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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECANICA

PROJECTO MECÂNICO

TEMA:

Accionamento de um transportador de cadeia

Discente: Docentes:
Mussumarque, Beatriz Manuel Prof.Dr.Eng˚.Rui Vasco Sitoe

Mocomoque, Domingos Júlio

Maputo, Junho de 2012


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Projecto Mecânico

PROJECTO DE ACCIONAMENTO
TRANSPORTADOR DE
CADEIA

Discente: Docentes:

Mussumarque, Beatriz José Manuel Prof. Dr. Engº. Rui Vasco Sitoe

Engº. Mocomoque Julio

Maputo, Junho de 2012

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. ii


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Indice
LISTA DE TABELAS................................................................................................................................. vi
LISTA DE SIMBOLOS..............................................................................................................................vii
ENUNCIADO DA TAREFA TÉCNICA ..................................................................................................xiii
Esquema Cinemático .................................................................................................................................xiii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1
2. OBJECTIVOS........................................................................................................................................... 2
2.1 Objectivos gerais................................................................................................................................. 2
2.2 Objectivos específicos ........................................................................................................................ 2
3.MÉTODO USADO.................................................................................................................................... 2
4.CÁLCULO CINEMATICO DO ACCINAMENTO E ESCOLHA DO MOTOR ELÉCTRICO.............. 2
4.1.Cálculo da potência, frequência de rotação e dimensões da roda estrelada........................................ 3
Cálculo da força de ruptura....................................................................................................................... 3
Diâmetro da circunferência divisora da roda motriz................................................................................. 4
Potência requerida para o cálculo do motor eléctrico ............................................................................... 4
4.3.DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA EM CADA VEIO DO ACCIONAMENTO............................... 8
Veio do motor eléctrico......................................................................................................................... 8
Veio movido da transmissão por correia/entrada do redutor ................................................................ 8
Veio de saída no redutor ....................................................................................................................... 8
Potência utíl .......................................................................................................................................... 8
4.4.FREQUÊNCIAS DE ROTAÇÃO DOS VEIOS................................................................................. 9
Veio do motor eléctrico......................................................................................................................... 9
Veio movido de transmissão por correia e entrada do redutor.............................................................. 9
Veio de saída da transmissão do redutor............................................................................................... 9
4.5.Cálculo do torque de todos os veios de transmissão ........................................................................... 9
Veio do motor eléctrico......................................................................................................................... 9
Veio movido de transmissão por correia /entrada do redutor ............................................................... 9
Veio de saída no redutor ....................................................................................................................... 9
Executivo da transmissão...................................................................................................................... 9
5.RESULTADOS DO CÁLCULO CINEMÁTICO DO ACCIONAMENTO......................................... 9
6.CÁLCULO DA TRANSMISSÃO POR CORREIA PLANA ................................................................. 10
6.1.Informações gerais ............................................................................................................................ 10

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6.2. Materiais para a correia plana ...................................................................................................... 11


6.2.Dados da transmissão por correia ..................................................................................................... 11
6.3.Cálculo do diâmetro da polia menor ................................................................................................. 11
6.4.Cálculo da velocidade linear da correia ............................................................................................ 12
6.5.Cálculo do diâmetro aproximado da polia movida ........................................................................... 12
6.6.Valor corrigido da relação de transmissão........................................................................................ 12
6.7.Cálculo da distância inter-axial......................................................................................................... 12
6.8.Calculo do Ângulo de abraçamento da polia menor ......................................................................... 13
6.9.Cálculo do comprimento da correia .................................................................................................. 13
6.10.Calculo da frequência de passagem ................................................................................................ 13
6.11.Cálculo da tensão admissível útil.................................................................................................... 14
6.12.Determinação da força sobre os veios............................................................................................. 15
6.13.Escolha do material das Polias e dimensionamento das polias....................................................... 16
Parâmetros da transmissão por correia plana, em mm................................................................................ 17
7.CÁLCULO DO PROJECTO DE ENGRENAGENS .............................................................................. 18
7.1.Cálculo do projecto de engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais.............................................. 18
7.1.1.Escolha do material e tipo de tratamento térmico para as rodas .................................................... 19
7.1.2.Determinação das tensões admissíveis de contacto ....................................................................... 19
7.1.3.Calculo projectivo da transmissão a fadiga por contacto............................................................... 21
Determinação do diâmetro primitivo do pinhão ..................................................................................... 21
7.1.4.Calculo das tensões admissíveis de flexão..................................................................................... 25
7.1.5.Cálculo testador da transmissão a fadiga ....................................................................................... 27
Cálculo testador da transmissão pela resistência á fadiga por contacto.................................................. 27
Cálculo da força tangencial específica.................................................................................................... 28
7.1.6.Cálculo do erro............................................................................................................................... 29
7.1.7.Cálculo testador a fadiga por tensões de flexão ............................................................................. 29
7.1.8.Cálculo da resistência ao contacto sob acção da carga máxima. ................................................... 31
7.1.9.Cálculo da Geometria da transmissão................................................................................................ 32
7.1.10.Cálculo de forças da transmissão ..................................................................................................... 33
7.1.11.Valores do Cálculo testator .............................................................................................................. 34
8.CALCULO PROJECTIVO DOS VEIOS ................................................................................................ 34
8.1. Informações gerais, materiais e metodologia de cálculo projectivo dos veios ............................... 34
Esquema espacial dos veios .................................................................................................................... 37

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8.2.Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios..................................................... 38


8.2.1.Calculo aproximado do veio da polia motora (veio 1)................................................................... 38
8.2.2.Calculo aproximado do veio da polia movida (entrada do redutor, veio 2).................................... 38
8.2.3.Escolha preliminar dos rolamentos ................................................................................................ 39
8.2.4.Calculo das reacções de apoio ....................................................................................................... 43
Cálculo de forcas no plano XZ ...................................................................................................... 44
Esforços internos no veio movida no plano XZ.......................................................................................... 44
Cálculo das forças no plano YZ.......................................................................................................... 46
Esforços internos no veio do pinhão no plano YZ.............................................................................. 47
Cálculo do momento torsor no veio de entrada .................................................................................. 47
8.2.5.Diagrama dos momentos flectores................................................................................................. 47
Cálculo testador do veio de entrada ........................................................................................................ 48
8.3.Calculo aproximado do veio de saída do redutor (veio 3) ................................................................ 49
8.3.1.Determinação das reacções de apoio................................................................................................ 51
Esforços no veio de saída no plano XZ............................................................................................... 53
Esforços internos no veio movida no plano XZ.................................................................................. 53
Esforços internos no veio movido no plano YZ.................................................................................. 54
Momento torsor no veio de saída........................................................................................................ 56
8.3.2.Diagrama dos momentos flectores resultantes................................................................................... 57
9.CÁLCULO TESTADOR DOS ROLAMENTOS.................................................................................... 59
9.1.Cálculo da capacidade de carga estática dos rolamentos .................................................................. 59
9.2.Calculo a capacidade de carga dinâmica dos rolamentos ................................................................. 59
9.2.1.Cálculo dos rolamentos para o veio de entrada do redutor ............................................................ 61
9.2.2.Cálculos dos rolamentos do veio de saída do redutor .................................................................... 62
10.CONSTRUCAO DO CORPO E TAMPA DO REDUTOR .................................................................. 64
11.CALCULO TESTADOR DOS VEIOS DO REDUTOR....................................................................... 66
11.1.Calculo testador a fadiga dos veios................................................................................................. 66
11.1.1.Cálculo de controlo a fadiga do veio de entrada do redutor......................................................... 67
11.1.2.Cálculo do controlo a fadiga do veio de saída do redutor............................................................ 68
11.2.Cálculo testador a carga estática ................................................................................................. 70
11.2.1.Cálculo de controlo à carga estática do veio de entrada no redutor............................................. 70
11.2.2.Cálculo de controlo à carga estática do veio de saída do redutor ................................................ 70
11.3.Cálculo testador a rigidez dos veios .......................................................................................... 71

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11.3.1.Cálculo testador a rigidez do veio de entrada do redutor............................................................. 71


11.3.2.Cálculo testador da rigidez no veio de saída do redutor ........................................................... 72
11.4.CALCULO TESTADOR AS VIBRAÇÕES ..................................................................................... 75
12.CÁLCULO DE LUBRIFICAÇÃO........................................................................................................ 76
13.CÁLCULO E ESCOLHA DAS CHAVETAS....................................................................................... 78
14.CÁLCULO TESTADOR DA UNIÃO DE VEIOS ............................................................................... 81
FUNDAMENTOS ...................................................................................................................................... 83
15.CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ............................................................................................... 84
16.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 85

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1:Esquema cinemático...................................................................................................... xiii
Figura 2:Parametros geométricos da correia plana....................................................................... 15
Figura 3:Polia................................................................................................................................ 17
Figura 4:Representação das forças na transmissão....................................................................... 33
Figura 5:Vista espacial das engrenagens do accionamento .......................................................... 37
Figura 6:Dimensões para o projecto do veio do pinhão ............................................................... 38
Figura 7:Representacao dos rolamentos cónicos .......................................................................... 40
Figura 8:Dimensões principais do pinhão cilíndrico helicoidal ................................................... 43
Figura 9:Forças no plano XZ para o pinhão ................................................................................. 44
Figura 10:Forças no plano YZ no pinhao ..................................................................................... 46
Figura 11:Momentos flectores nos dois planos no veio de entrada .............................................. 48
Figura 12:Dimensoes principais no veio de entrada ..................................................................... 50
Figura 13:Dimensões principais para o veio de saida................................................................... 52
Figure 14:Forças no plano XZ para o veio de saida ..................................................................... 53
Figura 15:Forças no plano XZ para o veio movido ...................................................................... 54
Figura 16:Diagrama do momento flector nos 2 planos no veio de saída...................................... 57
Figura 17:Esboço do corpo redutor............................................................................................... 66
Figura 18:Deslocamentos e inclinação no plano ZX do veio de saída ......................................... 72
Figura 20:Deslocamento e inclinação no plano YZ no veio movido............................................ 74
Figura 21:Dimensões principais da chaveta ................................................................................. 79
Figura 22:União elástica com invólucro toroidal.......................................................................... 82

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LISTA DE TABELAS
Tabela 1:Escolha do motor ............................................................................................................. 5
Tabela 2:Primeira tentativa para a escolha da relação de transmissão .......................................... 6
Tabela 3:Segunda tentativa para a escolha da relação de transmissão ........................................... 7
Tabela 4:Paramétros escolhidos...................................................................................................... 8
Tabela 5:Resultados do cálculo Cinemático ................................................................................... 9
Tabela 6: Parâmetros da transmissão por correia plana................................................................ 18
Tabela 7:Escolha do material, tratamento térmico para as rodas dentadas................................... 19
Tabela 8:Parametros da transmissão por engrenagem de dentes helicoidais................................ 34
Tabela 9:Valores do cálculo testator............................................................................................. 34
Tabela 10:Dimensões do veio de entrada ..................................................................................... 42
Tabela 11:Dimensões do rolamento para o veio de entrada ......................................................... 61
Tabela 12: Dimensões do rolamento para o veio de saída............................................................ 62
Tabela 13:Deslocamento e inclinação na união no plano XZ....................................................... 72
Tabela 14: Momentos de inercia................................................................................................... 72
Tabela 15:Deslocamento e inclinação na união no plano XZ....................................................... 74
Tabela 16:Parametros da chaveta do veio do pinhão.................................................................... 80
Tabela 17:Parametros da chaveta do veio de saída do redutor ..................................................... 80
Tabela 18:Parametros da chaveta da união de veios..................................................................... 80
Tabela 19: Dimensões da união .................................................................................................... 81

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LISTA DE SIMBOLOS
  Ângulo de abraçamento da polia menor  ;

  Ângulo de pressão normal  ;

  Expoente de cálculo;

  Ângulo entre os ramais da correia  ;

  Ângulo de inclinação dos dentes da engrenagem helicoidal  ;

  Erro

   Coeficiente de sobreposição frontal;

   Coeficiente de sobreposição axial

  Espessura do corpo do redutor mm  ;

 1  Espessura da tampa do corpo do redutor mm  ;

   Coeficiente de sensibilidade do material à assimetria do ciclo de variação das tensões normais;

   Coeficiente de sensibilidade do material à assimetria do ciclo de variação das tensões


tangenciais;

 bd  Coeficiente de largura do pinhão relativamente ao diâmetro médio;

 1  Limites da fadiga a flexão do material Mpa ;

 1  Limites de fadiga ao cisalhamento do material Mpa ;

 a  Amplitude das tensões normais Mpa ;

  Tensão normal Mpa ;

 eq  Tensão equivalente Mpa ;

 esm  Tensão de esmagamento Mpa ;

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 esm   Tensão admissível de esmagamento Mpa ;


 t   Tensão admissível útil Mpa ;
 r  Limite de ruptura do material Mpa ; ;

 e  Limite de escoamento do material Mpa ;

 HC   Tensão de contacto admissível Mpa ;


 FC   Tensão de flexão admissível Mpa ;
 H lim  Tensão limite de contacto Mpa ;

 0 H lim  Tensão limite de fadiga das superfícies dos dentes correspondente ao número básico de
variação das tensões Mpa ;

 F lim  Tensões admissíveis de flexão Mpa ;

 0 F lim  Tensão limite de fadiga dos dentes a flexão correspondente ao numero básico de variação
das tensões Mpa ;

   Tensão de cisalhamento admissível Mpa ;


 a  Amplitude das tensões tangenciais Mpa ;

cor  Rendimento da correia Mpa ;

 g  Rendimento geral;

uni  Rendimento da união de veios;

 rol  Rendimento do rolamento;

 Hv  Força dinâmica tangencial específica N / mm ;

a  Distância interaxial mm;

aw  Distância interaxial de trabalho mm;

B  Largura da polia mm;

C0  Capacidade de carga estática calculada N ;

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C0   Capacidade carga estática admissível N ;


C  Coeficiente de abraçamento da polia menor;

Cirr  Coeficiente de irregularidade de distribuição da carga entre duas cadeias paralelas;

Cv  Coeficiente que tem em conta a velocidade da correia;

D0  Diâmetro primitivo da roda estrelada mm;

d rol  Diâmetro do rolamento mm;

Dv  Diâmetro do veio do motor eléctrico mm;

d w  Diâmetro primitivo mm;

E  Módulo de elasticidade Mpa ;

F  Força sobre os veios N ;

F0  Força inicial

Fax  Força axial;

Funi  Força que actua na união dos veios;

Fr  Força de ruptura da cadeia;

HB  Dureza do material Mpa  ;

K ano  Coeficiente de utilização durante o ano;

K D  Coeficiente de rugosidade;

K d  Coeficiente de carga dinâmica;

K dia  Coeficiente de utilização durante o dia;

K F  Coeficiente de escala;

K F  Coeficiente que leva em conta a distribuição da carga entre os dentes;

