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Jorge Angelo Mitrione Souza
Sumário
1. O Diodo ........................................................................................................................ 6
2. Aplicações do Diodo................................................................................................... 28
2.1. Introdução.......................................................................................................... 28
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2.8.2. Paralelo.......................................................................................................... 54
Exemplo 1: .................................................................................................................. 61
Exemplo 2: .................................................................................................................. 62
Exemplo 3: .................................................................................................................. 64
Exemplo 4: .................................................................................................................. 64
Exemplo 1 ................................................................................................................... 68
Exemplo 2 ................................................................................................................... 70
Exemplo 3 ................................................................................................................... 74
Exemplo 4 ................................................................................................................... 74
Exemplo 5 ....................................................................................................................... 75
Exemplo 6 ....................................................................................................................... 76
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Exemplo 7 ....................................................................................................................... 80
Exemplo 8 ....................................................................................................................... 83
4.1. Introdução.......................................................................................................... 84
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1. O Diodo
O termo ideal será usado frequentemente ao longo deste capítulo. Ele se refere a
qualquer dispositivo ou sistema que tem características ideai s (perfeitas) em todos os sentidos.
Fornece uma base para comparações, indicando melhorias que ainda podem ser feitas. O
diodo ideal é um dispositivo de dois terminais. Seu símbolo e sua curva característica são
mostrados na figura 1 e na figura 2, respectivamente.
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As características físicas de um diodo ideal são as mesmas características de uma chave que
capacita à condução da corrente em um único sentido.
𝑉𝐹 0𝑉
𝑅𝐹 = = =0Ω
𝐼𝐹 𝑄𝑞𝑒𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 (1)
Então, na região de condução, um diodo ideal opera como um curto circuito.
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Figura 3 – Estados de condução (a) e de não condução (b) do diodo a partir da polarização aplicada
Figura 4 - Estados (a) de condução e (b) de não condução do diodo de acordo com a polarização da corrente
Se a resistência direta, que é a resistência de condução do diodo real, ela pode ser
equivalente ao valor de 𝟎 𝜴?
Será que a resistência de polarização reversa possui valor suficiente para ser
aproximada a um circuito aberto?
A resposta a estas duas perguntas será feita ao longo dos pontos deste capítulo.
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Como seu próprio nome diz, o semicondutor é um material que se encontra entre dois
extremos de condutividade elétrica: a situação de isolante e de condução. E outras palavras, os
semicondutores possuem uma capacidade de condução elétrica que é inferior a de um condutor
metálico, mas que também é superior a de um elemento isolante.
O termo condutor é aplicado a qualquer material que sustenta algum fluxo de carga ao
aplicar em seus terminais uma tensão de amplitude limitada.
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ℓ 𝑅∙𝐴
𝑅 =𝜌∙ ⇒𝜌=
𝐴 ℓ (3)
A tabela 1 apresenta as resistividades dos principais materiais:
1.2.Níveis de Energia
conjunto de níveis de energia para os elétrons em sua estrutura atômica. Desta forma, pode – se
considerar que:
Entre os níveis discretos de energia estão os intervalos (gaps) nos quais nenhum elétron
na estrutura atômica isolada pode aparecer. Conforme os átomos de um material são reunidos
para formar a estrutura da rede cristalina 1, aparece uma interação entre eles, resultando em
elétrons em uma órbita particular de um átomo com níveis de energia ligeiramente distintos dos
elétrons na mesma órbita de um átomo adjacente.
O resultado é então uma expansão dos níveis discretos dos estados de energia possíveis
para os elétrons de valência das bandas, como é mostrado na figura 6. É Observado que existem
níveis de ligação e estados de energia máxima, nos quais qualquer elétron na rede atômica pode
estar, e que ainda existe uma região proibida, localizada entre a banda de valência e o nível de
ionização. Lembre-se de que a ionização é o mecanismo no qual um elétron pode absorver energia
suficiente para desprender-se da estrutura atômica e entrar na banda de condução.
A energia associada para cada elétron é medida em elétron-volts (𝑒𝑉) onde um elétron-
volt é igual a 1 𝑒𝑉 = 1,6𝑥10−19 𝐽. A 0K, ou zero absoluto (−273,15 °𝐶), todos os elétrons de
valência dos materiais semicondutores estão presos na camada mais externa do átomo, com níveis
de energia associados à banda de valência ilustrada na figura 6. Em temperatura ambiente,
normalmente a (300 𝐾, 27°𝐶), um grande número de elétrons de valência adquire a quantidade
de energia suficiente para sair da banda de valência, atravessar o gap de energia definido por 𝐸𝑔 ,
na Figura 6, e entrar na banda de condução. A tabela 2 apresenta os níveis de energia necessários
para os elétrons saírem da banda de valência:
1
Define – se como rede cristalina (ou estrutura cristalina) a designação dada ao conjunto de propriedades
que resultam da forma como estão espacialmente ordenados os átomos ou moléculas que o constituem.
Apenas os sólidos cristalinos exibem esta característica, pois é o resultado macroscópico das existências
subjacentes de uma estrutura ordenada ao nível atômico, replicada no espaço ao longo de distâncias
significativas face às dimensões atômicas ou moleculares, sendo exclusivo dos cristais.
11 | P á g i n a
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O diodo semicondutor é formado pela simples união dos materiais (construídos a partir
da mesma base Ge ou Si), e quando os materiais são 'unidos', os elétrons e as lacunas da região de
junção se combinam, resultando em uma ausência de portadores livres na região próxima à junção
e esta região é definida como a região de depleção, desta forma:
A região de depleção é constituída por íons positivos e negativos e possui este nome
pela depleção de portadores nesta região.
