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INSTALADOR DE ENERGIA SOLAR

CURSO
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Sumário
Energia Elétrica Fotovoltaica Você sabe o que é?......................................................................... 5
....................................................................................................................................................... 5
Fóton, o que é? ............................................................................................................................. 8
E como ele se influência no sistema Fotovoltaico .................................................................... 8
Direção de ondas-partículas...................................................................................................... 9
Noções de geometria solar ......................................................................................................... 11
Celular fotovoltaicas.................................................................................................................... 20
O Processo de Dopagem ............................................................................................................. 22
Representação do Efeito Fotovoltaico ........................................................................................ 23
Tipos de Células Fotovoltaicas ................................................................................................ 24
Desvantagens da Célula Solar Thin Film.................................................................................. 28
Célula Fotovoltaica de Silício Amorfo...................................................................................... 28
Célula Fotovoltaica de Telureto de Cádmio (CdTe)................................................................. 31
Outros Tipos de Células Fotovoltaicas .................................................................................... 31
Célula Fotovoltaica de Arseneto de Gálio ............................................................................... 32
Célula Fotovoltaicas Híbrida .................................................................................................... 32
Comparação entre as Eficiências dos Diferentes Tipos de Célula Fotovoltaica .......................... 32
O Módulo Fotovoltaico ........................................................................................................... 34
Resistência do painel Solar...................................................................................................... 35
Resistência do Painel Solar ao Granizo ................................................................................... 35
Suporte Para Placa Solar ............................................................................................................. 35
Inversores .................................................................................................................................... 36
O que é o inversor solar? ........................................................................................................ 36
Como funciona o inversor solar? ............................................................................................ 36
Tipos de inversor solar ............................................................................................................ 37
Sistemas on-grid, Inversor grid-tie ou on-grid ............................................................................ 37
Anti-ilhamento ........................................................................................................................ 38
Como escolher o inversor solar? ............................................................................................. 39
Onde instalar o inversor solar? ............................................................................................... 39
Efeito sombreamento ............................................................................................................. 40
Diodo de Bloqueio ................................................................................................................... 41
Diodos de bloqueio ................................................................................................................. 41

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LEGISLAÇÃO................................................................................................................................. 42
Os Principais Pontos de Importância da Resolução 482 da ANEEL ............................................. 42
Resolução normativa 687 ........................................................................................................ 44
Novas modalidades para geração distribuída: Os principais pontos da Resolução 687 ......... 45
Atenção as normas das concessionárias locais ....................................................................... 48
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ............................................................................................................... 49
O que é o Sistema de Compensação de Energia Elétrica? ...................................................... 49
Certificação de inversores até 10 kW...................................................................................... 49
Quem pode solicitar? .............................................................................................................. 50
Quais as fontes que o cliente pode utilizar para gerar energia? ............................................ 50
Prazos para a Enel emitir o parecer de acesso ao cliente: ...................................................... 50
Como e aonde abrir a solicitação ............................................................................................ 51
Normas NBR 5410/2004.............................................................................................................. 51
Normas NBR 11704 ..................................................................................................................... 51
COMO FAZER UM ORÇAMENTO COM DIMENSIONAMENTO CORRETO..................................... 52
Projeto Elétrico............................................................................................................................ 54
Ferramentas computacionais ...................................................................................................... 55
Diagramas elétricos ..................................................................................................................... 57
Diagrama funcional................................................................................................................. 57
Diagrama Multifilar................................................................................................................. 57
Diagrama unifilar. ................................................................................................................... 58
Diagrama trifilar. .................................................................................................................... 59
Memorial descritivo .................................................................................................................... 61
Normas da ABNT aplicáveis a sistemas fotovoltaicos ................................................................. 61
Termos e definições ................................................................................................................ 61
Classificação dos sistemas fotovoltaicos ..................................................................................... 62
Quanto à interligação com o sistema público de fornecimento de energia elétrica ............. 62
Quanto à configuração ........................................................................................................ 62
Exemplos de sistemas fotovoltaicos ........................................................................................ 62
Fabricantes e Certificação INMETRO .......................................................................................... 63
O que são os certificados para painéis solares?...................................................................... 64
Quais são as principais dificuldades para a obtenção dos certificados para painéis solares?
............................................................................................................................................. 64
Distribuidores .............................................................................................................................. 66
Maior empresa instaladora de energia solar do Brasil ........................................................... 66
Maior marketplace de energia solar do Brasil ........................................................................ 66

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Energia Elétrica Fotovoltaica Você sabe o que é?

Antes de falar sobre energia elétrica fotovoltaica, você sabe dizer o que significa a
palavra ENERGIA?
Muitos irão falar somente da energia elétrica, mas o significado da palavra no
meio cientifico vai muito além disso, ela é definida como um "potencial inato para
executar trabalho ou realizar uma ação", podemos dizer que a energia é qualquer
coisa que esteja executando uma ação, movendo, aquecendo ou transformando
tipos de energia, como por exemplo uma hidroelétrica que transforma a energia
potencial e gravitacional em energia mecânica, que por vez é transformado em
energia elétrica.
Um outro exemplo que não devemos esquecer e é a principal fonte de energia
conhecida que é o sol, pois sem essa energia a vida desapareceria. Dito isso
concordamos que usamos energia em tudo, para mover-se, para esquentar nossos
lares e etc.
A energia é, por tanto, o que faz funcionar as tudo, e sabemos que pra gerar
energia elétrica possui uma gama de fontes de energia onde, ao mesmo tempo, que
algumas são poluentes e que prejudicam o planeta, existe outras fontes de energias
que são limpas.
Uma dessas fontes de energia limpa é a energia solar onde oferece uma grande
vantagem sobre as demais por não ser poluente e ser inesgotável. Acredita -se que
o sol tem combustível para apenas cinco milhões de
anos, pois a sua característica de abundância não é cem
por cento verdade.
Em sua superfície o sol é encontrado a uma temperatura
superior aos 5000 graus centígrados, devido às
complexas reações de perda de massa, é liberada a
energia do sol, a qual é transmitida ao exterior através da
radiação solar. Esta energia atravessa uns 150 milhões de
quilômetros através do espaço para chegar a Terra.
O calor viaja na forma de raios (raios térmicos) e esta
forma de energia é conhecida como radiação térmica.
Isto significa que quanto mais raios térmicos sejam
absorvidos por um corpo, maior será sua temperatura.
Porém, nem todos os objetos aquecem por igual (os de
cor preta aquecem mais que os brancos quando expostos
ao sol).
Uma fonte de energia elétrica derivada do sol é a energia solar fotovoltaica, sendo considerada
uma fonte alternativa, limpa e sustentável, o seu funcionamento é em função do índice de

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radiação solar nos módulos fotovoltaicos (placas solares), sendo que quanto maior a irradiação
do sol sobre a placa mais ela gerará energia elétrica.

A radiação solar é composta por partículas energéticas conhecidas como fótons, os quais são
absorvidos por uma célula fotovoltaica que transporta sua energia a um elétron que acaba em
um circuito elétrico (neste momento se cumpre o princípio da transformação de energia).

Existem dois tipos de instalações fotovoltaicas:

Aquelas que são separadas da rede elétrica são conhecidas como OFF GRID e são utilizadas
quando a rede de distribuição elétrica está longe dos pontos de consumo ou de difícil acesso.
São utilizadas especialmente em algumas casas rurais ou em sistemas de comunicação remota.

As instalações conectadas à rede elétrica são conhecidas como ON GRID (Grid-tie), pela qual a
eletricidade limpa que é gerada é introduzida na rede das companhias elétricas ou são
agrupadas nos módulos fotovoltaicos para gerar eletricidade em grande escala nas centrais
fotovoltaicas.

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As principais vantagens e desvantagens de cada sistema descrito acima:

SISTEMA VANTAGENS DESVANTAGENS


Pode ser utilizado em regiões remotas
Necessita da utilização de baterias
por ser independente da rede
e controladores de carga
de distribuição de energia
OFF GRID Não há necessidade de pagar Custo mais elevado por
conta de luz conta das baterias
Possui sistema de armazenamento
Menos eficiente
de energia
Dispensa a utilização de baterias
Necessita do acesso à
e controladores de carga rede de distribuição
Possibilita ao consumidor adquirir Não há sistema de armazenamento
créditos de energia de energia
ON GRID
Necessidade de pagar conta
Créditos podem ser usados
de luz quando a demanda for maior
em outra unidade consumidora
que a produção e não houverem
do mesmo proprietário
créditos disponíveis

Algumas outras vantagens em se utilizar este tipo de sistema de fonte renovável:

A não dependência energética de fontes poluentes;

Não Polui e o impacto ambiental é minúsculo comparado a outros tipos;

Uma real economia, pois, a fonte geradora é gratuita e abundante;

Sua eficiência pode ter uma durabilidade de 25 anos;

Sua manutenção é mínima, geralmente apenas limpando os módulos;

Possibilidade de mudança do modelo energético global.

Além da energia solar


fotovoltaica, existe
atualmente outros sistemas
que utilizam o sol para gerar
energia elétrica, um deles é
chamado de energia
HELIOTÉRMICA (ou
TERMOSSOLAR), onde ela
utiliza espelhos para refletir
luz do sol focando em um
único ponto como se fosse
uma lupa, para aquecer um
fluido pra gerar vapor,
funcionando como uma espécie de caldeira.

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Fóton, o que é?
E como ele se influência no sistema Fotovoltaico

Fóton é classificado como uma partícula de energia na forma de radiação eletromagnética. É


emitido ou absorvido pela matéria.

A luz é formada por partículas elementares que são denominados fótons. Ou seja, um fóton
representa uma espécie de pacote, responsável pelo transporte da energia contida nas
radiações eletromagnéticas, sendo assim, um fóton surge quando ocorre a transição entre
estados de energia diferentes.

Dessa forma, os átomos presentes na energia passam para uma forma mais externa, que antes
se encontravam no interior da força energética. Quando isso ocorre, a produção de luz é
gerada e o fóton é responsável por transportar essa energia.

Com a evolução da Teoria da Relatividade, desenvolvida por Einstein, a variação da energia é


dada de acordo com a massa. Assim, para definir a massa, utiliza-se a equação E = m × c 2.
Quando as equações são igualadas, então, é possível definir qual a massa que uma partícula de
fóton emite.

História do fóton
Um dos primeiros cientistas a exemplificar conceitos sobre a luz foi Isaac Newton, que
acreditava que a luz era composta por pequenas esferas. Nesse sentido, reflexão e difração
(caracterizadas como fenômenos ondulatórios) se formavam por colisões das esferas contidas
na luz.
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Direção de ondas-partículas
Antes disso, em 1801, o físico britânico Thomas Young, constatou que a luz era
formada por ondas eletromagnéticas e a partir disso, no século XX, Einstein
comprovou que a luz possui características de onda e ao mesmo tempo de partícula,
inclusive, para essa partícula, o físico deu o nome de partícula luminosa de fóton.
E por meio dos estudos, Einstein viu que, como qualquer outra partícula, o fóton
possuía uma relação de energia (E) com a frequência (F) de emissão. No caso, a energia
e frequência da luz eram explicadas pela constante de Planck (h). Assim, foi definida a
seguinte equação:

E=h×f
Surgimento do fóton
Quando o estado de energia está em ação, os elétrons passam de uma camada mais
interna para outra camada, a externa. Com isso, a energia volta para o estado inicial e
ocorre a transição do elétron presente em dois estados energéticos diferentes.
A teoria da relatividade, por exemplo, explica que a energia é variante em relação à
massa. Isso se explica por conta da equação proposta por Einstein, em que E =
m × c2.
Neste caso, quando as equações são igualadas, a massa do fóton emitido na luz pode
ser determinada.

Quando o fóton atinge um elétron no extado excitado ele é estimulado a emitir outro
elétron, mudando o estado de energia
Entretanto, vale lembrar que a massa do fóton não fica em repouso. Ou seja, como a
partícula é responsável por transportar energia, os fótons surgem com a velocidade da
luz. Assim, quando a massa precisa ser calculada, deve-se igualar as equações em
movimento, sendo que, sem movimento, não existe massa nos fótons. Nesse sentido,
a velocidades das partículas de fótons é determinada pela fórmula:
h×f h
p=m×c= =
c λ

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Ou seja, quanto maior for a frequência emitida, maior será a energia e,


consequentemente, é o impulso que o fóton tem no transporte das ondas
eletromagnéticas.

Efeito fotoelétrico
O efeito fotoelétrico ocorre quando o fóton interage com algum tipo de matéria. Ou seja,
o metal absorve um fóton e, caso o elétron possua carga relativamente baixa, ele é
liberado no transporte de energia e para esse tipo de efeito, é dada a equação:
K = h×f−φ

Nesse sentido, K representa a energia que o elétron produz quando é liberado. Enquanto
isso, h × f simboliza a energia do fóton, que depende da velocidade. Assim, a massa dos
fótons só é possível quando há movimento da partícula.

Fótons no dia a dia


As células fotoelétricas estão presentes em diversas atividades do cotidiano,
principalmente àquelas ligadas à tecnologia. Um exemplo muito comum são as portas
de elevadores que utilizam o efeito fotoelétrico para abrir e fechar.
Outro exemplo são as lâmpadas que acendem de forma automática e que dependem, por
exemplo, da luminosidade do local. Sendo assim, existe um medido de atividades
fotoelétricas denominado fotômetro.
O fotômetro é muito utilizado em fotografias, por exemplo, isso porque, é por meio dele
que os fotógrafos analisam as condições ideias em que a fotografia desse ser tirada.

Visto isso, os fótons se classificam como uma energia de radiação eletromagnética


que é emitida ou absorvida pela matéria. Além disso, é possível ver a ação dos fótons em
raios gama, luzes ultravioletas, na luz visível e na luz infravermelha, por exemplo.
Vale lembrar que, em repouso, os fótons não possuem massa e sempre se movem
na velocidade da luz.

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Noções de geometria solar

A carta solar é uma representação gráfica dos percursos aparentes do sol na abóbada celeste
ao longo do dia em diferentes épocas do ano. Estes percursos são identificados através da
transposição do azimute e da altitude solar sobre o plano, assim pode-se analisar a trajetória
solar durante o ano em diferentes horários.

