunos na ESALD.

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Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

3. Revisão da Literatura

Segundo Fortin (1999), esta etapa consiste em pesquisar e fazer uma seleção da
informação que já existe acerca de determinado tema. “(…) é um processo que
consiste em fazer o inventário e o exame crítico do conjunto de publicações
pertinentes sobre um domínio de investigação. Uma revisão da literatura mostra,
portanto, um conjunto de trabalhos sobre um mesmo tema, no qual ressaltam os
elementos comuns e os divergentes.” (Fortin, 1999).
Esta revisão é feita com vários objetivos: como delimitação do estudo ou para
perceber aquilo que já é conhecido pela comunidade. Permite conhecer os métodos
e ideias de outros autores, sendo desta forma, uma ajuda ao suporte do projeto. Para
isso recorreu-se a artigos científicos de vários repositórios.
De acordo com Marinho, R. A. R. T. (p. 293, 2008), “um quarto dos jovens
europeus dos 15 aos 29 anos morre devido ao álcool em excesso. Portugal é um dos
países de maior consumo mundial. Assiste-se ao início do consumo em idades muito
precoces (13 anos), na generalização do consumo excessivo nas raparigas”, muito
pela vontade de “bebedeira”. A OMS refere que o excessivo consumo de álcool é de
facto uma ameaça à saúde pública, provocando por volta de 60 doenças. Em
Portugal, as que causam maior impacto são a cirrose alcoólica e as mortes por
acidente de viação (principal cauda de morte nos jovens adultos portugueses). O
autor do artigo ainda refere que se devem tomar medidas através da informação nos
jovens para evitar acontecimentos piores associados ao consumo de álcool.
Carvalho (2010) decidiu investigar os hábitos alcoólicos dos estudantes do
mestrado em Medicina da Universidade da Beira Interior, associando este consumo
a fatores sociodemográficos, No total do inquérito, responderam 345 estudantes.
Com os resultados obtidos, constatou-se que 21% tinha risco de desenvolver
dependência alcoólica e 6% provavelmente já tinha. Ainda se verificou que 40% da
amostra consome álcool regularmente, fazendo o duas a quatro vezes por mês, e
nenhum dos alunos recebe apoio psicológico por parte de um profissional de saúde
por sintomas devido ao consumo de álcool.
No ano passado, em 2022, um estudo transversal realizado na Universidade do
Minho com uma amostra probabilística de 840 estudantes universitários, sobre o
consumo de álcool/substâncias e a influência dos seus pares, com o objetivo de
analisar a influência dos pares consumidores. Os resultados concluíram que 60.0%
consumia álcool em excesso e a maioria dos estudantes que preencheram o
inquérito referiram que ter amigos/as que consumem álcool, 93.9%. Desta forma, o
consumo dos estudantes associou-se positivamente ao dos seus pares. Estes
resultados apresentados mostram a importância da intervenção das instituições nos
alunos de forma a garantir a toma de decisões positivas, saudáveis e conscientes.

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Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Para Colares, V. et al (2009), “as condutas de saúde repercutem de forma


significativa na qualidade de vida dos indivíduos […] observam-se diferenças entre
os gêneros nos comportamentos relacionados à saúde, enquanto os homens relatam
praticar mais frequentemente exercícios físicos, as mulheres demonstram
significativamente maior preocupação com a dieta alimentar”. O estudo refere que
o género masculino demonstra mais comportamentos poucos saudáveis, tais como
o tabagismo e o consumo de álcool – “o álcool e o tabaco foram consumidos pela
maioria dos estudantes, sendo os percentuais destes significativamente mais
elevados entre os estudantes do gênero masculino”. Os autores concluem que, em
geral, o género feminino envolve-se menos em riscos que o género masculino, por
exemplo no consumo de álcool ou de outras substâncias.
Um estudo realizado, em 2011, pelos autores Pedrosa, A. A. D. S. et al, permitiu
concluir que “a prevalência de consumo de álcool foi bastante alta e semelhante à
encontrada em outros estudos, destacando a tendência ascendente para o consumo
em adolescentes e jovens”. “Nesta amostra de universitários, a periodicidade
também foi alta, especialmente entre os homens, entre os quais 42% relataram
beber pelo menos uma vez por semana. As bebidas alcoólicas mais consumidas
também seguiram o padrão encontrado em outros estudos, onde os homens
preferem a cerveja e as mulheres os combinados e o vinho”. Esta pesquisa foi
realizada pelo facto de o uso de substâncias psicoativas, como o álcool, encontrar-se
muito presente em meios de comunicação em massa, em que, de qualquer forma,
apresenta-se como um fator de risco para o seu consumo abusivo/elevado. Desta
forma, tal como os investigadores referem “a experiência universitária é única, pois
dá aos estudantes a primeira oportunidade de ser parte de um grande grupo de
pares sem supervisão familiar. Isto os torna mais vulneráveis a tentar romances,
experiências previamente proibidas e algumas vezes ilícitas”.