K F  Coeficiente que leva em conta a distribuição da carga pela largura da roda dentada;

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K H  Coeficiente que leva em conta a distribuição da carga entre pares de dentes em engrenamento
simultâneo;

K H   Coeficiente que leva em conta a irregularidade da distribuição da carga pela largura dos
dentes;

K FC  Coeficiente que toma em conta a dureza das superfícies activas dos dentes das engrenagens;

K Fd  Coeficiente que leva em conta a influencia do endurecimento por deformação ou do


tratamento electroquímico da superfície de transição dos pés dos dentes;

K FV  Coeficiente que leva em conta a carga dinâmica que surge no engrenamento;

K Fg  Coeficiente que leva em conta a influencia da rectificação da superfície de transição dos pés
dos dentes

K XF  Coeficiente que leva em conta as dimensões da roda dentada

K HL  Coeficiente de longevidade;

g  Aceleração de gravidade m / s 2 ;

g 0  Coeficiente que leva em conta a influencia da variação dos passos circulares no engrenamento

da roda movida;

Pn  Passo normal;

Pt  Passo tangencial;

l  Comprimento da correia;

L  Tempo de vida do rolamento, em milhões de revolução;

lC  Comprimento de cálculo da chaveta;

m  Massa kg ;

n  Velocidade de rotações rpm  ;

P  Potência kW  ;

PC  Potência de cálculo kW  ;

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R  Raio da chaveta mm  ;

S  Coeficiente de segurança;

S F  Coeficiente de segurança

S  Coeficiente de segurança de resistência a fadiga para tensões de flexão;

S  Coeficiente de segurança de resistência a fadiga para tensões de tangenciais;

S H  Coeficiente que considera o tipo de tratamento térmico dos materiais da transmissão;

S max  Esforço máximo na cadeia;

tci  Tempo de trabalho da engrenagem durante a acção do torque T2 i ;

Tnom  Torque nominal no veio;

u  Relação de transmissão;

ug  Relação de transmissão geral;

X  Factor de carga radial;

Y0  Coeficiente de carga radial;

X 0  Coeficiente de carga axial;

Y  Factor de carga axial;

Y  Coeficiente que leva em conta a inclinação dos dentes;

Y  Coeficiente que leva em conta a sobreposição dos dentes;

Yr  Coeficiente que leva em conta a rugosidade da superfície de transição dos pés dos dentes.

YS  é o coeficiente que leva em conta o gradiente da sensibilidade do material e a concentração


das tensões.

Z  Coeficiente que toma em conta o comprimento de contacto dos dentes;

Z H  Coeficiente que toma em conta a forma das superfícies conjugadas dos dentes no pólo de
engrenamento;

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Z M  Coeficiente que leva em conta o comprimento da linha de contacto dos dentes;

ZR  Coeficiente que leva em conta a rugosidade das tensões dos dentes conjugados;

ZV  Coeficiente que leva em conta a velocidade tangencial das rodas;

Z1 ou Z3  Número de dentes do pinhão;

Z 2 ou Z 4  Número de dentes da roda movida;

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ENUNCIADO DA TAREFA TÉCNICA

Esquema Cinemático

Figura 1:Esquema cinemático

Legenda

1.Motor eléctrico

2.Correia Plana

3.Redutor de Engrenagens Helicoidais

4.União elástica com involucro toroidal

5. Rodas estrelada motrizes do transportador

6.Cadeia transportadora

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

\Dados

Ft  4kN

P  80mm (Passo da cadeia)

v  0,8m / s (Velocidade linear do accionamento)

Z  8 (Numero de dentes da roda estrelada)

L  4anos (Longevidade do accionamento)

O tempo de vida da transmissao e de 4 anos e o grafico de carregamento e o numéro 1.

Coeficiente de utilizacao durante o dia

numero de horas de trabalho durante o dia 16


K dia    0,66
24 24

Coeficiente de utilizacao durante o ano

numero de horas de trabalho durante o ano 240


K ano    0,66
365 366

Gráfico das cargas médias


Gráfico 1

O tempo de

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

trabalho do mecanismo durante todo o período de vida, “L” anos é dado por:
t  365  24  K dia  K ano  L
t  365  24  0,66  0,66  4  15264horas

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

1. INTRODUÇÃO
Projectar consiste em formular um plano para a satisfação de uma necessidade quanto em
solucionar um problema. Se tal plano resultar na criação de algo tendo uma realidade física,
então o produto deverá ser funcional, seguro, competitivo, utilizável, manufacturável e mercavel.
Um projecto é um processo iterativo com muitas fases iterativas. O projecto mecânico é uma
tarefa complexa que requer diversas habilidades. É também um processo que envolve tomadas de
decisões, para aplicação prática. Neste âmbito, a resolução da maioria dos projectos de máquinas
não se apresenta uma correcta e única solução. Existe um grande número de soluções
trabalháveis, nenhuma das quais poderiam ser chamadas de incorrectas. Mas dentre as soluções
correctas, algumas são obviamente melhores do que as outras porque elas reflectem, por exemplo
um conhecimento sofisticado da tecnologia, o conceito de projecto básico mais engenhoso, uma
utilização da tecnologia mais económica e efectiva, uma aparência mais sofisticada .

Em geral a tarefa, mais difícil na elaboração do projecto é determinar com precisão todos os
esforços exercidos sobre a máquina. Se os esforços fossem conhecidos, as tensões poderão ser
calculadas. O mais provável é descobrirmos que a primeira tentativa fracassa pode ser porque o
material não suporta o nível de tensão apresentado. Devemos então reprojectar as peças (iterar)
alterando o formato, as medidas os materiais, o processo de fabricação ou outros para alcançar
um projecto aceitável. Geralmente não é possível alcançar um resultado bem sucedido sem fazer
algumas iterações ao longo da elaboração do projecto.

Um dos problemas com este accionamento é o facto de que, as cadeias serem ruidosas, e para o
presente projecto tem-se um passo grande da cadeia haverá então surgimento de elevadas cargas
dinâmicas e ruídos o que pode trazer problemas auditivos para funcionários ao longo do tempo.

Uma das formas de evitar acidentes humanos neste tipo de transportador é a manutenção devido
a lubrificação e regulação depois de desligar o motor eléctrico. E também importante colocar
avisos para evitar o accionamento de equipamentos inadvertidamente o que pode causar
acidentes. Não obstante, a verdadeira falha pode ser decorrente do desgaste dos rolos nos pinos
ou da fadiga das superfícies desses rolos.

Este accionamento transportador de cadeia será usado no processamento de açúcar na Maragra.

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

2. OBJECTIVOS

2.1 Objectivos gerais


Consolidar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas anteriores com mais particularidade a
disciplina de elementos orgânicos de máquinas.

2.2 Objectivos específicos


Projectar um accionamento de um transportador de cadeia com os parâmetros cinemáticos dados,
que será usado na indústria de processamento de açúcar.

3. MÉTODO USADO

O presente projecto a metodologia usada inicia -se pelo cálculo cinemático de accionamento que
comporta o cálculo da potência efectivamente desenvolvida pelo motor eléctrico, escolha do
motor eléctrico, determinação da relação de transmissão geral do accionamento e sua partição
pelo escalão de redução e determinação de potencias e torque sobre todos veios de
accionamento.

Depois faz-se o cálculo dos parâmetros geométricos da transmissão por correia plana. Uma vez
obtido a relação de transmissão no escalão faz-se o cálculo projectivo das engrenagens que se
começa com a escolha do material de acordo com as características de funcionamento, para
atender aos critérios de capacidade de trabalho do mesmo. A seguir faz-se o calculo dos veios,
escolha dos rolamentos, esboço do corrpo redutor e o calculo das chavetas,

4. CALCULO CINEMATICO DO ACCINAMENTO E ESCOLHA DO


MOTOR ELÉCTRICO
O calculo cinemático dos accionamentos inicia pelo calculo da potencia e dimensões principais
da roda estrelada de saída onde neste caso e o órgão executivo, a seguir calcula-se o rendimento
geral da transmissão que servira para escolher o motor eléctrico ideal através de tentativas. O
motor ideal será aquele que terá acarretara menos custos para a sua instalação, e um motor rápido
já que o mesmo esta ligado a uma correia, mas isto sem prejudicar a potencia necessária ao órgão
executivo.

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4.1. Cálculo da potência, frequência de rotação e dimensões da roda estrelada


Para a escolha da cadeia, a ser usada depende da força de ruptura, e esta varia em função das operações
próprias a cada caso. Isto é, a carga de ruptura pode variar tendo em conta o ambiente de funcionamento
da máquina.

P  K S  Ft  v 1
K S  1...1,2 (Coeficiente de segurança para o cálculo da potência)

Toma-se , K S  1,1 tendo em conta, alem de outros factores a longevidade da correia. Uma vez
que, a mesma não é assim muito grande.

K S  1,1

P  1,1 4  0,8

P  3,52 Kw

Cálculo da força de ruptura

Fr  S max  K S  C ir 2
S max  F1  F2 / 0,15

K S  1015 Coeficiente de segurança para cadeias desmontáveis

Uma vez que a cadeia tem 4 anos de longevidade, escolhe-se um coeficiente segurança, dos
mínimos recomendados.

(Coeficiente de irregularidade de distribuição da carga entre duas cadeias


paralelas

Fr  4,7  11 1,1

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 3


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Fr  56,87kN

Segundo o passo que nos é dada, e pela forca de ruptura, escolhe-se a cadeia desmontável de
tracção, com a seguinte designação R1  80  106 .

Fr  Fr 

Diâmetro da circunferência divisora da roda motriz


Já dado:

Z  8 (Numero de dentes da roda estrelada)

t  80 (Passo da cadeia)

Da página 194, no atlas de construção de máquinas:

t
D0  3
sen 

Na tabela 1, escolhe-se os parâmetros da cadeia segundo o passo:

R  14,5

t
t     t ; onde  escolhe-se de acordo com o numero de dentes e segundo a relação .
2R

80
Assim sendo  2,75 assim   0,77 , então t   0,77  80  61,6 mm e
2 14,5
180 180
sen 2  sen ,     22,5 , sen 2  0,77  sen22,5  0,29 ,   17,14 .
z 8

61,6
D0   209 mm
sen17,14

60000  v
n res   73,1 rpm 4
  209
Potência requerida para o cálculo do motor eléctrico
P
PC  kW  5
g

P- Potência do transportador de cadeia em kW;

-Rendimento geral

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 4


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Os valores dos rendimentos extraem-se da tabela 10 de 1 ,  p.18 e calcula-se o rendimento


geral a partir de 6 .

 g   cor  eng  rol


4
 uni 6
Onde:

 cor  0,96 (Rendimento da transmissão por correia)

 cor  0,98 (Rendimento da transmissão por engrenagem)

 rol  0,99 (Rendimento dos rolamentos)

 cor  0,99 (Rendimento da união elástica)

Obtêm-se o rendimento geral:

 g  0,96  0,98  0,995 4  0,99  0,91

Tendo o rendimento geral calcula-se a potência de cálculo, que e determinada, segundo a


metodologia usada no presente trabalho, como função da potencia no veio executivo do
accionamento, e o rendimento geral. Da fórmula 5

3,52
PC   3,85 kW
0,91

-Da tabela 8,pg 14-15 (Características dos motores eléctricos) escolhe-se os motores eléctricos
com potências iguais ou superiores a 3,85kW para todos os números de rotações.

Tabela 1:Escolha do motor

Potência.
Designação do Nom Frequência de rotação
Variante
Motor
(Nme) Sincroma assinc. n ou
1 4A100S2Y3 4,0 3000 2880
2 4A100L4Y3 4,0 1500 1430
3 4A112MB6Y3 4,0 1000 950
4 4A132S8Y3 4,0 750 720

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 5


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

4.2. Cálculo da relação de transmissão global


Para as quatro variantes de motores eléctricos seleccionados tem-se:

n1 2880
u g1    39,4
n 73,1
7
n 2 1430
ug2    19,56
n 73,1

n 3 950
u g3    12,99
n 73,1

n 4 730
ug4    9,85
n 73,1

Para cada uma das variantes faz-se a partição da relação de transmissão global pelas diversas
transmissões componentes. Usando as tabelas 11,12 e 13 arbitram-se as relações de transmissão
para cada uma das variantes.

Tentativa 1:

Tabela 2:Primeira tentativa para a escolha da relação de transmissão

Variante
Designação
1 2 3 4
Relação de trans.
geral 39.4 19.5 12.99 9.85
Relação de trans.
Redutor 5 5 5 5
Relação de trans.
Correia 7.88 3.91 2.59 1.96

u g1 39,4 ug2 19,5


u corr ,1    7,88 u corr , 2    3,91 8
u red 5 u red 5

u g3 12,99 ug4 9,85


u corr ,3    2,59 u corr , 4    1,96
u red 5 u red 5

A analise dos resultados da primeira tentativa mostra que a variante 1 e 4 são descartáveis pois a
relação de transmissão esta fora dos limites médios admissíveis, e leva-nos a aprovar as variantes
2, 3. Para esta tentativa pode-se aprovar a variante 2 em vez de 3, tanto sob o ponto de vista de

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 6


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

velocidade (uma vez que as correias gostam de grande velocidade) tanto sob o ponto de vista de
custos de aquisição do mesmo. A segunda variante é que a transmissão por correia tem uma
notória redução de velocidade. Para completar a análise, com objectivo de diminuir os custos de
aquisição, faz-se mais uma tentativa tendente a aumentar a relação de transmissão da correia…

Partição das relações de transmissão Tentativa n2


Variemos a relação de transmissão do redutor

Tabela 3:Segunda tentativa para a escolha da relação de transmissão

Variante
Designação
1 2 3 4
Relação de trans.
geral 39.4 19.56 13,00 9.85
Relação de trans.
redutor 4 4 4 4
Relação de.
trans. correia 9,85 4,88 3,25 2,46
u g ,1 39,4 ug2 19,5
u corr ,1    9,85 u corr , 2    4,88
u red 4 u red 4

u g ,3 12,99 u g ,4 9,85
u corr , 3    3,25 u corr , 4    2,46
u red 4 u red 4
Esta tentativa volta-se a excluir a variante 1 por estar fora dos limites médios admissíveis. Os
motores 3 e 4 apesar da relação de transmissão estarem dentro dos limites recomendados os
motores são mais caros pois os motores são maiores, tem de eixo de 112 e 132 milímetros de
altura respectivamente. Tem ainda o inconveniente de não serem muito rápidos. Pode-se escolher
a variante 2 nesta tentativa, apesar de estar fora dos limites médios, mas esta abaixo do limite,
máximo.
Uma vez que há duas tentativas para a mesma variante pode-se escolher a variante 2 da tentativa
1, pois a relação de transmissão esta ligeiramente fora dos limites médios quando comparado
com a variante 2 da tentativa 2.