Essa análise é de suma importância para fazer um sistema fotovoltaico considerando que o
mal dimensionamento reduz a captação dos raios solares e compromete a produção de
energia elétrica pelo módulo solar fotovoltaico, comprometendo o sistema.

O ideal é que a instalação permita que os raios solares incidam o mais perpendicularmente
possível à superfície do módulo. Ou seja, o ângulo de inclinação dos módulos fotovoltaicos
deve permitir que o maior fluxo de radiação incida sobre o painel solar fotovoltaico mais
perpendicular possível.

Para isso fixamos melhor a ideia precisamos entender o movimento de translação da terra no
sistema solar, onde a terra executa o movimento de rotação (gira em torno do próprio eixo no
sentido anti-horário, ou seja, do oeste para leste), e graças a esse movimento a luz solar vai
progressivamente iluminando diferentes áreas na superfície terrestre, e durante o ano, a
iluminação do Sol não é igual em todos os lugares da Terra, pois o eixo imaginário, em torno
do qual a Terra faz a sua rotação, tem uma inclinação de 23º 27’, em relação ao plano da
órbita terrestre, e devido a esta inclinação expõe ao sol vários locais do mundo em momentos
diferentes, dando-se assim os dias e as noites.

Um observador em local qualquer verá o sol descrever uma trajetória no céu nascendo ao
leste e se pondo a oeste.

O movimento de translação corresponde ao movimento da terra em torno do sol de forma


elíptica, e pelo fato de haver uma inclinação da terra em relação ao plano da sua órbita elíptica
impõe as estações nos dois hemisférios, Norte e Sul.

A posição angular do sol ao meio dia solar, em relação ao equador é chamada de Declinação
Solar (δ).

A declinação varia de acordo com o dia do ano, com valores entre: -23°27” ≤ δ ≤ 23°27”, sendo
positivo ao Norte e negativo ao Sul.

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Com isso temos o que chamamos de solstícios e equinócios que modificam a exposição do
globo terrestre em relação a radiação vinda do sol, fatores esses que são importantes para o
desenvolvimento de qualquer projeto de energia solar fotovoltaica, pois ao avaliarmos o
recurso solar disponível é que poderemos dimensionar o sistema solar fotovoltaico adequado.

Os solstícios são épocas onde os hemisférios norte e sul são desigualmente iluminados, assim
podemos dizer que:

Solstícios de Verão: Os dias são mais longos que as noites;

Solstício de inverno: as noites são mais longas que os dias.

Os equinócios são épocas em que os hemisférios norte e sul são igualmente iluminados. As
durações dos dias e das noites são iguais nos dois hemisférios.

Para reconhecer e avaliar uma carta solar, são 4 conceitos:

ZÊNITE – Ponto mais alto em relação a ponto sobre em que situa o observador;

NADIR – Ponto máximo inferior em relação ao


ponto sob em que situa o observador;

AZIMUTE – Seria a relação angular da linha do


norte com a linha de posição do sol;

ALTURA SOLAR – Relação do horizonte com a


posição do sol.

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Altitude ou Altura Solar


Como mapa a carta solar precisa mostrar ao projetista a altura do sol em um
determinado ponto. Para que você possa identificá-lo basta verificar em que círculo ele
se encontra.
No caso, se o ponto estiver no círculo maior corresponde ao ponto mais baixo. Se o
ponto estiver no centro, corresponde ao ponto mais alto (zênite).
Cada círculo está distribuído de 10° em 10° graus.

Azimute
O azimute é a distância angular entre o Norte e um determinado ponto na carta solar.
Sempre no sentido horário. Na carta solar o azimute está representado por várias linhas
diagonais que surgi do centro e vai até a borda formando um “circulo”. Cada azimute
também está distribuído de 10° em 10° graus.

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Trajetória Solar
A trajetória solar é o caminho que a sol percorre ao longo do
ano. Por isso que há na extremidade os dias e meses
referente a trajetória.

A partir dessa trajetória você também poderá identificar os


solstícios de inverno e verão e os equinócios de outono e
primavera. No entanto, durante o processo criativo você
deve dar prioridade aos solstícios.

Horário
Na carta solar você encontrará os horários em que o sol
estará ativo. A partir daí, você poderá identificar que em
alguns momentos do ano o dia começa antes das 6 da manhã
já em outros momentos ele termina um pouco depois das 18
horas.
Quando for projetar, também é importante considerar os
horários em que o sol está mais ativo (geralmente das 10 as
16 horas), e principalmente entre 12 e 13 horas onde a
produção alcançara seu pico máximo.

A figura ao lado simboliza uma pessoa, e


área de visão dela chamado de abóboda
celeste. a parte branca é a parte visível e
a escura a parte não visível.

A linha verde simboliza como o sol


circunda a pessoa.

O Sol fornece anual-mente, para a


atmosfera te-rrestre, 1,5 x 1018 kWh
de energia. Trata-se de um valor
considerável, correspondendo a 10000
vezes o consumo mun-dial de energia
neste período.

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Este fato vem indicar que, além de ser


responsável pela manutenção da vida na
Terra, a radiação solar constitui-se numa
inesgotável fonte energética, havendo um
enorme potencial de utilização por meio
de sistemas de captação e conversão em
outra forma de energia (térmica, elétrica,
etc.).

Uma das possíveis formas de conversão da


energia solar é conseguida através do
efeito fotovoltaico que ocorre em
dispositivos conhecidos como células
fotovoltaicas.
Estas células são componentes
optoeletrônicos que convertem
diretamente a radiação solar em
eletricidade e são basicamente
constituídas de materiais semicondutores, sendo o silício o material mais empregado.

Radiação Solar: Captação e Conversão


O nosso planeta, em seu movimento anual em torno do Sol, descreve em trajetória elíptica um
plano que é inclinado de aproximadamente 23,5º com relação ao plano equatorial. Esta
inclinação é responsável pela variação da elevação do Sol no horizonte em relação à mesma
hora, ao longo dos dias, dando origem às estações do ano e dificultando os cálculos da posição
do Sol para uma determinada data.

A posição angular do Sol, ao meio dia solar, em relação ao plano do Equador (Norte positivo) é
chamada de Declinação Solar (d), varia, de acordo com o dia do ano, dentro dos seguintes
limites:

-23,45° < d < 23,45°

A soma da declinação com a latitude local determina a trajetória do movimento aparente do


Sol para um determinado dia em uma dada localidade na Terra.

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A radiação solar que atinge o topo da atmosfera terrestre provém da região da fotosfera solar
que é uma camada tênue com aproximadamente 300 km de espessura e temperatura
superficial da ordem de 5800 K.

Porém, está radiação não se apresenta como um modelo de regularidade, pois há a influência
das camadas externas do Sol (cromosfera e coroa), com pontos quentes e frios, erupções
cromosféricas, etc.

Apesar disto, pode-se definir um valor médio para o nível de radiação solar incidente
normalmente sobre uma superfície situada no topo da atmosfera. Dados recentes da WMO
(World Meteorological Organization) indicam um valor médio de 1367 W/m2 para a radiação
extraterrestre.

Fórmulas matemáticas permitem o cálculo, a partir da constante solar, da radiação


extraterrestre ao longo do ano, fazendo a correção pela órbita elíptica.

A radiação solar é radiação


eletromagnética que se
propaga a uma velocidade
de 300.000 km/s, podendo-
se observar aspectos
ondulatórios e
corpusculares.

Em termos de
comprimentos de onda, a
radiação solar ocupa a faixa
espectral de 0,1mm a 5 mm,
tendo uma máxima
densidade espectral em 0,5
mm, que é a luz verde.

É através da teoria
ondulatória, que são definidas para os diversos meios materiais, as propriedades na faixa solar

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de absorção e reflexão e, na faixa de 0,75 a 100 mm, correspondente ao infravermelho, as


propriedades de absorção, reflexão e emissão.

A energia solar incidente no meio material pode ser refletida, transmitida e absorvida. A
parcela absorvida dá origem, conforme o meio material, aos processos de foto conversão e
termo conversão.

Radiação Solar a Nível do Solo


De toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fração
atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera.
Esta fração que atinge o solo é constituída por um componente direta (ou de feixe) e por uma
componente difusa.

Notadamente, se a superfície receptora


estiver inclinada com relação à horizontal,
haverá uma terceira componente refletida
pelo ambiente do entorno (solo,
vegetação, obstáculos, terrenos rochosos,
etc.). O coeficiente de reflexão destas
superfícies é denominado de albedo.

Antes de atingir o solo, as características


da radiação solar (intensidade,
distribuição espectral e angular) são
afetadas por interações com a atmosfera
devido aos efeitos de absorção e
espalhamento. Estas modificações são
dependentes da espessura da camada

atmosférica, também identificada por um coeficiente


denominado massa de ar (AM), e, portanto, do ângulo Zenital
do Sol, da distância Terra-Sol e das condições atmosféricas e
meteorológicas.

Devido à alternância de dias e noites, das estações do ano e


períodos de passagem de nuvens e chuvosos, o recurso
energético solar apresenta grande variabilidade, induzindo,
conforme o caso, à seleção de um sistema apropriado de
estocagem para a energia resultante do processo de
conversão.

Observa-se que somente a componente direta da radiação


solar pode ser submetida a um processo de concentração dos
raios através de espelhos parabólicos, lentes, etc. Consegue-se
através da concentração, uma redução substancial da
superfície absorvedora solar e um aumento considerável de sua temperatura.

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Irradiação solar
É a propagação de energia sem a necessidade de meio material. É a quantidade de
radiação solar em determinado intervalo de tempo. Geralmente, é medida em watt por
hora por metro quadrado (Wh/m²).
O Brasil é um dos países com maior incidência de raios solares ao ano, especialmente
os estados da região Nordeste, que apresentas os maiores valores de irradiação solar
global (relação entre maior média e menor variabilidade). Entre o centro, semiárido, da
Bahia e o noroeste de Minas Gerais, a média anual é de 6,5kWh/m²/dia. No País, a
média fica entre 4.500 Wh/m² e 6.300 Wh/m², de acordo com dados do Atlas Brasileiro
de Energia Solar.

É um potencial energético
riquíssimo e que somente nos últimos anos passou a ser explorado. Principalmente após
criação do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (Resolução 482/2012 da
Aneel) e instituição da Resolução Normativa 687/2015, que, entre outros benefícios,
fomenta a compra e a instalação de painéis e outros componentes para micro e
miniusinas fotovoltaicas residenciais.

Insolação
Vem da palavra inglesa insolation (incoming solar radiation, radiação solar entrante). É
a medida da irradiação solar em uma superfície por unidade de tempo. A unidade de
medida mais comum é o watt por metro quadrado (W/m²).
Quanto à insolação atmosférica, trata-se da insolação no topo da atmosfera terrestre.

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Absorção
A figura a lado mostra raios incidindo a 90º,
abrangendo uma faixa com 1 milha de
largura. E outros raios incidindo a 30º que,
por sua vez, abrangem o dobro da largura
Os raios solares que incidem em um objeto
são, geralmente, absorvidos e os restantes
refletidos. A parcela absorvida é
transformada em energia térmica,
aumentando a temperatura do objeto, e/ou
química. Existem mecanismos capazes de
utilizar de forma diferente essa radiação, assim como células solares e plantas.
A proporção entre raios absorvidos e refletidos depende, entre outros fatores, do albedo
da superfície. Outro fator importante é o ângulo de incidência dos raios solares.
Quanto menor o ângulo entre os raios incidentes e a superfície do objeto, maior a área
de absorção. Logo, a insolação, por unidade de área, diminui com o cosseno deste
ângulo.

Insolação terrestre
A insolação direta terrestre é o resultado da diferença entre a constante solar e as perdas
devidas a dispersão e reflexão ocorridas na atmosfera. Os limites mais externos da
atmosfera terrestre recebem aproximadamente 8,2 Jmin/cm² de radiação solar. Numa
escala global, a distribuição desigual da insolação é a causa fundamental da circulação
atmosférica e de muitos fenômenos climáticos, através do mecanismo polar de
transferência de calor.
Variações na insolação também podem causar mudanças climáticas (como acontece no
global dimming).

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Celular fotovoltaicas
Uma célula fotovoltaica é um dispositivo responsável por converter a energia luminosa em
energia elétrica. Um conjunto de células fotovoltaicas encapsuladas forma os chamados
módulos fotovoltaicos – também conhecido como placas solares ou painéis fotovoltaicos.

As células são produzidas com material semicondutor que, através do efeito fotovoltaico,
convertem a radiação solar em energia elétrica.

Há vários tipos de células fotovoltaicas, ou seja, que utilizam tecnologias e/ou materiais
diferentes, mas a mais popular (usada pelos fabricantes de painéis solares) é a que utiliza o
silício cristalizado.

Essa tecnologia foi a mesma desenvolvida pela empresa Bell Laboratories nos anos 50, e que
foi utilizada em satélites nos anos 60. A maioria das usinas fotovoltaicas e das casas que têm
energia solar fotovoltaica utilizam painéis solares com células de silício cristalizado,
principalmente do tipo policristalino.

Entendendo o Efeito Fotovoltaico


O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez pelo físico francês Alexandre Edmond
Becquerel, em 1839 (utilizando o primeiro componente eletrônico da história) e, devido à
similaridade, foi confundido com o efeito fotoelétrico.

BECQUEREL HERTZ EINSTEIN

O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material, geralmente metálico, quando


exposto à radiação eletromagnética de frequência alta o suficiente (e que varia para cada
material) para que os seus fótons energizem os elétrons do material.

O efeito fotovoltaico é o surgimento de uma tensão elétrica em um material semicondutor,


quando este é exposto à luz visível. Os dois efeitos estão relacionados, mas são processos
diferentes.

Para entender como funciona o efeito fotovoltaico, devemos conhecer o modelo atômico, que
demonstra o comportamento das partículas que compõem um átomo.

Simplificando, é necessário saber que os semicondutores têm a “banda de


valência” completamente cheia e a banda de condução vazia, mas o band-gap dos
semicondutores é de 1eV (um elétron-volt).

