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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4
Conclusão ................................................................................................................................. 12
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Introdução
A sociedade digital traz no seu bojo recursos tecnológicos que podem aprimorar o processo de
transformação de informação em conhecimento, uma vez que os objectos técnicos tendem a
ser ao mesmo tempo ligados às técnicas, às pesquisas e ao campo informacional.
Desta forma, para a realização usou-se como metodologias, a leitura, pesquisa bibliográfica e
documentada.
E quanto ao tipo de pesquisa foi usada a pesquisa qualitativa por estar de acordo com o tema
em estudo ou proposto nesse trabalho.
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I-Fundamentação teórica
Para Lima (2018), os smartphones vêm causando dispersão e desatenção dos alunos nas aulas;
sendo assim, cabe ao professor utilizar esses aparelhos de maneira a tornar as aulas mais
dinâmicas e interactivas, motivando os alunos a estarem mais presentes em sala de aula.
A sociedade opera no espaço geográfico por meio dos sistemas de comunicação e transporte.
À medida que o tempo passa, a sociedade atinge níveis cada vez maiores de complexidade
pelo uso das hierarquias e pelo manejo especial dos materiais e das mensagens. Segue-se que
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a propriedade desses sistemas é importante na condução de todas as nossas actividades.
Quaisquer limitações ao movimento das coisas e dos pensamentos através dessas hierarquias
convertem - se, por sua vez, em coacções exercidas sobre o funcionamento da sociedade. As
limitações podem ser físicas, institucionais e culturais, ou psicológicas. À medida que mudam
a tecnologia e as aspirações humanas, tornando possíveis novas conexões e às vezes fechando
todas as velhas rotas, a coacção no interior dos sistemas também muda.
Para tal, Santos (2006) citou Kolars e Nysten que, já na década de 1970, afirmavam que a
alteração das técnicas modificaria toda a configuração de uma sociedade, dando início a
novos paradigmas. Todavia, este processo se desenvolve alinhado a ocorrência da revolução
industrial, que acontece em três etapas:
Sendo assim, nos últimos 20 anos experimentou-se uma rápida difusão das inovações técnicas
que nos farão entrar no período da sociedade digital, ou, se analisarmos através do olhar
geográfico-espacial, estamos vivendo no meio técnico - científico-informacional. Percebe-
se, dessa forma, que as tecnologias atuais se espalham duas vezes mais rapidamente do que
aquelas introduzidas depois da primeira guerra mundial e três vezes mais do que as
introduzidas entre 1890 e 1919.
Assim como as pessoas que utilizam as tecnologias podem ser divididas, os objectos técnicos
também se diferenciam, sendo que a primeira é considerada mais antiga, pois tinha força no
século XX e a segunda, no XXI. As tecnologias analógicas que foram inovações
características do século XX - como as câmeras de vídeos, telefones com fio e disquetes -
coexistem com as digitais - smartphones, pen drive, televisão digital, internet sem fio - dentre
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outros itens referentes ao século XXI. Ou seja, outra forma de enxergarmos a rugosidade
tecnológica, pois pessoas e técnicas existem dentro de um mesmo paradigma.
Nesta sociedade digital, além de termos diversos actores que vivenciam a experiência da
tecnologia, uns com mais intensidade outros com menos, é possível perceber que para a nova
geração não é necessário reaprender para viver o paradigma técnico-científico-informacional,
pois eles já nasceram aprendendo a linguagem tecnológica.
Para corroborar com esta afirmação Coelho et all. (2018) afirmam que a rede mundial de
computadores está presente em nossos hábitos quotidianos, basta observar o número crescente
de horas que as pessoas permanecem conectadas, seja a partir de dispositivos móveis, seja por
meio de computadores.
Esta nova geração, com o passar do tempo, está interagindo cada vez mais com a tecnologia e,
com isso, acaba por impor esta forma de viver aos diversos segmentos da sociedade,
fomentando as modificações advindas dessa interacção nos relacionamentos interpessoais
dentro/fora do ambiente escolar e académico uma vez que novas formas de se comunicar
surgem neste processo.
Com isso, conceitos geográficos, como o de região devem ser analisados sob essa nova óptica,
tendo por base os recursos técnicos-científicos-informacionais, visto que o Moçambique
possui uma grande extensão territorial, e isso configura uma diversidade histórico- cultural
enorme.