4. Quadro Teórico de Referência


“O quadro de referência é o termo geral utilizado para designar o quadro
conceptual ou o quadro teórico que tem função de apoio e de lógica em relação ao
problema de investigação” (Fortin, 1999).
A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias apresenta imensos estudantes de
diferentes idades e cursos que, individualmente, escolheram para estudar. Ao virem
para o Ensino Superior, conseguem aproveitar uma vida mais rebelde relacionada
com comportamentos menos saudáveis, tal como o consumo de álcool ou de outras
substâncias, principalmente bebidas alcoólicas. Estes tipos de comportamentos
levam a exageros, mais conhecidos como “bebedeiras” por parte dos alunos.

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Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

Figura 1 Quadro Teórico de Referência.

5. Objetivos de um Projeto de Investigação

Os objetivos de um determinado estudo mostram aquilo que o investigador quer


estudar e revelam a intenção pelo qual o quer realizar. “É um enunciado declarativo
que precisa a orientação da investigação segundo o nível dos conhecimentos
estabelecidos no domínio em questão” (Fortin, 1999).
Com os objetivos, justifica-se a escolha do tema, uma vez que mostram o
itinerário a seguir, orientando na procura de respostas. Deste modo, a investigação
dá-se porque existe necessidade de resolver ou explorar as causas de um problema.
Assim sendo, os objetivos deste trabalho incluem conhecer o consumo de álcool,
antes e depois da entrada dos alunos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias,
além de determinar o seu perfil sociodemográfico (que inclui aspetos como a idade,
sexo, ano de curso, situação familiar e profissional dos pais, distrito de origem e
níveis de stress) dos sujeitos da amostra e a frequência em que consumem álcool,
além de como objetivos específicos apresentarmos: caraterizar os alunos através
dos seu perfil sociodemográfico; identificar as consequências que o álcool provoca
nos alunos e desenvolver estratégias de prevenção do álcool.

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Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

IV. Fase Metodológica


Na fase metodológica, são estabelecidos “os métodos que utilizará para obter
respostas às questões de investigação colocadas ou às hipóteses formuladas.”
(Fortin, 1999). Dentro desta fase, encontram-se várias etapas, como o desenho da
investigação, a definição de variáveis, amostra e população alvo, assim como a
recolha de dados e a sua análise e tratamento. De forma a organizar todo o projeto,
procedeu-se ainda à construção de um cronograma (Apêndice I - Cronograma).
Segundo Fortin (2003), “O método de investigação caracteriza-se por um
processo sistemático de colheita de dados observáveis e quantificáveis, tendo como
base a observação de acontecimentos, fenómenos e casos objetivos que existem
independentemente do investigador”. Desta forma a autora, refere que se torna
crucial esclarecer sobre o tipo de estudo, a população sobre a qual o mesmo irá
incidir, as variáveis, e o método da colheita de dados (Fortin, 2009).

1. Desenho da Investigação
O desenho de investigação consiste num plano definido pelo investigador, de
forma a dar resposta à questão de investigação estabelecida, assim como para
fundamentar as hipóteses colocadas. O desenho de investigação permite que seja
criada uma imagem do estudo bastante clara e pertinente, sendo diminuídas as
fontes de erro, e obtendo resultados mais corretos (Fortin, 1999).
Esta etapa é também relevante no que toca à organização das variáveis,
excluindo aquilo que não é importante. “(…) precisa a forma de colher e de analisar
os dados para assegurar um controlo sobre as variáveis em estudo. (…) permite
isolar as variáveis e medi-las com precisão a fim de assegurar a credibilidade dos
dados.” (Fortin, 1999).

2. Identificação e Operacionalização das Variáveis

A elaboração de um plano amostral é constituída por seis fases, de acordo com


uma ordem sequencial correta (Fortin, 1999):

a) Delimitar a população alvo;


b) Delimitar a população acessível;
c) Especificar os critérios de seleção;
d) Definir o plano de amostragem;
e) Determinar o tamanho da amostra;
f) Proceder à amostragem (selecionar os indivíduos).