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Isso faz com que um semicondutor se comporte como um isolante à 0° Kelvin, mas, com o
aumento da temperatura, começam a conduzir eletricidade, agindo como um condutor. Por
isso o nome: semicondutor, abaixo band-gap de condutores, semicondutores e isolantes

Ao receber fótons de radiação eletromagnética com frequência dentro do espectro da luz


visível, os elétrons da banda de valência podem saltar para a banda de condução, produzindo
uma corrente elétrica no interior da estrutura cristalina do semicondutor.

Quando um elétron deixa o seu lugar de origem, fica um buraco que é preenchido por outro
elétron, pelo efeito da recombinação. Essa recombinação de elétrons faz com que o cristal
fique eletricamente neutro. Um semicondutor puro, que não tem impurezas, é chamado de
intrínseco.

Para que seja possível aproveitar essa


corrente elétrica do interior de um
semicondutor intrínseco, é necessário
perturbar a sua formação cristalina. Isso
é feito adicionando-se elementos
químicos que atrapalharão a ligação
atômica do semicondutor.

Esse processo se chama dopagem. Para


exemplificar, vamos detalhar o processo
de dopagem do semicondutor silício.

Na figura ao lado vemos o cristal de


Silício intrínseco (puro)

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O Processo de Dopagem
O silício possui quatro elétrons de valência e necessita de mais quatro átomos vizinhos para
formar uma ligação covalente. Se inserirmos um elemento de 5 elétrons de valência (ex.:
fósforo ou arsênio) o quinto elétron ficará fracamente ligado ao átomo de origem e, quando o
semicondutor estiver à temperatura ambiente, esse elétron ficará livre, fazendo com que o
cristal de silício dopado com esse material fique negativamente carregado. Esse é um
semicondutor do Tipo N.

Se ao silício for adicionado um


dopante com 3 elétrons de
valência, ficará faltando um
elétron na estrutura cristalina.
Em temperatura ambiente,
com a liberação de elétrons, o
semicondutor ficará
positivamente carregado se
tornando um semicondutor do
Tipo P.

Dopagem com fósforo

Para formar uma célula solar (ou um diodo)


são unidos os dois tipos de semicondutor.
Na área da união, chamada de Junção-PN,
os elétrons livres do semicondutor tipo N
migrarão para o semicondutor tipo P para
ocuparem esses espaços.

Essa migração não ocorre indefinidamente,


pois forma-se um campo elétrico na área de
junção que impede que os elétrons Dopagem com boro
continuem fluindo.

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Representação do Efeito Fotovoltaico

Ao receberem fótons de luz visível, os elétrons são energizados, mas não conseguem fluir da
camada N para a camada P. Se ligarmos as duas camadas externamente, podemos aproveitar
a corrente elétrica que se forma na passagem dos elétrons de uma camada para outra.

É assim que funciona uma célula fotovoltaica, abaixo podemos conferir a representação do
funcionamento de uma célula fotovoltaica de silício cristalizado

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Tipos de Células Fotovoltaicas


A célula solar clássica. É composta de uma lâmina de silício purificado dopada, ao mesmo
tempo, com boro e fósforo. A parte dopada com fósforo, do tipo N, fica exposta ao sol. A parte
dopada com boro, do tipo P, fica na parte inferior da célula, e é maior que o tipo N.

São colocados contatos frontais e traseiros, sendo que os contatos frontais, sobre a parte tipo
N, causam sombra e reflexão, diminuindo a eficiência da célula.

Seria teoricamente possível diminuir as perdas por reflexão, diminuindo a quantidade de


contatos frontais mas, quanto menos condutores para captar os elétrons liberados pelo efeito
fotovoltaico, mais elétrons serão recombinados nos átomos de silício, após perderem a
energia adquirida que é transformada em calor, fazendo com que a célula seja ainda mais
ineficiente.

Temos então uma relação de máxima eficiência, quando a célula tem o máximo de contatos
frontais possível, mas tem a menor área possível.

Células Fotovoltaicas de silício cristalizado

As células fotovoltaicas de silício cristalizado absorvem a radiação solar em uma faixa muito
estreita do espectro da radiação.

Fótons com energia superior à necessária (próximos à luz ultravioleta, com frequência mais
alta) concedem energia em excesso, que será transformada em calor. Fótons com energia
inferior à necessária (próximos à luz infravermelha, com frequência mais baixa) não concedem
energia suficiente para a liberação dos elétrons de sua orbita, e essa energia é convertida em
calor.

Mesmo dentro da faixa aproveitável, apenas uma parte dos fótons têm a energia correta para
o efeito, e os fótons com mais energia contribuem com maior geração de calor.

Com o calor, as células fotovoltaicas de silício cristalino perdem eficiência, pois a tensão da
célula cai e, portanto, a potência que essa pode gerar cai também.

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Aproveitamento da radiação solar (abaixo da atmosfera) por células fotovoltaicas

Na área da junção PN há um gradiente elétrico que contribui para aumentar as perdas na


conversão fotovoltaica. Durante a fabricação de um módulo fotovoltaico, a conexão das
células fotovoltaicas em série também aumenta as perdas, pois a resistência entre as ligações
é somada.

Célula Fotovoltaica de Silício Monocristalino


Para a fabricação das células monocristalinas, o silício purificado (mas em forma de policristal)
tem que ser transformado em um único cristal, que pode ser obtido através de um “processo
de cultura de cristais”.
Um dos mais conhecidos é o Método Czochralski (desenvolvido pelo químico polonês “Jan
Czochralski”), que consiste em derreter novamente o silício em um cadinho (representado na
figura abaixo) de quartzo, em temperatura em torno de 1420 °C.

Uma semente do monocristal de silício é inserida no cadinho e, à medida que o mosto é


resfriado, o cadinho e a semente giram.

O cristal semente é vagarosamente erguido do cadinho, orientando a formação de um novo


cristal único de silício (monocristal) de aproximadamente 30 cm de diâmetro, até vários
metros de comprimento.

Detalhe de um forno de fundição (cadinho) similar aos utilizados para a ‘cultura’ de


monocristais de silício – fonte: FUMEP

Esse monocristal será cortado em um formato (semi) quadrado e depois fatiado em lâminas
(chamadas de waffers), com espessura de aproximadamente 0.3 mm.

O pó de serragem, liberado durante a serragem, é derretido novamente junto com as partes


cônicas (bordas) do cilindro de silício. As lâminas serão tratadas quimicamente para a remoção
de rebarbas, que apara até 0,01 mm de cada lado.

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Começando com as lâminas já devidamente dopadas com boro, ou seja, do tipo P, será criada
uma camada superior do tipo N, através do processo de difusão de vapor de fósforo em um
forno de difusão a temperaturas em torno de 800°C a 900 °C, criando a junção PN.

Depois de aplicada uma camada de material antirreflexo, serão impressos os contatos frontais
e traseiros, e por fim as células são cortadas nas laterais para a remoção de possíveis
causadores de curtos-circuitos.

Célula Fotovoltaica de Silício Policristalino

O silício purificado, como explicado anteriormente, é derretido em um cadinho de quartzo e


moldado em forma de cubo e, através de um processo controlado de aquecimento e
resfriamento, o bloco se solidifica em uma única direção, de maneira a conseguir uma
formação cristalina o mais homogênea possível.

Como o silício cristaliza livremente, há a formação de vários cristais, por isso o nome
policristalino.

Os vários cristais aumentam as perdas por recombinação, fazendo com que as células de silício
policristalino sejam levemente menos eficientes que as de silício monocristalino.

Durante o processo de solidificação são criados lingotes de silício policristalino


que serão serrados em barras, utilizando uma serra fio e depois cortados em lâminas
(waffers) de aproximadamente 0.3 mm de espessura, mais uma vez por uma serrafio.
Todo esse processo de serragem provoca perdas de material na forma de pó de
serragem. O silício já é dopado com a impureza tipo P (geralmente boro) durante a
purificação. Após a serragem e limpeza, as lâminas serão dopadas com fósforo (em
apenas uma face) e será aplicada uma camada de material antirreflexo (que aumentará a
absorção luminosa). Por fim, serão impressos os contatos frontais e traseiros.

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Células Fotovoltaicas de Silício Policristalino

Célula Fotovoltaica de Película Fina (Thin Film)


As células fotovoltaicas de película fina foram a promessa para baratear o custo dos
módulos fotovoltaicos, desde os anos 90. Devido a vários fatores, não conseguiram substituir
o silício cristalizado como padrão para produção das células fotovoltaicas.

Um dos principais motivos é que as modernas técnicas de obtenção de silício grau solar, a
utilização do “silício multicristalino” e a produção em larga escala permitiram grande
redução de custos.

Vantagens da Célula Solar Thin Film


As células de película fina utilizam muito menos matéria-prima e energia para sua fabricação,
não tem restrições de tamanho e forma e podem até mesmo serem flexíveis e transparentes.

Devido às suas características de absorção da luz, camadas muito finas, de menos de


0,001mm, são teoricamente suficientes para a conversão da radiação solar.

Os átomos dos materiais utilizados são mais susceptíveis à contaminação por “átomos
estranhos”. Isso significa que é mais fácil de “dopar” esse material, e assim obter o
semicondutor (tipo P ou tipo N), o que reduz seus custos na medida em que utiliza menos
material em sua fabricação.

Comparadas à tecnologia de fabricação do silício amorfo, as tecnologias de película fina


consomem muito menos energia.

Enquanto a temperatura de manufatura do silício cristalizado fica em torno de 1.500 °C, a


temperatura de produção das películas finas está entre 200 °C e 600 °C.

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Desvantagens da Célula Solar Thin Film


A principal desvantagem das tecnologias de película-fina, se comparadas ao silício cristalizado,
está na menor eficiência.

Além disso, o silício cristalizado vive mais tempo – com fabricantes dando até 20 anos de
garantia de eficiência mínima – enquanto os fabricantes das células fotovoltaicas de películas
finas garantem em torno de 10 anos.

Cada uma das tecnologias apresentadas tem suas desvantagens, quando comparadas à
tecnologia de silício cristalizado.

Célula Fotovoltaica de Silício Amorfo

Representação da forma construtiva de uma célula de silício amorfo

O silício amorfo (sem forma) não possui uma estrutura cristalina, mas sim uma rede irregular.
Devido a isso, ocorrem ligações livres que absorvem o hidrogênio até a sua saturação.

O silício amorfo hidrogenado (a-Si:H) é criado em reatores de plasma, pela deposição de silano
gasoso (SiH4), em temperaturas entre 220 °C e 250 °C.

O dopante é adicionado pela mistura de gases que contém o devido material: o diborano
(B2H6 – hidreto de boro) para o tipo P, e o fosfina (PH3 – hidreto de fósforo) para o tipo N.

Devido à pequena extensão da difusão do a-Si:H dopado (pois é uma película extremamente
fina), os elétrons e buracos livres na junção-PN não sobrevivem tempo suficiente para gerar
uma corrente elétrica externa (devido à recombinação dos elétrons).

Por isso, uma camada de a-Si:H intrínseco (não dopado) é colocada entre camadas de a-Si:H do
tipo N e do tipo P, na qual as cargas elétricas duram mais tempo. É nessa camada que acontece
a absorção da luz e liberação dos elétrons.

Como contatos frontais, podem ser utilizados o Óxido de Estanho (SnO), o Óxido
de Estanho e Índio (ITO – do inglês: Indium Tim Oxide) ou o Óxido de Zinco (ZnO).

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Se os materiais forem depositados na parte frontal do vidro, como mostrado na figura, será
criada uma estrutura do tipo p-i-n (tipo P; tipo-I, de intrínseco; tipo N).

Os materiais podem ser depositados em uma sequência inversa (n-i-p) na parte traseira do
substrato. Isso permite que sejam criados módulos fotovoltaicos flexíveis em substrato leves
não transparentes, como plástico ou metal, que são mais adequados à colocação em telhados.

A principal desvantagem do silício amorfo está na sua baixa eficiência, que diminui ainda mais
durante os primeiros 6 a 12 meses de operação, devido à degradação induzida pela luz
(através do efeito Staeble Wronsky), antes de se estabilizar e alcançar a potência nominal de
operação.

Alguns fabricantes produzem células empilhando as estruturas p-i-n umas sobre as outras.

Com essa técnica, é possível criar células que aproveitam uma parte maior do espectro da
radiação solar, otimizando cada camada para uma banda de cor específica, através da mistura
com outros materiais, por exemplo, o germânio (a-SiGe).

Além disso, células empilhadas sofrem menos os efeitos de envelhecimento, e as camadas de


a-Si:H do tipo-I são mais finas e, consequentemente, menos susceptíveis à degradação pela
luz.

Célula Fotovoltaica Disseleneto de Cobre Índio e Gálio (CIGS)

Representação de uma célula CIGS

Para a fabricação das células solares CIGS, o substrato de vidro é inicialmente revestido com
uma fina camada de molibdênio em um processo de pulverização catódica.

A camada do tipo P de CIGS pode ser fabricada pela vaporização simultânea dos
elementos cobre, índio, gálio e selênio em uma câmara de vácuo, sob temperaturas entre
500°C e 600°C.

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Ou pela pulverização desses elementos em camadas individuais e em temperatura ambiente,


com posterior cozimento rápido em temperatura de 500°C.

Como contato frontal transparente, é utilizado o óxido de zinco dopado com alumínio (ZnO:al),
que é do tipo N. Entre os dois tipos de semicondutor (P e N), é colocada uma camada de óxido
de zinco intrínseco e uma camada de sulfato de cádmio, o que ajuda a reduzir perdas
provocadas pela combinação entre o oxido de zinco e o CIGS.

Diferentemente do silício amorfo, as células de CIGS não sofrem degradação sob a ação da luz.
Mas é necessário um selamento robusto, para evitar a degradação do óxido de zinco, o que
inutilizaria o módulo.

Células Fotovoltaicas CIGS

As Placas Solares com células fotovoltaicas CIGS são os mais eficientes, dentre as tecnologias
de película fina, apresentando até 11% de eficiência.

