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1. Introdução ............................................................................................................................... 4
2. Objetivos................................................................................................................................. 5
3. Metodologia ............................................................................................................................ 5
Nesta era digital, os dados geográficos são uma ferramenta essencial para enfrentar os
complexos desafios sociais, ambientais e econômicos que enfrentamos. Ao aproveitar o poder
dessas informações, podemos moldar um futuro mais sustentável, resiliente e equitativo para as
gerações futuras.
2. Objetivos
3. Metodologia
Para elaborar o presente trabalho, foi adotada uma abordagem fundamentada em revisão
bibliográfica. A pesquisa foi conduzida por meio da seleção e análise crítica de fontes
bibliográficas relevantes, cujos autores foram citados ao longo do texto e estão devidamente
listados nas referências bibliográficas. As referências foram obtidas por meio de bases de dados
acadêmicas, livros, artigos científicos e outros recursos confiáveis. A análise dos materiais
bibliográficos permitiu compreender as principais teorias, conceitos e abordagens relacionadas
ao tema em questão, proporcionando embasamento teórico para a construção do presente
trabalho.
4. Dados Geográficos
Dados geográficos são informações que descrevem características ou fenômenos relacionados
a locais específicos na superfície terrestre.
Eles podem incluir uma ampla gama de informações, como coordenadas geográficas (latitude
e longitude), altitudes, características físicas (como relevo e cobertura vegetal), dados
socioeconômicos (como densidade populacional e renda média) e qualquer outro atributo que
possa ser associado a uma localização geográfica (SILVA, R., 2002). A coleta de dados
geográficos envolve várias técnicas e métodos, incluindo:
Sistemas de Posicionamento Global (GPS): O GPS é uma tecnologia que utiliza uma rede de
satélites para determinar a localização precisa de receptores na Terra. Esses receptores podem
ser dispositivos portáteis, como smartphones, ou equipamentos mais sofisticados usados em
levantamentos topográficos e de mapeamento. O GPS é amplamente utilizado para coletar
dados de localização geográfica com alta precisão (SILVA, R., 2002).
Geotagging e Redes Sociais: Muitas plataformas online permitem que os usuários associem
informações geográficas, como fotos, postagens e check-ins, a locais específicos. Esses dados
podem ser úteis para entender padrões de comportamento humano e atividades em diferentes
locais geográficos.
4.1.1. Métricas
Quando nos referimos a "dados geográficos métricos", estamos falando de dados que envolvem
medidas quantitativas em unidades métricas (como metros, quilômetros, hectares, etc.) e estão
associados a características geográficas ou espaciais. Esses dados são comumente utilizados em
diversas áreas, como geografia, geologia, planejamento urbano, engenharia, entre outras
(QUEIROZ, G. R.; 2005).
4.1.2. Não-métricas
Os dados geográficos não-métricos são informações que descrevem características geográficas
ou espaciais que não podem ser quantificadas diretamente em unidades de medida métricas,
como metros ou quilômetros. (QUEIROZ, G. R.; 2005). Em vez disso, eles representam
atributos qualitativos ou categóricos associados a locais geográficos. Aqui estão alguns
exemplos de dados geográficos não-métricos:
Tipo de uso do solo: Descreve a classificação do uso do solo em uma determinada área,
como áreas urbanas, agricultura, florestas, áreas úmidas, entre outros.
Tipo de cobertura vegetal: Indica os diferentes tipos de vegetação que cobrem uma
determinada região, como floresta tropical, savana, vegetação rasteira, entre outros.
Clima: Representa as condições climáticas de uma área específica, como clima tropical,
clima árido, clima temperado, entre outros.
Tipo de habitat: Descreve os diferentes tipos de habitat encontrados em uma área,
como habitat de floresta, habitat de montanha, habitat de água doce, entre outros.
Uso da terra: Indica como uma área específica está sendo usada, como residencial,
comercial, industrial, recreacional, entre outros.
Fonte: https://www.infoescola.com/cartografia/dados-geograficos/
Fonte: https://www.infoescola.com/cartografia/dados-geograficos/
4.2.1. Modelo Vetorial
Por definição, vetores são elementos de dados que permitem descrever posição e direção. Em
SIG, um vetor é a representação gráfica de feições como mapa, sem o efeito de generalização
de uma grade matricial. As linhas são analógicas, isto é, não são quebradas em células ou em
fragmentos, mas são contínuas do seu início ao seu final. Portanto, a forma representada é mais
acurada, como um mapa real. De fato, os dados vetoriais são muito mais acurados do que os
dados matriciais (CÂMARA, G., 1995). Na imagem 1, o rio preserva suas curvas e as regiões
de floresta tem forma realística. A única limitação é a espessura das linhas usadas para
representar a feições. Também as casas não são normalmente mostradas em tamanho correto
(exceto para escalas muito grandes), e são consideradas feições pontuais e devem ser
representadas por meio de símbolos pontuais. Neste caso um símbolo quadrado. Os poços, da
imagem 2, são denotados por pontos na versão vetorial. Para os locais em que não há dados,
nada é introduzido e presume-se que não haja dados ou poços. O modelo vetorial parece ser
muito mais simples e mais fácil para a visualização do que o modelo matricial (SILVA, R.,
2002).
