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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS

LICENCIATURA EM QUÍMICA

HIGOR GUTIERREZ SIGOLO

EDUCAÇÃO MAIS JUSTA E DEMOCRÁTICA

GESTÃO ESCOLAR

Caracterização da escola apresentado ao


curso de licenciatura em Química da
Universidade Estadual de Maringá, como
atividade avaliativa nas disciplinas de Estágio
supervisionado I e Gestão Escolar.

Orientador(a):

Prof. Dra. Natalina Francisca Mezzari Lopes

MARINGÁ

2023

ÍNDICE

1
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………..3

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA ESCOLA…………………………..5

REFLEXÕES DESCRITIVAS SOBRE A GESTÃO………………………….7

ENTREVISTA COM PEDAGOGA……………………………………………..8

REFLEXÃO COM PROFESSOR ROGÉRIO………………………………...9

ENTREVISTA COM DIRETOR………………………………………………..10

OBSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS DA INSTITUIÇÃO………………………..11

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E REGIMENTO…………………….12

REFERÊNCIAS………………………………………………………………….17

ANEXO........................................................................................................19

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1. Introdução

Este trabalho tem como objetivo relatar o processo de estágio supervisionado


realizado durante as disciplinas de Estágio Supervisionado I,II e em conjunto com a Gestão
escolar, no curso de Licenciatura em Química, na Universidade Estadual de Maringá - UEM.
O Estágio escolar é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº
9394/96).

De acordo com a LDB n.º9394/1996 a formação de profissionais da educação deve


atender as necessidades e especificidades da área do exercício da profissão e tem como
fundamento “[...] II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados
[...]” (BRASIL, 2019, art. 61, parágrafo único).

Primeiramente, a ferramenta utilizada para cumprimento do estágio foi a observação


da escola e da comunidade escolar durante todas as visitas que foram feitas, assim
entendendo um pouco mais o contexto da mesma, além disso também a estrutura física do
colégio e a área à qualquer está inserida contribuem na compreensão do contexto escolar,
sendo está no município de Maringá, a partir disso iniciamos as observações em sala de aula.

Este estágio foi de extrema importância para a aproximação entre o que é estudado em
sala de aula com o que realmente podemos vir a vivenciar enquanto docentes, mesmo que a
formação que a universidade oferece seja de suma importância, sozinha não seria suficiente
para a preparação do profissional, por isso o estágio se torna imprescindível nessa relação, de
acordo com Pimenta e Lima (2009), o estágio é um campo de conhecimento e eixo curricular
central nos cursos de formação de professores, assim pontuamos:

[...] o estágio precisa ser, em seus fundamentos teóricos e práticos, esse espaço de diálogo e
de lições, de descobrir caminhos, de superar os obstáculos e construir um jeito de caminhar
na educação de modo a favorecer resultados de melhores aprendizagens dos alunos. De modo
que, possibilite que sejam trabalhados aspectos indispensáveis à construção da identidade,
dos saberes e das posturas específicas do exercício profissional docente (PIMENTA; LIMA,
2009, p. 129- 130).

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Apresentaremos uma visão geral do local do estágio,descreveremos as atividades
realizadas,destacamos os principais aprendizados obtidos e reflexões sobre a experiência.

Este estudo faz, portanto, referência às discussões realizadas em sala de aula durante a
disciplina, a observação da escola e seu dia a dia e as interações entre professores e alunos.

É importante por fim, salientamos a dificuldade para realizar uma gestão democrática
no contexto escolar, sendo ela definida no Art, 14 da LDB n.º9394/1996, deve ter a
participação de todos os profissionais da educação na elaboração do PPP, e a também a
participação da comunidade escolar nas escolhas que norteiam as necessidades da escola.

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2. A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DA ESCOLA