Recomendações
 Para transmissões para correias
u  23(6)

 Para transmissões no redutor com 1 escalão de transmissão por engrenagem


uredutor  2,556 

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Parâmetros escolhidos do motor eléctrico

P  4 kW ; n as sin  1430 rpm ; n sin  1500 rpm ;   0,84 ; cos  0,84


Tarr Tmin Tmax
2  1,6  2,4
Tnom Tnom Tnom

D v  28 mm
Parmétros escolhidos
Tabela 4:Paramétros escolhidos

N freq. de rot. do motor elec. 1430rpm

Rel. de trans. Geral 19,56

Rel. trans. Redutor 5,0

Rel. trans. Da correia 3,91

4.3. DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA EM CADA VEIO DO


ACCIONAMENTO
Veio do motor eléctrico
P1  Pme  3,85 kW 9.1
Veio movido da transmissão por correia/entrada do redutor
P2  P1  cor  3,85 kW 9.2
Veio de saída no redutor
P3  P2  rol  eng  3,63 kW 9.3
Potência utíl
Putil  P3  rol  3,59 kW 9.4
 A potência útil no veio de saída é menor que a potência total pois existem perdas nos
apoios.

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

4.4. FREQUÊNCIAS DE ROTAÇÃO DOS VEIOS


Veio do motor eléctrico
n1  n me  1430 rpm

Veio movido de transmissão por correia e entrada do redutor


n1 1430
n2    365,5 rpm 10
u eng 3,91

Veio de saída da transmissão do redutor


n2 365,5
n3    73,1 rpm
u eng 5

4.5. Cálculo do torque de todos os veios de transmissão


O calculo dos torques sobre o veio do accionamento e calculado pela seguinte expressão:

Ni
T1  9550  Nm 11
ni

Veio do motor eléctrico


N 3,89
T1  9550  1  9550   26,01 Nm
n1 1430

Veio movido de transmissão por correia /entrada do redutor


N 3,73
T2  9550  2  9550   97,69 Nm
n2 365,5

Veio de saída no redutor


N 3,62
T3  9550  3  9550   473,94 Nm
n3 73,1

Executivo da transmissão
N 3,51
T4  9550  4  9550   459,81 Nm
n4 73,1

5. RESULTADOS DO CÁLCULO CINEMÁTICO DO ACCIONAMENTO

Tabela 5:Resultados do cálculo Cinemático

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Resultados do cálculo de accionamento


Tipo de motor:4A112M4y3 Potência:3.89Kw Frequência nominal:1445rpm
Potência N (kW) Veio Formula Valores
1. Motor eléctrico Pme 3.854819748
2. Mov. Entrada do red. P2  P1  cor 3.739175155
Potência N (kW)
3. Saída do redutor P3  P2   rol   eng 3.627747735
4.mov. união de segurança P4  P3   rol   uni 3.519640853
1. Motor eléctrico n1  n me 1430
2. Mov. Entrada do red n 2  n1 / u eng 365.5
Freq. rotação em rpm
3. Saída do redutor n3  n 2 / u eng 73.1
4. da união de segurança n 4  n3 73.1
P1
1. Motor eléctrico T1  9550  25.74372629
n1
P2
2. Mov.t. correia T2  9550  97.6993782
n1
Momento Torsor N.m
P3
3. Saída do Redutor T3  9550  473.9396836
n1
P4
4.da união de segurança T4  9550  459.8162811
n1

6. CÁLCULO DA TRANSMISSÃO POR CORREIA PLANA


6.1. Informações gerais
Este tipo de transmissão de potência se dá por meio de atrito que pode ser simples, quando existe
somente uma polia motora e uma movida (como o neste caso), ou múltiplo, quando existe polias
intermédias com diâmetros diferentes.

A correia plana, quando em serviço, desliza e portanto não transmite integralmente a potência. A
velocidade periférica da polia movida é, na pratica, sempre menor que a da polia motora. O
deslizamento depende da carga, da velocidade periférica, do tamanho da superfície de atrito e do
material da correia e das polias.

Na montagem da correia plana o ramal frouxo deve ser o ramal superior. Assim, garante-se um
melhor abraçamento da correia na polia. Uma vez que a correia em estudo não apresenta grandes
distancias interaxial, não se notam flechas notórias no ramal frouxo.

Para obter um bom ângulo de abraçamento é necessário que:

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 10


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

- A relação de transmissão i não ultrapasse 6:1;

-a distancia entre eixos não seja menor que 1,2 ( .

No accionamento simples (como no nosso caso),a polia motora e a polia movida giram no
mesmo sentido.

6.2. Materiais para a correia plana


- Couro de bol

Recebe emendas, suporta bem esforços e é bastante elástica.

-Material fibrosos e sintéticos

Não recebe emendas (correias sem-fim), própria para forcas sem oscilações, para polias de
pequeno diâmetro. Tem por material base o algodão, o pelo de camelo, o viscose, o perion e o
nylon.

-Material combinado, couros sintéticos

Esse material possui a face interna feita de couro curtido ao cromo e a externa de material
sintético (perion). Essa combinação produz uma correia com excelente flexibilidade, capaz de
transmitir grandes potências.

 Para a tarefa a projectar pretende -se dimensionar um correia plana simples de tela
cauchutada, com disposição horizontal dos veios e da linha entre os eixos das polias.

6.2. Dados da transmissão por correia


(Transmissão aberta)

T1  25,74 N .m

P1  3,85 kW

n1  1430 rpm

ucor  3,91 k

6.3. Cálculo do diâmetro da polia menor


d 1  (52  64 )  T1 12
Onde:

T1  É o torque, em N.m

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 11


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

d 1  É o diâmetro da polia menor, em mm

d 1  52  25,74  153 ,54 mm Toma-se d1  160 mm , de acordo com os diâmetros padrão “D”
de polias conforme OST 1655 em mm.

6.4. Cálculo da velocidade linear da correia


Determina-se a velocidade linear da correia e compara-se com a velocidade admissível, que deve
ser de 10…20m/s v  10 20m / s 

  d 1  n1
v 13
60000

  d 1  n1
v
60000

v  v

Se fosse menor que os valores do intervalo, deveria-se aumentar o diâmetro da polia.

6.5. Cálculo do diâmetro aproximado da polia movida


Acha-se o valor da polia movida e normaliza-se a dimensão.

d 2  u cor  d 1 14
d 2  3,91160  625,99 mm toma-se d 2  630 mm de acordo com os diâmetros padrão “D” de
polias conforme OST 1655 em mm.

6.6. Valor corrigido da relação de transmissão


Recalcula-se o valor da relação de transmissão i e da velocidade angular do veio movido. Se a
diferença entre os valores calculados e os valores normalizados de d1 , e d2 , for pequena, pode-
se manter o valor da relação de transmissão e, consequentemente, evitar o recalculo da
frequência de rotação do veio movido.

d2
i 15
d1

630
i  3,94
160

6.7. Cálculo da distância inter-axial


Em função das condições geométricas na máquina, escolhe-se a distância interaxial a (se não for
dada)

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

a  2  d 2  d 1  16
a  2  630  160  1580 mm

6.8. Calculo do Ângulo de abraçamento da polia menor


Determina-se o ângulo de abraçamento da polia menor pela correia. Se o ângulo for menor que
150°, deve-se aumentar a distância interaxial ou instalar uma polia esticadora (ou rolo tensor);

d 2  d1
  180  57  17
a

  163,9

Uma vez que  e maior que 1500 ,não será nessesario aumentar a distancia interaxial ou instalar
uma polia esticadora.

 d  d1 
  57   2  18
 a 

  16,96

6.9. Cálculo do comprimento da correia


d 2  d 1 2
l  2  a  0,5    (d 2  d 1 ) 
4a

l  2 1580  0,5    (630  160) 


630  160 
2
 4435,25 mm
4 1580

6.10. Calculo da frequência de passagem


Calcula-se a frequência de passagens da correia. Se deve-se aumentar a distância
interaxial a.

v
u 19
l

11,97
u  2,8 s 1
4,265

Como se trata de uma correia plana u  3  5s 1

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 13


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

6.11. Cálculo da tensão admissível útil


A tensão útil admissível de transmissões reais e obtida introduzindo coeficientes que
consideram as condições concretas de funcionamento:

 t    t 0  C   C v  C 0 20
Recomenda-se

d 160
   5,3 mm  5 mm
30 30

d
Interpolando para  32 obtem-se  t   2,186 Mpa , mas considerando que a correia trabalha

num meio poeirento então reduziu-se o valor da tensão admissível tabelado em 15% então a as
tensão admissível será de  t   1,86 Mpa

C   1  0,003  180     Coeficiente de abraçamento da polia menor

C   1  0,003  180  160   0,95

C v  1,04  0,004  v 2  Coeficiente que tem em conta a velocidade real da correia

C v  1,04  0,004 11,97 2  0,983

C v  Coeficiente de regime de carregamento, que considera o efeito das variações periódicas da


carga na longevidade da correia;

C r  0,85 Considerando que a correia trabalha num meio com vibrações moderadas.

C 0  Coeficiente que considera o método de tensionamento da correia e o ângulo de inclinação


de linha de centro da transmissão relativamente ao plano horizontal;

C 0  1  Considerando que a transmissão tem regulação automática de aperto;

Então a tensão útil admissível será:

 t   1,86  0,95  0,98  0,85 1  1,55 Mpa


Parâmetros geométricos:

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 14


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Figura 2:Parametros geométricos da correia plana

Para determinar a área da secção transversal, calcula-se o valor da forca tangencial:

P
Ft  21
v

3,85 10 3
Ft   321,64 N
11,97

Ft
A 22
 t 
321,64
A  207,50 mm 2
1,55

A
A  b   b   32 mm  b  40 mm

(Valor normalizado mais próximo (Tabela A1 dos apontamentos)

Área real é A  b norm   norm  40  5  200 mm 2

A largura da polia é B  50 mm (Tabela A3) e o abaulamento recomendado é de .

6.12. Determinação da força sobre os veios


Para  0  1,8 Mpa (Tabela 12.1)

F0   0  A 23

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 15


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

F0  1,8  200  360 Mpa (Força útil)

F  2  F0  cos  / 2 23.1
 16,96 
F  2  360  cos   712 N
 2 

Fv    A  v 2 23.2
Fv  1250  200 11,97 2 10 6  35,84 N

6.13. Escolha do material das Polias e dimensionamento das polias


Um das propriedades mais importantes que deve ter o material das polias além de outras
características, é alto coeficiente de atrito. As polias podem ser fabricadas de diversos materiais,
destacando-se o aço, ferro-fundido, ligas leves e plásticos. Para o presente projecto usa-se o
ferro-fundido uma vez que além de ela permitir velocidade até 30m/s, o custo de aquisição do
material é baixo comparada com o aço que permite velocidade ate 60m/s. A além do mais, o
ferro-fundido trabalha bem em atmosferas com algum poder de corrosão. As polias de ferro
fundido pesam cerca da metade do peso das polias de aço, com as mesmas capacidades e
tamanho.

Sabe-se que:

A largura da polia toma-se como sendo igual a da correia. B  50mm

Para a polia motriz (veio do motor eléctrico)

A espessura  , determina-se pela seguinte formula   0,03D  2  B  onde:

B  50mm ; D  160mm , assim sendo,   7,8mm toma-se   8mm

 O diâmetro do cubo- d c  1,6  d ;onde d  28mm (Diâmetro do motor eléctrico) então


d c  44,8mm toma-se d c  50mm
 Comprimento do cubo- l c  1,2 1,5  d  1,5  28  42mm
 A espessura dos raios da roda C  1,2 1,3    1,25  8  10mm

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 16


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Figura 3:Polia

Para a polia movida (do veio de entrada do redutor)

  0,03D  2  B 

B  50mm ; D  630mm , assim sendo,   21,9mm toma-se   22mm

 O diâmetro do cubo- d c  1,6  d ;onde d  35mm (calculado nos veios a posterior) então
d c  56mm ;
 Comprimento do cubo- l c  1,2 1,5  d  1,5  35  52,3mm
 A espessura dos raios da roda C  1,2 1,3    1,25  22  27,5mm

Parâmetros da transmissão por correia plana, em mm

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 17


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Tabela 6: Parâmetros da transmissão por correia plana

Parâmetro Valor Parâmetro Valor Parâmetro Valor

Tipo de correia Comprimento da 4435,3 N° de voltas da 2,80


correia correia U, em s-1
Plana

Distancia 1580 Diâmetro da polia 160 Tensão máxima


interaxial a
Em, Mpa

Espessura da 5 Diâmetro da polia 630 Força de tensão 360


correia maior prévia, Fn em N

40 Ângulo de 160 Carga da correia 712


abraçamento da sobre o veio , em
Largura da correia
polia menor , em N
b
graus

7. CÁLCULO DO PROJECTO DE ENGRENAGENS


7.1. Cálculo do projecto de engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais
Esta engrenagem é parte integrante do accionamento, constituído por um único escalão do
redutor. Para o dimensionamento da engrenagem foram seguidas as recomendações do manual
de Calculo de transmissões por engrenagem 2 Ediccao de autores Ivan Victorovitch IATSINA,
Rui SITOE´´1989-2005, e para este calculo são considerados vários coeficientes maior parte dos
quais tabelados ou apresentados em gráficos e alguns recomendados. As tabelas e fórmulas e
figuras indicadas encontram-se no manual Cálculo de transmissões por engrenagens.