Infelizmente o seu custo não está tão baixo quanto o do silício, além do uso de índio, que é um
material raro, altamente requisitado pela indústria de smartphones. O índio é o componente
principal das telas táteis (touchscreen) capacitivas.

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Célula Fotovoltaica de Telureto de Cádmio (CdTe)

Representação de uma célula CdTe


As células fotovoltaicas de CdTe são fabricadas em um substrato de vidro, com uma
camada de condutor transparente como contato frontal, onde geralmente é utilizado o
óxido de estanho e índio (OTI).
O contato frontal é revestido com uma finíssima camada de Sulfeto de Cádmio (CdS)
que é um semicondutor do Tipo N, depois com uma camada de Telureto de Cádmio
(CdTe), que é do Tipo P.
Esse procedimento pode ser feito por uma espécie de impressão em tela (silk-screen).
Para fabricar módulos maiores, ou com maior eficiência, pode-se utilizar de disposição
por vaporização em uma câmara de vácuo com temperaturas de aproximadamente
700°C. A junção P-N de CdS-CdTe é ativada quando entra em contato com uma
atmosfera com cloro.
A principal dificuldade para a fabricação de módulos fotovoltaicos utilizando o CdTe é
a toxicidade do cádmio. O Telureto de Cádmio é um composto atóxico, que é tóxico
somente durante o processo de fabricação, o que exige procedimentos rigorosos de
controle. Assim como as células de CIGS, as células de CdTe não se degradam sob a
ação da luz.
Outros Tipos de Células Fotovoltaicas

Além das tecnologias citadas acima, que são as mais ativas comercialmente, existem
outras que são resultado de muita pesquisa e desenvolvimento, mas que por diversos
motivos não alcançaram o mercado liderado pelo silício policristalino.
Dentre as principais tecnologias, podemos destacar as células fotovoltaicas híbridas, as
sensibilizadas por corantes (células orgânicas) e as células solares de Arsenieto de
Gálio, que são as mais eficientes já produzidas.

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Célula Fotovoltaica de Arseneto de Gálio

O composto arseneto de gálio permite a criação das células fotovoltaicas com até 28%
de eficiência. Contudo, o custo de fabricação desse composto inviabiliza o seu uso
terrestre, que foi utilizado apenas em aplicações espaciais para a exploração do sistema
solar.
Ao se afastar do sol a irradiância solar diminui, tornando-se necessário o uso de maior
área de captação, caso se utilizasse as tecnologias comerciais comuns.

Célula fotovoltaica de Arseneto de Gálio – fonte: AltaDevices (www.altadevices.com)


Célula Fotovoltaicas Híbrida

As células fotovoltaicas híbridas são compostas por silício cristalizado e uma (ou
várias) camada de película fina, geralmente silício amorfo. Desta maneira, são capazes
de aproveitar um amplo espectro da radiação solar, se tornando mais eficientes na
conversão da radiação.
Devido ao fato de serem constituídas de mais de uma tecnologia, possuem custo de
produção mais elevado, mas a eficiência fica em torno de 18,5%, o que não torna o seu
preço convidativo.
Célula Fotovoltaica Orgânica
As células fotovoltaicas orgânicas foram apresentadas em 1991 pelo professor
suíço Michael Gratzel, por isso são também chamadas de células Gratzel. As células
orgânicas captam energia do sol de maneira semelhante à forma como as plantas
realizam a fotossíntese, através de um ‘corante’ orgânico, por isso o nome.
A produção das células não é complicada, mas há problemas de estabilidade dos
materiais utilizados para permitir a captação dos elétrons liberados pelo efeito
fotovoltaico.

Comparação entre as Eficiências dos Diferentes Tipos de Célula Fotovoltaica

No fim das contas, temos o percentual da radiação solar que é aproveitada pelas células
fotovoltaicas na tabela abaixo. Os fabricantes trabalham em técnicas de produção

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aprimoradas que visam diminuir as perdas individuais e coletivas das células


fotovoltaicas, para alcançar a máxima eficiência, que hoje já alcança valores em torno
de 16%.
100% Irradiação Solar Total
-3,0% Reflexão e sombreamento dos contatos frontais
-23,0% Fótons com energia insuficiente na irradiância de ondas
compridas
-32,0% Fótons com energia excedente na irradiância de ondas curtas
-8,5% Recombinação de elétrons
-20,0% Gradiente elétrica, especialmente na região do campo elétrico
-0,5% Resistência em série (perdas térmicas na condução elétrica)
= Energia elétrica utilizável
13,0%

É importante não confundir a eficiência das células solares fotovoltaicas com a


eficiência dos módulos fotovoltaicos. O painel solar tem sua eficiência baseada na sua
área total e na potência-pico que consegue fornecer.
A eficiência da célula fotovoltaica determina as dimensões de um módulo fotovoltaico
de potência-pico definida, sendo que, quanto maior é a eficiência da célula, menor será
o tamanho do módulo.
Células fotovoltaicas de diferentes processos (Silício Amorfo, CIS/CIGS, CdTe)
possuem eficiências diferentes, e trabalham espectros diferentes da radiação solar, além
de terem comportamentos distintos com aumento da temperatura, fazendo com que
sejam apropriadas a determinados tipos de instalações fotovoltaicas.
A tabela abaixo resume as diferenças de eficiência de conversão energética entre os
tipos de células fotovoltaicas mais comercialmente ativas:

Comparativo da eficiência entre células fotovoltaicas de diversos materiais –


fontes: GreenPro

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As constantes melhorias nas técnicas de produção têm aumentado a eficiência de conversão


das células fotovoltaicas de silício cristalizado, em especial a do silício policristalino, que é o
mais utilizado atualmente.

Concluindo, podemos ver pelo texto acima que são muitas as tecnologias que utilizam o
processo fotovoltaico e possibilitam transformar a luz do sol em energia elétrica.

O Módulo Fotovoltaico
Por definição, um módulo fotovoltaico (nome correto do que é chamado popularmente de
placa solar) é um conjunto de células fotovoltaicas associadas (geralmente em série) e
encapsuladas com materiais que dão robustez mecânica, permitindo a entrada de luz,
auxiliando no resfriamento e permitindo a associação de vários módulos e sua fixação em uma
estrutura apropriada.

Um típico módulo fotovoltaico (placa solar) feito com células fotovoltaicas de silício
cristalizado (c-Si) tem a estrutura física mostrada na imagem abaixo:

Estrutura
física de um típico módulo fotovoltaico feito com células de silício cristalizado
O que vemos na imagem acima é um “sanduíche” das células fotovoltaicas entre uma lâmina
de vidro, na parte de cima do módulo.

Uma lâmina de elastômero termoplástico (cuja sigla em inglês é TPE, de thermoplastic


elastomer), na parte de baixo.
Entre o vidro, as células fotovoltaicas e o TPE, utiliza-se folhas de etileno acetato
de vinila (também chamado de etil vinil acetato; em inglês: ethylene vinyl acetate; mais
conhecido pela sigla EVA).

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Todo o conjunto é prensado e aquecido em uma laminadora, que unifica permanentemente as


lâminas, e o conjunto, quando perfeitamente laminado, fica extremamente difícil de se
separar.

Ao final do processo é montada a moldura, feita de alumínio, e a caixa de conexão elétrica,


que permite a interligação entre os módulos fotovoltaicos.

Resistência do painel Solar


Os módulos fotovoltaicos devem ser capazes de resistir a diversas condições, como a força dos
ventos, cargas de neve, calor extremo e impacto de granizo.

Para isso devem ser construídos segundo a normas internacionais, que inclui os testes a que as
placas solares devem ser submetidas.

Resistência do Painel Solar ao Granizo


A resistência a granizo é testada através de um dispositivo que dispara esferas de gelo de 25
mm² (com massa de 7,53 gramas) a uma velocidade de 82 km/h.
O teste é feito com 11 impactos, ou seja, são disparadas 11 esferas em diferentes locais do
módulo fotovoltaico (placa ou painel solar), que deve sair intacto, sem quebrar o vidro de
cobertura frontal.

Na vida real os cristais de gelo que formam o granizo são muito menos densos que uma esfera
de gelo, e caem a velocidades bem menores.
Na prática, os módulos fotovoltaicos são extremamente resistentes ao granizo.

Suporte Para Placa Solar


As estruturas de fixação são tão importantes quanto o próprio painel de um sistema
fotovoltaico, pois seu mau desempenho pode invalidar por completo o investimento na
tecnologia.

Uma estrutura de fixação é de vital importância para um sistema fotovoltaico pois é ela que,
assim como o nome deixa claro, fixa os módulos sobre o telhado ou sobre o solo.

As cargas de ventos são um fator muito importante a ser considerado na hora de instalar o
painel fotovoltaico, pois elas projetam sobre as placas (estruturas planas e sem vazão), e
consequentemente sobre a estrutura, um peso excessivo dependendo de sua força.

como a estrutura tem um papel fundamental na resistência ao vento, ela tem que ser medida
e mensurada em túneis de vento para ser forte o suficiente para aguentar tempestades, seja
no telhado ou em solo.

Para garantir que o sistema funcione de forma correta durante a sua longa vida útil
de mais de 25 anos, é recomendável que você adquira uma estrutura de boa qualidade e
com garantia de fabricação.
Outro papel importante do suporte é prover a inclinação ideal dos módulos para
que eles consigam captar a maior quantidade de luz solar possível, aumentando a sua
eficiência e geração.

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A correta orientação permite captar o máximo de energia ao meio dia solar e horas próximas,
assim como melhora a captação anual do painel como um todo, compensando a menor
irradiância nos períodos de inverno.

A inclinação ideal dos painéis fotovoltaicos varia de acordo com a Latitude da localidade, e
também quanto ao tipo de sistema fotovoltaico.

Inversores
Você sabia que o inversor solar é um equipamento essencial em qualquer sistema fotovoltaico
para casas, empresas ou propriedades rurais?

Mesmo assim, muitos consumidores ainda desconhecem essa peça-chave da tecnologia,


frequentemente associada às placas solares sobre o telhado.

Não só isso, mas cada projeto também necessita do tipo certo de inversor e com potência
compatível à do painel solar fotovoltaico.

Por isso, é preciso muito cuidado na hora de escolher esse equipamento para garantir a
segurança e desempenho geral do seu sistema.

O que é o inversor solar?


O inversor solar fotovoltaico é o aparelho responsável por transformar a energia gerada pelo
painel, de corrente contínua para corrente alternada.

Colocando de forma simples, a função do inversor é adaptar a energia gerada pelas placas aos
padrões da nossa rede elétrica.

Ou seja, sem ele, toda a energia gerada pelo painel seria inútil, pois ela não conseguiria
alimentar um imóvel ou seus aparelhos elétricos.

Além disso, é o inversor que direciona o fluxo da energia dentro do sistema e também registra
a geração do painel fotovoltaico.

Como funciona o inversor solar?


Ao contrário das placas fotovoltaicas, o inversor solar não precisa (e nem deve!) ficar exposto
à luz do sol para que funcione.

Embora tenha uma aparência externa simples, com poucos ou nenhum botão, seu interior
contém muitos componentes, interruptores e chaves eletrônicas, como transistores IGBT
(Transistor Bipolar de Porta Isolada), IGCT (Portão Integrado Controlado) ou MOSFET
(Transistor de Efeito de Campo Metal – óxido – semicondutor).

Por meio de sinal Wi-Fi, o inversor é capaz de enviar os dados de geração do sistema e você
pode acompanhar através de aplicativos para smartphones ou computadores.

Alguns modelos possuem um visor exterior que também permite acompanhar


esses dados diretamente no equipamento.
Embora todos os inversores funcionem da mesma forma para transformar a
energia das placas, a maneira como eles são instalados e como lidam com essa energia
varia de acordo com cada tipo.

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Tipos de inversor solar


Cada tipo de instalação fotovoltaica necessita do inversor solar compatível para que o
sistema consiga atender o imóvel. Podemos separá-los em três principais tipos, sendo:

Inversor off-grid – É o inversor utilizado em sistema off grid. (do inglês “fora da rede”).
Ou seja, são as instalações em locais isolados da rede elétrica, onde toda a energia do
imóvel é atendida pelo sistema.
Para isso, esses sistemas utilizam um banco de baterias que armazena a energia gerada
durante o dia para atender o consumo noturno (quando não há geração) ou em dias
nublados/chuvosos (quando a geração do painel é menor).
Dessa forma, os inversores off grid deve ser capazes de interagir com o painel solar
assim como o banco de baterias.
Depois de adaptar a energia vinda das placas, o inversor imediatamente a direciona para
alimentar as baterias.
Quando é preciso atender o consumo, ele então “pega” a quantidade de energia
necessária das baterias.
Além do inversor, os sistemas off grid também precisam de outro equipamento
chamado de controlador de carga, responsável por gerenciar as cargas das baterias e
evitar sobrecarregamentos.
Juntos, baterias e controlador tornam muito cara a aquisição do sistema isolado, sendo
recomendado apenas para locais sem acesso à rede elétrica.
Inversores off grid não são capazes de interagir com a rede elétrica e não podem ser
utilizados em

Sistemas on-grid, Inversor grid-tie ou on-grid


Para esses sistemas utiliza-se o inversor grid-tie, também chamado de inversor interativo ou
inversor on-grid (“na rede”). Nesse sistema, a própria rede da distribuidora funciona como
uma bateria, recebendo a energia excedente gerada durante o dia e suprindo o necessário
durante a noite ou em dias de pouca luz.

Após adaptar a energia vinda do painel, o inversor a envia até o quadro geral para que possa
ser distribuída e atender todo o imóvel.

Quando o sistema gera mais que o consumo, o inversor grid-tie injeta todo o excedente na
rede elétrica, o qual é “emprestado” para a distribuidora. Segundo as regras da geração
distribuída pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), as distribuidoras são obrigadas a
compensar essa energia através de créditos energéticos.

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Durante a noite, quando o painel não está produzindo, o inversor se autodesliga e a energia da
rede passa a ser utilizada normalmente, a qual entra como débito. Ao final do mês, a
distribuidora automaticamente subtrai o débito consumido dos créditos gerados, e apresenta
o saldo em sua conta de luz.