Na sociedade digital, cada vez mais as pessoas estão interligadas com seus aparelhos de
telefone, que deixaram de ser utilizados somente para realizar ligações e receber torpedos. No
século XXI, os smartphones apresentam diversas funções que no passado um simples celular
não fornecia; sendo assim, as novas gerações encontram-se cada vez mais conectadas aos seus
dispositivos.
Com isso, percebe-se que não adianta a educação tapar os olhos e não aproveitar essa
potencialidade advinda com a nova geração, pois ainda existem muitos professores que
possuem dificuldade em lidar com esta situação; preferem, em muitos casos, cumprir a parte
da lei estadual nº 5453, que versa sobre a proibição do uso dos celulares em sala de aula,
esquecendo a parte que menciona ser autorizada a utilização pedagógica.
Todavia, é preciso analisar atentamente a questão. Segundo o autor, tanto pode ser preciso
estabelecer restrições de uso desses dispositivos nas escolas, para permitir um melhor
andamento das acções pedagógicas e para “desligar” um pouco os alunos do ritmo frenético
da vida actual, como é possível tornar este equipamento um elemento de trabalho para o
desenvolvimento de diversos projectos educacionais.
Dessa maneira, fica bastante clara a necessidade do surgimento de uma “nova” pedagogia que
interaja com os recursos móveis digitais, de forma a promove a aprendizagem de modo
colectivo, em que o professor seja o mediador entre o conhecimento e o aluno, não mais o
detentor exclusivo do saber.
Para dar conta da nova pedagogia em que os educandos interagem cada vez mais com os
recursos tecnológicos, visando desenvolver competências e habilidades compatíveis com a
sociedade digital, é necessário mencionar que este processo deve ocorrer por meio de uma
aprendizagem realmente significativa. É importante reconhecer que a aprendizagem
significativa (independente do tipo) não quer dizer que a nova informação forma,
simplesmente, uma espécie de ligação com elementos preexistentes na estrutura cognitiva. Ao
contrário, somente na aprendizagem mecânica é que uma simples ligação, arbitrária e não
substantiva, ocorre com a estrutura significativa preexistente. Na aprendizagem significativa,
o processo de aquisição de informações resulta em mudança, tanto da nova informação
adquirida como no aspecto especificamente relevante da estrutura cognitiva ao qual essa se
relaciona. Ou seja, os conteúdos apreendidos pelos discentes devem ser capazes de modificar
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informações preexistentes e criar novas, de maneira que o professor actue como mediador
neste processo.
A utilização dos aplicativos móveis existentes nos smartphones pode romper com a visão
desenvolvida durante a pedagogia tradicional, a qual muitas escolas ainda carregam e é
elencada por Moran (1997), como sendo “uma das reclamações generalizadas de escolas e
universidades é de que os alunos não aguentam mais nossa forma de dar aula. Os alunos
reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando por horas” (p. 1).
Além de utilizar os recursos tecnológicos digitais (smartphones) para gerar uma aprendizagem
mais significativa, o professor precisa ter certeza que os processos de ensino-aprendizagem
perpassam pela construção do sentimento de afectividade entre educando e educador, sendo,
assim, extremamente importante, pois, um dos maiores desafios enfrentados na escola são
justamente as questões sócio afectivas e as estratégias de interacção com os alunos.
Buscando novas formas de ensinar, de modo a envolver o aluno nesse processo de ensino-
aprendizagem, favorecendo sua participação em sala, é possível pensar que os alunos devam
ser estimulados a produzir conhecimentos com o uso das novas tecnologias.
Moran (1997) afirma que as tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo,
que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de
representação da realidade, de forma mais abstracta ou concreta, mais estática ou dinâmica,
mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor
apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos
diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes.
O uso de novas tecnologias aplicadas ao ensino de Geografia é uma necessidade cada vez
mais presente na prática da educação escolar e o que levou o presente estudo a fazer uma
reflexão sobre os meios de transportes aéreo e marítimo, com o uso dos recursos tecnológicos,
disponíveis na internet: Google Maps, site das rotas dos aviões – Flightradar24 e rota dos
navios – Marine Traffic, uma vez que no mundo contemporâneo as revoluções culturais e
tecnológicas provocam incessantes mudanças nas organizações e no pensamento humano
revelando um novo universo no dia-a-dia das pessoas, de forma muito rápida.