Os dados de partida para o cálculo são:

P2  3,74 kW

P3  3,63 kW

n2  365,5 rpm

n3  73,1 rpm

T2  97,69 N .m

T3  473,93 N .m

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 18


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

u eng  5

7.1.1. Escolha do material e tipo de tratamento térmico para as rodas


Para a escolha do material das rodas usa-se a tabela 2 que indica também as características
mecânicas dos materiais, o tratamento térmico foi escolhido de acordo com as recomendações da
tabela 1. As durezas dos materiais foram escolhidas como forma a satisfazer a recomendação
HB1=HB2+ (15...20) como forma a equilibrar-se a longevidade dos dentes. O material e o tipo de
tratamento térmico, escolhidos, foram os tabelados abaixo:
Tabela 7:Escolha do material, tratamento térmico para as rodas dentadas

Limite de Limite de Combinação


Tratamento Dureza
Roda Material resistência escoamento de tratamento
térmico HB [MPa]
σr [MPa] σe [MPa] térmico
Pinhão Aço 45 Melhoramento 180 587 333
Amaciamento
Movida Aço45X Normalização 165 687 392

7.1.2. Determinação das tensões admissíveis de contacto


Determina-se pela fórmula (24):

 HC    lim  Z r  Z v  K L  K XH  / S H 24
Previamente toma-se:

Z r  Z v  K L  K XH  0,9

O valor σHlim determina-se pela fórmula (25.1):

 H lim   H lim  K HL 25.1


Pelas fórmulas da tabela 5 determina-se o limite de fadiga , do pinhão e da roda movida
tendo em conta a dureza média e o método de tratamento arbitrados anteriormente:

 H lim  2  HB  70 26
 H lim, 3  2  180  70  430 Mpa 

 H lim, 4  2  165  70  400 Mpa 

Para a determinação dos coeficientes de longevidade procura-se o número básico de ciclos


de variação das tensões pela fórmula: N H 0  30  HB 2 , 4  120 10 6

N H 01  30  HB12 , 4 27

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 19


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

N H 03  7,75  10 6 ciclos

N H 04  6,29  10 6 ciclos

O número equivalente de ciclos das tensões para um ciclograma do tipo escalonado determina-se
pela fórmula (28):

 T 
3
n 
N HE  N     2i    ci 
 28
 T2   N 

No qual:

n ci  60  t ci  n i  c 28.1
Para o ciclograma de carregamento dado:

nc 3  nC , 4  60  0,5  15263,4  365,5  1,67  106 ciclos

nc,3  nc, 4  60  0,5  15263,4  365,5  1,67  106 ciclos

N    t h  60  n 2 28.2
N   15263,4  60  365,5  3,34 10 8 ciclos

T2i
A expressão é dado no ciclograma de carregamento:
T2

Substituindo em (28) temos:

 
N HE ,3  3,34  108  13  (0,5)  0,63  (0,5)  2,03  108 ciclos

N HE1
N HE , 4  28.3
u

2,03  108
N HE , 4   4,06  107 ciclos
5

Como a carga é variável:

N HE ,3  N H 03 Pelo que K HL1  1

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 20


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

N HE 4  N HO 4 Pelo que K HL2  1

Donde:

 H lim   H lim b  K HL1 29


 H lim 3  430  1  430 Mpa 

 H lim 4  400  1  400 Mpa

Os coeficientes de segurança são: ( para melhoramento)

Podem-se determinar os valores preliminares das tensões admissíveis de contacto pela fórmula
(24) como sendo:

1,1
 HC 3  430   351,81 Mpa
0, ,9

1,1
 HC 4  400   327,27 Mpa
0, ,9

Pela fórmula (30) determinam-se as tensões admissíveis de contacto, para engrenagens


helicoidais;

 HC   0,45   HC 1   HC 2  30


 HC   0,45  351,81  327,27   305,59 Mpa 
Que é limitado pelo valor:

 HC   1,23   HC min  1,23  327,27  402,54 Mpa 

 HC   305,59  402,54 Mpa 


7.1.3. Calculo projectivo da transmissão a fadiga por contacto
Determinação do diâmetro primitivo do pinhão
Pela fórmula (31) determina-se o valor de orientação do diâmetro do círculo primitivo, em mm:

T1H  K H  u  1
d w3  K d  3 31
 bd   HC 2  u

Onde:

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 21


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

K d  675 Mpa 
1/ 3
(tabela 15 para dentes helicoidais)

T1H  T2  97,69 N.m

K H  1,1 (tabela 16 para disposição simétrica do pinhão)

 bd  0,8 1,4  para disposição simétrica das rodas em relação aos apoios e tendo em conta
que a carga é pouco variável, toma-se  bd  1,1 (tabela 17)

Substituindo em (31):

97,69 1,1  5  1
d w3  675  3  72,8 mm 
1,1  305,59 2  5

Da serie dos números normais toma-se d w1  70 mm  ;

d w 4  d w3  u 32
d w, 4  70  5  350 mm 

bw   bd  d w1 33
bw  1,1  70  76 mm

Determinam-se o modulo normal e tangencial, , e . Pela tabela 19 escolhe-se


(redutor com veios rígidos)

Então:

bw
mn  34
m

76
mn   (3,04  2,53)mm
30  25
Pela tabela 20 escolhe-se o valor normalizado da 2 da segunda serie

Segundo recomendações e deve ter números inteiros, então toma-se

Da fórmula (35) calcula-se o ângulo de inclinação dos dentes:

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 22


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)


sen    m n  35
bw

2
sen    2,75   0,21
76

Logo:

  13,13

Da fórmula (36) determina-se o número de dentes do pinhão:

d w3  cos 
Z3  36
mn

70  cos13,13
Z3   24,78
2,27

Tomando precisam-se os valores do ângulo de inclinação dos dentes e dos diâmetros


dos círculos divisores:

Z 3  mn
cos   37
d w3

24  2,75
cos    0,94
70

  19,46

Z 4  Z3 u 38
Z 4  24  5  120

Z 3  mn
d w3 
cos 

24  2,75
d w, 3   70 mm
0,94

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 23


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Z 4  mn
d w, 4 
cos 

120  2,75
d w, 4   350 mm
0,94

Determina-se a distância interaxial, como sendo:

d w , 3  d w, 4
aw  39
2

70  350
aw   210 mm
2

Em seguida podem-se achar os valores precisos das tensões admissíveis:

 HC    H lim  Z r  Z V  Z L  K XH  / S H 40
 H lim1  430 Mpa e  H lim 2  400 Mpa (determinados anteriormente)

Para 9º grau de precisão; Z r  1,05

Calcula-se a velocidade linear no engrenamento pela fórmula (41):

  d w,3  n1
v
60000
41
Onde:

n1  Frequência de rotações de pinhão ( d w , 3 );

  70  356,25
v  1,34 m / s 
60000

Para v  5 m / s e Z V  1

Como d w , 4  350 mm   700 mm  ; K XH  1

KL 1

Da fórmula (40) calcula-se os valores precisos das tensões admissíveis de contacto:

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 24


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

 HC   430 1,05 r 1 1 1 / 1,1  410,45 Mpa 


 HC   400 1,05 r 111 / 1,1  381,81 Mpa 
Pela fórmula (30) determina-se a tensão admissível de contacto calculada:

 HC   0,45   HC 1   HC 2 
 HC   0,45  410,45  381,81  356,52 Mpa 
7.1.4. Calculo das tensões admissíveis de flexão
As tensões admissíveis de flexão são determinadas pela seguinte fórmula:

 HC    F lim  Yr  Ys  K XF  / S F 42
Onde:

 F lim - é o limite a fadiga por flexão dos dentes corresponde ao numero equivalente de ciclos de
variação das tensões, em Mpa e é, dado pela seguinte formula
 F lim  F0 lim b  K Fg  K Fd  K FL 42.1

Yr  é o coeficiente que leva em conta a rugosidade da superfície de transição dos pés dos
dentes.

YS  é o coeficiente que leva em conta o gradiente da sensibilidade do material e a concentração


das tensões.

K XF  Coeficiente que leva em conta as dimensões da roda dentada.

S F  Coeficiente de segurança.

Das recomendações da pag.38 determina-se os coeficientes de 42.1

 F0 lim b  é o limite de fadiga dos dentes a flexão correspondente ao numero básico de ciclos de
variação das tensões;

K Fg  Coeficiente que leva em conta a influencia da rectificação da superfície de transição dos


pés dos dentes; K Fg  1 Para engrenagens com a superfície de rectificação dos pés dos dentes
não rectificada;

K Fd  é o coeficiente que leva em conta a influencia do endurecimento por deformação ou do


tratamento electroquímico da superfície de transição dos pés dos dentes; K Fd  1 para rodas

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 25


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

dentadas sem endurecimento por deformação ou para tratamento electroquímico da superfície de


transição;

K FC  é o coeficiente que toma em conta a dureza das superfícies activas dos dentes das
engrenagens;

Segundo a tabela 10 :

 F0 lim b ,1  1,35  HB  100


43 \  0
F lim b , 3  1,35  180  100  343 Mpa 

 F0 lim b , 4  1,35  165  100  322 ,75 Mpa 

K FL Determina-se pela fórmula seguinte:

NF0
K FL  mf
N FE

Como HB3 e HB4 <350 e m f  6

N F 0  4  10 6 Para todas as marcas de aço

 
N FE , 3  N HE , 3  3,26  10 8  13  0,5   0,6 3  0,5   2,03  10 8 ciclos

N HE ,3 1,98  108
N FE , 4    4,06  107 ciclos
u 4

N FE , 3  N F 0 e N FE , 4  N F 0 portanto K FL , 3  K FL , 4  1

De (42.1):

 F lim, 3   F0 lim, 3  K Fd  K FC  K FL , 3  343  1  1  1  1  343 ,0 Mpa 

 F lim, 4   F0 lim, 4  K Fd  K FC  K FL , 4  322 ,75  1  1  1  1  322 ,75 Mpa 

YR  1 (para classe de precisão não inferior a 4)

Y2  1,02 (tabela 8, para mn  2,75 mm );

K XF  1,0 da tab. 9

Portanto das tab. 10 de 3 , para melhoramento ou normalizado, S F 2  1,65 .

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 26


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Então de 42

 FC 1  343  1,2  1,02  1 / 1,65  251,94 Mpa 


 FC 1  322,75  1,2  1,02  1 / 1,65  237,07 Mpa 

7.1.5. Cálculo testador da transmissão a fadiga


O cálculo testador da transmissão a fadiga por contacto faz-se sob duas vertentes:

-o calculo testador da transmissão a fadiga por contacto; e

-o calculo testador da transmissão a fadiga por flexão.

Cálculo testador da transmissão pela resistência á fadiga por contacto


HT  u  1 
 H  Z H  Z M  Z     FC 
d w,3  u 
44
Z H  Coeficiente que toma em conta a forma das superfícies conjugadas dos dentes no pólo de
engrenamento; Z H  1,74 Pela tabela 21 para   19,43 e x  0

Z M  e o coeficiente que leva em conta o comprimento da linha de contacto dos


dentes Z M  275 Mpa 1 / 2 Pela tabela 15, para um par de engrenamento aço-aço;

Tendo o modulo normalizado recalcula-se o grau de recobrimento   , correspondente a largura da


roda:

bw  sen
  45
  mn

76  sen19,46
   4,9
  2,75

   1,88  3,21 / Z1  1 / Z 2  46


   1,88  3,2  1 / 24  1 / 120   1,62

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 27


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

1
Z  47


Cálculo da força tangencial específica


F 
HT   Ht   K H  K H  K HV N / mm 48
 bw 

Onde:

T1H
FHT  2  103 48.1
d w, 3

97,69
FHT  2  103  2791,41 N 
70

Pela tabela 23 escolhe-se o 9° grau de precisão para a transmissão.

K H  Coeficiente que leva em conta a distribuição da carga entre pares de dentes em


engrenamento simultâneo; K H  1,13 (tabela 22);

K H   e o coeficiente que leva em conta a irregularidade da distribuição da carga pela largura


dos dentes; K H  1,07 ;

HV  bw
K HV  1  48.2
FHt  K H  K H

Força tangencial dinâmica específica:

aw
 HV   H  g 0  48.3
u

 H  0,002 (tabela 25)

g0  73 (tabela 26, para o 9° grau de precisão)

210
HV  0,002  73  1,41   1,26 N / mm
5

Substituindo os valores em (48.2) tem-se:

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 28


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

1,26  70
K HV  1   1,02
2791,41  1,07  1,1

Donde:

 2791,41 
 HT     1,07  1,1  1,02  44,49 N / mm
 76 

A tensão de contacto calcula-se, assim pela forma (44), e será:

44,49  5  1 
 H  1,70  275  0,78    320,62 Mpa   FC 
70  5 

7.1.6. Cálculo do erro


A tensão de contacto calcula-se, assim pela forma (46), e será:

  10%

 
 HC    H
 HC 
356,52  320,62
  100
356,52

  10,06%

 H  356,56 Mpa    HC   320,62 Mpa ; Sendo  H   HC  em 10,06 %

Apesar da margem de erro para as tensões de contacto estar nos limites admissíveis pode-se
prosseguir com os cálculos. A resistência a fadiga por tensões de contacto verifica-se.

7.1.7. Cálculo testador a fadiga por tensões de flexão


Faz-se o cálculo testador a fadiga por tensões de flexão pela fórmula (29)

 F   YF  Y  Y   FT / m   HC 
Z1
Z v, 3  49
cos2 

26
Z v,3   28,62  28 pela tabela 27 YF , 3  3,82
0,942

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 29


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

120
Zv,4   143,14  143 pela tabela 27 YF , 4  3,60
0,942

Y  1


Y  1 
140

19,43
Y  1   0,86
140

O valor da força tangencial específica calcula-se da formula 31:

n
 F  YF  Y  Y    FC  Mpa 50
m

Sendo:

YF 4  4,08;

YFS  3,61

KFα determina-se pela fórmula 51 :

n8

4     1  n  1
K F  51
4  

4  1,62  1  8  1
K F   0,91
4  1,62

K F  1,15 (pela tabela 16)

 FV b w d w,3
K FV  1 
2000  T3, , F  K F  K F

Em que:

aw
FV   F  g 0  V 
u

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 30


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

 F  0,006(pela tabela 25)

g 0  73 (pela tabela 26 para m=4mm) 52


De 51 a força tangencial específica será:

210
FV  0,006  73  1,33   3,80 N / mm
5

3,80  76  70
K FV  1   1,09
2000  97,69  0,9  1,15

 2791,41 
FT     0,9  1,15  1,09  41,99 N / mm
 74 

Da fórmula 50 :

 F , 3  3,82  0,86  1,0  41,99 / 2,75  50 , 22 Mpa    FC 1  251,94 Mpa 

 F , 3  3,6  1  0,86  1,0  41,99 / 2,75  47 ,32 Mpa    FC 1  237 ,07 Mpa 

7.1.8. Cálculo da resistência ao contacto sob acção da carga máxima.


Para o calculo da resistência a carga máxima, usa-se a seguinte condicao:

T2 , max
 H max   H    HC max 53
T2

 HC max  2,8   e 53.1 ; Para engrenagens cujos dentes foram submetidos ao melhoramento e
normalização

Para o pinhão
De 53.1 tem-se:

 HC max  2,8  333  932,4 Mpa 


Tmax
 2,4
T

 H max  320,62  2,4  496,71 Mpa

 H , max 1   HC max 1

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 31


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Para a roda mandada


 HC max, 2  2,8   e  2,8  440  1232 Mpa 
Tmax
 2,4
T

 H , max 2
 314,99  2,4  487,99 Mpa

 H max, 2   HC max, 2

Verifica-se a condição de resistência ao contacto sob acção da carga máxima.