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Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

2.1. População Alvo


“A população é o conjunto de elementos ou sujeitos que partilham caraterísticas
comuns definidas por um conjunto de critérios” (Fortin, 2003). Posto isto, em
concordância com a autora, a população-alvo é uma população específica que é
submetida a um determinado estudo, ou seja é o conjunto de elementos que
queremos abranger no nosso estudo, são os elementos para os quais desejamos que
as conclusões oriundas da pesquisa sejam válidas. De acordo com Fortin (1999), esta
corresponde àquilo que foi definido pelo investigador inicialmente. Especificando
ainda mais, identifica-se ainda a população acessível, ou seja, aquela que o
investigador consegue atingir dentro dos obstáculos dos estudos. Assim sendo, a
nossa população alvo é constituída pelos indivíduos que estudem no IPCB na Escola
Superior de Saúde Dr. Lopes Dias.

2.2. Amostra
“A amostra é um subconjunto de uma população ou de um grupo de sujeitos que
fazem parte de uma mesma população.” (Fortin, 2009). A amostra selecionada deve
ter em conta as características da população que devem estar presentes nela. Porém,
existem dois métodos de amostragem: o método de amostragem probabilística e o
método de amostragem não probabilística.
A amostra do projeto é não probabilística porque, de acordo com Maia (2022),
“todos os elementos da população não têm a mesma hipótese de virem a ser
selecionados para fazerem parte da amostra”. Na recolha de dados para o estudo em
questão, utilizaríamos o processo de amostragem não probabilístico por
conveniência. Não probabilístico, pelo que foi referido anteriormente. Por
conveniência, uma vez que, e segundo Fortin (2009), os elementos selecionados
estão mais próximos do investigador, e não tem em conta nenhum critério
estatístico. Neste caso tornar-se-ia mais fácil chegar ao alunos, podendo este ser
pessoas próximas aos investigadores na qual iria simplificar a recolha da informação
e acelerar o processo.
Para se determinar o tamanho da amostra é essencial ter em conta inúmeros
fatores, tendo em conta a finalidade do que se pretender obter do estudo. Em
concordância com a autora, aquilo que o investigador quer é que o tamanho da
amostra seja suficiente para que sejam evidenciadas diferenças estatísticas aquando
da análise e tratamento dos resultados. No entanto, uma amostra grande não
significa necessariamente uma boa representatividade da população (Fortin, 1999).
Posto isto, a amostra deste estudo engloba indivíduos com idade igual ou
superior a 18 anos e de ambos os sexos, constituída por indivíduos que estudem no
IPCB na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias há pelos menos 4 anos letivos
(2022/2023; 2021/2022; 2020/2021; 2019/2020).

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Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Para um estudo com um nível de confiança de 95% com uma margem de erro de
5%, selecionou-se uma amostra de 100 indivíduos. Os indivíduos inquiridos foram
abordados na escola (após se verificar se tinham idade ≥18anos), aos quais se
disponibilizaram o consentimento livre e informado bem como os questionários
para preencherem cada parte deste. Sendo assim, os critérios de inclusão para poder
participar no estudo são os seguintes: ter idade superior a 18 anos e estudar na
Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. Por outro lado, os critérios de exclusão são:
idade inferior a 18 anos e não pertencer à escola.

2.3. Variáveis

Segundo Fortin (1999), “As variáveis são qualidades, propriedades ou


características de objetos, de pessoas ou de situações que são estudadas numa
investigação”. Existem diferentes tipos de variáveis, do qual se destacam duas: as
variáveis independentes e as dependentes.
Ainda de acordo com a autora, as variáveis independentes: de uma forma básica,
é a variável manipulável, ou seja, “aquela de que se quer medir os efeitos”. São estas
variáveis que permitem explicar a variável dependente. Por outro lado, as variáveis
dependentes são aquelas que sofrem o efeito esperado da variável independente, ou
seja, é observado o comportamento, a resposta ou o resultado adquirido que é
devido à presença da variável independente.” (Fortin, 1999).
Em relação ao projeto de investigação apresentado, são consideradas como
variáveis dependentes o consumo do álcool por parte dos alunos da ESALD, porque
é uma variável que se vai manter, ou seja, todos os inqueridos possuem esta
característica para fazerem parte do estudo. Já em relação as variáveis
independentes, ou seja, aquelas que vão ser manipuladas com a finalidade de
estudar os seus efeitos na variável dependente (que inclui aspetos como a idade,
sexo, ano de curso, razões do consumo, situação familiar e profissional dos pais,
distrito de origem, entre outras).

