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Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução,
deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores.
Custódio Lúrio
Jerónimo Simão
& '
Bem+vindo ao Módulo de Electrodinâmica Clássica ................................................... 1
Objectivos do curso .......................................................................................................... 1
Objectivos.... ........................................................................................ 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 2
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 2
Ícones de actividade .......................................................................................................... 4
Acerca dos ícones .......................................................................................... 4
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 5
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 6
Tarefas (avaliação e auto+avaliação)................................................................................. 6
Avaliação .......................................................................................................................... 7
(
Aparato Matemático (Análise Vectorial) ......................................................................... 9
Introdução ................................................................................................................ 9
) *' +
1.1. Campos Escalares. O Gradiente de um Campo Escalar em diferentes coordenadas e
suas Propriedades ............................................................................................................ 10
Introdução .............................................................................................................. 10
Sumário ........................................................................................................................... 18
) *' , ,,
1.2. Campos vectoriais. Fluxo de um campo vectorial. Teorema de Ostroradsky Gauss22
Introdução .............................................................................................................. 22
Sumário ........................................................................................................................... 29
) *'
1.3. Circulação e Rotacional de um campo vectorial. .................................................... 33
Teorema de Stokes e Teorema de Green ........................................................................ 33
Introdução .............................................................................................................. 33
Sumário ........................................................................................................................... 43
) *' - -.
1.4. Operações diferenciais de 2ª ordem ......................................................................... 46
Introdução .............................................................................................................. 46
%
Sumário ........................................................................................................................... 53
) *' /
1.5. Função de Dirac e suas propriedades....................................................................... 57
Aplicação da função Delta ............................................................................................. 57
Introdução .............................................................................................................. 57
Sumário ........................................................................................................................... 62
) *' . .-
Revisão da Unidade 1 ..................................................................................................... 64
Introdução .............................................................................................................. 64
, .(
Electrostática ................................................................................................................... 69
Introdução .............................................................................................................. 69
) *' /+
2.1. Carga eléctrica e suas propriedades. Lei de Coulomb ............................................. 70
Introdução .............................................................................................................. 70
Sumário ........................................................................................................................... 74
Exercícios........................................................................................................................ 75
) *' , //
2.2. Vectores do campo Electrostático no Vácuo ........................................................... 77
Introdução .............................................................................................................. 77
Sumário ........................................................................................................................... 81
Exercícios........................................................................................................................ 82
) *' 0-
2.3. Equações principais de Electrostática. Potencial electrostático.............................. 84
Introdução .............................................................................................................. 84
Sumário ........................................................................................................................... 86
Exercícios........................................................................................................................ 88
) *' - (+
2.4. Lei de Gauss e Simetria ........................................................................................... 90
Introdução .............................................................................................................. 90
Sumário ........................................................................................................................... 93
) *' (/
2.5. Electrostática e condições de Fronteira ................................................................... 97
Introdução .............................................................................................................. 97
Sumário ......................................................................................................................... 105
Exercícios...................................................................................................................... 106
-
Movimento de cargas num campo eléctrico. Correntes estacionárias e Magnetostática114
Introdução ............................................................................................................ 114
) *'
3.1. Movimento de cargas num campo eléctrico. Correntes estacionárias ................... 115
Introdução ............................................................................................................ 115
Sumário ......................................................................................................................... 120
Exercícios...................................................................................................................... 122
) *' , ,
.2. Magnetostática ......................................................................................................... 123
Introdução ............................................................................................................ 123
3.2.1.Campo originado por cargas em movimento.Força de Lorentz e campo magnético.
Lei de Biot+Savart e suas aplicações............................................................................. 124
Sumário ......................................................................................................................... 128
Exercícios...................................................................................................................... 130
) *' ,
3.3. EQUAÇÕES PRINCIPAIS DA MAGNETOSTÁTICA. POTENCIAL VECTOR132
Introdução ............................................................................................................ 132
Sumário ......................................................................................................................... 137
Exercícios...................................................................................................................... 139
Introdução ............................................................................................................ 140
Auto+avaliação ................................................................................... 144
- -.
Conceitos e Equações Fundamentais de Electrodinâmica ............................................ 146
Introdução ............................................................................................................ 146
) *' -/
4.1. Campo electromagnético. Concepção e fundamentação da teoria do campo
Electromagnético .......................................................................................................... 147
Introdução ..................................................................................................................... 147
Sumário ......................................................................................................................... 153
Exercícios...................................................................................................................... 155
) *' , .
4.2.Potenciais Electrodinâmicos. Calibração dos potenciais. Invariância dos
potenciais electromagnéticos em relação a transformação de calibração ..................... 156
Introdução ............................................................................................................ 156
%
) *' ..
4.3. Densidade de energia do campo magnético e densidade do fluxo de energia ....... 166
Introdução ............................................................................................................ 166
Sumário ......................................................................................................................... 171
Exercícios...................................................................................................................... 172
) *' - /-
Lei de conservação do Impulso do campo electromagnético (tensor Maxwelliano das
tensões) ......................................................................................................................... 174
Introdução ............................................................................................................ 174
Sumário ......................................................................................................................... 178
Exercícios...................................................................................................................... 179
# *1 0+
Revisão da Unidade 4 ................................................................................................... 181
Introdução ............................................................................................................ 181
0.
Ondas Electromagnéticas.............................................................................................. 186
Introdução ............................................................................................................ 186
) *' 0/
5.1.Concepção de Onda Electromagnética ................................................................... 187
Sumário ......................................................................................................................... 192
Exercícios...................................................................................................................... 194
) *' , (/
5.3. Onda Plana ............................................................................................................. 197
Introdução ............................................................................................................ 197
Sumário ......................................................................................................................... 206
Exercícios...................................................................................................................... 207
) *' ,+0
Introdução ............................................................................................................ 208
5.4.1. Onda Plana Monocromática (senoidal)............................................................... 208
Sumário ......................................................................................................................... 214
Exercícios...................................................................................................................... 215
) *' - , .
5.6. Difracção das ondas Electromagnéticas. Fórmula de Kirchhoff. .......................... 216
Introdução ............................................................................................................ 216
Sumário ......................................................................................................................... 225
Exercícios...................................................................................................................... 227
_Toc277751071
) *' ,,0
5.8.Difracção de Fraunhofer ......................................................................................... 228
Introdução ............................................................................................................ 228
Sumário ......................................................................................................................... 231
Exercícios...................................................................................................................... 233
. , (
Balanço Energético ....................................................................................................... 239
Introdução ............................................................................................................ 239
) *' ,-+
6.1. Dedução da Equação de Balanço de Energia......................................................... 240
Introdução ............................................................................................................ 240
Sumário ......................................................................................................................... 246
Exercícios...................................................................................................................... 248
) *' , ,-(
6.4. Aplicação dos Resultados Obtidos ........................................................................ 249
Introdução ............................................................................................................ 249
Sumário ......................................................................................................................... 254
Exercícios...................................................................................................................... 255
/ , /
Campo Electromagnético em Substância. .................................................................... 257
Permissividades e Susceptibilidades............................................................................. 257
Introdução ............................................................................................................ 257
) *' , 0
7.1.Campo Electromagnético em Substância. Permissividades e Susceptibilidades.... 258
Introdução ............................................................................................................ 258
%
# *1 ,/+
) *' , ,/
Polarização de Substância. Vector de Polarização (Intensidade de Polarização) ......... 271
Introdução ............................................................................................................ 271
Sumário ......................................................................................................................... 277
Exercícios...................................................................................................................... 278
# 2 *1 ,/0
) *' ,0+
7.1.6. Densidade de Carga Induzida. Susceptibilidade da Carga Induzida. Corrente de
Polarização .................................................................................................................... 280
Introdução ............................................................................................................ 280
Sumário ......................................................................................................................... 289
Exercícios...................................................................................................................... 290
) *' - ,(
7.1.8. Sistema Completo das Equações do Campo Electromagnético em Substância . 291
Introdução ............................................................................................................ 291
Sumário ......................................................................................................................... 299
Exercícios...................................................................................................................... 300
) *' +,
7.1.9. Condições de fronteira para os vectores do campo............................................. 302
Introdução ............................................................................................................ 302
Sumário ......................................................................................................................... 309
Exercícios...................................................................................................................... 310
& '
3 4 5
678
Quando terminar o estudo do Módulo de !" #$ %
você será capaz de:
* + ,
As tarefas de avaliação para este módulo encontram+se no final de cada
lição. Sempre que necessário, dão+se folhas individuais para desenvolver
as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos
encontram+se no final do módulo.
# " $ -
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do módulo. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este módulo.
%
Ao longo deste manual, irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
:
Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por
“adrinka”. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África Ocidental,
datam do século XVII e ainda se usam hoje em dia.
Os ícones incluídos neste manual são... (ícones a ser enviados + para efeitos
de testagem deste modelo, reproduziram+se os ícones adrinka, mas foi+lhes
dada uma sombra amarela para os distinguir dos originais).
(excelência/
autenticidade)
4 *' *' ; = ! ;
<
“ “ “ ” Apoio /
” encorajamento
”
(fortitude /
) preparação) <
@ ='
A 7
Caro estudante!
Para frequentar com sucesso este módulo, terá que buscar através de uma
leitura cuidadosa das fontes de consulta a maior parte da informação ligada
ao assunto abordado. Para o efeito, no fim de cada unidade, apresenta+se
uma sugestão de livros para leitura complementar;
Antes de resolver qualquer tarefa ou problema, o estudante deve certificar+se
de ter compreendido a questão colocada;
É importante questionar se as informações colhidas na literatura são
relevantes para a abordagem do assunto ou resolução de problemas;
Sempre que possível, deve fazer uma sistematização das ideias apresentadas
no texto.
Desejamos + lhe muitos sucessos!
! B
Dúvidas e problemas são comuns ao longo de qualquer estudo. Em caso de
dúvida numa matéria, tente consultar os manuais sugeridos no fim da lição e
disponíveis nos Centros de Ensino à Distância (CEAD) mais próximos. Se
tiver dúvidas na resolução de algum exercício, procure estudar os exemplos
semelhantes apresentados no manual. Se a dúvida persistir, consulte a
orientação que aparece no fim dos exercícios. Se a dúvida persistir, veja a
resolução do exercício.
Sempre que julgar pertinente, pode consultar o tutor que está à sua
disposição no CEAD mais próximo.
Não se esqueça de consultar também colegas da escola que tenham
compreendido ou feito a cadeira de Electrodinâmica Clássica, vizinhos e até
estudantes de universidades que vivam na sua zona e tenham ou estejam a
fazer cadeiras relacionadas com Electrodinâmica Clássica.
< @ *' 4
*' $
Ao longo deste módulo, irá encontrar várias tarefas que acompanham o seu
estudo. Tente sempre solucioná+las. Consulte a resolução para confrontar o
seu método e a solução apresentada. O estudante deve promover o hábito de
pesquisa e a capacidade de selecção de fontes de informação, tanto na
Internet como em livros. Consulte manuais disponíveis e referenciados no
fim de cada lição para obter mais informações acerca do conteúdo que esteja
a estudar. Se usar livros de outros autores ou parte deles na elaboração de
algum trabalho, deverá citá+los e indicar esses livros na bibliografia. Não se
esqueça que usar um conteúdo, livro ou parte do livro em algum trabalho,
sem referenciá+lo é plágio e pode ser penalizado por isso. As citações e
referências são uma forma de reconhecimento e respeito pelo pensamento de
outros. Estamos cientes de que o estimado estudante não gostaria de ver uma
ideia sua a ser usada sem que fosse referenciado, não é?
*'
O Módulo de Electrodinâmica Clássica terá e " . " *
que deverá ser feito no Centro de Recursos mais próximo, ou em local a ser
indicado pela administração do curso. O calendário das avaliações será
também apresentado oportunamente.
! 5 & $
C *'
Para poder seguir este módulo sem maiores dificuldades, espera+se que
você tenha uma preparação adequada em Matemática para além de bases
em Física. Isso implica bom conhecimento de cálculo avançado, um
conhecimento básico de equações diferenciais e álgebra. Um
conhecimento rudimentar de números complexos, de matrizes e de séries
de Fourier.
Dedicaremos um pouco de tempo à Análise Vectorial que está
relacionada, de várias maneiras, com o material desenvolvido neste
módulo.
Esta unidade é composta por cinco temas:
O primeiro tema é sobre Campos escalares. O gradiente de um campo escalar
em diferentes coordenadas e suas propriedades;
O segundo tema é sobre campos vectoriais. Fluxo de um campo vectorial.
Teorema de Ostrogradsky Gauss;
O terceiro tema é sobre Circulação e Rotacional de um campo vectorial.
Teorema de Stokes e de Green.,
O quarto tema é sobre, Operações diferenciais de 2ª ordem. Operador de
Laplace.O potencial vector;
O quinto tem é sobre Função de Dirac e sua aplicação.
< !
D -D++ A
Esta Unidade tem cinco lições, estando previsto para cada uma delas um
tempo de estudo de 2 horas e a lição número 6 tem 4 horas é de revisão de
toda a unidade. Este número de horas é um indicativo para você para ter um
apoio para gerir melhor o seu tempo; e é considerado suficiente para você
conseguir atingir os objectivos definidos no início de cada lição. Todavia,
pode ser que você leve menos tempo numa lição e mais tempo noutra, não há
nenhum problema, desde que consiga apreender.
) *'
E E ! E6F ! @
!
C *'
O estudo de Gradiente de um campo escalar e tem muita importância para o
curso de Física que você vai frequentar. O tema constitui uma ferramenta
matemática para o estudo de várias áreas da ciência e da tecnologia.
< ! *' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
Nesta lição, você deverá prestar muita atenção nos seguintes termos e
conceitos:
• Campo; campo escalar;
<
• Linhas de níveis; superfícies de níveis;
• Derivada direccional;
Gradiente de um campo escalar
/0/0/0 ) # "1
& # "1 é a grandeza que quantifica as acções à distância.
O campo pode ser escalar ou vectorial. Quando o campo assume forma
vectorial, tem associado linhas de campo.
/0/020 . "1 # "1 0 3 1 *
4
O campo de temperaturas e o campo electrostático, fornecem um
exemplo de campo escalar.
& ' Denomina+se à lei de correspondência
que associa a cada ponto do espaço, ou de uma parte do espaço, uma
grandeza escalar.
Um campo escalar descreve+se mediante uma função escalar do
ponto M.
= ( )
Se introduzirmos um sistema cartesiano de coordenadas x, y, z
teremos,
= ( , , ).
Geometricamente, um campo caracteriza+se pelas superfícies de
nível. Denomina+se superfície de nível de um campo escalar o lugar
geométrico dos pontos aos quais a função escalar do campo associa
um certo valor constante. A equação de superfície de nível será, pois,
( , , ) = , onde C = constante.
Se um campo de temperatura for produzido por uma fonte
pontual de calor num meio homogéneo e isótropo, as superfícies de
nível serão as esferas com centro na fonte de calor (campo centro+
simétrico).
No caso de uma fonte linear, rectilínea, infinita, uniformemente
aquecida, as superfícies de nível (superfícies isotérmicas) serão os
cilindros coaxiais cujo eixo coincide com a fonte de calor.
Um campo escalar chama+se se, o campo de duas
dimensões induzido por este campo sobre cada plano paralelo a um
plano dado, for o mesmo.
Se identificarmos um destes planos com o plano coordenado
xoy, a função do campo tomará a forma = ( , ), isto é, será
independente da coordenada z.
Do ponto de vista geométrico, os campos planos caracterizam+se
pelas linhas de nível. Denomina+se o lugar geométrico
dos pontos aos quais a função escalar associa um certo valor
constante.
/0/050
Seja dado um campo escalar descrito pela função = ( ).
Tomemos no espaço um ponto M0 e escolhamos uma direcção
determinada pelo vector . Em seguida, tomemos um outro ponto M
de modo que o vector 0 seja paralelo a . Consideremos a
diferença = ( )− ( 0 ) e designemos por o
limite denomina+se de = ( ) em 0 na
∂
direcção de e designa+se , isto é, por definição
∂
∂ ( )− ( )
= lim = lim 0
→ 0, 0 .
∂
A derivada direccional assim definida é invariante, ou seja,
independente da
escolha
particular de
coordenadas.
0/0/
Suponhamos
que num
sistema cartesiano de coordenadas o campo se dê pela função
( ) = ( , , ) a qual é derivável em 0 ( 0 , 0 , 0 ) , então a
derivada numa direcção dada para uma função u=f(x,y,z) é:
∂ ∂ ∂ ∂
/ = / cos α + / cos β + / cos γ
∂ ∂ ∂ ∂
(1)
onde α , β , γ são os ângulos entre a direcção e os eixos
correspondentes das coordenadas e os cosenos directores
cos α , cos β , cos γ do vector = 1 + 2 + 3 encontram+
= + +
2 2 2
1 2 3
4060 A derivada numa direcção dada caracteriza a velocidade com
que varia a função nesta direcção. As notações
∂ ∂ ∂
, , significam que as derivadas parciais são
∂ 0 ∂ 0 ∂ 0
calculadas no ponto 0.
∂ ∂
= = 4.(− 1) + 4.0 + 4.0 = −4
∂ 0 ∂τ 0
∂ ∂ ∂
= cos α + α, (2)
∂ 0 ∂ 0 ∂ 0
∂ ∂ ∂ ∂
( ' = 4 ; ( ) = 4; = −6 ; ( ) = 0
∂ ∂ ∂ ∂
1 3
cos α = cos120 = − ; α= 120 = Assim,
2 2
∂ ∂ ∂
= cos α + α = −2 como se trata de um campo plano e a
∂ ∂ ∂
função z(x,y) é diferenciável.
/0/0809 " "1
Para descrevermos este operador, importa primeiro falar do
operador nabla.
)1 4 7
→
O operador nabla ∇ , assim definido, revelou+se um
! " # de grandes recursos, capaz de transformar um escalar
num vector, um vector num escalar, ou noutro vector.
Este operador não tem significado físico nem geométrico. Por ser
operador, pode+se, à esquerda, aplicá+lo a uma função à direita. Ex.
∇; .∇ ∇.
Se uma grandeza escalar V varia no espaço, constituindo o que se
chama, de forma expressiva, um campo escalar, isto é, se
$ = $ ( , , ), (onde essa função V deve ser uma função contínua de
ponto e apresentar uma variação elementar dV) é possível conceber um
vector derivando desse campo escalar, cujas componentes são
respectivamente, as derivadas parciais de V:
∂$
"
∂
∂$
"
∂
∂$
"
∂
∂ ∂ ∂ ( 0) +( − 0) +( − 0)
2 2 2
−
isto é, o vector unitário de %0 % .
+ +
" = = , " = 1 + + 1 +
0
2
+ 2
0 2 0
/0/0;0 )1 9 #
• 9 " 7 $
Seja o campo escalar $ = $ ( 1 , 2 , 3 )
1 ∂$ 1 ∂$ 1 ∂$
" $ = 1 + sendo 2 + 3
&1 ∂ 1 &2 ∂ 2
, &3 ∂ 3
&1 , & 2 & 3 coeficientes métricos (ou seja, coeficientes de Lamé).
2 2 2
∂ ∂ ∂
& = + + , = 1,2,3.
∂ ∂ ∂
• 9 "# #
Seja $ = $ (ρ , ϕ , )%
∂$ 1 ∂$ ∂$
" $= ρ + ϕ +
∂ρ ρ ∂ϕ ∂
• 9 " " *
seja $ = $ ( ,θ , ϕ )
∂$ 1 ∂$ 1 ∂$
" $= + θ + ϕ
∂ ∂θ θ ∂ϕ
/
3 * "
2 2 2
∂$ ∂$ ∂$ ∂$
max = " = + +
∂ ∂ ∂ ∂
(3)
(o gradiente é invariante com respeito ao sistema de coordenadas).
O gradiente segundo a (3) indica a direcção na qual a taxa de
variação do campo é maior no ponto dado.
9 "
" =" $
0/02
% ( " $) * *
*
+
/0/0<0 " = 1 " 9
" *
→ → →
. ∇ (φ ± ϕ ) = ∇ φ ± ∇ ϕ
→ → →
. ∇ (φϕ ) = ϕ ∇ φ + φ ∇ ϕ
2
• # "1 é a grandeza que quantifica as acções à distância. O
campo pode ser escalar ou vectorial. Quando o campo assume
uma forma vectorial, tem associado linhas de campo.
• Denomina+se a lei de correspondência que associa
a cada ponto do espaço, ou de uma parte do espaço, uma
grandeza escalar. O campo de temperaturas, o campo
electrostático, fornecem um exemplo de campo escalar.
• Denomina+se o lugar
geométrico dos pontos aos quais a função escalar do campo
associa um certo valor constante. A equação de superfície de
nível será, pois, ( , , ) = , onde C = constante.
• Um campo escalar chama+se se o campo de duas
dimensões induzido por este campo sobre cada plano, paralelo a
um plano dado, é o mesmo. Se identificarmos um destes planos
com o plano coordenado xoy, a função do campo tomará a forma
= ( , ), isto é, será independente da coordenada z.
• Os campos planos caracterizam+se pelas linhas de nível.
Denomina+se o lugar geométrico dos pontos aos
quais a função escalar associa um certo valor constante.
denomina+se de = ( ) em 0 na
∂
direcção de e designa+se , isto é, por definição
∂
∂ ( )− ( )
= lim = lim 0
→ 0, 0 .
∂
• Se uma grandeza escalar V varia no espaço, constituindo o que se
chama, de forma expressiva, um campo escalar, isto é, se
$ = $ ( , , ), (onde essa função V deve ser uma função
contínua de ponto e apresentar uma variação elementar dV) é
possível conceber um vector derivando desse campo escalar e
(
ao ponto 1 (2,3,1) .
'−
" = 3
− '
,
# *' E
∂
=−
cos , ∧ ( ); ∂
=0 ⊥
∂ 2
∂
2. 3 na direcção do vector =− −2 +2
6
3.
12 .
3
4. ,
17
∂
>0)
∂ 0
∂ 3
5. ( =
∂ 2 5
+ +
6.
2
+ 2
+ 2
'−
7. " = 3
− '
) *' ,
E,E ! EG = ! E
< 6 H" F
C *'
O estudo desta lição tem importância para todos os temas das unidades que se
seguem. Deste modo, é necessário que você domine estas operações para não ter
dificuldades em resolver quaisquer exercícios e problemas que envolvam este
conhecimento.
< ! *' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
• Definir um campo vectorial;
• Explicar o conceito de fluxo de um campo vectorial;
• Enunciar o conceito de Divergência de campos vectoriais;
• Indicar o operador divergência em diferentes coordenadas;
678 • Enunciar as propriedades de Divergência e o seu significado
físico;
• Explicar o fluxo de um campo vectorial através de uma
superfície fechada;
• Calcular divergência de um campo vectorial.
Nesta lição, você deverá prestar muita atenção aos seguintes termos e
conceitos :
• Campo vectorial, linhas de campo, campo solenoidal
<
• Fluxo de um campo vectorial
• Divergência de um campo vectorial
0/05
/02020
Φ=Α 3 θ Φ = ∫ 0. /
Φ=Α 3
0/08
& '1 através "
( ) é uma grandeza que mede o
impacto do feixe de linhas de força que atravessa esse
segmento de superfície, na respectiva secção recta,
definida pela projecção da superfície sobre a secção
recta mais próxima e representa+se naturalmente por
Φ=∫ . /
& 1 ) ,éa
diferença entre o número de linhas de campo que entra e o número de linhas de
campo que saem dessa superfície, de acordo com a orientação que as definem,
sendo a normal à superfície sempre dirigida para o exterior.
Por definição: Φ = ∫∫ 1
mas = ρ .$ ⇒ 1 = ρ$ = ρ$ ⇔ Φ = ∫∫ ρ$
∫∫ (
+
, ) = − ∫∫ ,
−
( )
∫∫ (λ +1 , ) = λ ∫∫ , ( ) (
+ 1 ∫∫ , ) para λ e 1
constantes.
Φ = ∑ ∫∫ , ( )
=1
/020;0 ?
→ → → ∫
⋅ = ∇⋅ = lim
→0 $
ou . = ∇. = (∇, ) = ∂8 +
∂7 ∂6
+
∂ ∂ ∂
sendo X,Y e Z componentes de .
A integral da divergência de um vector, estendida ao volume é igual ao
fluxo que, de fora para dentro, atravessa a superfície regular que limita o volume.
)7 . A Divergência transforma campos vectoriais em campos escalares;
isto é, aplica+se a um campo vectorial e dá como resultado um escalar.
A divergência de um campo qualquer ! # em M é a densidade
volumétrica do fluxo de ! # neste ponto. Nos pontos onde está satisfeita esta
condição, *+ ,-. ! # ) ao passo que nos pontos onde
*+ ,/. este, é aniquilado.
4060 Se o campo é ao mesmo tempo pontecial e solenoidal então,
*0+ ,1. e a função de pontencial u é harmónica; isto é, satisfaz a
equação de Laplace, = ∇ 2 = 0
∂% ∂. ∂-
3 visto que a fórmula = + + nos dá
∂ ∂ ∂
( ) = ∂( % ) + ∂( . ) + ∂ ( - ) = ∂%
+%
∂
+
∂.
+.
∂
+
∂-
+-
∂
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
∂% ∂. ∂- ∂ ∂ ∂
= + + + % +. +- = . +( ," )
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
( )= . +( ," )
3 * "9 ( ); . () *
, : ; +
,/
"
0/0A
/020<0 " 1 1 1 ?
/020@0 )1 ? " #
• ? "# ) 7 $
Seja = ( 1 , 2 , 3 )
→ 1 ∂ ( 1 & 2 & 3 ) ∂ ( 2 & 1 & 3 ) ∂ ( 3 & 1 & 2 )
= + + .
& 1& 2 & 3 ∂ 1 ∂ 2 ∂ 3
• ? "# #
Seja = (ρ , ϕ , )
→ 1 ∂ 1∂ ϕ ∂
= ( ρ. ρ ) + +
ρ ∂ρ ρ ∂ϕ ∂
• ? "# *
Seja = ( ,θ , ϕ )
1 ∂ ∂ ∂
( )+
→ 1 1
= 2
. ( θ. θ ) + ϕ
2
∂ θ ∂θ θ ∂ϕ
/020A0 . " # "1 > " 1 * * 0)
" 9 ,) BC
2 ' O fluxo total de um campo vectorial através de uma superfície fechada
s é: Φ = ∫∫ 1 = ∫∫∫
$
1 $
0 /0D
(
/ Φ +$ = (
,(
Φ =Φ 1 +Φ 2 = ∫∫ 1 + ∫∫ 1 0
1 2
/ > (
Φ =Φ 1 +Φ 2 +Φ 3 +Φ 4 = ∫∫ 1 + ∫∫ 1 + ∫∫ 1 + ∫∫ 1
1 2 3 4
/
∞
→ 0 ⇒ Φ = lim ∑ 1 = ∫∫∫ 1 $
=1
∫∫ 1
" )( 1 = lim $ →0
$
⇒ $ 1 = lim ∫∫ 1 ⇔ ∫∫∫ 1 $ = lim ∫∫ 1 =Φ
+ + +
2
• Se a cada ponto M do espaço ou de uma região do espaço associarmos
um vector = ( ), então diremos que está definido
+
• 1 através "
( ) é uma grandeza que mede o impacto do feixe de
linhas de força que atravessa esse segmento de superfície, na respectiva
secção recta, definida pela projecção da superfície sobre a secção recta
mais próxima e representa+se naturalmente por,
• 1 ) , é a
diferença entre o número de linhas de campo que entra e o número de
linhas de campo que saem dessa superfície, de acordo com a orientação
que as definem, sendo a normal à superfície sempre dirigida para o
exterior.