Para representar as relações de trabalho na escola em seus aspectos pedagógicos,


políticos e organizativos, a fim de assegurar o princípio da função social da educação. A
educação desempenha um papel fundamental na formação de cidadãos e na construção de
uma sociedade mais justa e igualitária. Para garantir que a escola cumpra sua função social, é
necessário considerar os seguintes passos:
● É fundamental realizar um diagnóstico completo da instituição educacional. Isso
envolve analisar as relações de trabalho existentes, a estrutura de poder, a cultura
organizacional e as práticas pedagógicas. Esse diagnóstico servirá como base para
qualquer intervenção futura.
● É importante estabelecer um plano estratégico que inclua metas e objetivos claros
para melhorar a escola em seus aspectos pedagógicos, políticos e organizativos. O
princípio da função social da educação deve ser incorporado como um objetivo
central desse plano.
● A participação ativa de todos os membros da comunidade escolar desempenha um
papel fundamental na promoção da democracia na escola. Através de conselhos
escolares, assembleias, comitês e outras formas de governança participativa, é
possível envolver alunos, pais, professores e funcionários na tomada de decisões.
● As práticas pedagógicas devem ser revistas e atualizadas para garantir que o currículo
seja relevante, inclusivo e promova o desenvolvimento integral dos alunos. Práticas
inovadoras que atendam às necessidades individuais dos estudantes são essenciais
para prepará-los para serem cidadãos ativos na sociedade.
● É fundamental oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional para os
docentes, incentivando a atualização constante e a reflexão sobre suas práticas
pedagógicas. Isso contribuirá para a melhoria da qualidade do ensino.
● Garantir recursos e infraestrutura adequados, como materiais didáticos, tecnologia e
instalações físicas, é necessário para criar um ambiente de aprendizagem

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● . A avaliação e o monitoramento constantes são cruciais para acompanhar o progresso
em direção aos objetivos estabelecidos no plano estratégico. Os resultados da
avaliação devem ser usados para tomar decisões informadas e ajustar as estratégias
conforme necessário.
● Mantendo a transparência na gestão da escola, comunicando regularmente com todas
as partes interessadas e prestando contas de maneira clara, a escola pode garantir a
confiança da comunidade.
Essas são algumas medidas para garantir que a educação cumpra seu papel na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária

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3. REFLEXÕES DESCRITIVAS SOBRE A GESTÃO ESCOLAR E O
TRABALHO DO DOCENTE

A gestão escolar e o trabalho docente são pilares essenciais no sistema


educacional,desempenhando papéis complementares na promoção de uma educação de
qualidade.Enquanto a gestão escolar se concentra na organização,planejamento e direção da
escola,o trabalho do docente está no centro do processo educativo,moldando a experiência de
aprendizado dos alunos.
Na gestão escolar segundo Paro (2009), ´´A gestão escolar é o conjunto de práticas e decisões
articuladas à realidade da escola que viabilizam,por meio de ações intencionais,a construção
dos objetivos educacionais e a aprendizagem dos alunos`` e para Fullan (2008),´´Liderar a
escola eficazmente significa estabelecer visões compartilhadas,desenvolver pessoas,garantir
resultados e agir estrategicamente``.
No trabalho Docente,Paulo Freire (1996) destacou que,´´Ensinar não é transferir
conhecimento,mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.``
A gestão escolar e o trabalho docente são interdependentes,pois uma gestão eficaz
proporciona o ambiente necessário para o trabalho docente e ,por sua vez, os professores
desempenham um papel fundamental na realização dos objetivos da escola.

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4. ENTREVISTA COM PEDAGOGA

A trajetória da pedagoga Rosimar Domingues Valério Costa é uma jornada de educação e


compromisso com o desenvolvimento dos alunos.Ela atuou como professora e adquiriu uma
experiência que moldou sua visão e abordagem no campo da pedagogia.Atualmente,ela atua
como pedagoga no Centro de Educação de Jovens e Adultos(CEEBJA),onde desempenha um
papel fundamental na organização pedagógica e no desenvolvimento da escola.
No CEEBJA, Rosimar desempenha um papel importante na organização pedagógica,sua
função é criar um ambiente educacional,onde os alunos possam aprender cada vez mais,ela
entende a importância de um ambiente de aprendizagem acolhedor e inspirador,que promova
a motivação e o comprometimento dos alunos.
Uma das responsabilidades mais importantes de Rosimar como pedagoga é a criação de
estratégias para o coletivo,promover a participação de todos os envolvidos no processo
educacional,para ela a educação é uma jornada compartilhada entre alunos,professores,pais e
toda a comunidade escolar.

