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Nome do professor
(Folha de rosto)
ÍNDICE
2 RESISTORES ..........................................................................................................18
3 CAPACITORES .......................................................................................................25
4 INDUTORES ...........................................................................................................31
5 TRANSFORMADORES ..........................................................................................33
5.1 Os transformadores como elementos de circuito ............................................................................... 33
6.1.2 O átomo.................................................................................................................................................... 41
7.1 O diodo.......................................................................................................................................................... 44
7.2.5 Varicap...................................................................................................................................................... 49
12 FILTROS PASSIVOS...........................................................................................79
Figura 19: Indução de uma bobina devido a estar próxima da bobina indutora ......................33
Figura 28: Estrutura de silício dopada com Boro. Note a falta de um elétron, dando origem a
uma lacuna (material P) ......................................................................................................43
Figura 29: Estrutura de silício dopada com Fósforo. Note o excesso de um elétron (material N)
.........................................................................................................................................43
Figura 31: Diodo polarizado diretamente (o símbolo de bateria representa uma tensão
externa) .............................................................................................................................45
Figura 32: Diodo polarizado inversamente (o símbolo de bateria representa uma tensão
externa) .............................................................................................................................46
Figura 38: Formas de onda sobre o retificador de onda completa com dois diodos.................53
Figura 49: Etapas consecutivas de carga e descarga do capacitor e seu efeito sobre o resistor 59
Figura 50: Comparativo entre retificadores com e sem filtro capacitivo .................................59
Figura 51: Comparativo entre as tensões médias de retificadores com e sem filtros ...............60
Figura 52: Tempos de carga e descarga do filtro capacitivo ...................................................60
Figura 81: ganho de tensão em função da frequencia do filtro passa faixa RC ........................82
Figura 83: Ganho de tensão em dB em função da frequencia do filtro rejeita faixa RC ............83
Figura 91: o µA7805: um regulador fixo muito utilizado em circuitos eletrônicos ...................90
Figura 92: Esquema típico de um booster associado a um regulador de três terminais ...........91
Figura 93: Regulador de tensão com saída ajustável a partir de um regulador de saída fixa.....91
Figura 95: Diodo de proteção contra descarga do capacitor por curto-circuito na entrada do
regulador...........................................................................................................................92
Figura 114: Esquema elétrico interno de um 555 em modo Astável ..................................... 107
Figura 116: Montagem Astável de 555 com períodos alto e baixo iguais .............................. 109
Figura 117: Esquema interno do 555 nesta nova configuração ............................................ 109
Figura 118: Gráfico utilizado para estabelecer largura de trilhas em PCI............................... 114
Figura 120: Traçado das trilhas impresso em papel vegetal ................................................. 115
Figura 121: Placa cobreada com a tinta do papel vegetal já transferida................................ 116
Figura 124: Aspecto final da placa de PCI limpa e perfurada ................................................ 117
Por que os circuitos eletrônicos são importantes e onde eles são usados
Sob esta ótica, também se pode afirmar que os circuitos internos dos computadores, os
sistemas de telecomunicações, os diversos tipos de sensores e transdutores estão, todos,
dentro da área de interesse da eletrônica. Considera-se o primeiro componente eletrônico
puro a célula fotovoltaica (1839) seguida pela válvula termo iônica, ou termiônica, e alguns
diodos à base de Selênio (Se).
Com o surgimento do transistor, a válvula foi perdendo seu espaço e a eletrônica, com o
passar do tempo, acabou por desenvolver e estudar novos circuitos eletrônicos, além de
transistores, diodos, fotocélulas, capacitores, indutores, resistores, etc.
Desde o início do século XX até sua metade, a válvula termo iônica reinou absoluta, quando na
metade do século, em 1948, a gigante em telecomunicações Bell Telephone, desenvolveu um
dispositivo que, em comparação à válvula termo iônica, era simplesmente minúsculo, era o
primeiro transistor.
Isto culminou com a construção do primeiro circuito integrado no final da década de 60,
quando apareceu o primeiro amplificador operacional integrado. Este nada mais era que a
montagem miniaturizada de transistores, capacitores, resistores e diodos semicondutores,
todos feitos numa só base, inicialmente em germânio.
Logo após, no início da década de 70, os componentes passaram a ser fabricados em silício,
elemento de mais fácil manipulação e menos sensível aos efeitos de avalanche térmica.
Foram sendo desenvolvidas novas tecnologias para a fabricação seriada em alta velocidade.
Estas utilizavam componentes de larga escala de integração, (LSI), e logo após, nos anos 80, foi
desenvolvida a extra larga escala de integração, (ELSI). Esta tecnologia nos deu os
microprocessadores de alta velocidade e alto desempenho.
Nos dias de hoje, depois do trabalho de milhares, senão milhões, de colaboradores anônimos,
a eletrônica está finalmente entrando na era da nanotecnologia.
Para separar cargas positivas e negativas, é necessário usar uma certa quantidade de energia.
Assim então definimos tensão:
Tensão é a energia por unidade de carga associada à separação entre cargas e sua unidade no
Sistema Internacional de Unidades (SI) é o volt (V).
Corrente é o fluxo de carga por unidade de tempo e sua unidade no sistema SI é o ampère (A).
Potência é a energia por unidade de tempo recebida ou fornecida por um elemento e é igual
ao produto da tensão entre os terminais do elemento pela corrente que o atravessa. Sua
unidade no sistema SI é o watt (W).
Fontes de tensão;
Fontes de corrente.
A fonte ideal de corrente é um elemento que é atravessado por uma corrente especificada
qualquer que seja a tensão entre seus terminais.
O componente “resistor”
2.1 Introdução
Resistores elétricos são componentes eletrônicos, cuja finalidade é oferecer oposição à
passagem de corrente elétrica através de seu material. A essa oposição é dado o nome de
"Resitência Elétrica".
Um resistor ideal é um componente com uma resistência elétrica que permanece constante,
independentemente da tensão ou corrente elétrica que circular pelo dispositivo.
Em geral, todos os materiais, dos condutores até os isolantes, oferecem alguma resistência à
passagem de corrente elétrica. Os condutores, como o cobre e a prata, tem resistência muito
baixa, ao passo que materiais isolantes, como o vidro e os plásticos, tem resistência elevada.
Os resistores são projetados para proporcionar valores conhecidos de resistência em seus
terminais.
As resistências de massa são constituídas por uma massa química de óxidos metálicos, carvão
em pó ou grafite, misturado com substâncias adesivas apropriadas. São de pouca precisão
(tolerância 10-20%) e são construídas para dissipar uma potência de até 3W.
As resistências variáveis a fio são as mais precisas e podem dissipar potências maiores
(exemplo, os reostatos de partida para os motores).
As resistências a fio podem ser também do tipo semi-fixo, quando no lugar do cursor tem-se
um anel fixado com um parafuso.
As resistências variáveis a depósito são constituídas por um suporte isolante (baquelite) sobre
o qual é depositada a substância resistiva. Podem ser rotativas ou retilíneas (slides). As
potências dissipadas são da ordem de 1 watt.
Em alguns casos para uma maior regulagem são usados potenciômetros multi-giros (Elipot). A
potência máxima dissipada é de cerca 5W.
Uma resistência variável é dita linear quando, durante todo o percurso, para os deslocamentos
iguais do cursor, tem-se variações iguais da resistência. Os potenciômetros lineares são
marcados com a letra A, estampada no invólucro.
Uma resistência variável é dita logarítmica quando o deslocamento do cursor faz variar o valor
da resistência segundo uma escala logarítmica. Tais potenciômetros são marcados com a letra
B impressa ou estampada no invólucro.
Preto - 0 100 -
Marrom 1 1 101 1%
Vermelho 2 2 102 2%
Laranja 3 3 103 -
Amarelo 4 4 104 -
Verde 5 5 105 -
Azul 6 6 106 -
Violeta 7 7 - -
Cinza 8 8 - -
Branco 9 9 - -
Ouro - - 10-1 5%
A primeira faixa, que é a mais próxima de uma das extremidades do resistor, apresenta o
primeiro dígito do valor da resistência.
A terceira faixa apresenta o multiplicador decimal, ou seja, a potência de dez que multiplica o
número formado pelos dois dígitos da primeira e segunda faixa.
Exemplo:
Se em um determinado resistor a primeira faixa for azul (6), a segunda faixa for cinza (8), a
terceira for vermelha (102) e a quarta faixa for dourada (5%), isto significa que este resistor
tem uma resistência de:
6800Ω ± 5%
No caso dos resistores de película e de fio, os valores de resistência e a tolerância vem, em
geral, diretamente marcados sobre o corpo da peça. Algumas vezes, os fabricantes usam seus
próprios códigos.
Nos resistores de montagem em superfície ou SMD (montagem onde a solda fica do mesmo
lado do componente; normalmente são componentes muito pequenos e a montagem é feita
por máquina), os números das faixas vem impressos diretamente no corpo do componente, tal
como 103. Neste caso, a primeira faixa é 1 (marrom), a segunda faixa é 0 (preto) e a terceira
faixa é 3 (laranja), o que caracteriza um resistor de 10kΩ. Nestes casos, a tolerância nem
sempre é claramente indicada.
São componentes obtidos através de material semicondutor; a resistência deles diminui com o
aumento da temperatura.
Os N.T.C. são construídos para valores compreendidos entre alguns décimos de ohm e alguns
centésimos de k Ω.
Os tipos mais comuns são os de forma cilíndrica e podem ser a iluminação frontal ou a
iluminação lateral. O envoltório pode ser metálico, estanque, plástico, de resina, de vidro, etc.