• é um campo com linhas de força fechadas. O campo
solenoidal conserva o fluxo.
a) O fluxo muda de sinal ao mudar a orientação da superfície;
b) O fluxo é linear com respeito à adição de campos (sobreposição de campos);
b) O fluxo é aditivo se a superfície s compor+se de um nº finito de pontos s1, s2,
…,sm, cada uma das quais é lisa, então o fluxo do campo ‘a’ (M) através de s será
a soma dos fluxos do vector a (M) através das superfícies s1,s2,…, sm:
• Seja = 8 + 7 + 6 , uma função vectorial contínua e com derivadas
contínuas pelo menos até à primeira ordem. Por definição:
→ → → ∫
⋅ = ∇⋅ = lim
→0 $
ou . = ∇. = (∇, ) = ∂8 +
∂7 ∂6
+
∂ ∂ ∂
sendo X,Y e Z componentes de v.
• A Divergência transforma campos vectoriais em campos escalares; isto
é, aplica+se a um campo vectorial e dá como resultado um escalar.
• A divergência de um campo qualquer ´´a´´ em M é a densidade
volumétrica do fluxo de ´´a´´ neste ponto. Nos pontos onde está satisfeita
esta condição, *+ ,-. ?? ?? ) ao passo que nos pontos
onde *+ ,/. este, é ´´aniquilado.
• Se o campo é ao mesmo tempo pontecial e solenoidal então,
*0+ ,1. e a função de pontencial é harmónica; isto é, satisfaz a
equação de Laplace, = ∇ 2 = 0
'= .
4πε 2
Calcule '+
a) = ( 2
− 2
)+ ( 2
− 2
) + ( 2
− 2
)
b) = 2
− ( 2
+ 3
) + 3 ( 2
+1 )
# *'
∇(φ + ϕ ) = ∇φ + ∇ϕ
∇ • (φϕ ) = ϕ ∇φ + φ ∇ϕ
∇ • (φ )= ∇φ + φ ∇ •
( ∇ = ∇) ( ) 2
+ .∇ 2
4π 5
1 4
4. π-
2
@+ 'AB ( ≠ 0) +
C+ +a) É solenoidal
b) Não é solenoidal
) *'
E E *' ! E
< 2 H < F
C *'
Nesta lição você irá aprender a determinar a Circulação e o Rotacional de um campo
vectorial. Deste modo, é necessário que você domine estas operações para não ter
dificuldades em resolver quaisquer exercícios e problemas que envolvam este
conhecimento como por exemplo, problemas de cálculo de trabalho de um campo de
força ao longo de um determinado segmento.
"1 E2 EE :
Ao completar esta lição, você será capaz de:
∫ (λ
3
1 +1 2 , ) = λ∫(
3
1 , )+ 1∫(
3
2 , ) onde λ e 1 são constantes
numéricas.
b) A circulação é aditiva com respeito à concentração de circuitos:
∫(
31 + 3 2
, )= ∫(
31
, )+ ∫(
32
, )
∫(
D0
, )= − ∫(
0D
, ), onde A e B são respectivamente, a Origem e a
Extremidade de L.
/05050 #$ # " F ( *
(x,y,z)i+Q(x,y,z)j+R(x,y,z)k, então: Γ = % ∫
3
+. +-
2 ' ! # " E 3
" 0 D 3 ) *
A%, ; F., ; F-, ; )
+ ,1. +
Da igualdade ( , )= ( , )+ ( , ) = 2( , ) obtemos
( )=
( , )= 1 ( , )= 1
2 2
( ) = 12 • 22
= , donde
,
.
(2)
D
2 (3,4,5) .
3 O trabalho procurado será igual à circulação do campo de força ao
longo do segmento 1 2 :0 = ∫ (1 , ) = ∫ + +( + + ) .
1 2 1 2
Assim, pelo facto de a circulação ao longo de um circuito fechado não ser nula,
resulta que a integral dependa do caminho de integração.
/05080
..... ....
∂ ∂ ∂ ∂6 ∂7 ∂8 ∂6 ∂7 ∂8
- = [∇, ∇ ]= ∇ =∇∧ = = − + − + −
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
8 7 6
/ 87 6 e, = 8 +7 + 6
O rotacional transforma campos vectoriais em campos vectoriais.
. "1 /0 Encontrar o rotacional do vector =( + ) +( + ) + ( 2
+ )
∂ ∂ ∂
3 rota= .
∂ ∂ ∂
+ + 2
+
2 2G 2G
&= 0 0 G =− + onde ρ 2 = 2
+ 2
. Daqui,
ρ 2
ρ 2
ρ2
em virtude de
( 2
+ 2
≠ 0)
..... ....
∂ ∂ ∂ ∂6 ∂7 ∂8 ∂6 ∂7 ∂8
- = [∇, ∇ ]= ∇ =∇∧ = = − + − + −
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
8 7 6
A ∂ ∂ ∂ ∂ 2G ∂ 2G
&= = 2 + 2 =
∂ ∂ ∂ ∂ +
2
∂ +
2
2G 2G
− 2 0
+ 2 2
+ 2
S 2
+ 2
−2 2 2
+ 2
−2 2
= 2G + =0
A
( 2
+ )
2 2
( 2
+ )
2 2
/
Assim, obtemos que & = 0 por toda a parte, com excepção dos
pontos de oz onde as fórmulas perdem sentido ao se anularem os denominadores.
O campo do vector H é, por conseguinte, irrotacional em todos os pontos do
espaço com excepção dos situados sobre o eixo oz.
O campo vectorial v(x,y,z) para o qual = 0 , diz+se 0 E todo o
campo irrotacional é potencial e o inverso, sendo igualmente verdadeiro.
- ," ;AB ou seja ∇ ∇$ = (∇ ∇ )$ = 0
∂ ∂ ∂
= = 0.
∂ ∂ ∂
2 2 1 2 2
2
1
∫( )= ∫ + +
2 2 2 2
Logo, a integral , não depende da
3 3
2
forma da trajectória L.
Em particular, no caso de campo plano ( ) = %( , ) + .( , )
(1)
ter+se+á
∂ ∂ ∂ ∂. ∂%
( )= = −
∂ ∂ ∂ ∂ ∂
% . 0
/050;0 )1 " * #
• "
→ ∂ ∂ → ∂ ∂ → ∂ ∂ →
= − + − + −
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
• "
→ 1 ∂ ∂ (ρ ϕ ) ∂ ρ ∂ 1 ∂ (ρ ϕ ) ∂ ρ
= − + − + −
∂ρ ρ ∂ρ
ρ ϕ
ρ ∂ϕ ∂ ∂ ∂ϕ
• " *
∂ 1 ∂( )
)− ∂ ∂ 1 ∂
)− ∂
→
=
1
( θ. θ
+
1
− ϕ
+ (
θ ∂θ
ϕ θ θ ϕ
∂ϕ θ ∂ϕ ∂ ∂ ∂θ
0/0/E
#0 3 * )1
4 () () *
* +
A definição dada, como a dos demais operadores diferenciais estudados, é
puramente matemática. O rotacional encontra, no entanto, diversas aplicações
(
/050<0 " = 1 )1
→
→ →
→ → → → → → → → → → →
. ∇ ∧ ± =∇∧ ± ∇∧ . ∇⋅ ( ∧ )= ⋅∇∧ − ∇∧
→ → → → → →
. ∇ ∧ φ = ∧ ∇φ + φ ∇∧
2 ( 4 '0 3)
" 1 ) ) 3+
∫1 = ∫∫ 1
1= &
, " ;
0/0//'
&
2 = ( Γ =Γ 1 + Γ 2 Γ←"
∫1
2 ( 1 = lim →0H
∫∫ 1
1 = lim $ →0
$
. I
∂ ∂ ∂
= = (2 − 1) .
∂ ∂ ∂
2
−
Donde segundo o Teorema de Stokes,
2π 2
ρ2 2
= ∫∫ ( ) σ = ∫∫ (2 − 1) σ = ∫ ϕ ∫ (2 ρ cos ϕ − 1)ρ ρ = −2π = −4π
0
,
∑ 2 0
∑ 0 0
-
∫ + .(- + ) θ θ ϕ=∫ + (- + ) 2
θ ϕ
3 3
E " ( ∫( , ) = ϕ( 2 ) − ϕ( 1 )
1
= 2
+ 2
+ 2
, é conservativo.
relações %( , , ) = ∂ϕ , .( , , ) = ∂ϕ , -( , , ) = ∂ϕ sejam
∂ ∂ ∂
satisfeitas.
Em nosso caso, %( , , )= 3
, .( , , )= 3
, -( , , )= 3
, visto
" − = ' .
Neste exemplo, a origem das coordenadas, onde está concentrada a carga q, será
um ponto de singularidade do campo E.
∂ ∂ ∂
= ≡ 0.
∂ ∂ ∂
Da fórmula ∫( , ) = ϕ( 2 ) − ϕ( 1 ), resulta
1
∫( , ) = ϕ (2,−1,0) − ϕ (− 1,0,3) = 5 − 5 = − 5 .
1
2 2
Notemos que para o cálculo habitual desta integral é irrelevante a escolha do
caminho que liga os pontos 1 2 . Podemo+la, pois, expressar simplesmente
2 2
∫( , )= ∫ + + .
1 1
2
+ A Circulação de um campo vectorial ao longo de um circuito fechado,
por definição é Γ = 1 ∫ ;
∫1 = ∫∫ 1
de integração: ∫( , ) = ϕ( 2 ) − ϕ( 1 )+
1
1. demonstre que:
= : 2
− 2
2. Calcular a circulação do campo vectorial plano = ,
2
+ 2
+ + − +
b) = H =
1+ 2
+ 2
+ 2 2
+ 2
+ 2
a) ao longo da parábola = 2
do ponto(+1,1) ao ponto (1,1);
# *'
1. a) ' = −∇ b) '=0 c) ' é conservativo ∫' =0
4
2. ( − );
3- 2
3. ( 33/2);
4. ( 0 );
14 2
6. )− ; ) ;
15 3
7.
3
π ( 3
+ 3
) ;
4
) *' -
E-E 6! *1 @ ,I E
6! ) ! E6!
C *'
As operações diferenciais que você vai estudar desempenham um papel muito
importante na física+ matemática. O Laplaciano é um operador de uso corrente
em electricidade, e relativa à função potencial no espaço livre (sem densidade).
Para completar o estudo desta lição você necessitará de cerca de três
horas
< !
*' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Operadores diferenciais;
+ Operadores de segunda ordem;
+ Operador de Laplace;
<
+ O potencial vector;
+ Campos vectoriais e campos escalares.
/080/0 )1 - * 3 "0 ) )1
1
As operações diferenciais de segunda ordem obtêm+se mediante aplicação
repetida do operador ∇ .
-/
(∇, ∇ ) = ∂
+
∂
+
∂
,
∂
+
∂
+
∂ ∂ ∂ ∂
= +
∂
∂ ∂
+
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
∂2 ∂2 ∂2
= + + = .
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
∂2 ∂2 ∂2
= ∇ • ∇ = (∇, ∇ ) = ∇ 2 = + +
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
Este operador desempenha um papel muito importante na Física matemática.
1 1 1 0 1
∇, ∇ = ∇ , ∇ = ∇ , − 2 ∇ = − ∇, 2 = − ∇ 2 ,
0
−
1
2
(∇, ) = −
0 2
− 3 ∇ ,
0
−
− 2 (∇, 0 ) = 3 ( 0 , 0 ) − 2 (∇, 0 ) = 3 − 2 ⋅ = 0
2 2 2
"
∂2 ∂2 ∂2
= ∇ • ∇ = (∇, ∇ ) = ∇2 = + + , = ( , , )
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
" 7 $
1 ∂ ∂ 1 ∂2 ∂2
= ρ + 2 + % = (ρ , ϕ , )
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂ϕ 2 ∂ 2
= ( , , )
" *
1 ∂ ∂ 1 ∂ ∂ 1 ∂2
=
2
+ θ+
2
∂ ∂ 2
θ ∂θ ∂θ
2 2
θ ∂ϕ 2
/08020 ) 1
De uso corrente em electricidade e relativo à função potencial no espaço livre
(sem densidade):
∂ 2$ ∂ 2$ ∂ 2$
∇ 2$ = + + = 0 equação de Laplace.
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
. "1 /. Encontrar todas as soluções da equação de Laplace = 0 que
dependem somente da distância r (da origem ao ponto genérico).
3 devido à simetria esférica das soluções procuradas (a sua
independência de θ ϕ ), a equação de Laplace em coordenadas esféricas
reduz+se a:
1 ∂ ∂
=
2
=0 ( = ( ))
2
∂ ∂
-(
∂
Daqui, 2
= 1 , donde = 1
+ 2 onde são constantes
∂
1 2
quaisquer.
. "1 20 Sejam 001 DD1 duas placas paralelas e infinitas acumuladas com
carga de sinais inversos cujos potenciais são 1 2 . A fim de fixar as ideias,
suponhamos 1 > 2 . Determinar o campo E no espaço compreendido entre as
placas (veja a figura 1.14)
0 /0/8
3 Escolhamos um
sistema de coordenadas
identificando o plano yoz
com a placa 001
positivamente carregada e dirigindo o eixo ox no sentido dos potenciais
decrescentes. Procuremos o potencial escalar do campo como solução de equação
de Poisson. Levando em consideração que as placas são infinitas, concluímos
que as superfícies equipotenciais serão constituídas pelos planos paralelos às
placas donde resulta que a função procurada depende somente da variável x.
∂2
Assim, a equação reduz+se a =0
∂ 2
Visto que o espaço compreendido entre as placas está isento de cargas,
integrando a equação anterior, encontramos:
= 1 _ 2 ( 1 2 tan * ).
Escolhamos constantes 1 2 de modo que a solução anterior satisfaça as
condições de fronteira = 1 para x=0 e = 2 para x=d, onde é a distância
entre as placas. Assim, obtemos 2 = 1 , 2 = 1 + 2 donde
−
2 = 1 , 1 = 2 1
. Substituindo estes valores em = 1 _ 2 ,
− −
encontramos, = 2 1
+ 1 = 1 − 1 2
−
'= 1 2
onde = %. + .. + -.
/08050 ) =
Suponhamos que o campo ( ) = % ( , , ) + .( , , ) + - ( , , ) é
=
solenoidal numa região G, ou seja, . ( ) = 0 para qualquer M em G.
* denomina+se potencial vector do campo vectorial = ( ), o
vector ( ) = %1 ( , , ) + .1 ( , , ) + -1 ( , , ) que satisfaz a condição
( ) = ( ) (1)
.1 ( , , )= ∫2 = 2
-1 ( , , )= ∫ +∫2 = + 2
( , , )= 2
+ ( + 2
).
teremos
Por verificação directa estabelecemos que . = , confirmando assim o
resultado obtido.
1
. "1 2.Valendo+se da fórmula (8) ( )= ∫ [ , ( ' ), ( ) ],
0
encontrar o potencial vector do qual deriva o campo solenoidal
=2 − +2 .
3 o domínio do campo dado é estrelado em relação à origem das
coordenadas, visto que coincide com todo o espaço de três dimensões. Pode+se,
portanto, utilizar a fórmula (8). Para o ponto ' ( , , ), temos
( ') = 2 − +2 . , substituindo a expressão para o produto vectorial
1
( ) = ∫ [− (2 + 2
) + (2 2
−2 ) + (2 2
+ )] 2
=−
1
2 ( + 2
) + 23 ( 2
+ ) +
1
2 ( 2
+ )
0
3 3
[ ( '), ( )] = 2 − 2 [(
= − 2 + 2
) + (2 2
−2 ) + (2 2
+ )]
1 ( )= 2
+ ( + 2
),
2 ( ) = − 1 (2 + 2
) + 23 ( 2
− ) +
1
(2 2
+ ).
3 3
O campo =2 − +2 deriva de cada um destes. Se subtrairmos um
desses campos do outro, obteremos o gradiente de certo campo escalar ( ).
Este gradiente desempenha o papel de constante arbitrária que desaparece ao
tomarmos o rotacional. Encontremos o campo escalar do qual deriva o gradiente
em apreço. Temos:
" ( ) = 1 ( ) − 2 ( ) = 1 (2 + 2
) + 13 ( 2
+2 ) +
1
(2 + 2
).
3 3
A fim de encontrar a função ( ). , voltemos à fórmula
ϕ( , , ) = ∫ %( , 0 , 0 ) + ∫ .( , , 0 ) + ∫ -( , , ) , onde, como
0 0 0
( ) = ∫ 0. +∫
1
3
2
+∫
1
3
2 ( + 2
) + =
1
3
( 2
+ 2
+ 2
)+ ,
0 0 0
onde C é uma constante arbitrária.
. "1 5. Encontrar o potencial vector 7 do campo magnético : devido a
uma carga em movimento rectilíneo e uniforme.
3 : de acordo com a lei de Biot+Savart, o vector do campo magnético H é
dado por:
&( )= [ , ], (9),
4π 3
1 1
= , + , + , = 4π , − + , − + ,−
4π
3
3
3
3
3
3
1 ∂ ∂ ∂
= , + , + ,
4π ∂ ∂ ∂
∂ ∂ ∂ 1
= , + , + , , obteremos = , donde
∂ ∂ ∂ 4π
1
= •
4π
2
As operações diferenciais de segunda ordem obtêm+se mediante aplicação
repetida do operador ∇ .
a) o campo escalar
(∇, ∇ ) = " = ou,
b) o campo vectorial
[∇, ∇ ] = " . mas " =0
e ∇ (∇, ) = " .
c) ao campo escalar
(∇, [∇, ]) = , mas =0 ou
d) ao campo vectorial
[∇, [∇, ]] = .
A operação diferencial " = (∇, ∇ ) merece atenção especial.
Supondo que a função = ( , ,
) admite derivadas parciais com respeito
a x,y e z até à segunda ordem inclusive, obtemos:
(∇, ∇ ) = ∂
+
∂
+
∂
,
∂
+
∂
+
∂ ∂ ∂ ∂
= +
∂
∂ ∂
+
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
∂2 ∂2 ∂2
= + + = .
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
∂2 ∂2 ∂2
= ∇ • ∇ = (∇, ∇ ) = ∇ 2 = + +
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
) 1
De uso corrente em electricidade e relativo à função potencial no espaço livre
(sem densidade):
∂ 2$ ∂ 2$ ∂ 2$
∇ 2$ = + + = 0 equação de Laplace.
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
Esta equação é particular da de = % aplicável a um volume de densidade
ρ.
∇ 2$ = −4πρ .
Consideremos ainda a operação de segunda ordem = [∇, [∇, ]] . Se
na conhecida identidade para o produto triplo vectorial
[0, [D, ]] = D ( 0, ) − ( 0, D ) escrevemos ∇ no lugar de A e B e em
vez de C, obteremos [∇, [∇, ]] = ∇ (∇, ) − (∇, ∇ ) = ∇ (∇, ) − ∇2 , isto
é,
=" − ,
onde = %. + .. + -.
1. Sabendo que φ , ϕ e representam escalares, funções de ponto, , ,
e 1 vectores funções de ponto, e •1 = 1 + 1" ,
= : determine:
a) ∇ ∧ φ ( ) b) ∇ • (∧) c) ( ∇ ) d)
) =3 2
−3 2
− ( 2
+2 )
) =
2
+2 − 2 ( 2
+ 2
)
1
6. Encontre, mediante a fórmula ( ) = ∫ [ , ( '), ( )] , os
0
potenciais vectores dos quais derivam os seguintes campos solenoidais de
domínio estrelado:
) = ) = 6 − 15 +9 ) =5 2
− 10
7.Mostrar que toda a solução da equação [∇, [ , 0]] − 0 = 0 que for 2
e) " φ =0 f) =" − ∇2
g) " (ξ ) = ′(ξ ) " ξ h) (falta solução)
2
2.
2
+ 2
+ 2
3. (falta solução)
4. (falta solução)
5. a) = +( − ) b) = ( 2
−2 ) c) = ( − )
d) =3 2
+ 2 ( 3
−6 ) e) =− ( + 2
) +( 3
+ 3
)
f) =− ( 2
+
2
) −2
1
6. a) = (− + ) b) = −8 + +7
2
c) =2 2
−3 2
+ 2 2
7. (falta solução)
/
) *'
E E G *' ! ! E
! *' @ *'
C *'
É importante você saber explicar a essência da função Delta de Dirac e enunciar
as propriedades desta. Veja que esta função tem maior importância na
electrodinâmica, sobretudo no capítulo de electrostática.
< !
*' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
<
/0;0/0
Essa função embora possa parecer um pouco estranha, ela é muito útil em
electrodinâmica. Considere a função abaixo:
1
0 , − 0 >
δ ( − 0)=
2 onde m é um escalar positivo com
1, 1
− <
0
2
−1
dimensão . A figura abaixo ilustra esta função.
Considere agora uma região qualquer R sobre o eixo X. Se R conter o
1 1
intervalo 0 − < < 0 + , então a integral de δ ( − 0 ) sobre esta
2 2
região será
sempre igual
à unidade.
Caso
contrário será
nula. Isto é:
0 /0/;
1
0, − 0 > ∉-
∫δ ( ) 2
− 0 =
1, 1
-
− < ∈-
0
2
0, ∉ -, -
∫δ ( − ) =
0 0
0
- 1, 0 ∈ -, 0 -
/0/<
As propriedades desta distribuição que nos interessam são dadas a seguir: esta
distribuição é simétrica em relação ao seu ponto singular e o seu produto por uma
função finita, será sempre igual a zero, excepto para o ponto singular, o que
mostra a equação.
δ( − 0 )= δ( 0 − )
(
( )δ ( − 0 ) = ( 0 )δ ( − 0 )
0, ∉-
∫ ( )δ ( − ) =
0
( ),
0
- 0 0 ∈-
De forma sucinta, essa última equação estabelece que a integral do produto de
uma função pela delta de Dirac é igual ao valor da função no ponto que anula o
argumento da delta.
Para duas e três dimensões, análises similares podem ser feitas. Em duas e três
dimensões, a delta de Dirac é definida como:
δ( − 0)=δ( − 0 )δ ( − 0 ) → 2
δ( − 0)=δ( − 0 )δ ( − 0 )δ ( − 0 )→ 3
As propriedades da delta em 2D e 3D são similares àquelas em 1D.
/0;020 1 * δ( − 0 )
1 2 1
δ( − )= − ∇ .
4π
0
− 0
/0/@
1 1 ∞ π
δ( )= + ∑ cos possui a propriedade de filtragem e pode ser
2 3 3 =1 3
considerada como uma representante da função delta.
90)0:0 = 0
a) representação da densidade de carga ρ ( ) no caso de uma carga pontual q
situada no ponto %( 0 ): ρ( )= δ( − 0 ).
b) representação da densidade cúbica de carga ρ ( ) em caso de uma superfície
S carregada com uma densidade ξ ( 1 , ):
2
ρ ( ) = ξ( 1 , 2 )δ (ν − ν ')
( 1 , 2 são as coordenadas em S; ν é a coordenada ortogonal a S que toma o
valor ν ' em S).
/0/A
( ) =η ( 1 , 2 )δ (ν − ν ')
/0/D
.
/02E
2
A função de Dirac pode ser definida como:
δ( − 0 ) ≡ lim δ ( − 0 ), →∞
Com esta definição, verifica+se que δ ( − 0 )= 0 ≠ 0 ,
0, ∉ -, -
∫δ ( − ) =
0 0
0
- 1, 0 ∈ -, 0 -
= 0
a) representação da densidade de carga ρ ( ) no caso de uma carga pontual q
situada no ponto %( 0 ): ρ( )= δ( − 0 ).
b) representação da densidade cúbica de carga ρ ( ) em caso de uma superfície
S carregada com uma densidade ξ ( 1 , ):
2
ρ ( ) = ξ( 1 , 2 )δ (ν − ν ')
( 1 , 2 são as coordenadas em S; ν é a coordenada ortogonal a S que toma o
valor ν ' em S).
c) representação da densidade da corrente ( ) no caso de uma corrente
superficial distribuída por S com uma densidade η ( 1 , 2 ) :
.
( ) = η ( 1 , 2 )δ (ν − ν ')
d) representação da densidade da corrente ( ) no caso da corrente I que passa
pela linha L
( ) = τ 0 Gδ ( − 0 ),
Sendo a função delta bidimensional; em correspondência com isto, os pontos
( ) %( 0 ) (o último encontra+se na linha L) a integral quebra+se em
qualquer superfície cruzada pela corrente; o versor τ 0 mostra a direcção da
corrente.
= : 1
φ =
π 1+ 2 2
# *'
lim
→ −∞ ∫ φ (ξ )
−∞
ξ = 0; / (0 ) = 0 ⇒ lim ∫ φ (ξ ) ξ = / ( ) , (x=0)
→ −∞
−∞
2 ∞ πξ π
δ( −ξ) = ∑ (0 < ξ < 3 )
3 =1 3 3
) *' .
'
C *'
Chegados ao fim da Unidade 1, é momento de você rever tudo quanto aprendeu
sobre o aparato Matemático que servirá de base para compreender as matérias
que se seguem.
"1
E< EE :
# "1 "1
O campo pode ser escalar ou vectorial. Quando o campo assume forma vectorial,
tem associado linhas de campo.
O campo de temperaturas, o campo electrostático, fornecem um exemplo de
campo escalar.
Denomina+se a lei de correspondência que associa a cada ponto
do espaço, ou de uma parte do espaço, uma grandeza escalar.
Um campo escalar descreve+se mediante uma função escalar do
ponto M, = ( ) . Se introduzirmos um sistema cartesiano de
coordenadas x, y, z teremos = ( , , ).
Denomina+se " "* de um campo escalar o lugar geométrico
dos pontos aos quais a função escalar do campo associa um certo valor
constante. A equação de superfície de nível será, pois, ( , , ) = , onde
C =constante.
• O gradiente de V(gradV) é um vector que dá como resultado a máxima
variação da função e a direcção em que esta máxima variação ocorre.
∂$ → ∂$ → ∂$ →
" $= + + em coordenadas cartesianas.
∂ ∂ ∂
• O gradiente transforma campos escalares em campos vectoriais,
.
∂ ∂ ∂
= + +
∂ ∂ ∂
? " "1
. = ∇. = (∇, ) = ∂8 +
∂7 ∂6
+
∂ ∂ ∂
sendo X,Y e Z componentes de v.
A Divergência transforma campos vectoriais em campos escalares; isto é,
aplica+se a um campo vectorial e dá como resultado um escalar.
O campo v(x,y,z) para o qual . = 0 isto é, o campo vectorial que não
contém origens, chama+se 0
Por definição: Γ = 1 ∫
/ 87 6 e, = 8 +7 + 6
O rotacional transforma campos vectoriais em campos vectoriais.
..... ....
∂ ∂ ∂ ∂6 ∂7 ∂8 ∂6 ∂7 ∂8
- = [∇, ∇ ]= ∇ =∇∧ = = − + − + −
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
8 7 6
Denomina+se potencial vector do campo vectorial = ( ), o vector
( ) = %1 ( , , ) + .1 ( , , ) + -1 ( , ,) que satisfaz a condição
( )= ( )
)1 - * 3 "0 ) )1 1
A operação diferencial " = (∇, ∇ ) merece atenção especial.
Supondo que a função = ( , , ) admite derivadas parciais com respeito
(∇, ∇ ) =
∂
+
∂
+
∂
,
∂
+
∂
+
∂ ∂ ∂ ∂
= +
∂
∂ ∂
+
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
∂2 ∂2 ∂2
= + + = .