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5. REFLEXÃO COM PROFESSOR ROGÉRIO

Dia 31 de agosto tivemos uma reflexão com o professor Rogério na sala de aula onde
ele nos mostrou como funciona o registro de classe on-line da rede de ensino (RCO), sobre os
conteúdos, que eles vêm prontos, com explicações e exercícios é bem básica a forma de
explicação onde também tem a área do professor como administrar o conteúdo.
A chamada pode ser feita por foto, mas não funciona muito bem, devido ao fato do
leitor facial às vezes não funcionar perfeitamente, acabando atrapalhando a chamada de aula
e ele prefere fazer o registro de seus alunos um a um. Para o Rogério o (RCO) veio ajudar em
algumas partes, facilitando a vida do professor, como um exemplo, antigamente tinha livros
de registros do professor, agora ele consegue fazer essa parte pelo (RCO).
Professor Rogério tirou uma dúvida que tinha em relação à escola militar, que eu
pensava que era mais rigorosa a aprendizagem, mas não é, em questão de disciplina é um
pouco melhor a escola militar.
Por falta de tempo não consegui perguntar mas ainda queria saber se ele já trabalhou
em escola pública e privada, qual ele prefere em questões de disciplina e a base do conteúdo.

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6. ENTREVISTA COM DIRETOR

Dia 05 de outubro tivemos uma reflexão com o Diretor responsável pela gestão do
colégio Unidade Polo da cidade de Maringá, afim de esclarecermos nossas dúvidas acerca de
como administrar o colégio de maneira democrática e responsável.
O que mais me chamo a atenção foram as respostas sobre a autonomia do diretor em
relação ao estado e a SEED, onde pude perceber que cada vez mais o estado tenta coibir de
todas as maneiras a ação dos diretores fazendo com que eles sejam apenas um objeto de
manobra na política estadual.
O diretor nos disse que tudo é muito difícil de ser feito quando conchavos políticos
não são aceitos por eles, o que mostra mais uma vez o que foi dito acima.
Infelizmente não temos o aporte financeiro necessário para manutenção e melhorias
dos colégios, a infraestrutura é de grande importância para o desenvolvimento do aluno, um
lugar adequado para estudar pode ser de grande valia na vida do estudante, para que ele se
sinta a vontade de frequentar tal lugar.
Por fim, entendi que se chegarmos a assumir a posição de gestores de um colégio o
melhor a fazer é não se calar perante ao governo, pois fazendo isso nós e nossos alunos
seremos apenas mais uns peões do estado, sem pensamento critico e sem enxergar o que de
fato nos rodeia, por mais difícil que seja essa luta.

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7. OBSERVAÇÃO DOS DIVERSOS ESPAÇOS DE GESTÃO DA
INSTITUIÇÃO

Na escola Antônio Francisco Lisboa centro da cidade de Sarandi observei como


estagiário que a escola tem dois horários de intervalos um para o ensino fundamental e outro
para o ensino médio, isso acontece para evitar filas no refeitório, onde o refeitório é grande,
mas também não cabe todos os alunos ao mesmo tempo, o cardápio do dia é colado perto da
porta do refeitório, no intervalo os alunos são bem agitados, mas a escola oferece lugares
onde eles podem estar no intervalo, jogando xadrez.
Na questão de sala de aula ela tem 5 fileiras de carteiras uma média de 30 alunos na
sala, um espaço bom para andar entre as carteiras e tirar dúvidas, conta com um ar
condicionado uma tv e ar condicionado, as janelas são grandes caso precise abrir, o ginásio
não está perto dali, então em questão de ouvir barulhos é mais tranquila essa sala ,estive na
sala de descanso dos professores onde pude esperar a aula começar, observei que o lanche
que é distribuído aos alunos, também vai aos professores, alguns almoçam na sala mesmo,
outros vão para outros lugares, porque essa sala não é tão grande para acomodar todos eles,
nesta sala também tem um café e sanitários.
Na conversar com uma professora da sala de altas habilidades, ela nos falou, que eles
passam por uma triagem, que os alunos que se destacam mais em uma matéria, podem se
aprimorar nessa habilidade, esses professores trabalham o desenvolvimento desse aluno nessa
matéria, que se não for feito algum trabalho para aprimorar essa habilidade pode se perder
aos anos.
Conhecemos a sala dos professores, sala dos diretores, laboratório, ginásio e onde os
alunos estudam, que tem duas partes uma onde o ensino fundamental estuda e outra no
segundo andar aonde os do ensino médio estudam, conta com pessoas para auxiliar quando
um aluno tem que ir embora, quando vai ao banheiro e várias outras situações. A escola conta
com elevador se precisar, nela também havia um quadro dos alunos que passaram nos
vestibulares.
Conversamos com a bibliotecária e ela comentou que uma das maiores dificuldades
para a biblioteca é a presença de alunos que chegam atrasados e acabam ficando na biblioteca
até a próxima aula, assim as vezes lotando a biblioteca e dificultando alunos a irem mais cedo

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para lá estudar, a biblioteca tem exposição de livros bem atrativa na entrada, sua coletânea é
boa mas falta alguns livros de referência, o laboratório não é utilizado por falta de materiais.