São usados nos circuitos conta-peças, antifurtos, interruptores crepusculares, exposímetros,
etc. e em todos os casos que se precisam notar variações de iluminação.
2.5 Exercícios
1) Quais as principais características de um resistor?
2) Quais as utilidades de um resistor?
3) Quais os tipos de resistor?
4) Quais os códigos de cores dos seguintes resistores:
a. 47kΩ
b. 390Ω
c. 10Ω
d. 2.2kΩ
e. 100kΩ
f. 4.7MΩ
5) Quais os valores dos resistores com as seguintes cores:
O capacitor elementar (básico) de placas planas e paralelas e sua simbologia, usada nos
diagramas de circuitos eletrônicos, são mostrados na figura a seguir.
Consideremos a figura 9, onde um capacitor está conectado a uma fonte de corrente contínua
por uma chave aberta. Sabemos que os materiais isolantes são compostos por átomos com
elétrons intimamente ligados ao núcleo, razão pela qual não facilitam o deslocamento de
elétrons (corrente elétrica).
Também sabemos que a estrutura dos metais é característica porque os seus átomos têm
elétrons que saem facilmente de suas órbitas e se convertem em elétrons-livres.
Pensando neste sentido, ao se fechar a chave, o pólo positivo da bateria atrai os elétrons de
uma placa deixando-a mais positiva (perdeu elétrons). Esta placa, por sua vez, atrai os elétrons
do pólo negativo da bateria para a outra placa, deixando-a mais negativa (recebe elétrons).
Desta forma estabelece-se um fluxo de elétrons (corrente elétrica) no circuito, apesar de não
haver a passagem de cargas elétricas através do dielétrico do capacitor. As duas placas ficam
carregadas com iguais quantidades de carga, porém de sinais contrários. A figura 9 indica esta
situação. Este processo continua até que o capacitor esteja plenamente carregado, quando
então o fluxo de elétrons se interrompe.
Quando carregado por uma bateria, um eletrodo (placa condutora metálica) do capacitor
torna-se positivamente carregado e o outro torna-se negativamente carregado através da
repulsão eletrostática.
Como as duas placas estão carregadas com cargas de sinais diferentes, surge um Campo
Elétrico Uniforme orientado da placa positiva para a placa negativa, como indica a figura 9.
Como cargas elétricas imersas num campo elétrico possuem potencial elétrico, e a diferença
de potencial entre as placas estabelece uma tensão elétrica do capacitor carregado. É por esta
razão que dizemos que o capacitor armazena energia no seu campo elétrico.
O capacitor armazena energia no campo elétrico porque este forma um bipolo elétrico que
estabelece uma diferença de potencial (tensão) entre as placas carregadas.
A Capacitância;
A tensão de trabalho.
A tensão de trabalho é a tensão máxima que o capacitor pode suportar entre as suas
armaduras sem se danificar. A aplicação de uma tensão no capacitor superior à sua tensão de
trabalho pode provocar o rompimento do dielétrico fazendo com que o capacitor fique em
curto-circuito, perdendo suas características. Na maioria dos capacitores, o rompimento do
dielétrico implica em dano permanente no componente.
Capacitores de mica
Para altíssimas freqüências de trabalho (HF, VHF) usa-se capacitores de cerâmica devido à
menor perda de energia em relação aos outros tipos como os de papel, de poliéster, etc. Estes
são constituídos por um suporte de cerâmica (dielétricos) sobre o qual se deposita a fogo uma
camada de prata.
A maior qualidade deste tipo de capacitor consiste no fato de acumular em pequeno volume
uma elevada capacitância. A uma mesma capacitância, terá dimensões maiores aquele que
tiver a tensão de trabalho mais elevada. Estes capacitores são polarizados, ou seja, possuem
pólos positivo e negativo, cujas ligações devem respeitar esta natureza.
Capacitores de tântalo
São capacitores menores em relação àqueles de alumínio, com igual capacitância, e têm uma
precisão maior. Todavia não são construídos para grandes capacitâncias e para tensões de
trabalho mais baixas. Também são polarizados, tais como os capacitores eletrolíticos.
Deve ser dada atenção especial aos capacitores polarizados no momento da montagem, pois a
inversão dos pólos pode levar a explosões!
3.2 Exercícios
1) O que são os capacitores?
2) Para que servem os capacitores?
3) Quais são os tipos de capacitores?
4) Como são construídos os capacitores?
5) Quais os cuidados necessários quanto à polaridade dos capacitores?
6) Quais capacitores são mais indicados para grandes capacitâncias? E para pequenas
capacitâncias?
4 Indutores
Neste capítulo conheceremos os indutores.
Tal como o capacitor armazena cargas na forma de campo elétrico, o indutor é capaz de
armazenar cargas na forma de campo magnético, e esta energia pode ser fornecida em um
segundo tempo.
Chama-se espira a uma volta de um condutor sobre um eixo; ao conjunto de espiras damos o
nome de enrolamento.
As bobinas com enrolamento do tipo espiral ou retangular plano são usadas nos casos em que
se requer precisão e rigidez mecânica. Todavia, este sistema não permite a realização de
bobinas com indutância elevada.
As bobinas com enrolamento toroidal são empregadas quando se requer que o campo
magnético gerado por estas não altere o funcionamento de outras indutâncias ou quando se
deseja uma proteção das mesmas contra campos parasitas externos.
Os indutores com núcleo magnético fixo são empregados com circuitos de nivelamento, como
impedâncias de modulação, etc. Diferentemente das bobinas a ar, as bobinas com núcleo
magnético de mesma indutância assumem dimensões inferiores. São enroladas em núcleos
ferromagnéticos laminados (baixa freqüências) ou sobre núcleos de ferrite (altas freqüências).
Os indutores com núcleo magnético variável são empregados em circuitos rádio recepto-
transmissores e em todos aqueles em que se requer uma calibragem que deve permanecer
fixa no ponto alcançado.
4.2 Exercícios
1) O que são os indutores?
2) Para que servem os indutores?
3) Quais são os tipos de indutores?
4) Como são construídos os indutores?
5 Transformadores
Neste capítulo iremos aprender:
Figura 19: Indução de uma bobina devido a est ar próxima da bobina indutora
1
A lei da indução de Faraday, elaborada por Michael Faraday em 1831, afirma que a corrente elétrica
induzida em um circuito fechado por um campo magnético, é proporcional ao número de linhas do fluxo
que atravessa a área envolvida do circuito, na unidade de tempo.
2
Segundo a lei de Lenz, o sentido da corrente é o oposto da variação do campo magnético que lhe deu
origem. Havendo diminuição do fluxo magnético, a corrente criada gerará um campo magnético de
mesmo sentido do fluxo magnético da fonte. Havendo aumento, a corrente criada gerará um campo
magnético oposto ao sentido do fluxo magnético da fonte.
No caso dos transformadores de dois enrolamentos, é comum denominá-los como
enrolamento primário e secundário. Existem transformadores de três enrolamentos ou mais.
Óleo Refrigerante: Tem dupla função: além de proteger o papel e o verniz de isolação, age
com liquido refrigerante das espiras;
Perfis de Montagens: Podem ser trilhos, rodas ou ferragens para montagens em postes;
Tampa: Onde são montados os isoladores para a ligação dos condutores de alimentação;
5.1.1.8 Autotransformadores
Se aplicarmos uma tensão a uma parte de um enrolamento (uma derivação), o campo induzirá
uma tensão maior nos extremos do enrolamento. Este é o princípio do autotransformador.
Uma característica importante dele é o menor tamanho, para certa potência, que um
transformador. Isto não se deve apenas ao uso de uma só bobina, mas ao fato da corrente de
saída ser parte fornecida pelo lado alimentada, parte induzida pelo campo, o que reduz este,
permitindo um núcleo menor, mais leve e mais barato. A desvantagem é não ter isolação entre
entrada e saída, limitando as aplicações.
São muito usados em chaves de partida compensadoras, para motores (circuitos que
alimentam motores com tensão reduzida fornecida pelo autotransformador, por alguns
segundos, reduzindo o pico de corrente durante a aceleração) e em estabilizadores de tensão
(autotransformador com várias derivações - taps - acima e abaixo do ponto de entrada; o
circuito de controle seleciona uma delas como saída, elevando ou reduzindo a tensão,
conforme a entrada).
Unindo-se também estes dois pontos, já que estão ao mesmo potencial , não se modificam as
condições eletromagnéticas de transformação. Dessa maneira, reunindo-se os dois
enrolamentos, teríamos o esquema da figura abaixo, que é o esquema de um
autotransformador.
5.1.2.1 Histerese
Os materiais ferromagnéticos são passíveis de magnetização, através do realinhamento dos
domínios, o que ocorre ao se aplicar um campo (como o gerado por um indutor ou o primário
do transformador). Este processo consome energia, e ao se aplicar um campo variável, o
material tenta acompanhar este, sofrendo sucessivas imantações num sentido e noutro, se
aquecendo. Ao se interromper o campo, o material geralmente mantém uma magnetização,
chamada campo remanente.
Como o valor da tensão induzida numa bobina depende do número de espiras cortadas pelo
campo magnético, um enrolamento secundário com muitas espiras, terá nele induzida uma
tensão maior do que em secundário com menos espiras. Se por exemplo, o campo magnético
induz um décimo de volt para cada espira do secundário, um secundário de 2.000 espiras terá
uma tensão induzida de 200 volts; um secundário de 3.000 espiras terá uma tensão induzida
de 300 volts. Matematicamente, a relação de tensões do primário para o secundário, é igual à
relação de espiras:
sendo
Exemplo:
Qual a tensão de saída de um transformador com 500 espiras no primário, 1500 espiras no
secundário e tensão de entrada de 127V?