Uma vez que os sistemas são projetados para atender todo o consumo do imóvel,
os créditos gerados são quase sempre suficientes para abater o que foi consumido. Em
caso de sobra, eles continuam válidos por até 5 anos (60 meses).

Anti-ilhamento
Uma característica importante dos inversores grid-tie é o seu sistema de anti-ilhamento,
exigido por lei. De forma simples, isso significa que eles devem se autodesligar em caso
de queda da rede para que não continuem injetando energia nela enquanto trabalham os
técnicos da distribuidora.
Embora seja uma precaução necessária, isso resulta na interrupção momentânea do
funcionamento do sistema.
No entanto, por estarem sempre conectados, os inversores também são capazes de
detectar qualquer anomalia que apareça na rede, como flutuações de tensão ou de
frequência.
Assim, eles conseguem repassar a energia alternada para o imóvel da maneira mais
perfeita possível.
Esse tipo de inversor é utilizado tanto nas instalações residenciais e comerciais como
nos projetos de grandes usinas solares, o que irá diferenciar entre eles é a sua potência.
Cada modelo de inversor é fabricado para lidar com até certa potência de energia. Dessa
forma, o que determina a escolha do inversor em cada projeto é a potência pico do
painel solar (quantidade máxima de energia que ele gera em condições ideais),
calculada em Watt-pico (Wp).
Podemos subdividir os inversores grid-tie em 3 categorias diferentes de acordo com a
sua potência:
Inversor Central - Em grandes usinas, é comum utilizar apenas um inversor central de
grande potência (acima de 100 kW) para gerenciar a energia das centenas ou milhares
de placas. No entanto, é possível também utilizar vários inversores menores (string
inverter) associados em série e controlados de forma central.
Inversor de string (string inverter) - por sua vez, os micros e minigeradores distribuídos,
com quantidades menores de placas, utilizam inversores de baixa potência, chamados de
inversores de string. Sistemas fotovoltaicos residenciais e em pequenos comércios
costumam utilizar um ou no máximo dois inversores. Já as instalações em grandes
empresas ou agroindústrias podem utilizar três ou mais inversores, tudo irá depender da
potência-pico do painel, resultado da soma das potências individuais das placas solares.
Microinversor - Existem ainda os microinversores, de potência muito pequena (geralmente
menor que 550 W) e fabricados para se conectar somente a uma placa solar. No entanto, eles
possuem todas as características de um inversor de string, a única diferença é a sua potência

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reduzida. Segundo os fabricantes, o microinversor aumenta a potência geral do painel, pois


cada um deles aproveita ao máximo o rendimento energético da placa a qual está ligado. Além
disso, caso ocorra algum problema em um microinversor, este representará uma perda
insignificante na geração do arranjo fotovoltaico.

Inversor Híbrido - Por fim, o último tipo principal é o inversor híbrido, que como o nome já
deixa claro, é uma mistura dos dois primeiros (on-grid e off grid). Na verdade, um inversor
fotovoltaico híbrido é composto, na maioria das vezes, desses dois inversores diferentes
dentro da mesma carcaça. As instalações fotovoltaicas híbridas são aquelas em que o sistema
funciona em conjunto com a rede ao mesmo tempo em que faz uso de uma bateria solar. No
entanto, o papel da bateria aqui não é armazenar toda a energia consumida à noite, mas sim
funcionar como um sistema de backup ou seja, em caso de queda da rede, a bateria entra em
ação para suprir o imóvel até que a distribuidora tenha reparado os seus serviços. Portanto,
quando isso acontece, a parte interativa do inversor híbrido se desconecta automaticamente
e a parte autônoma continua alimentando o imóvel com a energia da bateria. Quando o
serviço da rede é restabelecido, a parte interativa automaticamente volta a funcionar. Embora
sejam uma tendência de mercado, esses sistemas ainda possuem custo elevado devido ao uso
da bateria e do inversor híbrido, mais caro que os demais.

Como escolher o inversor solar?


Com tantas opções diferentes, é possível que você esteja se perguntando qual inversor solar
comprar? Ou, qual melhor inversor solar?

Como vimos, o tipo e potência do equipamento segue de acordo com a instalação que você irá
realizar e o tamanho do seu painel fotovoltaico. Para a escolha da marca, existem algumas
direções que você pode tomar na hora de escolher o seu inversor solar. A primeira delas é em
relação à eficiência do equipamento. Quanto maior a eficiência do seu inversor solar, maior
será a quantidade de energia que você conseguirá aproveitar do seu painel solar.

Em segundo lugar está a confiabilidade, importante para garantir a longa vida útil do sistema.

No caso de sistemas on-grid, existe ainda outro fator de extrema importância ao qual você
deve estar atento: o registro no INMETRO. Segundo as regras da Aneel, só serão aceitos pelas
distribuidoras do país os sistemas que utilizarem equipamentos homologados pelo instituto.

Sem o registro do INMETRO, não importa a qualidade do inversor, ele NÃO SERÁ ACEITO pela
distribuidora. Os modelos homologados podem ser pesquisados através do site do instituto, na
seção de componentes para sistemas fotovoltaicos. Em sistemas isolados da rede, o registro
não é necessário.

Onde instalar o inversor solar?

Um sistema fotovoltaico é uma instalação elétrica, e como tal deve receber


atenção especial.
O inversor solar deve ser instalado em um local de fácil acesso para os técnicos
poderem realizar a sua manutenção, mas longe do alcance de pessoas que não receberam
orientações sobre os riscos da eletricidade, especialmente crianças.

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Quanto mais próximo ele estiver do quadro geral de distribuição da residência, melhor.

Também é importante prestar atenção na distância entre o inversor e o arranjo (painel)


fotovoltaico.

Garagens e áreas de serviço costumam ser bons locais para a instalação do inversor, desde que
atendam às exigências.

No geral, o local apropriado deve ser coberto, com espaço para ventilação e longe de fontes de
calor (como churrasqueiras, fornos e fogões) e de tomadas de água (torneiras, máquinas de
lavar, etc).

Embora os novos inversores possuam visuais modernos e elegantes, a sua instalação em áreas
de convívio, como salas de estar, não é recomendado. Isso porque os inversores produzem
ruído, especialmente os de maior potência, e aquecem durante o seu funcionamento. Nos
manuais de instalação, operação e manutenção, os fabricantes informam qual é a área
necessária para que o modelo de inversor consiga dissipar o calor tranquilamente.

Efeito sombreamento
Os sistemas de energia solar fotovoltaicos geram eletricidade em função da quantidade
de luz solar que recebem, quando ocorre um sombreamento no arranjo solar fotovoltaico
provocado por qualquer objeto, edificações, árvores, vegetação ou até por outros painéis
solares, a produção de energia diminui drasticamente reduzindo a geração de energia em
até 75%, pois os painéis solares contêm várias células solares conectadas em série.

O sombreamento de uma célula solar, restringe o fluxo de elétrons que circulam pelo
módulo solar fotovoltaico, assim, a corrente em todo o módulo solar é reduzida, o que
significa diminuir a irradiação solar, consequentemente a geração produzida.

Quando um módulo solar fotovoltaico é sombreado, a área sombreada age como um


resistor, fazendo com que a potência gerada seja dissipada na forma de calor, os
chamados hot-spots (pontos quentes), que ao longo prazo podem danificar os painéis
solares.

Os diodos de bypass que vem nas caixas de junção na parte posterior da placa
solar evitam a formação dos hot-spots desviando a circulação de corrente nas áreas
sombreadas, minimizando ao máximo a perda de potência, assim, esta perda, está
associada a área sombreada e a quantidade de diodos que o módulo solar possui.

Por exemplo: se analisarmos o módulo solar fotovoltaico UP SOLAR 270W (composto por
60 células – 6 fileiras com 10 células cada), possui 3 diodos bypass e cada diodo comanda
2 fileiras de 10 células.

Se o módulo solar estiver totalmente livre de sombreamento, a corrente gerada


circulará por todas as células em 100% de geração.
Se as 2 primeiras fileiras deste módulo solar estiverem sombreadas, o primeiro
diodo, desvia a corrente para a terceira fileira que está livre de sombra – 67% de
geração (33% de perda).
Se as 4 fileiras desta placa solar estiverem sombreadas, 2 diodos desviarão a corrente para a
quinta fileira que está livre de sombreamento – 33,3% de geração (67% de perda).

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Se todo o módulo solar estiver sombreado, os diodos não permitem a circulação de corrente
sobre o módulo solar ficando em 0% de geração (ou 100% de perda).

Por esta razão, o ideal é que o arranjo solar fotovoltaico esteja totalmente livre de
sombreamento desde o nascer até o pôr do sol, razão pela qual a análise de sombreamento na
fase de projeto do sistema é muito importante, pois como citado anteriormente pode
comprometer a geração de energia solar total em até 75%.

Diodo de Bloqueio
Diodos de bloqueio em sistemas fotovoltaicos servem a duas funções: podem evitar que as
baterias descarreguem à noite e podem isolar células solares danificadas ou abaixo do
desempenho. O último pode ser resolvido com um diodo de bloqueio ou um de derivação.

Diodos de bloqueio
Quando a tensão da bateria é mais alta do que a do painel solar, um diodo de bloqueio
desliga o fluxo, pois a noite, ao anoitecer e ao amanhecer ou tempo fechado, a bateria
produz uma tensão maior do que as células solares. Sem um diodo de bloqueio, a bateria
enviará energia para os painéis, em vez do contrário. Durante o dia, o diodo de bloqueio
também pode evitar a descarga da bateria causada por células danificadas. Em uma função
similar à dos diodos de derivação, as células ruins são isoladas das outras.

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LEGISLAÇÃO
A resolução 482 da ANEEL foi o marco regulatório que permitiu aos consumidores realizar a
troca da energia gerada com a da rede elétrica, criando as regras e o sistema que compensa o
consumidor pela energia elétrica injetada na rede.

Além dos conhecimentos técnicos necessários para entender o funcionamento da tecnologia


solar fotovoltaica, o consumidor que pretende começar a gerar a sua própria energia deve
também conhecer as normas do setor responsáveis por regulamentar o segmento.

Somente com um sistema fotovoltaico homologado nessas regras é possível desfrutar da


economia na conta de luz por mais de 25 anos.

Desde 17 de abril de 2012, é permitido o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos


sistemas de distribuição de energia elétrica nacionais (redes elétricas das concessionárias),
através das normas criadas na Resolução 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Dessa forma, todo consumidor ativamente cadastrado no Ministério da Fazenda, por um CPF
ou um CNPJ, tem concessão para conectar um sistema gerador de energia elétrica próprio,
oriundo de fontes renováveis (hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada),
paralelamente às redes de distribuição das concessionárias.

Os Principais Pontos de Importância da Resolução 482 da ANEEL

Microgeração e Minigeração de Energia


Compreende-se microgeração e minigeração distribuída por:

Microgeração – Sistema gerador de energia elétrica, com potência instalada inferior ou igual a
100 kW (quilowatts) e que utilize das fontes citadas anteriormente.

Minigeração – Sistema gerador de energia elétrica, com potência instalada superior a 100 kW
e menor ou igual a 1 MW (megawatts) e que também utilize das fontes citadas anteriormente.

Na regulamentação do processo de injeção e consumo de energia elétrica, criou-se o sistema


de compensação de energia elétrica.

Nele, toda a energia ativa, em Watts, injetada na rede pelo sistema gerador de uma unidade
consumidora, é emprestada gratuitamente à distribuidora local e posteriormente compensada
sobre o consumo de energia elétrica ativa, também em Watts, dessa mesma unidade
consumidora ou de outra.

Porém ambas devem pertencer ao mesmo titular em CPF ou CNPJ, cabendo ao


consumidor definir a ordem de compensação dessas unidades, excluindo-se a unidade
consumidora geradora, que deve, necessariamente, ser a primeira a ter seu consumo
compensado.
“Na prática, o parágrafo anterior define que toda a energia que o sistema fotovoltaico
gerar e não for utilizada por nenhuma carga elétrica no momento da geração, será
registrada pelo medidor de energia e enviada para a rede pública de energia elétrica.

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No final do mês, esse valor medido será devolvido para o consumidor na forma de créditos
energéticos, através da fatura de energia elétrica, e então o consumidor terá um desconto no
total a pagar.”

Ainda, os créditos energéticos permanecem válidos podendo ser compensados em um prazo


de até 60 meses, já que a energia elétrica gerada pela central pode ser superior à consumida
pela unidade consumidora, ocasionando o acúmulo de créditos a serem utilizados em meses
posteriores.

2 – Potência do sistema difere entre grupos de consumidores

Para o dimensionamento da potência instalada das centrais geradoras, definiu-se que para os
consumidores do grupo A (alta tensão), atendidos em tensão igual ou superior a 2,3
kV(quilovolt) ou por sistema subterrâneo de distribuição, caracterizado pela tarifa binômia
(aplicada ao consumo e à demanda faturável), a potência total da central geradora fica
limitada à demanda contratada presente na conta de energia elétrica da unidade
consumidora.

Para os consumidores do grupo B (baixa tensão), que são atendidos por tensão inferior a 2,3
kV, caracterizado pela tarifa monômia (aplicável apenas ao consumo), a potência das centrais
limita-se à carga instalada da unidade.

Havendo a necessidade de se instalar um sistema gerador com potência superior à definida


anteriormente, o consumidor tem a possibilidade de solicitar aumento da demanda
contratada, no caso de unidade consumidora do grupo A ou aumento da carga instalada, no
caso de unidade consumidora do grupo B.

“Limitar a potência do sistema gerador a ser instalado através da quantidade de potência que
é fornecida ao consumidor é muito importante, pois garante à concessionária de energia
elétrica que nenhum deles instalará em sua própria residência, por exemplo, um gerador de
energia elétrica que aquele local não consegue suportar, evitando assim, problemas elétricos
para ele próprio e para seus vizinhos.

No entanto, na maioria dos casos, a quantidade de potência que a concessionária fornece ao


consumidor é um limite suficiente para instalar um gerador que seja capaz de suprir 100% do
consumo elétrico do local.”

