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Disciplina: Geoprocessamento
1.1. Objectivos......................................................................................................................... 1
4. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 11
Com este trabalho, espera-se não apenas oferecer uma visão abrangente das aplicações do
geoprocessamento na agricultura, mas também inspirar uma reflexão sobre o futuro dessa relação
simbiótica entre tecnologia e agricultura, na busca por um sector agrícola mais eficiente, forte e
sustentável.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Demonstrar as aplicações do geoprocessamento na agricultura.
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1.1.2. Objectivos Específicos
Definir o conceito de geoprocessamento na aplicação da agricultura;
Descrever as aplicações do sensoriamento remoto na agricultura;
Analisar o papel dos sistemas de Informação Geográfica (SIG) na gestão agrícola e no
planeamento das culturas;
Identificar os desafios e oportunidades associados ao uso do geoprocessamento na
agricultura.
1.2.Metodologia
O presente estudo visa realizar uma revisão bibliográfica abrangente sobre os conceitos de
geoprocessamento, e suas aplicações na agricultura. Para atingir esse objectivo, foi adoptada uma
abordagem qualitativa, que permitiu uma análise mais detalhada e interpretativa dos dados obtidos.
A colecta de informações foi realizada por meio da consulta a livros, bem como à pesquisa de
artigos científicos. Essa abordagem qualitativa permitiu uma compreensão mais profunda das
relações entre os conceitos estudados e sua aplicação na realidade, contribuindo para uma análise
mais contextualizada e enriquecedora do tema em estudo.
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2. GEOPROCESSAMENTO – CONCEITO E SUAS APLICAÇÕES
2.1.Definição de Geoprocessamento
Para Zaidan (2017, p. 198), o geoprocessamento pode ser considerado como um ramo de
actividades, e pode ser definido como o conjunto de técnicas e métodos teóricos e computacionais
relacionados com a colecta, entrada, armazenamento, tratamento e processamento de dados, a fim
de gerar novos dados e ou informações espaciais ou georreferenciadas. É importante observar que
informações georreferenciadas têm como característica principal o atributo de localização, ou seja,
estão ligadas a uma posição específica do globo terrestre por meio de suas coordenadas. (Zaidan
2017, p. 198).
Rosa (2013) define o geoprocessamento como sendo o conjunto de tecnologias destinadas a colecta
e tratamento de informações espaciais, assim como o desenvolvimento de novos sistemas e
aplicações, com diferentes níveis de sofisticação. Em linhas gerais o termo geoprocessamento pode
ser aplicado a profissionais que trabalham com cartografia digital, processamento digital de
imagens e sistemas de informação geográfica.
Hamada e Gonçalves (2007), por sua vez definem o geoprocessamento como sendo a área do
conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação
geográfica. Os autores afirmam que o geoprocessamento é uma tecnologia que influencia diversas
áreas: Cartografia, Geografia, Recursos Naturais, Planejamento Urbano, Agricultura,
possibilitando a compreensão de fenômenos sociais, ambientais e econômicos, por meio da
representação espacial.
Nesta ordem de ideias, pode-se afirmar que o geoprocessamento é uma área que engloba diversas
técnicas e métodos teóricos e computacionais relacionados à colecta, tratamento e processamento
de dados georreferenciados. Esses dados possuem como característica principal o atributo de
localização, estando associados a coordenadas específicas na superfície terrestre.
Por meio do geoprocessamento, é possível gerar novos dados e informações espaciais, além de
desenvolver sistemas e aplicações que permitem uma análise mais precisa e abrangente do espaço
geográfico.
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2.2.Aplicações do Geoprocessamento
O geoprocessamento, uma ferramenta poderosa que integra dados espaciais e não espaciais, tem
desempenhado um papel significativo em uma variedade de setores, desde órgãos governamentais
até entidades privadas e não governamentais. Seu uso abrange uma ampla gama de aplicações,
todas voltadas para a compreensão e gestão do ambiente que nos cerca.
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Por fim, na saúde pública, o geoprocessamento é utilizado em áreas como epidemiologia,
distribuição e evolução de doenças, distribuição de serviços sociais sanitários e elaboração de
planos de emergência. Essas aplicações contribuem para uma gestão mais eficaz da saúde da
população e para a prevenção de epidemias e crises sanitárias.
Hamada e Gonçalves (2007), afirmam que embora as aplicações do geoprocessamento possam ser
classificadas em diferentes áreas, muitas delas possuem um carácter multidisciplinar, reflectindo
a sua natureza versátil e sua capacidade de abordar desafios complexos de forma integrada. Assim,
o geoprocessamento continua a desempenhar um papel crucial na compreensão e gestão do mundo
que nos cerca, contribuindo para um futuro mais sustentável.
Assade e Sano (1998), defendem que as aplicações do geoprocessamento na agricultura são vastas
abrangendo desde o planeamento das culturas até a gestão eficiente dos recursos naturais
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agricultores na tomada de decisões relacionadas à irrigação, manejo de pragas e doenças, e
programação de atividades agrícolas, garantindo uma melhor adaptação às condições climáticas e
maximizando os resultados da produção.
