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Realizado por:
Cristiano Cesar Alves Sabatke nº33779
Julho, 2021
BRAGANÇA-PT
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJETO DA REDE PREDIAL DE ÁGUAS
RESIDUAIS
Cristiano Cesar Alves Sabatke, aluno de Engenharia Civil, portador do Cartão de Cidadão n.º
N602618N7, residente na Rua Adelino Amaro Costa, nº25, 1DR, Bragança, inscrito na ESTIG –
Escola Superior de Tecnologia e Gestão, sobre o n.º 33779, declara, para efeitos do disposto n.º1
do Artigo 10º do Decreto-Lei n.º555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo
Decreto-Lei nº136/2014, de 9 de Setembro, que o Projeto de Rede Predial de Drenagem de
Águas Residuais, de que é autor, relativo às obras de construção de uma habitação a levar a
efeito na aldeia de Samil situada na Zona Rural periférica de Bragança, cujo licenciamento foi
requerido pela Comissão de Curso de Engenharia Civil do Instituto Politécnico de Bragança,
observa as normas técnicas gerais e específicas da construção bem como as disposições legais e
regulamentares aplicáveis, designadamente o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e
Prediais de Distribuição de Águas e de Drenagem de Águas Residuais, aprovado pelo Decreto
Regulamentar nº23/1995 de 23 de Agosto e Regulamento Municipal.
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Lídia da Rocha Souza Lima, aluna de Engenharia Civil, portadora do Cartão de Cidadão n.º
18020199, residente, na Av. Sá Carneiro 278, 4 DRT, Bragança, inscrito na ESTIG – Escola
Superior de Tecnologia e Gestão, sobre o n.º 38136, declara, para efeitos do disposto n.º1 do
Artigo 10º do Decreto-Lei n.º555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo
Decreto-Lei nº136/2014, de 9 de Setembro, que o Projeto de Rede Predial de Drenagem de
Águas Residuais, de que é autor, relativo às obras de construção de uma habitação a levar a
efeito na aldeia de Samil situada na Zona Rural periférica de Bragança, cujo licenciamento foi
requerido pela Comissão de Curso de Engenharia Civil do Instituto Politécnico de Bragança,
observa as normas técnicas gerais e específicas da construção bem como as disposições legais e
regulamentares aplicáveis, designadamente o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e
Prediais de Distribuição de Águas e de Drenagem de Águas Residuais, aprovado pelo Decreto
Regulamentar nº23/1995 de 23 de Agosto e Regulamento Municipal.
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Índice de Ilustrações
Ilustração 1 - Distâncias máximas entre os sifões e as secções ventiladas para escoamento a secção
cheia....................................................................................................................................................... 9
Ilustração 2 - Caudais de cálculo de águas residuais domésticas em função dos caudais acumulados .... 11
Ilustração 3 - Esquema da inserção do Ramal de Ligação na rede pública do tipo directo ...................... 15
2.Sistema adotado
3.1.Ramal de descarga
Canalização que tem por finalidade a condução das águas residuais dos aparelhos sanitários
ou ralos para o tubo de queda, rede suspensa e coletores. Existem ramais de descarga individuais e
não individuais. Consideram-se individuais quando estes transportam as águas de um único aparelho
ou equipamento entre este e o sifão, ou tubo de queda, rede suspensa ou coletor. São não individuais
quando transportam as águas de mais do que um aparelho, ou seja, são os ramais que ligam os sifões
aos tubos de queda, rede suspensa ou coletores. Os ramais de descarga das águas das bacias de
retrete e das águas de sabão devem ser independentes.
3.2.Sifão
3.3.Tubos de Queda
Os tubos de queda têm por finalidade a condução das águas residuais domésticas, desde os
ramais de descarga até ao coletor predial, servindo simultaneamente, para ventilação das redes
predial e pública. Estes são prolongados até à sua abertura na atmosfera, e com taxas de ocupação
de acordo com o regulamento, de forma a assegurar a ventilação primária. O traçado destes é
vertical e foi sempre que possível num único alinhamento reto. Quando tal não foi possível, as
mudanças de direção foram efetuadas por curvas de concordância. Existem bocas de limpeza com
diâmetro igual ao do respetivo tubo de queda, nas mudanças de direção próximas das curvas de
concordância e na vizinhança da mais alta inserção dos ramais de descarga no tubo de queda.