3 – Taxa mínima cobrada para cada grupo de consumidor

Grupo A de consumidores de energia

Ainda, segundo a Resolução 482 da ANEEL, para o faturamento dessa energia fica definido
que; para consumidores do “grupo A” deve ser cobrado, no mínimo, o valor referente à
demanda contratada.

Pois existe a possibilidade de a geração suprir completamente o consumo ativo de energia


elétrica, não havendo faturamento excedente a ser cobrado.

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Nos demais casos, o faturamento se dá pelo consumo de energia (ativo e reativo) nos horários
de ponta e fora de ponta, já subtraídos os créditos energéticos do sistema de compensação no
mesmo horário em que foi gerado.

E, mesmo após a compensação, quando o crédito energético gerado pela unidade é superior
ao que ela consumiu da rede elétrica, pode-se utilizar esse excedente para compensar o
consumo de energia no posto (horário) seguinte, devendo ser observada a proporção entre os
valores das tarifas de energia (TE) para os diferentes postos tarifários (horários), já que 1 kWh
(quilowatt-hora) gerado na fora de ponta possui um valor de TE inferior ao valor de 1 kWh
gerado na ponta.

“Deve-se prestar atenção para a compensação da energia elétrica em postos tarifários


diferentes, pois a energia custa muito mais caro no horário de ponta, que é aquele período em
que grande parte da população está utilizando de energia elétrica, que geralmente começa por
volta das 18h e permanece até às 21h, do que no horário de fora ponta, que inicia às 21h de
um dia e termina por volta das 18h do dia seguinte.

É por isso que 1 kWh gerado no horário de fora ponta não consegue compensar o mesmo 1
kWh na ponta.”

Grupo B de consumidores de energia

E finalmente, para os consumidores do “grupo B”, deverá ser cobrado, no mínimo, o valor
referente ao custo de disponibilidade de acesso à rede, quando não houver consumo ativo
faturado.

Nos demais casos, será cobrado o consumo ativo, já subtraído os créditos energéticos do
sistema de compensação da resolução 482 da ANEEL.

“Consumidores de baixa tensão (grupo B), conseguem abater todo o consumo de energia
elétrica através de um sistema gerador, como o fotovoltaico.

Sendo assim, um consumidor residencial, por exemplo, teria condições de receber uma fatura
de energia elétrica no valor de R$ 0,00.

Mas, para que a concessionária possa manter seus serviços operacionais, ela cobra de todos os
clientes desse grupo um custo mínimo, que é chamado de ‘Custo de Disponibilidade’.

Então, mesmo que um consumidor gere 100% da energia elétrica de que necessita durante o
mês, ele continuará pagando o ‘piso’ da fatura.

Resolução normativa 687


Com a entrada em vigor da Resolução Normativa no. 687 de 24 de novembro de 2015, em 01
de março de 2016, a Resolução 482 da ANEEL sofre grandes atualizações, impactando
diretamente sobre o mercado de energia elétrica para micro e minigeradores distribuídos, pois
cria novos nichos de consumidores e possibilidades de negócios.

Além disso, diminui o processo burocrático para a inserção das centrais geradoras
junto às concessionárias de energia elétrica, beneficiando também de forma direta, a mão
de obra capacitada, com o surgimento de novos postos de trabalho.
Das principais alterações, destacam-se o aumento no prazo para uso dos créditos energéticos,
que saltou de 36 para 60 meses; o período para a aprovação do sistema fotovoltaico junto à

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concessionária também mudou, de 82 para 34 dias e a potência limite para micro e


minigeração distribuída também sofreu alteração, compreendida por:

Microgeração – Sistema gerador de energia elétrica através de fontes renováveis, com


potência instalada inferior ou igual a 75 kW

Minigeração – Sistema gerador de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e


menor ou igual a 3 MW (para fonte hídrica) e menor ou igual a 5 MW para as demais fontes
renováveis (Solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada).

“Vale a comparação entre a resolução 482 da ANEEL e a posterior 687 – Já que a potência
permitida para a microgeração era de até 100 kW e agora passa a ser 75 kW, e para a
minigeração, que era permitida de 100 kW a 1 MW, agora passa a valer dos 75 kW aos 5 MW.”

Destaca-se também a criação da “melhoria e reforço”, caracterizados pela instalação,


substituição ou reforma do sistema gerador como um todo, visando manter a qualidade da
prestação do serviço à energia elétrica e ao aumento da confiabilidade e capacidade da
geração distribuída, respectivamente.

Novas modalidades para geração distribuída: Os principais pontos da


Resolução 687
Ainda nesse sentido, a unidades consumidoras que fazem o uso da geração distribuída para
compensar o consumo de energia ativa através de créditos energéticos agora podem ser
classificadas por três modalidades adicionais, a saber:

1 – Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras

Condomínios verticais e/ou horizontais, situados em mesma área ou área contígua, com o
sistema gerador instalado em área comum, onde as unidades consumidoras do local e a área
comum do condomínio sejam energeticamente independentes entre si.

Assim, os créditos energéticos gerados são divididos entre os condôminos participantes e a


área comum do empreendimento, sob responsabilidade do condomínio, da administração ou
do proprietário do local.

Nos condomínios e prédios, os sistemas podem ser instalados na área comum, como no caso
de um estacionamento conjunto.

“Nessa modalidade de geração, não é necessário estabelecer nenhum tipo de consórcio ou


associação, pois a própria administradora do condomínio já representa a entidade (CNPJ)
responsável pelo sistema gerador.

É ela a responsável por estabelecer quem são e quais as parcelas que cada condômino tem
direito sobre o crédito energético.”

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2 – Geração compartilhada

Consumidores de CPF ou CNPJ distintos, abastecidos pela mesma concessionária distribuidora,


associados por meio de cooperativa ou consórcio, respectivamente, onde a unidade micro ou
minigeradora fica em local diferente das unidades consumidoras compensatórias. Em outras
palavras, através da geração compartilhada os consumidores se unem na geração de energia
elétrica.

“Nessa modalidade de geração, é necessário estabelecer um consórcio, associação ou


cooperativa para que essa entidade (CNPJ) represente e administre o sistema gerador e
estabeleça o rateio dos créditos energéticos.

Veja que existe uma diferença crucial entre o item 1) e o item 2)! Uma vez que o sistema
gerador é instalado em um local diferente do ponto de consumo, já não se pode utilizar o CNPJ
do condomínio e, por isso, deve se estabelecer o sistema gerador em ‘Geração
Compartilhada’.”

3 – Autoconsumo remoto

Consumidores pessoa física que possuem unidades consumidoras de mesma titularidade, onde
a geração distribuída de energia elétrica está em local diferente dos locais que fazem uso dos
créditos energéticos.

E, consumidores pessoa jurídica que possuem unidades consumidoras em mesmo CNPJ,


incluindo matriz e filial, onde a geração distribuída de energia elétrica está em local diferente
dos locais que fazem uso dos créditos energéticos.

“Nessa modalidade de geração, enquadram-se todos os consumidores que desejam instalar


um gerador de energia elétrica para compensar os gastos da fatura de energia, mas não
possuem espaço suficiente para tal, no local de consumo. Nessa modalidade não se faz
necessário estabelecer nenhum tipo de entidade administradora terceira.”

Sem dúvida, essas novas modalidades de geração ampliaram o mercado de consumidores


brasileiros que puderam começar a economizar com energia solar.

4 – As novas definições de potência para grupos de consumidores (A e B)

A potência da microgeração ou minigeração distribuída também sofre mudanças da


configuração original contida na resolução 482 da ANEEL, através da nova resolução, tendo
como único parâmetro limitante a potência disponibilizada pela concessionária local à unidade
consumidora.

Para os consumidores do “grupo B”, que ficavam limitados pela carga instalada da unidade,
agora podem estimar a potência máxima instalada do sistema gerador multiplicando-se o valor
da capacidade de corrente do disjuntor geral pela tensão nominal, disponíveis no ramal de
entrada (relógio de luz).

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E, caso necessitem de potência instalada superior, basta que solicitem o aumento da potência
disponibilizada pela concessionária de energia elétrica.

No caso de empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras, entende-se como


potência disponibilizada àquela contratada pelo condomínio.

Por fim, ainda como um dos principais destaques da atualização da Resolução 482 da ANEEL,
fica vedada a concessão do acesso à rede por parte de concessionária local quando
caracterizada a venda de créditos energéticos por parte dos consumidores geradores a outrem
e, no caso de geração remota em área locadas, que caracterize a relação de cobrança de
mensalidade em proporção a energia gerada (ANEEL, 2015).

“Nenhum tipo de consumidor que possui um micro ou minigerador instalado em sua unidade
consumidora pode vender os créditos energéticos para a concessionária ou para um vizinho,
por exemplo.

Todas as modalidades de geração contemplam a geração de energia elétrica para consumo


próprio, não havendo monetização sobre essa geração.”

“Da mesma forma que, quem vende um sistema de geração à diesel comercializa o
equipamento e não a quantidade de energia elétrica que ele gerará, o mesmo vale para um
sistema fotovoltaico.

O que pode ser comercializado é o ativo, ou seja, o conjunto de equipamentos que compõem
o sistema e não a geração de energia elétrica, em kWh.”

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Atenção as normas das concessionárias locais


Este tema é muito variável, por esse motivo fiz um resumo das solicitações e
procedimentos padrão para homologar, geralmente todas concessionárias tem suas
cartilhas que fornecem informações suficientes para homologação. Vou colocar o texto
na integra do site da ENEL SP, considerando ser a mais exigente no estado de SP.
A regulamentação do tema publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) engloba a Resolução Normativa nº 482/2012 de 17 de abril de 2012, a
Resolução Normativa nº 517 de 11 de dezembro de 2012 e a Resolução Normativa nº
687 de 24 de novembro de 2015; e ainda a Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST, e
determina as condições técnicas e comerciais para a conexão de micro e minigerações
distribuídas ao sistema de distribuição de energia elétrica que as distribuidoras e seus
clientes passam a estar submetidos a partir de 15 de dezembro de 2012.
Complementarmente, deve ser consultada a Resolução Normativa nº 414/2010 da
ANEEL e a norma técnica da Enel - NT 6.012 - Requisitos Mínimos para Interligação
de Microgeração e Minigeração Distribuída com a Rede de Distribuição da Enel com
Paralelismo Permanente Através do Uso de Inversores - Consumidores de Média e de
Baixa Tensão.
Consulte: NT-6.012 Micro Geração e Mini Geração Distribuida - revisão 05 -
Atualizado em 29/04/2019.

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GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
O que é o Sistema de Compensação de Energia Elétrica?

É o processo que permite ao cliente instalar pequenos geradores em sua unidade


consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida somente para as
unidades consumidoras que utilizem geradores de fontes incentivadas de energia
(hídrica, solar, biomassa, eólica e cogeração qualificada) previamente cadastradas na
Enel.
Nele, um cliente de energia elétrica instala pequenos geradores em sua unidade
consumidora (como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e pequenas turbinas
eólicas) e a energia gerada e injetada na rede é usada para abater o consumo de energia
elétrica da unidade consumidora.
Esta energia é cedida por meio de empréstimo gratuito à Enel e posteriormente
compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade
consumidora.
Quando a geração for maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser
utilizado para abater o consumo na fatura do mês subsequente ou em outras unidades da
escolha do cliente, desde que elas estejam na mesma área de concessão e sejam do
mesmo titular.
Os créditos de energia ativa gerados e não compensados no consumo de energia elétrica
expirarão em 60 (sessenta) meses após a data do faturamento, não fazendo jus o cliente
a qualquer forma de compensação após o seu vencimento.
Microgeração distribuída: Central geradora de energia elétrica, com potência instalada
menor ou igual a 75kW.
Minigeração distribuída: Central geradora de energia elétrica, com potência instalada
superior a 75 kW e menor ou igual a 5MW e que utilize cogeração qualificada ou fontes
renováveis de energia elétrica.

Certificação de inversores até 10 kW


Cumpre esclarecer que grande parte da rede de distribuição de baixa tensão da Enel
possui a tensão nominal de 240 V. Por esse motivo, não serão mais aceitos por esta
distribuidora inversores que não sejam certificados na tensão da rede a qual serão
conectados.
Para a aprovação de projetos devem ser apresentados os seguintes documentos:
Autocertificação ou certificação de laboratórios acreditados pelo INMETRO, com o
relatório de testes dos inversores até 10 kW, referente aos 3 itens abaixo, na tensão e
frequência da rede a qual o inversor será conectado:

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Anti-ilhamento (Segurança);

Sobre/sub tensão (Ajustes);

Fator de potência com curva do FP (Ajuste dos pontos de ativação e desativação da curva,
quando aplicável), ou;

Certificação ou recertificação do inversor junto ao INMETRO na tensão de 220 V (conforme


Portaria Inmetro nº 004/2011) e na tensão suplementar de 240 V (teste dos 3 itens acima
descritos) a partir de 180 dias desta comunicação.

A aceitação da apresentação da auto certificação em substituição à certificação junto ao


INMTERO terá validade até a data da manutenção ou recertificação do inversor.

Quem pode solicitar?


Clientes de Média e Baixa Tensão ( Indústria, Comércio e Residência)

Monofásicos, Bifásicos e Trifásicos

Quais as fontes que o cliente pode utilizar para gerar energia?


1. Energia Hidráulica

2. Energia Solar

3. Energia Eólica

4. Biomassa

5. Cogeração qualificada (deve estar regularizado perante a ANEEL, conforme regulamento


específico).

Prazos para a Enel emitir o parecer de acesso ao cliente:


i) até 15 (quinze) dias após o recebimento da solicitação de acesso, para central geradora
classificada como microgeração distribuída, quando não houver necessidade de melhorias ou
reforços no sistema de distribuição acessado;

ii) até 30 (trinta) dias após o recebimento da solicitação de acesso, para central geradora
classificada como minigeração distribuída, quando não houver necessidade de melhorias ou
reforços no sistema de distribuição acessado;

iii) até 30 (trinta) dias após o recebimento da solicitação de acesso, para central geradora
classificada como microgeração distribuída, quando houver necessidade de execução de obras
de melhoria ou reforço no sistema de distribuição; e

iv) até 60 (sessenta) dias após o recebimento da solicitação de acesso, para central geradora
classificada como minigeração distribuída, quando houver necessidade de execução de obras
de melhoria ou reforço no sistema de distribuição.