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
a x,y e z até a segunda ordem inclusive.
∂2 ∂2 ∂2
= ∇ • ∇ = (∇, ∇ ) = ∇ 2 = + +
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
Este operador desempenha um papel muito importante na Física matemática.
) 1
De uso corrente em electricidade e relativo à função potencial no espaço livre
(sem densidade):
∂ 2$ ∂ 2$ ∂ 2$
∇ 2$ = + + = 0 equação de Laplace.
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
Esta equação é particular da de = % aplicável a um volume de densidade
ρ.
∇ 2$ = −4πρ .
Esta função embora possa parecer um pouco estranha, ela é muito útil em
electrodinâmica. Considere a função abaixo:
1
0 , − 0 >
δ ( − 0)=
2
onde m é um escalar positivo
1, 1
− <
0
2
−1
com dimensão .
1 * δ( − 0 )
1 2 1
δ( − )= − ∇ .
4π
0
− 0
./
= : '
= 1+ 2
+ 2
+ [ (
+ ln + 1 + 2
+ 2
)]
7. Mostre que o potencial escalar ( , , ) de um campo conservativo satisfaz a
equação de Poisson.
∂2 ∂2 ∂2
≡ + + = ρ ( , , ), onde ρ ( , , ) é a divergência do campo +
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
1
8. Encontre, mediante a fórmula ( ) = ∫ [ , ( '), ( )] , os potenciais
0
vectores dos quais derivam os seguintes campos solenoidais de domínio estrelado:
− +
) = 2 cos . ) = , 2
+ 2
> 0.
2
+ 2
90 Mostre lim
→−∞ ∫ φ (ξ ) ξ = / ( )
−∞
para as funções
2 2
−
φ =
π
# *'
1. Na direcção de oy
3
2. 3
3. π 2 (- 2 − -1 ) (- 2 + - 1 )
2
4. É solenoidal
5. (− π ) .
π- 4
60
4
7. Falta solução
1 1
8. a) = . − .
+
b) = −
2
+ 2
9. Falta solução
.(
C *'
Na unidade de , você vai tratar do conceito de " ) ,
tipos de interacções entre as cargas eléctricas e vai perceber que a exposição dos
fenómenos electrostáticos baseia+se frequentemente na lei de Coulomb.
Partiremos do sistema de equações de Maxwell visto na cadeira de Electricidade
e Magnetismo, que nos levará às equações de Electrostática na qualidade de uma
das suas formas particulares. Podemos considerar a electrostática como um
“parágrafo preparatório” da teoria de electromagnetismo que ao estudar permite
assimilar as operações de análise vectorial e as noções mais simples.
Posteriormente, desse material encontrará uma aplicação ao enunciar conceitos
mais complicados. E, finalmente, em electrostática procuramos a fonte de certas
noções que se aplicam extensamente na técnica (potencial, capacidade, etc.).
< !
D +D++ A
Esta Unidade tem 5 lições, estando previsto para cada uma delas um tempo de
estudo de 2 horas. Este número de horas é um indicativo para lhe ajudar a gerir
melhor o seu tempo e é considerado suficiente para você conseguir atingir os
objectivos definidos no início de cada lição.
) *'
,E E J ! ! E) 7
C *'
Os conceitos de " e ) serão introduzidos na base de
teoremas e axiomas simples. Também será abordada a lei de conservação da
carga eléctrica.
Embora você esteja familiarizado com os aspectos quantitativos dos
principais fenómenos nos quais as cargas eléctricas se mantém estacionárias,
importa deduzir neste capítulo certas informações relativas às cargas eléctricas e
às interacções entre elas.
20/0/0 #
Os conhecimentos adquiridos em anos anteriores levam+nos a mencionar
várias propriedades da grandeza carga eléctrica:
Verifica+se que algumas substâncias, por exemplo, âmbar, porcelana,
vidro, betume, etc., sendo submetidas a certas acções, por exemplo, ao atrito,
iluminação pela luz ultravioleta, manifestam a capacidade de interagir. Essa
interacção chama+se
A medida quantitativa das interacções eléctricas, é a " ) . No
entanto, esta definição não é completa e para propor a definição geral é preciso
considerar todas as relações desta interacção.
As observações experimentais permitem classificar as interacções
eléctricas subdividindo+as em dois grupos: *
* 0
Visto esse facto experimental, podemos concluir segundo $ !
8 4 que existem dois tipos de carga eléctrica, nomeadamente as "
" " +
Dois objectos electrizados com cargas eléctricas do mesmo sinal
repelem+se. Dois objectos electrizados com cargas eléctricas de sinais contrários
atraem+se. Foi o físico francês %> % +9?:@59?A@, que conseguiu
estabelecer, em 1785, as leis qualitativas das acções eléctricas, a partir da
experiência com a balança de torção. (Rever).
1 ( ) = 4πε1 . 0 .
2
. .
(1)
0
2 2
1 K K
= 8,988 . 10 9
≈ 9 . 10 9
(3)
4πε 0 2 2
γ .
1" = − . 0
. .
(4)
4π 2
Agora generalizando (1) para n+1 cargas no vácuo, a força numa carga i+ésima
devido à presença das demais será:
1 .
1 = .∑ 0
. .
(5)
4πε 0 =1
2
020/
1 . .
1 = . 0
. .
(6)
4πε 0 2
. .
1 = ∫
0 .
. (7)
4πε 0 2
ρ. $
1 = ∫
0 .
. (10)
4πε 0 2
1 .
1 = . . .
4πεε 0 2 (11)
2
A medida quantitativa das interacções eléctricas, é a carga eléctrica.
As observações experimentais permitem classificar as interacções
eléctricas subdividindo+as em dois grupos: *
* 0
Visto esse facto experimental podemos concluir segundo $ !
8 4 que existem dois tipos de carga eléctrica, nomeadamente as "
" " +
Dois objectos electrizados com cargas eléctricas do mesmo sinal repelem+se,
enquanto que dois objectos electrizados com cargas eléctricas de sinais contrários
se atraem.
A carga eléctrica não se apresenta em qualquer quantidade, mas apenas como
múltiplos inteiros de uma quantidade mínima. A esta quantidade mais pequena
possível chama+se * "* e representa+se por ,
( = 1.602 .10 −19
)
e qualquer carga eléctrica observada pode+se exprimir por
I 0 , sendo um número inteiro, positivo ou negativo.
Generalizando para n+1 cargas no vácuo, a força numa carga i+ésima devido a
presença das demais será:
1 .
1 = .∑ 0
. .
(*)
4πε 0 =1
2
= :
1
4. a) 1 = 1 2
4πε 0 2
λ.
c) 1 = ∫ λ , é a densidade linear da carga.
0
,
4πε 0 0
2
5.a) 1 = ( ˆ + 3 ˆ ).135
10
a) m= 4,36 10 "
3 3
6. 1- = 0,1 − ˆ. +ˆ
2 2
1- = ˆ .0,1 ; 1- = 0,1 ˆ . 1 − ˆ . 3
1 2
2 2
.
7. =−
2 2
//
) *' ,
,E,E & ! &
C *'
Nesta lição, você vai tratar do conceito de campo eléctrico e poderá perceber por que
razão há repulsão ou atracção entre cargas eléctricas.
Para completar o estudo desta lição você necessitará de cerca de três horas
< !
*' D +,D++ A
+ Campo eléctrico;
+ Intensidade do campo eléctrico;
+ Deslocamento eléctrico;
<
2020/0> "1 $ $
G (' ) ( )H
H "1 (' )
Para detectar a existência de um campo electrostático numa certa porção
de espaço, coloca+se em vários pontos, uma carga de prova. Em cada um desses
pontos do espaço, a carga de prova ficará sujeita, por intermédio do campo, a
uma força eléctrica, cuja direcção, sentido e intensidade variam de ponto para
ponto. Caracteriza+se, quantitativamente, o campo definindo para cada ponto P,
o vector campo eléctrico ' , pelo quociente:
( )
' , :=
( )
1 , (12)
0
( )
Em que 1 , é a força que no ponto P actua sobre a carga de prova 0 . Então
terá de ser pontual para não modificar o campo em estudo.
202
205
Se a carga+teste for colocada numa região onde já existem outras cargas, a força
em 0 será a soma vectorial das forças que cada uma das cargas 1 ; 2 ; 3
exerce.
/(
208
1 . . . .
10 = . 0 1
. + 0 2
. + 0 3
.
4πε 0 2 01 2 02 2 03
01 02 03
1 1 .
10 =
4πε 0
0 1
. + 0 2
. + ... + 0
. = ∑ 0
. .
0
4πε 0
01 02 0 2
01 02 0 =1 0
(13)
10 1
= + + ... +
.
. 1
. 2
. .
4πε 0 2 01 2 02 2 0
0 01 02 0
Generalizando, tem+se :
1
'=
4πε 0
∑=1
2
. .
0 (14)
0
1
'= . .
4πε 0 2
1
' = ∫
.
. (15)
4πε 0 2
1 0
' = onde é a carga+teste. Evidencia+se que se for muito grande,
0
poderá modificar a distribuição de cargas responsáveis pelo campo. Para que não
haja interferência dos campos com o produzido pela carga+teste, devemos
considerá+la como pequena. Assim, pode+se definir o campo ' deste modo:
( )
' , := lim
1 , ( )
→0
0
→
7H "
Paralelamente ao vector campo eléctrico, a descrição do campo eléctrico é
também feita através do vector deslocamento de campo que para o vácuo é
definido da seguinte forma: ' ( , )= 0
4π .ε 0 2
→ →
( , )= . (16)
4π 2
2
O campo definindo para cada ponto P, o vector campo eléctrico ' , pelo
quociente:
( )
' , :=
( )
1 , (12)
0
( )
Em que 1 , é a força que no ponto P actua sobre a carga de prova 0 . Então,
terá de ser pontual para não modificar o campo em estudo.
O vector ' , ( )
possui as seguintes
características:
4. mesma direcção que a força eléctrica;
5. mesmo sentido, o da força eléctrica se 0 > 0 ; sentido contrário da força
eléctrica se 0 < 0;
1
6. intensidade, ' = , isto é, a intensidade de ' é numericamente
0
igual à intensidade da força eléctrica por unidade de carga colocada na
região.
−1
A unidade de campo ' no S.I. é o K .
Generalizando, tem+se :
1
'=
4πε 0
∑ =1
2
. .
0
0
= :
# 2 *1
2
1
1. ' =
4πε 0
∑ =1
2
0
;
1 λ
2. ' =
4πε 0 ∫ 2
3. Devido a um disco circular ou espira circular: ' = 2π σ 1 −
2
+ -2
.
Devido a um anel circular: ' =
( )
3
2
+ 2 2
1 ρ. 1
4. ' = = ρ.
3 ε0 3
) *'
,E E K *1 ! ! E
C *'
Você acaba de estudar o campo eléctrico criado por uma carga num certo ponto.
Esse conhecimento é muito importante para a partir dele chegarmos com muita
facilidade à noção de potencial através de certas relações que envolvem um
processo de integração.
Para completar o estudo desta lição você necessitará de cerca de três horas.
< !
*' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
Potencial electrostático
<
= ε' (3)
Escrevendo na forma integral temos:
∫'
3
=0 (4)
∫ = (5)
Como F=Eq, ∫1
3
= ∫' =0⇔ ∫'
3
= ∫∫ ' =0⇒ ' = 0 e da
O aspecto geral desta equação de Poisson para uma região não limitada pode ser
escrita segundo a lei de Coulomb:
1 ρ ( ')
ϕ( ) =
4πε ∫
' (9)
$
− '
20<
B ' destacamos dentro do corpo um elemento infinitesimal de volume
dV de vector de posição ' .
Uma vez que destacamos o elemento infinitesimal este pode ser tratado como
carga pontual de valor dq.
O potencial do campo ϕ excitado por essa carga pontual escreve+se pela
fórmula:
ϕ= (a)
-
()
= ρ '. $ (b) - '
-= − ' (c)
ϕ=∫
()
ρ '. $
$ − '
2
O campo electromagnético excitado pela carga em repouso chama+se
0
Os métodos de electrostática baseiam+se na lei de Coulomb, teorema de Gauss e
no princípio de sobreposição.
0/
= ε' (3)
Escrevendo na forma integral temos:
∫'
3
=0 (4)
∫ = (5)
fundamental e α −1 = 0
. Determine a distribuição de cargas
2
contínuas ou discretas que deverão mudar este potencial.
# 2 *1
1. na forma integral: ∫' = e na forma diferencial: '=ρ;
2. ' = −∇ϕ
3. a) 1j
4. ' ( )= − σ −
2ε 0 -2 + 2
2
5. .ρ = − + exp(− α )α 2 + α + 1
2
. .
6. ϕ = ; '=ˆ
4π ε 0 ( 2
+ -2 ) 1
2
4π ε 0 ( 2
+ -2 )
3
2
7. (falta a solução)
) *' -
,E-E ) F 2
C *'
Nesta lição, você vai tratar da lei de distribuições de cargas eléctricas. A partir
daqui, vai perceber em detalhe como resolver um problema de electrostática que
envolve uma distribuição linear ou superficial, ou volumétrica de cargas partindo
da lei de Gauss.
2080/0 9 3"
A lei de gauss diz que o fluxo eléctrico através duma superfície S fechada é
.
proporcional à carga nela inserida sobre ε 0 , isto é, ∫∫ ' =
ε0
.
,.. .. ∈ ⇒ < -
Generalizando: ∫∫ ' = ε 0
0,... .. ∉ ⇒ > -
208020 9 1 " * " " 7 (λ )
Consideremos como linha infinita dois pontos P1 e P2 figura abaixo. Podemos dizer
imediatamente que, uma vez que P1 e P2 se encontram na mesma situação relativa
face à distribuição de carga, o campo deve ter o mesmo valor em ambos os pontos. O
(
mesmo acontecerá para qualquer ponto situado na circunferência dum círculo centrado
na linha de carga e passando pelos pontos P1 e P2. O ponto P3 encontrar+se+á na
mesma situação se o fio de carga for infinito (no caso do fio ter comprimento finito, só
os pontos muito perto do fio satisfazem a situação ideal do fio infinito).
Se considerarmos uma superfície cilíndrica, o campo terá o mesmo valor em todos os
pontos dessa superfície, mas poderá ter valores diferentes nas bases.
λ λ λ
Pelo Gauss, ∫∫ ' =
ε0
⇒ 2π- ' =
ε0
⇒'=
2π-ε 0
, (14)
Note que λ = ⇒ =λ e =
C0D0:0 0< 6 +σ ,
Consideremos o plano infinito e uma carga distribuída uniformemente sobre todo o
plano com densidade superficial. Vamos supor que o campo eléctrico no caso de não
haver uma outra distribuição de cargas no espaço, é perpendicular ao plano e tem o
mesmo valor para todos os pontos que estão à mesma distância do plano.
Além disso, é óbvio que o campo em dois pontos à mesma distância do plano,
mas em lados opostos é o mesmo, menos o sentido:
20/2
1 = 2 =
Somamos o fluxo através das duas faces
σ.
Pela lei de Gauss, ∫∫ ' =
ε0
(12)
σ. σ
2' = ⇒'= (13)
ε0 2ε 0
Concluímos que o campo eléctrico criado por um plano infinito é uniforme e, portanto,
independente da distância ao plano. No caso dum plano finito, o resultado da equação
anterior será aplicável aos pontos cuja distância à placa é muito menor do que qualquer
dimensão lateral da placa.
O argumento baseado na simetria é o seguinte: todos os pontos que estão à mesma
distância do plano infinito têm uma distribuição de carga absolutamente idêntica e é
lógico que os pontos tenham o mesmo valor do campo. Também é natural que o campo
eléctrico seja igual nos dois lados. Os argumentos anteriores não excluem a hipótese de
o campo vir a fazer um ângulo com a normal ao plano. Mas qualquer valor não nulo do
ângulo, não é coerente com a simetria do plano, porque a única direcção preferencial
ao plano é a da sua normal. Os argumentos expostos acima pressupõem que não existe
nenhuma outra distribuição de cargas no espaço, além da do plano.
ρ
N.B. por Maxwell, temos '= ⇒ ε0 '=ρ
ε0
4π- 3 ρ
; >-
3ε 0
pelo Gauss: ∫∫ ' =
4π ρ ;
3
<-
3ε 0
Aplicando lei de Gauss, conclui+se que o campo fora da esfera é o mesmo que
existiria caso a carga estivesse toda concentrada no centro da esfera.
Consideremos agora o caso em que a carga se encontra distribuída numa
superfície esférica. O campo exterior vai ter novamente simetria esférica e
repete+se o resultado anterior. Não há razão para que a simetria esférica não
exista também dentro da esfera. Mas aqui não existem cargas e teremos campo
eléctrico nulo, consequentemente, a região interior da superfície esférica é uma
região de potencial constante.
Para compreender melhor o papel da simetria, analisemos o caso da figura abaixo
onde a simetria esférica não existe. A carga total é nula mas o campo no exterior
não é zero. Tal facto mostra que nesta situação, a lei de Gauss, ou pelo menos
uma aplicação <<cega>> dessa lei não nos possibilita, por si só, o cálculo do
campo. É necessário ter alguma informação adicional sobre as características
desse mesmo campo.
20/5
Recorde que:
4
ρ= ⇒ = ρ$ = π- 3 ρ
$ 3
Comparando os dois membros :
4π- 3 ρ ρ- 3
1º) 4π 2 ' = ⇒'=
3ε 0 3ε 0 2
4π 3 ρ ρ.
2º) 4π ' = ⇒'=
2
3ε 0 3ε 0
2
A lei de Gauss diz que: o fluxo eléctrico através duma superfície S fechada é
.
proporcional à carga nela inserida sobre ε 0 , isto é, ∫∫ ' =
ε0
.
,.. .. ∈ ⇒ < -
Generalizando, ∫∫ ' = ε 0
0,... .. ∉ ⇒ > -
para uma linha infinita com uma distribuição linear de carga (λ )
Consideremos a linha infinita.
Por questões de simetria, o campo tem que ser radial, pelo que a contribuição das
bases para o fluxo é nula ( ' ⊥ ) . Assim, há fluxo apenas através da superfície
cilíndrica, sendo este igual a vezes a área dessa superfície.
Consideremos o plano infinito e uma carga distribuída uniformemente sobre todo
o plano com densidade superficial.
Concluímos que o campo eléctrico criado por um plano infinito é uniforme e,
portanto, independente da distância ao plano. No caso dum plano finito, o
σ
resultado da equação ' = será aplicável aos pontos cuja distância à placa
2ε 0
é muito menor do que qualquer dimensão lateral da placa.
(
6ε 0
'- = ˆ , '- ≡
c) (
4 π ε 0 10 −10 ) 2
ˆ= `
2. a) A carga numa coroa esférica entre r+dr é = ρ .4 π 2
.
-
. = ∫ ρ .4 π 2
.
0
.
' = -ˆ >-
4π ε 0 2
b) 2
.
= -ˆ <-
4π ε 0 - 4
.
φ= >-
4π ε 0
c) 3
. .
= φ (- ) − ∫ ' . = − <-
-
3π ε 0 - 12 π ε 0 - 4
. 1
'( ) = + ∫ ρ ( ).4 π
2
4π ε 0 2
4π ε 0 2
3.
. 1
2
'( ) = + ∫ ρ ( ).4 π
2
4π ε 0 4π ε 0
Derivando em ordem a r ambos os membros da equação anterior e
' 2ε 0 '
fazendo = 0, obtém+se ρ ( ) =
10
4. . = × 10 −5
9π
(/
) *'
,E E *1 G
C *'
Nesta lição, você vai tratar de problemas de Electrostática. Vai poder ver que o
conhecimento do potencial como função das coordenadas do espaço, permite+nos
determinar facilmente o campo eléctrico '. Vai estudar alguns teoremas e
condições fronteira que determinam a solução correcta entre várias soluções
possíveis uma delas que corresponde a condições dadas e impostas pela situação
física particular.
Para completar o estudo desta lição você necessitará de cerca de três
Horas.
< !
*' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
20;0/0 $ - *
Existem dois tipos de problemas:
90 conhecendo o potencial da região fronteiriça e pretendendo calcular o
potencial em qualquer ponto no interior da região (R). A este problema
matemático chama+se & > 0
C0 conhecendo a derivada do potencial na região fronteiriça na direcção da
normal e pretendendo calcular o potencial em qualquer ponto no interior da
região (R). Neste caso, o problema matemático denomina+se 3 0
∇2( 1 1 + 2 2 + ... + ) = 0 ⇒ ( 1 1 )+ ( 2 2 ) + .. + ( )= 0 ⇒ 1 +
1 2 2 + ... + =0
⇒ 1 1 = 0∧ 2 2 = 0 ∧ .... ∧ =0⇒ =0 0 0 0
2 < 'E
" -, " ; L
)5 # )
Se 1 e 2 são soluções da equação de Laplace e satisfazem a mesma condição
de Dirichlet, então 1 = 2 .
E se satisfazem a mesma condição de Neuman, então diferem entre si por mais
uma constante, ou seja, 1 − 2 = ⇒ 1= 2+
& '
Seja 1 e 2 superfícies que conformam a fronteira da região R. Neste caso,
& > significa:
1 ( )= ( )⇐ ∀ 2 ∈ 1 ... ... ∈ 2
E 3
∂ () ∂ ()
significa: 1
= 2
⇐∀ ∈ 1 ∈ 2
∂ ∂
Designemos por φ ( ) ( )− ( ) ⇐ ∀
= 1 2 . Isto significa que:
φ ( ) = 0 ⇐ ∀ ∈ 1 ∨ ∈ 2
∇φ ( ) = 0 ⇐ ∀ ∈ 1 ∨ ∈ 2 K
Em ambos os casos:
∫∫ φ ( )∇φ ( ). (
= ∫∫∫ ∇ • φ ( )∇φ ( )) $ = ∫∫∫[φ∇∇φ + ∇φ∇φ ] $ = ∫∫∫[φ∇ 2φ + (∇φ ) ] $ = 0
2
$ $
φ( ) = 1 ( )− 2( ) = 0 0 0
((
20;050 1 = J
- *
Se houver na superfície uma distribuição de cargas, o problema
ρ
resume+se à condição de Poisson: = −4πρ = −
ε0
havendo distribuição de cargas, temos a condição de Laplace:
=0
/0 #
∂2 ∂2 ∂2
= + +
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
20 *
1 ∂ ∂ 1 ∂ ∂ 1 ∂2
=
2
+ θ +
2
∂ ∂ 2
θ ∂θ ∂θ 2 2
θ ∂ϕ 2
50#
1 ∂ ∂ 1 ∂2 ∂2
= + 2 +
∂ ∂ ∂ϕ 2 ∂ 2
4060 Para problemas unidimensionais e se houver na superfície uma distribuição
de cargas, o problema resume+se à condição de Poisson:
∂2 ρ( )
' = =− e a solução será linear,
∂ 2
ε0
( )= 0 +D+ 0
1 ∂ ∂ ρ( )
' =
2
=− e a solução será,
2
∂ ∂ ε0
0
( )= +D+ 0 ()
1 ∂ ∂
% " ' = ea
∂ ∂
solução será, ( ) = 0 ln +D+ 0 ()
Observe alguns exemplos:
/KH 3 " - "
1
. "1 / consideremos um condensador das
placas paralelas
20/8
Logo de início, verificamos que para achar ou o
no espaço compreendido entre as placas, isto é, para
determinar ψ ( ) , será necessário ter conhecimento dos potenciais nas
superfícies; neste caso, os planos x=0 e x=d, que encerram este espaço.
Note+se que parte desta superfície, a parte que une os dois planos, está no
infinito.
) 1 ψ( ) não varia na direcção do Y nem de Z e assim
ψ(
2
)=0
podemos escrever: 2
ψ
A primeira integração da equação anterior dá = 1, e a outra
integração a seguir dá ψ( )= 1 + 2.
'( )= −ˆ $ .
$1 = 1 ln 1 + 2
$2 = 1 ln 2 + 2
1
ψ (ρ = 2 )= [($1 − $2 ) ln 2 + $2 ln 1 − $1 ln 2 ]
ln 1 − ln 2
1
= [$2 (ln 1 − ln 2 )]
ln 1 − ln 2
= $2
Quanto à região de interesse R entre os dois cilindros, ela é englobada
por S. Esta consiste em superfícies cilíndricas de raio 1 2 e uma
outra parte que liga estas no infinito.
O campo eléctrico é calculado utilizando a expressão ∇ ψ = − ' ; mas
agora em coordenadas cilíndricas. A única componente não nula do
campo eléctrico é ' ρ .
$1 − $2 1
'ρ = .
(ln 1 − ln 2 )ρ
. "1 5 Vejamos um outro exemplo em que é útil utilizar as
coordenadas cilíndricas. Considere+se a situação esquematizada na figura
seguinte.
20/<+ " M " α
1 ∂ 2ψ
= 0,
ρ 2 ∂φ 2
Efectuando integrações obtém+se a solução
ψ = 1φ + 2
20/@
ψ
2
2
=0 <− ,
2
ψ
2
ρ
=− − < < ,
2
ε0 2 2
ψ
2
2
=0 >
2
As soluções nas respectivas regiões são:
ψ = 01 + D1 ,
1 ρ
ψ =− 2
+ 02 + D 2
2 ε0
ψ = 03 + D 3 .
As seis constantes podem ser determinadas utilizando as condições de
fronteira. Podemos começar escolhendo a referência do potencial no
ponto = 0, isto é, ψ (0) = 0 e assim B2=0 . as condições
ψ
ψ nos pontos da fronteira =− + são:
2 2
1 ρ 2
ψ : 01 − + D1 = − − + 02 −
2 2 ε0 2 2
ψ 1 ρ
: 01 = − . 2. − + 02
2 ε0 2
2
1 ρ
ψ : 03 + + D3 = − + + 02 +
2 2 ε0 2 2
ψ 1 ρ
: 03 = − .2 + + 02
2 ε0 2
A solução final do problema é a seguinte:
ρ
ψ = + <− ,
ε0 2 4 2
1 ρ 2
ψ =− − < <
2 ε0 2 2
ρ
ψ = − + >
ε0 2 4 2
. "1 ; um cilindro infinito carregado uniformemente
1 ∂ψ ρ
ρ = − 0<ρ <
ρ ρ ∂ρ ε0
1 ψ
ρ =0
ρ ρ ρ
Soluções:
1ρ 2
ψ =− ρ + 01 ln ρ + D1 ;
4 ε0
ψ = 02 ln ρ + D 2 ,
Escolhendo o ponto de referência ρ =0, ψ (0) = 0, D1 = 0 e também 01 = 0 .
As duas condições (a continuidade de ψ e da sua derivada) dão duas equações
para duas incógnitas 02 D2 . O resultado final é:
+
1ρ 2
ψ (ρ ) = ρ , 0<ρ <
4 ε0
1ρ 1ρ
ψ (ρ ) = 2
ln − 2
, ρ>
2 ε0 ρ 4 ε0
Neste exemplo, podíamos ter utilizado a lei de Gauss para determinar o campo E.
Todavia, se a região I de carga fosse englobada por uma superfície condutora,
não poderíamos fazê+lo para a região II, porque a densidade de carga na
superfície condutora é desconhecida, sendo apenas conhecido o seu potencial.
2
Existem dois tipos de problemas de Electrostática:
1. Conhecendo o potencial da região fronteiriça e pretendendo calcular o
potencial em qualquer ponto no interior da região (R), a este
* chama+se & >
2. Conhecendo a derivada do potencial na região fronteiriça na direcção da
normal e pretendendo calcular o potencial em qualquer ponto no interior da
região (R), a este * denominam+se 3
" * " 7 - - 1
2 < '
Se , 2 ,...,
1 são soluções da equação de Laplace e 1 , ,..., , certas
2
2. Duas placas
condutoras infinitas
estão separadas por
uma distância d. O
potencial
electrostático numa
delas é ϕ 0 e noutra
ϕ0 + ϕ .