3. Tipo de Estudo

De acordo com Maia (2022), os estudos observacionais visam registar as


caraterísticas de interesse, mas sem manipular nem modificar elementos do estudo.
Um estudo descritivo permite estimar se uma previsão é de confiança e se com base
nos dados conhecidos podes saber descobertas tanto para explorar, como descrever
fenómenos/fatores, além de caracterizar a população e identificar relações.

Este estudo é do tipo observacional descritivo e quantitativo, de modo a permitir


descrever, analisar e caracterizar o fenómeno em estudo, sendo este, conhecer o
consumo de álcool antes e depois da entrada dos alunos na ESALD.

11
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

Para este estudo optou-se por um inquérito retrospetivo ou estudo de caso-


controle, onde os indivíduos respondem sobre questões do agora e do passado, de
forma a perceber o que levou a essa mudança, neste caso se houve ou não um
aumento do consumo após iniciar a licenciatura.

4. Instrumento de Colheita de Informação


Segundo Fortin (2003), a natureza do problema de investigação delimita o tipo
de método de colheita de dados a usar. A escolha do método faz-se em função das
variáveis e da sua operacionalização e depende da estratégia de análise estatística
considerada. De modo a descrever os fatores ou variáveis e verificar relações entre
as mesmas, o investigador deverá escolher métodos de colheita de dados que
melhor se adequem.

A recolha de dados é elaborada de acordo com os objetivos do trabalho e com os


dados que pretendemos obter. Existem imensos métodos de recolha de dados,
tendo-se escolhido a aplicação de um questionário como método principal na
avaliação sobre a quantidade de álcool, quer antes quer durante o ensino superior.
O objetivo principal do questionário consiste na recolha de dados demográficos, da
influência dos pares ou qualquer outro assunto relacionado com o consumo de
álcool. A participação do sujeito de investigação é de carácter voluntário, anónimo e
informado, por parte dos indivíduos.

Poderá se realizar ainda um pré-teste (não foi realizado neste projeto), a uma
pequena amostra representativa da população em estudo, apenas para verificação
da compreensibilidade das questões que são colocadas, sendo que o investigador
fica com a noção daquilo que precisa de ser alterado. “(…) tem por objetivo principal
avaliar a eficácia e a pertinência do questionário (…)” (Fortin, 1999).

5. Tratamento e Análise de Dados


O tratamento e análise de dados, não estão previstos neste trabalho. Esses fariam
parte da fase empírica do projeto de investigação. O objetivo passa exclusivamente
pela planificação projeto e de uma questão de investigação. Ainda assim, os dados
obtidos no processo de colheita de dados deverão ser processados e analisados de
forma coerente e ordenada para que seja atingido um conjunto de resultados
fidedignos.
Para o processamento e análise estatística dos dados recorremos ao programa
estatístico SPSS versão 28.0.1. Neste programa, prevemos obter valores relativos às
distribuições de frequência (frequência absoluta; frequência relativa), medidas de
tendência central (média; moda; mediana), construção de gráficos e histogramas.
Como forma de tratamento dos dados obtidos, através do questionário
“Consumo de álcool pelos discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias”,

12
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

procedeu-se ao tratamento estatístico das respostas obtidas. Quanto ao tratamento


usado nas respostas fechadas (dados quantitativos), procedeu-se ao uso da moda
(através da resposta que ocorreu com maior frequência), e forma analisados
aplicando a distribuição de frequências.

6. Obstáculos da Investigação
A pesquisa é um processo sistemático e metódico através do qual uma pesquisa
é realizada com o objetivo de obter conhecimento sobre um determinado assunto.
Deste modo, surgem diferentes obstáculos que podem ser inerentes à condição
humana do pesquisador, estar associados ao seu ambiente ou até ao próprio tema
da pesquisa em questão.
Considerando o tema, uns possíveis obstáculos podem estar relacionados com a
natureza dinâmica que estes estudos apresentam tendo em conta o facto que as
experiências individuais façam com que os comportamentos dos alunos variem ao
longo do grupo. Desta forma, pedir aos estudantes para avaliar retrospetivamente
os seus hábitos, requer que se lembrem do que fizeram, o que se pode tornar numa
tarefa mais difícil do que o esperado.