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Como e aonde abrir a solicitação


O ingresso de solicitações de acesso para unidades consumidoras que desejam instalar
GD, deve ser realizado na área logada da unidade consumidora (aba serviços – Geração
Distribuída) disponível em nosso site, conforme requisitos contidos na Norma Técnica –
NT 6.012 (não esqueça de anexar toda a documentação necessária). Para auxiliá-lo no
procedimento de ingresso, desenvolvemos o tutorial que pode ser consultado pelo link.
No caso de se tratar de solicitação de ligação de nova unidade consumidora com GD,
encaminhar toda a documentação para o canal captacao.sp@enel.com.
Atualmente todas concessionárias tem uma área especifica para apresentar os projetos
fotovoltaicos.

Normas NBR 5410/2004


A Norma Brasileira NBR 5410 estabelece as condições mínimas necessárias para o
perfeito funcionamento de uma instalação elétrica de baixa tensão garantindo assim a
segurança de pessoas e animais e a preservação dos bens. Tradicionalmente, esta norma
será aplicada para instalação elétrica de edificações, residencial, comercial, público,
industrial, de serviços, agropecuário, fotovoltaico, etc…
Para os profissionais da área de eletricidade a NBR 5410 é, nada mais nada menos que o
guia fundamental para o desenvolvimento das atividades profissionais do dia a dia.

Normas NBR 11704


ABNT NBR 11704 (2008): Classifica os sistemas de conversão fotovoltaica de energia
solar em elétrica, quanto a sua configuração (puros, só utilizam gerador fotovoltaico ou
híbridos, utilizam gerador fotovoltaico com outros tipos de geradores de energia
elétrica) e, quanto a sua interligação com o sistema público de fornecimento de energia
elétrica (podendo ser isolados ou conectados à rede elétrica);

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COMO FAZER UM ORÇAMENTO COM


DIMENSIONAMENTO CORRETO

O dado inicial para um orçamento seria o consumo e o valor por kw, usando a prática de
mercado posso lhe dizer, que a informação que você precisa para fazer sua cotação
personalizada, seria a conta de luz do seu cliente, vou usar uma conta e ensina-lo fazer esse
dimensionamento.

Essa é a foto de uma conta de luz de


dezembro de 2020, os dados do cliente
foram retirados. Afim de estudos selecionei
os valores e a potência de consumo do
mês, com esse dado podemos descobrir a
média de kw/R$.

Para descobrir o valor médio de kw pago a


formula é bem simples, é dividir o valor da
conta pelo consumo do mês. Ficaria assim
a formula:
𝑅$
𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 𝐷𝑂 𝐾𝑊 =
𝐾𝑊𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙
1048,04
𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 𝐷𝑂 𝐾𝑊 = = 0,75𝑐$
1386

Então o valor por kw seria 76 centavos


usando o método de arredondamento.

Para fazermos um orçamento mais


fidedigno, deveremos somar todos os
meses da conta de luz e fazer uma média,
pois os meses podem variar nas empresas, por aumento de consumo de ar condicionado,
calafetagem, aumento de demanda ou redução, existem n motivos, a média anual é muito
mais eficiente para um orçamento real e com baixa probabilidade de falha. Para o cálculo
precisamos usar a formula da média:
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚𝑛
𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
𝑚𝑛
Nesse caso:
𝑀é𝑑𝑖𝑎
1386 + 1212 + 1205 + 1345 + 558 + 1309 + 1246 + 1437 + 1702 + 1989 + 1655 + 1711 + 1511
=
13
18266
= = 𝟏𝟒𝟎𝟓, 𝟎𝟕𝟔 𝒌𝑾 𝒐𝒖 𝟏. 𝟒𝟎𝟓. 𝟎𝟕𝟔 𝑾𝒂𝒕𝒕𝒔
13

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Agora que temos a média de consumo vamos identificar qual placas utilizaremos, tudo
depende do custo/benefício ou espaço físico do cliente para instalação do sistema, existem
placas fotovoltaicas com potências que variam de 6 watts até 650 watts comercialmente.

Vou usar uma placa intermediária de 400w, esse valor que você observa nas placas é valor
máximo de produção dela no horário de pico do sol do meio dia as 13 horas.

Hoje através da média solarimetrica, podemos ter a informação quase exata de quantas horas
do meio dia uma cidade possui durante o dia inteiro, por exemplo a cidade de São Paulo e das
cidades que compõem a GRANDE SÃO PAULO, a média de sol é equivalente a 4,45 horas do sol
do meio dia.

Com esses dados podemos fazer um cálculo bem real do kit necessário, para descobrimos a
potência que uma placa de 400w produz durante um mês.

A formula para identificar seria, placas 400w/mês= 400*4,45*30 = 53,400 watts/mês ou 53,4
kw. Agora com a produção estimada de 1 placa podemos calcular quantas placas serão
necessárias para zerar o consumo desse cliente. Utilizaremos a formula

Kw/media / placas400w/mês ou seja 1405/53,4= 26,31 placas em condições ideias será


necessário 27 placas de 400 watts, se o cliente não tiver muitos concorrentes eu sugiro que
faça um sistema entre 10 a 20% superior ao consumo calculado, que nesse caso eu
dimensionaria o sistema com pelo menos 30 placas, pois geralmente o cliente acaba se
descuidando e por sua vez aumenta o consumo. “Quando ele percebe que não precisa fazer
economia e comum aumentar entre 10 e 20% o consumo inicial”.

Agora com os dados que temos, podemos calcular um inversor que completa o sistema, para
isso devemos multiplicar a quantidade de placas, pela potência delas, e ficaria assim:

30*400=12000 wtp ou 12kwp, pronto com esse ultimo calculo podemos cotar um kit com essa
potência.

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Projeto Elétrico
O projeto elétrico basicamente e o desenho explicativo contendo as placas, strings de placas,
inversor, string box ac e dc, cabos(fios) solares, fio(cabo) elétrico ac, sistema de aterramento,
caixa de entrada de força(QGBT), nesse desenho possui todas as capacidade de tensão,
corrente máximas, dimensões do fio ou cabos, isolação deles, capacidade dos disjuntores e
dps, podemos verificar na figura abaixo:

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Ferramentas computacionais
Atualmente os projetistas estão utilizando muitas ferramentas para execução dos projetos,
vou mencionar algumas.

Autocad= AutoCAD é um software do tipo CAD — computer aided design ou desenho auxiliado
por computador - criado e comercializado pela Autodesk, Inc. desde 1982. É utilizado
principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para
criação de modelos tridimensionais (3D). Além dos desenhos técnicos, o software vem
disponibilizando, em suas versões mais recentes, vários recursos para visualização em diversos
formatos. É amplamente utilizado em arquitetura, design de interiores, engenharia civil,
engenharia química , engenharia mecânica, engenharia geográfica , engenharia elétrica e em
vários outros ramos da indústria, e muito utilizado em diagramas e projetos fotovoltaicos

Solergo= O SOLERGO é um software da empresa Italiana Electro-Graphic, fundada em 1990.


No Brasil a Hiperenergy detêm a sua representação comercial. A diferença do PV*SOL e
PVSYST o software SOLERGO permite uma interface avançada para projeto elétrico dos
sistemas fotovoltaicos. O aplicativo pode gerar diagramas elétricos do sistema facilitando a
revisão do projeto pela concessionária. A ferramenta permite avaliar sistemas com diferentes
modalidades de tarifarias incluindo analise das bandeira tarifarias do Brasil. O SOLERGO
permite uma análise com sistema de compensação de energia conforme Resolução 687 da
ANEEL, possibilitando o cálculos de créditos de energia . O software pode ser utilizado em
português e não possui versão para download.

PVsist= O software PVSYST tem origem em 1992 na Universidade de Genebra (Suíça). Podem
ser realizados dimensionamento preliminares ou projetos mais detalhados. Tem versão
demostrativa para download. No existe representante no Brasil, para ser adquirido deve ser
comprado diretamente no site. Não possui versão em português.

PVsol = O software PV*SOL permite download para testes e também possui um versão online
simplificada. Apropriado para dimensionamento pode ser utilizado por engenheiros e técnicos
especializados no projeto de sistemas fotovoltaicos. Possui um ambiente de projeto 3D
avaliando o nível de sombras causadas por prédios. A partir de 2017 a versão permite a análise
de custos com base nas tarifas brasileiras assim como analise de sistema de compensação de
energia conforme Resolução 687 da ANEEL. O seu banco de dados inclui inversores fabricados
no Brasil. O software foi desenvolvido em 1998 na Alemanha pela empresa Valentin-Software
do engenheiro elétrico Gerhard Valentin. A empresa Solarize é representante para o Brasil a
qual também oferece cursos do aplicativo. O aplicativo possui versão em português.

PVPplanner = Diferente de outras ferramentas, PVPLANNER é uma plataforma online de


simulação para o planejamento e optimização de sistemas fotovoltaicos. Uma das principais
vantagens do aplicativos é que utiliza uma poderosa base de dados de energia solar da
proprietária do aplicativo (SOLARGIS), a qual também possui utras ferramentas
computacionais para avaliar recurso solar e projeto de sistemas fotovoltaicos de pequeno e de
grande porte. Permite gerar relatórios em português.

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Helioscope= O HELIOSCOPE também é um aplicativo computacional online, permitindo o


projeto de sistemas fotovoltaicos residências e industriais. Permite projetar os sistemas
fotovoltaicos diretamente sobre a área escolhida escolhido no Google Earth. Com
características de projeto tipo CAD direcionado aos sistemas fotovoltaicos permite gerar de
maneira rápida um pré-projeto para apresentação de proposta comercial. Permite selecionar
módulos e inversores comerciais assim como a informação de características de fiação elétrica
s ser utilizada. Para obter a produção de energia do sistema fotovoltaico
o HELIOSCOPE utiliza equacionamentos semelhante aos utilizados pelo PVSYST . Tal
equivalência foi verificada por empresa de engenharia terceirizada (DNV GL) confirmando que
os dois modelos produzem resultados com diferenças da ordem de 1%.

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Diagramas elétricos

Usar símbolos gráfico para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação é o
que denominamos como diagramas elétricos. A correta leitura e interpretação de diagramas é
essencial para a carreira de um bom eletricista, pois o diagrama elétrico garante uma
linguagem comum a qualquer eletricistas pois o desenho é uma representação visual universal.
Desta maneira se você sabe ler um diagrama elétrico aqui no Brasil você vai saber ler um
diagrama elétrico lá na China, a escrita é totalmente diferente mas o fundamento do diagrama
vai ser o mesmo.

Nem todos os eletricistas sabem ler e interpretar um diagrama elétrico e isso torna um
diferencial entre a categoria de trabalho. Os chamados eletricistas práticos, aqueles que fazem
as instalações mas não tem a teoria da eletricidade são profissionais que muitas vezes não
sabem ler e interpretar diagrama elétricos.

Existem quatro tipos de diagrama elétricos a se conhecer?

Diagrama funcional;

Diagrama multifilar;

Diagrama unifilar;

Diagrama trifilar;

Diagrama funcional.

O diagrama funcional é bastante usado por se referir a apenas uma parte da instalação
elétrica, ele possui todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito
elétrico, permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo.

Este diagrama não demonstra com exatidão a posição exata dos componentes nem medidas
de cabos ou percurso real destes. Os condutores são representandos por retas sem inclinação
e de preferências sem cruzamentos. Usado para explicar o funcionamento e não
posicionamento de componentes.

Diagrama Multifilar.

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O diagrama multifilar é representação mais minuciosa de uma instalação elétrica, assim como
no diagrama funcional ele também mostra todos os condutores e componentes. Mas, além
disso ele tenta representar os componentes da instalação bem como os condutores em sua
posição correta.

Desenhando em plano tridimensional ele representa detalhes de componentes e conexões.


Devido sua complexidade este diagrama é pouco usado, sua interpretação para grandes
circuitos é demasiada complexa.

Diagrama unifilar.
O diagrama unifilar é o mais usado pelos eletricistas instaladores nas obras. Ele é desenhado
sobre a planta baixa (planta arquitetônica) e apresenta os dispositivos e trajeto dos condutores
rigidamente em suas posições físicas apesar de ser em uma representação bidimensional.

Uma diferença aos dois outro modelos de diagrama e que neste todos os condutores de um
mesmo percurso são representados por um único traço e símbolos que identificam neste traço
os outros condutores.

Não é representado com clareza neste diagrama o funcionamento da instalação, pois não
permite visualizar com clareza o percurso da corrente elétrica. A prática adquirida com o
tempo na leitura deste tipo de diagrama proporciona ao eletricista saber interpretar com
facilidade uma instalação elétrica e sem o auxílio de outros diagramas.

O diagrama unifilar serve especialmente para se verificar, com rapidez, quantos


condutores passarão em determinados eletrodutos e qual o trajeto do mesmo.

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Diagrama trifilar.
Amplamente usado em sistemas de comandos elétricos e maquinas trifásicas o diagrama
trifilar representa cada uma das três fases de uma sistema elétrico e suas respectivas
derivações, tendo características muito parecidas com o diagrama unifilar.

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Diagrama trifilar.
Os diagramas compõem, junto a outros documentos elétricos, o prontuário das instalações
elétricas. A norma NR10 criou uma obrigatoriedade para que as empresas possuam e
mantenham atualizados os diagrama elétricos. A facilidade que o diagrama proporciona ao
profissional que for realizar uma manutenção é tão grande quanto a segurança que o mesmo
propicia, os acidentes em eletricidade acontecem com menos frequência em instalações que
possuem diagramas corretos e atualizados.

Existem vários cursos para que os eletricistas aprendam ler e interpretar diagramas elétricos,
além do aprendizado o eletricista deve considerar a segurança que os diagrama propicias,
diminuindo também a ocorrência de falhas e retrabalhos.