De forma similar ao mapa temático, no mapa cadastral a representação dos dados usualmente
se apresentam na forma vetorial e utiliza a topologia arco-nó-polígono para armazenamento dos
dados.
Este mapa deverá estar associado a categoria do modelo e similarmente ao modelo cadastral, o
processo de modelagem espacial é definido por objetos geográficos rede. Cada objeto
geográfico do mapa de rede (ex. cabo telefônico, transformador de rede elétrica, cano de água)
possui uma localização geográfica exata e está sempre associado a atributos descritivos,
presentes no banco de dados (DAVIS, C.; 2005).
Uma mapa de MNT pode ser armazenado na forma vetorial ou matricial. Na representação
vetorial a topologia pode ser do tipo arco-nó, com arcos que se conectam entre si através de nós
(ponto inicial e final) ou Grade Triangular (TIN), onde os arcos se conectam através de pontos
formando uma malha triangular. A representação matricial é do tipo grande retangular, na qual
uma área é dividida em células de tamanho fixo e cada célula tem o valor as superfície.
Ponto- Definido para toda entidade geográfica que pode ser localizada por um par de
coordenadas xy, é utilizada para representar a localização de um fenômeno geográfico, ou para
representar uma feição do mapa que é muito pequena para ser mostrada como uma área ou
linha. Exemplos: localização de uma cidade, uma pista de pouso, o pico de uma montanha ou
um ponto cotado (quando este além das coordenadas XY, tem-se um atributo Z, que pode ser a
cota altimétrica ou outro parâmetro qualquer).
Figura 3. Ponto
Fonte: CÂMARA, G. Representação Computacional de Dados Geográficos. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.;
CASANOVA, M. A.; QUEIROZ, G. R. D., eds., Bancos de Dados Geográficos: Curitiba, Editora MundoGEO,
2011.
Linha -Definida por no mínimo dois pares de coordenadas xy (dois pontos) é utilizada para
representar feições do mapa que são muito estreitas para serem mostradas como área ou que
teoricamente não têm espessura. Exemplos: um rio, uma rodovia, linha de costa de um
continente, uma linha de contorno ou um limite administrativo.
Figura 4. Linha
Fonte: CÂMARA, G. Representação Computacional de Dados Geográficos. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.;
CASANOVA, M. A.; QUEIROZ, G. R. D., eds., Bancos de Dados Geográficos: Curitiba, Editora MundoGEO,
2011.
Quando uma linha passa a ter um atributo Z qualquer, além das coordenadas XY dos pontos
que a constitui, é chamada de isolinha. Ao longo de uma isolinha todos os pontos têm o mesmo
valor de Z.
Áreas -Definidas como série de coordenadas (x,y), formando segmentos de linhas que fecham
uma área e freqüentemente representam-se elementos de área por polígonos. Exemplos:
extensão geográfica de uma cidade, um lago, uma área desmatada.
Fonte: CÂMARA, G. Representação Computacional de Dados Geográficos. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.;
CASANOVA, M. A.; QUEIROZ, G. R. D., eds., Bancos de Dados Geográficos: Curitiba, Editora MundoGEO,
2011.
4.5. Representações vetoriais
Os três elementos básicos são traduzidos em objetos geográficos com representações
conhecidas como Nós, Pontos, Arcos, Isolinhas, Ilhas, Linhas poligonais e Polígonos.
Dependendo dos objetos geográficos que serão representados nos mapas, os pontos
correspondem à arcos, nós, linhas poligonais, polígonos ou ilhas (DAVIS, C.; 2011).
Arco- padrões geológicos ou ambientais em forma de curva, como arcos de ilhas no Oceano
Pacífico, o arco alpino da Europa ou o arco de desmatamento na Amazônia. Essas formações
destacam-se por sua curvatura ao longo de extensões geográficas específicas (DAVIS, C.;
2011).
Figura 6. Conjunto de pontos interligados por segmentos de reta que começa e termina em um nó.
