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Capitulo I: Introdução.......................................................................................................................1
1.1 Objectivos:..................................................................................................................................2
1.2. Metodologia...............................................................................................................................2
2.1 Personalidade..............................................................................................................................3
2.5 O papel individual e social e seu impacto nas comunidades face a Problemática do HIV-SIDA
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3. Conclusão...................................................................................................................................11
4. Referencias Bibliográficas..........................................................................................................12
Capitulo I: Introdução
O presente trabalho de pesquisa far-se-á uma abordagem sequencial das unidades, explicando de
que modo os conteúdos do Modulo de Habilidades de Vida, Saúde Sexual e Reprodutiva, Género
e HIV no geral contribuem para uma vida Saudável.
A atenção em saúde sexual e em saúde reprodutiva é uma das áreas de actuação prioritárias da
atenção Básica à saúde. Deve ser ofertada observando-se como princípio o respeito aos direitos
sexuais e aos direitos reprodutivos.
Desenvolver esse trabalho não é tarefa simples, tendo em vista a alta complexidade que envolve o
cuidado dos indivíduos e famílias inseridos em contextos diversos, onde é imprescindível realizar
abordagens que considerem os aspectos sociais, económicos, ambientais, culturais, entre outros,
como condicionantes e/ou determinantes da situação de saúde.
Este trabalho está estruturado em três (3) capítulos fundamentais: sendo, o I capítulo que
apresenta aspectos introdutórios como: a introdução do trabalho, os objectivos (geral e
específicos) e a metodologia usada na realização do trabalho. O IIº capítulo comporta a
fundamentação teórica. Por fim o III e o último capítulo, neste são apresentadas as conclusões
obtidas após a realização da pesquisa, seguido das referências bibliográficas que foram usadas
para o desenvolvimento do trabalho.
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1.1 Objectivos:
1.2. Metodologia
Para a concretização dos objectivos do presente trabalho de pesquisa, foram usadas como
metodologias o trabalho de campo e pesquisa bibliográfica.
De acordo com Michel (2000, p.3) a pesquisa bibliográfica consiste: Na definição de objectivos e
levantar informações sobre o assunto em estudo. Entretanto, o estudo exploratório ou pesquisa
bibliográfica pode ser considerado uma forma de pesquisa, na medida em que se caracteriza pela
busca, recorrendo a documentos, de uma resposta a uma dúvida, uma lacuna de conhecimento.
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CAPÍTULO II: Fundamentação Teórica
2.1 Personalidade
A personalidade é o que nos somos, o que gostamos de ser, fazer e ter, é aquilo que queremos
parecer aos outros. A personalidade desenvolve-se durante a vida, e é influenciada por factores
físicos, psicológicos, psíquicos, culturais e morais.
É difícil lidar com diferentes modos de enxergar um mesmo ponto, ainda mais quando esta
situação é levada ao âmbito profissional onde existem diversas áreas, pessoas e cenários distintos.
Entender e compreender a personalidade própria, bem como a das pessoas ao redor pode ser a
chave do sucesso.
Além disso, para John D. Mayer é necessário prestar atenção em seu comportamento, analisar e
avaliar suas acções e alocar esforços para tentar melhorar os pontos a melhorar. Caso a auto
análise não seja suficiente prestar atenção no que as pessoas dizem a respeito de sua
personalidade pode ser útil, ainda mais se a observação for recorrente.
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A sexualidade diz respeito a um conjunto de características humanas que se traduz nas diferentes
formas de expressar a energia vital, chamada por Freud de libido, que quer dizer energia pela
qual se manifesta a capacidade de se ligar às pessoas, ao prazer/ desprazer, aos desejos, às
necessidades, à vida.
Comumente, as pessoas associam sexualidade ao ato sexual e/ou aos órgãos genitais,
considerando-os como sinónimos. Embora o sexo seja uma das dimensões importantes da
sexualidade, esta é muito mais que actividade sexual e não se limita à genitalidade ou a uma
função biológica responsável pela reprodução (NEGREIROS, 2004).
A sexualidade é uma das dimensões do ser, em outras palavras: cada um de nós tem uma
identidade sexual que integra o modo de ser de cada um e que é inseparável da nossa humanidade
(Deputte, 1997; Thaler-Demers, 2001 apud Lourenço, 2002).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde sexual como um estado físico, emocional,
mental e social de bem-estar em relação à sexualidade; não é meramente ausência de doenças,
disfunções ou debilidades. A saúde sexual requer abordagem positiva e respeitosa da sexualidade,
das relações sexuais, tanto quanto a possibilidade de ter experiências prazerosas e sexo seguro,
livre de coerção, discriminação e violência.