Conforme se vê pelo cálculo, a tensão do secundário é três vezes maior do que a tensão do
primário, pois o secundário tem três vezes mais espiras do que o primário. Na prática, a tensão
do secundário é ligeiramente menor do que o valor calculado. Se uma carga for ligada ao
secundário, a corrente que circula produz uma queda de tensão na resistência do enrolamento
secundário. Por conseguinte, a tensão do secundário diminui quando é ligada uma carga.
A relação entre as potências de entrada e saída em um transformador pode ser dada pela
equação:
Pp = Ps
Naturalmente, esta equação está desprezando as perdas, supondo que toda a potência
recebida é entregue à carga na saída do transformador.
Quando houver mais de um secundário, as potências de cada secundário devem ser somadas:
5.3 Exercícios
1) O que é um transformador?
2) Para que serve um transformador?
3) Onde são usados os transformadores?
4) Quais as principais características de um transformador?
5) Quais os tipos de transformadores?
6) Quais as perdas que podem ocorrer em um transformador?
7) Um transformador possui 127V no primário e 1200 espiras. Qual a tensão de saída no
secundário se o número de espiras neste enrolamento é de 120?
8) Transformadores de reatores possuem um elevado número de espiras no secundário.
Qual a tensão de saída de um transformador de reator quando em seu primário temos
127V e 1000 espiras e o número de espiras no secundário é de 10.000?
9) Qual o número de espiras do secundário de um transformador com 220V no primário
e 800 espiras, sendo que no secundário a tensão é de 24V?
6 Introdução ao Estudo dos semicondutores
Neste capítulo aprenderemos mais sobre:
Os semicondutores
6.1 Semicondutores
Os semicondutores provocaram uma verdadeira revolução na tecnologia da eletrônica.
Nenhum aparelho eletrônico atual, desde um simples relógio digital ao mais avançado dos
computadores, seria possível sem os mesmos.
Mas o que faz um elemento diferente de outro? Uma porção qualquer de um determinado
elemento não pode ser subdividida indefinidamente. Há uma partícula elementar a qual, se
subdividida, faz elemento perder suas características. Essa partícula é denominada átomo.
Assim, cada elemento se caracteriza por ter uma estrutura atômica própria.
6.1.2 O átomo
O átomo, por sua vez, é formado por partículas. A sua estrutura lembra o sistema solar, mas de
dimensões ínfimas. No lugar do sol, um núcleo formado por um aglomerado de partículas.
Orbitando em torno do núcleo, outro conjunto de partículas.
São três as partículas fundamentais do átomo: prótons, nêutrons e elétrons (na realidade
existem mais. Mas isso é assunto de física avançada e não é necessário para o objetivo deste
estudo).
Os prótons estão sempre presentes no núcleo e têm carga elétrica positiva. Os nêutrons
podem estar ou não presentes no núcleo e não têm carga elétrica. Sua massa é próxima da do
próton. Os elétrons estão sempre nas órbitas e têm carga elétrica negativa, mas de valor
absoluto igual à do próton. Sua massa é cerca de 1/1840 da massa do próton.
Lembrar que prótons, nêutrons e elétrons são únicos e não são diferentes em cada elemento.
Assim, o que caracteriza um elemento é a quantidade destas partículas no átomo. Mais
especificamente, é o número de prótons no núcleo. Isso é denominado número atômico e é
característica única de cada elemento. Elementos diferentes têm sempre números atômicos
diferentes.
Em algumas situações, o átomo poderá perder ou ganhar elétrons, isto é, ficar positivamente
ou negativamente carregado. Nessas condições, ele é denominado íon positivo ou íon
negativo.
6.1.3 Semicondutores
São substâncias compostas por átomos tetravalentes, como o Silício (Si) e o Germânio (Ge),
que se ligam por ligações covalentes em estruturas tetraédricas.
Figura 27: Estrutura plana de um semicondutor à base de Silício (as bolinhas menores são elétrons)
Tanto o silício quanto o germânio puros formam redes cristalinas eletricamente isolantes,
porque todos os elétrons fazem parte de ligações covalentes (não há elétrons livres).
Figura 28: Estrutura de silício dopada com Boro. Note a falta de um elétron, dando origem a uma
lacuna (material P)
Figura 29: Estrutura de silício dopada com Fósforo. Note o excesso de um elétron (material N)
O que é um diodo
7.1 O diodo
O diodo é um componente fabricado com material semicondutor, cuja característica é de se
comportar como condutor ou isolante, dependendo da diferença de potencial entre seus
terminais. Vejamos uma ilustração.
Observe que, neste caso, a entrada da válvula possui maior pressão de água que a saída; a
mola da válvula cede e a água circula da esquerda para a direita na válvula livremente.
Porém, se invertermos o sentido do fluxo, a pressão de água será maior na saída da válvula;
esta não permitira o fluxo no sentido contrário.
O diodo não é nada mais que a junção de um material P com um material N. O terminal
conectado ao material P é o anodo e o terminal conectado ao material N é o catodo. Vejamos:
Se a tensão externa entre os terminais anodo e catodo é maior que a tensão da barreira de
potencial do diodo, as forças de atração e repulsão provocadas pela tensão externa permitem
aos portadores de carga adquirir velocidade suficiente para atravessar a região onde há
ausência de portadores.
Normalmente, usamos 0,7V como barreira de potencial para os diodos de Silício e 0,2V para os
diodos de Germânio (diodos de sinal – baixas correntes).
Figura 31: Diodo polarizado diretamente (o símbolo de bateria representa um a tensão externa)
Conforme a figura, as cargas positivas do material P são repelidas pela tensão positiva no
terminal externo. São atraídas a atravessar a junção (barreira de potencial) para chegar ao
terminal com tensão negativa. O oposto ocorre com as cargas negativas do material N.
Quando um diodo está polarizado diretamente, normalmente ele apresenta resistência interna
baixa para permitir condução.
Não existe fluxo de portadores de carga através da junção quando o diodo é polarizado
inversamente. Portanto, conclui-se que a polarização inversa faz com que o diodo impeça a
circulação de corrente no circuito elétrico onde estão seus terminais.
Figura 32: Diodo polarizado inversamente (o símbolo de bateria representa uma tensão externa)
Conforme a figura, as cargas positivas do material P são atraídas pela tensão negativa no
terminal externo. As cargas negativas do material N são atraídas pela tensão positiva no
terminal externo.
Quando um diodo está polarizado inversamente, ele apresenta resistência interna elevada,
para impedir a circulação de corrente no circuito.
Corrente máxima de condução (If): é a máxima corrente que o diodo pode conduzir
sem ser danificado.
Tensão reversa máxima (Vr): é a máxima tensão aplicada entre os terminais do diodo
que podem colocá-lo em bloqueio.
Cada diodo tem a estrutura preparada para suportar determinados valores de tensão reversa e
corrente de condução. Aplicando-se valores superiores aos especificados, a estrutura pode não
suportar e os danos no componente geralmente são permanentes.
Em geral, os leds operam com nível de tensão de 1,6 a 3,3V, sendo compatíveis com os
circuitos de estado sólido. É interessante notar que a tensão é dependente do comprimento da
onda emitida. Assim, os leds infravermelhos geralmente funcionam com menos de 1,5V, os
vermelhos com 1,7V, os amarelos com 1,7V ou 2.0V, os verdes entre 2.0V e 3.0V, enquanto os
leds azuis, violeta e ultra-violeta geralmente precisam de mais de 3V. A potência necessária
está na faixa típica de 10 a 150 mW, com um tempo de vida útil de 100.000 ou mais horas.
Nos leds redondos, duas codificações são comuns: identifica-se o terminal K como sendo
aquele junto a um pequeno chanfro na lateral da base circular do seu invólucro ("corpo"), ou
por ser o terminal mais curto dos dois. Existem fabricantes que adotam simultaneamente as
duas formas de identificação.
Mas, pode acontecer do componente não trazer qualquer referência externa de identificação
dos terminais. Nesse caso, se o invólucro for semi-transparente, pode-se identificar o catodo
(K) como sendo o terminal que contém o eletrodo interno mais largo do que o eletrodo do
outro terminal (anodo). Além de mais largo, às vezes o catodo é mais baixo do que o anodo.
7.2.3 Fotodiodos
Os fotodiodos são diodos sensíveis à luz que entram na região de condução quando
submetidos à incidência de radiação luminosa. É um tipo de fotodetector. É uma junção PN
designada para responder a uma entrada ótica. Fotodiodos possuem uma "janela" ou uma
conexão de fibra ótica, responsável por deixar a luz passar e incidir na parte sensível do
dispositivo. Também pode ser usado sem a "janela" para detectar raios ultravioletas ou raios-x.
Fotodiodos podem ser usados tanto na polarização reversa quanto na polarização direta. Na
polarização direta, a luz que incide sobre o fotodiodo faz a corrente transcorrer através do
dispositivo, levando-a a ir para o sentido frontal. Isso é conhecido como o efeito fotoelétrico, e
é a base das células de captação de energia solar - aliás, uma célula de captação de energia
solar é apenas um monte de grandes, e baratos, fotodiodos. Diodos geralmente possuem uma
altíssima resistência quando a polaridade é revertida. Essa resistência é reduzida quando a luz,
em uma apropriada freqüência, brilha na junção. De fato, um diodo de polaridade reversa
pode ser usado como um detector, monitorando a corrente que passa por ele. Circuitos
baseados nesse efeito são mais sensíveis à luz que outros baseados no efeito fotovoltaico.