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Diante desta realidade se faz necessário repensar as práticas pedagógicas na sala de aula. O
uso de recursos tecnológicos pode favorecer o aprofundamento de diversas disciplinas, em
particular a Geografia, pois o estudo do espaço geográfico como hoje é entendido requer a
apropriação de métodos diversos para o seu entendimento. Nessa direcção insere-se a
cartografia digital com destaque para o Google Maps, uma ferramenta gratuita na internet,
fornecida pela empresa Google, a qual disponibiliza um serviço de pesquisa e visualização de
mapas e imagens de satélites da Terra. Desse modo, o ensino da Geografia, bem como de
outras disciplinas, deve estar articulado com as ferramentas tecnológicas disponíveis na
escola. As Directrizes Curriculares da Educação Básica do estado do Paraná – disciplina de
Geografia, esclarece que a prática docente no ensino de Geografia também pode ser
viabilizada por instrumentos menos convencionais no quotidiano escolar que podem
enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.
Porém, percebe-se que o ensino de Geografia, na maioria das escolas, ainda é pautado na
tradicionalidade sem motivação, muitas vezes com aulas expositivas, apenas com o uso do
quadro de giz e livro didáctico.
Percebe-se que muitos recursos tecnológicos já se encontram nas escolas, no entanto, não se
percebem as mudanças que os mesmos podem proporcionar, pois segundo Moran (1997), as
tecnologias chegaram na escola, mas estas sempre privilegiaram mais o controle a
modernização da infra-estrutura e a gestão do que a mudança. Porém, acreditamos que essa
realidade pode mudar, uma vez que as novas tecnologias podem contribuir com os professores
na sua tarefa de transmitir conhecimento e desenvolver uma nova forma de ensinar, cada vez
mais criativa e dinâmica, como aponta Archela (2008), a necessidade de procurar caminhos
para trabalhar de uma forma mais criativa é tão importante para o professor quanto para os
alunos. Tais recursos permitem trabalhar os conteúdos da Geografia, a exemplo da
informática, que com o uso de programas computacionais e da internet, auxiliam o professor
em seu trabalho.
Neste contexto insere-se a cartografia digital com destaque para o Google Maps, uma
ferramenta gratuita na internet, fornecida pela empresa Google, a qual disponibiliza um
serviço de pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélites da Terra.
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Gehlen (2008) afirma que é importante que o uso das Geotecnologias se desmistifique, isto é,
seja incorporado em nossas práticas no quotidiano escolar. Deixar de incorporá – las significa
também não permitir que nossos alunos usufruam de recursos não lineares que auxiliam a
interacção, a assimilação e contextualização de múltiplas formas de expressão, linguagens e
saberes, bem como, na reflexão crítica sobre as relações sociedade e natureza no espaço
geográfico.
Desse modo, a cartografia não pode ser reduzida a um conteúdo pontual abordado tão
somente num dos anos/ séries do Ensino Fundamental ou Médio. [...] O uso da linguagem
cartográfica, como recurso metodológico, é importante para compreender como os fenómenos
se distribuem e se relacionam no espaço geográfico.
Contudo não se deve deixar para traz os tradicionais e sempre presentes mapas, desde que
sejam atuais, ou até mesmo a criação de maquetes para estimular a interacção com os alunos e
sua criatividade.
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Conclusão
Com esta pesquisa que constitui o trabalho chegou-se as seguintes conclusões que no mundo
contemporâneo, as novas tecnologias estão em todos os sectores da sociedade. A educação
não deixa de ser uma delas, uma vez que, a grande maioria dos nossos alunos possuem
diversas ferramentas tecnológicas, inserindo-as no seu quotidiano escolar. Desta forma, não
podemos ficar apenas usando os métodos tradicionais de ensino, devemos incrementar nossas
aulas, caminharmos ao passo das inovações tecnológicas que se apresentam na realidade de
nosso dia a dia.
Diante desta nova sociedade, formas inovadoras e reinvenções de antigas devem ser
amplamente utilizadas e debatidas, pois a necessidade consiste em desenvolver uma
metodologia interactiva que, no trabalho, foi chamada de grupo de estudo através do
aplicativo whatsapp e vai de encontro ao ensino híbrido.
A utilização dos métodos tradicionais de ensino deve ser mantida, mas com a visão e a acção
de um planeamento adequado e actualizado, aplicando novas ferramentas da informática, que
certamente somados produzirão resultados positivos na qualidade e melhoria do ensino da
Geografia nas escolas públicas de Moçambique.
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Referências bibliográficas
Archela, J. M. (2008). Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. (6ª Ed). Campinas, Brasil:
Papirus.
Gehlen, J. W. (2008). Para uma Geografia Crítica na escola. São Paulo, Brasil: Editora do
autor.
Moran, C. X. (1997). Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. (16ª ed). Campinas, Brasil:
aspiração.
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