Calcule o potencial
e o campo eléctrico
entre estas placas.
# 2 *1
3
4
1. a) . = 4πρ0 − ;
3 4
b) Intensidade do campo eléctrico:
ρ0 2
'( ) = − note que ∇ = − '
ε0 3 4
c) Para que o campo seja máximo é condição necessária e suficiente que
∂' ( )=0
∂
' ρ0 1 2
= − =0⇒ =
ε0 3 2 3
2. Trata+se de um problema de fronteira de Diriclet. E como não há distribuição
∂2 ∂2 ∂2
de cargas, escrevemos a equação de Laplace : = 0 , = 0 e = 0,
∂ 2 ∂ 2 ∂ 2
e desta feita só nos restam as condições de fronteira.
A solução para a equação Laplace em coordenadas cartesianas é :
ϕ ϕ
( )= + ϕ0 ; '( )=
) = ϕ + ρ 0 ρ 2
3. ϕ ( − 0 ;
2ε 0 2ε 0
ϕ ρ 0 ρ0
' ( ) = −∇ϕ ⇒ ' ( ) = + − .
2ε 0 ε0
4. ϕ ( )= −
2ε 0
) *' .
'
C *'
Chegamos ao fim da Unidade 2. Agora você vai fazer a revisão de toda a matéria
sobre a Electrostática.
"1
E8 EE :
1 .
1 = .∑ 0
. .
(1)
4πε 0 =1
2
1 . .
1 = . 0
. .
(2)
4πε 0 2
. .
1 = ∫
0 .
. (3)
4πε 0 2
ρ. $
1 = ∫
0 .
. (4)
4πε 0 2
1
'=
4πε 0
∑ =1
2
. .
0 (5)
0
1
'= . . (6)
4πε 0 2
1
' = ∫
.
. (7)
4πε 0 2
= ε' (III)
Escrevendo na forma integral temos:
∫'
3
=0 (IV)
∫ = (V)
Como F=Eq, ∫1
3
= ∫' =0 ⇔ ∫'
3
= ∫∫ ' =0⇒ ' = 0 e da
.
,.. .. ∈ ⇒ < -
Generalizando: ∫∫ ' = ε 0
0,... .. ∉ ⇒ > -
Na electrostática existem dois tipos de problemas: o problema de Dirichlet e o
problema de Neumann.
O primeiro, consiste em determinar o potencial eléctrico em qualquer ponto do
interior da região R conhecendo o potencial na superfície desta região (Dirichlet)
e o segundo, consiste em determinar o potencial eléctrico em qualquer ponto do
interior da região R conhecendo a derivada do potencial na superfície S da
região R na direcção da normal a esta superfície (Neumann).
" * " 7 - - 1
2 < '
Se 1 , 2 ,..., são soluções da equação de Laplace e 1 , 2 ,..., , certas
constantes arbitrárias, então a sua combinação linear
= 1 1 + 2 2 + ... + será também solução da equação de Laplace.
2 < '
E " -, " ; L
)5 # )
Se 1 e 2 são soluções da equação de Laplace e satisfazem a mesma condição
de Dirichlet, então 1 = 2 .
E se satisfazem a mesma condição de Neuman, então diferem entre si por mais
uma constante, ou seja, 1 − 2 = ⇒ 1= 2+
1 = J -
*
Se houver na superfície uma distribuição de cargas, o problema
ρ
resume+se à condição de Poisson: = −4πρ = −
ε0
Havendo distribuição de cargas, temos a condição de Laplace:
=0
= : ' ,
1. Duas cargas de Q Coulomb cada estão colocadas em dois vértices
opostos de um quadrado. Qual deve ser o valor das cargas q
colocadas nos outros vértices para que a força total sobre cada uma
4 *' das cargas Q seja nula? Será possível escolher os valores das cargas
de modo que a força sobre todas elas seja nula?
→ → →
2. Sabendo que = ε 0 ' , deternime a relação entre ρ ' e entre
→
ρ .
−
ρ( ) = ρ 0 . , >0
0; <0
# *1
.
=−
2 2
1 ρ. 1
2. ' = = ρ.
3 ε0 3
3. (Falta solução)
10
4. . = × 10 −5
9π
5. (Falta solução)
5 !
J E
5
C *'
Na unidade anterior estudou os campos criados por uma distribuição de cargas
em repouso. Agora vai estudar o comportamento das cargas em movimento
dentro do campo eléctrico e o campo criado por cargas em movimento. É nesta
unidade onde você vai poder perceber e explicar que novos fenómenos físicos
surgirão no caso de ‘permitirmos’ que as cargas se desloquem livremente e
como descrevê+los quantitativamente, por exemplo, o princípio de conservação
de carga.
< !
D+.D++ A
Esta Unidade tem 3 lições, estando previsto para cada uma delas um tempo de
estudo de 2 horas. Este número de horas é considerado suficiente para você
conseguir atingir os objectivos definidos no início de cada lição.
) *'
E E5 ! J E
C *'
Esta é a primeira lição deste capítulo e você vai estudar o movimento das cargas
num campo eléctrico. Aqui vai deduzir o princípio de conservação de carga
eléctrica e a famosa equação de continuidade.
< !
*' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
<
50/0/0 # # 0
Sempre que as cargas eléctricas realizam um movimento ordenado diz+se que flui
uma corrente eléctrica. Este fenómeno é descrito quantitativamente através das
grandezas físicas designadas intensidade da corrente I e densidade da corrente
eléctrica .
( )
. = ρ 1 , . $ = ρ. ⊥ . Esta é positiva e move+se com a velocidade . O
sentido de é:
.
=
⊥ .
. = ρ. $ = ρ. ⊥
Mas =
ρ . .
= ⊥
= ρ .
⊥ .
⇒ = ρ.
G := .
.
G = . . cos α = ⊥ =
Para α = π ⇒ G = 0;
2
π
para 0<α < ⇒ I é positivo
2
π
e para <α ≤π ⇒ I é negativo
2
G = ∫ .
Se recorrermos ao teorema de Gauss que permite transformar a integral de
superfície de um campo vectorial numa integral de volume, podemos escrever:
∫ N. = ∫ ∇.N $
∂ρ
E, finalmente, ∇.N = −
∂
/
. . .
ρ= , σ= e λ=
$ / 3
.( + ) = ∫ ρ( + ). $ (5)
$
ρ( + )− ρ( ) = ρ( + ) − ρ( ) • (7)
+ −
Entretanto, o factor destacado na fórmula (7), não é mais que uma derivada em
relação ao tempo, dado que a densidade não depende só do tempo mas também
das coordenadas, o que dará origem a: ρ ( + ) − ρ ( ) = ∂ρ • (8)
∂
Conjugando (6) com (8) ficaremos com o acréscimo de carga, resultará:
∂ρ
. = ∫ . $ . (9)
$ ∂
Em relação ao sistema isolado, é válida a lei de conservação de carga. Neste
contexto, caso apareça uma carga positiva dentro deste domínio, deve surgir a
mesma carga negativa. Consequentemente, o único processo que permite
influenciar sobre a carga total é o fluxo de carga através da superfície S.
No entanto, uma carga em movimento é correspondente à corrente eléctrica, daí
que o acréscimo da relação (9) é relacionado com a corrente eléctrica que
atravessa a superfície S.
Designaremos por . a contribuição do fluxo de carga para carga total.
. = − ∫ . (13)
A componente normal de densidade de corrente admite ser expressa em termos
de produto escalar dos vectores e .
(
• = . cos( ∧ ) (14)
Como se sabe, n=1 enquanto que cos θ = .
. = −∫ . (16)
Entretanto, para o sistema isolado mantém+se válida *
. Escrevemos essa lei sob forma: . = . (17)
∂ρ
∫ ∂
$
+ . $ = 0
(20)
∂ρ
Daqui resulta que: + =0 (21)
∂
Repare que a lei de conservação de carga possui a forma de equação de
continuidade.
*
Assim, G = ρ . .
.
G
0 J . = . = ρ. ⇒ . = ρ. +
= .ρ = .
∂ ∂ ∂
= . + . + = "
∂ ∂ ∂
∂ρ
0 + =− " + " =0
∂
J " ,
;+
2
# 0
Sempre que as cargas eléctricas realizam um movimento ordenado, diz+se que
flui uma corrente eléctrica. Este fenómeno é descrito quantitativamente através
das grandezas físicas designadas intensidade da corrente I e densidade da
corrente eléctrica .
G = ∫ .
Se recorrermos ao teorema de Gauss, que permite transformar a integral de
superfície de um campo vectorial numa integral de volume, podemos escrever:
∂ρ
∫ N. = ∫ ∇.N $ e, finalmente, ∇.N = −
∂
, que é a maneira de dizer
matematicamente que a carga se conserva.
# #
Generalizando os dados experimentais, chegamos à lei de conservação de carga
segundo a qual a carga eléctrica num sistema isolado não é criada nem destruída.
Portanto, nos processos de electrização (magnética, contacto, influência) "
,
) ) H )
e não depende (princípio de conservação da carga eléctrica);
Escrevemos a * '
.
Q=const. ; =0
.( + ) = ∫ ρ( + ). $
$
# *1
10
1.a) . = G (∫ ) = 603,3 ; b) i=120,7ª
5
$ σ ω -2
2. a) G = b) G = (entendendo por corrente
2π - 2
total a carga que na unidade de tempo atravessa um raio do disco).
G ρω- 2 ρω- 2
3. Obs. = mas G = ⇒ =
2 2.
,
) *' ,
E,E 5
C *'
Estudou na Electrostática as características da força que exerce entre as cargas
cujas posições, são fixas. Viu, então, que a força F que actua sobre uma carga q
no ponto r é qE(r), onde E(r) é o campo eléctrico estático nesse ponto criado por
todas as outras cargas. Coloca+se agora o problema de saber o que acontece às
leis da força e ao conceito do campo, se “deixarmos” as cargas moverem+se.
< !
*' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Magnetostática
+ Campo Magnético;
+ Força de Lorentz;
<
E,E E ! ! E G *
) O ! J E ) 3 42
! *1
No sistema de referência em relação ao qual a carga está em repouso, o campo
eléctrico originado por ela é, evidentemente,
'= ˆ.
4πε 0 2
O campo eléctrico produzido por uma carga em movimento é radial, mas o seu
valor é diferente em diferentes direcções. Imagine a seguinte experiência: uma
carga Q movendo+se com uma velocidade constante v ao longo do eixo dos xx
passa pela origem no instante t=0.
Para determinar o campo eléctrico da carga Q, colocamos várias cargas de prova
em pontos duma superfície esférica de raio r e medimos as forças sobre elas no
instante t=0. Procedendo assim para superfícies de diferentes raios, verifica+se
que o campo tem a forma evidenciada na figura seguinte e é dado pela equação
. 1− β 2
'′ =
4πε 0 (1 − β θ)
2 3
2 2 2
'=
.
(1 − β ) 2
'⊥ =
. 1
4πε 0 2
4πε 0 2
(1 − β )
2
Este não é, contudo, o campo eléctrico criado por uma corrente, que discutiremos
posteriormente.
502020 "1 "
Uma das primeiras tentativas para a elaboração de uma teoria interpretativa
clássica capaz de explicar as interacções dos campos electromagnéticos com a
matéria, data de 1895. A sua aparição deve+se ao físico Holandês Hendrik
Antoon Lorentz, que combina o electromagnetismo e a Mecânica clássica com
um modelo atomístico da matéria, o chamado modelo de Drude+ Lorentz, e
desenvolve inicialmente uma electrodinâmica clássica do tipo Newtoniana.
De acordo com essa teoria, uma partícula de massa e carga , movendo+se com
velocidade v numa região na qual o campo electromagnético é caracterizado
pelos vectores ' D , sofre a acção da chamada * 1 0 ( )
1 = '+ ×D = (' + )
× D . Tal equação da partícula é dada por
%
= ( )= (' + ×D )
É importante enfatizar que ao escrever esta equação, Lorentz admitiu a validade
da equação dinâmica de Newton e das transformações de Galileu entre
referenciais inerciais. Só que para estes resultados a sua explicação encontra
dificuldades no Século XX devido ao fenómeno fotoeléctrico que consiste na
emissão de electrões por um metal no qual incide radiação electromagnética e
outros fenómenos envolvendo os processos de emissão e absorção da luz que não
admite uma explicação ondulatória.
Resumindo, cargas estacionárias originam apenas um campo, o campo eléctrico,
enquanto que cargas em movimento originam um campo eléctrico e um campo
magnético. Uma vez que cargas em movimento uniforme constituem uma
corrente, comecemos por estudar o campo magnético criado por correntes.
502050 6 ,3 1 -
O campo magnético produzido por uma corrente estacionária I, é dado pela lei de
Biot+Savart (figura a baixo):
10 G ׈ 1 G ׈
D= =
4π 2
4πε 0 2 2
505 Campo magnético criado por um elemento de corrente
Com ajuda da equação anterior, determinamos o campo B nalguns casos simples
e de interesse prático. Vamos usar um processo semelhante ao que nos permitiu
calcular o campo eléctrico de distribuições contínuas de carga. Aí somamos as
contribuições de cargas elementares, enquanto que aqui somamos as
contribuições dos elementos de corrente (elementos de linha percorridos por uma
determinada corrente, I).
502080 # "1 " 1 1 " "
*
508
campo
magnético
criado por uma corrente rectilínea e infinita.
O campo magnético produzido por um elemento de corrente I dz no ponto. P é :
D = −ˆ
1 (G ) θ
= −ˆ
1
G
2
θ
θ
4πε 0 2
2
4πε 0 2
2
(π − θ )
1
E uma vez que = " (π − θ ) = − "θ ⇒ = cos θ θ=
2
θ
θ
2
,
obtemos sucessivamente,
G θ
D=− θ ˆ,
4πε 0 2
−G π θ θ
D= ∫
4πε 0 2 ˆ,
0
−1 2G
D= ˆ.
4πε 0 2
,/
1 10
A constante na equação anterior escreve+se também como
4πε 0 2
4π
sendo 1 0 a permeabilidade do vazio. O valor dessa constante é exactamente
10 −7 (unidades S.I.). Estando a corrente expressa em Amperes, a unidade do
campo magnético B é Tesla; isto é, uma corrente de um Ampere passando
através de um fio rectilíneo infinito origina um campo magnético de
1 × 10 −7 Tesla à distância de 2 metros.
A partir da equação anterior de B, é lícito fazer as seguintes observações acerca
de B:
1) O campo vectorial B em qualquer ponto P está contido no plano normal à
corrente que passa por P.
2) Em qualquer ponto, o campo B é perpendicular ao raio+vector.
De 1) e 2) conclui+se que as linhas do campo são circulares como se mostra na
figura seguinte.
3) O valor numérico do campo depende da distância r do ponto P à corrente.
50<0 Campo
magnético duma corrente
num anel circular.
A projecção deste campo sobre o eixo dos yy é
10 G 10
( D) =−
4π (- 2 + ) (-
-
=− G
-
2
2
+ 2
) 1
2 4π (- 2
+ 2
)
3
2
−3
1 G 0 -2 2
ou ainda, D = − ˆ 0 2 3 1 + 2
4π
O produto (corrente)x(área) é chamado do anel de
corrente e é representado por % . Para distâncias muito grandes, quando
comparadas com o raio do anel, o campo é dado aproximadamente por
1 0 2%
D = −ˆ
4π 3
Para a região próxima do anel, devemos usar a expressão exacta. Em particular,
no centro tem+se:
1 0 2π G
D = −ˆ
( =0 ) 4π -
2
No sistema de referência em relação ao qual a carga está em repouso, o campo
eléctrico originado por ela é, evidentemente, ' = ˆ.
4πε 0 2
O campo eléctrico produzido por uma carga em movimento é radial, mas o seu
valor é diferente em diferentes direcções.
Para determinar o campo eléctrico da carga Q, colocamos várias cargas de prova
em pontos duma superfície esférica de raio r e medimos as forças sobre elas no
. 1− β 2
instante t=0 e obtemos ' ′ =
4πε 0 (1 − β θ)
2 3
2 2 2
De acordo com essa teoria, uma partícula de massa m e carga q, movendo+se com
velocidade v em uma região na qual o campo electromagnético é caracterizado
pelos vectores ' D sofre a acção da chamada * 1 : ( )
1 = '+ ×D = (' + )
× D . Tal equação da partícula é dada por
,(
%
= ( )= (' + ×D )
Resumindo, cargas estacionárias originam apenas um campo, o campo eléctrico,
enquanto que cargas em movimento originam um campo eléctrico e um campo
magnético. O campo magnético produzido por uma corrente estacionária I, é
dado pela lei de Biot+Savart.
10 G ׈ 1 G ׈
D= =
4π 2
4πε 0 2 2
−G π θ θ
D= ∫
4πε 0 2 ˆ,
0
−1 2G
D= ˆ.
4πε 0 2
1 10
A constante na equação anterior escreve+se também como
4πε 0 2
4π
sendo 1 0 a permeabilidade do vazio. O valor dessa constante é exactamente
10 −7 (unidades S.I.). Estando a corrente expressa em Amperes, a unidade do
campo magnético B é Tesla; isto é, uma corrente de um Ampere passando
através de um fio rectilíneo infinito origina um campo magnético de
1 × 10 −7 Tesla à distância de 2 metros.
A partir da equação anterior de B, é lícito fazer as seguintes observações acerca
de B:
1) O campo vectorial B em qualquer ponto P está contido no plano normal à
corrente que passa por P.
2) Em qualquer ponto, o campo B é perpendicular ao raio+vector.
De 1) e 2) conclui+se que as linhas do campo são circulares.
3) O valor numérico do campo depende da distância r do ponto P à corrente.
O campo magnético duma corrente num anel circular é
10 G
D =−
4 π (- +
2 2
)
Para distâncias muito grandes, quando comparadas com o raio do anel, o campo
é dado aproximadamente por
1 0 2%
D = −ˆ
4π 3
Para a região próxima do anel, devemos usar a expressão exacta. Em particular,
no centro tem+se:
1 0 2π G
D = −ˆ
( =0 ) 4π -
= :
$
1. Numa certa região do espaço coexistem um campo eléctrico
= :
( )
' = ˆ 3 + ˆ 5 − ˆ 2 10 4 $ −1 e um campo magnético, no plano
YOZ, desconhecido. Uma partícula de carga . = 10 −10 sofre,
no instante em que possui a velocidade = ˆ.10 3
( −1
), uma
( −6
forca 1 = ˆ 3 + ˆ 2 10 K . )
Determine o vector campo magnético.
2. Um fio comprido, conduzindo uma corrente I=0,1A, é colocado
perpendicularmente ao campo magnético terrestre
( )
D ≈ 5 × 10 −5 O .
Determine os pontos onde o campo total é nulo.
3. a) Um fio infinito tem um troço semicircular de raio R como se
mostra na figura A. Este fio é percorrido por uma corrente I.
Determine o campo magnético no centro da curvatura do troço.
b) Um par de fios infinitos transporta correntes iguais, figura B.
Qual é o campo magnético no centro?
10
D= σω
soma dos campos criados por todos os anéis. 2
) *'
E E 9 LM 2 C> C C2
5 F> <62<N<C E 6< > C )
& <6
C *'
Nesta lição que você vai iniciar, interessa conhecer as equações principais de
Magnetostática e do potencial Magnetostática, na sua forma diferencial e
integral; conhecer as propriedades principais do potencial magnetostático assim
como a equação da intensidade do campo magnético.
"1
E2 EE
+ Potencial+vector;
+ Fluxo magnético;
+ Intensidade do campo magnético
<
5050/0 L& MN 3 = 4# = 3 94 )3 O #
Comecemos por escrever o sistema de equações que num espaço
sem correntes, caracterizam um campo magnético invariável com
respeito ao tempo:
& = 0; (1)
D = 0 ; (2)
D = 1 .& . (3)
Estas L " * são análogas às equações de
electrostática (1),(2),(3) a sua substancial diferença consiste em o
segundo membro de (2) ser igual a zero, enquanto que na equação de
electrostática vemos a densidade de carga. Na natureza não há cargas
magnéticas livres.
Representando as equações anteriores na forma integral temos:
∫&
3
= 0 ; (4)
∫D = 0 ; (5)
1 ." ϕ = 0, (7)
Semelhante a (7) de electrostática que, quando o meio é homogéneo
(1 = ) , converte+se em equação de Laplace:
∇ 2ϕ = 0. (8)
Finalmente, de forma semelhante como se viu na electrostática, para
um meio homogéneo, pode+se obter a equação de Laplace:
∇ 2 & = 0 , (9)
De tudo exposto, depreende+se que podem ser comparados objectos
magnetostáticos e electrostáticos quando nestes últimos não há
cargas livres. Assim, não há necessidade de resolver problemas
magnetostáticos se já foi resolvido o correspondente problema de
electrostática. Efectivamente, a causa da correspondência das
equações (1),(2),(3) de magnetostática e electrostática, assim como
as indicadas condições limites, as funções vectoriais H e B devem
obter+se directamente de E e D, substituindo ε por 1 .
& = , (1)
D = 0, (2)
D = 1& (3)
E as correlações integrais correspondentes:
∫&
3
=G (4)
∫D =0 (5)
ϕ −ϕ1 2
= ∫& , (6)
1
.
Aplicando o caminho de integração de AmB, escrevemos:
ϕ 0 D
= ∫ &) (7)
( 0 D
(0
∫ &)
D 0
= G , e ao mesmo tempo
0 D 0
∫& =
(0
∫ &)
D
+ ∫&
D 0
= ∫&
0 D
− ∫&
0 D.
ϕ 0 D
= ∫& = ϕ 0 D
−G (8)
(0 D )
50502020 - # "1
A distribuição privilegiada da corrente contínua determina por completo o campo
magnético. Aplicando a operação , a equação (1), obtemos a seguinte equação
vectorial de segunda ordem:
&= . (10)
A operação rot pode aplicar+se não a toda a função de distribuição da corrente
j(r), senão só aquela que seja suficientemente lisa. Pelo menos, deve haver uma
componente tangencial contínua da função j, o que significa que na fronteira da
região de corrente, essa função deve reduzir+se a zero. Este requisito não impõe
limitações físicas: podemos sempre considerar que o decréscimo de τ para zero
transcorre numa capa muito fina.
O primeiro membro da (10) pode+se transformar e, se o meio for homogéneo
(1 = ) , segue a (2) & = 0; então (10) toma o aspecto seguinte:
∇2& = − (11)
Esta é a já conhecida * e podemos imediatamente
escrever a sua solução para uma região infinita duma distribuição limitada da
&( )=
1 ( ') 1
( ') '}
4π $∫
' '− ∫ " ' , (13)
− ' $ − '
A primeira integral reduz+se à da superfície:
( ') [ ( '), '] ,
∫ '
− '
' = −∫
− '
Depois disto, vemos evidentemente que é igual a zero. Anteriormente, já
remarcamos que em S τ = 0 . , pelo que se refere a segunda integral na (13), a
expressão subintegral transforma+se e, como resultado, obtemos:
[ ( '), ]
= ( − ')
1
&( ) = ∫ (14) .
4π − '
2 − '
50502050 = >
Partindo de uma tradição extensamente divulgada, ao determinar o campo
magnético pela corrente, introduz+se uma função vectorial intermédia A,
chamada * 0 Segundo a definição: D = 0 (15)
Daqui se desprende ao eleger A e se permite certa arbitrariedade, podendo+se
dizer que no lugar de A, podemos tomar outra função:
0' = 0." ψ, (16),
sendo ψ qualquer função escalar (suficientemente lisa). Efectivamente, já que
0' = 0, então, de acordo com (15), dos potenciais vectoriais
correspondem a uma mesma função B; de tal modo que o potencial vectorial é
determinado com exactidão.
As propriedades do potencial vectorial desprendem+se da necessidade de
satisfazer as equações iniciais (1), (2), (3). A segunda delas não dá nenhuma
informação sobre o carácter de A, já que se satisfaz identicamente (para qualquer
A):
0=0
Substituindo em (15) B por H e aplicando a equação (1), obteremos
1 −1 0= (17)
/
∇ 2 0 = −1. (20)
Sua solução para uma região infinita para a corrente limitada no espaço é:
0( ) =
1 ( ')
4π ∫
$
− '
' (21)
Φ=∫0 (22)
3
O fluxo magnético que transcorre por certa superfície S está aqui representado
em forma da circulação do potencial vectorial A pelo circuito L.
2
!" #$%&'%# % ( ) *& +, +-+%'
O sistema de equações que num espaço sem correntes caracterizam
um campo magnético invariável com respeito ao tempo escreve+se:
& = 0; (1); D = 0 (2); D = 1 .& (3)
Na natureza não há cargas magnéticas livres.
Representando as equações anteriores na forma integral temos:
∫&
3
= 0 ; (4); ∫D = 0 ; (5)
∫&
3
=G (4); ∫D =0 (5)
0( ) =
1 ( ')
4π ∫
$
− '
'
= :Φ= ∫0
3
O fluxo magnético que transcorre por uma certa superfície S está aqui
representado em forma da circulação do potencial vectorial A pelo circuito L.
(
= :
# *1
1. Por simetria, o campo B em todo o espaço é do mesmo tipo que
do fio infinito. Num ponto à distância (r < a) do eixo do
condutor B é calculado da seguinte maneira: a circulação de B
ao longo da circunferência de raio r corresponde apenas à
corrente que passa através do circulo de área π 2 .
Portanto,
G G 1 G
D( ) = 1 0 π 2 . = 0 2 .
π 2π 2π
2
Nos pontos exteriores ao condutor, o campo é o mesmo de um fio
infinito.
10
2. N = = 16 0 −2
; D( ) = N ( <5 ).
2
3. ∇ • D = 2 − 10 + 8 = 0
) *' -
'
C *'
Chegámos ao fim da Unidade 3. Agora você vai fazer revisão de toda a matéria
sobre a Electrostática.
"1
E8 EE :
G
a * ' = (5)
• = . cos( ∧ )
Entretanto, para o sistema isolado mantém+se válida *
. Escrevemos essa lei sob forma: . = . (6) 0
∂ρ
Daqui resulta que: + =0 (21)
∂
G
0 J . = ( . = ρ. ⇒ . = ρ. +
'=
.
(1 − β ) 2
'⊥ =
. 1
4πε 0 2
4πε 0 2
(1 − β ) 2
Este não é, contudo, o campo eléctrico criado por uma corrente que discutiremos
posteriormente.
A região na qual o campo electromagnético é caracterizado pelos vectores
' D sofre a acção da chamada * 1 ( )
1 = '+ ×D = (' + )
× D . Tal equação da partícula é dada por
%
= ( )= (' + ×D )
.
É importante enfatizar que ao escrever essa equação, Lorentz admitiu a validade
da equação dinâmica de Newton e das transformações de Galileu entre
referenciais inerciais.
O campo magnético produzido por uma corrente estacionária I, é dado pela lei de
Biot+Savart :
10 G ׈ 1 G ׈
D= =
4π 2
4πε 0 2 2
O campo magnético produzido por um elemento de corrente I dz no ponto P é :
D = −ˆ
1 (G ) θ
= −ˆ
1
G
2
θ
θ
4πε 0 2
2
4πε 0 2
2
(π − θ )
1
E uma vez que = " (π − θ ) = − "θ ⇒ = cos θ θ=
2
θ
θ
2
obtemos sucessivamente,
G θ
D=− θ ˆ,
4πε 0 2
−G π θ θ
D= ∫ ˆ
4πε 0 2 ,
0
−1 2G
D= ˆ.