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estiver da junção, maior será a atração para a camada de íons negativos e menor será a oposição
dos íons positivos na região de depleção do material do tipo n. Vamos considerar que todos os
portadores minoritários do material do tipo n que se encontrarem na região de depleção, devido a
seus movimentos aleatórios, passarão diretamente para o material do tipo p. Um argumento
semelhante pode ser aplicado aos portadores minoritários (elétrons) do material do tipo p. A figura
7 apresenta a junção pn do diodo sem polarização. Desta forma, quando não apresenta polarização
no diodo:
Observe que a seta da figura 8 está associada ao componente do tipo p, e a barra à região
do tipo n. Conforme indicado, para 𝑉𝐷 = 0𝑉, a corrente em qualquer direção é 𝐼𝐷 = 0 𝑚𝐴.
13 | P á g i n a
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Se um potencial externo de V volts for aplicado na junção p-n de maneira que o terminal
positivo esteja conectado ao material do tipo n e o terminal negativo esteja ligado ao material do
tipo p, o número de íons positivos não-combinados na região de depleção do material do tipo n
aumentará devido ao grande número de elétrons 'livres' arrastados para o potencial positivo da
tensão aplicada. Por razões semelhantes, o número de íons negativos não-combinados aumentará
no material do tipo p. Portanto o efeito será uma ampliação da região de depleção. Essa ampliação
estabelecerá uma barreira grande demais para os portadores majoritários superarem, reduzindo
efetivamente o fluxo de portadores majoritários a zero. A figura 9 apresenta o resultado da junção
pn com a polarização reversa. A tensão de polarização reversa proporciona então uma corrente de
saturação reversa expressa por 𝐼𝑆 . E a figura 10 ilustra a condição de polarização reversa do diodo
semicondutor.
14 | P á g i n a
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16 | P á g i n a
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modo direto será geralmente menor do que 1 V. Observe também como a corrente sobe
rapidamente além do 'joelho' da curva.
𝑘𝑉𝐷
𝐼𝐷 = 𝐼𝑆 ∙ �𝑒 𝑇𝐾 − 1�
(4)
Onde:
11600
𝑘= com 𝜂 = 1 → 𝐺𝑒 𝑒 𝜂 = 2 → 𝑆𝑖
𝜂
𝑇𝐾 = 273 + 𝑇𝐶
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1.4.Diodo Zener
Esses portadores ajudar então no processo de ionização até que se estabeleça uma alta
corrente de avalanche e que se determine a região de ruptura por avalanche. A figura 13 ilustra a
região Zener do diodo.
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O potencial máximo de polarização reversa que pode ser aplicado antes que o diodo
entre na região Zener é chamado de tensão de pico inversa (ou simplesmente PIV — peak inverse
voltage) ou tensão de pico reversa (PRV — peak reverse voltage).
Uma observação importante que deve ser feita é que se urna aplicação exigir uma
especificação de PIV maior que a de um único dispositivo, alguns diodos de características
semelhantes poderão ser conectados em série, do mesmo modo que diodos também são
conectados em paralelo para aumentar a capacidade de fluxo de corrente dependendo da
aplicação a ser utilizada.
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O maior valor para o silício é devido basicamente ao fator 𝜂 na equação (3), pois esse
fator desempenha papel importante para se determinar a forma da curva somente em níveis de
corrente muito baixos. Quando a curva inicia sua escalada vertical, 𝜂 cai para 1 (o valor contínuo
para o diodo de germânio). O potencial em que esse aumento ocorre é chamado de potencial de
offset, limiar (threshold), ou de disparo. O valor é da ordem de 𝑉𝑇 = 0,7 𝑉 para diodos de silício
disponíveis comercialmente e de 𝑉𝑇 = 0,3 𝑉 para diodos de germânio.
20 | P á g i n a
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A corrente de saturação reversa IS terá sua amplitude praticamente dobrada para cada
aumento de 100 ℃ na temperatura.
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22 | P á g i n a
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Conforme o ponto de Operação de um diodo se move de uma região para outra, a sua
resistência dele altera devido à forma nãolinear da curva característica e o tipo de tensão ou sinal
aplicado define o valor de resistência de interesse. Três análises diferentes serão realizadas para o
diodo e estas mesmas análises serão repetidas em outros dispositivos.
𝑉𝐷
𝑅𝐷 =
𝐼𝐷 (5)
Os níveis de resistência cc no joelho e abaixo desta região são maiores do que os níveis
de resistência calculados para a região de aumento vertical na curva, e, os níveis de resistência na
região de polarização reversa naturalmente serão bem mais altos, e então, define – se:
Quanto mais baixa a corrente que passa pelo diodo, mais alta será o valor da
resistência cc.
23 | P á g i n a
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Exemplo 1
Determine os valores da resistência cc do diodo de acordo com a curva a seguir:
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Sem um sinal de tensão aplicada, o ponto de operação seria o ponto Q (ou quiescente),
que aparece na figura 16 determinado pelos valores cc aplicados. Uma linha reta desenhada
tangente à curva no ponto Q define uma variação particular da tensão e da corrente que pode ser
utilizada para determinar a resistência ca ou dinâmica para essa região na curva característica do
diodo. Devese procurar manter uma variação da tensão e da Corrente tão menor quanto possível
e de modo que seja equidistante de cada lado do ponto Q.