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Memorial descritivo
Um memorial descritivo é um documento que detalha todo o projeto a ser realizado, onde
estão relacionados, um a um, todos os itens do projeto fotovoltaico a ser construída.
Estruturas, placas, inversores, cabos, string box ac e dc, aterramento, instalações, datasheet
dos equipamentos, certificados do inmetro, todos os dados do cliente, tudo deverá ser
informado de acordo com o que será realizado na instalação. É válido lembrar
que o memorial não é o projeto em si.

Normas da ABNT aplicáveis a sistemas fotovoltaicos

Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR
5456, ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 10899, e os seguintes.

NOTA Na utilização das definições desta Norma, entende-se que cada termo é definido
de acordo com a sua aplicação no campo abrangido pela seção 1, não se cogitando que o
termo possa ter acepções diferentes em outros campos de atividades.

controlador de carga
equipamento eletrônico destinado a controlar e monitorar a carga e/ou a descarga do
banco de baterias, podendo ter seguidor de potência máxima integrado

inversor
equipamento eletrônico destinado a converter tensão contínua, oriunda do gerador
fotovoltaico ou dobanco de baterias, em tensão alternada, podendo ter seguidor de
potência máxima integrado

seguidor de potência máxima


dispositivo de controle que permite ao sistema funcionar próximo do ponto de
potência máxima do gerador fotovoltaico, sob diferentes condições de irradiância,
temperatura e carga

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Classificação dos sistemas fotovoltaicos

Quanto à interligação com o sistema público de fornecimento de energia elétrica

sistemas isolados: são aqueles que não possuem qualquer conexão com o sistema
público defornecimento de energia elétrica;
sistemas conectados à rede elétrica: são aqueles efetivamente conectados ao sistema
público defornecimento de energia elétrica.
Quanto à configuração

sistemas puros: são aqueles que utilizam gerador fotovoltaico como único gerador
de energiaelétrica;
sistemas híbridos: são aqueles que resultam da associação do gerador fotovoltaico com
outros tipos de geradores de energia elétrica.
Exemplos de sistemas fotovoltaicos

A Tabela 1 mostra exemplos de classificação de sistemas fotovoltaicos


Alimentação dos Acumulação de Componentesbásicos
Tipo de sistema consumidores energia elétrica Aplicações típicas

Não Seguidor de potência Bombeamento, produção de


máxima (desejável) hidrogênio etc.
Tensão contínua Controlador de carga e Iluminação, telecomunicações,
Sim acumulador sinalização náutica, cerca elétrica,
proteção catódica etc.
Puros
Não Inversor Bombeamento, uso industrial etc.
Tensão alternada
Sistemasisolados Controlador de carga, Eletrificação rural, bombeamento,
Sim acumulador e inversor telecomunicações, uso industrial,
iluminação etc.
Controlador de carga, Telecomunicações, iluminação,
Tensão contínua Sim acumulador e gerador sinalização rodoviária e ferroviária etc.
Híbridos complementar
Tensão alternada Controlador de carga,
Opcional acumulador opcional e Iluminação, uso industrial etc.
gerador complementar
Aplicações residenciais, comerciais e
Puros Tensão alternada Não Inversor industriais, produçãode energia para a
rede pública etc.

Inversor e gerador Aplicações residenciais, comerciais e


Sistemas complementar industriais, produçãode energia para a
Não
conectados à
rede pública etc.
rede elétrica
Tensão alternada
Híbridos
Inversor, gerador Eletrificação rural, uso industrial,
Sim complementar e suprimento ininterrupto de energia
acumulador etc.
NOTA Todos os tipos de sistemas possuem gerador fotovoltaico entre os componentes básicos.

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Fabricantes e Certificação INMETRO


O que é Registro, para que serve? Registro é o processo pelo qual o Inmetro autoriza,
condicionado à existência do Atestado de Conformidade, a utilização do Selo de Identificação
da Conformidade e, consequentemente, a comercialização do produto ou o funcionamento de
um serviço, conforme estabelecido pela Resolução Conmetro nº 05/2008, disponível em
http://www.inmetro.gov.br//legislacao. 1.2 O que é Atestado de Conformidade? O Atestado de
Conformidade é o documento, emitido após um procedimento de avaliação da conformidade,
que indica que um produto está em conformidade com uma base normativa. São exemplos de
atestados da conformidade o Certificado de Conformidade e a Declaração do Fornecedor. 1.3
Onde estão definidos os procedimentos gerais para o Registro de Objeto? O procedimento para
concessão, manutenção e renovação do Registro de Objeto é definido em Portaria. A portaria
atualmente em vigor é a Portaria Inmetro nº 491, de 13 de dezembro de 2010, disponível em
http://www.inmetro. gov.br/qualidade/regObjetos.asp. 1.4 Como saber quais são os produtos
e serviços regulamentados pelo Inmetro que devem ser submetidos ao processo de Registro?
Todos os produtos e serviços com conformidade avaliada de forma compulsória pelo Inmetro
são sujeitos ao processo de Registro. É na portaria que dá publicidade aos Requisitos de
Avaliação da Conformidade - RAC do produto específico que se determina a obrigatoriedade do
Registro prévio à comercialização.
A relação das portarias de RAC que estabelecem a obrigatoriedade de Registro no Inmetro, está
disponível em http://www.inmetro.gov.br/qualidade/ regObjetos.asp.
1.5 Como encontrar na Portaria do Inmetro a informação sobre a obrigatoriedade do Registro?
A portaria que dá publicidade ao RAC institui: a) o mecanismo de avaliação da conformidade; b)
a compulsoriedade da regulamentação; e c) a obrigatoriedade do Registro, como no exemplo a
seguir: ... Art. 3º Instituir, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade – SBAC,
a certificação compulsória para Panelas Metálicas, a qual deverá ser realizada por Organismo de
Certificação de Produto – OCP, acreditado pelo Inmetro, consoante o estabelecido nos
Requisitos ora aprovados. .... Art. 4º Determinar que a partir de 30 (trinta) meses, contados da
data de publicação desta Portaria, as Panelas Metálicas deverão ser fabricadas e importadas
somente em conformidade com os requisitos estabelecidos nos Requisitos ora aprovados e
devidamente registrados no Inmetro. (Portaria n.º 419/2012 - RAC para Panelas Metálicas) 1.6
Como saber se o meu produto específico está contemplado na regulamentação? A portaria que
dá publicidade ao RAC especifica o enquadramento, ou seja, define, para cada produto, o que
está abrangido pela regulamentação e, consequentemente, sujeitos ao Registro. Veja, exemplo
abaixo: ... Art. 3º Instituir, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade –
SBAC, a certificação compulsória para Panelas Metálicas, a qual deverá ser realizada por
Organismo de Certificação de Produto – OCP, acreditado pelo Inmetro, consoante o
estabelecido nos Requisitos ora aprovados. 6 FAQ - REGISTRO DE PRODUTOS §1º Estes
Requisitos de Avaliação da Conformidade – RAC se aplicam aos utensílios a seguir: a) para uso
em forno: abafadores, assadeiras, formas, tabuleiros e torteiras, ou outro utensílio que faça a
função desses; b) para uso em fogão: banhos-maria, bifeteiras, bistequeiras, bules, canecas,
caçarolas, cafeteiras, caldeirões, chaleiras, churrasqueiras, cozedores a vapor, crepeira,
cuscuzeiras, espagueteiras, fervedores, formas de pizza fechadas, formas para fonte direta de
calor, frigideiras, fritadeiras, leiteiras, marmitas, merendeiras, molheiras, omeleteiras, paejeiras,
panelas, panelas de pressão, panquequeiras, papeiros, pipoqueiras, pudinzeiras, tachos,

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tapioqueiras e woks, ou outro utensílio que faça a função desses. §2º Este RAC não se aplica às
panelas exclusivamente elétricas e aos utensílios descartáveis. (Portaria n.º 419/2012 - RAC para
Panelas Metálicas).

O que são os certificados para painéis solares?


O certificado de placas solares (painéis solares) trata-se de um documento criado exatamente
no ano de 2012 pelo instituto de desenvolvimento de energias alternativas para a América
Latina. Ele é resultado de uma parceria com a câmara de comercialização de energia elétrica.
Além disso, conta com o apoio de importantes empresas ligadas ao desenvolvimento de
energias sustentáveis como por exemplo a Deutscche Gesellschaft Fur Internacionale
Zusammenarbeit (GIZ) empresa ligada fortemente ao banco alemão de desenvolvimento, e
mais conhecido como (KfW).
No entanto, para que uma empresa tenha a liberdade de comercializar qualquer produto que
envolva a energia solar, é necessário a liberação de um certificado junto ao INMETRO com lei
de número 004/2011.
Vale lembrar, que nesse serviço estão encaixados todos os controladores de carga e bateria,
além de inversores e módulos que fazem parte dos aparelhos de geração de energia solar.

Quais são as principais dificuldades para a obtenção dos certificados


para painéis solares?

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Os empresários que trabalham com a geração de energia solar necessitam da liberação da


etiquetagem mais conhecida como ENCE.
Através dessa etiqueta, o funcionamento de painéis solares tem uma validade de 12 meses, e
com isso, os produtores podem fabricar painéis solares em número ilimitados, todos com
certificados de painéis solares.
Vamos mostrar aqui as principais dificuldades para se conseguir essa liberação de maneira
legalizada:

Se os prazos não forem respeitados, os certificados de painéis solares são devidamente


cancelados.
Um não acompanhamento no processo pode atrasar a liberação dos certificados de
painéis solares.
Dificuldades de se comunicar com os laboratórios podem atrasar os certificados de
painéis solares.
Despreparo para lhe dar com as partes burocráticas de liberação da certificação.
Erros nos registros de produtos que podem causar atrasos liberação dos certificados.
Falta de atenção com suporte e informações dos certificados de painéis solares.
Altos custos para a liberação dos certificados de painéis solares.
Reprovações com documentos e procedimentos com os certificados.
Multas por produtos rotulados incorretamente nos certificados de painéis solares.
Vale lembrar que através dessa certificação é feita uma avaliação de como está a eficiência de
energia da fonte que você está contratando, inclusive com a segurança dos produtos que
geralmente tem validade de 12 meses, com necessidade de renovação após esse período.

Como conseguir a liberação dos certificados para painéis solares?

Para conseguir fazer a liberação dos certificados de painéis solares, os interessados devem
fazer uma comprovação de forma bem detalhada com documentos atualizados de acordo com
que o programa de energia solar exige. Vale lembrar que esses requisitos devem estar de
acordo com as normas técnicas vigentes sobre o modelo de energia ser certificada.

Além disso, os valores para se obter os selos dos certificados de painéis solares estão ligados
ao programa de adesão e das compras dos certificados de painéis solares. Nesse caso, eles
podem variar, tanto na aquisição, quanto na renovação e implementação dos certificados dos
painéis solares.

Os certificados de painéis solares são emitidos para residências, instituições públicas ou


privadas, que alcancem no mínimo 3.850,000 de (EJ) exajoules solares por ano.

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Distribuidores
Maior empresa instaladora de energia solar do Brasil
Atualmente, o Brasil conta com mais de 20 mil empresas que atuam em energia solar.
Desta forma, os setores que mais se destacam são os fabricantes de equipamentos e
serviços de instalação para a geração distribuída.
De acordo com levantamentos do Portal Solar, as principais empresas fornecedoras de
energia solar estão concentradas no Estado de São Paulo, como a maior empresa de
energia do Brasil, a CPFL Energias Renováveis SA, que contava com 1 megawatt de
energia solar em operação nos últimos anos. No entanto, trata-se de um projeto de
construção de mais 450 megawatts. Logo, isso significa muito para o desenvolvimento da
energia solar fotovoltaica em nosso país.
Ainda assim, a empresa possui, aproximadamente, 2,1 GW instalados em parques eólicos,
pequenas hidrelétricas e fábricas de biomassa em todo o território brasileiro, além de 2,6
GW em projetos sendo desenvolvidos, contando com energia solar, eólica e hidrelétrica
em construção.
E por outro lado temos os distribuidores de equipamentos de energia solar, para que
possam ser revendidos a empresa deverá ter alguns cnae (link de explicações o que seria
cnae), cnaes de venda direta 4618-4/99 outros representantes comerciais, 7319-0/02
promoção em vendas (link com explicação desses cnaes), 3511-5/02 (geração de
energia), 4322-3/01, 3511-5/01,4322-3/01 cnae de manutenção e instalação, 4321-5/00
instalações e manutenções elétricas, 4742-3/00- comercio de material elétrico, 7490-1/04
atividades de intermediação e agenciamentos de serviços e negócios em geral, exceto
imobiliário, 7112-0/00=serviços de engenharia, esses são os mais comuns cnaes para uma
empresa de energia fotovoltaica, porém poderá haver outros.
Distribuidores recomendados pelo curso.

Aldo – site de acesso www.aldo.com.br


Brassuny – site de acesso
https://www.brassunny.com.br/?gclid=Cj0KCQiA7YyCBhD_ARIsALkj54rF1bcEEmDC_kVUj
VgonWCBmXSdTW2aF4l8Pm5QnKVmU4FEZ3Gi-8oaAgCHEALw_wcB
Solar Livre - https://www.solarlivre.com.br/

Helte - https://helte.com.br/
Geralmente o próprio site das empresas mencionadas, já possuem os caminhos de como
se torna um renvendedor, acesse o site e dê uma conferidas.

Maior marketplace de energia solar do Brasil


Um marketplace tem como objetivo divulgar e vender produtos ou serviços por diversas
marcas, porém, mediado por uma empresa que determina sua publicação. Desta maneira,
a plataforma facilita ao usuário a compra de produtos em diversas lojas em um único lugar.
Além disso, para levantamentos precisos sobre o mercado de energia solar no Brasil e no
mundo, é fundamental ter acesso a fontes confiáveis.

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Composição de preços de uma proposta

Geralmente a proposta é composta pelo valor do kit de energia solar que representa
49% do custo, 6 a 13% de impostos (esses impostos variam conforme o faturamento
da empresa), 10 a 15% de mão de obra, geralmente o lucro da empresa que varia de
17% a 22% e comissionamento dos consultores de 1% a 10%. Abaixo irei colocar um
exemplo de custo de uma planilha utilizada para proposta.

Todos esses preços são as variáveis de custo de um projeto.

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