4πε 0 2
1 10
A constante na equação anterior escreve+se também como
4πε 0 2
4π
sendo 1 0 a permeabilidade do vazio.
1) O campo vectorial B em qualquer ponto P está contido no plano normal da
corrente que passa por P.
2) Em qualquer ponto, o campo B é perpendicular ao raio+vector.
De 1) e 2) conclui+se que as linhas do campo são circulares.
O produto (corrente) x (área) é chamado do anel de
corrente e é representado por % . Para distâncias muito grandes, quando
comparadas com o raio do anel, o campo é dado aproximadamente por
1 0 2%
D = −ˆ
4π 3
Para a região próxima do anel, devemos usar a expressão exacta. Em particular,
no centro tem+se:
1 0 2π G
D = −ˆ
( =0 ) 4π -
Comecemos por escrever o sistema de equações que num espaço sem correntes
caracterizam um campo magnético invariável com respeito ao tempo:
& = 0; (1’)
D = 0 ; (2’)
D = 1 .& . (3’)
Estas L " * são análogas às equações de electrostática e a
sua diferença substancial consiste em o segundo membro de (2’) ser igual a zero,
-
∫&
3
= 0 ; (4’)
∫D = 0 ; (5’)
D = 1& (3)
e as correlações integrais correspondentes:
∫&
3
=G (4)
∫D =0 (5)
∇2& = −
Esta é a já conhecida * e podemos imediatamente
escrever a sua solução para uma região infinita de uma distribuição limitada da
corrente no espaço: & ( )= 1 ( ')
4π ∫
$
− '
'
Φ chamado = ∫
. Substituindo em Φ = D B por A e fazendo
Φ=∫0
3
O fluxo magnético que transcorre por certa superfície S está aqui representado
em forma da circulação do potencial vectorial A pelo circuito L.
= : '
# *1
G ρω - 2 ρω - 2
1. Obs. = mas G = ⇒ =
/ 2 2 ./
3. ∇ • D = 2 − 10 +8 =0
10 ⋅ G +
4. D = 2π ln
10 G ⋅ θ
5. D = ⋅ ⋅ 2π
4π 2
10 ⋅ ⋅ G
6. D =
10 ⋅
7. 3 = ⋅ ln
2π
∫∫ D⋅ = ∫∫ 1 0 ⋅
< !
D +0D++ A
Esta Unidade tem 4 lições, estando previsto para cada uma delas um tempo de
estudo de 2 horas. Este número de horas é um indicativo para lhe ajudar a gerir
melhor o seu tempo. O tempo é considerado suficiente para você conseguir
atingir os objectivos definidos no início de cada lição.
-/
) *'
-E E ! J E !*'
@ *' ! J
C *'
Nesta lição você vai estudar o Campo Electromagnético, que associa os
conhecimentos adquiridos em Electrostática e Magnetostática. Você vai
aprofundar ainda os conteúdos aprendidos na cadeira de Electricidade e
Magnetismo sobre as leis de Biot+Savart+Laplace, lei de corrente total, a lei de
Ampére, a lei de Indução electromagnética e sobre o sistema das equações de
Maxwell que constituem as equações fundamentais da Electrodinâmica.
< !
) *' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Campo Electromagnético
<
= (' ) = ε . ' ( )
D = D & = 1 .&
N = N (' ) = σ ' +
Considerando o campo electromagnético em vácuo, aplicando o sistema
Gaussiano, teremos:
'= & =D
80/020# 1 # "1 " # "1
"
Sabe+se que as cargas eléctricas quer estáticas, quer em movimento manifestam a
sua propriedade básica e capacidade de interagir. Entretanto, essa interacção não
só se reduz à interacção eléctrica uma vez que conforme as experiências de
F $ 5( * 5< as cargas em movimento interagem por via da
chamada interacção magnética. Esta é peculiar para, por exemplo, Ferro,
Cobalto, e outras substâncias ferromagnéticas.
É por isso que distinguimos as interacções eléctricas e magnéticas.
Para explicar as regularidades das interacções, achamos, segundo, 8 que
existe o campo responsável por transferência de interacção de um campo para o
outro.
Na altura, a concepção do campo, foi introduzida com o objectivo de descrever
quantitativamente as interacções electromagnéticas. Entretanto, chegou+se à
conclusão de que o campo electromagnético é um agente material que efectua
interacção electromagnética entre as cargas eléctricas.
Quanto às regularidades quantitativas da teoria do campo e as suas
fundamentações, em primeiro lugar, destacamos as = G % .E
segundo esses dados experimentais, a força de interacção eléctrica entre duas
1 .
cargas eléctricas vem sendo dada pela fórmula: 1 = 1 2
. (1)
4 πε 0
3
∫ '. . = 4π ∫ ρ . $
$
(4)
-(
1=G [ ×D ] (5)
Segundo (5), indução magnética é a força magnética que actua sobre uma
corrente unitária elementar.
Quanto à indução do campo magnético, sob forma analítica, esta admite ser
expressa só para o elemento de corrente.
4π
onde é constante de proporcionalidade e a densidade de corrente.
1 ∂'
= (8)
∂
O campo electrostático é criado por uma corrente nula.
Levando em consideração a hipótese de Maxwell, transformamos a lei de
4π 1 ∂ '
Ampére para o seu resultado final: D ∫ = ∫ 4π ∂ .
+ (9)
3
Repare que a fundamentação experimental da equação (9) reside em:
Lei experimental de Ampére;
Experiências de Oerested;
Biot+Savart+Laplace e,
Experiências de Rowland (essa é a experiência que demonstrou a acção
magnética do campo eléctrico variável).
É de realçar que a fundamentação experimental de acção magnética do campo
eléctrico variável, reside na existência das ondas electromagnéticas.
Mais uma relação resulta das experiências clássicas de 8 que se referiu ao
fenómeno de .
Segundo dados experimentais, o campo magnético variável cria no espaço um
campo eléctrico ( = ,.
F escrevemos sob a sua forma integral:
1 ∂D
∫'
3
=− ∫/ ∂ . . (10)
∫ '. . = 4π ∫ ρ $
$
(12) + lei de Gauss
1 ∂D
ε = ∫' =− ∫/ ∂ . . (14) + lei de Faraday
3
4π 1 ∂ '
∫D = ∫ 4π ∂ .
+ (15) + lei de Ampére
3
Destacamos a equação (12) e transformemos o primeiro membro segundo
6 '
∫ '.
/
=∫
$
'. $ (16)
∫[
$
]
' − 4πρ $ = 0 (17)
∫D =∫
/
D. (19)
4π 1 ∂'
∫ D− −
∂
=0 (20)
/
Dado que se trata de um contorno arbitrário, a condição (20) será satisfeita caso
for igual a zero a função integrante:
4π 1 ∂' (21)
D= +
∂
D=0
(22)
Quanto à equação (14), esta admite ser transformada por analogia da equação
(15) como também por analogia de
1 ∂D
'=− (23)
∂
2
No caso de a descrição do campo electromagnético envolver meios materiais,
será necessário escolher as seguintes equações matemáticas:
= (' ) = ε . ' ( )
D = D & = 1 .&
N = N (' ) = σ ' +
Considerando o campo electromagnético em vácuo, aplicando o sistema
Gaussiano teremos:
'= & =D
2 6 , isto é, o fluxo de intensidade do campo através de uma
superfície fechada é proporcional à carga eléctrica limitada por essa superfície.
∫ '. . = 4π ∫ ρ . $
$
(4)
1=G [ ×D ] (5)
1 ∂'
= (8)
∂
O campo electrostático é criado por uma corrente nula.
Levando em consideração a hipótese de Maxwell, transformamos a lei de
4π 1 ∂ '
Ampére para o seu resultado final: D ∫ = ∫ 4π ∂ .
+ (9)
3
F escrevemos sob a sua forma integral:
1 ∂D
∫'
3
=− ∫/ ∂ . . (10)
Segundo dados experimentais, não existem cargas magnéticas, por isso, para o
fluxo magnético escrevemos: ∫ D. . =0 (11).
∫ '. . = 4π ∫ ρ $
$
+ lei de Gauss
1 ∂D
ε = ∫' =− ∫/ ∂ . . + lei de Faraday
3
4π 1 ∂ '
∫D = ∫ 4π ∂ .
+ + lei de Ampére
3
= :
1 ∂D
a) D =0 b) ' =−
Auto+avaliação ∂
# *1
1. (Trata+se de uma demonstração, a solução está no próprio exercício);
∂Φ
2. A corrente de deslocamento G é dada pela equação G = ε 0 ;
∂
onde Φ é o fluxo do campo eléctrico.
C *'
Nesta lição você vai estudar os Potenciais electrodinâmicos, sua calibração e sua
invariância em relação à transformação de calibração. Antes de mais, terá de ver
o suplemento matemático para tornar perceptível a matéria que vai estudar.
"1
E2 EE:
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Potenciais electrodinâmicos;
+ Calibração dos potenciais;
+ Invariância dos potenciais electromagnéticos
<
(
Para simplificar a descrição das equações, aplica+se a chamada regra de
; 0 Segundo esta regra, entende+se por somatório, aos índices
repetidos, por ex.:
⇒ ∑ = 11 + 22 + 33
• ⇒∑ . = 1 1 + 2 2 + 3 3
/
⇒∑ = 1 1 + 2 2 + 3 3 = .
e) 123 =1
Verifica+se que todos os elementos com índices iguais são iguais a zero.
Para tal, aplicamos d)supondo que dois índices, pelo menos, são iguais.
i=j f) =−
2 =0⇒ =0
Repare+se que só são diferentes de zero os elementos correspondentes aos
valores diferentes dos índices ijk.
O tensor unitário completamente anti+simétrico satisfaz a regra contracção de
que: = δ δ −δ δ
δ → " % 4
. "1 /: Demonstre a identidade segundo a qual o produto directo de dois
vectores admite ser expresso em termos do tensor unitário completamente anti+
simétrico. Por exemplo:
[ × ]= (1”)
[ ]=
1 2 3
× 1 2 3
= 2 3 − 3 2 (2”)
1 2 3
8020/0 = !"
Definimos o potencial vector 0
& = 0 (24)
( ) [
0 = ∇× 0 = ] ∂
∂
0 (27)
∂& ∂ ∂0 ∂2 0 1 ∂2 0 ∂2 0
(28)
= = = +
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ 2 ∂ ∂ ∂ ∂
Quanto à derivada mista, esta obedece ao teorema de reciprocidade segundo o
qual tem lugar a identidade:
(
∂2 0 ∂2 0
= (29)
∂ ∂ ∂ ∂
Atendendo a expressão (29), transformamos (28) sob a forma:
∂& 1 ∂2 0 ∂2 0
= + =
∂ 2 ∂ ∂ ∂ ∂
1 ∂0 2 ∂2 0 1
= ( ∂2 0
+ + ) (30)
2 ∂ ∂ ∂ ∂ 2
∂ ∂
1 ∂&
'=− . (31)
∂
Substituindo (24) na equação (31) teremos:
1 ∂0
' + . = 0 (32)
∂
Visto que " = 0 , concluímos que o termo destacado (entre parêntesis)
na equação (32), admite ser expresso através de gradiente de uma função escalar:
1 ∂0
'+ = −∇ϕ (33)
∂
A função ϕ definida pela expressão (33) chama+se 0 Caso
forem conhecidos os potenciais electromagnéticos A e ϕ de expressão (33),
resulta logo o vector do campo E, a saber:
1 ∂0
' = −∇ − (34)
∂
É óbvio que a descrição feita em termos de potenciais é mais vantajosa e é
preciso conhecer as grandezas ϕ , 0 , 0 , 0 para poder descrever o campo
magnético.
Visto que a descrição feita em termos de potenciais é mais vantajosa, é preciso
estabelecer equações relativas a essas grandezas electrodinâmicas. Para tal,
podemos aproveitar mais duas equações de Maxwell, a saber: a equação
correspondente à lei de Ampére, Biot+Savart, Laplace e a equação que diz
respeito ao teorema de Gauss respeitante ao campo eléctrico. Escrevemos essa
como se segue:
4π 1 ∂'
&= +
∂ (35)
' = 4πρ (36)
4π 1 1 ∂2 0 ∂ϕ
0= + − −∇ (37)
∂ 2
∂
O primeiro membro desta equação (37) é um vector. Destacamos a sua i+ésima
componente. Essa i+ésima componente especificamo+la tomando em conta que o
produto vectorial admite ser expresso através do tensor ˆ , ou seja,
[ ]=
) ([ [ ] ])
(38)
( 0 = ∇× ∇× 0
( 0) =
∂
∂
[∇ × 0] (39)
( )
0 =
∂
∂
∂
∂
0 (40)
( )
0 =δ δ
∂2 0
∂ ∂
−δ δ
∂2 0
∂ ∂
=
(42)
∂ ∂0 ∂2 0
= −
∂ ∂ ∂ ∂
∂2 0 ∂2 0 ∂2 0 ∂2 0
= 2 + + = ∇ 2 0 (44)
∂ ∂ ∂ 1 ∂ 22
∂ 3
2
( )
0 =
∂
∂
0 −∇2 0 (45)
1 ∂
∇ 2ϕ = −4πρ − 0 (48)
∂
Repare+se que (47) e (48) criam o sistema de equações ligadas. Para simplificar
este sistema, podemos aproveitar o facto de um campo vectorial, por exemplo, o
vector A, poder ser determinado pelas duas grandezas a saber: do
campo, bem como a sua * G . O rotacional do vector A é claramente
determinado. Esta é a intensidade do campo magnético. Quanto à divergência,
esta mantém+se ainda indeterminada.
O procedimento de especificação da divergência de um vector chama+se
% 0
Neste contexto, distinguimos duas calibrações básicas:
% < % +< ,
1 ∂2 0 4π
∇2 0 − =− (50)
2
∂ 2
1 ∂ 2ϕ
∇ 2ϕ − = −4πρ (51)
2
∂ 2
Concluímos que a < permite reduzir o sistema (47) e (48)
para as equações independentes. É de sublinhar que cada uma destas equações
corresponde à &IF 0
Quanto à calibração coulombiana (Landau), esta atribui o valor zero para a
divergência do vector A, isto é, 0 = 0 (52)
Ao substituir (52) nas equações (47) e (48) obtemos:
∇ 2ϕ = − 4πρ ← (53)
É de sublinhar que o potencial escalar depende do tempo sob a forma implícita
paramétrica, uma vez que a intensidade de carga em geral varia no decorrer do
tempo.
Quanto à equação ( 53), sofre modificação para a forma:
1 ∂2 0 4π 1 ∂ϕ
∇2 0 − =− + " (54)
2
∂ 2
∂
Ao resolver as equações (50) e (51) ou as alternativas (53) e (54), obteremos os
potenciais electrodinâmicos e, derivando+as, chegaremos aos vectores do campo
& ' , únicos vectores que possuem o significado físico bem claramente
determinado.
802020 ! = !" "
J * " # 7
Potenciais electromagnéticos são características auxiliares do campo.
Estes determinam os vectores do campo por via das operações
diferenciais. É por isso que a escolha dos potenciais, não é única.
A transformação de um conjunto de potenciais para um outro chama+se
0
É fácil verificar que existe um grupo de transformações de género que
mantém invariantes os vectores do campo. Consideremos a transformação
dos seguintes potenciais:
1∂
0' = 0 + " (55) ϕ'= ϕ − (56)
∂
Verifica+se que o campo electromagnético é invariante em relação a essa
transformação. Esta propriedade chama+se * J 0
Para demonstrar essa invariância, determinaremos os novos valores H e E dos
vectores do campo. Atendendo à definição do potencial+vector, obteremos:
1 ∂0' 1 ∂ 1 ∂0 1 ∂
' ' = −∇ϕ '− = −∇ϕ + ∇ − − ∇
∂ ∂ ∂ ∂
(58)
1 ∂0'
'' = −" ϕ '−
∂
Levando em conta a definição dos potenciais electrodinâmicos, tiramos a
conclusão de que:
( ) [
0 = ∇× 0 = ] ∂
∂
0
1 ∂0
'+ = −∇ϕ
∂
O procedimento de especificação da divergência de um vector chama+se
% 0
Neste contexto, distinguimos duas calibrações básicas, a saber:
% < % +< ,
1 ∂0' 1 ∂ 1 ∂0 1 ∂
' ' = −∇ϕ '− = −∇ϕ + ∇ − − ∇
∂ ∂ ∂ ∂
1 ∂0'
'' = −" ϕ '−
∂
Levando em conta a definição dos potenciais electrodinâmicos, tiramos a
conclusão de que: ' ' = '
= :
# *1
[ ]=
1 2 3
×
1. 1 2 3
= 1 2 − 2 1
1 2 3
∂
2. =
∂
3. Definir primeiro o tensor ˆ e em seguida aplicar a propriedade dada.
) *'
-E E >2C > FC 6 5 6
5 F>P<C 6 >2C 6 G) Q6 > FC
! " #$
C *'
Nesta lição, você vai deduzir a densidade de energia do campo B e o vector de
Poynting, usando equações diferenciais de Maxwell. Vai também descrever o
significado físico do vector de Poynting e poderá ainda nesta lição perceber as
razões para a variação da energia do campo electromagnético.
< !
) *' D +,D++ A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Vector de Poynting;
+ Densidade de energia do campo electromagnético
<
1 ∂D
'=− (60)
∂
D=0 (61)
./
4π 1 ∂'
D= + (62)
∂
' = 4πρ (63)
Rescrevemos a equação (60) sob a forma homogénea e na equação (62)
localizaremos a densidade da corrente j, donde obteremos:
1 ∂D
0= '+ (64)
∂
1 ∂'
= D− (65).
4π 4π ∂
D
Multiplicando a equação (64) por ; a equação (65) por ' e subtraindo do
4π
primeiro resultado o segundo, obteremos:
− '=
4π
(D '−' )
D +
1
4π
∂'
'
∂
+D
∂ D
∂
(66)
Considerando a expressão de (66) entre parêntesis à direita, verifica+se que esta
admite ser reduzida para a derivada de função dupla P definida por:
' 2 + D2
P= (67) * + ,
8π
Derivando (67) em relação ao tempo obteremos:
∂P 1 ∂' ∂D
= ' +D (68)
∂ 4π ∂ ∂
4π
{D '−' }
D =
4π
{D ( ' ) − ' ( D) } (69)
( ') = .
∂'
∂
(70)
( D) = ∂D
∂
(71)
( D) = . .
∂D
∂
(72)
(74)
/=
4π
[' × D]
O vector / definido pela expressão (74) chama+se *
+ = ,0
Atendendo a definição do vector de Poynting rescrevemos a expressão (73) sob
forma:
4π
(D '−' )
D =
∂/
∂
=
∂/ 1 ∂/ 2 ∂/ 3
+ +
∂ 1 ∂ 2 ∂ 3
= / (75)
Vistas as relações (68) e (75), a relação (64) vem sendo transformada para a
forma:
∂P
+ / = − .' (76)
∂
∂P
lim ∫ $ +∫ / $ = − lim ∫ ' $ (77)
$ ∂ $ $
Repare que o aditivo destacado admite ser transformado pelo teorema de Gauss.
Visto este teorema teremos: para $ → ∞
lim ∫ /. $ = 0 (79)
$
' = ∫ P. $
Da expressão (84), tiramos logo a conclusão de que a função w definida pela
expressão (67) é a ) " (energia de volume unitário
do campo electromagnético).
Atendendo ao significado físico do segundo membro da expressão (80) e vista a
relação entre o trabalho e a energia cinética, escrevemos:
'
= ∫ .'. $ (85)
$
Dado que E+Ec=w é a energia total do sistema, escrevemos (88) sob a sua forma
final:
P
= − ∫ /. . (89)
4 " E / ) "
" ) * * +
' ) " % "+
" = C
Considerando um sistema finito e isolado, podemos escrever a equação (89).
Segundo essa equação, a energia total do sistema isolado varia segundo:
(90) P
= −∫ /. .
∂P
+ / = − .'
(91) ∂
2
' 2 + D2
A densidade de energia do campo electromagnético é: P =
8π
O vector / é definido pela expressão (71) e chama+se *
+ = ,0
/=
4π
[' × D]
Vistas as relações (68) e (75), a relação (64) vem sendo transformada para a
fórmula:
∂P
+ / = − .'
∂
A força eléctrica que actua sobre uma carga unitária é dada pela equação:
= ρ .'
' = ∫ P. $
$
Dado que E+Ec=w é a energia total do sistema, escrevemos (88) sob a sua forma
final:
P
= − ∫ /. . (89)
4 " E / ) "
" ) * * +
' ) " % "+
Quanto à forma diferencial do teorema de Poynting, essa vem sendo dada pela
equação (76):
∂P
+ / = − .'
∂
= :
# *1
1. A dedução do vector de Poyting está feita no apontamento deste
livro;
2. As razões de variação da energia do campo electromagnético são:
a) O fluxo do vector de Poynting;
b) O trabalho executado sobre as cargas eléctricas.
C *'
Nesta lição você vai estudar a lei de conservação de impulso do campo
electromagnético e o impulso das cargas submetidas à acção do campo
electromagnético. Vai ver também a dedução da força específica. Poderá estudar
novas grandezas como a densidade do Impulso do campo electromagnético e o
tensor Maxwelliano das tensões.
"1
E2 EE:
Ao completar esta lição, você será capaz de:
<
1
ρ= ' (92)
4π
1 1 1 ∂'
= &− (93)
4π 4π ∂
Multiplicamos a primeira equação pelo vector E, enquanto que a segunda,
multiplicamos por H. Somando as equações que obteremos, resulta:
1 ∂'
ρ .' +
1
[ ×& = ] 1
4π
'. '−
1
4π
&× [ & − ] × & (94)
4π ∂
Repare+se que o segundo membro não é simétrico em relação aos vectores do
campo. Para simetrizá+lo aplicaremos mais duas equações de Maxwell, a
& ' 1 ∂&
saber: & = 0• (92) × − ×
'+ = 0 (93)
4π 4π ∂
&
À equação (95) multiplicamos por , enquanto que na lei de Faraday (96)
4π
'
multiplicamos da a da esquerda por − .
4π
Ao somarmos as equações já transformadas (95) e (96) com a equação (94),
obteremos a forma simetrizada desta equação, isto é:
ρ'+
1
[ ×& = ] 1
4π
' [ '+& ]
& −
1
4π
'×{[ ] [
' + &× ]}
& −
ρ' +
1
[ ]
× & = ρ .' + ρ .
1
[ ]
× & = ρ ' +
1
[ ]
× & (98)
Como se sabe, o primeiro aditivo é a força eléctrica, o segundo a força magnética
que actua sobre a carga unitária. Feita esta observação, concluímos que a
expressão (98) não é mais que a força electromagnética que actua sobre o volume
unitário.
Designaremos essa força por
=ρ'+
1
[ ×& ] (99) + " ,
Repare+se que os dois termos destacados na equação (97) admitem ser reduzidos
para uma derivada em relação ao tempo. Por isso, é conveniente introduzir o
vector " definido pela expressão:
"=
4π
1
[' × & ] (100) + ,
Dos aditivos restantes que apresentam uma grandeza vectorial, destacamos uma
só, por exemplo, a i+ésima componente que diz respeito ao campo eléctrico, e
escrevemos:
∂'
O =
1
4π
' − ' ( )
' (101)
∂
Quanto a k componente de (rotE), esta também admite ser expressa em termos do
tensor ˆ , atendendo à definição:
∂'
[ ]
' = ∇ × ' e obtemos: ( ' ) =
∂
(102)
1 ∂' ∂'
O'= ' − ' (103)
4π ∂ ∂
Repare+se que aqui temos a contracção do tensor ˆ por índice k. Como se sabe,
essa contracção reduz+se à forma:
=δ δ −δ δ (104)
∂ 1 '2
O'= ' .' − δ (107)
∂ 4π 2
Quanto ao campo magnético, este propõe a mesma estrutura:
∂ 1 &2
O& = & .& − δ (108)
∂ 4π 2
Definimos o tensor de Maxwell Ô pela expressão:
//
1 '2 + & 2
O = ' .' + & & − δ (109)
4π 2
Atendendo à definição do tensor Maxwelliano das tensões (109), da soma das
expressões (107) e (108), reduz+se a fórmula:
∂O
O ' +O & = (110) O = ∇Oˆ (111)
∂
Conjugamos (99), (100), (101) e (97) e resulta:
∂"
= ∇ • Oˆ − (112)
∂
Integrando a expressão (112), por espaço inteiro, obtemos:
∂
∫
$
$ =−
∂ ∫"
$
$ + ∫ ∇.Oˆ $
$
(113)
∫ ∇ • Oˆ $ = ∫ Oˆ
$
(114)
∂
∫
$
$ =−
∂ ∫"
$
$ + ∫ Oˆ (115)
Dado que integramos por espaço inteiro, o ponto arbitrário de superfície S fica no
infinito. O campo electromagnético não existe no infinito e atendendo à definição
do tensor T, concluímos que o tensor Ô ao infinito no ponto de S é igual a zero:
Oˆ = 0 (116) ∫ Oˆ =0 (117)
/
∂
∫
$
$+
∂ ∫"
$
$ =0 (118)
Kéo
(Oˆ ) = O
Dado que cada um dos aditivos da expressão (115) possui o significado de força,
chegámos à conclusão de que O é i+ésima componente de força que actua
sobre área unitária, sendo aplicada ao longo do eixo j. Além disso, segundo (115)
podemos considerar o tensor de Maxwell como densidade de fluxo do impulso
do campo electromagnético.
2
A densidade da carga eléctrica obtém+se pela fórmula:
1
ρ= ' (92)
4π
1 '2 + & 2
O = ' .' + & & − δ (109)
4π 2
Atendendo à definição do tensor Maxwelliano das tensões (109), da soma das
expressões (107) e (108), reduz+se a fórmula:
∂O
O ' +O & = (110) O = ∇Oˆ (111)
∂
Conjugamos (99), (100), (101) e (97) e resulta:
/(
∂"
= ∇ • Oˆ − (112)
∂
Integrando a expressão (112), por espaço inteiro, obtemos:
∂
∫
$
$ =−
∂ ∫"
$
$ + ∫ ∇.Oˆ $
$
(110)
Oˆ = 0 (116) ∫ Oˆ =0 (117)
/
∂
∫
$
$+
∂ ∫"
$
$ =0 (118)
Ké
< = ∫" $ (120)
$
(Oˆ ) = O
dado que cada um dos aditivos da expressão (115) possui o significado de força.
= :
3. "=
1
4π
[ ]
' × & densidade do impulso do campo electromagnético.
) *'
' -
C *'
Chegamos ao fim da Unidade 4. Faça a revisão de toda a matéria sobre as
equações do campo electromagnético.
"1
/E EE :
∫ '. . = 4π ∫ ρ . $
$
(4)
1=G [ ×D ] (5)
De acordo com as experiências de $ 5( * 5< teremos:
D=
G [ 3
× ] (6)
4π
onde é constante de proporcionalidade e densidade de corrente.
4π 1 ∂'
Ampére para o seu resultado final: D ∫ = ∫ + 4π ∂ . (9)
3
F escrevemos sob a sua forma integral:
1 ∂D
∫'
3
=− ∫/ ∂ . . (10)
Segundo dados experimentais, não existem cargas magnéticas, por isso, para o
fluxo magnético escrevemos: ∫ D. . =0 (11).
∫ '. . = 4π ∫ ρ $
$
(12) + lei de Gauss
1 ∂D
ε = ∫' =− ∫/ ∂ . . (14) + lei de Faraday
3
4π 1 ∂ '
∫D = ∫ 4π ∂ .