8. PPP e Regimento Escolar.

8.1 As finalidades e objetivos

Art. 2 O Colégio Estadual Antônio Francisco Lisboa tem a finalidade de organizar o ensino
escolar de modo a efetivar o processo de apropriação do conhecimento pelo aluno,
respeitando os dispositivos constitucionais Federal, Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) no 9.394/1996, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a
Lei no 8.069/1990 e a Legislação do Sistema Estadual de Ensino.
Art. 3 Este estabelecimento de ensino garante o princípio democrático de igualdade de
condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma
Educação Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação.

Art. 4 O Colégio Estadual Antônio Francisco Lisboa objetiva a prática e acompanhamento do


seu Projeto Político-Pedagógico, elaborado coletivamente, com observância aos princípios
democráticos, e submetido à aprovação do Conselho Diretor.

8.2 Dos Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar

Art. 22. O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos alunos do


estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos
dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.
Parágrafo único. O Grêmio Estudantil é regido por estatuto próprio, aprovado e homologado
em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.

8.3 Conselho de classe

Art. 24. A finalidade da reunião do Conselho de Classe, a ser tomada como critério de
condução dos trabalhos, pauta-se no entendimento do Conselho de Classe como um espaço
de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva,

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discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

Art. 29. As reuniões do Conselho de Classe devem ser lavradas em Livro Ata, pelo secretário
da escola, como forma de registro das decisões tomadas.

Art. 30. São atribuições do Conselho de Classe:


I - emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem de cada turma,
respondendo a consultas feitas pela equipe de direção e/ou pela coordenação pedagógica do
segmento correspondente;
II - analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,encaminhamentos metodológicos
e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem;
III - propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do
processo ensino e aprendizagem;
IV - estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de
aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a proposta
pedagógica curricular da escola;
V - acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os dados
qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;
VI - atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno para
série subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em
consideração o integral do aluno;
VII - receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 horas úteis após sua divulgação
em edital ou por maior prazo, com justificativa;
VIII - analisar casos em que o aluno apresente frequência igual ou superior a setenta e cinco
por cento e média inferior a seis vírgula zero, após os estudos de recuperação, definindo pela
sua aprovação ou não.
Parágrafo único. Da decisão do Conselho de Classe referente aos resultados da avaliação
anual final, se observada a legislação escolar e não obediência às demais normas legais cabe:
I - pedido de revisão do resultado junto à própria escola;
II - recurso ao NRE;
III - recurso, em grau superior, à SEED.

8.4 Deveres dos pais

Art. 187. Aos pais ou responsáveis, além de outras atribuições legais,compete:


I - matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a legislação vigente;
II - exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função;
III - manter relações cooperativas e democráticas no âmbito escolar;
IV - assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a formação
educativa do aluno;
V - assinar convocações e termos de compromisso, de participação e de responsabilidade

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enviados pela escola;
VI - propiciar condições para o comparecimento e a permanência do aluno no
estabelecimento de ensino;
VII - respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino para o bom
andamento das atividades escolares;
VIII - encaminhar o filho para a escola devidamente uniformizado;
IX - requerer transferência ou cancelamento de matrícula quando responsável pelo aluno
menor;
X - identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para que seja encaminhado ao
setor competente, o qual tomará as devidas providências;
XI - comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e administrativo da
escola, sempre que se fizer necessário;

8.5 Diferenças do PPP com a realidade, focada no ensino da Química.

Primeiramente o documento prevê a organização de um grêmio estudantil, o que na


prática não acontece, em contato com a direção tentando encontrar respostas para tal, não
conseguimos retorno, tanto por e-mail quanto pessoalmente.
O PPP não foi feito pela atual gestão.
Sobre o conselho de classe, o que deveria ser um espaço para entender as dificuldades
dos alunos e discutir formas de como diminui-las, é apenas um encontro de profissionais que
falaram mal dos alunos mais preocupados com a vida pessoal dos mesmos, do que com suas
dificuldades de aprendizado.
O documento apresenta o seguinte texto sobre o ensino da Química para o terceiro
ano, período esse que concluí meu estágio.
“...Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante
Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais e transformação de outros, na
formação de compostos artificiais. Assim os recursos serão os mais diversos possíveis:
revistas, jornais, recursos tecnológicos disponíveis, entre outros. Será usado também o livro