Recebeu o nome do físico Leo Esaki, que em 1973 recebeu o Prêmio Nobel em Física pela
descoberta do efeito túnel utilizado neste tipo de diodo semicondutor.
Ele funciona somente na área de “resistência negativa”, ou seja, diminui a tensão e aumenta a
corrente somente quando tem-se uma tensão muito próxima de zero (chamada de avalanche,
do diodo zener). Ele só funciona como diodo túnel quando polarizado reversamente. Quando
polarizado diretamente, funciona como qualquer outro diodo. A sua área de funcionamento é
somente quando a tensão é "considerada" negativa.
7.2.5 Varicap
Varicap, diodo varicap, é um tipo de diodo que possui uma capacitância variável que é função
da tensão à qual ele é submetido.
Quando reversamente polarizados, os diodos apresentam em sua junção uma capacitância que
é devida à presença de portadores de carga separados por uma camada isolante (formada pela
recombinação dos portadores). Ao submetermos este diodo a uma determinada tensão,
variamos a separação destes portadores, que funcionam assim como um capacitor de placas
variáveis. Os varicaps são construídos de forma a se utilizar desse efeito para conseguir uma
capacitância controlada, tendo assim a capacitância controlada pela tensão.
7.3 Exercícios
1) O que é um diodo?
2) Como funciona um diodo?
3) Explique o que é polarização direta de um diodo.
4) Explique o que é polarização inversa de um diodo.
5) Quais são os limites de um diodo?
6) Quais são as principais características de um diodo?
7) Quais são os tipos de diodos?
8 Retificadores Monofásicos com Diodo
Neste capítulo iremos aprender sobre:
Retificadores Monofásicos
Características e equações
A denominação “meia onda” tem origem no fato de que este circuito aproveita apenas um
semiciclo da tensão alternada de entrada.
É possível calcular a tensão média na saída do retificador de meia onda, que é dada por:
Onde
Sendo:
A tensão média é o valor médio da tensão de saída pulsante, dado pela equação acima. É
importante ressaltar que o valor da tensão média é teórico, ou seja, a forma de onda de saída
não é uma tensão constante, mas sim pulsante, conforme discutido anteriormente.
Tensão de saída muito pulsante, ou seja, varia do zero até quase o pico da tensão de
entrada (diminui-se a queda de tensão no diodo);
O rendimento é baixo em relação à tensão eficaz de entrada;
Quando utilizada com transformador, não aproveita a capacidade de transformação de
um semiciclo.
Podemos entender melhor o funcionamento do circuito nos dois semiciclos observ ando a
figura a seguir:
Figura 38: Formas de onda sobre o retificador de onda completa com dois diodos
Durante o semiciclo positivo, o diodo D1 entra em condução, ao passo que o diodo D2 entra
em condução somente no segundo semiciclo, ou seja, durante o semiciclo negativo da tensão
de entrada. Lembre-se de que os diodos estão conduzindo quando estão polarizados
diretamente.
Onde
Sendo:
O funcionamento das pontes retificadoras pode ser compreendido pelas formas de onda da
figura a seguir.
Figura 42: formas de onda de um retificador em ponte
No instante em que inicia o ciclo positivo da tensão alternada de entrada (Vi) no ponto A, o
diodo D1 encontra-se polarizado diretamente. O ciclo positivo é transferido à carga e o circuito
fecha-se mediante o diodo D2 dado que possui o anodo mais positivo do que o catod o. Os
diodos D3 e D4 não intervem, dado que se encontram polarizados inversamente (catodo mais
positivo do que o anodo).
Figura 44: Semiciclo negativo do retificador em ponte
O rendimento das pontes retificadoras é semelhante ao rendimento dos retificadores com dois
diodos, com a vantagem de usar transformadores sem derivação central. Vejamos as
equações:
Onde
Sendo:
Nos intervalos de tempo em que o diodo conduz, circula corrente através da carga e também
para o capacitor. Neste período o capacitor armazena carga.
Nos intervalos de bloqueio do diodo, o capacitor tende a descarregar sua carga elétrica. Como
não é possível a descarga através dos diodos, a corrente de descarga atravessa o resistor.
A corrente absorvida pelo resistor é fornecida pelo capacitor, nesta etapa. Com o passar do
tempo, a tensão do capacitor diminui devido a sua descarga.
Figura 48: Etapa de descarga do capacitor
O capacitor permanece carregado, até que o diodo conduza novamente, fazendo nova recarga
do capacitor.
Figura 49: Etapas conse cutivas de carga e descarga do capacitor e seu efeito sobre o resistor
As figuras a seguir mostram uma comparação entre as formas de onda da tensão de saída de
um retificador de meia onda sem filtro e com filtro.
Figura 50: Compar ativo entre retificadores com e sem filtro capacitivo
A presença de tensão sobre a carga durante todo o tempo, embora variável, proporciona a
elevação do valor da tensão média na saída do retificador.
Figura 51: Compar ativo entre as tensões médias de retificadores com e sem filtros
Em conseqüência disso, a forma de onda da tensão de saída não chega a ser uma tensão
contínua lisa, apresentando uma variação entre um valor máximo e um valor mínimo,
denominada de ondulação ou ripple.
A tensão de ondulação ( ) é dada pela diferença entre o valor máximo da tensão e o valor
mínimo da tensão na saída do filtro.
8.4.2 Filtro Capacitivo
Conhecidos os fenômenos envolvidos nos filtros capacitivos, resta agora estabelecermos uma
maneira de se calcular (dimensionar) o capacitor de filtragem para os retificadores.
Onde:
: tensão de ondulação
Exemplo:
Projetar uma fonte com tensão média de saída de 5V com ripple de 0.1V, para alimentar um
circuito que tem uma resistência de entrada equivalente a 1KΩ. Utilizar o retificador de onda
completa em ponte.
Logo, C = 417uF.
Observe que para a freqüência foi usado o valor 120Hz, devido o fato de estarmos usando um
retificador em ponte, que tem freqüência de saída igual ao dobro da freqüência da tensão de
entrada.
8.5 Exercícios
1) Quais são os tipos de retificadores?
2) Quais são as principais vantagens e desvantagens de cada retificador?
3) Calcule a tensão média na saída de um retificador de meia onda com tensão de
entrada do retificador de 12V, tensão de condução do diodo de 0,7V.
4) Repita o exercício 4 para retificador de onda completa com dois diodos.
5) Repita o exercício 4 para retificador em ponte.
6) Projetar uma fonte com tensão média de saída de 12V com ripple de 0.1V, para
alimentar um circuito que tem uma resistência de entrada equivalente a 1KΩ. Utilizar
o retificador de onda completa em ponte. Dado: freqüência da rede elétrica é de 60Hz.
9 Diodo Zener
O diodo zener é um tipo especial de diodo utilizado como regulador de tensão. A sua
capacidade de regulação de tensão é empregada principalmente nas fontes de alimentação,
visando obtenção de tensão de saída fixa.
O diodo zener é representado nos diagramas pelo símbolo mostrado na figura a seguir.
Na polarização direta, o diodo zener se comporta da mesma forma que um diodo retificador,
entrando em condução e assumindo uma queda de tensão típica.
Normalmente o diodo zener não é utilizado com polarização direta nos circuitos eletrônicos.
Já com polarização inversa, até um certo valor de tensão o diodo zener se comporta como um
diodo convencional, bloqueando a passagem de corrente. No bloqueio, circula pelo diodo
zener uma pequena corrente de fuga, conforme a figura a seguir.
Figura 56: Corrente de fuga no diodo zener em bloqueio
O sinal negativo de Iz na figura indica que esta corrente circula no sentido inverso pelo diodo.
O valor da tensão inversa a partir do qual o diodo zener entra em condução inversa é
denominado Tensão Zener. Logo, a tensão zener é a tensão que, aplicada inversamente a um
diodo zener, provoca sua condução inversa.
Enquanto houver corrente inversa circulando no diodo zener, a tensão sobre seus terminais se
mantém praticamente constante no valor da tensão zener.
Assim, o funcionamento típico do diodo zener é com corrente inversa, o que estabelece uma
tensão fixa sobre seus terminais.
É importante ressaltar que, no sentido reverso, o diodo zener difere do diodo convencional.
Um diodo retificador nunca chega a conduzir intensamente no sentido reverso e, se isto
acontecer, o diodo estará em curto e danificado permanentemente. Um diodo zener é levado
propositalmente a conduzir no sentido reverso, visando obter a tensão zener constante em
seus terminais, sem que isto danifique o componente.
A potência zener dissipada pelo componente é dada pelo produto da tensão zener pela
corrente zener. Estes valores determinam a dissipação máxima que o componente pode
suportar. Cada diodo zener tem um valor de dissipação máxima que é fornecido pelos
fabricantes nos arquivos de dados técnicos.
Utilizando os valores de tensão zener e potência zener máxima geralmente fornecidos pelo
fabricante, podemos determinar a corrente máxima que o zener pode suportar.
Logo:
Este valor máximo de corrente não pode ser excedido sob pena de danificar
permanentemente o diodo zener por excesso de aquecimento.
Para o correto funcionamento do diodo zener na região reversa, é necessária uma corrente
inversa mínima que mantenha a tensão zener dentro da faixa praticamente constante.
Equação de regulação:
A tensão reversa sobre o diodo zener deve ser maior que a tensão zener quando da
retirada do diodo zener do circuito;
A corrente mínima no diodo zener deve ser maior que .
9.3 Exercícios
1) Para que serve o diodo zener?
2) Quais as principais características de um diodo zener?
3) Quais os cuidados com um diodo zener?
4) Compare o diodo zener com um diodo comum.
5) Por que os diodos zener são usados na maioria das vezes com polarização inversa?