7.1.9. Cálculo da Geometria da transmissão


mn  2,75

Z 3  24

Z 4  120

x1  x2

  19,46

Diâmetros primitivos ou divisores das rodas dentadas

mn  Z3
d 3  d w, 3   70 mm
cos 

mn  Z 4
d 4  d w, 4   350 mm
cos 

Diâmetros exteriores

d a ,3  2  mn  d1  75,5 mm

d a , 4  2  m n  d 4  355,5 mm 

Diâmetros interiores

d f ,3  d3  2,5  mn  63,125 mm 

d f , 4  d 4  2,5  m n  343,125 mm 

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 32


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Diâmetros do círculo de base

db ,3  d3  cos   70  cos 20  65,77 mm 

d b , 4  d 4  cos   350  cos 20  328,89 mm 

Passo normal e tangencial do engrenamento

Pn    mn  8,63 mm 

  mn
Pt   9,15 mm
cos 

7.1.10. Cálculo de forças da transmissão

Figura 4:Representação das forças na transmissão

Força tangencial
T2 97,96
Ft ,3  Ft , 4  2 103   2 10   2791,41 N 
d w ,3 70

Força Radial
F  tg 2791,41 tg 20
Fr ,3  Fr , 4  t   1083,4 N 
cos  cos 19,46

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 33


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Força axial
Ft ,3  Ft , 4  Ft  tg  2791,41  tg19,46  2631,9 N 

Parâmetros da transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais


Tabela 8:Parametros da transmissão por engrenagem de dentes helicoidais

Parâmetro Valor Parâmetro Valor Parâmetro

Distancia interaxial a 210 Diâmetro da Diâmetro da circ.


circunferência div.
Modulo 2,75 70 Externa: 75,5
Do pinhão
350 Do pinhão 355,5
Da roda movida
Da roda movid

Largura da roda dentada: Número de dentes: Diâmetro da circ.

Do pinhão 76 Do pinhão 24 Da raiz dos dentes:

Da roda movida 76 Da roda movida 120 Do pinhão 63,125

Ângulo de inclinação dos 19,41 Tipo de dentes Helicoidal Da roda movida 343,12
dentes

7.1.11. Valores do Cálculo testator


Tabela 9:Valores do cálculo testator

Parâmetro Valor admissível Valor calculado Margem

Tensão de contacto, em 356,52 320,62 35,9

Tensão de flexão, em 251,94 50,22 201,72

237,07 47,32 229,75

8. CALCULO PROJECTIVO DOS VEIOS

8.1. Informações gerais, materiais e metodologia de cálculo projectivo dos veios


Os veios são membros rotativos, geralmente de secção transversal circular, utilizado para
transmitir potência ou movimento (torção). Ele prove a linha de centro de rotação, ou oscilação,

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 34


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

de elementos como engrenagens polias, volantes, manivelas, rodas dentadas e similares, bem
como controla a geometria de seus movimentos.

Um projecto de veio realmente tem inicio após um trabalho preliminar. O projecto da máquina
em si ditara que certas engrenagens, polias e outros elementos terão pelo menos sido
parcialmente analisadas e seus tamanhos e espaçamento, tentativamente determinados. Neste
estágio, pretende-se projectar a partir dos seguintes pontos de vista:

1. Deflexão e rigidez
2. Tensão e resistência

A geometria de um veio é geralmente a de um cilindro escalonado. Engrenagens, mancais e


polias devem ser posicionados com precisão, bem como providências devem ser tomadas a fim
de aceitar cargas de empuxo. O uso de ressaltos de veio é um excelente meio para localizar
axialmente os elementos desse eixo: tais ressaltos podem ser utilizados para pré-recarregar
mancais de rolamento e prover as reacções necessárias de empuxo a elementos rotativos.

No procedimento de analise, e necessário compreender que o exame de tensão em um ponto


especifico de um veio pode ser feito utilizando apenas a geometria desse veio nas adjacentes
daquele ponto. Assim, a geometria do veio completo não se faz necessária. No projecto,
geralmente é possível localizar o restante do veio para atender aos requerimentos dos elementos
suportados por ele.

Observe que a analise de deflexão e de inclinação não podem ser realizadas ate que a geometria
do veio completo tenha sido definida. Desse modo, a deflexão e uma função da geometria em
toda parte, ao passo que a tensão em uma secção de interesse é uma função da geometria local e
de momentos. Por tal razão, o projecto de um veio permite considerar a tensão e resistência,
primeiramente. Então, depois que valores tentativos para as dimensões do veio tiverem sido
estabelecidos, a determinação da deflexão e da inclinação poderá ser feita.

Os veios transmitem momento de torção de uma peça a outra e podem ser rectos, acotovelados
ou flexíveis.

Em geral os veios fabricam-se de aços ao carbono e aços de liga e normalmente os materiais para
os veios não devem ser aços de alta qualidade devido à sensibilidade desses materiais á fadiga.
Podem ser usados os seguintes materiais em função do tratamento térmico e condições de
funcionamento dos veios:

Ct 5 ou equivalente – Para veios sem tratamento térmico;

45 ou 40X – Para veios submetidos ao melhoramento, dada a sua temperabilidade;

20 e 20X – Para veios de alta velocidade em mancais deslizantes, dado o seu relativamente baixo teor de
carbono, estes aços são cementados para aumentar a resistência ao desgaste.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 35


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Os principais critérios de capacidade de trabalho utilizados para a projecção dos veios dos
redutores são a resistência mecânica e a resistência à fadiga. Como, a tensão devida aos esforços
de tracção/compressão é muito menor que as tensões devidas aos momentos torsores e flectores,
não são considerados os efeitos dos esforços de tracção/compressão no cálculo dos veios. O
cálculo dos veios dos redutores faz-se em duas (ou mais) etapas. A primeira etapa é para o
cálculo projectivo (aproximado), que se baseia na resistência dos veios à torção pura e a segunda
para o cálculo testador. No cálculo testador verifica-se a resistência à flexão e à torção. Este
cálculo determina a resistência do veio à fadiga e considera a concentração de tensões devida à
forma do veio. O parâmetro de cálculo mais importante é o coeficiente de segurança à fadiga.
Com base em formulas disponíveis na tabela 7.1 de [ ], são determinados os parâmetros dos
escalões que compõem o veio. O cálculo testador dos veios é feito considerando-se todas as
dimensões construtivas dos veios, o esquema de carregamento dos veios, e constroem-se os
diagramas dos esforços internos dos veios. O cálculo de controlo dos veios é feito na secção mais
perigosa, considerando o efeito sumário dos momentos flectores nos diferentes planos.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 36


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Esquema espacial dos veios

R Dy
T2 F uni

R Dx

R Cx F t4

F r4 Fa4 R Bx
F r3
Fa3
T1 R By
R Cy F t3
R Ax
R Ay
Fab

Figura 5:Vista espacial das engrenagens do accionamento

Força tangencial

Ft  2791,41 N 

Força Radial

Fr  1083,4 N 

Forca axial

Fa  2631,9 N 

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

8.2. Determinação dos parâmetros geométricos dos escalões dos veios


Os veios redutores constituem corpos cilíndricos escalonados. A quantidade e as dimensões dos
escalões dependem da quantidade e dimensões das peças que se montam sobre o veio.

8.2.1. Calculo aproximado do veio da polia motora (veio 1)


Neste caso o diâmetro do veio tem uma ligação com outro veio de um motor eléctrico, logo é
permissível o uso do diâmetro do veio do motor eléctrico para a construção do veio da polia
motora.
d me  28 mmm   Diâmetro do motor eléctrico, tirado da tabela de escolha dos motores
eléctricos; O diâmetro do furo da polia motora será tal que o ajuste como o diâmetro do veio do
motor eléctrico.

8.2.2. Calculo aproximado do veio da polia movida (entrada do redutor, veio 2)


Dimensões principais do veio do pinhão cilíndrico de dentes helicoidais

t
r

d1
d3
d4

d2

l4 l3 l2 l1

Figura 6:Dimensões para o projecto do veio do pinhão

O diâmetro e o comprimento dos escalões são determinados em função do diâmetro médio


segundo as recomendações e os valores são os apresentados abaixo.

Dimensionamento do 1 escalao

T
d1  3 54
0,2   

97,69 103
d1  3  33,49 mm
0,2 13

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Toma-se o valor do diâmetro como sendo 35mm da serie normalizada R40

Onde:

   É a tensão tangencial de admissível reduzida e toma-se = 12…15 ;

Os diâmetros e os comprimentos dos restantes escalões são obtidos por meio das relações entre
estes e o diâmetro médio, e o seu valor é aproximado a valores mais próximos tabelados para um
grau de precisão Ra 40:

l1  11,5  d1  1,25  35  49mm toma-se l1  49mm

8.2.3. Escolha preliminar dos rolamentos

Das recomendações para a escolha preliminar dos rolamentos (Tab. 7.2), toma-se o rolamento de
rolos cónicos, do tipo 7000 uma vez que a relação entre ou como
pode-se usar rolamentos de esferas de uma fila. Os rolamentos de rolos cónicos são mais
complexos o que aumenta o seu preço, mas eles tem grande capacidade de suportar cargas radiais
como axiais. Pode-se também usar rolamentos de esferas, mas não devem ser de esferas simples
devido a cargas axiais que existem no carregamento. Podem ser de esferas de contacto angular
mas por sua vez conferem uma maior distância entre apoios, o que reduz a rigidez dos veios, por
causa da distancia “a” que e elevada para estes. A escolha é feita em função do tipo de cargas a
suportar (radiais, axiais ou radiais-axiais), tendo em conta os custos, a distância entre apoios e
outros factores.

De principio escolhe-se um rolamento cónico, visto que a forca axial ser relativamente grande,
da serie ligeira. Sendo:

Fa  2631,9 N 

FR  1083,4 N 

Fa 2631,9
  2,4
Fr 1083,4

Para o segundo escalão , este é o diâmetro do anel


interno do rolamento, já normalizado E. é um valor normalizado de acordo com o diâmetro .

d 2  40mm ; D  75mm ; B  75mm ; T  23mm ; C o   104 mm ; C  80mm ;

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Figura 7:Representacao dos rolamentos cónicos

O comprimento deste escalão calcula-se da relação:

l2  1,5  d 2  1,5  40  60mm

Para o terceiro escalão d 3  d 2  3,2  r  40  3,2  2,5  48mm e toma-se d 3  48mm . O valor
de r é tabelado e depende do diâmetro d 2 . O comprimento l3 obtém-se graficamente da
composição esboçada do redutor. Podendo ser obtido também pela seguinte relação:

l3  bw  2  y

Em que y é a folga lateral entre a parede do corpo e a roda pinhão ou movida e calcula-se da
relação:

y  0,51,5  

 é a espessura da parede do corpo redutor e obtêm-se da formula:

  0,025  aw  15  0,025  210  5  10,25mm

Toma–se e , donde:

O diâmetro do quarto escalão é da mesma dimensão que o segundo escalão, isto é

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 40


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

O comprimento do quarto escalão corresponde ao comprimento do rolamento, com um


acréscimo da dimensão do chanfro.

As dimensões obtidas são apresentadas na representação do veio abaixo:

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Tabela 10:Dimensões do veio de entrada

Dimensão Dimensão
Escalão Formula Notas calculada tomada
[mm] [mm]

   1215MPa Para veio de


T2  10 3
redutores e análogos.
d1  3 33,49 35
0,2   
1º T2  97,69Nm

Escalão de colocação da polia,


l1  (11,5)d1 49 49
toma-se l1  l polia

Escalão de fixação do rolamento


d 2  d1  2  t 40 40
t  2 ,5 (tabelado)

l 2  1,5  d 2 60 60

d 3  d 2  3,2  r (tabelado) r = 2,5 48 48

bw  76mm

Medida tomada construtivamente:

y - Folga lateral entre a parede do


corpo e a roda pinhão ou movida.
3º y  ( 0 ,5  1,5 )  
l3  bw  2  y 96 96
 - Espessura da parede do corpo
redutor.

  0,025  aw  15mm

  0 , 025  117 ,5  5  7 ,8  8 mm

y  1  8  8 mm

d4  d2 Escalão de fixação do rolamento 40 40



l4  T  2 T -comprimento do rolamento 29 29

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T=27

As dimensões obtidas são apresentadas na representação do veio:

Figura 8:Dimensões principais do pinhão cilíndrico helicoidal

A seguir faz-se o cálculo das reacções nos apoios, fazendo o estudo dos esforços internos,
apresentação do diagrama dos momentos.

8.2.4. Calculo das reacções de apoio


A distância entre apoios e determinada em função do tipo de montagem dos rolamentos.

Uma montagem em X a distância entre apoios será:

Em que é o ponto de aplicação da força sobre os apoios, e determina-se da formula:

 dD   40  75 
a  0,5   T   e   0,5   26   0,36   19,9 mm
 3   3 

Em que d, D, T, e são valores tabelados do rolamento escolhido.

Determina-se da fórmula L  l3  2  T

Substituindo:

l AB  l3  2  T  a   96  2  27  19,9   108,2 mm 

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A distância do apoio A ao ponto de aplicação da força em consola determina-se da relação:

l1 49
lab   l2  T  a    60  27  19,9  78,4 mm
2 2

Cálculo de forcas no plano XZ


Fab Fa

A d/2 B
2 3

RBX
RAX Fr

lab LAB/2 LAB/2

Figura 9:Forcas no plano XZ para o pinhão

Sendo:

LAB  108,2 mm

Lab  78,4 mm

Equações de equilíbrio

F X : Fab  R AX  Fr , 3  R BX  0

l AB d
M A : Fr , 3 
2
R BX  l AB  Fa ,3   Fab  l ab  0
2

l AB d
M B :  Fab  l ab  l AB  R AX  l AB  Fr ,3   Fa ,3  3  0
2 2

Obtêm-se:

R AX  918,47 N

RBX  877,05 N

Esforços internos no veio movida no plano XZ

10 Seccao

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Fab
Mf

M l 0

M l :M f  F ab  z  0

Para z  0 Para z  l ab  78,4mm

 M f  Fab  0  0 M f  Fab  l ab

M f  0 N .mm M f  55831,2 N .mm

2° Secção

M II 0

M II :  M f  R AX  z  Fab  (lab  z )  0

Para z  0 Para z  l AB / 2  54,1mm

M f  55831,2 N .mm M f  44668 N .mm

3° Secção

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

M III 0

M II :  M f  RBX  z  0

Para z  0 Para z  l AB / 2  54,1mm

M f  0 N .mm M f  47448,6 N .mm

Cálculo das forças no plano YZ

Figura 10:Forcas no plano YZ no pinhão

Equações de Equilíbrio

F y :  R AY  Ft 3  R BY  0

l AB
M A : Ft ,3 
2
R BY  l AB  0

l AB
M B :  Ft ,3 
2
RAY  l AB  0

Das equações de equilíbrio obtêm-se:

RBY  1395,70 N

R AY  1395,70 N

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Esforços internos no veio do pinhão no plano YZ


1° Secção

M I 0

M I : M f  RAX  z  0
Para z  0 Para z  l AB / 2  54,1 mm

Mf 0 M f  75507,66 mm

2° Secção

M II 0

M II : M f  RBX  z  0

Para z  0 Para z  l ab / 2  54,1 mm

Mf 0 M f  75507,66 N

Cálculo do momento torsor no veio de entrada


d m3 70 103
M ty  Ft 2   2791,41   97,69 Nm
2 2

8.2.5. Diagrama dos momentos flectores

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

RAy Fa RAy

A d/2 y
2 3

Fab RAX RBX


Fr,3
z
Ft3
78,4 54 54
x

44668
55830,9
+

Mx(Nmm)

47448,6
75507,37

My(Nmm)

97,69
Mt(Nm)

Figura 11:Momentos flectores nos dois planos no veio de entrada

Cálculo testador do veio de entrada


Depois de obtidos os diagramas dos momentos flectores nos planos X e Y, segue-se ao calculo
do momento flector sumario para os dois planos

O cálculo testador dos veios e feito na secção mais perigosa (secção mais carregada)
considerando o efeito sumário dos momentos flectores nos diferentes planos, efeito sumário do
momento Torsor e dos concentradores de tensões.