Na visão de Novo (1995, p. 1) citado por Castanho et. al. (2004), pode-se definir sensoriamento
remoto como, a tecnologia que permite a aquisição de informações sobre objectos sem o contacto
físico com eles”. Já para Loch (2001, p. 87) apud Castanho et. al. (2004), a técnica de
sensoriamento remoto caracteriza-se pela captação à distância de registos, dados e das informações
das características da superfície terrestre, sem o contato directo. O mesmo autor (2001, p. 88),
segue seu raciocínio complementando a conceituação de sensoriamento remoto, quando afirma
que o mesmo é o conjunto de actividades, cujo objetivo reside na caracterização das propriedades
de alvos naturais, através da detecção, registo e análise de fluxo de energia radiante, reflectido ou
omitido pelos mesmos. (Castanho et. al., 2004, p. 163).
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para o manejo eficiente das actividades agrícolas. Por meio da análise de dados levantados por
sensores remotos, é possível obter informações detalhadas sobre as características das áreas
cultivadas e monitorar o desenvolvimento das culturas de forma precisa e em larga escala.
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mais informadas e estratégicas, contribuindo para a melhoria da produtividade, eficiência e
sustentabilidade do setor agrícola.
Rosa (2005) citado por Reghini e Cavichioli (2020), distingue SIG e geoprocessamento, afirmando
que o geoprocessamento é um conceito mais abrangente e representa qualquer tipo de
processamento de dados georreferenciados, enquando um SIG ou GIS processa dados gráficos e
não gráficos (alfanuméricos) com ênfase em análises espaciais e modelagens de superfícies.
De acordo com Moreira (2001), as ferramentas que são utilizadas no geoprocessamento constituem
um conjunto denominado de Sistema de Informação Geográfica (SIG), o qual permite a interação
do usuário com os dados obtidos.
Uma das características distintivas dos SIG é sua capacidade de processar tanto dados gráficos
quanto dados não gráficos (alfanuméricos), com ênfase em análises espaciais e modelagens de
superfícies, (Reghini e Cavichioli, 2020). Essa capacidade permite aos gestores agrícolas integrar
uma ampla gama de informações, como dados de satélite, mapas de relevo, dados climáticos e
informações sobre solos e culturas, para avaliar as condições do ambiente agrícola e tomar decisões
informadas.
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agricultores e gestores agrícolas podem acessar e manipular os dados geográficos de forma
intuitiva, através de interfaces gráficas amigáveis, facilitando a análise e interpretação das
informações.
No contexto da gestão agrícola, os SIG são amplamente utilizados para diversas finalidades, como
o mapeamento de áreas cultivadas, a delimitação de zonas de manejo, a análise de produtividade
e a identificação de áreas propícias para o cultivo de determinadas culturas. Por meio da integração
de dados espaciais e não espaciais, os gestores podem identificar padrões e tendências, realizar
simulações e cenários futuros, e planejar estratégias de manejo mais eficientes e sustentáveis.
No planeamento das culturas, os SIG são utilizados para optimizar a alocação de recursos, como
fertilizantes, irrigação e defensivos agrícolas, levando em consideração as características espaciais
e variabilidade do ambiente agrícola. Além disso, os SIG permitem realizar análises de risco,
avaliar a viabilidade económica de diferentes culturas e identificar áreas de potencial conflito,
contribuindo para a elaboração de planos de cultivo mais eficazes e rentáveis.
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precocemente e realizar o manejo de forma mais precisa. Isso não apenas aumenta a eficiência da
produção, mas também contribui para a redução do uso de pesticidas e fertilizantes, promovendo
uma agricultura mais sustentável e saudável. (Perreira, 2023).
Ibrahin aponta como outro desafio a capacitação técnica dos agricultores para utilizar as
tecnologias de geoprocessamento de forma eficaz. Embora as ferramentas estejam cada vez mais
acessíveis, muitos agricultores ainda enfrentam dificuldades para interpretar e aplicar as
informações geoespaciais em suas práticas agrícolas. Isso ressalta a necessidade de programas de
treinamento e capacitação para garantir que os agricultores possam aproveitar ao máximo o
potencial do geoprocessamento.
Ibrahin (2014) citado por Perreira (2023) destaca que erros ou omissões na análise de dados
geoespaciais podem ter implicações significativas nas decisões agrícolas, ressaltando a
importância de uma abordagem meticulosa e precisa. Além disso, a integração de diferentes fontes
de dados e a interoperabilidade entre sistemas de informação representam desafios técnicos que
precisam ser enfrentados para maximizar o potencial do geoprocessamento na agricultura.
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4. CONCLUSÃO
Ao longo deste trabalho, observou-se que o geoprocessamento na agricultura não se limita apenas
ao mapeamento de áreas cultivadas, mas abrange uma ampla gama de aplicações, desde o manejo
e conservação de recursos naturais até o monitoramento das condições climáticas e hídricas,
passando pela gestão de propriedades rurais e pelo planeamento das culturas. Essa tecnologia
oferece dados valiosos que permitem aos agricultores tomar decisões informadas e estratégicas,
contribuindo para uma agricultura mais eficiente, sustentável e robusta.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Assad, E. D., & Sano, E. E., (1998). Sistema de Informações Geográficas: Aplicações na
Agricultura. Brasília: EmbrapaSPI / Embrapa-CPAC 2ª Edição.
Hamada, E., & Gonçalves, R. R. V., (2007). Introdução ao Geoprocessamento: princípios básicos
e aplicação. Embrapa Meio Ambiente Jaguariúna, SP.
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