10 Transistor Bipolar
Neste capítulo aprenderemos:
O que é um transistor
10.1 Introdução
O transistor é considerado por muitos uma das maiores descobertas ou invenções da história
moderna, tendo tornado possível a revolução dos computadores e equipamentos eletrônicos.
A chave da importância do transistor na sociedade moderna é sua possibilidade de ser
produzido em enormes quantidades usando técnicas simples, resultando preços irrisórios.
Seu baixo custo permitiu que se transformasse num componente quase universal para tarefas
não-mecânicas. Visto que um dispositivo comum, como um refrigerador, usaria um dispositivo
mecânico para o controle, hoje é freqüente e muito mais barato usar um microprocessador
contendo alguns milhões de transistores e um programa de computador apropriado para
realizar a mesma tarefa. Os transistores, hoje em dia, têm substituído quase todos os
dispositivos eletromecânicos, a maioria dos sistemas de controle, e aparecem em grandes
quantidades em tudo que envolva eletrônica, desde os computadores aos carros.
Seu custo tem sido crucial no crescente movimento para digitalizar toda a informação. Com os
computadores transistorizados a oferecer a habilidade de encontrar e ordenar rapidamente
informações digitais, mais e mais esforços foram postos em tornar toda a informação digital.
Hoje, quase todos os meios na sociedade moderna são fornecidos em formato digital,
convertidos e apresentados por computadores. Formas análogas comuns de informação, tais
como a televisão ou os jornais, gastam a maioria do seu tempo com informação digital, sendo
convertida no formato tradicional apenas numa pequena fração de tempo.
Os símbolos dos dois tipos de transistores que estudaremos são apresentados na figura a
seguir:
De modo bastante esquemático, se pode lembrar que no transistor bipolar A BAIXA CORRENTE
QUE PASSA ENTRE A BASE E O EMISSOR (Ib) CONTROLA A CORRENTE (muito maior) QUE PASSA
ENTRE O EMISSOR E O COLETOR (Ic).
No transistor bipolar, podemos escrever os sentidos das tensões e correntes conforme a figura
a seguir:
Figura 61: Tensões e correntes em um transistor bipolar
Definimos que:
IE = IB + IC
Mas IB é muito menor que I C e representa a parte do fluxo de elétrons que atingiu o coletor.
V CE = V CB + V BE
Como IC é menor que I E, teremos que α será sempre menor que 1 (um).
Podemos também relacionar I C com IB. Neste caso, temos o parâmetro β (ganho em corrente
contínua), que relaciona a corrente de saída (I C), com a corrente de entrada (I B).
α = β/(1+β) ou β = α/(1-α)
Algumas vezes, o ganho de corrente do transistor (β), é representado por outro parâmetro que
é denominado hfE.
Esta equação nos diz que, por exemplo, se = 500, uma mudança de 1µA em I B corresponde a
uma mudança de 500µA em I C. Esta é a essência do processo de amplificação.
IE = IB + IC e V CE = V CB + V BE
A figura a seguir apresenta uma configuração muito típica de um transistor bipolar utilizado
como amplificador.
A região de saturação é usada para fazer o transistor funcionar como chave fechada. Observe
que entre o coletor e o emissor permanece apenas uma pequena tensão (0,2V típicos).
Devem-se respeitar as condições de operação do transistor e nunca se devem ultrapassar os
valores máximos estipulados pelo fabricante.
10.4 Exercícios
1) O que é um transistor bipolar?
2) Para que serve um transistor bipolar?
3) Onde são usados os transistores bipolares?
4) Quais as características de um transistor bipolar?
5) Quais as regiões de funcionamento de um transistor bipolar?
11 Transistor de Efeito de Campo
Neste capítulo aprenderemos:
11.1 Introdução
O FET (Field Effect Transistor) que traduzindo para o português significa Transistor de Efeito de
Campo (TEC) é um transistor unipolar.
Nos transistores bipolares, para que haja controle de corrente, torna-se necessário envolver
movimentos de elétrons e lacunas. Nos transistores unipolares, para que haja controle de
corrente, estão envolvidas correntes de elétrons quando o mesmo é do tipo canal N ou estão
envolvidas correntes de lacunas quando o mesmo é do tipo canal P.
Os FETs possuem algumas vantagens com relação aos transistores bipolares, como:
A figura abaixo mostra a estrutura física de em FET canal N com seus respectivos terminais.
D - (drain) = coletor
S - (source) = emissor
G - (gate) = base
Através do canal, portanto, circulam os portadores majoritários da fonte (S) para o dreno (D).
São três as configurações básicas para os transistores unipolares, como mostra a figura abaixo:
O FET também pode ser usado como amplificador de sinal, desde que adequadamente
polarizado. A grande vantagem na utilização do mesmo está na sua impedância muito elevada
de entrada e sua quase total imunidade a ruídos.
O FET possui uma impedância de entrada extremamente alta, da ordem de 100M ou mais.
Por ser praticamente imune a ruídos é muito utilizado para estágios de entrada de
amplificadores de baixo nível, mais especificamente em estágios de entrada de receptores FM
de alta fidelidade.
Trata-se de um amplificador com autopolarização, pois possui uma única fonte de alimentação
e um resistor RS para se obter a tensão de polarização gate-source.
A presença do resistor RS resulta em uma tensão devido a queda de tensão ID RS. Como a tensão
no gate é zero, pois não há corrente no gate ou no resistor RG, a tensão entre gate e source é
uma tensão negativa, que constitui a tensão de polarização VGS. Assim teremos:
V GS = 0 - ID RS = - ID RS
a) V DD normal b) Aumento de V DD
A partir daí, qualquer aumento de V DD resultará apenas em aumento da tensão nos terminais
da região de depleção e a corrente I D permanece constante.
A curva a seguir mostra que o aumento de ID ocorre até que toda a região de depleção esteja
totalmente formada, após o que a corrente de dreno satura e permanece constante para
qualquer aumento de V DD.
IDSS é um parâmetro importante usado para especificar a operação de um FET, que significa
corrente de drain para source com gate-source em curto (V GS = 0).
A curva da figura abaixo mostra que, aumentando V GS (mais negativa para um FET de canal N),
a corrente de saturação será menor, e desta forma, o gate atua como controle.
Nestas condições, I D diminui à medida que V GS fica mais negativa (observe o ponto de
saturação com -2V). Tornando V GS mais negativa, haverá um momento em que não haverá
mais ID, independentemente do valor de V DS.
A figura abaixo mostra a curva para um FET de canal P. A única diferença é a polaridade de V GS
que neste caso é positiva.
A figura abaixo nos mostra que quando ocorre o estrangulamento, este estrangulamento se
verifica com valores menores de V DS e quando mais negativa for a tensão V GS. Esta curva
recebe o nome de curva de dreno.
Devemos reservar atenção extra a alguns parâmetros dos FETs. São eles:
O valor da tensão de ruptura indica um valor limite de tensão nos terminais gate-
source, acima do qual a corrente do dispositivo deve ser limitada pelo circuito externo
para evitar danos ao FET.
A tensão de ruptura é um valor limite de tensão e deve ser usado na escolha da fonte
de tensão de dreno.
gm = g mo[1 - (V GS / V GS(OFF))]
Quando o FET está polarizado em sua região de saturação, ou ôhmica, de operação, apresenta
uma resistência entre dreno e fonte de dezenas e algumas vezes centenas de ohms.
Em virtude disso, é um amplificador muito utilizado para operar somente com sinais de
pequena amplitude.
Devido ao fato de gm ser relativamente baixo, o amplificador fonte comum tem como
conseqüência um ganho de tensão relativamente baixo.
Desta forma, os amplificadores com FET não podem competir com amplificadores com
transistores bipolares, quando o ganho de tensão é fator preponderante.
A figura a seguir apresenta um amplificador com FET, um circuito muito semelhante (em
montagem) ao amplificador com transistor bipolar visto anteriormente.
Figura 75: Amplificador com FET
11.4 Exercícios
1) O que é um transistor FET?
2) Para que serve um transistor FET?
3) Onde são usados os transistores FET?
4) Quais as características de um transistor FET?
5) Quais as regiões de funcionamento de um transistor FET?
6) Quais as principais vantagens e desvantagens dos transistores FET em relação aos
transistores bipolares?
12 Filtros Passivos
Neste capítulo conheceremos:
Passa Baixas
Passa Altas
Passa Faixa
Rejeita Faixa
Comecemos o estudo dos filtros passivos. Contudo, veremos apenas as versões mais comuns
destes filtros.
12.2 Filtros RC
São filtros passivos formados apenas por resistores e capacitores.
Para sinais de baixa freqüência, o capacitor apresenta alta reatância XC, muito maior que R, e
seu comportamento tende a ser um circuito aberto. Desta forma, a maior parcela da tensão de
entrada estará sobre o capacitor de saída. Podemos dizer que o circuito apresentado “deixa
passar” sinais de baixa freqüência.
Para sinais de altas freqüências, o capacitor apresenta baixa reatância e seu comportamento
tende a ser um curto circuito. Desta forma, a maior parcela da tensão de entrada estará sobre
o resistor e a tensão sobre o capacitor de saída será muito pequena. Podemos dizer então que
o circuito “impede a passagem” de sinais de alta freqüência.
A freqüência de corte (fC) é a freqüência a partir da qual os sinais de entrada sofrem redução
de 3dB do sinal de entrada. Esta redução equivale a dividir a amplitude do sinal de entrada por
ou à metade da potência.