+ (15) + lei de Ampére
3
Destacamos a equação (12) e transformemos o primeiro membro segundo
6 '
∫ '.
/
=∫
$
'. $ (16)
1 ∂ϕ
0+ =0 (49)
∂
Verifica+se que as equações de Maxwell permitem abordar as regularidades
relacionadas com processos energéticos. Para tal, escrevemos as equações de
Maxwell+Lorentz sob forma:
1 ∂D
'=− (60)
∂
D=0 (61)
4π 1 ∂'
D= + (62)
∂
' = 4πρ (63)
Rescrevemos a equação (60) sob a forma homogénea e na equação (62)
localizaremos a densidade de corrente j, então obtemos:
1 ∂D
0= '+ (64)
∂
1 ∂'
= D− (65).
4π 4π ∂
' 2 + D2
P= (67) * + ,
8π
O vector / definido pela expressão (74) chama+se *
+ = ,0
/=
4π
[' × D] (74)
" = C
Considerando um sistema finito e isolado, podemos escrever a equação (89) .
Segundo esta equação, a energia total do sistema isolado varia segundo:
(90)
P
= −∫ /. .
=ρ'+
1
[ ×& ] (99) + " ,
"=
4π
1
[' × & ] (100) + ,
T
Escrevemos segundo a lei da Mecânica: ∫
$
$= (119)
Ké
= : ' -
# *1
1. A resposta de 1, é dada no próprio problema.
2. " = 0.
3. O tensor maxwelliano é considerado como densidade de fluxo do impulso
do campo electromagnético.
6 J
C *'
Nesta Unidade, você vai estudar as Ondas electromagnéticas e, uma mais vez, vai
consolidar o conhecimento adquirido nos níveis básico e secundário. Vai tratar
de assuntos tais como: concepção de onda electromagnética, equação
ondulatória para as ondas electromagnéticas, Onda plana, Onda plana
Monocromática (senoidal), Polarização das ondas electromagnéticas,
Decomposição de um campo electrostático, Difracção, Zona de ondas, Fórmula
de Kirchhoff, Difracção de Fresnel e Difracção de Fraunhoffer.
< !
D +D++ A
Esta Unidade tem 6 lições, estando previstas: 1 lição com o tempo de estudo de
1:00 hora; 2 lições de 1h30min. e 3 lições de 2:00h. Este número de horas é um
indicativo para lhe ajudar a gerir melhor o seu tempo e é considerado suficiente
para você conseguir atingir os objectivos definidos no início de cada lição.
0/
) *'
E E !*' 6
J
Esta é a primeira lição da unidade 5. Por isso, é importante que você tenha a
concepção de Onda electromagnética. É necessário conhecer as propriedades
deste campo e deve conhecer também a equação ondulatória para as ondas
electromagnéticas.
"1
E/ 5E :
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Campo electromagnético
+ Intensidade do campo eléctrico e magnético.
<
Suponhamos que sejam satisfeitas essas condições, então: ' ≠ 0 , & ≠ 0 existe
o campo electromagnético mesmo que estejam ausentes as cargas livres e a
corrente eléctrica, podendo+se estabelecer as propriedades básicas deste campo.
;0/0/0 = 1
1) Este campo varia em função do tempo. Suponhamos, por exemplo,
∂&
que, & = , isto é, = 0 (5)
∂
Conjugamos (5) com as equações de Maxwell para E, obteremos:
Repare+se que esta conclusão contradiz o facto de que ' ≠ 0 , por isso, a
∂&
suposição (5) é falsa, portanto ≠ 0 (o campo magnético varia com
∂
o tempo).
∂'
Por analogia, sendo = 0 concluímos que H=0. Essa conclusão
∂
∂'
contradiz ao facto de que ≠ 0 (o campo eléctrico varia com o
∂
tempo).
'≠ () (8)
0(
∂&
Ao conjugar (8) com (1), logo resulta = 0 (9)
∂
É óbvio que a suposição (8) contradiz a primeira propriedade deste
campo, segundo a qual o campo varia com o tempo. É por isso que a
suposição (8), assim como o seu homólogo & ≠ () são falsas.
L ,U;2,>; E
) +
;020 ) ( 1 ) "
1 ∂0
Nestas condições, ' = − , &= 0 . (10)
∂
Substituindo estas expressões em (3) teremos:
1 ∂2 0
0 = − 0+ " 0=− (11)
2
∂2
Em particular, pode+se escolher o potencial da onda electromagnética de forma
que
0=0 (12)
A equação (11) toma agora a forma:
1 ∂2 0
0− = 0 (13)
2
∂ 2
Esta é a equação que determina o potencial das ondas electromagnéticas. Ela
denomina+se &KF + # ,0
Às vezes a equação de Onda escreve+se sob a forma
∂2 1 ∂2
IE onde =− = − e é chamada
∂ ∂ 2
∂2
1 R "7
Repare que esta é equação diferencial em derivadas de 2ª ordem. Por
isso, precisamos de transformar as equações de Maxwell para a
forma correspondente ao sistema de propagação das ondas.
Considerando um caso geral, achamos que a substância seja
isotrópica, homogénea e não manifesta dispersão. Olhando para
além das condições substanciais da lei de Ohm, obtemos:
=σ' (15)
Atendendo às condições (14) e (15) e dado que se trata do campo
electromagnético na ausência de cargas, ρ = 0 , escrevemos o
sistema das equações de Maxwell como se segue:
1 ∂&
'=− (16)
∂
& =0 (17)
4π ε ∂'
& = σ'+ (18)
∂
'=0 (19)
Aplicando para (16) o operador enquanto que derivamos (18) em
relação ao tempo e assim teremos:
1 ∂
'=− & (20)
∂
∂ 4π ∂' ε ∂ 2 '
& = σ + (21)
∂ ∂ ∂ 2
Como se sabe, há identidade
ε1 ∂ 2 '
∇2 ' − = 0 (26)
2
∂ 2
ε1 ∂ 2 &
∇2 & − = 0 (27)
2
∂ 2
ε1 ∂ 2 0 1 ∂2 '
∇2 0 − =0 ou seja ∇2 ' − =0 e
∂ 2
2 2
∂ 2
1 ∂2 &
∇2 & − 2 =0
∂ 2
ε1 ∂ 2 ϕ
∇ 2ϕ − =0
2
∂ 2
2
) " é todo o campo que aparece longe de cargas e longe de
correntes. Uma conclusão fundamental das equações de Maxwell diz respeito à
existência do campo electromagnético mesmo que estivessem ausentes as fontes
do campo, tais como: " +
As equações de Maxwell+Lorentz admitem ser reduzidas para as formas:
1 ∂&
'=− , (1)
∂
& =0 (2)
1 ∂'
&= , (3)
∂
'=0 (4)
∂&
Portanto ≠ 0 (o campo magnético varia com o tempo).
∂
A segunda propriedade é de que este campo electromagnético varia em função
das coordenadas.
'≠ () (8)
A terceira propriedade decorre das equações (1) e (3). Segundo estas a fonte do
campo eléctrico circular é campo magnético variável, ao passo que o campo
eléctrico variável é responsável pela geração do campo magnético, segundo a
equação (3).
A equação (11) toma agora a forma:
(
1 ∂2 0
0− = 0 (13)
2
∂2
Esta é a equação que determina o potencial das ondas electromagnéticas. Ela
denomina+se &KF + # ,0
Às vezes, a equação de onda escreve+se sob a forma:
∂2 1 ∂2
IE onde = = − e é chamada
∂ ∂ 2
∂2
1 R "7
Deduzindo a equação correspondente à intensidade do campo magnético,
obtemos assim:
ε1 ∂ 2 '
∇2 ' − = 0 (26)
2
∂ 2
ε1 ∂ 2 &
∇2 & − = 0 (27)
2
∂ 2
# *1
1 . A resposta está no próprio exercício
2. idem
1ε ∂ 2 0 1 ∂2'
∇2 0 − =0 ou seja ∇2' − =0 e
∂ 22 2
∂ 2
1 ∂2&
∇2& − 2 =0
∂ 2
1 ∂ 2ϕ
∇ 2ϕ − =0
2
∂ 2
∂'
O campo eléctrico varia com o tempo, ≠ 0 assim como o
∂
∂&
campo magnético varia com o tempo ≠0
∂
A segunda propriedade é de que o campo electromagnético varia
em função das coordenadas,
L ,U;2 ,>; E )
.
A terceira propriedade decorre das equações (1) e (3). Segundo
estas, a fonte do campo eléctrico circular é campo magnético variável,
ao passo que o campo eléctrico variável é responsável pela geração do
campo magnético, segundo a equação (3). Esse campo
electromagnético que se propaga no espaço e no tempo, apresenta por
si as ondas electromagnéticas, ou seja, esse campo existe sob a forma
de onda electromagnética ou uma sobreposição destas ondas.
1 ∂2&
0+ =0 (13)
2
∂ 2
Às vezes, a equação de onda escreve+se sob a forma:
∂2 1 ∂2
□A=0, onde □ = − = + 2 2 é chamada 1
∂ ∂ ∂
R "7
8.
− 1
D = [− ' 0 ( − ω )] = D 0 ( −ω ) D0 = ' 0 / ω = ' 0 /
ω
b) D • D = D + D = D0 cos 2 ( − ω ) + D0 ( − ω ) = D0
2 2 2 2 2 2
(/
) *' ,
E E 6> ) >
C *'
Nesta lição, você vai fazer o estudo da onda plana e suas características; vai fazer
a dedução da forma geral da onda plana, partindo das equações ondulatórias
vistas na lição anterior.
"1
E2 EE:
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Onda plana;
+ Superfície fásica;
+ Velocidade fásica;
<
+ Onda progressiva e onda transversal
Um exemplo prático das ondas electromagnéticas diz respeito a tal chamada onda
plana.
# é onda para a qual todas as grandezas características (componentes
dos vectores do campo, potenciais de densidade de energia, etc.) dependem de
uma só coordenada, por exemplo, X.
Vista essa definição e aplicando as equações ondulatórias precisamos deduzir a
forma geral de onda plana assim como as suas propriedades básicas. Para tal,
escrevemos as equações ondulatórias, considerando uma substância dieléctrica:
1 ∂2 0
∇2 0 − = 0 (29)
2
∂ 2
1 ∂ 2ϕ
∇ 2ϕ − = 0 (30)
2
∂ 2
Sabe+se que os potenciais obedecem a certas condições de calibração. Além
disso, o campo é invariante perante a transformação de calibração.
Vista essa propriedade do campo, a calibração será ϕ = 0 (31)
Levando em conta a fórmula (31) concluímos que duas calibrações, de e
de conduzem ao mesmo resultado:
0 = 0 (32)
Quanto aos vectores do campo, escrevemos sob a forma:
1 ∂0
'=− (33)
∂
1
&= 0 (34)
1
Visto que se trata de onda plana, a condição de calibração reduz+se à fórmula:
∂0
= 0 (35)
∂
Conjugamos a expressão (35) com a equação ondulatória que diz respeito à
componente 0 .
∂2 0 ∂2 0
Dado que se anulam as derivadas , , de equação (29) resulta:
∂ 2 ∂ 2
∂2 0 1 ∂2 0 1 ∂2 0
− = 0 ⇒ = 0 (36)
∂ 2 2
∂ 2 2
∂ 2
Daí decorrem duas soluções fundamentais:
∂0
a) = (37) b) 0 = 0 (38) apenas para o caso de onda plana.
∂
Vista a relação (37) e conjugando+a com a (33), obtemos:
1 ∂0
' =− = (39)
∂
É de sublinhar que esta solução não faz sentido no que diz respeito à onda
electromagnética, uma vez que os vectores do campo nesta onda variam em
função das coordenadas. Consequentemente só a solução (38) pode corresponder
à onda electromagnética plana, daí obtemos as relações que se referem a essa
onda.
0 = 0 e ' = 0 (40)
Quanto às componentes Ay e Az de equação ondulatória (29) decorrem duas
equações:
((
∂20 1 ∂ 0
2
− = 0 (41)
∂ 2 2
∂ 2
∂2 0 1 ∂2 0
− = 0 (42)
∂ 2 2
∂2
Repare+se que essas duas equações possuem a mesma estrutura, portanto é
suficiente considerar uma só equação, por exemplo, a (41).
∂ ∂ 1 (43)
3ˆ ± = ± .
∂ ∂
Atendendo às definições (43), reduzimos a equação (41) para a forma:
1) 3̂ + 3ˆ − 0 = 0 (44)
=; . "1 ' " 3̂ +
3ˆ − = 0 ,UV;
a. Introduzimos novas variáveis ξ e η definidas segundo as
relações :
ξ= − η= + (2’)
∂ ∂ ∂ξ ∂ ∂η
= . + . (3’)
∂ ∂ξ ∂ ∂η ∂
∂ ∂ξ ∂ ∂η ∂
= + (4’)
∂ ∂ ∂ξ ∂ ∂η
∂ξ 1 ∂ξ
=− , =1
∂ ∂
∂η 1 ∂η
= , =1 (5’)
∂ ∂
∂ 1 ∂ 1 ∂
=− + (6’)
∂ ∂ξ ∂η
∂ ∂ ∂
= + (7’)
∂ ∂ξ ∂η
1 ∂ ∂ 1 ∂ ∂
3ˆ ± = − + ± + (8’)
∂ξ ∂η ∂ξ ∂η
1 ∂ 1 ∂ 1 ∂ 1 ∂ 2 ∂
3ˆ + = − + + + =
∂ξ ∂η ∂ξ ∂η ∂η
1 ∂ 1 ∂ 1 ∂ 1 ∂ 2 ∂
3ˆ − = − + − − =−
∂ξ ∂η ∂ξ ∂η ∂ξ
2 ∂
3ˆ + = (9’) 2 ∂ (10’)
∂η 3ˆ − = −
∂ξ
Substituindo as equações (9’) e (10’) em (1’) e simplificando um
factor constante, teremos:
∂2 ∂ ∂
= 0 (11’), ou seja =0
∂η ∂ξ ∂η ∂ξ
Integrando (11’) em relação a η , teremos,
∂
= ϕ (ξ ) (12’)
∂ξ
= ϕ (ξ ) ξ
Integrando a expressão (12’), obtemos:
= ∫ ϕ (ξ ) ξ = Φ(ξ ) + 1 (η ) (13’)
Consequentemente, podemos escrever a solução sob a sua forma
geral:
( , ) = Φ −
+ 1 +
(14’)
Atendendo aos resultados do exemplo anterior, escrevemos as
soluções gerais das equações (13’) e (14’) pois, estas também
possuem uma estrutura correspondente à equação
∂2 1 ∂2
− = 0 , então escrevemos:
∂ 2 2
∂2
0 =0 − + 0 + (45)
0 =0 − + 0 + (46)
É de salientar que os aditivos destas fórmulas são funções arbitrárias
e em geral diferentes.
É por isso que a quantidade das soluções é infinita. Para encontrar
uma solução, é preciso especificar as condições iniciais. Ao
satisfazê+las teremos uma única solução de equação de onda.
,+
= = ⇒ = = (52)
>
Repare+se que é uma grandeza positiva, por isso, uma onda plana
dada por (47) e (48) é uma onda que se propaga no sentido positivo
do eixo OX e chama+se * 0
Além disso, concluímos que a velocidade v que temos na equação
de onda não é mais que a * 0
Destacando os seguintes aditivos da fórmula (45) e (46), ficaremos
com as relações:
0
= 0 +
(53) 0 =0 + (54)
Repare que a fase desta onda vem sendo determinada pela relação
+ = η (55). Considerando a fase constante, obteremos a equação
de superfície fásica sob a forma: = .(η 0 − ) (56)
Repare+se que a superfície fásica é um plano perpendicular ao eixo
X.
Segundo (28), 0 componente de velocidade fásica vem sendo dada
pela expressão: =− <
Por isso, a onda electromagnética plana, definida pelas relações (53)
e (54), propaga+se no sentido negativo do eixo X.
Agora precisamos de calcular as componentes dos vectores do
campo.
Limitamo+nos a considerar só as ondas que se propagam no sentido
positivo do eixo X, pois as regularidades consideradas para estas
ondas mantêm+se válidas também para as ondas que se propagam no
sentido oposto.
Substituímos (47) e (48) na equação (5’); vista a relação (49),
obtemos:
1 ∂0 1 ∂0 ∂ξ
' =− =− . (57)
∂ ∂ξ ∂
1 ∂0 1 ∂0 ∂ξ
' =− =− . (58)
∂ ∂ξ ∂
∂ξ Derivando (49) obteremos:
=1
∂
1 ∂0 1 ∂0
Logo ' = 0 , ' = − e ' =− (59)
∂ ∂
Quanto à intensidade do campo magnético, este decorre da equação
(34).
Rescrevemo+la sob a forma explicita:
∂ ∂ ∂ ∂0 ∂0 ∂0 ∂0
& = 1 −1 0 = 1 −1 = 1 −1 − + 1 −1 0 − + 1 −1 − 0
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
0 0 0
(60)
1 ∂0 1 ∂0 ∂ξ
De (60) decorre: & = 0 , & = − =− ,
1 ∂ 1 ∂ξ ∂
1 ∂0 1 ∂0 ∂ξ
& = = (61)
1 ∂ 1 ∂ξ ∂
∂ξ 1
Segundo (49) =− (62)
∂
Atendendo (3’), escrevemos as componentes do campo magnético sob a forma:
1 ∂0 1 ∂0
& = 0, & = , & =− (63)
1 ∂ξ 1 ∂ξ
,+
(β . − ) ' + α .' − = 0
1
Dado que se trata do sistema das equações lineares homogéneas, igualamos a
zero o seu determinante para que o sistema tenha soluções diferentes de zero. Por
isso, teremos:
α − β −
1
2
≡ α + β −
2
= 0 (75),
1
β− α
1
de (75) resulta:
α = 0
(76)
β = 1
Conjugando (76) com (69) obteremos daqui:
&=
1
[ × '] (77)
&=
ε
1
[ ]
. ×' (79)
ε' 2
P = (81)
8π
1& 2
P = (82)
8π
,+
&2 =
ε 2
1
' 2
( ,' )
2
=
ε 2
1
' (83)
Vista a expressão (83) e conjugando+a com (82) para a densidade de energia para
o campo magnético temos:
1 ε ε' 2
P = .1 . ' 2 = (84)
8π 1 8π
Comparando (84) com (81), obteremos como resultado que P = P (85)
Segundo essa definição, numa onda electromagnética plana, a densidade de
energia do campo eléctrico é igual à densidade de energia do campo magnético.
Para aplicações, a densidade total de energia pode+se deduzir pelas formas:
/=
4π
[' × & ] (87)
/=
4π
ε
1
.'× ×'[ [ ] (88)
[ [
. 0× D × ] = D(0 )− (0D )
Transformamos (88) para a forma:
/=
4π 1
[
ε 2
.' −' ' ( )] (89)
Visto que o segundo aditivo se anula, uma vez que se trata de onda transversal,
de (89), obtemos:
ε 2 ε1 ε 2 ε' 2
/= .' . = . .' . = . = P (90)
4π 1 4π 1 4π
/ = .P. % (91) * 5 * 0
De (91) constatámos que a energia transfere+se ao longo do sentido de
propagação da onda plana e a velocidade de transferência de energia vem sendo
igual a v.
2
# + é onda para a qual todas as grandezas características (componentes
dos vectores do campo, os potenciais de densidade de energia, etc.) dependem de
uma só coordenada, por exemplo, X.
∂2 0 ∂2 0
Dado que se anulam as derivadas , , da equação (29) resulta:
∂ 2 ∂ 2
∂2 0 1 ∂2 0 1 ∂2 0
− = 0 ⇒ =0
∂ 2 2
∂ 2 2
∂ 2
& ' Todos os pontos do espaço correspondentes à mesma fase de onda
criam a tal chamada " " 0
Suponhamos que essa fase seja igual a ξ 0 . Substituindo ξ por ξ 0 em (49),
teremos:
−
= ξ0 .Isto implica que = .( − ξ 0 )
&=
ε
1
[ ]
. ×' (79)
ε' 2
P =
8π
1& 2
P =
8π
Para aplicações, a densidade total de energia, pode ser expressa pelas formas:
,+/
/=
4π
[' × & ]
Excluímos H sob a fórmula (79)
/=
4π
ε
1
[ [ ]
.'× ×'
= :
# *1
1. # é onda para a qual todas as grandezas características
(componentes dos vectores do campo, os potenciais de densidade de energia,
etc.) dependem de uma só coordenada, por exemplo, X.
∂2 0 1 ∂2 0
Equação de onda plana: − =0
∂ 2 2
∂2
2.Todos os pontos do espaço correspondentes à mesma fase de onda, criam a
tal chamada " " 0 A superfície
fásica é um plano perpendicular ao eixo X.
1. A solução está no próprio exercício;
2. Use a decomposição do vector H (veja a transformação feita da equação
69 a 79).
) *'
E-E 6 5 $E
O *' 6 J
C *'
Nesta lição você vai estudar a onda plana monocromática. Você vai perceber que
uma onda monocromática representa um caso particular muito importante de
ondas electromagnéticas. Também poderá aprender nesta lição, a polarização das
ondas electromagnéticas.
"1
E2 EE:
+ Onda monocromática;
+ Vector de onda e número de onda;
+ Vector de Poynting;
<
+ Densidade de energia;
+ Polarização das ondas electromagnéticas.
E-E E 6 5 $E
Mais um exemplo prático das ondas electromagnéticas diz respeito à chamada
0
As ondas em que o campo é uma simples função periódica do tempo,
representam um caso particular muito importante de ondas electromagnéticas
denominadas 0 Todas as grandezas (potenciais, componentes do
campo) numa onda monocromática dependem do tempo mediante um factor da
,+(
ε1 ∂ 2 ' ε1 ∂ 2 &
∇2 ' − =0 (92) ∇2 & − = 0 (93)
2
∂ 2 2
∂ 2
( ) ()
' , =' . −ω
(96 ) ( ) ( ).
& , =& − ω
(97 )
Sublinhe+se que há lugar para oscilações temporais do campo com uma só
frequência ω . É por isso que as ondas que variam durante o tempo segundo as
relações (96) e (97), denominam+se 0
Substituindo as fórmulas supostas de solução (96) e (97) em equações (92) e
(93), obteremos as equações correspondentes à variação espacial de onda
monocromática.
Derivando em relação ao tempo, obteremos o factor − ω 2 . e simplificando além
disso a função ω , chegamos às equações:
∇2 ' ( )+ ω 2 ε1
2
' ( )= 0 (98) ∇2 & ( )+ ω 2 ε1
2
& ( )= 0 (99)
Segundo a classificação geral, as equações (98) e (99) chamam+se
L > 0
Consequentemente, a onda monocromática varia no espaço conforme as
equações de Helmholtz.
Para resolver essas equações é preciso especificar as condições de fronteira.
Ao satisfazer estas condições, obteremos as condições de propagação das ondas
monocromáticas dessas frequências ω , aplicando essas equações para um
; > .
Visto que os vectores do campo não tendem para o infinito, procuraremos as
soluções das equações de Helmholtz dadas pelas formas:
' ( )= ' . 0
−
(100 ) & ( )= & 0 . −
(101)
É de realçar que estas expressões ' 0 &0 são amplitudes, em geral,
complexas.
2π
Atendendo à expressão que diz respeito à frequência ω : ω = de (105),
O
2π
obteremos T = (106 )
O
2π No entanto, o produto O . = λ não é mais que o
T= (107 )
λ espaço percorrido durante um período, isto é, é o
0
Consequentemente, o número de onda K, é inversamente proporcional ao
comprimento de onda λ .
Conjugamos (100) e (101) com (96) e (97) e, por este meio obteremos, as
chamadas '
( ) (
' , = '0 . . −ω .) (108)
& ( , )= & . ( 0
. −ω . ) (109)
Do mesmo modo, para a onda plana, podemos definir * como
argumento de funções trigonométricas. Portanto, para a fase da onda
monocromática escrevemos:
. − ω = φ (110)
Da equação (110), resulta que temos uma superfície fásica dada sob a forma
linear em função das coordenadas.
É de sublinhar que os coeficientes são componentes do vector paralelo ao vector
normal, consequentemente, a onda monocromática (108) e (109) é plana e o
vector K é normal à superfície de fase constante (110). Consequentemente, o
sentido do vector de onda determina o sentido de propagação de onda plana
monocromática.
Quanto às expressões (108) e (109) é preciso fazer uma observação.
Para lidar com essas grandezas é preciso destacar as partes reais d (108) e (109).
( ) [
' , = Re ' . (ω − . ) ]
( ) [ ]
0
& , = Re & 0 . (ω − . )
;08020 = ) "
• <
• "
Sabe+se que a onda electromagnética plana revela uma propriedade relacionada
com o sentido das oscilações, a saber:
Este é perpendicular ao sentido de propagação destas ondas e das suas
superposições lineares.
Neste contexto, essas ondas são transversais. Exactamente essa propriedade faz
com que tenha lugar, mas uma regularidade das ondas electromagnéticas
chamada 0
Para introduzir essa concepção consideraremos só a componente eléctrica de
onda monocromática. Para tal, destacamos a amplitude ' 0 desta onda. Em
geral, esta é complexa e por isso admite a apresentação sob a forma:
2
'0 = '0 .
2 −2 α
(111)
Dado que se considera o vector ' 0 complexo, escrevemos este sob a forma:
'0 = . −α
(112 ) ≡ 1 + 2 (113)
Agora substituímos (113) em (112) e conjugando o resultado com (111),
teremos:
( 1
2
− 2
2
+2 1 . 2 ). −2 α
= '0 .
2
−2 α
(114 )
2− 2
= '0
2
(115)
1 2
2 .
1 2 =0 (116)
' ( , ) = Re ' ( , ) = 1 (
cos ω − . − α + ) 2
π
cos ω − . − α +
2
(118 )
Daí concluímos que uma onda electromagnética monocromática e plana, admite
ser reduzida para duas ondas monocromáticas planas da mesma frequência.
No entanto, as oscilações relacionadas com algumas destas, são perpendiculares
às que se referem a outra.
É de sublinhar que esta decomposição mantém+se estável durante o tempo.
Suponhamos que se realizam as condições sob as quais 2 = 0 , a equação (118)
reduz+se a fórmula:
2 = 0; ' ( , )= 1 (
cos ω . − . − α ) (119 )
0;0/
1 ' '
Φ= − . cos ϕ (124)
ϕ 2 1
elevado a dois, (122) e (124) e somando esses quadrados termo a termo,
aproveitando a identidade cos 2 Φ + 2
Φ = 1 para o vector resultante
obteremos:
2 2
' ' ' '
+ 2
−2 cos ϕ = 2
ϕ (125)
1 2 1. 2
2
As ondas em que o campo é uma simples função periódica do tempo representam
um caso particular muito importante de ondas electromagnéticas denominadas
0 Todas as grandezas (potenciais, componentes do campo)
numa onda monocromática dependem do tempo, mediante um factor da forma
cos(ω + α ) , onde ω é a frequência cíclica (ou simplesmente frequência ou
pulsação) da onda.
Assim como a onda arbitrária, onda monocromática obedece às equações de onda
que escrevemos sob as formas:
ε1 ∂ 2 ' ε1 ∂ 2 &
∇2 ' − =0 (92) ∇2 & − = 0 (93)
2
∂2 2
∂ 2
( ) ()
' , =' . −ω
(96 ) ( ) ( ).