3.4.Colector predial
O coletor predial destina-se a recolher as águas provenientes dos tubos de queda e a conduzi-
las para o ramal de ligação à rede pública de drenagem de águas residuais domésticas. Estes serão
enterrados e o seu traçado é retilíneo, tanto em planta como em perfil, existem câmaras de inspeção
no seu início, em mudanças de direção e em confluências.
3.5.Câmaras de inspeção
3.7.Ramal de Ligação
O ramal de ligação tem por finalidade a condução das águas residuais prediais, desde a câmara
de ramal de ligação até à rede pública. O seu traçado deve ser retilíneo, tanto em planta como em
perfil.
Ilustração 1 - Distâncias máximas entre os sifões e as secções ventiladas para escoamento a secção
cheia
4.3.Caudais acumulados
Os caudais acumulados dos ramais de descarga não individuais, correspondem à soma dos
caudais de descarga individuais, de cada aparelho que nele conflui.
4.4.Caudais de cálculo
Os caudais de cálculo dos ramais de descarga não individuais, são calculados com base no
gráfico do Anexo XV do R.G.S.P.P.D.A.D.A.R., onde é considerado um coeficiente de simultaneidade
de funcionamento dos aparelhos, e que é traduzido a seguinte fórmula.
Qc = 7,3497 Qa0,5352
Apenas se utiliza para ramais em que confluem 2 ou mais aparelhos, devido à possibilidade do
funcionamento não simultâneo da totalidade dos aparelhos. Para ramais em que tal não se verifica,
o caudal de cálculo, é igual ao caudal acumulado, ou seja, ao caudal de descarga individual do
aparelho em causa.
4.5.Diâmetro de cálculo
Visto que os ramais de descarga não individuais, são dimensionados para escoamento a meia
secção, o seu diâmetro de cálculo, é calculado através da fórmula de Manning-Strickler, para
escoamentos a meia secção:
Q3 8
D=
0,4980 K 3 8 i 3 16
K - Rugosidade da tubagem, [m
13
/ s −1 ]
4.6.Sifões
O diâmetro dos sifões, a instalar nos diferentes aparelhos e equipamentos sanitários, não
devem ser inferiores aos indicados no Anexo XVI do R.G.S.P.P.D.A.D.A.R., nem exceder os dos
respetivos ramais de descarga.
O fecho hídrico dos sifões não deve ser inferior a 50mm nem superior a 75mm. Devem ser
instalados verticalmente, de modo a manter-se o seu fecho hídrico, e colocados em locais acessíveis
para facilitar as operações de limpeza e manutenção.
Quando não incorporados nos aparelhos sanitários, os sifões devem ser instalados a uma
distância não superior a 3m daqueles.
Qc
Dmín =
2,5
A taxa de ocupação nos tubos de queda, deve obedecer aos limites impostos pelo Anexo XVII,
do R.G.S.P.P.D.A.D.A.R., para que a ventilação primária, em conjunto com as regras anteriormente
descritas, seja verificada.
Diâmetro Taxa de
[mm] ocupação, ts
50 1/3
75 1/4
90 1/5
110 1/6
125 1/6
140 1/7
160 1/7
200 1/7
250 1/7
4.8.Colectores Prediais
O diâmetro nominal dos coletores prediais, não pode ser inferior ao maior dos diâmetros das
canalizações a eles ligadas, com um mínimo de 100 mm. A sua secção não pode diminuir no sentido
do escoamento. Quanto à inclinação, esta deve situar-se entre 10 e 40 mm/m. O escoamento pode
ocorrer, no máximo, a meia secção.
No dimensionamento dos coletores prediais, foram considerados os caudais de cálculo, a
inclinação dos coletores e a rugosidade do material (PVC). Os coletores foram dimensionados,
considerando escoamento a meia secção.
Os caudais de cálculo são obtidos da mesma fórmula que foi usada para os tubos de queda e
ramais não individuais. Considerando os caudais acumulados das canalizações que neles convergem
e através da fórmula apresentada em baixo, é considerada a simultaneidade de funcionamento dos
aparelhos.