Para sinais de baixa freqüência, o capacitor apresenta alta reatância X C, muito maior que R, e
seu comportamento tende a ser um circuito aberto. Desta forma, a maior parcela da tensão de
entrada estará sobre o capacitor, sendo que a tensão no resistor será mínima. Podemos dizer
que o circuito apresentado “impede a passagem” de sinais de baixa freqüência.
Para sinais de altas freqüências, o capacitor apresenta baixa reatância e seu comportamento
tende a ser um curto circuito. Desta forma, a maior parcela da tensão de entrada estará sobre
o resistor e a tensão sobre o capacitor de saída será muito próxima da tensão de entrada.
Podemos dizer então que o circuito “deixa passar” sinais de alta freqüência.
Para o filtro passa altas RC, temos:
C1 R1
Vi Vo
C2 R2
R1 R2
C1 C2 X C1 X C 2
Onde o sinal >> ou << são “muito maior” e “muito menor”. Entende-se que um valor é “muito
maior” que outro quando este é superior a 10 vezes o valor do outro.
Para a freqüência de corte inferior, temos:
1
f C1
2C1 R1 R2
1
fC 2
2Req C2
Onde Req R1 // R2 .
A relação entre o ganho de tensão e a freqüência pode ser escrito como na figura a seguir.
C1 C1
Vi
R2 Vo
R1 R1
C2
Para freqüências baixas atua como passa baixa. Para freqüências altas atua como passa alta.
Atenua o sinal apenas nas freqüências intermediárias, entra a freqüência de corte superior e
inferior, dadas por:
1
f C1 freqüência de corte inferior
2R1C1
1
fC 2 freqüência de corte superior
2R2C2
12.3 Filtros RL
12.3.1 Filtro RL Passa Baixa
O filtro RL passa baixa pode ser formado de acordo com a figura a seguir:
12.4 Exercícios
1) O que são filtros passivos?
2) Quais os tipos de filtro passivos que conhecemos neste capítulo?
13 Reguladores de Tensão
Neste capítulo iremos aprender:
13.1 Introdução
Quando estudamos diodo zener, vimos que este componente pode se comportar como um
regulador de tensão, mantendo uma tensão praticamente constante em seus terminais
quando polarizado reversamente. Contudo, a corrente disponível era limitada pela resistência
de polarização do diodo zener (Rs) e as oscilações da tensão de entrada eram refletidas,
mesmo que de maneira mínima, para a saída do circuito.
O diodo zener atua apenas como elemento de referência enquanto que o transistor é o
elemento regulador ou de controle. Observa-se que o transistor está em série com a carga, daí
o nome regulador série.
13.2.1 Funcionamento
A tensão de saída estará disponível na carga (V L), então: VL = V Z - V BE
V CE = V CB + V BE
V L = V IN - V CE
13.2.2 Limitações
As principais limitações são os valores mínimos e máximos de V IN.
Então:
V IN = R(IZ + IB) + V Z
Portanto, abaixo do valor mínimo de entrada o diodo zener perderá suas características de
estabilização.
Acima do valor máximo de entrada o diodo zener perderá também suas características de
estabilização e será danificado.
Como a carga fica em paralelo com o transistor, daí a denominação regulador paralelo, cujo
circuito é mostrado abaixo.
Figura 87: Esquema elétrico de um regulador par alelo
13.3.1 Funcionamento
V Z = V CB como VZ é constante, V CB será constante
Ao variar a tensão de entrada dentro de certos limites, como V Z é fixa, variará V BE variando a
corrente IB e consequentemente I C. Em outras palavras, variando-se a tensão de entrada
ocorrerá uma atuação na corrente de base a qual controla a corrente de coletor.
Neste caso, V CE tende a parmanecer constante desde que I Z não assuma valores menores que
IZ(MIN) e maiores que IZ(MAX).
Na pior condição RL = IL = 0
VIN(MAX) - VZ - VBE
IZ(MAX) IC(MAX) ( I )
R1
VIN(MIN) - VZ - VBE
IZ(MIN) IC(MIN) IL(MAX) ( II )
R1
Dividindo ( I ) e ( II ), temos:
IZ(MAX) IC(MAX) VIN(MAX) - VZ - VBE
IZ(MIN) IC( MIN) IL(MAX) VIN(MIN) - VZ - VBE
Isolando IZ(MAX):
IZ(MAX) =
VIN(MAX) - VZ - VBE
. (IZ(MIN IC(MIN) IL(MAX) ) - IC(MAX) ( III )
VIN(MIN) - VZ - VBE
Obs.: IC(MIN) é a corrente de coletor para uma tensão de entrada mínima. Em muitos projetos a
mesma pode ser desprezada por não ter influência significativa no resultado fina l.
A figura a seguir ilustra esse tipo de regulador, onde os elementos que compõem o circuito
tem as seguintes funções:
Transistor T1: é o elemento de controle, que irá controlar a tensão de saída a partir de uma
tensão de correção a ele enviada através de um circuito comparador;
Transistor T2: é basicamente um comparador de tensão DC, isto é, compara duas tensões, V R2 e
V R3, sendo a tensão V R3 fixa (denominada também tensão de referência), cuja finalidade é
controlar a tensão de polarização do circuito de controle. Qualquer diferença de tensão entre
os dois resistores irá fornecer à saída do comparador uma tensão de referência que será
aplicada ao circuito de controle.
13.4.1 Funcionamento
Quando houver uma variação da tensão de entrada, a tendência é ocorrer uma variação da
tensão de saída.
Quando IC2 aumenta, haverá um aumento da tensão em R 1 (V R1), uma vez que a tensão do
emissor de T2 é fixada pela tensão de zener (V Z).
São muito utilizados os chamados reguladores de três terminais como: LM217, LM317, µA78xx
(xx: tensão de saída estabilizada; exemplo: µA7805, saída de 5V), µA79xx, etc. É aconselhável
que o aluno se sinta encorajado a consultar os manuais destes CIs (geralmente em inglês) para
conhecê-los melhor, bem como utilizá-los melhor também.
Os reguladores integrados mais comuns são os reguladores de três terminais, que têm a
seguinte estrutura de funcionamento:
Observe que o regulador integrado de três terminais apresenta exatamente três te rminais:
COMMOM: onde conectamos a referência para 0V, muitas vezes conhecida como GND ou
terra.
Quando a corrente de carga for maior que 1A, a queda de tensão sobre o resistor R deve ser
suficiente para polarizar o transistor. A corrente de carga passa ser a soma da corrente que
atravessa o regulador mais a corrente que passa pelo transistor. Em outras palavras, o excesso
de corrente de carga é suprido pelo transistor de reforço.
Figura 93: Regulador de tensão com saída ajustável a partir de um regulador de saída fixa
Onde Vxx é a tensão fixa de saída do regulador integrado de três terminais. Neste caso, a
tensão de saída é sempre maior que a tensão fixa nominal do regulador.
Além disso, é recomendado colocar um diodo com o catodo conectado na saída do regulador e
o anodo conectado no terminal comum do regulador. Isto previne o que chamamos de latch-
up, isto é, os reguladores integrados não suportam tensão reversa e estes diodos minimizariam
este efeito.
Alguns escritores recomendam o uso de um diodo zener na entrada dos reguladores, a fim de
absorver previamente os picos da tensão de entrada dos reguladores integrados.
Figura 95: Diodo de proteção contra descarga do capacitor por curto-cir cuito na entrada do regulador
13.9 Exercícios
1) O que são os circuitos reguladores de tensão?
2) Para que servem os reguladores de tensão?
3) Quais os tipos mais comuns de reguladores de tensão?
4) O que são os reguladores integrados?
5) Para que servem os reforçadores de corrente?
6) Onde devem ser instalados os diodos de proteção básica?
14 Amplificadores Operacionais
Neste capítulo estudaremos:
14.1 Introdução
O circuito conhecido como amplificador operacional vem se tornando cada vez mais
importante na eletrônica. Seu estudo detalhado exige conhecimentos profundos sobre o
funcionamento de diodos e transistores. Contudo, neste capítulo faremos uma abordagem do
amplificador operacional como componente eletrônico, ou seja, estamos interessados em
estudar o amplificador operacional como um bloco único.
O amplificador operacional (AO) surgiu como um dos componentes básicos dos computadores
analógicos. Foi chamado de operacional porque era usado para implementar as operações
matemáticas de integração, diferenciação, adição, mudança de sinal e multiplicação por um
fator constante. Mais tarde o circuito passou a ser usado em muitas outras aplicações, mas seu
nome permaneceu o mesmo.
A figura a seguir mostra o símbolo mais usado para representar o amplificador operacional.
Em outras literaturas, o símbolo pode vir abreviado; é comum se omitir os pinos não usados,
como o 1 e o 5.
O AO real apresentará na entrada uma impedância não infinita, e na saída uma impedância
não nula.
b) Resposta em Freqüência
O AO real terá seu ganho reduzido em função do aumento da freqüência, como mostra a curva
da figura a seguir, para um determinado AO.
No caso ideal, para a tensão da entrada inversora igual à da entrada não-inversora tínhamos V 0
igual a 0, o que já não acontece com o AO real, sendo o motivo a diferença de características
apresentadas pelos transistores de entrada, pelos quais circularão diferentes correntes.
A corrente de entrada de offset (I io) é a diferença entre as correntes aplicadas aos terminais de
entrada para o balanceamento do amplificador.
Tensão de entrada offset (V io) é a tensão que devemos aplicar entre os terminais de entrada
para o balance mento do amplificador.
d3) Corrente de Entrada de Deriva de Offset
A tensão de saída de offset será a diferença entre os níveis contínuos presentes nos terminais
de saída quando as entradas estiverem aterradas.
e) Slew Rate
Este parâmetro está ligado à faixa de passagem à plena potência. Quando num operacional é
injetado um sinal senoidal de alta freqüência, de amplitude superior a um certo valor
prefixado, observa-se a sua saída uma onda triangular. A inclinação desta forma de onda
triangular é o "slew rate”.