Fonte: CÂMARA, G. Representação Computacional de Dados Geográficos. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.;
CASANOVA, M. A.; QUEIROZ, G. R. D., eds., Bancos de Dados Geográficos: Curitiba, Editora MundoGEO,
2011.
Arcos são usados para modelar as fronteiras dos polígonos delimitando objetos que definem
áreas. Um nó é um tipo especial de ponto que tem por objetivo definir o ponto de interseção de
dois ou mais arcos. Dois polígonos adjacentes podem compartilhar o mesmo arco, desde que a
interseção das linhas seja delimitada pela presença de um nó.
Fonte: http://geoprocessamento-cartografia.weebly.com/linha-poligonal.html
Figura 8. Uma linha poligonal em que é atribuído um único valor z.
Fonte: http://geoprocessamento-cartografia.weebly.com/linha-poligonal.html
4.5.2. Topologia
Definida como a parte da matemática que estuda as propriedades geométricas que não variam
mediante uma deformação, especificamente o relacionamento espacial entre os objetos, como
por exemplo proximidade e vizinhança. Formas e coordenadas dos objetos são menos
importantes que os elementos do modelo topológico como conectividade, contiguidade e
continência. A definição da topologia explicita os relacionamentos espaciais entre os objetos
através de um processo matemático. A definição da topologia para um dado de modelo temático
ou cadastral, resulta na criação dos polígonos armazenando as informações das linhas, nós e
identificadores que os compõem, as linhas que são compartilhadas por diferentes polígonos e
as vizinhanças e circunscrividade entre eles (DAVIS, C.; 2011).
A topologia pode ser definida automaticamente durante a digitalização se, ao digitalizar uma
linha, um nó é inserido automaticamente quando intercepta outra linha ou termina a própria.
Uma vez definida a topologia, cada polígono poderá então ser associado a uma classe temática,
ou a um objeto do mapa cadastral, ou ainda de um segmento de um rede.
4.5.3. Digitalização
A digitalização é um processo que permite converter dados espaciais do meio analógico para o
digital permitindo a realização das operações típicas de análise espacial. A digitalização das
linhas pode ser por passo, introduzindo ponto-a-ponto, ou em modo contínuo, seguindo a feição
com freqüência de pontos a serem adquiridos definida através de um Fator de Digitalização.
Fator de Digitalização corresponde ao intervalo entre os pontos da linha a ser digitada.
O fator é dado normalmente em mm na escala do mapa que está sendo editado e deve ser
considerado o fato de a precisão cartográfica de mapas é da ordem de 0.3mm da escala do mapa.
Assim, um fator de digitalização menor que este valor estará fora do próprio limite de precisão
do mapa (DAVIS, C.; 2011).
Caso a definição de topologia seja automática, cada vez que um arco intercepta outro, um nó é
automaticamente definido, sendo ideal para digitalizar polígonos. Com topologia manual nós
ou quebras de linha devem ser explicitados pelo operador, sendo indicado para digitalizar linhas
que devem permanecer íntegros, mesma que outras a cruzem.
A digitalização pode ser realizada através de diferentes instrumentos, como por exemplo mesa
digitalizadora (o mais usual), dispositivos imageadores por varredura ou monitor de vídeo
(tela).
Pelo fato de que o valor ou código de uma célula representar todas as feições dentro de uma
grade, o modelo matricial não mantém corretos o tamanho, a forma ou a localização, para
feições individuais. O rio, por exemplo, de fato é mais estreito do que uma célula, mas somente
uma célula inteira pode ser codificada como rio, assim, o rio aparece mais largo do que
realmente é. Também se deve notar, a mudança na forma do rio, que se torna mais geométrica
do que sinuosa (curva) devido a sua representação por células quadradas (SCHWABE, D.,
2008).
As representações matricial (ou varredura) e vetorial não são exatamente equivalentes para um
mesmo dado havendo perda de precisão na transformação do formato vetorial para o formato
de varredura, uma vez que bordas contínuas são discretizadas de acordo com a resolução da
imagem de saída. Esta perda pode ser compensada pelo fato de que as operações de análise
geográfica no domínio varredura serem mais eficientes. A representação vetorial é a mais
adequada para identificar objetos, individualizáveis no terreno, onde se requer precisão. A
representação varredura por sua vez é mais adequada para fenômenos e grandezas que variam
continuamente no espaço (SCHWABE, D., 2008).
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-216-Representacao-vetorial-e-matricial-de-um-mapa-
tematico_fig3_268001377
Para elementos poligonais define-se a área a ser convertida e o tamanho do pixel, definindo
uma grade que é sobreposta ao mapa de polígono original. A cada pixel é associada uma classe,
considerando o centro do pixel e verificando em qual polígono este se encontra, associando ao
pixel, o valor de classe do polígono.
