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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

Docente: Zélia Santana


Discente: Alex Antonio
Bianca Alecsandra
Camila Carla

Parte 1: Resumo do artigo: Por que é tão difícil democratizar a gestão da escola
pública?

O artigo trata principalmente da gestão democrática nas escolas públicas, que atualmente é
considerada de difícil realização efetiva e eficiente devido a obstáculos políticos,
organizacionais, históricos e culturais que o autor cita mais adiante. Em um contexto lógico,
a gestão democrática das escolas seria uma aquisição natural, que decorre de um regime
político igualmente democrático, mas sabemos que na prática, isso não funciona. A falta de
competência técnica da liderança é um dos fatores que contribuem para a perpetuação de
uma organização de abordagem tradicional com ausência de pesquisas empíricas que
subordina a ação organizacional escolar à regras de caráter normativistas que, no Brasil e
em Portugal, foram realizadas durante regimes políticos autoritários. Todo esse assunto nos
traz o debate sobre modelo de gestão gerencialista, na qual os princípios baseiam-se na
centralidade de mercados e na transformação de eleitores por consumidores e partidos
políticos, em empresas.
O artigo ainda retrata que na educação de alguns países, diversas práticas de gestão
democrática se tornaram incompatíveis com as ideologias políticas e foram afastadas e
substituídas pelo princípio da empresarialização. Mas afinal, o que dificulta a
democratização de uma gestão? De acordo com o autor, a própria organização é resistente
à democracia, especialmente no contexto já mencionado: de regimes ditatoriais. A escola
moderna sofre influência de organizações militares, religiosas e industriais, seja no modo de
pensar, na formalidade ou hierarquia. Atualmente ainda a conveniência político-ideológica
advinda de políticas educacionais de inspiração neoliberalista e teor gerencialista “amarra”
cada vez mais algum progresso que poderíamos ter em relação a esse fato, estando sabido
que a democratização escolar só irá acontecer de fato quando consolidada também a
democratização política. Dentro desse ponto, é comum que essas instituições públicas
tenham se tornado competitivas e performistas, entretanto devemos mudar o pensamento e
a visão de que os alunos são usuários ou clientes da escola pública, e entrar com o
pensamento de que são participantes e têm direitos e voz dentro desse espaço.
Professores dependem de seus alunos, pois o ensino só se concretiza se houver
aprendizagem, um sem o outro não existe.

É necessário falar também, que uma cultura democrática não acontece de forma rápida, e
muito menos através de práticas oligárquicas, patrimonialistas ou tecnocráticas. E nesse
ponto, o fato histórico de que as atividades de gestão e as instituições escolares foram
construídas sem objetivos democráticos, marcam o retrocesso, pois perpetuamos um
modelo sócio-histórico em que poucos mudaram. Aliás, foram as conquistas mais recentes
que implementaram um ideal baseado no direito humano fundamental, no qual a escola tem
por dever oferecer educação para todos, formando cidadãos esclarecidos, democráticos,
com senso crítico, além de preparados para exercer práticas também democráticas,
atuando sempre de forma ativa. Também é merecido ressaltar sobre o papel da família,
professores e todos aqueles que contribuem para a educação de forma direta ou indireta,
pois as práticas educativas de aprendizagem e democracia só podem acontecer através da
participação desses indivíduos.

Seguimos para o tópico “Quão democrática é a gestão democrática da escola pública?”


Onde o autor retrata como a atividade de gestão aparece (de modo genérico) associada a
líderes unipessoais com poderes a nível de autonomia de gestão (políticos), ou seja, uma
gestão que deveria servir ao povo, serve àquele que está no poder por tempo determinado.
Por muitas vezes é comum vermos nas escolas públicas o quanto a gestão antidemocrática,
se podemos assim dizer, acontece. Geralmente observamos uma forma autoritária, onde a
gestão sobe em um pedestal e quer comandar sua equipe, deixando que o trabalho real
seja feito com a participação de todos, com a visão de que a escola é somente sua, e não
de toda uma comunidade, seja escolar ou social. À medida que o corpo docente perde a
capacidade de tomada de decisão sobre questões educativas realmente relevantes, o
conceito de uma “democracia” escolar vai cada vez mais se perdendo.

Parte 2: PNE - PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO

O Plano Nacional da Educação (PNE) foi criado com o objetivo de direcionar os setores
públicos (da educação) nas tomadas de decisão e aprimoramento das políticas públicas.
Neste documento, estão inseridos objetivos e metas para todos os níveis de ensino, do
infantil ao superior, pelos próximos 10 anos. O PNE 2014-2024 foi promulgado pela Lei
13.005/2014 e incluiu metas como a universalização da educação infantil, o aumento do
investimento em educação, a valorização dos profissionais da educação, a melhoria da
qualidade da educação básica e o aumento do acesso ao ensino superior, entre outros.
Suas principais metas visavam a universalização do acesso à educação de qualidade em
todos os níveis e modalidades, buscando reduzir as desigualdades educacionais e
promover o desenvolvimento sustentável do país.
Alguns objetivos do PNE podem ser pontuados:
1. Universalização da educação básica: Garantir o acesso e permanência de todas as
crianças na escola, desde a educação infantil até o ensino médio.
2. Valorização dos profissionais da educação: Melhorar as condições de trabalho, formação
e remuneração dos professores e demais profissionais da educação.
3. Qualidade da educação: Promover a melhoria da qualidade do ensino, com foco na
formação integral dos estudantes e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
4. Acesso ao ensino superior: Ampliar o acesso à educação superior, tanto por meio de
políticas de inclusão como de expansão de vagas em universidades públicas e privadas.
5. Combate à evasão escolar: Implementar medidas para reduzir a evasão e a repetência
escolar, garantindo a conclusão do ensino básico por todos os estudantes.
6. Educação inclusiva: Garantir o acesso, a permanência e o aprendizado de alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
7. Investimento em educação: Destinar recursos financeiros adequados e suficientes para o
cumprimento das metas estabelecidas, visando à melhoria da infraestrutura escolar,
formação de professores e implementação de políticas educacionais.
8. Educação integral: Promover o desenvolvimento de políticas que ampliem o tempo e o
espaço de aprendizagem dos estudantes, oferecendo atividades complementares e
integrando diferentes áreas do conhecimento.
9. Democratização da gestão escolar: Estimular a participação da comunidade escolar na
gestão e tomada de decisões, visando à construção de uma escola mais democrática e
participativa.
10. Alfabetização na idade certa: Garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até os
8 anos de idade, promovendo o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita desde
os primeiros anos de escolarização.

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