O momento flector resultante acha-se no meio da roda sendo este o ponto mais solicitado do veio (apoio
B):.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 48


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Com base na resultante destes calcula-se o diâmetro crítico e compara-se com o diâmetro médio
calculado e deve-se verificar a condição o desvio entre os dois diâmetros
não deve exceder 50…60

O momento torsor sumário é:

M  f  M x2  MY2  (47448,6)2  (75507,66)2  87730,5Nmm


55
Tendo o momento sumario calcula-se o momento reduzido que considera também o efeito do
momento torsor e dos concentradores de tensões:

M red  M 2 x    T 2  (87730,5)2  0,75  (97,69)2  131308 Nmm 56


Coeficiente que considera os concentradores de tensões e varia de 1,0 a 0.

quando não há concentradores de tensões

quando temos um escatel;

quando temos dois escateis ou um escatelde ressalto.

Do diagrama de momentos reduzidos, retira-se a secção mais perigosa e calcula-se o diâmetro


crítico do veio, considerando o momento reduzido na secção mais carregada através da fórmula:

M red 121883
d crit    26,91mm  35mm  d1
 
0,1   f 0,1  70

A condição verifica-se.

(35  26)
desvio   34,61mm
26

O desvio está dentro da faixa admissível. O diâmetro médio calculado pode ser usado para
definir outros diâmetros do veio.

8.3. Calculo aproximado do veio de saída do redutor (veio 3)


Na figura abaixo apresentam-se as principais dimensões do veio de saída.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 49


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

t
r

d1
d3

d2
d4

l4 l3 l2 l1

Figura 12:Dimensoes principais no veio de entrada

O projecto do veio de saída do redutor obedece uma sequência similar ao do veio de entrada e
inicia pelo cálculo do diâmetro médio do veio.

10 escalão

T  103 473940  103


d1  3 3  56,7 mm
0.2    0,2  20
d1  56mm da serie normalizada R 40

l1  1,25  56  72,8mm l1  (11,5) d1


escalão onde fica assente a polia

2 0 escalão

d2  d1  2  t  55  2  3  62mm onde: t  3mm

É o escalão onde fica assente o rolamento e deve ser normalizado em função do mesmo.

Escolha dos rolamentos

d4  d2

A escolha dos rolamentos faz-se em função do diâmetro interno e o diâmetro do escalão.


Escolhe-se os rolamentos cónicos uma vez que a transmissão no redutor e por engrenagens
helicoidais, para este caso a designação do rolamento 33012 sendo o diâmetro interno 60 mm ,
então d2  60mm e largura

Extraído do catálogo

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 50


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Parâmetros Geométricos
Diâmetro do anel interno D  95mm ;

Comprimento do anel B  27mm ;

Largura do anel T  27mm ;

Parâmetros Dinâmicos
Coeficiente de carga dinâmica: e  0.33

Capacidade de carga dinâmica: C   96,5KN ;

Capacidade de carga estática: C0   150KN

8.3.1. Determinação das reacções de apoio


O cálculo das reacções de apoio e feito conhecendo as seguintes valores:

l2  1,25 d 2 1,25  60  75mm

3 0 Escalão

d3  d2  3,2  r  60  3,2  3  69,6mm

l3  Obtêm-se graficamente, na composição esboçada do redutor ou pela seguinte formula:

l3  2  y  bw

y -Folga lateral entre a parede do corpo e a roda pinhão ou movida, e obtêm-se da seguinte forma
y  0,51,5  

onde δ e a espessura do corpo redutor, como sendo:

  0,025  aw  15

a distancia interaxial aw  210mm

Assim sendo, a espessura do corpo redutor fica   0 , 025  210  5  10 , 25 mm

A folga lateral y  0,51,5    1,0  10  10 mm

l 3  2  y  bw  2 10  76  96 mm tomando o valor normalizado 100 mm

4 0 Escalão

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

d4  d2

l4  T  2  29 para rolamentos de rolos cónicos, assim sendo l4  29

O valor 2 é referente ao chanfro.

Na figura abaixo apresentam-se as principais dimensões do veio de saída.

Figura 13:Dimensoes principais para o veio de saida

Tendo calculado as dimensões dos escalões do veio calculam-se as forcas no veio, considerando
o esquema de forças:

Funi  (50 ...125)  T3  125  473,93  2721,24 N

Ft , 4  2791,41 N

Fa , 4  2631,9 N

A distância que vai da parte interna do rolamento ate ao ponto onde as reacções surgem e dada
por:

 dD 
a  0,5   T   e   22,025mm
 3 

lCD  l3  2  (T  a )  100  2  27  22,025   110,75mm

luni  l1  l2  (T  a )  142,82 mm

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 52


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Esforços no veio de saída no plano XZ


 FX : RCX  RDX  F r ,4  0
lCD d
M c :  RDX  lCD  Fr , 4 
2
 Fa , 4   0
2

d
M D : RCX  lCD  Fr , 4  lCD / 2  Fa 
2
0

Obtêm-se:

RDX  4702,34 N

RCX  3618,94 N

Esforços internos no veio movida no plano XZ

RCX Fa RDX

C d/2 D
Funi

Ft4
lcd/2 lcd/2

Figure 14:Forcas no plano XZ para o veio de saida

1° Secção

M l 0

M l :  M f  RCX  z  0

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 53


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Para z  0 Para z  lab  77,9 mm

M f  R CX z  0 M f   R CX  z

M f  0 N .mm M f  200239,6 mm

2° Secção

M II 0

M II :  M f  RDX  z  0

Para z  0 Para z  l AB / 2  55,35mm

M f  0 N .mm M f  260183,74 N .mm

Esforços internos no veio movido no plano YZ


RCy RDy Funi
C D

Ft4
lcd/2 lcd/2 luni

Figura 15:Forcas no plano XZ para o veio movido

Equações de equilíbrio

RCY  Ft , 4  RDY  Funi  0

lCD
M C :  Ft , 4   RDY  lCD  Funi  lCD  luni   0
2

lCD
M D :  Ft 
2
 RCY  lCD  Funi  luni  0

RCY  4886,05 N

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 54


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

RDY  4835,9 N

1° Secção

R CY
F uni

M f
D

M I 0

M I :  M f  RCY  z  0

Para z  0 Para z  lCD / 2  55,35mm

Mf 0 M f  271585 mm

2° Secção

RDY Funi
Mf
D

z luni

M II 0

M II : M f  RCY  z  Funi  z  luni   0

Para z  0 Para z  lCD / 2  55,35 mm

M f  388665 M f  267703 N

3° Secção

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 55


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Funi
Mf

M f 0

M I :  M f  RCY  z  0

Para z  0 Para z  lCD / 2  55,35mm

Mf 0 M f  388665 mm

Momento torsor no veio de saída


d w4 350 103
M ty  Ft 2   2791,41  478,49 Nm
2 2

488  473
erro   100  3%
473

Uma vez que o resultado, do momento torsor nos dá um valor muito diferente que o calculado no cálculo
cinemático, constata-se que houve um erro no dimensionamento. Este erro deve-se ao não recalculo do
grau de recobrimento   , depois de obtido o ângulo de inclinação da linha   19,46  dos dentes das

rodas. Uma vez que o erro é de apenas 3% para os cálculos que se seguem, foi usado o valor do torque,
calculado no calculo cinemático.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 56


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

8.3.2. Diagrama dos momentos flectores resultantes

RCy Fa y
RDy Funi
C d/2 D
2 3
z
RDX
RCX Fr,4
Ft4 x
55,35 55,35 142,8

260183,74

+
0
Mx(Nmm)
-

200239,6
0

267703

271585
388685
My(Nmm)
0 473,94
Mt(Nm)

Figura 16:Diagrama do momento flector nos 2 planos no veio de saída

Cálculo testador do veio

O cálculo testador dos veios e feito na secção mais perigosa (secção mais carregada)
considerando o efeito sumário dos momentos flectores nos diferentes planos, efeito do momento
torsor e dos concentradores de tensões.

Com base na resultante dos momentos flectores calcula-se o diâmetro critico e compara-se com o
diâmetro calcula ( d1 ) e deve-se verificar a condição:

d1  d medio  d orientacao  Dcritico o desvio entre os dois diâmetros não deve exceder 50%...60%

O momento torsor resultante é

Secção 1-1

M fr  ( M X ) 2  ( M Y ) 2  (388665 ) 2  388665 Nmm

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 57


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Secção 2-2

M fr  ( M X ) 2  ( M Y ) 2  ( 260274 ) 2  ( 271585 ) 2  376166 Nmm

Tendo o momento resultante, calcula-se o momento reduzido que considera também o efeito do
momento torsor e dos concentradores de tensões:

Secção 1-1

  T 2  376166 2  1  473939 ,6 2  605078 Nmm


2
M red  M fr

Secção 2-2

  T 2  388665 2  1  473939 ,6 2  612926 ,7 Nmm


2
M red  M fr

 é o coeficiente que considera os concentradores de tensões   1

  1 quando não há concentradores de tensões;

  0,75 quando temos um escatel;

  0,58 quando temos dois escateis ou um escatel e ressalto

M red
D crit  3
0,1   f 
Onde:

   60  90 Mpa -tensão admissível de flexão


f

612927
D crit  3  44,40 mm  56 mm  d 1 o desvio esta dentro da faixa admissível.
0,1  70

Cálculo do erro

(56  44,40)
desvio   100  26,11%
44,10

O diâmetro médio calculado pode ser usado para definir outros parâmetros do veio uma vez que
o desvio entre os valores dos diâmetros críticos e médios não supera o limite recomendado de
erro (50…60)%. Obteve-se um desvio de 26,11% para melhor situação, pois, sendo o diâmetro

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 58


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

médio maior que o diâmetro crítico melhora as condições de funcionamento do veio, e sendo este
desvio relativamente baixo, não há indícios de sobredimensionamento.

9. CÁLCULO TESTADOR DOS ROLAMENTOS


O cálculo testador dos rolamentos baseia-se em dois critérios:

 Calculo na verificação da capacidade de carga estática, para rolamentos que tem


frequência de rotações muito baixas, quase rolamento estacionário. Abaixo de 1…10
voltas por minuto (rpm);
 Calculo na verificação da capacidade de carga dinâmica (calculo a fadiga), se este girara
frequências maiores a 10 rpm;

Estes cálculos tem por objectivo determinar a carga que pode ser suportado pelos rolamentos
escolhidos no anteriormente, assim como verificar a vida útil em conformidade com o regime de
funcionamento do mecanismo a projectar evitando a destruição por fadiga e deformações
plásticas no rolamento.

Inicialmente deve-se calcular as reacções (forças axiais e radiais) resultantes nos apoios e com
base no apoio mais carregado faz-se o cálculo testador do rolamento.

9.1. Cálculo da capacidade de carga estática dos rolamentos

A condição de trabalho para este caso é:


C0  C0 

Onde:

C0  X 0  R  Y0  FAX N 
C0  Capacidade de carga

C0   Capacidade de carga estática admissível;

Nota: Para o presente projecto faz-se apenas o cálculo testador a carga dinâmica, uma vez que
todos os veios do redutor, consequentemente, os rolamentos girarem com frequência de rotação
acima de 10 rpm.

9.2. Calculo a capacidade de carga dinâmica dos rolamentos

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 59


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

O método de cálculo normalizado consiste na determinação de vida útil do rolamento


seleccionado, a carga dada.

A limitação de trabalho e a limitação da carga dinâmica, expressa por:

C  C  ; Sendo que C  P L  P P

L  tempo de vida do rolamento, em milhões de revoluções;

P  Carga dinâmica reduzida que actua sobre o rolamento;

  Expoente de cálculo (   3,33 Para rolamentosde rolos );

O tempo de vida do rolamento é dada por:

60  n  Lh
L ; milhoes de voltas
10 6

Onde:

Lh  Tempo de vida dos rolamentos em horas;

n  Frequência de rotações do rolamento;

A carga dinâmica reduzida calcula-se pela seguinte formula:

P  ( X  V  Fr  Y  Fa )

Onde: Lh  tempo de vida dos rolamentos em horas

n  Frequência de rotações do rolamento;

V  Coeficiente que toma em conta a rotação de um dos anéis

 V  1  Quando gira o anel interno do rolamento;


 V  1,2  Quando gira o anel externo do rolamento;

X e Y- São os factores de carga radial e axial respectivamente. Toma-se da tabela quando se


cumpre uma das condições abaixo:

Fa
a)  e ; para o caso, X  1 e Y  0
V X Fr

e P  Fr  1,12  Y  Fa

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 60


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Fa
b)  e ; Y e e toma-se da tab. de escolha dos rolamentos e P  0,4  Fr  Y  Fa
V X Fr

O tempo de vida do rolamento calcula-se de:

L 10 6
Lh  horas
60  n
1
L 10 6
De C  P  L e Lh 

obtêm-se:
60  n

10 6  c  

Lh   
60  n  P 

9.2.1. Cálculo dos rolamentos para o veio de entrada do redutor

Tabela 11:Dimensões do rolamento para o veio de entrada

d mm 40 b mm 26 r1 mm C0 mm 104 Yo 0,93

D 75 C 20,5  18 e 0,36 Rpmmax 9000


mm mm
T mm 27 r mm C KN  80 Y 1.69 Peso 0,648
KN 

2 2
R A  R AX  R AY  1670,81 N

2 2
R B  R BX  R BY  1648 ,4 N

No veio da polia movida o apoio mais carregado é o rolamento “A”. Assim sendo:

Calculo testador a carga dinâmica do rolamento do apoio A

 
Para que o rolamento resista a carga dinâmica deve-se verificar a condição C  C onde:

C   80 KN Capacidade de carga dinâmica admissível que se encontra catalogada para o


rolamento em (KN);

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 61


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Fa , 2  2631,9 N ; RA  2969,61 N reaccao radial no ponto A

Fa , 2 2631,9
  1,57  e  0,36 e
V  Fr , A 11670,81

P  0,4  Fr , A  Y  Fa  0,4  1670,81  1,69  2631,9  5116,23 N

60  n 2 60  365,5 15263,42
L  Lh   334,73 10 6 voltas
10 6 10 6

1 1

C  P  ( L) 3,33  5116,23  334,733,33  29316,75 N  80000 N

O rolamento resiste a carga dinâmica.