Quanto mais íngreme a inclinação menor é o valor da variação da tensão para a mesma
variação da corrente e assim, menor é a resistência, de acordo com a equação (6):
ΔV𝑑
𝑟𝑑 =
Δ𝐼𝑑 (6)
E a figura 17 ilustra como é determinada a análise ca ou dinâmica do diodo no ponto Q:
25 | P á g i n a
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Exemplo 2
Para o diodo com a curva característica da figura abaixo, determine a resistência através
da análise ca:
a) Para iD = 2 mA
b) Para iD = 25 mA
26 | P á g i n a
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Solução:
reta tangente colocada no joelho do diodo. Com isso, as tensões detectadas nos
valores da valores de iD = 4 mA e iD = 0 mA são iguais a:
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2. Aplicações do Diodo
2.1.Introdução
Embora os resultados obtidos com as características reais possam ser diferentes dos
obtidos pelas aproximações, deve-se ter em mente que as características obtidas a partir de
uma folha de dados (datasheet) podem ser ligeiramente diferentes de quando utilizado na
prática. Em outras palavras, as características de um diodo semicondutor podem variar de um
elemento para outro em um mesmo lote.
28 | P á g i n a
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analisados neste capítulo não empregue a abordagem da reta de carga, a técnica será utilizada
com frequência nos capítulos subsequentes.
Aplicando a Lei de Kirchoff para tensões no circuito da figura 24, encontramos como
equação resultante a equação (8):
𝐸 = 𝑉𝐷 + 𝐼𝐷 ∙ 𝑅
(8)
As duas variáveis da equação (8) são as mesmas que as dos eixos coordenados da
figura 25 de forma que é permitido traçar graficamente. As interseções da reta de carga com a
curva característica do diodo podem ser determinadas facilmente considerando o fato de que
em qualquer ponto do eixo horizontal, 𝐼𝐷 = 0 𝑚𝐴 e em qualquer ponto do eixo vertical,
𝑉𝐷 = 0 𝑉, e define – se a equação (9) por:
𝐸
𝐼𝐷 = �
𝑅 𝑉𝐷 =0 (9)
29 | P á g i n a
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𝑉𝐷 = 𝐸|𝐼𝐷 =0
(10)
Uma linha reta traçada entre os dois pontos definirá a reta de carga, como mostrado
na figura 26 a seguir, e se mudar o valor de R, a interseção com o eixo vertical se modifica. O
resultado é uma mudança na inclinação da reta de carga e um ponto de interseção diferente
entre essa reta e a curva característica do dispositivo.
Vendo a figura 26, tem - se uma reta de carga definida pela equação e uma curva
característica definida pelo dispositivo. O ponto de interseção entre as duas curvas representa
o ponto de operação para o circuito. Desenhando uma linha vertical até o eixo horizontal
determina - se a tensão do diodo 𝑉𝐷 enquanto uma linha horizontal do ponto de interseção ao
eixo vertical fornecerá o valor de 𝐼𝐷 , que é a corrente que flui por todo o circuito.
30 | P á g i n a
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Exemplo 1
Solução:
De modo que:
𝑉𝑅 = 𝐼𝐷𝑄 ∙ 𝑅 = 9,25 ∙ 10−3 𝑥1 ∙ 103 = 9,25 𝑉
31 | P á g i n a
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Exemplo 2
Solução:
Observando esta figura nota – se que para 𝑉𝐷 = 0,7 𝑉, temos como ponto de
operação:
𝑉𝐷𝑄 = 0,7 𝑉
𝐼𝐷𝑄 = 9,25 𝑚𝐴
No caso do diodo ideal, a curva característica do diodo passa pela reta vertical da
corrente do diodo. Neste caso, o ponto de operação é expresso por:
32 | P á g i n a
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𝑉𝐷𝑄 = 0 𝑉
𝐼𝐷𝑄 = 10 𝑚𝐴
Lembre-se de que para os circuitos equivalentes 0,7 V e 0,3 V não são fontes
independentes de energia e que aparecem simplesmente para lembrar que para se ligar um
diodo necessita – se de uma tensão de oposição. Um diodo isolado em uma bancada de
laboratório não indicará 0,7 V ou 0,3V se um voltímetro for colocado entre seus terminais. A
queda de tensão no diodo ocorrerá quando este estiver “ligado” e especificará que a tensão no
diodo deverá ser no mínimo igual aos limiares especificados para que seja estabelecida a
condução.
33 | P á g i n a
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“desligados”? Uma vez determinado isso, o circuito equivalente apropriado pode ser
substituído, e os parâmetros restantes do circuito podem ser determinados.