& , =& − ω
(97 )
Segundo a classificação geral, as equações (98) e (99) chamam+se
L > 0
∇2 ' ( )+ ω 2 ε1
2
' ( )= 0 (98) ∇2 & ( )+ ω 2 ε1
2
& ( )= 0 (99)
Consequentemente, a onda monocromática varia no espaço conforme as
equações de Helmholtz.
As L são dadas pelas seguintes expressões:
( ) (
' , = '0 . . −ω . ) (108)
& ( , )= & . (
0
. −ω . ) (109)
A propriedade de que existem sentidos seleccionados no plano perpendicular ao
sentido de propagação de onda chama+se 0
,
= :
# *1
1. As ondas em que o campo é uma simples função periódica do tempo
representam um caso particular muito importante de ondas electromagnéticas
denominadas 0 Todas as grandezas (potenciais, componentes do
campo) numa onda monocromática dependem do tempo mediante um factor da
forma cos(ω + α ) , onde ω é a frequência cíclica (ou simplesmente frequência
ou pulsação) da onda.
As L são dadas pelas seguintes expressões:
( ) (
' , = '0 . )
. −ω .
& ( , )= & . (
0
. −ω . )
2. A propriedade de que existem sentidos seleccionados no plano perpendicular
ao sentido de propagação de onda, chama+se 0
4. Verifica+se que só desfazagem 0 0u ± π resulta uma onda de polarização
linear, consequentemente, uma onda linearmente polarizada decorre da
sobreposição de duas ondas de polarização elíptica.
) *' -
E.E @ *' J EG
S ## @@E
C *'
Nesta lição, você vai estudar o fenómeno de difracção das ondas
electromagnéticas (difracção de Fresnel e Fraunhoffer). Vai ver os postulados do
princípio de Huygens+Fresnell e vai deduzir também a fórmula de Kirchhoff que
permite calcular a amplitude que faz efeito no ponto de observação para a onda
plana.
"1
E2 EE:
+ difracção;
+ Zona de difracção
<
Entretanto, dada a quantidade enorme das versões dos écrans assim como das
suas posições, é óbvio que este caminho, por mais simples que seja não conduz
ao resultado, devido às dificuldades matemáticas.
É por isso que se pretende elaborar um método aproximado de tratar o fenómeno
de difracção.
0;02
W ∝ T-
(128 )
O elemento 0 é infinitesimal e, dessa forma, a amplitude de onda secundária
vem sendo inversamente proporcional à distância percorrida, consequentemente:
W
W ∝ (129) .
-
W
W = ∫-
T-
0 (132 ) ⇒ ( " Q **
0
2. A constante “a” não depende das particularidades do sistema que faz o efeito
de difracção. Por isso, é suficiente calcular esse coeficiente para um caso
concreto.
= '
B '
Dados:
( ) = 00 .
% = (3,0,0)
Segundo uma das observações, na qualidade de
____________
−?
superfície A, é conveniente escolher a superfície fásica, isto é, o plano que
atravessa o ponto X=0.
-
= ∫ . . 0 mas 0 = ρ ρ. β ; = () = 00 e
0
- =0
- = 32 + ρ 2
∞ 32 + ρ 2 2π ∞ 32 + ρ 2
.ρ ρ .ρ ρ
Assim: = . 00 ∫ ∫ β = 2π 00 ∫ fazendo
0 3 +ρ
2 2
0 0 3 + ρ2
2
= () =0. 3
=3
2π 00 3
Segundo o método de Kirchhoff: = e igualando as duas últimas
;05
;0@0 *
Em geral, a imagem de difracção depende de vários factores, tais como, forma
geométrica dos obstáculos e das aberturas, posições espaciais dos écrans, é por
isso que não existem relações mais gerais que formula Kirchhoff.
Entretanto, podemos classificar os fenómenos de disfarçam destacando dois
tipos básicos de difracção:
,,
1
1
Sob certas condições no ponto de observação, terá lugar a sobreposição ou
somatório dos raios convergentes. Neste caso, a difracção observada chama+se
8 0
Dado que os raios convergentes correspondem à onda esférica,
8 0
Visto que se trata de raios convergentes, a imagem de difracção fica em distância
finita de écrans.
Sob outras condições, terá lugar o somatório dos raios paralelos. A este tio de
difracção, chama+se 8 > 0
Visto que a superfície fásica para os raios paralelos, é um plano (transversal aos
raios), a difracção se diz 8 > !
0
Observando a imagem de difracção de Fraunhofer, fica ao infinito, por isso, para
observar essa difracção é preciso focalizar as ondas secundárias por via de lentes,
antenas, etc..
Como exemplo de difracção de Fresnel, consideraremos a difracção feita pela
abertura circular de raio R=a. Este exemplo é importante para aplicações ópticas
para os objectivos da radiolocalização.
0;08
Segundo o método de Kirchhoff, a acção resultante que se observa no ponto P é
-
dada pela expressão: =
2π . ∫
0
-
. 0 (133)
= () (135)
0 =0
( )= 00 . (136)
= 00 (137) ,
0
0 (0, ρ cos β , ρ . β ) (138)
= cos α ; α = 0 =0
% ( 3, , 0 ) (139) ⇒
= α ; α = 0; =
{
⇒ - = 32 + ( − ρ . cos β ) + ρ 2
2 2
β }1 / 2 {
= 32 − 2 ρ cos β + 2
+ ρ 2 }1 / 2
- = {32 + 2
+ ρ 2 − 2 ρ cos β }1 / 2 (140)
A fórmula de Kirchhoff é válida para a zona de onda e só para os desvios baixos
em relação à propagação rectilínea.
A partir desta observação, notam+se as relações: 3 >> , 3 >> ρ (141)
Vistas as relações (141) modificamos (140) para a forma:
2
+ ρ 2 − 2 ρ cos β 1 / 2 2
+ ρ2 ρ cos β
- = 3.{1 + } ≈ 3+ −
32 23 3 (142)
.................................................
1 1
≈
- 3
A função de ordem arbitrária podemos também definir pela sua expansão por
( ) = ∑ (− 1)
∞ +2
série de Taylor, de modo: N (S2)
=0 ( + )! ! 2
,,
2 2 + 1 1
N ( )≈ cos − π + 0. 3 / 2 (S4) 6 >> 1
π. 4
Atendendo à fórmula (S1), reduzimos a expressão (144) para a fórmula:
2
3+ - ρ2
0 ρ
.∫ ρ . . ρ
2 3
= 0. 23
70 (145)
.3 0 3
Consideraremos um caso especial e mais simples que se refere ao ponto de
observação pertencente ao eixo x: r =0 (146) % ∈ 48
Substituindo (146) em (145) e vista a expansão (134) de que N 0 (0 ) = 1 ,
- ρ.
0
= 0. ∫ ρ. ρ
3 23
(147)
.3 0
2 4
1 1
∗ N 0 ( ) ≈ 1 − . + + .....
1 2 42
para integrar (147), reescrevemo+la de modo seguinte:
- ρ2
00 1
= ∫ ρ2 (148). Recorde que ∫ α α
3
. 23
= . Assim,
2. .3 0 α
integrando, teremos:
1
ρ2 T- 2
00 23 - 2 00
= . 3
. 23
= 3
. 23
− 1 (149)
2. .3 0 2
-2
Tiramos para fora o factor exponencial 43
-2 − -2
2
3+ -
2 00 4 3
43
− 43
= .
. (150)
2
Atendendo à fórmula de Euler, daí resulta:
2
3+ -
2 00 43 -2
= .
. (151)
43
Para interpretar esse resultado, aproveitamos o facto de que a intensidade é
proporcional ao quadrado do módulo de amplitude.
Atendendo a essa observação, para a intensidade no ponto de observação P,
obtém+se:
2 -2
G = γ. = γ .4 00
2 2
43
Visto que 00 é a amplitude de onda incidente, teremos a relação: γ . 00 = G 0
2
-2
Portanto, finalizamos escrevendo: G = 4 G 0 2
(152)
43
2 -2
Repare+se que este resultado contém um factor oscilante, a saber: ,é
43
por isso que G varia ao longo do eixo X percorrendo os seus valores máximos e
mínimos.
A consideração das observações de G revela os desvios em relação à
propagação rectilínea ou seja, a difracção.
As condições para observar máximos e mínimos resultam dos problemas a
seguir:
. "1 L *
1 8+
% * (
-2
2
=1 (1)
43
= 4G 0
max
G (2)
30 -2
3 = (5), 30 = (6)
2 +1 2π
Note+se que essa coordenada (L) diminui com o aumento de m, portanto o
número m não pode tender ao infinito, partindo do princípio de que a partir de
um certo valor de m o ponto de observação deixa de pertencer à zona de onda e,
logo, deixa de ser válida a lei de Kirchhoff.
0 ;0;
,,
Repare+se que a onda incidente focaliza+se atravessando essa abertura. É por isso
que o fenómeno usa+se para concentrar as ondas electromagnéticas.
Os dispositivos correspondentes chamam+se < ( 0
Há dispositivos correspondentes para as ondas luminosas infra+vermelhas,
microondas, assim por diante.
∗ para ≠ 0 , a imagem de difracção consiste dos anéis concêntricos.
Para calcular o raio do anel é preciso considerar a expressão S2.
2
Com o aumento de comprimento de onda, observam+se os desvios de propagação
rectilínea ou perturbações das leis da óptica geométrica.
Todos os fenómenos relacionados com esses desvios que acompanham a
propagação num sistema heterogéneo correspondem ao efeito chamado
0
A teoria aproximada baseia+se no princípio de : C , . Este consiste
de dois postulados:
W
W = ∫-
T-
0 (132 ) ⇒ ( " Q **
0
= :
# *1
1. Para observar os mínimos:
-2
2
= 0 (1) G
min
=0 (2)
43
-2
A solução da equação (1), é: = π (3) m=0,1,2,3,........
43
Da expressão (3), obteremos X coordenadas dos pontos em que se observa o
mínimo da difracção:
-2 30 -2
3= (4) 3 = (5), 30 = (6)
4 π 4π
8
3+ -
2 00 43 -8
2. = .
.
43
) *'
E0E @ *' G # @
C *'
Nesta lição, você vai estudar a difracção de Fraunhofer e deduzir a equação da
intensidade do campo electromagnético nos pontos arbitrários do espaço na
difracção de Fraunhofer.
"1
E/ 5E:
Ao completar esta lição, você será capaz de:
0;0<
Dado que o ponto P pertence à zona de ondas, a acção resultante vem sendo
determinada pela fórmula de Kirchhoff.
,,(
-
=
2π . ∫
0
-
. 0 (153)
0 = (154) , - = -0 − (155)
1/ 2
2 -
[- + ]
1/ 2 2
2
-= 0
2
− 2 -0 = -0 1 + 2
− 02 (156)
-0 -0
Dado que se considera a difracção de Fraunhofer, os vectores - 0 e - são quase
paralelos, por isso -0 >> (157).
Vista a condição (157), podemos considerar a expansão da fórmula (156),
incluindo só os termos lineares,
2
-
- ≈ -0 1 + − 02 ≈ - − -0 (158)
2 2 0
-0
-0 -0
2
-0
2
→0 e =1
2 -0 -0
-0
= (159)
-0
Este vector determina o sentido de propagação das ondas desviadas para o ponto
P.
Vista a definição (159), acabamos por escrever:
- ≈ -0 − (160)
1
Substituindo R na fórmula (153), é preciso tomar em conta que é uma função
-
gradual, por isso, podemos aproveitar a expressão:
1 1
≈ (161)
- -0
Além disso, introduzimos o vector de onda K definindo+o da seguinte maneira:
=T (162)
Atendendo a (161) e (162) e vistas as expressões (154) e (160), transformemos a
integral de Kirchhoff (153) para a forma:
∫
−
= -
. (163)
2π . .-0 0
...........................
∫ ( ). − '
=
1
2π ∫ ∫
( − ') () (167)
∫
( )
− − '
= (2π ) δ
2
( − ' ) (168)
∫ ( ). − '
= 2π ∫ ( )δ ( − ' ) (169)
=
-0
-0
. () (171)
G =∫ () 2
(172)
..................
G =∫ ( ) . ( ').δ (
∗
− ' ) ' ' (174)
2
G =∫ ( ) . (175)
G= () 2
(176)
.........
2
Suponhamos que a onda plana se propaga ao longo do eixo X e sofre difracção
de Fraunhofer atravessando uma abertura no écran plano coincidente YoZ.
Dado que o ponto P pertence à zona de ondas, a acção resultante vem sendo
determinada pela fórmula de Kirchhoff.
-
=
2π . ∫
0
-
. 0
G=∫ () 2
G= () 2
(176)
.........
= :
b) Estabeleça as equações
correspondentes aos mínimos e
máximos.
# 2 *1
# "$. " :
π
θ = (2 + 1) ; = (± 1; ± 2 ) G = 4 G 0 max .
2 2
π
ou seja: θ = (2 + 1) = (± 1; ± 2 ) G = 4 G 0 max .
2 2
b) A equação dos mínimos de difracção correspondente é :
2π
θ = λ, = S
λ
As equações dos máximos de difracções correspondentes são:
λ
θ = (2 + 1) e
2
λ
θ = (2 + 1) ;
2
,
) *' .
'
C *'
Chegamos ao fim da Unidade 5. Agora você vai fazer revisão de toda a matéria
sobre as equações do campo electromagnético.
"1
/E EE :
1 ∂&
'=− (16)
∂
& =0 (17)
4π ε ∂'
&= σ'+ (18)
∂
'=0 (19)
As equações ondulatórias respectivas às substâncias dieléctricas:
ε1 ∂ 2 '
∇2 ' − = 0 (26)
2
∂ 2
ε1 ∂ 2 &
∇2 & − = 0 (27)
2
∂ 2
ε1 ∂ 2 0 1 ∂2 '
∇2 0 − =0 ou seja ∇2 ' − =0 e
2
∂ 2 2
∂ 2
1 ∂2 &
∇2 & − =0
2
∂ 2
ε1 ∂ 2 ϕ
∇2ϕ − =0
2
∂ 2
1 ∂2 0
∇2 0 − = 0 (29)
2
∂ 2
1 ∂ 2ϕ
∇ 2ϕ − = 0 (30)
2
∂ 2
A densidade de energia do campo electromagnético é:
P≡P +P (80)
ε' 2
P = (81)
8π
1& 2
P = (82)
8π
/ = .P. % (91) * 5 * 0
As ondas em que o campo é uma simples função periódica do tempo representam
um caso particular muito importante de ondas electromagnéticas denominadas
0
Assim como a onda arbitrária, a onda monocromática obedece às equações de
onda que escrevemos sob as formas:
ε1 ∂ 2 ' ε1 ∂ 2 &
∇ '−
2
=0 (92) ∇ &− 2
= 0 (93)
2
∂ 2 2
∂ 2
( ) ()
' , =' . −ω
(96 ) ( ) ( ).
& , =& − ω
(97 )
F = '
( ) (
' , = '0 . . −ω . ) (108)
& ( , )= & . ( 0
. −ω . ) (109)
Atendendo ao enunciado de Fresnel para a acção resultante, obteremos:
W
W = ∫-
T-
0 (132 ) ⇒ ( " Q **
0
= : '
∂2' 1 ∂2'
1. Mostre por substituição directa que a equação = 2 2 é
∂ 2 ∂
satisfeita pela função de onda
4 *' ' = '0 ( − ω ) = '0 ( − ) =ω/ .
# *1
1. Trata+se de uma demonstração. A resposta está no próprio exercício.
20 Use a decomposição do vector H (veja a transformação feita de equação 69 a
79).
3. Quanto às expressões (108) e (109) é preciso fazer uma observação.
.
3 * J
C *'
Nesta unidade você vai tratar de assuntos relacionados com o balanço energético.
Você poderá fazer a dedução da equação de balanço da energia do campo
electromagnético de uma superfície S de volume V. Vai falar também de balanço
local de energia e interpretar o vector de Poynting. Poderá estudar ainda o
sentido do vector de Poynting, o cálculo de energia magnética e eléctrica em
sistemas energicamente isolados e, ainda mais, o fluxo de energia num condutor
com corrente contínua.
< !
D+ D +A
Esta Unidade tem 2 lições, estando prevista uma lição de 1:30 horas e a outra de
2:00 horas. O número de horas estimado é considerado suficiente para você
conseguir atingir os objectivos definidos no início de cada lição.
) *'
.E E *' K *' 3 *
C *'
Nesta lição, você vai aprender a deduzir a equação do balanço de energia
partindo das equações de Maxwell, estudar o fluxo do vector de Poynting e o
balanço de energia de um sistema isolado assim como o sentido do vector de
Poynting.
< !
) *' D +,D++ A
+ Fluxo de energia;
+ Vector de Poynting
<
→ →
→ ∂ → → ∂D
&= + (1) '= − (2)
∂ ∂
→ →
Multipliquemos (1) por ' e (2) por & :
,-
→ →
→ → ∂ → →→ → → →∂D
' &=' + ' (3) & '= −& (4)
∂ ∂
→ →
→ ∂ → ∂D
→ → →→
→→
%= ∫
$
' $ (7 )
→
Se em = 0 não se produz nenhuma classe de transformação de energia, logo,
% = 0.
→ → → →
∂ ∂D
% = −∫ ' +& $
$
∂ ∂
0 <0/
→ → → →
∂ ∂D ∂X
∫$ ' ∂ + & ∂ $ = ∂ (10)
∫π
/
+ X
+%=0 (11) ⇒ 6 0
→ →
π = ' , & (12 )
<020 . > = C 6
indica, pelo que já vimos, a divergência entre a região que se comunica com o
espaço que circunda a região energeticamente isolada, a própria integral, bem
como os demais termos da equação (11) têm a mesma dimensão que a potência,
caracteriza o intercâmbio de energia entre a região V e o meio exterior.
,-
Se, em caso particular, o fluxo de vector de Poynting for positivo, a soma dos
X
∫
outros termos da equação (11) é negativa π / > 0 ; +%<0 (14)
X
• O decrescimento da reserva de energia ( < 0 ) e os processos de
X
∫π / < 0; +%>0 (15)
X
O crescimento da reserva da energia ( > 0 ) e os processos de absorção
teremos:
∫π / = −% (% > 0)
/
0<02
<050 6 1 > = C
→→
%= ' (16)
,-
→ →
π = ' , & (17 )
→ → →2 →→
' → ∂ → ∂' ∂ ε ' ∂ '
∂ = ' ε ∂ = ∂ 2 = ∂ 2
(18)
→ → → → →2 → →
∂ D ∂ & ∂ 1 & ∂ & D
& =&1 = =
∂ ∂ ∂ 2 ∂ 2
1 →2 →2 1 →→ →→
ϖ = ε ' + 1 & = ' + & D
(19)
2 2
"
∂ω
π+ +%=0 (20 )
∂
L = C T
da energia.
→
mesma correlação igual que a corrente de condução G = ∫
/
/ e a densidade de
→
corrente . Se P for igual a zero, a equação (20) transforma+se :
∂ω
π =− (22 ) (P=0)
∂
π =ω (23)
Sendo v a velocidade de movimento de energia do campo electromagnético.
2
∫π
/
+ X
+%=0 (11) ⇒ 6 0
,-/
→ →
π = ' , & (12 )
Indica, pelo que já foi visto, a divergência entre a região que se comunica com o
espaço que circunda da região energeticamente isolada; a própria integral como
os demais termos da equação (11) têm a mesma dimensão que a potência,
caracteriza o intercâmbio de energia entre a região V e o meio exterior.
Assim, a magnitude absoluta de vector de Poynting através da superfície S
acotada a examinar, é sempre igual à energia que por ele transcorre numa ou
noutra direcção por unidade de tempo. Essa magnitude, com dimensões de
potência, tem sido chamada = . Este é positivo se a energia sai
para o meio exterior e, negativo, se penetra a região que se considera.
0<02
O fluxo de energia
expressa+se pelo fluxo
do vector. Quando o
fluxo do vector é positivo, as suas linhas (predominantes ou totalmente) saem
para o exterior e quando é negativo entra para o interior. Desse modo, as linhas
salientes do vector de Poynting π mostram a emissão de energia, enquanto que
as entrantes, a sua absorção. Isto explica+se nas figuras anteriores.
L = C T
Para responder partimos da suposição de que o fluxo π por qualquer superfície S
(e não só por uma superfície cerrada) expressa o fluxo de energia que passa por
esta superfície e é igual à energia por unidade de tempo. Neste caso, é evidente
que π é a densidade do fluxo de energia:
X
π = lim π0 (21)
/ →0 /
= :
1.Com base nas equações de Maxwell, deduza a equação de balanço
energético (considere o interior de uma região de volume V e superfície
S que tenha uma cobertura impermeável S´ do campo electromagnético,
= : veja a figura) e dê a sua interpretação física.
)7 [', & ] = Π ← Vector de Poynting
2. Segundo o teorema de Poynting, há duas razões para a variação de
energia do campo electromagnético. Indique+as.
# *1
1. π ∫
/
+ X
+%=0 (11) ⇒ 6 0
→ →
π = ' , & (12 )
Indica, pelo que já foi visto a divergência entre a região que se comunica com o
espaço que circunda da região energeticamente isolada; a própria integral como
os demais termos da equação (11) têm a mesma dimensão que a potência,
caracteriza o intercâmbio de energia entre a região V e o meio exterior.
) *' ,
.E-E ! *' 67
C *'
Nesta lição você vai estudar o cálculo de energia eléctrica e magnética em
sistemas energicamente isolados, além disso, vai estudar o fluxo de energia num
condutor com corrente contínua.
< !
) *' D + D + A
<
X
+ αX = 0 ( 25)
%( )
A sua solução é X( ) = X( 0 ) exp (− α ) = X(0 ) exp −
(26 ) e
X ( )
nos mostra que a reserva da energia é uma função exponencial do tempo que
decresce (ou cresce) em dependência do sentido de transformação da energia.
1 →2 →2
tan ; (α = 0) (27)
2 $∫
X( ) = ε ' + 1 & $=
ε
tempo. ' = 0( , , )/ (ω ) &= D( , , ) (ω ) .
1
∫0 ( ) $ =∫ D 2 ( , , )$
2
Ademais, , ,
$
<08020 . "1 #$
Consideraremos um toroide de material magnético de secção radial rectangular
(figura 6.3) por cujo orifício passa um condutor cilíndrico infinito com corrente
contínua I.
,
G
& = α0
2π
0 <05
1& 1G 2
constante e calculemos a densidade da energia magnética: ω = =
2 8π 2 2
(28). Como vemos, esta é a função de coordenada radial.
-2 2π
1G 2 α 1G 2 -
X = 2 ∫∫ = ln 2 (29)
8π -1 0
4π -1
-2
1G 1G -
Φ = ∫D = ∫ = ln 2 (30)
/ 2π 2 -1
2π -1
ΦG 3G 2
Podemos escrever X = = (32)
2 2
O coeficiente L denomina+se indutância e o exemplo a considerar mostra que a
energia magnética, relacionada com a corrente contínua, pode+se expressar pela
indutância e a corrente segundo a fórmula (32).
50 . "1 #$
1 1
X =
2$∫ ε' 2 $ = ε' 2 / (33) dirigindo a “atenção” entre as placas de
2
W2
condensador W = '3 e escrevemos: X = (34) , sendo
2
ε/
= (35) a
capacidade do
condensador.
<08
80 . " " 0
G
& = α0 , procuremos as intensidades dos campos eléctricos e magnéticos
2π
em qualquer ponto da superfície do condutor (r=R):
,
G
'= = 60 ,
σ π- 2σ
G
& = α0 (36)
2π
H 7H
<0;
G
igual a = .
π- 2
Convencionando o produto vectorial de E e H, procuramos o vector de Poynting
G2
num ponto arbitrário da superfície do condutor: π = [' , & ] = −
2π 2 - 3σ
0
(37)
G2
∫π =
2π 2 - 3σ
.2π- = G 2
π- 2σ
= G 2- (38)
absorve+se.
2
Suponhamos que a permeabilidade magnética possa considerar+se magnitude
1& 1G 2
constante e a densidade da energia magnética: ω = = (28).
2 8π 2 2
Como vemos, esta é a função de coordenada radial.
-2 2π
1G 2 α 1G 2 -
X = 2 ∫∫ = ln 2 (29)
8π -1 0
4π -1
ΦG 3G 2
Podemos escrever X = = (32)
2 2
A energia eléctrica:
1 1
X =
2$∫ ε' 2 $ = ε' 2 / (33) dirigindo a “atenção” entre as placas de
2
W2
condensador W = '3 e escrevemos: X = (34) , sendo
2
ε/
= (35) a capacidade do condensador.
G2
∫π =
2π - σ
2 3
.2π- = G 2
π- σ
2
= G 2-
= :
# *1
1 1
1. A energia eléctrica: X =
2$∫ ε ' 2 $ = ε' 2 /
2
dirigindo a “atenção”
W2
entre as placas de condensador W = '3 e escrevemos: X = , sendo
2
ε/
= a capacidade do condensador.
G G
2. ' = = 60 , & = α0
σ π- 2σ 2π
3. Convencionando o produto vectorial de E e H, procuramos o vector de
Poynting num ponto arbitrário da superfície do condutor:
G2
π = [' , & ] = −
2π 2 - 3σ
0
G2
∫π =
2π - σ
2 3
.2π- = G 2
π- σ
2
= G 2-
absorve+se.
G
igual a = .
π- 2
, /
/
! J 2 7 E
2 ! 7
C *'
Nesta unidade, você vai estudar o campo electromagnético em substância.
Permissividades e susceptibilidades e de novo vai falar da concepção do campo
electromagnético médio, mas agora em substância. Vai estudar ainda as
equações microscópicas do sistema de Maxwell+Lorentz no vácuo, a carga livre
e a carga ligada. Estudará também a densidade média da corrente, corrente de
condução e voltará ainda a falar da lei de conservação das cargas livres, da
polarização da substância; vector de polarização, densidade de carga induzida,
sua susceptibilidade, corrente de polarização. Abordará ainda a magnetização e
sua intensidade, corrente de magnetização. Vai estudar também o sistema
completo das equações do campo electromagnético substância, potência do
campo electromagnético em substância, condições de fronteira para os vectores
do campo para potenciais electromagnéticos, energia e densidade do fluxo de
energia do campo electromagnético em substância.
< !
D +D++A
Esta Unidade tem 5 lições, estando previsto para cada uma delas um tempo de
estudo de 2horas. Este número de horas é um indicativo para lhe ajudar a gerir
melhor o seu tempo e é considerado suficiente para você conseguir atingir os
objectivos definidos no início de cada lição.
) *'
/E E ! J 2 7 E
2 ! 7
C *'
Nesta lição você vai estudar o campo eléctrico em substância. Na permissividade
e susceptibilidade, vai falar da concepção do campo electromagnético médio em
substância, estudar as equações microscópicas do sistema de Maxwell+Lorentz
no vácuo, cargas livres e ligadas, densidade média de corrente assim como
correntes de condução. Trata+se de um aprofundamento da matéria vista na
unidade anterior.
< !
) *' D +,D++A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Permissividade
+ Cargas ligadas
+ Susceptibilidade
<
Sabe+se que cada carga eléctrica cria um campo electromagnético. É por isso que
→ →
os parâmetros do campo ( ' e & ) tornam+se dependentes dos estados
mecânicos dos constituintes.
electromagnético varia o seu valor 10−15 vezes por segundo. Quanto à escala
espacial, o mesmo electrão cria no centro do átomo o campo electromagnético de
Destacamos um segmento
infinitesimal
( − , + ) de
Este comprimento vem sendo muitas vezes menor que a escala quer
espacial, quer temporal das variações típicas do campo electromagnético
macroscópico.