Calculo testador a carga dinâmica do rolamento do apoio B

F a , 2  2631 ,9 N ; R B  1648,4 N

Fa , 2 2631,9
  1,62  e  0,36 assim sendo:
V  Fr , B 1 1648,4

P  0, 4  Fr , B  Y  Fa  0,67  1648 , 4  1,69  2631 ,9  5107 ,27 N

60  n 2 60  n 2 15263,42
L 6
 Lh  6
 334,73 10 6 voltas
10 10
1 1

C  P  ( L) 3, 33
 5107,27  334,73 3, 33
 29265,39 N  80000 N

O rolamento resiste a carga dinâmica

9.2.2. Cálculos dos rolamentos do veio de saída do redutor


Tabela 12: Dimensões do rolamento para o veio de saída

d mm 60 B mm 27 r1 mm C0 mm 150 Yo 1,01

D mm 95 C mm 21  20 e 0,33 Rpmmax 6700

T mm 27 r mm 3800 C KN  96,5 Y 1.83 Peso KN  0,648

Calculo testador a carga dinâmica do rolamento do apoio C

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

F a , 4  2631 ,9 N ; RC `6096,91 N

Fa , 2 2631,9
  0,43  e  0,33 Assim sendo:
V  Fr ,C 1 6096,91

P  0,4  Fr , C  Y  Fa  0,67  6096 ,91  1,83  2631 ,9  7255 ,14 N

L Calculado anteriormente

1 1

C  P  ( L) 3, 33
 7255,14  334,73 3, 33
 25639,55 N  95000 N

O rolamento resiste.

Cálculo testador a carga dinâmica do rolamento do apoio D

F a , 3  2631 ,9 N ; RD  6745,67 N

Fa , 2 2631,9
  1,47  e  0,33 assim sendo
V  Fr , D 1  6745,67

P  0, 4  F r , D  Y  F a  0,67  6745 ,67  1,83  2631 ,9  7514 ,64 N

L calculado anteriormente

1 1

C  P  ( L) 3, 33
 7514,64  334,73 3, 33
 26556,64 N  95000 N

O rolamento resiste.

Embora os rolamentos seleccionados para os dois (de entrada e de saída do redutor) estejam
sobredimensionados, eles são da serie ligeira, e são mínimos para os diâmetros em questão.
Demostrando que os rolamentos escolhidos tem maior capacidade de carga do que o nessesario.
Uma vez que a capacidade de carga de um rolamento directamente proporcional as suas
dimensões, resultam em dimensões maiores que as necessárias, porem estes rolamentos são da
serie ligeira. Devido a necessidade de utilizar rolamentos de rolos cónicos para o caso dos veios
de entrada e de saída do redutor, destinados a suportar cargas axiais e radiais nas transmissões
cilíndricas e helicoidais, e rolamento auto-compensadores de esferas para o veio da engrenagem
cilíndrica para compensar desalinhamentos angulares que surgem em veios não rígidos não se
pode se pode mudar o tipo de rolamento para que o outro forneça uma capacidade de carga
próxima desejada. Para evitar

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 63


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

10. CONSTRUCAO DO CORPO E TAMPA DO REDUTOR


1. Espessura da parede do corpo redutor:

  0,025  a  1 5  0.025  210  3  7,75mm

2. Espessura da parede da tampa do redutor

 1  0,02  a  1 5  0.02  210  3  8,2

3. Espessura dos rebordos ( flanges) do corpo redutor

s  1,5    11,63mm

4. Espessura dos rebordos da tampa do corpo redutor

s1  1,5   1  12,3mm

5. Espessura das patas do redutor ( flange inferior do corpo)

t  (22,5)    17,05mm

6. Espessura das nervuras de reforço do redutor

C  0,85    6,5mm

7. Diâmetro dos parafusos do fundamento

d f  (1,5  2,5)    15 ,5 mm

8. Largura das flanges de fixação do redutor ao fundamento

K 1  2,1  d f  32 ,55 mm

9. Diâmetro dos parafusos que fixam a tampa do redutor no corpo

d t  ( 0,5  0,6 )  d f  8,53 mm

10. Largura das flanges que unem o corpo a tampa do redutor na zona dos rolamentos

K  3  d t  25,58mm

11. Diâmetro dos parafusos que unem a tampa e o corpo do redutor na zona dos rolamentos

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 64


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

d t ,c , r  0,75  d f  11,63 mm

12. Diâmetro dos parafusos das tampas dos rolamentos do redutor

d t , r  ( 0,7 1, 4)    7 ,75 mm

13. Diâmetros dos pinos de centragem:

Arbitrado na faixa de 816mm (os maiores Valores são para redutores grandes) toma-se
10mm .

14. Diâmetro dos parafusos da tampa de inspecção

d t ,i  6 10 mm

15. Diâmetro da rosca do bujão

d t , r  ( 0,7 1, 4)    15,5mm

Construção dos parafusos, órgãos dos rolamentos e conjunto do redutor

1. Folga lateral entre a parede do corpo e a roda movida, ou pinhão.

y  (0,51,5)    10mm

2. Folga entre as cabeças dos dentes e a parede do corpo (corpo e tampa)

y1  (1,53)    17,0mm

Para garantir uma dimensão suficiente do cárter do redutor recomenda-se que a distancia entre as coroas
dos dentes da roda movida e o fundo seja:

y'1  (3 4)   

3. Comprimentos das consolas dos veios rápidos e lento: tomam-se de:

l  (1,5 2)  d veio  1,5 

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 65


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Ø56

142
40
Ø60

10
10
154

138
86

50

89

102
Ø350
Ø70

10
Ø48 10

Ø40
78,4
Ø60

Ø35
210

Figura 17:Esboço do corpo redutor

11.CALCULO TESTADOR DOS VEIOS DO REDUTOR


Que corresponde a segunda fase, de projecção dos veios. A primeira fase, correspondente ao
cálculo aproximado das dimensões do veio.

Na prática os veios falham por fadiga, por isso a resistência à fadiga constitui o cálculo
principal. Os outros cálculos são o de resistência á carga estática, á rigidez e às vibrações.

11.1. Calculo testador a fadiga dos veios

S S
S  S   1,5
S 2  S 2

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 66


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Onde:

 1
S  ; coeficiente de segurança a fadiga por tensões de flexão;
 a  K
    m
Kd KF

 1
S  ; coeficiente de segurança a fadiga por tensões de torção;
 a  K
    m
Kd  KF

 a  Amplitude das tensões normais;

 a  Amplitude das tensões tangenciais;

11.1.1. Cálculo de controlo a fadiga do veio de entrada do redutor


O calculo e realizado para o escalão onde ocorre o momento máximo, para este caso e o escalão
onde ocorre o momento reduzido máximo, sendo este também um escalão com resistência
reduzida pela existência de escatel para a fixação da roda motriz.

M Mf  87730,5
a  m     7,93 Mpa
0,1  d 3
0,1  d1
3
0,1  483

0,5  T 0,5  97699


 a   m  0,5      2,2 Mpa
0,2  d 3
0,1  48 3

   0,15    0,1 Pois o aço e de liga (40X);

 1  (0,4  0,5) r  0,45  834  375,3 N / mm

 1  (0,2  0,3) r  0,25  834  208,5 N / mm

r 3,0 D 40
K a e K  Consultando na tabela ou gráficos, para   0,07   0,833
d 48 d 48

K  1,94

K  1,41

K d  depende do material e do nível de concentração de tensões. Para d  48mm , sendo o aço


de liga sem concentração de tensões K   2 resultando em K d  0,72 .

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 67


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

K F  f ( r , tratamento mecanico) São factores de escala Torneamento de acabamento.

K F  0,92 Torneamento de acabamento.

 1 375,3
S    16,15
 a  K 7,9 1,94
    m  0,15  0
K d .K F 0,72  0,92

 1 208,5
S    42,36
 a  K 2,2 1,45
   . m  0,1.2,2
K d .K F 0,72  0,92

Determina-se assim o coeficiente de segurança:

S S 17,75  46,83
S   15,05  S   1,5
S S
2
 
2
17,752  46,832

Embora, o coeficiente de segurança a fadiga seje muito maior que o recomendado, o veio resiste
a fadiga.

11.1.2. Cálculo do controlo a fadiga do veio de saída do redutor


O calculo e realizado para o escalão onde ocorre o momento reduzido máximo, para este caso e o
rolamento do apoio D.

S  S
S  S   1,5
S2  S2

 1  1
S  S 
 a .K   a .K 
   . m    . m
K d .K F K d .K F

m  0,

M M f 388665
a     17,99 N / mm 2 ,
0,1.d 3
0,1.d 1 0,1  40
3 3

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 68


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

0,5  T 0,5  97699


 a   m  0,5      2,2 Mpa
0,2  d 3
0,1  35 3

   0,15    0,1 Pois o aço e de liga (40X);

 1  (0,4  0,5) r  0,45  834  375,3 N / mm

 1  (0,2  0,3) r  0,25  834  208,5 N / mm

r 3,0 D 69,9
K a e K  Consultando na tabela ou gráficos, para   0,05   1,165
d 60 d 60

K   1,96

K   1,32

K d  depende do material e do nível de concentração de tensões. Para d  60mm , sendo o aço


de liga sem concentração de tensões K   2 resultando em K d  0,68 .

K F  f ( r , tratamento mecanico) São factores de escala

K F  0,92 Torneamento de acabamento.

 1 375,3
S    6,65
 a  K 17,99  1,96
    m  0,15  0
K d .K F 0,68  0,92

 1 208,5
S    18,10
 a  K 5,48 1,32
   . m  0,1.17,99
K d .K F 0,8  0,92

Determina-se assim o coeficiente de segurança:

S S 6,65  18,10
S   6,24  S   1,5 o veio de saída do redutor resiste a fadiga.
S2  S2 6,652  18,12

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 69


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

11.2. Cálculo testador a carga estática


Este cálculo serve para verificar a resistência dos veios a deformação plástica ou destruição
devido a sobrecargas (durante o arranque do motor eléctrico). Para este cálculo usam-se tensões
equivalentes que incluem tanto a flexão como a torção.

 eq   2f  3. 2    Mpa 

Onde:

M M f
f  
0,1.d 3 0,1.d 13

T

0,2.d 3

M e T são os momento flector e torsor, respectivamente.

O valor-limite da tensão admissível   pode ser calculado com base no limite de cedência,  e :

   0,8. e Mpa 

11.2.1. Cálculo de controlo à carga estática do veio de entrada no redutor


 eq   2f  3. 2   

Anteriormente foram calculados

 f   a  7,93    a  2,2

   0,8. e  0,8.687  549,6 N / mm 2

 eq  7,93 2  3  2,2 2  8,79 N / mm 2     549,6 N / mm 2 o veio resiste a carga estática.

11.2.2. Cálculo de controlo à carga estática do veio de saída do redutor


 eq   2f  3. 2   

 f  17 ,99 Mpa ,

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 70


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

  5,58 N / mm 2

   0,8. e  0,8.587  469,6 N / mm 2

 eq  17,99 2  3.5,48 2  20,34 N / mm 2     469,6 N / mm 2 O veio resiste a carga estática

11.3. Cálculo testador a rigidez dos veios


O cálculo testador de controlo a rigidez dos veios faz-se para verificar as deflexões e
deslocamentos do veio, pois qualquer ocorrência de um destes fenómenos nos veios influi
negativamente no funcionamento dos órgãos agregados ao veio.

De recomendações os valores admissíveis das deformações elásticas são:

Flecha devido a deflexão do veio sobre a roda é v   0,01.m  0,01.3,75  0,0375 mm para
transmissões com rodas cilíndricas onde m é o módulo.

Flecha devido a deflexão do veio para construção de máquinas no geral v   (0,0002 ....0,0003)l
onde l é a distancia entre apoios ( e a distancia entre os apoios, em mm)

Ângulo de rotação mútua dos veios sob engrenagens é    0,001rad

Para as extremidades dos veios unidos por meio de acoplamentos, os valores admissíveis
dependem do tipo de acoplamento a ser instalado. Para este trabalho, tem-se acoplamento com
invólucro toroidal para os quais , os desalinhamentos angulares não devem ser superiores a 1,5 a
2° , os desalinhamentos radiais de 1 a 5mm e os axiais de 2 a 6mm.

O cálculo dos deslocamentos e inclinações será desenvolvido com base no teorema de


Castigliano. Esta metodologia consiste em determinar os deslocamentos em cada um dos planos
de acção de forcas e de seguida, calcular a resultante no espaço e depois, comparar com o valor
admissível. Para o presente projecto inicia-se pelo cálculo dos deslocamentos e deflexões no
plano XZ e posteriormente em plano YZ.

11.3.1. Cálculo testador a rigidez do veio de entrada do redutor


O veio do pinhão helicoidal, pelas suas características construtivas e um veio rígido, pelo que no
presente projecto não se fará o cálculo da sua rigidez.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 71


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

11.3.2. Cálculo testador da rigidez no veio de saída do redutor

Plano xz

Fcx Fa FDX F
funi

C D
z3 Ft z2 z1
55,3 55,3 142,7

Figura 18:Deslocamentos e inclinação no plano ZX do veio de saída

Tabela 13:Deslocamento e inclinação na união no plano XZ

k Momentos flectores M k M k M k M k limites


F fun RC FD Fr
(Mk)

1 M(s1) = -Funs1 -s1 - - - 0 – 142,7

2 M(s2)=-Fun(142,7+s2) -(142,7+s2) - s2
- 0 – 55,35
+FDs2

3 M(s3)=-Fun(198+ -(198+s3) - 55,35+s2 -s3 0 – 55,35


s3)+FD(55,35+s3)-Frs3

E  2,1  10 4 Mpa

  d14
Ix 
64
Tabela 14: Momentos de inercia

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

i Ix (mm^4)

1 I    56 4 / 64 482505,96

2 I    60 4 / 64 635850

3 I    70 4 / 64 1177990,6

1  
142, 7 55, 35
W 
Yuni           
2
( F z ) dz F (142,7 z ) ( F z )( 142,7 z ) ds
F fun EI  0 
fun 1 1 funi 2 D 2 2 2
0 
55, 35
1

EI
( F
0
funi (198  z3 )  ( FD (55,35  z3 )  Fr  z3 )(198  z3 )dz3 )

XZ
Yeng  0,00061mm

N
Das tabelas, E = 2,135105 , e o momento de inércia para secção circular é:
mm 2
82 ,5 37 , 5
WK 1
M fun EI 0  (F
uni  = ( ( Fun  z1 )ds1  un (142,7  z2 )  FD  z2 )dz2 
0

134, 5

 (F
0
un (198  z3 )  FD (55,35  z3 )  Fr  z3 )ds3 )

uni  0,0000039rad

Inclinação no apoio mais carregado (Apoio D)


55, 35
WK 1
F r

M Fr
=
EI  (F
0
D  z2 )  z2 ds2

 F  0,00046deg
r

F  0,00000722 rad deg


r

No escalão da roda dentada:

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 73


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

55, 35
W K 1
= R (55,35  s3 )  Fr  s3 )(s3 )ds3
ZX
Y eng = ( D
 Ft EI 0

ZX
Yeng  0,0004 mm

Plano
zy
y
FCY FDY Funi

C D
z3 z2 z1
55,3 Ft 55,3 142,7

Figura 19:Deslocamento e inclinação no plano YZ no veio movido

Tabela 15:Deslocamento e inclinação na união no plano XZ

K Limites

1 - - - 0…142,7
2 - - 0…55,35
3 - 0…55,35

1  
142, 7 55, 35
W 
Yuni           
2
( F z ) dz F (142,7 z ) ( F z )( 142,7 z ) ds
F fun EI  0 
fun 1 1 funi 2 D 2 2 2
0 
55, 35
1

EI
( F
0
funi (198  z3 )  ( FD (55,35  z3 )  Ft  z3 )(198  z3 )dz3 )

YZ
Yuni  0,0328mm

Deslocamento no engrenamento:

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

55, 35
W K 1
= R (55,35  z3 )  Ft  z3 )( z3 )ds3
ZX
Yeng = ( D
 Ft EI 0

ZX
Yeng  0,0158 mm

Inclinação no apoio mais carregado (Apoio D):


55, 35
WK 1
F r

M Fr
=
EI  (F
0
D  s2 )  s2 ds2

F  5,8 10 deg


r

Yuni  Yuni
ZY 2
 Yuni
ZX 2
 0,03282  0,000612  0,00107mm  Y 

Yeng  Yeng
ZY 2
 Yeng
ZX 2
 0,01582  0,00042  0,015mm  Y

uni  uniY
ZY
 uniX
ZX
 0,018  0,00025   

Os cálculos efectuados ilustram que o veio e rígido.