Qc = 7,3497 Qa0,5352
Os diâmetros dos coletores foram obtidos pela fórmula de Manning-Strickler, para escoamento
a meia secção:
Q3 8
D=
0,4980 K 3 8 i 3 16
K - Rugosidade da tubagem, [m
13
/ s −1 ]
4.9.Câmaras de Inspeção
As câmaras de inspeção, devido a possuírem alturas inferiores a 1m, dispensam-se os
dispositivos de acesso. A dimensão mínima em planta das câmaras de inspeção, para alturas
inferiores a 1m, não deve ser inferiora 0,8 da sua altura, medida da soleira ao pavimento. As câmaras
consecutivas, não devem distar entre si mais de 15m. É obrigatória a implantação de câmaras de
visita nas confluências de coletores, em mudanças de direção, inclinação e de diâmetros, dos
coletores.
4.11.Ramal de Ligação
As redes de drenagem de águas residuais domésticas dos edifícios abrangidos pela rede
pública, que é o caso do edifício em estudo, devem ser obrigatoriamente ligadas a esta por ramais
ligação.
O caudal de cálculo do ramal de ligação foi calculado da mesma forma que os caudais de cálculo
da rede de coletores. Considerando o caudal acumulado do coletor que nele converge e através da
fórmula apresentada em baixo, é considerada a simultaneidade de funcionamento dos aparelhos,
conhecendo-se assim o caudal de cálculo.
A inclinação do ramal de ligação não deve ser inferior a 10mm/m, sendo aconselhável que este
esteja entre 20 a 40 mm/m. O ramal de ligação do edifício foi dimensionado com 20mm/m de
inclinação.
A altura de escoamento não deve exceder meia secção, independentemente de o sistema
público ser separativo ou unitário.
O diâmetro nominal mínimo admitido nos ramais de ligação é de 125mm.
A inserção do ramal de ligação na rede de drenagem pública, de acordo com o Artigo 151˚ do
R.G.S.P.P.D.A.D.A.R., pode fazer-se:
• Nas câmaras de visita ou, direta ou indiretamente, nos coletores.
• A inserção direta dos ramais de ligação nos coletores só é admissível para diâmetros destes
últimos superiores a 500mm e deve fazer-se a um nível superior a dois terços de altura daquele.
• Por meio de forquilhas simples com um ângulo de incidência igual ou inferior a 67˚30’, sempre
no sentido do escoamento, de forma a evitar perturbações na veia líquida principal. Através da
aplicação um “tê”, desde que a altura da lâmina líquida do coletor se situe a nível inferior ao da lâmina
líquida do ramal.
5.Tubagem
No dimensionamento da rede de drenagem de água residuais, foi utilizada uma tabela de
diâmetros genéricos de tubagem (apresentada abaixo), pelo que alguns catálogos comerciais
possam apresentar pequenas variações em relação aos valores genéricos nos diâmetros interiores
de tubos com o mesmo diâmetro nominal. Optou-se por usar esta tabela, pela dificuldade em
arranjar catálogos comerciais com a totalidade dos valores e características necessárias ao
dimensionamento realizado.
6.Ensaios de Rede
É obrigatória a realização de ensaios de estanquidade e de eficiência, para assegurar o correto
funcionamento da rede de drenagem de águas residuais.
Neste ensaio o sistema é submetido a uma injeção de ar ou fumo à pressão de 400 Pa, cerca de
40 mm de coluna de água, através de uma extremidade, obturando-se as restantes ou colocando
nelas sifões com o fecho hídrico regulamentar. Não se deve verificar qualquer variação de pressão,
durante pelo menos 15 minutos. No caso de ser utilizado ar em vez de fumo, deve adicionar-se
produto de cheiro ativo, como por exemplo hortelã, para facilitar a localização de fugas.
Neste ensaio submetem-se os coletores prediais a uma carga igual à resultante de eventual
obstrução. Tamponam-se os coletores e cada tubo de queda é cheio de água até à cota
correspondente à descarga do menos elevado dos aparelhos que nele descarregam. Nos coletores
6.3.Ensaio de eficiência
- Sebenta da Unidade Curricular de Física e Tecnologia das Construções II, presente na plataforma
virtual.ipb, fornecida pela Docente Maria Isabel Abreu.
- Manual dos Sistemas Prediais de Distribuição e Drenagem de Águas, Vítor M. Ramos Pedroso,
LNEC 2000.
- Rodrigues, José Alves, Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de
Água e de Drenagem de Águas Residuais, Aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 23/95, de
Agosto, com Remissões Relativas à Integração dos Respetivos Artigos (R.G.S.P.P.D.A.D.A.R.),
Editora Rei dos Livros, 5.ªEdição (2004).