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𝑉𝐷 = 𝑉𝑇
(11)
𝑉𝑅 = 𝐸 − 𝑉𝑇
(12)
𝑉𝑅
𝐼𝐷 = 𝐼𝑅 =
𝑅
(13)
Se o diodo for invertido, com essa substituição mental por um elemento resistivo,
revela que o sentido da corrente não é o mesmo do símbolo do diodo. A figura 29 apresenta
este novo circuito e o diodo está no estado “desligado” resultando no circuito equivalente
redesenhado na figura 30. Como o circuito está aberto, a corrente do diodo é 0 𝑚𝐴 e a tensão
através do resistor R é expressa na equação (14):
𝑉𝑅 = 𝐼𝐷 ∙ 𝑅 = 𝐼𝑅 ∙ 𝑅 = (0 𝑚𝐴) ∙ 𝑅 = 0 𝑉
(14)
Exemplo 3
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Solução:
Na primeira figura como o diodo está no mesmo sentido da corrente este está
“ligado”. Com isso, as equações (11) – (13) definem os valores encontrados e desta forma:
𝑉𝐷 = 𝑉𝑇 = 0,7 𝑉
𝑉𝑅 = 𝐸 − 𝑉𝑇 = 8 − 0,7 𝑉 = 7,3 𝑉
𝑉𝑅 7,3 𝑉
𝐼𝐷 = 𝐼𝑅 = = = 3,3 𝑚𝐴
𝑅 2,2 𝑘Ω
Se invertemos o sentido do diodo, conforme a segunda figura, este passa a estar
“desligado”. E como o diodo está “desligado”, o circuito está aberto, e com isso, 𝐼𝐷 = 0 𝑚𝐴. A
figura abaixo mostra o circuito redesenhado:
𝐸 − 𝑉𝐷 − 𝑉𝑅 = 0 ⇒ 𝑉𝐷 = 𝐸 − 𝑉𝑅 = 8 − 0 = 8 𝑉
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Exemplo 4
Solução:
Exemplo 5
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Solução:
Como o diodo está com o mesmo sentido da corrente ele está “ligado” e deve – se
inserir a queda de tensão do diodo. Desta forma, a corrente 𝐼 que flui pelo circuito é definida
por:
𝐸1 + 𝐸2 − 𝑉𝐷 10 𝑉 + 5 𝑉 − 0,7 𝑉
𝐸1 − 𝑅1 ∙ 𝐼 − 𝑉𝐷 − 𝑅2 ∙ 𝐼 + 𝐸2 = 0 ⇒ 𝐼 = = = 2,07 𝑚𝐴
(𝑅1 + 𝑅2 ) (4,7 𝑘Ω + 2,2 𝑘Ω)
𝑉1 = 𝑅1 ∙ 𝐼 = 2,07 𝑚𝐴 ∙ 4,7 𝑘Ω = 9,74 𝑉
𝑉2 = 𝑅2 ∙ 𝐼 = 2,07 𝑚𝐴 ∙ 2,2 𝑘Ω = 4,56 𝑉
𝑉𝑜 = 𝑉2 − 𝐸2 = 4,56 𝑉 − 5 𝑉 = −0,44 𝑉
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Exemplo 6
a. 𝑉𝑜 b. 𝐼1 c. 𝐼𝐷1 d. 𝐼𝐷2
Solução:
A “pressão” da fonte deverá estabelecer uma corrente através de cada diodo com o
mesmo sentido. Uma vez que o sentido da corrente resultante está de acordo com o da seta
do símbolo de cada diodo e a tensão aplicada é maior do que 𝑉𝑇 = 0,7 𝑉, ambos os diodos
estão no estado “ligado”. A tensão através ele elementos em paralelo é sempre a mesma e
desta forma:
𝑉𝑜 = 0,7 𝑉
A figura abaixo mostra o sentido de cada corrente que flui por cada diodo:
𝐸 − 𝑉𝐷 10 − 0,7
𝐼1 = = = 28,18 𝑚𝐴
𝑅 0,33 𝑘Ω
Se os diodos possuem características semelhantes:
𝐼1 28,18 ∙ 10−3
𝐼𝐷1 = 𝐼𝐷2 = = = 14,09 𝑚𝐴
2 2
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Exemplo 7
Solução:
𝐸1 − 𝐸2 − 𝑉𝐷 20 − 4 − 0,7 15,3 𝑉
𝐼= = = = 6,95 𝑚𝐴
𝑅 2,2 𝑘Ω 2,2 𝑘Ω
40 | P á g i n a
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Exemplo 8
Solução:
A tensão aplicada ligaria dois diodos. Porém, se ambos estivessem “ligados”, a queda
de 0,7 𝑉 através do diodo de silício não estaria de acordo com a queda de 0,3 𝑉 do diodo de
germânio. Uma vez que a tensão através de dispositivos em paralelo deve ser a mesma.
Quando a tensão no diodo de germânio atinge 0,3 𝑉, este é “ligado” e mantém o valor de
0,3 𝑉 e a corrente passa a fluir pelo diodo, assim, o diodo de silício nunca terá a oportunidade
de atingir 0,7 𝑉 e permanece aberto estando “desligado”. Logo:
𝑉𝑜 = 12 − 0,3 = 11,7 𝑉
2.6. Portas E / Ou
A análise destas portas será realizada somente em função dos níveis de tensões
aplicados aos diodos, e, não será incluída a análise booleana nem a análise das lógicas positiva
e/ou negativa. A análise de portas E / Ou fica mais fácil se utilizar o circuito equivalente
aproximado de um diodo em vez do modelo ideal, assim sendo possível estipular que a tensão
através do diodo deve ser 0,7 𝑉 positivo para o diodo de silício (0,3𝑉 → 𝐺𝑒) para que esteja
“ligado”. Os exemplos seguintes são apresentados para facilitar o entendimento deste item:
41 | P á g i n a
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Exemplo 9
Solução:
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Exemplo 10
Solução:
Uma fonte independente aparece no ramo aterrado do circuito e tem o mesmo nível
lógico da entrada. Redesenhando o circuito, este fica indicado conforme a figura abaixo:
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𝐸 − 𝑉𝐷 10 − 0,7 𝑉
𝐼= = = 9,3 𝑚𝐴
𝑅 1 𝑘Ω
Para a porta E, portanto, uma única entrada 0 resultará em um nível 0 na saída.
Agora a análise de diodo é ampliada para incluir funções variantes no tempo, como a
forma de onda senoidal e a onda quadrada. O circuito mais simples é mostrado na figura 31. A
análise será utilizada a partir do modelo ideal. Ao longo de um ciclo completo indicado na
própria figura 31, o valor médio da tensão aplicada ao diodo é igual a zero.