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didático. Contudo pretendesse que os conteúdos sejam trabalhados de forma articulada com
demais conteúdo da disciplina e com as demais disciplinas, tendo uma perspectiva
interdisciplinar”.
Eu não observei nada do que está descrito no documento, tanto do uso de diversos
materiais e recursos, como principalmente da interdisciplinaridade com as outras matérias,
algo que eu julgo de extrema importância para o desenvolvimento do aluno.
Seguindo no documento, temos também o tópico de avaliação que nos traz a seguinte
explanação:
“A avaliação deve ser um instrumento no qual se possa identificar e analisar a
evolução, o rendimento e as modificações do educando, confirmando a construção do
conhecimento, desta maneira a avaliação deve será concebida de forma processual e
formativa, sob os condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em
interações recíprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo
pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. A avaliação formativa
leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e
reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem
finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em
busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola. Desta forma,
serão realizados trabalhos em equipe, em que os alunos devem resolver problemas do
cotidiano relacionados com o conteúdo a ser desenvolvido; testes, provas objetivas e
subjetivas, apresentações de relatórios de trabalhos, competições, jogos, seminários, projetos,
lista de exercícios, pesquisas.”
Este trecho é o mais preocupante e irreal no período em que estive em sala, como dito
anteriormente a avaliação foi feita apenas em uma prova trimestral e de acordo com
desempenhos nas provas Paraná e Paraná +, assim, não sendo realizados trabalhos em equipe,
seminários, projetos, etc. Acima foi exposto o método de avaliação que foi utilizado durante
meu estágio, algo que eu julgo ineficaz com o único objetivo de passar o aluno de ano.

9. ENTREVISTA COM PROFESSOR SUPERVISOR.

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Destacando os principais pontos da entrevista (Anexo 11.1), em minha visão, a
reposta da questão 4 mostra o quão difícil está para o professor ‘competir’ com a tecnologia e
a velocidade que os alunos tem para alcançar as respostas que necessitam, sem que haja
algum esforço.
Algo que pode ser notado também durante a entrevista, é o objetivo do professor em
formar alunos que possam ter um futuro dento de universidades, e isso é o que deixa ele
realizado, vemos isso quando ele diz que a experiência mais importante como docente é
quando alunos entram na faculdade e se formam.
Por último gostaria de destacar o que eu acho mais importante e prejudicial tanto para
alunos quanto para professores, que é a autonomia que o professor possui, isso acabou hoje o
professor é obrigado a ministrar aulas prontas e que já vem engessadas pelo próprio estado,
isso é algo que eu acho extremamente perigoso para o desenvolvimento do aluno. Walber diz
isso em sua resposta para a questão 10, segundo ele, “Hoje não temos mais autonomia sobre o
conteúdo a ser ministrado, as aulas já vêm prontas e as atividades também. O conteúdo é
extenso, mas deve ser passado de forma resumida (ligações químicas devem por exemplo ser
passadas em 2 aulas). As atividades de tarefa, as quais deve ser atribuída nota, já são prontas
e disponibilizadas para os alunos através da plataforma quizizz e na maioria das vezes não é
compatível com a aula proposta. Outros pontos devem ser atribuídos a prova Paraná que já
vem pronta também. Apenas a prova é feita pelo professor, mas deve contemplar apenas o
conteúdo resumido de tudo o que foi ministrado”.

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10. REFERÊNCIAS

[1] – PARO, V.H. (2009). Gestão democrática da escola pública. São Paulo:
Ática.

[2] – FULLAN, M. (21008). Liderança e mudança educacional. Porto Alegre:


Artmed.

[3] - FREIRE, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à


prática educativa. São Paulo:Paz e Terra.

[4] - PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção docência em formação. Séries
saberes pedagógicos).

[5] - LIBÂNEO, José Carlos. A aprendizagem escolar e a formação de


professores na perspectiva da psicologia histórico-cultural e da teoria da
atividade. Educar, Curitiba, nº 24, 2004.

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11. Anexos
11.1 Entrevista com professor supervisor.

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