13
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

V. Considerações Éticas
“A ética, no seu sentido mais amplo, é a ciência a moral e a arte de dirigir a
conduta.” Para que um projeto de investigação, tal como este apresentado, seja o
mais correto possível, há que ter em conta determinados aspetos éticos que, no
fundo, proporcionem um modo de proteção às pessoas envolventes, sendo isto, uma
segurança de que tal irá acontecer. Ou seja, a proteção dos direitos dos envolvidos
deve ser assegurada. Caso este cuidado não seja considerado, podem alegar-se
violações de direitos e de liberdades (Fortin, 1999).
De acordo com Fortin (2003), existem cinco princípios éticos que devemos ter
em conta quando realizamos um estudo: direito à autodeterminação, direito à
intimidade, direito ao anonimato e à confidencialidade, direito à proteção contra o
desconforto e o prejuízo e o direito a um tratamento justo e equitativo. Estes devem
sempre ser assegurados, de acordo com a sua aplicabilidade no estudo.
Este trabalho consiste na elaboração de um projeto de investigação, sendo
necessário proceder à colocação de questões éticas rigorosas. Visto que a colheita
de dados seria feita com recurso a um questionário, seria imperioso explicar a todos
os intervenientes: o objetivo do estudo, a forma de tratamento dos dados e o
assegurar do anonimato. Dever-se-ia ainda informar que a participação dos
indivíduos é totalmente voluntária, e que, se em algum momento quiserem desistir,
podem fazê-lo sem qualquer tipo de consequência ou represália.
Deveria ainda existir um momento de esclarecimento de dúvidas onde seria
apresentado um documento para obtenção do consentimento informado1 formal do
indivíduo. Deste modo, seriam assegurados todos os requisitos legais, impedindo
complicações judiciais futuras. Refere-se ainda o consentimento livre e informado:
“O consentimento é livre se é dado sem que, nenhuma ameaça, promessa ou pressão
seja exercida sobre a pessoa e quando esta esteja na plena posse das suas faculdades
mentais. Para que o esclarecimento seja esclarecido, a lei estabelece o dever de
informação.” (Fortin, 1999).

1
Consultar Apêndice III

14
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

VI. Considerações Finais

O álcool é a substância mais consumida entre os jovens, sendo que a idade de


início de uso tem sido cada vez menor, aumentando o risco de dependência futura.
O uso de álcool está associado a uma série de comportamentos de risco. O consumo
de álcool causa modificações com prejuízos na memória e no controlo dos impulsos.
Os profissionais que lidam com adolescentes e jovens adultos devem estar
preparados para uma avaliação adequada quanto ao possível uso abusivo ou
dependência de álcool para uma melhor prestação de cuidados.
Desta forma, este projeto permitiu aprofundar os conhecimentos acerca das
temáticas sobre o consumo de álcool e os efeitos quer nos adolescentes quer nos
jovens adultos. Após escolha do tema entre grupo, foi possível construir um projeto
preciso e organizado que nos orientou para a organização deste trabalho. Uma vez
que não houve a realização da fase empírica, não pudemos retirar conclusões.
De acordo com a revisão da literatura, foi possível verificar que existem poucos
estudos relacionados com o tema escolhido para este projeto de investigação. Os
estudos vão ao encontro das hipóteses que foram formuladas por nós, uma vez que
foram elementos-chave na obtenção de mais conhecimentos da área que quisemos
investigar. Tendo em consideração o que foi anteriormente referido, pode
considerar-se que os objetivos do trabalho foram alcançados. Dando importância
que enquanto futuros profissionais de saúde, permitiu-nos valorizar a Investigação
como contributo para o desenvolvimento da Enfermagem e de outros aspetos como
o conhecimento geral. Além do mais, facilitou o alcance de competências na
elaboração de projetos de investigação e como funcionam.

15
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

VII. Referências Bibliográficas

Alves, R., & Precioso, J. (2022). A influência dos pares no consumo de Substâncias Psicoativas entre
estudantes universitários/as. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, 9, 5-17.

Carvalho, F. N. (2010). Hábitos alcoólicos dos estudantes do Mestrado Integrado em Medicina da


Universidade da Beira Interior (Doctoral dissertation, Universidade da Beira Interior (Portugal)).

Colares, V., Franca, C. D., & Gonzalez, E. (2009). Condutas de saúde entre universitários: diferenças entre
gêneros. Cadernos de Saúde Pública, 25, 521-528.

Fernandes, H. (2007). O bem-estar psicológico em adolescentes, uma abordagem centrada no


florescimento humano. Tese de Doutoramento em Educação. Vila Real: Universidade de Trás-os-
Montes e Alto Douro

Fortin, M. F. (1999). O Processo da Investigação: Da conceção à realização. Loures: Lusociência.

Fortin, M. F. (2003). O Processo de Investigação: Da conceção à realização. Loures: Lusodidacta.

Fortin, M. F. (2009). Fundamentos e etapas do processo de investigação. Lusodidacta.