44 | P á g i n a
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𝑉𝐶𝐶 = 0,318 ∙ 𝑉𝑚
(15)
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Aplicando a lei de Kirchhoff para tensões toma-se óbvio que o PIV máximo do diodo
deve ser igual ou maior do que o valor de pico da tensão aplicada possibilitando que a equação
(17) indique o valor da PIV:
𝑃𝐼𝑉𝑀𝐴𝑋 ≥ 𝑉𝑚
(17)
Exemplo 11
Solução:
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Como a área acima do eixo para um ciclo completo é agora o dobro da área obtida
para um retificador de meia onda, o nível cc também foi dobrado e a equação (18) é definida
por:
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Exemplo 12
Solução:
entrada. A tensão de saída 𝑣𝑜 = 1�2 ∙ 𝑣𝑖 por causa do desenho realizado na figura abaixo.
2.8. Ceifadores
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da forma mais simples de ceifador a diodo é o retificador de meia onda em que dependendo
da orientação do diodo, a região positiva ou negativa do sinal de entrada é “ceifada”.
2.8.1. Série
A inclusão de uma fonte cc, pode ter um efeito pronunciado na saída de um ceifador
e não há nenhum procedimento geral para a análise de circuitos. A figura 42 ilustra o caso de
um ceifador em série com uma fonte cc:
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O sentido do diodo sugere que o sinal𝑣𝑖 deve ser positivo para ligá-lo. A fonte cc
requer que a tensão 𝑣𝑖 seja maior do que V volts para ligar o diodo. A região negativa do sinal
de entrada está forçando o diodo para o estado “desligado”, apoiado pela presença da fonte
cc. Sabe-se que o diodo comporta-se como um circuito aberto (estado 'desligado') para a
região negativa do sinal de entrada.
𝑣𝑖 = 𝑉
(20)
Para uma tensão de entrada maior do que V volts, o diodo está no estado de curto-
circuito, enquanto, para tensões de entrada menores do que V volts, o diodo está no estado de
circuito aberto. Quando o diodo está no estado de curto-circuito, a tensão de saída 𝑣𝑜 pode
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ser determinada aplicando-se a lei de Kirchhoff para tensões no sentido horário, e a equação
(21) ilustra a tensão.
𝑣𝑜 = 𝑣𝑖 − 𝑉
(21)
Assim, é possível traçar a forma de onda da tensão de saída a partir de determinados
pontos de 𝑣𝑜 , e que em um valor instantâneo de 𝑣𝑖 , a entrada pode ser considerada uma
fonte cc no valor de 𝑣𝑖 , podendo-se determinar o valor cc (instantâneo) correspondente da
saída.
Imagine um esboço da resposta do circuito com base no sentido do ciclo e nos níveis
de tensão aplicados. Depois, determine a tensão aplicada (tensão de transição) que causará
uma mudança de estado no diodo. Certifique-se sempre dos terminais do diodo e da
polaridade de 𝑣𝑜 . No fim, é sempre útil traçar o sinal de entrada acima da saída e determinar a
saída a partir de valores instantâneos de entrada.
2.8.2. Paralelo
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A polaridade da fonte cc e o sentido do diodo sugerem que ele estará “ligado” para a
polaridade negativa do sinal de entrada. Para essa polaridade, exigem que 𝑣𝑜 = 𝑉 = 4 𝑉.
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Exemplo 13
Solução:
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Esses portadores ajudar então no processo de ionização até que se estabeleça uma
alta corrente de avalanche e que se determine a região de ruptura por avalanche. A Figura 37
ilustra a região Zener do diodo.
O potencial máximo de polarização reversa que pode ser aplicado antes que o diodo
entre na região Zener é chamado de tensão de pico inversa (ou simplesmente PIV — peak
inverse voltage) ou tensão de pico reversa (PRV — peak reverse voltage).
Uma observação importante que deve ser feita é que se urna aplicação exigir uma
especificação de PIV maior que a de um único dispositivo, alguns diodos de características
semelhantes poderão ser conectados em série, do mesmo modo que diodos também são
conectados em paralelo para aumentar a capacidade de fluxo de corrente dependendo da
aplicação a ser utilizada.
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O modelo Zener a ser empregado para o estado “ligado” será como mostra a Figura
38. No estado “desligado”, definido por uma tensão menor do que 𝑉𝑍 porém maior do que
0 𝑉, com a polaridade indicada na figura 3, o equivalente Zener é o circuito aberto que
aparece na mesma figura.
0 < 𝑉 < 𝑉𝑍
Figura 39 - Diodo Zener no estado "desligado"
O caso mais simples de análise de circuitos com diodos Zener é o circuito contendo
tensão e resistência fixos apresentado na figura 4. A tensão cc aplicada é fixa, assim como o
resistor de carga. Para resolver o circuito com o diodo deve – se realizar o seguinte
procedimento:
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𝑅𝐿 ∙ 𝑉𝑖
𝑉𝐿 =
𝑅 + 𝑅𝐿 2-1)
𝑉𝐿 = 𝑉𝑍
2-2)
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A corrente no diodo Zener deve ser determinada aplicando-se a lei de Kirchhoff para
correntes, resultando na equação (A-3):
𝐼𝑍 = 𝐼𝑅 − 𝐼𝐿
2-3)
É importante frisar que apenas o primeiro passo foi empregado somente para
determinar o estado do diodo Zener. Se ele estiver “ligado”, a tensão através do diodo não é
de 𝑉𝐿 volts. Quando o sistema é “ligado”, o diodo Zener “ligará” assim que a tensão através
dele atingir 𝑉𝑍 volts. Ele estabilizará nesse valor e jamais alcançará o valor mais elevado de 𝑉𝐿
volts.