Primeiro não se pode prevenir nada sem ter informações e as unidades do módulo nos dão
grandes informações. Um dos grandes exemplos é o alto índice de gravidez precoce e indesejada
nas comunidades, falta de aderência aos centros de saúde para saber o seu estado de saúde, a
perca da identidade cultural e o alto índice de infecção por doenças de transmissão sexual, buli e
discriminação nas escolas, entre outros.
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Contribui para que os estudantes possam desenvolver e exercer sua sexualidade com prazer e
responsabilidade. Essas unidades vinculam-se ao exercício da cidadania na medida em que,
de um lado, se propõe a trabalhar o respeito por si e pelo outro, e, por outro lado, busca
garantir direitos básicos a todos, como a saúde, a informação e o conhecimento, elementos
fundamentais para a formação de cidadãos responsáveis e conscientes de suas capacidades.
O enfoque educativo, que é um dos elementos fundamentais na qualidade da atenção prestada
em saúde sexual e saúde reprodutiva. Educar é um processo de construção permanente.
Segundo o educador Paulo Freire (1996), ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção.
Estimular as mulheres e os homens, adultos e adolescentes ao conhecimento e ao cuidado de
si mesmos, fortalecendo a auto-estima e a autonomia, contribuindo para o pleno exercício dos
direitos sexuais e dos direitos reprodutivos.
Compreender a busca de prazer como uma dimensão saudável da sexualidade humana;
Proteger-se de relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores;
Agir de modo solidário em relação aos portadores do HIV e de modo prepositivo na
implementação de políticas públicas voltadas para prevenção e tratamento das doenças
sexualmente transmissíveis/SIDA;
Conhecer e adoptar práticas de sexo protegido, ao iniciar relacionamento sexual.
Evitar contrair ou transmitir doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o vírus da SIDA;
Procurar orientação para a adopção de métodos contraceptivos, evitando desde modo a
gravidez precoce ou indesejada.
O tema sexualidade está presente no quotidiano de todas as pessoas. Tão importante quanto
polémica, a abordagem da educação sexual é de suma importância para a qualidade e efectividade
da atenção em saúde sexual e saúde reprodutiva. Devido à sua importância, deve, além de contar
com acções específicas, transversalizar as acções da equipe de saúde, na escuta aos usuários do
serviço.
Abordar a temática saúde sexual e saúde reprodutiva sob enfoque educativo significa ofertar
oportunidades aos usuários de falarem sobre o que pensam do amor, do preconceito, da amizade,
da família, da cidadania, do namoro, do “ficar”, da virgindade, das doenças sexualmente
transmissíveis, da raiva, da violência, das drogas, do sexo, da fome, da desigualdade, da arte, do
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medo, da gravidez desejada ou indesejada etc. Por tudo isso, abordagens colectivas, ou melhor,
conversas colectivas sobre esse assunto tornam-se fundamentais.
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4. Relacionamentos interpessoais: Trata-se da capacidade em iniciar, manter relacionamentos
de forma satisfatória, os quais são importantes para o nosso bem-estar mental e social, além de
ser capaz em terminar relações de maneira construtiva.
6. Resolução de problemas: É a capacidade de lidar com situações que causam tensão e/ou
conflito de maneira construtiva, utilizando os recursos do próprio ambiente sem provocar danos
aos demais. Trata-se de uma competência importante, pois permite enfrentar de maneira
construtiva os problemas da vida, uma vez que os dilemas não solucionados podem se converter
em fontes de mal-estar físico e mental.
8. Pensamento crítico: Pode ser entendida como a habilidade de reflectir, analisar e examinar as
situações da vida pessoal e social a partir de diferentes ângulos, perspectivas e opiniões. Esta
competência contribui de certa maneira para o bem-estar de cada um na medida em que permite
reconhecer os factores positivos, negativos, internos e externos que influenciam nossas atitudes e
comportamentos, o que aumenta a capacidade para se resolver de maneira assertiva as
dificuldades encontradas. O indivíduo crítico é capaz de fazer perguntas e não aceitar os
acontecimentos sem desenvolver uma análise cuidadosa em termos de evidência, razões e
suposições.
10. Lidar com o estresse: Trata-se da habilidade em reconhecer, avaliar possíveis fontes de
estresse, encontradas em diferentes cenários da vida, além de identificar possíveis alternativas
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para reduzi-las, como realizar mudanças em relação ao ambiente ou ainda ligadas ao estilo de
vida. Implica ainda a capacidade em solicitar auxílio familiar, de amigos e, caso necessário, apoio
profissional, na tentativa de resolver as situações geradoras de tensão.
