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DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: MONOGRAFIA I
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................3
2. OBJETIVOS..................................................................................................5
3. REVISÃO DA LITERATURA........................................................................6
5. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
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ÁREA DE ESTUDO
Figura 1: Localização do município de Imbituba no litoral Sul de Santa Catarina. Fonte: CIASC,2009
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Figura 2: Municípios limítrofes de Imbituba. Fonte: CIASC,2009.
2. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
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3. REVISÃO DA LITERATURA
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Torna-se importante tratarmos aqui dos princípios físicos que governam o
funcionamento do sensoriamento remoto. Em 1672, o então cientista Isaac Newton
descobriu que um raio luminoso (luz branca) atravessando um prisma produzia um
feixe de luz colorido, chamado de espectro de cores. Chegou-se a conclusão que a
luz branca era a síntese das demais luzes que formam o espectro eletromagnético.
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A luz visível compreende apenas uma pequena faixa do espectro
eletromagnético, variando entre 0,4 mm ao 0,7 mm, correspondendo ao intervalo no
qual o olho humano tem sensibilidade. O sol emite radiação no intervalo de 0,28 mm
a 4 micrômetros, sendo chamado de espectro solar. O mais surpreendente é que o
intervalo de luz captado pelo olho humano, encontra-se dentro do espectro solar,
todavia o ser humano seria incapaz de distinguir qualquer objeto.
IMAGEM DIGITAL
TIPOS DE SENSORES
Os sensores são equipamentos capazes de captar a energia eletromagnética
proveniente dos alvos da superfície terrestre, transformando-a em sinal digital para
confecção de imagens de satélites. Esses podem ser classificados conforme a fonte
original de energia:
Ativos: são aqueles sensores que emitem radiação própria, não dependendo
de fontes externas de energia. Os radares são exemplos de sensores que emitem
radiação própria, tendo com vantagem o imageamento em qualquer condição
atmosférica, como no caso de enormes massas de ar sobre a superfície terrestre.
Passivos: são aqueles sensores que dependem de fontes externas de energia
para operar, nesse caso o Sol é a principal fonte de energia. Os sensores LADSAT,
SPOT, CBERS, IKONOS são exemplos de sensores passivos, que imageiam o
Planeta Terra.
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RESOLUÇÕES DE IMAGENS
Os sensores são projetados para fornecer dados da superfície terrestre com
determinado grau de detalhe espacial. Quanto maior a resolução espacial maior
capacidade o sensor têm de identificar menores alvos. Esse tipo de resolução pode
se definida como a habilidade do sensor individualizar objetos próximos.
O parâmetro mais usual para resolução espacial é o tamanho do pixel,
entendendo-se que apenas objetos maiores que a área do pixel podem ser
identificados, embora outros fatores também contribuam para identificação do
objeto como refletância e o contraste. A escolha da imagem adequada é primordial
para obtenção de bons resultados, por isso torna-se importante conhecer a
resolução espacial dos sensores.
Os materiais que compõe a superfície terrestre têm diferentes respostas
espectrais, respondendo de maneira singular em cada faixa do espectro
eletromagnético. Um aspecto importante é que alguns materiais podem ter respostas
espectrais semelhantes em um determinado faixa do espectro, porém em outros
intervalos podem apresentar respostas totalmente diferentes. Quanto maior o
número de faixas eletromagnéticas que o sensor atua, maior será sua capacidade
discriminatória.
Resumindo, a resolução espectral tem haver com o número e a largura dos
canais, sendo definida como a “ habilidade de separar coisas espectralmente
semelhantes.” (IBGE, 2001, PÁG. 19)
Dentro de um determinado intervalo numérico estão representados os níveis
de cinzas do pixel, sendo representados por números inteiros. A resolução
radiométrica está diretamente relacionada com o intervalo dos valores mínimos e
máximos dos níveis de cinza. Quanto maior a capacidade de armazenar níveis de
cinza em uma imagem, maior será a resolução radiométrica. Exemplificando: para
armazenar 64 níveis de cinza são necessários 6 bits, enquanto para armazenar 128
níveis de cinza são necessários 7 bits. Esse tipo de resolução está estritamente
vinculada ao tamanho do arquivo.
A resolução temporal de um sensor também chamada de periodicidade ou
repetitividade, refere-se a frequência com que o sensor imageia uma determinada
área. O satélite americano LANDSAT-TM tem resolução temporal de 16 dias,
enquanto o satélite francês SPOT tem resolução espacial de 26 dias.
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COMPORTAMENTO ESPECTRAL DOS ALVOS
Considerando a paisagem como o resultado da dinâmica dos grupos sociais e
da natureza sobre a superfície terrestre, torna-se importante conhecer as
características espectrais dos diferentes alvos que recobrem a Terra, para
reconhecer o padrão de comportamento espectral de cada um. Para melhor
organização da discussão dividimos as principais categorias em vegetação, solos,
rochas, águas e áreas urbanas.
Vegetação
A cobertura vegetal engloba as formações antrópicas, correspondendo aos
alvos como: cultura agrícola, pastagem e vegetação em estágio secundário, já as
formações naturais correspondentes as áreas que mantêm as características
originais (solo, vegetação, regime hídrico e relevo). Entre todos os elementos
constituintes da vegetação, a folha destaca-se no processo de interação com a
energia eletromagnética devido as características referentes a composição química,
morfologia e estrutura interna.