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-216-Representacao-vetorial-e-matricial-de-um-mapa-
tematico_fig3_268001377
As fronteiras são construídas entre os pixels: se a imagem original tem tamanho nxn, onde n é
o número de linhas e o número de colunas, a imagem binária terá tamanho (2n + 1) x (2n + 1).
Durante a conversão da imagem para o formato binário, detectam-se também os nós e, a seguir,
os contornos dos objetos são extraídos (vetorizados) da imagem binária e suavizados para
amenizar o "efeito de escada", característico da representação por varredura. Finalmente, os
polígonos e as relações espaciais (vizinhança e pertinência entre polígonos, e conectividade
entre arcos) são construídos (QUEIROZ, G. R.; 2005).
Mapeamento Geológico: Os dados geográficos são amplamente utilizados para criar mapas
geológicos, que representam a distribuição espacial de diferentes tipos de rochas, estruturas
geológicas, falhas, dobras e outras características. Esses mapas ajudam os geólogos a identificar
recursos minerais, avaliar riscos geológicos (como terremotos e deslizamentos de terra) e
planejar atividades de exploração e extração de recursos naturais.
Estudos Ambientais: Os dados geográficos são utilizados em estudos ambientais para analisar
e monitorar mudanças na paisagem, como desmatamento, erosão, desertificação e impactos da
atividade humana. Eles também ajudam a identificar áreas de risco ambiental, como zonas
costeiras suscetíveis à elevação do nível do mar, e a planejar medidas de mitigação e adaptação.
Pesquisa Científica: Os dados geográficos são utilizados em uma ampla gama de pesquisas
científicas em geologia, desde estudos de paleontologia e geocronologia até análises de
mudanças climáticas e evolução da paisagem ao longo do tempo geológico.
5. Conclusão
Os dados geográficos desempenham um papel vital em nossa compreensão e interação com o
mundo ao nosso redor. Através da coleta, análise e interpretação dessas informações, somos
capazes de desvendar padrões complexos, identificar tendências e tomar decisões informadas
em uma variedade de contextos. Ao longo deste trabalho, exploramos a importância dos dados
geográficos em diversas áreas, desde a ciência geográfica até a tomada de decisões em políticas
públicas e gestão ambiental. Uma das principais conclusões que emergem é que os dados
geográficos são uma ferramenta essencial para enfrentar os desafios do século XXI. No campo
da ciência geográfica, esses dados são fundamentais para o mapeamento e compreensão da
superfície terrestre, incluindo a distribuição de recursos naturais, fenômenos naturais, padrões
climáticos e ecossistemas. Eles também desempenham um papel crucial na modelagem e
previsão de eventos naturais, como desastres naturais e mudanças climáticas, permitindo uma
melhor preparação e resposta a esses eventos. Além disso, os dados geográficos são
fundamentais para a tomada de decisões em uma variedade de setores, incluindo planejamento
urbano, gestão de recursos naturais, agricultura, transporte, saúde pública e segurança. Eles
fornecem informações valiosas para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes,
planejamento de infraestrutura e serviços, e avaliação de impacto ambiental. Por exemplo, no
planejamento urbano, os dados geográficos são usados para analisar o crescimento
populacional, distribuição de habitação e transporte, contribuindo para o desenvolvimento de
cidades mais sustentáveis e resilientes. Os dados geográficos desempenham um papel
importante na promoção da equidade e justiça social. Eles podem ser usados para identificar
áreas de desigualdade socioeconômica, acesso desigual a serviços públicos e disparidades
ambientais, permitindo que os tomadores de decisão ajam para mitigar essas disparidades e
promover uma distribuição mais equitativa de recursos e oportunidades.
Em suma, os dados geográficos são uma ferramenta poderosa para compreender e moldar nosso
mundo. Ao aproveitar o potencial dessas informações e abordar seus desafios de maneira
responsável, podemos construir um futuro mais sustentável, resiliente e justo para as gerações
futuras.
Referências bibliográficas
AQUINO, F.; MATRICIANO, L.; NUNES M. Gestão das Informações Sísmicas. Anais do
VIII Simpósio de Geofísica da Petrobras, Vitória, 2001.
QUEIROZ, G. R.; FERREIRA, K. R. SGBD com Extensões Espaciais. In: CÂMARA, G.;
DAVIS, C.; CASANOVA, M. A.; QUEIROZ, G. R. D., eds., Bancos de Dados Geográficos:
Curitiba, Editora MundoGEO, 2005.
SILVA, R. Banco de dados geográficos: uma análise das arquiteturas dual (spring) e integrada
(oracle spatial). São Paulo: USP, 2002. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2002.