Então, são mais comumente utilizados em circuitos reguladores ou como uma tensão
de referência. Para valores de tensão aplicada maiores do que o necessário para “ligar” o
diodo Zener, a tensão através da carga será mantida em 𝑉𝑍 volts. Se esse diodo for empregado
corno urna tensão de referência, fornecerá um valor para comparação com outras tensões.
Exemplo 1:
Para o circuito abaixo determine 𝑉𝐿 , 𝑉𝑅 , 𝐼𝑍 :
Solução:
𝑅𝐿 ∙ 𝑉𝑖 1,2 𝑘Ω ∙ 16 𝑉
𝑉𝐿 = = = 8,7 𝑉
𝑅 + 𝑅𝐿 1 𝑘Ω + 1,2 𝑘Ω
Como 𝑉𝐿 < 𝑉𝑍 , o Zener está “desligado” e desta forma:
𝑉𝐿 = 8,7 𝑉
𝑉𝑅 = 𝑉𝐼 − 𝑉𝐿 = 16 𝑉 − 8,7 𝑉 = 7,3 𝑉
𝐼𝑍 = 0 𝐴
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Exemplo 2:
Repita o Exemplo 1, usando 𝑅𝐿 = 3 𝑘Ω:
Solução:
𝑅𝐿 ∙ 𝑉𝑖 3 𝑘Ω ∙ 16 𝑉
𝑉𝐿 = = = 12 𝑉
𝑅 + 𝑅𝐿 1 𝑘Ω + 3 𝑘Ω
Como agora 𝑉𝐿 > 𝑉𝑍 , tem – se:
𝑉𝐿 = 𝑉𝑍 = 10 𝑉
𝑉𝑅 = 𝑉𝐼 − 𝑉𝐿 = 16 𝑉 − 10 𝑉 = 6 𝑉
𝑉𝑅 6𝑉
𝐼𝑅 = = = 6 𝑚𝐴
𝑅 1 𝑘Ω
𝑉𝐿 10 𝑉
𝐼𝐿 = = = 3,33 𝑚𝐴
𝑅𝐿 3 𝑘Ω
𝐼𝑍 = 𝐼𝑅 − 𝐼𝐿 = 6 − 3,33 = 2,67 𝑚𝐴
O segundo caso que aparece em circuitos com Diodos Zener é quando a tensão de
entrada é fixa e a carga é variável. Devido à tensão 𝑉𝑍 , aparece uma faixa específica de valores
de resistor (e de corrente de carga) garantindo que o Zener esteja “ligado”. Uma resistência de
carga 𝑅𝐿 muito pequena resultará em uma tensão 𝑉𝐿 através da resistência de carga que será
menor do que 𝑉𝑍 fazendo que o diodo Zener esteja “desligado”.
𝑅 ∙ 𝑉𝑍
𝑅𝐿 =
𝑉𝐼 − 𝑉𝑍 (2-4)
Qualquer valor de resistência de carga maior do que o 𝑅𝐿 obtido na Equação (A-4)
garante que o diodo Zener esteja “ligado” e que possa ser substituído por sua fonte 𝑉𝑍
equivalente. A condição definida pela Equação (A-4) estabelece o 𝑅𝐿 mínimo, e também
especifica o 𝐼𝐿 máximo como a equação (A-5):
𝑉𝑍
𝐼𝐿𝑀𝐴𝑋 =
𝑅𝐿𝑀𝐼𝑁 (2-5)
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Como 𝐼𝑍 é limitado ao valor 𝐼𝑍𝑀𝐴𝑋 fornecido na folha de dados, ele influencia a faixa
de 𝑅𝐿 e, portanto, 𝐼𝐿 , e substituindo 𝐼𝑍 por 𝐼𝑍𝑀𝐴𝑋 , estabelece um valor mínimo para 𝐼𝐿 e para a
resistência máxima de carga como as equações (A-6) e (A-7):
𝐼𝐿𝑀𝐼𝑁 = 𝐼𝑅 − 𝐼𝑍𝑀𝐴𝑋
(2-6)
𝑉𝑍
𝑅𝐿𝑀𝐴𝑋 =
𝐼𝐿𝑀𝐼𝑁 (2-7)
Pode – se ter também o caso em que a resistência de carga possui valor fixo e a
tensão aplicada ao circuito é variável o qual deve ser suficiente para “ligar” o Zener. A tensão
mínima que “liga” o Zener é definida pela equação (A-8):
(𝑅𝐿 + 𝑅) ∙ 𝑉𝑍
𝑉𝐼𝑀𝐼𝑁 =
𝑅𝐿 (2-8)
O valor máximo da tensão de entrada é limitado pela corrente máxima no Zener. E a
equação (A-9) mostra qual é o valor da corrente no resistor:
𝐼𝑅𝑀𝐴𝑋 = 𝐼𝑍𝑀𝐴𝑋 + 𝐼𝐿
(2-9)
E como a corrente na carga é fixa, a tensão máxima de entrada é expressa na
equação (A-10):
𝑉𝐼𝑀𝐴𝑋 = 𝐼𝑅𝑀𝐴𝑋 ∙ 𝑅 + 𝑉𝑍
(2-10)
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Exemplo 3:
Para o circuito abaixo determine a faixa de valores de 𝑅𝐿 e 𝐼𝐿 para que 𝑉𝐿 = 10 𝑉:
Solução:
Para determinar 𝑅𝐿 :
𝑅∙𝑉𝑍 1 𝑘Ω∙10 𝑉
𝑅𝐿 = = = 250 Ω
𝑉𝐼 −𝑉𝑍 50 𝑉−10 𝑉
𝑉𝑅 = 𝑉𝐼 − 𝑉𝑍 = 50 𝑉 − 10 𝑉 = 40 𝑉
𝑉𝑅 40 𝑉
𝐼𝑅 = = = 40 𝑚𝐴
𝑅 1 𝑘Ω
𝐼𝐿𝑀𝐼𝑁 = 𝐼𝑅 − 𝐼𝑍𝑀𝐴𝑋 = 40 𝑚𝐴 − 32 𝑚𝐴 = 8 𝑚𝐴
𝑉𝑍 10 𝑉
𝑅𝐿𝑀𝐴𝑋 = = = 1,25 𝑘Ω
𝐼𝐿𝑀𝐼𝑁 8 𝑚𝐴
Exemplo 4:
Para quais valores de 𝑉𝐼 na figura abaixo manterá o diodo Zener “ligado”?