Foxcroft, D. R., Moreira, M. T., Almeida Santimano, N. M., & Smith, L. A. (2015). Social norms information
for alcohol misuse in university and college students. The Cochrane Library

Jardin, M. (2002). Juventude! Que futuro neste mundo imprevisível e de incertezas? Ansiosa? Depressiva?...
Como prevenir. Badajos: Universidad de Extremadura, Departamento de Psicología y Siciología de la
Educatíon

Maia, Carlos. 2022. “Investigação I - Desenho de Investigação".

Marinho, R. A. R. T. (2008). O álcool e os jovens. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 24 (2),
293-300.

Martins, M. (2005). Condutas agressivas na adolescência: fatores de risco e de proteção. Análise


Psicológica, 2 (XXIII): 129-135

Pedrosa, A. A. D. S., Camacho, L. A. B., Passos, S. R. L., & Oliveira, R. D. V. C. D. (2011). Consumo de álcool
entre estudantes universitários. Cadernos de Saúde Pública, 27, 1611-1621.

Pinto, L. D. F. N. (2008). Alcoolismo no feminino: o consumo de bebidas alcoólicas em alunas universitárias–


uma amostra da FCS-UFP do Porto (Bachelor's thesis, [sn]).

16
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Silva, J. N., Rodrigues, M. G., Jones, K. M., Finelli, L. A. C., & Soares, W. D. (2016). Consumo álcool entre
universitários. Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde, 2 (2), 35-40.

Silva, L. V., Malbergier, A., Stempliuk, V. D. A., & Andrade, A. G. D. (2006). Fatores associados ao consumo
de álcool e drogas entre estudantes universitários. Revista de Saúde Pública, 40, 280-288.

Trigo, A. C., & Santiago, L. M. (2022). Consumo de Álcool nos Estudantes do Ensino Superior de Coimbra
e o Impacto das Festas Académicas. Acta medica portuguesa, 35 (4), 249-256.

17
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

APÊNDICES

18
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Apêndice I - Cronograma
Tempo
Ano 2022/2023

Outubro 2022 – Janeiro 2023

Outubro Novembro Dezembro Janeiro


Atividade
1-15 16-23 24-31 1-15 16-23 24-30 1-15 16-23 24-31 1-11 12-23 24-31
Definição do problema e formulação da questão

TRABALHO ENTREGUE
Definição dos objetivos do projeto
Enquadramento teórico
Elaboração de quadro concetual
Definir hipóteses/variáveis
Seleção da população/amostra
Seleção de um instrumento de colheita de dados
Colheita de dados
Prever técnicas de análise e tratamento de dados
Redação final
Entrega do projeto

Figura 2 Cronograma referente à realização do projeto

19
Carlos Fragoso; Inês Martins

Apêndice II - Documento de Consentimento Informado

Consentimento Informado, Livre e Esclarecido Para Participação em Investigação


(de acordo com a Declaração de Helsínquia e a Convenção de Oviedo)

Por favor, leia com atenção a seguinte informação. Se achar que algo está incorreto ou que não
está claro, não hesite em solicitar mais informações. Se concorda com a proposta que lhe foi
feita, queira assinar este documento.

Título do estudo: Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr.
Lopes Dias – Antes e Depois da Entrada no Ensino Superior

Enquadramento: Este projeto é realizado no âmbito académico, na Unidade


Curricular de Investigação II, sob orientação do professor doutor Carlos Maia. Insere-
se no Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes
Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Explicação do estudo: O ingresso no ensino superior proporciona aos jovens adultos


uma alteração no seu estilo de vida, principalmente quando se encontram longe de
casa, o que pode levar a que ocorra adoção de medidas pouco saudáveis, daí a
importância de investigar como é o consumo antes e depois da entrada na ESALD.

Os estudos recentes mostram o uso preocupante de álcool entre os alunos do ensino


superior e que iniciam em idades cada vez mais novas. Desta forma, os objetivos deste
trabalho incluem analisar o consumo de álcool, antes e depois da entrada dos alunos
da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, além de determinar o seu perfil
sociodemográfico e a frequência em que consumem álcool dos sujeitos da amostra.

Condições e financiamento: O estudo será financiado pelos investigadores. Não


existem benefícios diretos com a realização do mesmo. O utente tem o direito de não
participar na investigação.

Confidencialidade e anonimato: É garantida a confidencialidade e uso exclusivo dos


dados recolhidos para o presente estudo, bem como assegurado o anonimato dos
entrevistados.

Agradecemos a sua participação.