Esta limitação tem origem nas características de construção do dispositivo e está diretamente
ligado a um elemento, o chamado capacitor de compensação de fase e à máxima taxa com que
este pode ser carregado. Este capacitor, que nos amplificadores operacionais monolíticos
apresenta tipicamente 30pF, conta com fontes de corrente de cerca de 30A disponíveis para
carregá-lo. Assim, dependendo da amplitude do sinal desejado na saída, o amplificador
operacional "não consegue acompanhar o sinal de entrada". Como a corrente num capacitor é
dada pela capacitância vezes a taxa de variação da tensão (fórmula abaixo), ocorre limitação
chamada "slew rate":
V 0 = A (Vn – V i)
Podemos usar a seguinte relação entre a saída e a entrada, para esta configuração:
14.5.4 Buffer
O buffer é um caso especial de amplificador não-inversor, com R2 sendo zero e R1 sendo um
circuito aberto (R1 é infinito). Neste caso, o ganho é unitário.
A vantagem de se usar buffers é a de se reforçar com corrente o sinal de entrada, pois na saída
do amplificador, teremos disponível a corrente fornecida pelo mesmo, mas com a tensão
fielmente igual à tensão de entrada (desde que não tenhamos problemas de distorção por
slew rate).
Neste caso,
V0 = Ve
14.5.5 Subtrator
O objetivo deste circuito é realizar a subtração entre as tensões nas entradas.
Figura 105: Circuito Subtrator
Fica a cargo do leitor verificar o resultado da tensão de saída quando todos os resistores forem
iguais.
Circuitos subtratores como o do circuito a seguir são chamados amplificadores diferenci ais.
Vejamos:
Figura 107: Somador inversor
E usamos
Re = Rf // R1 // R2 // R3
15.1 Introdução
O 555 é um circuito integrado composto de um Flip-Flop do tipo RS, dois comparadores
simples e um transistor de descarga. Projetado para aplicações gerais de temporização, este
integrado é de fácil aquisição no mercado especializado de Eletrônica. Ele é tão versátil e
possui tantas aplicações que se tornou um padrão industrial, podendo trabalhar em dois
modos de operação: monoestável (possui um estado estável) e astável (não possui estado
estável). Sua tensão de alimentação situa-se entre 5 e 18V, o que o torna compatível com a
família TTL de circuitos integrados e ideal para aplicações em circuitos alimentados por
baterias. A saída deste CI pode fornecer ou drenar correntes de até 200mA, podendo assim
comandar diretamente relés, lâmpadas e outros tipos de carga relativamente grandes.
O disparador (trigger) está conectado à entrada inversora do comparador 2 (pino 2). A entrada
não-inversora tem uma tensão fixa de 1/3Vcc (Vnão-inv = R*Vcc/R+R+R = RVcc/3R = Vcc/3).
Toda vez que a tensão do disparador for menor que 1/3Vcc, a saída do comparador vai a nível
alto, resetando o flip-flop, cortando o transistor de descarga e deixando a saída (pino 3) em
nível alto.
O reset (pino 4) habilita o 555 com nível alto e o desabilita com nível baixo. Geralmente na
maioria das aplicações, este pino é ligado à Vcc.
Inicialmente, a tensão de disparo é +Vcc. Como o disparador (trigger) está ligado à entrada
inversora do comparador 2, um tensão de +Vcc nesta entrada faz com que se tenha nível baixo
na saída deste comparador (já que a tensão na entrada inversora, +Vcc, é maior que a tensão
na entrada não-inversora, +1/3Vcc). Isto faz com que o flip-flop RS fique no seu estado normal
(com nível alto na saída Q e nível baixo na saída ), saturando o transistor de descarga e
deixando Ct descarregado.
Quando a tensão de disparo vai a nível baixo com um pulso invertido, a tensão na entrada não-
inversora (+1/3Vcc) é maior que a tensão na entrada inversora (0V), no comparador 2. Isto faz
com que a sua saída vá a nível alto, resetando o flip-flop (nível baixo na saída Q e nível alto na
saída ) e consequentemente cortando o transistor de descarga. Assim Ct se carrega por Rt.
A tensão em Ct (tensão de limiar) aumenta até que exceda a tensão de controle (+2/3Vcc).
Quando isto ocorre, a saída do comparador 1 vai a nível alto, setando o flip-flop, saturando o
transistor de descarga e, por conseqüência, descarregando Ct.
Quanto maior a constante de tempo RC, mais tempo leva para a tensão em Ct chegar a
+2/3Vcc (tensão de controle).
Alterando os valores de Ct e Rt, o período da temporização pode ser controlado entre cerca
de 5ms até aproximadamente 1h. Porém, em uma temporização acima de 5 mim. a
confiabilidade fica comprometida, devido aos altos valores de Rt e Ct necessários para esta
temporização.
Não há limites para o valor de Ct, a não ser o seu custo. Apenas note que, dependendo do
valor da capacitância do capacitor eletrolítico e de sua qualidade, ele pode apresentar
correntes de fuga que podem distorcer os períodos calculados das temporizações. Note
também que para valores muito altos de capacitância, o transistor de descarga levará mais
tempo para descarregar Ct. A sua tensão de isolação deve ser maior ou igual a Vcc (quanto
mais próximo de Vcc, melhor), já que uma tensão de isolação menor que Vcc causará uma
diminuição na vida útil do capacitor.
Como ponto de partida, vamos supor que inicialmente o flip-flop está resetado (Q em nível
baixo e em nível alto). Assim sendo, o transistor está cortado e Ct está se carregando através
da resistência (Rt1 + Rt2). Ct se carrega até que excede a tensão de controle (2/3Vcc), fazendo
com que a tensão na entrada não-inversora (pino 6) do comparador 1 seja maior que a tensão
na sua entrada inversora, isso faz com que sua saída vá a nível alto, setando o flip-flop.
Com nível alto em Q, o transistor de descarga entra em saturação fazendo com que Ct se
descarregue por Rt2. A tensão em Ct diminui até que fique menor que a tensão da entrada não
inversora do comparador 2 (1/3Vcc). A saída do comparador 2 vai a nível alto, resetando o
flip-flop e voltando ao ponto de partida. Esta operação astável se repete indefinidamente.
A tensão em Ct varia entre 1/3Vcc e 2/3Vcc, embora possa ser alterada, externamente,
atuando-se sobre a tensão de controle (pino 5).
E a freqüência (f) é:
Se Rt2 for muito maior que Rt1 (Rt2 = 100kΩ e Rt1 = 1kΩ, por exemplo), os períodos altos e
baixos serão quase iguais. O valor de Rt1 será desprezível em relação ao valor de Rt2, assim a
freqüência será de:
Caso tenha a necessidade um oscilador com durações iguais dos níveis altos e baixos, o circuito
deve ser configurado como mostram as figuras abaixo.
Figura 116: Montagem Astável de 555 com períodos alto e baixo iguais
O pino 7 (descarga) não é conectado e é colocado um resistor Rt no lugar dos dois resistores
Rt1 e Rt2, com o pino 3 (saída) conectado à este resistor Rt.
Supondo que inicialmente o flip-flop esteja setado, não existe diferença de potencial em Rt e
Ct. Com Ct descarregado, a tensão no disparador (pino 2) é de 0V. Assim, a saída do
comparador 2 vai à nível alto, resetando o flip-flop e deixando a saída em nível alto. Neste
momento Ct se carrega por Rt, fazendo a tensão de limiar (pino 6) elevar-se, até que atinge a
tensão de controle (+2/3Vcc). Quando isso ocorre, a saída do comparador 1 vai a nível alto,
setando o flip-flop e fazendo com que a saída vá a nível baixo. Então, Ct se descarrega por
Rt, voltando para o estado inicial. Os períodos de nível alto e baixo são iguais porque Ct se
carrega por Rt e se descarrega pelo mesmo Rt.
Nas placas de circuito impresso, a passagem da corrente elétrica do circuito ocorre por meio
de uma camada fina de um material condutor (geralmente cobre). Assim, se dispensa a
presença de fios. Os componentes são fixados em um material isolante -base (geralmente
fenolite ou fibra de vidro), melhorando sua distribuição e diminuindo o espaço necessário à
montagem.
Um dos processos consiste na eletrodeposição de cobre sobre a placa de fenolite. Uma fina
camada de cobre é deposta onde se deseja criar uma trilha sobre a placa. Este processo não é
muito utilizado devido à dificuldade de trabalhar com o processo de eletrólise, que o torna
mais dispendioso e economicamente inviável se comparado com os outros métodos.
Os outros métodos de confecção de PCI consistem na utilização de uma placa de fenolite ou
fibra de vidro com uma fina camada de cobre por toda sua superfície. Este método baseia-se
na remoção do cobre das áreas onde não se deseja que haja contato, ficando apenas o cobre
que define as trilhas da PCI.
O processo artesanal consiste na aplicação de tinta de base plástica sobre uma placa de
fenolite inicialmente cobreada. Depois de desenhadas as trilhas, a PCI é levada a uma solução
de percloreto de ferro, onde ocorrerá a corrosão do cobre que não foi coberto pela tinta.
A caneta utilizada para este tipo de processo é uma caneta especial para circuitos impressos,
encontrada em lojas de eletrônica ou uma caneta utilizada para escrever em transparência de
retroprojetor.