Solução:
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Esta polarização faz com que a sensibilidade a variações de beta é pequena. Caso os
níveis de 𝐼𝐶 e 𝑉𝐶𝐸 sejam adequadamente escolhidos, podem ser quase independentes de beta.
Como o ponto Q é definido a partir da escolha de um valor fixo de 𝐼𝐶 e 𝑉𝐶𝐸 , por mais que seja
modificado o valor de 𝐼𝐵 , o ponto de operação a partir das curvas características pode
permanecer fixo. A figura 1 (a) apresenta um exemplo da configuração por divisor de tensão, e
a figura 1 (b) mostra a definição do ponto Q para esta configuração.
(a) (b)
Figura 43 - Configuração de polarização por Divisor de Tensão (a) e a Definição do ponto Q Para Esta
Configuração (b)
Pode – se utilizar dois métodos de análise para esta configuração: A análise exata, em
que pode ser aplicada a qualquer configuração de polarização e a análise aproximada, que só é
utilizado quando condições específicas são satisfeitas. A análise aproximada permite uma
economia de tempo e trabalho.
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3.1.Análise Exata
A figura 1 (a) pode ser redesenhada conforme mostra a figura 2 para realizar a
análise cc.
𝑅2
𝑉𝑇ℎ = 𝑉𝑅2 = ∙𝑉
𝑅1 + 𝑅2 𝐶𝐶
(1)
O resistor equivalente de Thévenin é o valor de um resistor em paralelo equivalente
entre 𝑅1 e 𝑅2 e pode ser calculado a partir da equação (2):
𝑅1 ∙ 𝑅2
𝑅𝑇ℎ = 𝑅1 ∥ 𝑅2 =
𝑅1 + 𝑅2 (2)
De forma que o circuito equivalente de Thévenin é apresentado na figura 3:
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𝑉𝑇ℎ − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 =
𝑅𝑇ℎ + (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸 (3)
Já que a corrente de base 𝐼𝐵 passa a ser conhecida, as outras equações vistas
anteriormente são utilizadas para o cálculo de 𝑉𝐶𝐸 , 𝑉𝐸 , 𝑉𝐶 𝑒 𝑉𝐵 para a configuração de
polarização do emissor. A equação (4) é usada para o cálculo de 𝑉𝐶𝐸 :
Exemplo 1
Determine 𝑉𝐶𝐸 e 𝐼𝐶 para a configuração do divisor de tensão a seguir:
Solução:
𝑅1 ∙ 𝑅2 39𝑘 ∙ 3,9𝑘
𝑅𝑇ℎ = 𝑅1 ∥ 𝑅2 = = = 3,55 𝑘Ω
𝑅1 + 𝑅2 39𝑘 + 3,9𝑘
𝑅2 3,9 𝑘Ω
𝑉𝑇ℎ = 𝑉𝑅2 = ∙ 𝑉𝐶𝐶 = ∙ 22 𝑉 = 2 𝑉
𝑅1 + 𝑅2 39 𝑘Ω + 3,9 𝑘Ω
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𝑅𝑖 = (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸 (5)
Caso 𝑅𝑖 seja muito maior que 𝑅2 , 𝐼𝐵 é muito menor que 𝐼2 , e, 𝐼2 ≅ 𝐼1 . Se 𝐼𝐵 → 0
tanto para 𝐼1 quanto para 𝐼2 , podemos considerar que 𝐼1 = 𝐼2 e 𝑅1 e 𝑅2 estarão em série. A
tensão na base está aplicada em 𝑅2 e é determinada por meio da aplicação da regra do divisor
de tensão, de modo que podemos aplicar a equação (1) novamente:
𝑅2
𝑉𝐵 = 𝑉𝑅2 = ∙𝑉
𝑅1 + 𝑅2 𝐶𝐶
(1)
Como 𝑅𝑖 = (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸 ≅ 𝛽 ∙ 𝑅𝐸 , a condição que define se este método pode ser
aplicado é expressa na equação (6):
𝛽 ∙ 𝑅𝐸 ≥ 10 ∙ 𝑅2 (6)
Ou seja, Se o valor de 𝛽 multiplicado por 𝑅𝐸 for 10 vezes maior do que o valor de 𝑅2 ,
este método pode ser utilizado com alto grau de precisão. Já que 𝑉𝐵 foi calculado, 𝑉𝐸 é
calculado utilizando a equação (7):
𝑉𝐸 = 𝑉𝐵 − 𝑉𝐵𝐸 (7)
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𝑉𝐸 (8)
𝐼𝐸 =
𝑅𝐸
E a corrente no coletor 𝐼𝐶 ≅ 𝐼𝐸 , de modo que a tensão 𝑉𝐶𝐸 é calculada utilizando a
equação (9):
Exemplo 2
Repita o Exemplo 1 utilizando a Análise Aproximada.