20
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Carolina de Jesus Mouquinho Máximo, estudante de Enfermagem do 3ºano da Escola


Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Telemóvel: 93x xxx xxx

E-mail: xxxx@gmail.com

Igor Duarte Sousa, estudante de Enfermagem do 3ºano da Escola Superior de Saúde


Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Telemóvel: 96x xxx xxx

E-mail: xxxx@gmail.com

Assinatura(s):

_____________________________________________________

Declaro ter lido e compreendido este documento, bem como as informações verbais
que me foram fornecidas pelas pessoas que acima assinam. Foi-me garantida a
possibilidade de, em qualquer altura, recusar participar neste estudo sem qualquer
tipo de consequências. Desta forma, aceito participar neste estudo e permito a
utilização dos dados que de forma voluntária forneço, confiando em que apenas
serão utilizados para esta investigação e nas garantias de confidencialidade e
anonimato que me são dadas pelos investigadores.

Nome: _____________________________________________________________________

Assinatura: _____________________________________________________________________

Data: ____/_____/______

21
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

Apêndice III - Questionário

Consumo de Álcool Pelos Discentes


da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

Caros alunos da nossa mui nobre ESALD, o presente questionário insere-


se numa investigação para a aprovação à Unidade Curricular de
Investigação I e tem como objetivo estudar o consumo de bebidas
alcoólicas nos estudantes Escola de Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. Os
dados recolhidos são anónimos e não é possível relacionar o seu endereço
de e-mail com as respostas a este inquérito, caso o realize online. Não
existem respostas certas nem erradas, apenas se pretende que responda
da forma verdadeira e honesta possível. Por favor, não deixe nenhuma
questão por responder. Muito obrigado pela sua colaboração,

Carolina Máximo e Igor Sousa

Parte I – Dados Sociodemográficos

1 – Sexo:
Masculino
Feminino
Prefiro não dizer

2 - Idade:
18 – 19 anos
20 – 21 anos
22 – 24 anos
Superior a 24 anos

3 - Raça:
Caucasiana
Africana
Asiática
Outra? Qual? ______________

22
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

4 - Estado Civil:
Solteiro/a
Casado/a
União de facto
Outro? Qual? _____________

5 - Distrito de Origem:
Aveiro
Beja
Braga
Bragança
Castelo Branco
Coimbra
Évora
Faro
Guarda
Leiria
Lisboa
Portalegre
Porto
Santarém
Setúbal
Viana do Castelo
Vila Real
Viseu
Região Autónoma da Madeira
Região Autónoma dos Açores
Não se aplica (Estrangeiro)

23
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

6 - Com quem vive durante o período letivo:


Com os pais ou familiares
Com colegas/amigos
Com companheiro/a
Sozinho

7 – Qual o curso que frequenta na ESALD:


Ciências Biomédicas Laboratoriais
Enfermagem
Fisiologia Clínica
Fisioterapia
Imagem Médica e Radioterapia

Parte II – Consumo de Álcool e Hábitos (Antes do Ensino Superior)


Nas perguntas 9 e 10, pode assinalar mais que uma opção.

1 – Que idade tinha quando começou a beber álcool pela primeira vez?
a) – Antes dos 12 anos;
b) – Dos 12 aos 14 anos;
c) – Dos 15 aos 17 anos;
d) – Depois dos 18.

2 – Em que local se encontrava quando bebeu álcool pela primeira vez?


a) – Em casa com a família;
b) – Em casa sozinho ou com amigos
c) – Num café ou bar sozinho ou com amigos;
d) – Numa festa ou evento social;
e) – Outro. Qual?__________________________

24
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

3 – Porque começou a beber?


a) – Para acompanhar o grupo;
b) – Porque gosta do sabor das bebidas;
c) – Porque estava nervoso/a ou tinha problemas;
d) – Porque estava triste;
e) – Outro. Qual?__________________________

4 – Com que frequência ingeria bebidas alcoólicas antes de entrar no ensino


superior, em média?
a) – Uma vez por ano;
b) – Uma vez por mês;
c) – Mais que uma vez por mês;
d) – Uma vez por semana;
e) – Mais que uma vez por semana;
f) – Uma vez por dia;
g) – Mais que uma vez por dia.

5 – Que quantidade costumava beber?


a) - 1 copo ou menos.
b) - 2 copos.
c) - 3 a 6 copos.
d) - 6 ou mais copos.