2.5 O papel individual e social e seu impacto nas comunidades face a Problemática do HIV-
SIDA
Apesar dos esforços de prevenção até a data desenvolvidos no sentido de reduzir a progressão da
epidemia do HIV/SIDA em Moçambique, novos casos continuam a aparecer. As campanhas de
IEC não se têm traduzido em mudança de comportamento. Um dos principais argumentos para a
falta de eficácia das campanhas em sido a natureza das mensagens difundidas, cujo conteúdo é
muitas vezes culturalmente inadequado, não produzindo, por isso, a desejada mudança de
comportamento.
Hoje ninguém contesta que o HIV/SIDA além de ser uma questão médica e epidemiológica é
também um fenómeno com marcada dimensão cultural. A sua correcta contextualização só pode
ser feita se se tiver em linha de conta a heterogeneidade social e cultural, os padrões
institucionalizados de comportamento, os sistemas simbólicos, as estruturas de produção e
distribuição de bens e serviços e as relações de poder.
Muito embora haja outros mecanismos também reconhecidos, a progressão da epidemia está
profundamente associada à sexualidade dos indivíduos assim como ao comportamento sexual
adoptado. Mas, a forma como os indivíduos constroem e expressam a sua sexualidade é
influenciada por processos não só de natureza individual, mas também social, cultural, económica
e política. Fenómenos como ritos de iniciação, casamentos poligâmicos e tradicionais, ritos de
passagem, regimes de tabus, medicina tradicional, entre outros, são fortemente atravessados por
componentes da sexualidade.
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2.6 A concepção das Infecções Sexualmente Transmissíveis
Na medicina tradicional, as ITSs são interpretadas na sua maioria como resultado de violação de
códigos morais ou negligência pelas tradições. Segundo Fialho existe todo um sistema articulado
de regras e proibições que definem a rede social, o tempo e o espaço em que a sexualidade,
enquanto acto sexual, é praticada. É neste contexto que devem ser analisadas as representações
dos indivíduos sobre Saúde Sexual e Reprodutiva, particularmente as ITSs e o HIV/SIDA. Na
concepção de muitos moçambicanos, a tuberculose, por exemplo, resulta da violação de normas e
não observância de rituais de purificação, em casos de “contaminação de morte” ou “poluição”
decorrente de contacto sexual com uma mulher impura (menstruada e/ou que tenha realizado
aborto). A tuberculose é desta forma percebida como uma doença de transmissão sexual.
Em Moçambique, vários estudos têm mostrado que, as ITSs são vistas como “doenças de
mulheres”, quer dizer, estas seriam doenças transmitidas aos homens, pelas suas parceiras.
Normalmente não se contempla a hipótese de o homem poder ele próprio, também transmitir a
doença. Os estudos sugerem que apesar dos conhecimentos no geral serem razoáveis denotam-se
fragilidades por exemplo no conhecimento sobre formas de transmissão por transfusão sanguínea
e vertical de mãe para filho. Os níveis da percepção de risco ainda são preocupantes apesar de
alguns estudos terem concluído que aumentaram nos grupos mais jovens. Estes níveis são
conducentes a comportamentos de risco e ao fraco poder de negociação no uso de preservativo.
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CAPITULO III: Considerações finais
3. Conclusão
A aprendizagem significativa acontece quando aprender uma novidade faz sentido para nós.
Geralmente isso ocorre quando a novidade responde a uma pergunta nossa e/ou quando o
conhecimento novo é construído a partir de um diálogo com o que já sabíamos antes. Isso é bem
diferente da aprendizagem mecânica, na qual retemos conteúdos. Na aprendizagem significativa,
acumulamos e renovamos experiências.
As actividades educativas podem e devem ser desenvolvidas nos serviços de saúde e nos diversos
espaços sociais existentes na comunidade. Deve-se promover a participação dos homens –
adolescentes, adultos ou idosos – para promover cultura de responsabilidade compartilhada, não
sobrecarregando as mulheres.
O profissional deve sempre pautar suas acções em princípios éticos, como o respeito à autonomia
das pessoas, a privacidade, a confidencialidade e o sigilo na abordagem da sexualidade e saúde
reprodutiva.
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4. Referencias Bibliográficas
Ministério da Saúde. (2013). Atenção Básica – Saúde sexual e Reprodutiva, 1ª Edição, Brasília.
Tangler, E & Laissone, E. (2019). Habilidades de Vida, Saúde Sexual e Reprodutivas, Género e
HIV&SIDA, Versão CED.
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