No entanto, este segmento tem que, muitas vezes, ultrapassar a escala típica das
variações do campo microscópico, por exemplo: 2 , muitas vezes, ultrapassa a
∂ ∂
Demonstrar a identidade: = (1)
∂ ∂
+
∂ 1
∂
=
2 ∫ (ξ ) ξ
−
(2)
∂ 1 1
= (ξ ) / +
−
= { ( + ) − ( − )} (3)
∂ 2 2
,.
→
→ 4π → 1∂ → ∂ρ →
= γ + (9 ) = 4πρ (10) + γ = (11)
∂ ∂
+ + −
1 1
=
2 ∫ (ξ ) ξ = 2 ∫ (ξ )
−
ξ− ∫ (ξ ) ξ (4)
1
1( ) = ∫ (ξ ) ξ; = ( )
∂ 1
= { ( + ) − ( − )} (5)
∂ 2
∂ ∂
= (6)
∂ ∂
→
→ 1∂ →
=− (7) = 0 (8)
∂
rescrever essas equações sob a forma dos valores médios, visto que cada uma das
equações é composta das derivadas.
→
∂ →
1
=− (12) ; = 0 (13) ;
∂
→
∂
→ 4π → 1 →
= γ + (14) ; = 4π ρ (15)
∂
∂ ρ →
+ γ = 0 (16)
∂
→
→ 1 ∂& →
'=− (19) D = 0 (20)
∂
→
→ 4π → 1 ∂' →
D= γ + (21) ' = 4π ρ (22)
∂
É de salientar que o sistema das equações (19 e (22), sendo resolvido, vai dar os
→ →
vectores do campo ', D em funções das coordenadas e do tempo. E por este
meio permitirá a informação completa em relação ao campo electromagnético em
substância.
Entretanto, as equações (21) e (22) assim como a equação (16) contêm os valores
médios de densidade de corrente assim como de densidade de carga. A
propriedade fundamental do campo electromagnético é uma acção sobre as
partículas carregadas. Esta acção modifica o movimento das cargas eléctricas.
,.
→ → →
É por isso que γ ρ dependem dos vectores do campo ', D . Neste
contexto, o sistema das equações de (19) à (22) não é completo nem fechado.
→
Para fechar esse sistema de equações é preciso expressar γ bem como ρ
→ →
em função dos vectores do campo ' D.
@0/05 # # G H
Sabe+se que condutor é uma substância que deixa passar corrente eléctrica.
É importante notar que a carga livre pode, às vezes, ser fornecida para um
dieléctrico. Entretanto, essa carga não pode realizar deslocamento macroscópico.
ρ =ρ+ρ
@0/080 # 0# #
É por isso que faz com que seja preferível o outro método mais geral. Este
método baseia+se em propriedades gerais de densidade de corrente eléctrica
assim como dos vectores do campo electromagnético. Limitamo+nos a considerar
uma substância homogénea e isotrópica.
→ →
→ → ∂' ∂D
' D , suas derivadas temporais: , e suas derivadas
∂ ∂
→ → → →
espaciais: ', D, ', D.
Sabe+se que todos os vectores podem pertencer aos dois grupos: vectores polares
e vectores axiais.
Os 1os variam o seu sinal devido à inversão, enquanto que o vector axial, sendo
submetido a inversão, mantém o seu sinal. Do ponto de vista de classificação dos
→ →
vectores densidade de corrente γ ,vector do campo eléctrico ' ,pertencem ao
,.
→
grupo dos vectores polares, ao passo que indução magnética D e um vector
→
axial, dado que γ é vector polar, este não pode depender na 1ª aproximação dos
vectores axiais.
→ → →
Visto que 'e D são vectores escalares e dado que os vectores D ,
→
∂D →
e ' são vectores axiais, chegamos à conclusão de que a densidade
∂
→
∂' →
média de corrente só pode depender de 3 vectores, a saber: ' , ,
∂
→
D pois, só estes são vectores polares.
→
→ → ∂'→ →
γ = (' , , D ) (23)
∂
→
→
∂'
→ →
γ = '+ +α . D (25)
∂
→
velocidade da luz no vácuo.
→ →
γ = σ . ' (26)
Note+se que σ é um parâmetro de substância chamado condutibilidade eléctrica.
≡ δ (27)
→
→
∂' →
γ =γ+ +α . D (28)
∂
# #
Sob estas condições, a quantidade de carga livre permanece constante. É por isso
que se mantém válida a lei de conservação relativa à carga livre.
∂ρ →
+ γ = 0 (29)
∂
2
O campo electromagnético criado pelos seus constituintes é variável no tempo e
no espaço.
Numa substância, só faz sentido o campo electromagnético médio no tempo e no
espaço.
,./
+ + −
1 1
=
2 ∫ (ξ ) ξ = 2 ∫ (ξ )
−
ξ− ∫ (ξ ) ξ (4)
∂ ∂
= (6)
∂ ∂
→
→ 1∂ →
=− (7) = 0 (8)
∂
→
→ 4π → 1∂ → ∂ρ →
= γ + (9) = 4πρ (10) + γ = (11)
∂ ∂
→
→ 1 ∂& →
'=− (19) D = 0 (20)
∂
→
→ 4π → 1 ∂' →
D= γ + ( 21) ' = 4π ρ (22)
∂
No entanto, condutores também podem possuir a carga ligada, por exemplo, iões
de rede cristalina.
→
→ → → ∂' →
γ = (' , , D)
∂
→ →
γ = σ .'
,.(
= :
∂ ∂
Demonstre a identidade: = (1)
∂ ∂
→ →
2. Designaremos por e as intensidades do campo eléctrico e
→
magnético microscópicos, enquanto que por γ ρ os valores
microscópicos de densidade de corrente e densidade de carga
respectivamente. Escreva as equações do campo microscópico
obedecendo às equações de Maxwell+Lorentz.
# *1
∂ ∂
1. = (1)
∂ ∂
→
→ 4π → 1∂ → ∂ρ →
= γ + (9 ) = 4πρ (10) + γ = (11)
∂ ∂
→
→ 1∂ →
2. =− (7) = 0 (8)
∂
,/
) *' ,
C *'
Nesta lição você vai estudar a polarização de substância e a intensidade de
polarização. Vai igualmente estudar a relação entre o momento dipolar e o
vector de polarização.
"1
E2 EE:
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Momento dipolar;
+ Intensidade de polarização
<
Sabe+se que, os centros de carga negativa e carga positiva para uma molécula não
polar ficam no mesmo ponto. Consequentemente, o momento dipolar de
molécula é igual a zero, caso for ausente o campo eléctrico.
0@0/
0@02
= .+. (30)
Visto que uma molécula possui o momento dipolar, chegamos à conclusão que a
substância como tal, vai adquirir o momento dipolar como soma dos momentos
de todas as moléculas.
0 @05
→ →
= ∫ρ (31)
→
→
= (32)
$
→
Quanto ao momento dipolar da amostra admite ser expresso de modo:
→ →
=∫ (33)
→ → → → →
para tal, consideremos o vector definido pela expressão: = ( .∇) (34)
→ →
Atendendo à definição do operador ∇ e achando que os outros sejam iguais a
obteremos:
→
∂ →
= . (35)
∂
→ → → → → → → →
= 1 1 + 2 2 + 3 3 = + + =
∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
= + + + = + + =
∂
1
∂1
2
∂ 2
3
∂ 3 ∂ ∂ ∂ ∂
→→
∂
= ∇
∂
→
Dado que os vectores unitários são constantes, transformamos (35) para a
forma:
→
∂ →
= . (36)
∂
∂
≡δ (37)
∂
∂
= 2, = 1 2
= 0;
∂ 1
∂
= 2, = 2 2
=1
∂ 2
→ → → →
= δ = = (38)
→
∂ →
= . (39)
∂
Integramos (39) por volume $ ' . Este volume $ ' contém a amostra do volume
$ como o mostra a figura:
0@08
,/
→
∂ →
∫
$'
'=
$'
∫ ∂
' (40)
∂ →
∂ → →
∂ →
∫
$'
∂
'= ∫
$'
∂
. 0= ∫
0'
0' 0' − ∫
$'
∂
' (41)
Dado que todos os pontos de superfície 0' (que limitam o volume $ ' ) ficam fora
da amostra, o vector de polarização em todos os pontos desta superfície é igual a
zero. Por isso, obteremos:
0' = 0 (42)
→
∂ ∂ ∂ ∂
= 1
+ 2
+ 3
= (43)
∂ ∂ 1 ∂ 2 ∂ 3
→ →
= (44)
→ →
∫
$'
' = −∫
$'
' (45)
→
→
∫
$
ρ + = 0 (46)
→ →
ρ + %=0 (47 ) ⇒ ρ =− % (48)
donde resulta que a carga volumétrica induzida ao intervalo do corpo, só pode
existir para a polarização não uniforme.
A expressão (48) permite calcular a carga induzida total, para tal integraremos
(48) por volume $ ′ anteriormente especificado, obteremos:
∫ρ $′ = ∫− % $′ (49 )
$′ $′
∫ρ $ ′ = − ∫ % 0′ (50)
$′ 0′
. ≡ ∫ρ $ =0 (53)
$
∫ ρ $ = −∫ % $ = − ∫ % 0′ + − ∫ % 0 (54 )
0′ 0
∫ρ $ = ∫σ 0 (55)
0
∫σ 0= ∫% 0 (56)
0 0
,//
2
Repara+se que molécula de um dieléctrico, sendo submetida à acção dum campo
E, vai possuir o momento eléctrico dipolar:
= .+. (30)
→ →
= ∫ρ (31)
→
→
= (32)
$
→
Quanto ao momento dipolar da amostra admite ser expresso de modo:
→ →
=∫ (33)
= :
# 2 *1
1. O fenómeno de polarização de substância possui duas regularidades básicas:
→
→
∫
$
ρ + = 0 (46)
→ →
ρ + %=0 (47) ⇒ ρ =− % (48)
Donde resulta que a carga induzida volumétrica ao intervalo do corpo só pode
existir para a polarização não uniforme.
,/(
∫
3. . ≡ ρ $ = 0 (53)
$
σ =% (57 )
) *'
! "
# ! "
!
C *'
Nesta lição você irá estudar a densidade de carga induzida, susceptibilidade da
carga induzida e corrente de polarização. Você vai falar da magnetização e sua
susceptibilidade assim como da corrente de magnetização.
< !
) *' D +,D++A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
+ Susceptibilidade
+ Densidade média de corrente;
+ Corrente de indução;
<
+ Intensidade de polarização;
+ Momento magnético
,0
→
→ → ∂' →
< >= + 8 +α D (58)
∂
→
→ → ∂' →
< >− = 8 +α D (59)
∂
→ →
∂ →
→
< >− =8 '+ α D (60 )
∂
Visto que tem lugar a lei de conservação da carga, a lei de conservação da carga
livre mantêm+se válidas as equações de continuidade.
→ ∂<ρ> → ∂ρ
< > = − =− (61)
∂ ∂
→
Dado que a
D = 0 e atendendo às equações de continuidade,
transformamos a equação (60) para a forma:
∂
{< ρ > − ρ } = 8 ∂
→
− ' (62 )
∂ ∂
→
−ρ = 8 '+ . (65)
→
'=0 ρ =0 .=0 (66 )
→
Daí, ρ = − 8 ' (67)
Repara+se que o campo externo é a única fonte de polarização. Além disso, não
aparece a carga eléctrica induzida caso for uniforme o campo externo.
→
ρ =− % (68)
Conjugamos (67) e (68) obtendo
→ →
%=8 ' (69)
Integrando (69) chegamos à expressão:
→ →
%=8' (70)
Expressão básica de física do campo electromagnético e
1 substanciais.
O coeficiente X chama+se 1 7 0
→
Donde a susceptibilidade eléctrica é igual à 1 %
→ de intensidade unitária.
pelo "1 '
→ →
→ ∂' ∂%
%=8 = (72)
∂ ∂
,0
@0/0@0 3 #
0@0;
→ →
D=0 ∑% =0
0@0<
Aplicando o campo magnético externo, todos os átomos passam a ser sujeitos à
acção de torque de força de Ampére. É por isso que os momentos magnéticos
ficam+se alinhados ao longo do campo magnético externo, podendo ser
esquematizado da seguinte maneira:
→ →
D≠0 , ∑% ≠0
0@0@
Vista essa acção orientadora, a substância adquire o momento magnético
composto dos momentos atómicos. O surgimento do momento magnético sob
acção do campo externo chama+se " 7 ! .
→ 1 → →
= ∫ × $ (75 )
2
perpendicular ao plano deste contorno linear. Daí que a função integral é vector
alinhado ao longo do vector normal
0@0A
1
= ⋅ α $ (76)
2
$= ⋅/ (77)
Conjugamos (77) em (76)
1 α
= / (78)
2 2
É fácil ver que o factor destacado na fórmula (78) corresponde à área do sector
tracejado na figura, isto é:
1
α= 0 (79 )
2
⋅/ = G (80)
Substituindo (79) e (80) teremos:
1
= G 0 ( 81)
1 → → →
Dado que podemos tratar a corrente arbitrária como combinação das correntes
lineares, concluímos que este resultado se mantém inválido para a distribuição
arbitrária de corrente.
→
→ →∂% →
< >= + +α D (84)
∂
→
Introduzimos um vector segundo a definição:
→ →
=α D (85)
Dando conta da expressão (85) rescrevemos (84) sob a forma:
→
→ ∂%
→ → →
< >− = + + (86)
∂
→
→ ∂% →
= + (87)
∂
→
→ →
→ × ∂ % $ + 1 ×
→ →
1 1
∫$ ′ × $ = 2 ∫ ∂ (88)
2 $′
2 $∫′ $
1 → →
1 →
→
(89)
2 $∫′ $ = 2 ∫
× 8 $
$′
1 → →
1 → 1 ∂8
(90)
2 $∫′ $ = 2 ∫ 2 $∫′
× ln 8 0′ 0′ − ln $′
0′
∂8
∂ ∂8 8 0
∫8
$′
∂8
8 0= ∫8
0′
0− ∫
$′
∂8 $′
1 1
∂ ∂7
∫ 7 ∂8 8 =7 −∫
∂8
8
0′ =0 (91)
É por isso que o termo extra integral do 1º aditivo é zero.
ln =δ δ −δ δ (92 )
∂8
=δ (93)
∂8 Conjugando (92), (93) e (90), e resulta:
$ = − 2 ∫ (δ δ δ − δ δ δ )
1 → →
1 →
(94)
2 $∫′
× $′
$′
1 → →
1 → 1 →
(95)
2 $∫′ $ = − 2 ∫ δ 2 $∫′
× $′+ δ $′
$′
δ = δ 11 + δ 22 + δ 33 = 1 + 1 + 1 = 3
→ →
Atendendo que = e vista a soma δ = 3 acabamos por representar
1 → →
1 → 1 → →
(96)
2 $∫′ 2 $∫′ 2 $∫′ ∫ $′
× $ = − $ ′ + ⋅ 3 $ ′ =
$′
→ →
Destacamos de (89) o 1º aditivo, visto que: % = ρ obteremos:
→ →
1 ∂% 1 ∂ → →
∫ × ∂ $ = 2 ∂ ∫ × ρ $ = 0 (97 )
2
→ →
^
,ρ = 0
→ →
= ∫ $′ (98)
$′
→ →
Integrando obteremos
→
Daí que o vector definido pela expressão (85) é " " "
" $ chamado "
" .
→ →
É por isso lógico que a grandeza = (99) se chame
" .
,0(
2
→
A densidade média de corrente < >, "
" (1 % é:
→
→ → ∂' →
< >= + 8 +α D (58)
∂
→ →
%=8' (70)
Daí resulta a conclusão fundamental de que a “ 1
1 1 J "1 7 ! "
7 ! U0
O coeficiente X chama+se 1 7 0
→
Daí que susceptibilidade eléctrica é igual à 1 %
→ de intensidade unitária.
pelo "1 '
→
1 % , é assim definida ]:
→ →
→ ∂' ∂%
%=8 = (72)
∂ ∂
→ 1 →
)" " " 1 é definido por: % = G0 (73)
Atendendo à definição do momento magnético de um contorno linear e plano a
→ 1 →
saber: = G0 (74 )
O momento magnético admite ser expresso de modo:
→ 1 → →
= ∫ × $ (75 )
2
= :
∂'
〈 〉= +8 +α D
∂
# *1
1. Expressão básica de física do campo electromagnético e a
1 substancial.
→ →
%=8' (70)
Atendendo à expressão (70), podemos introduzir a chamada
→
1 % , definindo a sua densidade como:
→ →
→ ∂' ∂%
%=8 = (72)
∂ ∂
) *' -
/E E0E 2 ! K *1
! J
2 7
C *'
Nesta lição você vai estudar o sistema completo das equações do campo
electromagnético em substância. Vai ainda falar da densidade média da corrente,
da potência do campo electromagnético em substância, vai poder deduzir uma
vez mais as equações diferenciais relativas aos potenciais electromagnéticos.
"1
E2 EE:
+ Densidade de magnetização;
+ Potencial escalar e potencial vector;
+ Permeabilidade magnética;
<
+ Permissividade eléctrica;
+ Anisotrópica
Dado que foram especificadas a densidade de carga, assim como a densidade
média de corrente, podemos substituir as expressões correspondentes nas
equações do campo electromagnético. Partindo da equação correspondente à lei
coulombiana obteremos:
→
' = 4π < ρ > (100)
Quanto à densidade média de carga < ρ > , atendendo à classificação das
→
ρ =− % (102)
Conjugamos (101) e (102) e o resultado que se obtém substituímos na equação
(100)
→ →
' = 4πρ − 4π % (103)
Repara+se que agrupando os dois aditivos proporcionais à divergência chegamos
→
é possível introduzir o " definindo+o de modo:
→ → →
= ' + 4π % (104)
Vista a definição (104) ,obteremos:
→
= 4πρ (105)
→
Segundo a equação (105), o deslocamento eléctrico é um vector auxiliar que
só se determina pela distribuição de carga livre. Caso for conhecida essa
distribuição partindo da equação (105), podemos, pelo menos, encontrar este
deslocamento eléctrico.
→
Dado que o vector do campo ' é um grandeza fundamental que determina as
acções do campo, precisamos de relacionar o deslocamento eléctrico e a
intensidade do campo, aplicando para tal a relação linear anteriormente
estabelecida, isto é:
,(
→ →
%=χ' (106)
É de sublinhar que a expressão linear (106), ao contrário a fórmula (104) é uma
relação aproximada no sentido de que só se mantém válida para o campo
electromagnético relativamente fraco.
→ →
= [1 + 4π8 ] ' (107)
É óbvio que podemos definir a 1 " 7 ε segundo a
expressão:
ε = 1 + 4π8 (108)
Vista (108) resulta:
→ →
=ε ' (109) 7
→
→ 4π → 1 ∂'
D= < >+ (110)
∂
→
→ ∂% → →
< >= + + (111)
∂
→ →
4π → 1 ∂ → →
D − 4π = + ' + 4π % (112 )
∂
→ → →
& = D− 4π (113)
Vista a definição (113), transformaremos (112) para a forma:
→
→ 4π → 1∂
&= + (114)
∂
Segundo a definição:
→ →
=α D (115)
Combinamos (115) e (114) e da equação que daqui decorre localizamos a
→
indução magnética D e obtém+se:
→ 1 →
D= & (116 )
1 − 4πα
1
1= (117 )
1 − 4πα
→ →
D=1& (118)
As relações (100) e (114) juntamente com outras equações, permitem escrever o
sistema completo das equações do campo magnético em substância chamado
sistema de equações de .P
,(
→
→ 1 ∂D
'=− (G )
∂
→
D=0 (GG )
→
→ 4π → 1∂
& = + (GGG )
∂
→
= 4πρ (G$ )
Para as suas aplicações é preciso acrescentar para as equações do sistema de
Maxwell as relações substanciais, isto é,
→ → → →
=ε ' ($ ) D=1& ($G )
→ → ∂ρ →
=σ ' ($GG ) + =0 ($GGG )
∂
→ → → →
α , = ∫ $ ′ ∫ ε αβ , ′; , ′ ' β ′, ′ ′ (109')
−∞
→ → → → ′ ′
Dα , = ∫ $ ′ ∫ 1αβ , ′; , ′ & β ′, (118')
−∞
/E E(E 6<T> C 2 6 5 6 ) < 65 F>P<C 6 5 2 32<U> C
D= [ ]
0 ≡ ∇ 0 (119 )
" D.
É preciso notar que esta definição não contradiz, pelo contrario, obedece às
equações de Maxwell. Em primeiro lugar, consideremos a equação
correspondente ao teorema de Gauss.
D = 0 (120 )
([
0 = ∇. ∇ 0 = 0 ]) (121)
Esse resultado fica de acordo com a equação de Maxwell (120) e é valida visto
[ ]
que o produto escalar de dois vectores ∇ e ∇ 0 é igual a zero, uma vez que
estes criam um angulo de 90º.
1 ∂
'=− 0 (122)
∂
∂ ∂0
0= (123)
∂ ∂
1 ∂0
' + =0 (124)
∂
1 ∂0
'+ = −∇ϕ (125)
∂
1 ∂0
campo eléctrico resultará da expressão: ' = −∇ϕ − = (126)
∂
1
&= D (127)
1
1
&= 0 (128)
1
1 4π 1 ∂'
0= + ε. (129)
1 ∂
4π1 1ε ∂ 1ε ∂ 2 0
0= − ∇ϕ − (130)
∂ 2
∂2
0= " 0 − ∇2 0 (131)
4π1 1ε ∂ 2 0 1ε ∂ϕ
∇2 0 = − + +" 0+ (132 )
2
∂ 2
∂
Para deduzir mais uma equação, aproveitamos a equação de Maxwell dada sob a
forma:
= 4πρ (133)
4πρ
'= (134 )
ε
Substituímos nesta expressão a equação (126) dado que de
" ϕ = ∇ 2ϕ resulta:
1 ∂ 4πρ
∇ 2ϕ + 0=− (135)
∂ ε
O sistema das equações (132) e (135) admite ser transformado para uma forma
mais simples, caso aplicarmos as condições de calibração:
ε1 ∂ϕ
0+ =0 (136)
∂
ε1 ∂ 2 0 4π
∇2 0 − =− 1 (137 )
2
∂ 2
ε1 ∂ 2ϕ 4πρ
∇ 2ϕ − =− (138)
2
∂ 2
ε
Comparando essas equações com aquelas que se referem ao campo em vácuo,
concluímos que essas possuem a mesma estrutura analítica (matemática).
= (139 )
ε1
1 ∂2 0 4π1 ε1 ∂ϕ
∇2 0 − =− + ∇ (141)
2
∂ 2
∂
4π
∇ 2ϕ = − ρ (142)
ε
2
A densidade de carga induzida vem sendo relacionada como intensidade de
polarização, isto é:
→
ρ =− %= (102)
→
) " definimo+lo segundo:
→ → →
= ' + 4π % (104)
Podemos definir a 1 " 7 ε segundo a expressão:
ε = 1 + 4π8 (108)
Vista a equação (108) resulta:
→ →
=ε ' (109) 7
→
→ →∂% →
< >= + + (111)
∂
→ → →
& = D− 4π (113)
→
A definição de " .
Segundo a definição:
→ →
=α D (115)
Definimos 1 " 7 " 1 segundo a expressão:
1
1= (117 )
1 − 4πα
D= [ ]
0 ≡ ∇ 0 (119 )
"1 " D.
1 ∂0
campo eléctrico resultará da expressão: ' = −∇ϕ − = (126)
∂
= :
# *1
1. As relações (100) e (114) juntamente com outras equações permitem escrever
o sistema completo das equações do campo magnético em substância chamado
sistema de equações de .P
→
→ 1 ∂D
'=− (G )
∂
→
D=0 (GG )
→
→ 4π → 1∂
& = + (GGG )
∂
→
= 4πρ (G$ )
Para as aplicações, é preciso acrescentar para as equações do sistema de Maxwell
as relações substanciais, isto é,
→ → → →
=ε ' ($ ) D=1& ($G )
→ → ∂ρ →
=σ ' ($GG ) + =0 ($GGG )
∂
3.
1 ∂2 0 4π1 ε1 ∂ϕ
∇2 0 − =− + ∇ (141)
2
∂ 2
∂
4π
∇ 2ϕ = − ρ (142)
ε
) *'
/E E(E *1 @ !
! E
C *'
Nesta lição você vai estudar as condições de fronteira para vectores do campo;
vai estudar ainda a energia e a densidade de fluxo de energia do campo
electromagnético em substância.
< !
) *' D +,D++A
Ao completar esta lição, você será capaz de:
= 1 !"
0@0D
eléctrico .
2 2 = 2 cos
∧
2, 2 = 2 (129)
1 1 =− 1 (130)
Conjugando (129), (130) e (128) tem+se:
∫ 0= ∫ 2 0+ ∫ 1 0+ ∫ 0 (131)
0 0 0
∫ 0= 2 .0 − 1 0 = 4π (132)
Suponhamos que a densidade superficial de carga livre seja igual a δ . Neste
caso a carga total limitada pela superfície cilíndrica admite ser dada pela forma:
= δ .0 (133)
Essa expressão resulta da ideia segundo a qual ao limite que tende a zero, a
superfície cilíndrica só vai abordar a carga armazenada pela secção A da
fronteira.
2 − 1 = 4πδ (134 ) → 1 7 0
∫D 0=0 (135)
∫D 0= ∫D 2 2 0 + ∫ D1 1 0+ ∫D 0 = D2 0 − D1 0 + 0 (136 )
0 0 0
/ − D1 0
D2 0 / =0 (137 )
D2 = D1 (138)
Segundo (138), a "1 " " % atravessando a
fronteira permanece contínua.
0@0/E
4π 1∂
∫& = ∫ + 0
(139 )
0
∂
do vector &2 .
Por analogia desta expressão, escrevemos:
4π 1∂ 4π 1
∫
0
+
∂
0= G + .0 (145)
4π G 4π
& 2τ − & 1τ = = G (146)
G
Dado que é densidade linear de corrente G , resulta a expressão (146), então
4π
& 2τ − & 1τ G (147 )
1 ∂D
∫' =− ∫∂ =0 (148)
0
∫' = ∫ ' 2τ
0
+ ∫ '1τ =' 2τ − '1τ (149)
∂ '
= −4π + & (152) .
∂ 4π
∂D &
=− (153) .
∂ 4π
' &
Multiplicamos a primeira por e a segunda por
4π 4π
∂ ∂D
1
4π
'
∂ + & ∂ = − ' + 4π ' [ & −& ' ] (154)
ε' 2 + 1& 2
ω= (157 )
8π
∂ω
∂
=− '−
4π
[' & ] /=
4π
[' & ] (165)
=− '− / (164)
Dado que ' é1 1 * % concluímos que a grandeza ω definida
pela expressão (157) não é mais que a do campo
Visto esse significado físico dos termos desta equação, podemos interpretá+lo
como a lei de conservação e de transformação de energia.
+(
2
Sabe+se que o vector de deslocamento obedece à equação do campo que
4π
& 2τ − & 1τ G (147 )
1 ∂D
∫' =− ∫∂ =0 (148)
0
∫' = ∫ ' 2τ
0
+ ∫ '1τ =' 2τ − '1τ (149)
ε' 2 + 1& 2
ω= (157 )
8π
Atendendo a essa definição, acabamos escrevendo:
1 ∂ ∂D ∂ω
'
∂ + & =
∂ (158)
4π ∂
∂ω
∂
=− '−
4π
[' & ] /=
4π
[' & ] (165)
=− '− / (164)
Visto esse significado físico dos termos desta equação, podemos interpretá+lo
como a lei de conservação e de transformação de energia.
= :