Outro método que pode ser utilizado é o design da PCI através de softwares como o TANGO,
Eagle ou o ORCAD. Após o design, as trilhas são impressas em papel gloss e transferidas à placa
de fenolite cobreada por um processo de aquecimento.
Nesta apostila, descreveremos apenas o processo manual de design das trilhas, que serão
desenhados na placa de fenolite através de uma caneta.
Nesta fórmula, dois dados são conhecidos de antemão, que são a resistividade do cobre
(ρ=0,17241Ωm/mm2 ) e a espessura da trilha (a = 0,05 mm). Tem-se, portanto, uma
resistência total de: R = 0,345 L/b, onde “b” é a largura da trilha, em milímetros, e “L” é a
extensão da mesma trilha, em metros. Assim, por exemplo, uma trilha de 1 mm de largura e
0,1 m de comprimento teria uma resistência global de 0,0345Ω – valor desprezível para
circuitos pouco críticos, de aplicações gerais.
Por outro lado, essa mesma trilha apresenta, em linha reta, uma indutância da ordem de 15H
e sua largura vai determinar a corrente máxima de utilização, cuja análise deve ser feita
usando-se a densidade de corrente ou potência (a condutividade do cobre é conhecida e pode
ser considerada constante).
Uma maneira prática, simples e que pode ser usada em muitas aplicações de processos
artesanais na fabricação de PCI é usar a relação:
No caso de trilhas de circuito impresso, o valor máximo aceitável para a densidade de corrente
(J) é de 35 A/mm2 – bem acima dos níveis permissíveis ao condutor cilíndricos comuns, graças
à própria geometria plana das trilhas, que proporcionam maior capacidade de dissipação de
potência por unidade de área. Da mesma forma, a densidade de potência máxima superficial é
de 2,5 mW/mm2. A trilha, como todo condutor, sempre apresenta alguma dissipação, mas se
for mantida abaixo dessas densidades aceitáveis, as potências e correntes envolvidas não irão
comprometer a placa. Se esses níveis forem ultrapassados, haverá aquecimento excessivo da
área ao redor das pistas, dilatação das mesmas e provavelmente o deslocamento e ruptura de
algumas delas. Cumpre observar, porém, que esses valores podem ser alterados de acordo
com as condições de projeto e utilização; desse modo, por exemplo, as trilhas podem ter
sua espessura aumentada em até 5 ou mais vezes através do estanhamento superficial, caso
em que seria preciso recalcular tudo desde o início. Resumindo, o dimensionamento das trilhas
deve obedecer a duas condições básicas: queda de tensão aceitável e densidade de corrente
(ou potência).
Outra forma de determinar a espessura das trilhas, utilizada pelos fabricantes de placas de
circuito impresso industriais relaciona a corrente que irá circular pela trilha em função da
potência que a mesma irá dissipar em forma de calor. Este método baseia-se na análise do
gráfico abaixo:
Figura 118: Gráfico utilizado para estabelecer largur a de trilhas em PCI
Dessa forma, aumenta-se a confiabilidade da placa, já que se tornam visíveis todos os detalhes
de interligações, além do aspecto estético que, apesar de não ser tão importante, sempre
influi no serviço final. De fato, todo projetista, com o tempo, passa a considerar seu trabalho
uma arte. Uma vantagem adicional dessa técnica reside na eliminação de pequenas falhas
(como os defeitos em desenhos a nanquim), que se tornam imperceptíveis após a redução.
Figura 119: Considerações no traçado do layout
Após o design das trilhas e ilhas da PCI, deve-se transferir o desenho efetuado no papel vegetal
para a placa de fenolite com o auxilio de papel carbono. Para facilitar a localização dos furos,
podemos marcar a posição dos mesmos com o auxílio de uma punção ou mesmo de um prego
pequeno.
Nota: É importante que a folha de papel vegetal esteja presa à placa de fenolite para evitar
que o papel deslize e prejudique a posição dos componentes. Outro fato de grande
importância é lembrar-se de espelhar o desenho feito no papel vegetal a fim de garantir a
correta conexão dos componentes, tendo em vista que as trilhas são em uma das faces da
PCI e os componentes deverão ficar na outra face da mesma.
Depois de transferir o desenho para a placa, temos que pintar as trilhas com a caneta de
retroprojetor. Vale lembrar que as regiões que forem pintadas com a caneta não irão sofrer
corrosão e permanecerão com o cobre.
Depois de finalizado o processo de corrosão, deve-se lavar com água a PCI afim de retirar toda
solução de percloreto de ferro da mesma.
Neste passo, a placa ficará apenas com a tinta da caneta. Para retirar a tinta da caneta, deve-se
limpar a placa com álcool isopropílico.
Depois de limpa, devemos furar a PCI nos lugares demarcados com o auxilio de um furador de
PCI ou de uma furadeira provida de broca especifica de acordo com a espessura do terminal do
componente (as mais utilizadas são as brocas de 1.0mm, 1.5mm e 2.0 mm de diâmetro).
Neste momento, devemos preparar a PCI para soldar os componentes. Para tanto, deve-se
limpar as trilhas e ilhas com uma esponja de aço. Vale ressaltar que se este passo não for
realizado, o aluno pode encontrar dificuldades para soldar os componentes devido à aderência
do estanho ao cobre.
Ela é executada com auxílio de um metal de adição formado por uma liga de estanho e
chumbo.
O metal de adição é uma liga metálica usada para interligar os componentes eletrônicos e
condutores de um circuito elétrico ou eletrônico. Esse metal se funde pela ação do calor na
ponta do ferro de soldar e adere aos elementos, interligando-os eletricamente.
A composição mais utilizada na soldagem de circuitos elétricos é de 63% de estanho para 37%
de chumbo, porque sua temperatura de fusão é mais baixa, permitindo soldar mais facilmente.
O metal de adição pode ser adquirido em lojas especializadas na forma de barra e em fio
enrolado em carretéis.
Existe um preparado químico que pode ser adicionado durante a soldagem cujo objetivo é
permitir um escorrimento mais fácil sobre os pontos a serem soldados. Trata-se do fluxo.
Nos metais de adição usados em circuitos eletrônicos, o fluxo é colocado no interior do fio,
formando um núcleo.
A existência de fluxo provoca corrosão na ponta do ferro de soldar ao final de longos períodos
de uso, causando buracos na ponta. Deve-se limpar a ponta do ferro de soldar ao final do
trabalho de solda.
O ferro de soldar é a ferramenta que fornece o calor necessário para a fusão do metal de
adição sobre os terminais e condutores. Consiste em uma ponteira de material bom condutor
de calor, normalmente cobre ou latão, envolvida por uma resistência elétrica.
A passagem de corrente elétrica na resistência produz calor que aquece a ponta até a
temperatura necessária para conseguir a fusão do metal de adição.
Existem ferros de soldar para diversos valores de potência, por exemplo: 25W, 40W, 60W e
100W.
A potência do ferro de soldar que vai ser usado para uma operação de soldagem depende da
massa do que vai ser soldado. A soldagem de pontos que contenham grande número de
terminais ou de pontos em contato com superfícies metálicas exigem ferros de soldar de maior
potência, porque estes produzem maior quantidade de calor.
O ferro de soldar deve ser manuseado com cuidado e, nos momentos em que não estiver
sendo utilizado, deve ser colocado no suporte próprio.
Alguns suportes tem uma esponja ou retalho de tecido que é utilizado para remover os
resíduos de solda da ponteira do ferro de soldar. Tanto a esponja quanto o tecido devem ser
mantidos umedecidos com água.
O alicate de bico chato ou meia cana normalmente é utilizado antes da soldagem, para dobrar
os terminais dos componentes nas dimensões adequadas.
O alicate de corte diagonal é utilizado para cortar a sobra dos terminais e condutores depois
da soldagem.
Deve-se verificar também se os terminais ou condutores que vão ser soldados estão livres de
resíduos de oxidação ou gordura. Isso é necessário porque se os terminais que vão ser
soldados contém resíduos de gordura ou oxidação, a soldagem não se realiza corretamente a
conexão elétrica. Este tipo de soldagem é chamado de “solda fria” e representa um grande
problema porque provoca defeitos intermitentes.
Para realizar a solda deve-se, com o ferro aquecido, aplicar o metal de adição na ponta
aquecida do ferro, espalhando-a sobre as faces limadas. Deve-se encostar o ferro de soldar nos
terminais que vão ser soldados, procurando estabelecer a maior área de contato possível entre
os elementos e o ferro de soldar.
Figura 134: Aplicação de calor nos terminais a serem soldados
Após alguns instantes de aquecimento, aplicar a solda entre os terminais e a ponta do ferro de
soldar.
Quando o metal de adição se espalhar sobre os terminais, deve-se retirar o ferro de soldar sem
esfregá-lo sobre os terminais.
Uma operação de soldagem realizada corretamente resulta em uma solda lisa e brilhante nos
pontos soldados, além de garantir o bom contato elétrico e uma perfeita fixação mecânica.
Depois, deve-se segurar um dos terminais do componente com um alicate de bico chato.
Com o ferro de soldar, deve-se aquecer o ponto onde este terminal está soldado.
Quando o metal de adição estiver em fusão, puxar o terminal do componente com o auxílio do
alicate.
Existem ferramentas especialmente usadas para dessoldagem. Uma delas é o sugador manual
de solda.
O sugador manual de solda é uma ferramenta que se destina a sugar o metal de adição
quando já está no estado fundido. A figura que segue mostra um sugador manual de solda.
1) Pressione o braço do êmbolo até que seja engatado, ficando na posição de comprimido.
2) Segure o sugador em uma das mãos de forma que o botão do sugador possa ser
pressionado quando for necessário.
3) Aqueça o metal de adição a ser retirado.