6 – Com quem costumava beber bebidas alcoólicas?


a) – Sozinho(a)
b) – Com amigos(as)
c) – Com familiares

25
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

7 – Das seguintes bebidas alcoólicas qual bebia com maior frequência?


a) – Vinho
b) – Vodka
c) – Whisky
d) – Cerveja
e) – Outra. Qual? ______________________________

8 – Quando ingeria bebidas alcoólicas, sentia que tinha autocontrolo sobre a


quantidade que bebia?

Sim
Não

9 – Quando consumia álcool, como se costumava sentir?


a) – Sem alterações;
b) – Eufórico(a);
c) – Com alterações visuais;
d) - Com Alterações motoras;
e) – Sonolento(a);
f) – Com vómitos;
g) – Outra. Qual? _________________________________

10 – Após uma noite de excessos, no dia seguinte sentiu-se com:


a) – Náuseas
b) – Vómitos
c) – Cefaleias
d) – Sede
e) – Sensibilidade à luz
f) - Outro. Qual?_____________________________________

11 – Já alguma vez ficou inconsciente com as bebidas alcoólicas?


Sim
Não

26
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

12 – Já alguma vez necessitou de receber apoio médico por estar


alcoolizado(a)?

Sim
Não

13 – Já faltou alguma vez a algum acontecimento importante por estar


alcoolizado(a) ou de ressaca?

Sim
Não

14 – Considerava-se dependente do álcool?


Sim
Não

15 – Considerava-se bem informada quanto à problemática do consumo de


álcool?

Sim
Não

Parte III – Consumo de Álcool e Hábitos (No Ensino Superior)


Nas perguntas 9 e 15 pode assinalar mais que uma opção.

1 – Atualmente consome bebidas alcoólicas?


Sim
Não
(Se respondeu, “não”, obrigada pela sua colaboração, o questionário termina
aqui)

2 – A sua entrada no ensino superior aumentou os seus hábitos de consumo de


bebidas alcoólicas?

Sim
Não
27
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

3 - Com que frequência consome bebidas com álcool:


Nunca
Uma vez por mês ou menos
2 a 4 vezes por mês
2 a 3 vezes por semana
4 ou mais vezes por semana

4 – Qual a quantidade de bebidas com álcool toma num dia normal, quando
bebe:
1a2
3a5
6a8
9 ou mais

5 - Com que frequência deixou de fazer o que era esperado que fizesse por
causa de ter bebido:

Nunca
Menos do que uma vez por mês
Mensalmente
Semanalmente
Diariamente ou na maior parte dos dias

6 – Quais o(s) motivo(s) pelo qual ingere bebidas?


a) – Para acompanhar o grupo;
b) – Porque gosta do sabor das bebidas;
c) – Porque estava nervosa ou tinha problemas;
d) – Porque estava triste;
e) – Outro. Qual?__________________________

28
Consumo de Álcool Pelos Discentes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias

7 – Das seguintes bebidas alcoólicas qual bebe com maior frequência desde
que entrou no ensino superior?

a) – Vinho
b) – Vodka
c) – Whisky
d) – Cerveja
e) – Outra. Qual? ______________________________

7.1. Porque motivo consome mais essa bebida? ______________________________________

8 – Quando ingere bebidas alcoólicas, sente que tem autocontrolo sobre a


quantidade que bebe?

Sim
Não

9 – Quando consome álcool, como se costuma sentir?


a) – Sem alterações;
b) – Eufórico(a);
c) – Com alterações visuais;
d) - Com Alterações motoras;
e) – Sonolento(a);
f) – Com vómitos;
g) – Outra. Qual? _________________________________

10 – Já alguma vez ficou inconsciente com as bebidas alcoólicas?


Sim
Não

11 – Já alguma vez a levaram a casa, porque não o conseguir fazer sozinho(a)?


Sim
Não

29
Carolina de Jesus Mouquinho Máximo; Igor Duarte Sousa

12 – Após uma noite de excessos, no dia seguinte sentiu-se com:


a) – Náuseas
b) – Vómitos
c) – Cefaleias
d) – Sede
e) – Sensibilidade à luz
f) - Outro. Qual?_____________________________________

13– Já faltou alguma vez a algum acontecimento importante por estar


alcoolizada ou de ressaca?

Sim
Não

14 – Considera-se dependente do álcool?


Sim
Não

15 - Alguma vez consultou um profissional de saúde por sintomas


relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas (tremores, ressaca,
sensação de craving, sensação de dependência alcoólica ou incapacidade de
parar de beber, dores abdominais após consumo de álcool, etc.):

Sim
Não

16 - Atualmente, tem apoio regular de algum profissional de saúde por


sintomas relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas:

Sim
Não

OBRIGADO POR PARTICIPAR NO QUESTIONÁRIO!

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