11.4. Cálculo testador as vibrações


A principal característica no cálculo de vibrações é a determinação da velocidade crítica, que
ocorre quando a frequência natural e a velocidade de operação coincidem. Condição esta, que
deve-se evitar no projecto de máquinas rotativas.

O fenómeno de ressonância ocorre na faixa de rotação 0,7 ncr  n  1,3ncr , para limitar as
vibrações e evitar o fenómeno de ressonância empregam-se frequências de funcionamento fora

da faixa acima dada isto é n  0,7ncr e n  1,3ncr .

A frequência de rotação crítica do veio é calculada pela fórmula:

30. cr 30. n 30 1 30 g
ncr    
   m  y est

Onde:

y est 1
v   , v    é a flexibilidade do veio ou flecha por unidade de força.
mg k

k  é a constante de rigidez do veio

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 75


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

m  a massa do veio

y est  é a flecha na condição de forças estáticas

g é a aceleração de gravidade

Calculo as vibrações do pinhão

O veio do pinhão e construído junto com o corpo dos rolamentos e a engrenagem, conjunto esse
que e bastante rígido e sólido, pelo que o efeito das vibrações não se mostra relevante para a
perda da sua capacidade de trabalho. Assim sendo exclui-se aqui o calculo de resistência as
vibrações para o pinhão.

Cálculo testador as vibrações do veio de saída

 .di li 
2
V   (562.72,8  602.75  702.110,75  602.29)  899120,003mm3  899120,003.10 9 m3
4 4
m   .V  7850.899120,003.10 9  7,05kg

30 1 30 1
ncr    929,05rpm
 mvab  7,05.0,015.103

n  73,1 rpm

0,7.ncr  650,33rpm  73,1rpm


1,3ncr  1207,76rpm  73,1rpm
o veio resiste as vibrações

12.CÁLCULO DE LUBRIFICAÇÃO
12.1. Lubrificação das engrenagens
A lubrificação é um factor de grande importância no desempenho das transmissões pois a
falta ou deficiência desta, origina a fricção seca que conduz ao fenómeno de adesão das micro
partículas das superfícies em contacto e consequente gripagem. O atrito não é eliminado pela
lubrificação, é simplesmente diminuído. Evidentemente que, para se poder verificar adesão forte
do óleo lubrificante às superfícies e que não seja expulso, deve este pelo menos, resistir ao

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 76


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

escoamento devido às pressões das superfícies ou devido às velocidades destas e resistir à


volatização devido ao aumento da temperatura.

As características que definem o lubrificante variam de lubrificante para lubrificante, e


assim, determinam para cada caso particular, qual tipo de lubrificante a usar. Com vista a evitar
os inconvenientes, deve-se escolher para o redutor um lubrificante adequado e um volume
suficiente para desempenhar a sua função.

Os lubrificantes são desenvolvidos também com o objectivo de executar a refrigeração das


transmissões, no caso em que as perdas de calor não são muito significativas.

Para o presente projecto, tratando-se de engrenagens fechadas em redutor, escolhe-se a


lubrificação em cárter por banho de óleo.

A altura do óleo no redutor cilíndrico será:

m  hm  0,25.d 2  0,25.350  87,5mm

A recomendação para lubrificação em cárter é introduzir no cárter óleo até (04...0.8) litros por cada kW
de potência.

O volume de óleo no cárter pode ser calculado por:

V  0,4  0,8N 3  0,6  3,62  2,17 litros

Do redutor a partir das dimensões do volume deste tem-se:

V  ab   y  hm 

Onde:

Ab  -área da base do redutor;

y  4  X  Distância entre a base do redutor e a roda movida;

y  40mm e hm  0,25  350  87,5mm

V  96  460  40  87,5  5630400 mm 3  5,6 litros

Verificando que há uma disparidade entre o nível do óleo calculado a partir da potência e das dimensões
do esboço do redutor, toma-se o valor máximo entre os dois valores.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 77


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Toma-se 5,6 litros.

Para  H  600 Mpa e velocidade 2 a 5m/s toma-se óleo lubrificante “ENERGOL GR-XP 46” com uma

 
viscosidade de 46cst 46  10 6 m 2 / s a temperatura de 40 C .

12.2. Lubrificação dos rolamentos

A lubrificação dos rolamentos tem, principalmente, a tarefa de evitar o desgaste e fadiga


prematura, a fim de assegurar uma duração suficiente da vida. Além disso, a lubrificação deve
colaborar para obter propriedades de giro favoráveis, como uma geração reduzida de ruído e um
baixo atrito. A película lubrificante gerada entre as peças que transmite a carga deve evitar o
contacto metálico. A espessura dessa película é determinada mediante o auxílio da teoria de
lubrificação elastohidrodinâmica.

A lubrificação tanto pode ser feita com óleos minerais líquidos ou por meio de massas
lubrificantes de vários tipos.

Para o presente projecto usar-se-á lubrificação com óleos minerais líquidos uma vez que existe
óleo nas proximidades do rolamento (óleo que lubrifica as engrenagens do redutor) e porque
estará próximo de uma fonte de calor na Maragra.

É de salientar que o excesso de lubrificante piora o funcionamento do rolamento.

13.CÁLCULO E ESCOLHA DAS CHAVETAS


As chavetas são elementos usados para a fixação das pecas e transmissão do torque entre peças.
As chavetas mais divulgadas são as prismáticas e estas encontram-se normalizadas em função do
diâmetro no escalão a montar.

O torque é transmitido pelas faces laterais da chaveta por isso este deve ter resistência suficiente
para suportar a pressão gerada durante a transmissão.

De tabelas de [5] tiram-se as dimensões das chavetas em função do diâmetro do veio.

O cálculo testador das chavetas é feito para verificar se ocorre ou não deformação da chaveta por
acção das tensões de esmagamento que e dado por:

4 T
σ esm =  σ esm 
h  lc  d

Onde: T – é o momento torsor a transmitir, em N.mm;

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 78


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

h – altura da chaveta, em mm;

d – é o diâmetro do veio, em mm;

lc – é o comprimento de cálculo da chaveta, em mm l c  l  2 R  l  b [mm ] ;

sendo: l – é o comprimento da chaveta, em mm;

R – é o raio de arredondamento, em m

b – é a largura da chaveta, em mm;

[σesm] – é a tensão admissível, em Mpa.

Para ligações fixas, ajustamentos incertos:  esm  80150 Mpa (sendo 80MPa para aços de
baixo teor de carbono pois tem grande plasticidade).

Para ligações fixas, ajustamentos com aperto:  esm  110 200 Mpa

Uma vez que as cargas são notoriamente variáveis usam-se como margem os menores valores.

Figura 20:Dimensões principais da chaveta

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 79


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Chaveta para fixação para o veio de entrada do redutor


Tabela 16:Parametros da chaveta do veio do pinhão

d v (mm) b(mm) h(mm) R(mm)  b / 2 t (mm) t1 (mm) l (mm)


35 10 8 5 5 3,3 22…100

Cálculo de controlo pela tensão de esmagamento


4.T
 esm  l c  l  2.R  40  10  30 mm
h.l c .d

4.97 ,69  1000


 esm   25,37 MPa   esm 
8.55 .35

Sendo:

 esm   80 Mpa
Chaveta para o veio de saída do redutor
Dimensões da chaveta da roda movida

Da tabela tiram-se as dimensões da chaveta da roda movida as seguintes dimensões:

Tabela 17:Parametros da chaveta do veio de saída do redutor

d v (mm) b(mm) h(mm) R(mm)  b / 2 t (mm) t1 (mm) l (mm)


70 20 12 10 7,5 4,9 56…220
Para a chaveta do terceiro escalão do veio de saída do redutor tem-se:

lc  l  2.R  94  2  10  74 mm

4.473,93  1000
 esm   45,65 MPa   esm 
8.74 .70

Chaveta para a união de veios


Tabela 18:Parametros da chaveta da união de veios

d v (mm) b(mm) h(mm) R(mm)  b / 2 t (mm) t1 (mm) l (mm)


56 16 10 5 6 4,3 45…1800
l c  l  2.R  60  2  5  50mm

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 80


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

4.473,93  1000
 esm   84 MPa   esm 
8.50 .56

As chavetas resistem as tensões de esmagamento.

14.CÁLCULO TESTADOR DA UNIÃO DE VEIOS

Os acoplamentos elásticos são utilizados para compensar os desalinhamentos angulares, radiais e


axiais. Constituem um bom meio de compensar imprecisões de fabrico e de montagem de pecas
e de conjunto de máquinas, sendo também muito úteis no amortecimento de choques e vibrações,
evitando assim deste modo que o sistema entre em ressonância. Servem também para compensar
deslocamentos e imprecisões relativas dos veios.

No presente projecto tem-se união com invólucro toroidal para unir o veio de saída do redutor e
o veio do órgão executivo. Este tipo de união garante uma perfeita isolacao eléctrica,evitando
com isso, uma importante

As uniões elásticas com invólucro toroidal podem transmitir momentos torsores entre
20…25000N.m sendo os diâmetros dos veios de 14 a 200mm. Deste modo não há necessidade
para cálculos de verificação de resistência visto que os momentos transmitidos são menores que
o valor máximo que estes podem transmitir. A designação da união é
2  320  56 MN 5809  65 ,e tem as seguintes dimensões:

Tabela 19: Dimensões da união

D L D1 D2 l l1 l2

320 282 260 180 50 30 75

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Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

Figure 21:Uniao elástica com invólucro toroidal

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 82


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

FUNDAMENTOS
Os fundamentos são componentes das construções dos accionamentos que servem para
posicionar os órgãos, alinhar no sentido horizontal, angular e vertical. Servem também para
absorver choques e vibrações, sendo que as vezes ajudam a dissipar o calor durante o
funcionamento. Para alem da resistência mecânica os fundamentos devem ser rígidos, capazes de
suportar as forças que se fazem sentir e ser de material barato. Para o presente projecto foi usado
um fundamento soldado. São mais económicos e vantajosos uma vez que se trata de producao
unitária.

Construção do fundamento
A construção do fundamento faz-se em duas projecções. A forma e as dimensões de gabarito são
definidas pelo esquema geral do accionamento e pelas dimensões deste. Podendo ser de forma
aproximadamente rectangular mas também pode assumir outras formas como L e T.

Para fazer o fundamento, é preciso determinar as coordenadas das patas do motor e do redutor.
As posições mútuas dos eixos do motor e do redutor determinam os níveis das sapatas do
fundamento, o comprimento (L) e a largura (B) do fundamento. A altura da base (H) deve
conferir bastante rigidez ao fundamento. Da prática de construção adoptam-se valores
H  0,09  0,11  L . As dimensões do fundamento são arredondadas.

A espessura mínima das paredes externas e dada pela seguinte fórmula:

  1012   N

Onde:

N  0,25  2  L  B  H 

H  980mm

B- e a largura ou a largura média do fundamento, em metros; valor mínimo de  é de


7mm;   7mm

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 83


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

15. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES


Após da execução do presente relatório pode-se concluir que a maior parte dos objectivos foram
alcançados, na medida que durante a execução do mesmo foi necessário efectuar diversas
consultas bibliografias especificas para além de ter constituído uma oportunidade para a
familiarização dos documentos técnicos, tal como e o caso de catálogos. Embora frisar que
alguns cálculos efectuados os coeficientes escolhidos a apresentam uma certa diferença
comparativamente aos que são aplicados na pratica como é o caso das transmissões.

Ao longo da realização do trabalho, salientar que nem todas dimensões foram normalizadas uma
vez que originava um certo sobredimensionamento.

Para a lubrificação dos rolamentos, usou-se a projecção do óleo para a tampa e paredes do
redutor. Procedimento insuficiente, uma vez que a velocidade é inferior a 3m/s. Seria então,
conveniente usar a lubrificação por mecha ou a jacto.

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 84


Tarefa técnica (Accionamento de um transportador por cadeia)

16. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1- Guia para o cálculo cinemático de accionamentos - Rui V. Sitoe, I. V. Iatsina - Departamento


de engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane – Maputo, 1996;

2– Cálculo de transmissões por engrenagens – Rui V. Sitoe, I. V. Iatsina - Departamento de


engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane – Maputo, 1991;

3- Atlas de Construção de Máquinas, Volumes I, II e III - D. N. Reshetov - Renovada Livros


Culturais Ltd - Rio de Janeiro, 1979;

4- Resistência dos Materiais , Volume II - Welzk, Frank Joachim, Ministério do Ensino


Técnico e Superior da ex – RDA - Dresden, 1985;

5- Apontamentos da disciplina Orgãos de máquinas I, 2005;

6- Apontamentos da disciplina Orgãos de máquinas II, 2006;

7-PACЧЕТ υпроекмυроаНυе, 1988 (em russo)

8-Catálogo de rolamentos “FAG”

9-Apontamentos das cadeiras anteriores.

10-Desenho técnico Básico;

11-Projecto mecânicos antigos de Salva Fotine (2006);

- Salva Fotine (2006);

-Isidro Julião Salatiliel;

-Gerson Morais(2011);

Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 85


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Mussumarque, Beatriz Manuel 6/14/2012 pág. 86

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