Rochas
Apresentam-se em termos amplos dois grupos de rochas distintos em relação
ao comportamento espectral. De um lado estão as rochas félsicas, ricas em sílica
(quartzo –feldspáticas), tendo por característica refletir grande parte da energia
eletromagnética. Do outro lado, apresenta-se as rochas máficas, ricas em magnésio
e ferro, caracterizada por sua tonalidade escura e pela baixa refletância. As rochas
com minerais opacos (magnetita) podem diminuir consideravelmente a refletância
das rochas quarto-fedspáticas. Em relação as rochas sedimentares essas
apresentam alta refletância e apresentam bandas de absorção mais definidas do
que as argilas.
Solos
Venturini (2007), aponta que “ o comportamento espectral do solo é afetado
por diversos fatores dentre os quais se destacam: a cor do solo, o tipo do solo
(latossolo, litossolo, podzólico), o teor de matéria orgânica nele presente, o teor de
ferro, a composição mineralógica do solo (presença ou ausência de minerais
escuros), o teor de umidade, e a sua textura (distribuição de tamanho das partículas
presentes no solo, ou proporção de argila, silte e areia).”
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Água
O comportamento espectral da água varia conforme seu estado físico: líquido,
sólido e gasoso. No estado líquido a água apresenta baixa refletância, sendo
explicado pela concentração de materiais em suspensão e dissolvidos na água e
pela profundidade do corpo d’água. Em forma de nuvens, a água apresenta
altíssima refletância, já na forma de neve possui alta refletância na faixa do
infravermelho próximo.
Áreas urbanas
Essas áreas apresentam grande heterogeneidade interna, devido aos
diferentes equipamentos e funções urbanas existentes, desempenhando papel
decisivo para o pleno funcionamento da cidade e reprodução da sociedade. Em
relação ao espectro eletromagnético essas áreas apresentam um gradual aumento
da refletância do visível para o infravermelho próximo. Vale destacar nas áreas
urbanas a alta refletância do concreto sobre o asfalto, explicado pela composição
físico-química de cada um.
http://www.google.com.br/imgres?q=comportamento+espectral&um=1&hl=pt-
BR&sa=N&biw=1366&bih=667&tbm=isch&tbnid=ApzcOIeM2HOAWM:&imgrefurl=http://
blog.educacional.com.br/blog_do_enem/2011/11/16/a-prova-de-fisica-de-2011/
12
&docid=4oTEUP685yM-SM&imgurl=http://blog.educacional.com.br/blog_do_enem/files/
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Podemos enunciar que são quatro os princípios básicos que orientam o levan-
tamento da cobertura e uso da terra, segundo o IBGE (2006):
Escala de mapeamento: Trata-se da escolha da escala cartográfica, que de-
penderá dos objetivos do trabalho, sendo definida como a razão matemática entre
os objetivos reais (realidade) no terreno e os objetos projetados no papel (mapa, car-
ta). Porém quando nos referimos a escala, não devemos nos limitar apenas a escala
cartográfica, expressa em número ou em gráfico, todavia enfatizar a importância da
escala geográfica, sendo entendida como a estratégia de apreensão da realidade,
tanto dimensional como fenomenal, sendo materializada em diferentes níveis: local,
regional, nacional, etc.
Natureza da informação básica: diz respeito a aquisição da informação neces-
sária para elaboração da pesquisa, sendo obtida por diferentes métodos/meios. Tra-
tando-se desse trabalho, os sensores remotos tem um papel ímpar na aquisição de
dados espaciais, sendo uma excelente ferramenta para obtenção de dados da su-
perfície terrestre, visto a quantidade e qualidade dos sensores atuais. As fotografias
aéreas também constituem uma possibilidade ampla de obtenção de informações
atualizadas do espaço, todavia o Brasil não tem tradição em fazer levantamentos aé-
reos contínuos, comparado aos países europeus como: Alemanha e França.
Unidade de mapeamento e a definição da menor área ser mapeada: constitui
uma importante ferramenta conceitual, compreendendo os padrões (classes) da co-
bertura e uso da terra distribuídos no espaço, que mantêm razoável homogeneidade
interna e características espectrais divergentes da vizinhança. Embora as classes
apresentem um padrão espacial específico que as distingue das demais classes, há
sempre heterogeneidade dentro da própria classe. Os padrões espacias podem ser
organizados por apenas um tipo de revestimento e uso da terra, como por exemplo
uma extensão plantação de soja ou cana-de-açúcar, ou por uma combinação de cul-
tivos agrícolas (mandioca, melancia, aipim) formando uma classe específica.
Nomenclatura: A informação referente a nomenclatura precisa ser objetiva e
clara, por isso a necessidade de construir uma nomenclatura que garanta facilidade
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de compreensão, sem confusões ou dúvidas indesejadas. Para isso a elaboração de
da nomenclatura exige critérios específicos e conhecimento técnico da superfície ter-
restre. Indicamos a nomenclatura do IBGE (2006) onde divide o Planeta Terra em
dois grandes compartimentos terra e água, subdividindo esses em corpos d'água
continentais e costeiros, no caso da água, e em áreas antrópicas e naturais no caso
terrestre. Essa classificação subdividi-se em categorias menores, conforme grau de
complexidade.
PROCESSOS METODOLÓGICOS
BIBLIOGRAFIA
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FITZ, Paulo Roberto. Geoprocessamento sem compilação. 1 ed., São Paulo: Oficina
de Textos, 2008.
IBGE. Manual Técnico de Uso da Terra. 2. ed., Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
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