Solução:
210 𝑘Ω ≥ 39 𝑘Ω
𝑉𝐸 1,3 𝑉
𝐼𝐸 = = = 0,867 𝑚𝐴
𝑅𝐸 1,5 𝑘Ω
𝑉𝐶𝐶 (10)
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 =
𝑅𝐶 + 𝑅𝐸
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Esta análise será refeita analisando inicialmente a malha base – emissor e com os
resultados aplicar à malha coletor – emissor.
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Porém, como 𝐼𝐶 𝑒 𝐼𝐶′ são muito maiores que os valores de 𝐼𝐵 , podemos substituir pela equação
(12):
𝐼𝐶′ ≅ 𝐼𝐶 = 𝛽 ∙ 𝐼𝐵 (12)
E como na outra relação 𝐼𝐸 ≅ 𝐼𝐶 , tem – se como a corrente de base definida na
equação (13):
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 = (13)
𝑅𝐵 + 𝛽 ∙ (𝑅𝐶 + 𝑅𝐸 )
Percebe – se que o resultado da equação (13) é parecido com o resultado das
equações das polarizações anteriores. Então, a realimentação resulta na reflexão da resistência
de coletor 𝑅𝐶 para o circuito de entrada, bem como a resistência de emissor 𝑅𝐸 .
De uma forma geral, a equação (13) pode ser escrita da maneira conforme a equação
(14):
𝑉′
𝐼𝐵 = (14)
𝑅𝐵 + 𝛽 ∙ 𝑅′
Onde 𝑅′ = 𝑅𝐸 quando o emissor for polarizado com 𝛽 + 1 ≅ 𝛽 , e 𝑅′ = 𝑅𝐶 + 𝑅𝐸 .
𝛽 ∙ 𝑉′ (15)
𝐼𝐶𝑄 =
𝑅𝐵 + 𝛽 ∙ 𝑅′
Então, quanto maior for 𝛽 ∙ 𝑅′ relacionado com 𝑅𝐵 , menor será a sensibilidade de 𝐼𝐶
𝛽 ∙ 𝑉′ 𝛽 ∙ 𝑉 ′ 𝑉′ (16)
𝐼𝐶𝑄 = ≅ =
𝑅𝐵 + 𝛽 ∙ 𝑅′ 𝛽 ∙ 𝑅′ 𝑅′
E assim, a corrente de coletor é independente do valor de beta. Como 𝑅′ possui valor
relativamente grande para a configuração de polarização do emissor, a sensibilidade a 𝛽 será
menor ainda. Note que 𝑅′ = 0 para a configuração com polarização fixa e, portanto, essa
configuração é a mais sensível em relação à variações de 𝛽.
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emissor:
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Exemplo 3
Determine os valores de 𝐼𝐶 e de 𝑉𝐶𝐸 para o circuito abaixo:
Solução:
𝐼𝐶 = 𝛽 ∙ 𝐼𝐵 = 90 ∙ 11,91 𝜇𝐴 = 1,07 𝑚𝐴
Exemplo 4
Calcule utilizando o mesmo circuito do exemplo anterior, porém com 𝛽 = 135.
Solução:
Note que apesar do valor de 𝛽 ser 50% maior, o aumento de 𝐼𝐶 foi apenas de 12% e
que inclusive o valor de 𝑉𝐶𝐸 diminuiu em 20%.
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𝑉𝐶𝐶
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 = (19)
𝑅𝐶 + 𝑅𝐸
Exemplo 5
Para o circuito abaixo determine:
a. 𝐼𝐶 ,𝑉𝐶𝐸
b. 𝑉𝐵 , 𝑉𝐶 , 𝑉𝐸 𝑒 𝑉𝐶𝐵
Solução:
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𝑉𝐵 = 𝑉𝐵𝐸 = 0,7 𝑉
𝑉𝐶 = 𝑉𝐶𝐸 = 11,26 𝑉
𝑉𝐸 = 0 𝑉
Exemplo 6
Determine 𝑉𝐶 e 𝑉𝐵 para o circuito abaixo:
Solução:
𝐼𝐶 = 𝛽 ∙ 𝐼𝐵 = 45 ∙ 83 𝜇𝐴 = 3,735 𝑚𝐴
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Observe que a tensão de saída é oposta à tensão de entrada, quando aplicada à base
ou no terminal de entrada. Observe também que não existe nenhuma fonte cc conectada à
base, e a única fonte cc é a que está conectada ao coletor, ou no circuito de saída e, nos
computadores é igual ao nível alto do sinal aplicado.
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𝑉𝐶𝐶
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 = (20)
𝑅𝐶
E o valor de 𝐼𝐵 na região ativa logo antes da saturação, é aproximado pela equação
(21):
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡
𝐼𝐵 ≅ (21)
𝛽𝑐𝑐
Então, para que 𝐼𝐵 fique na região de saturação, a condição que deve ser satisfeita
deve ser atendida pela equação (22):
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡
𝐼𝐵 ≥ (22)
𝛽𝑐𝑐
Para o circuito da figura 8, por exemplo, quando 𝑉𝑖 = 5 𝑉 ,o valor de 𝐼𝐵 e de 𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡
são iguais a:
𝑉𝑖 − 𝑉𝐵𝐸 5 𝑉 − 0,7 𝑉
𝐼𝐵 = = = 63 𝜇𝐴
𝑅𝐵 68 𝑘Ω
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𝑉𝐶𝐶 5𝑉
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 = = = 6,1 𝑚𝐴
𝑅𝐶 0,82 𝑘Ω
Mas será que a corrente 𝐼𝐵 está saturada? Para saber, basta resolver a equação (22):
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 6,1 𝑚𝐴
𝐼𝐵 = 63 𝜇𝐴 ≥ = = 48,8 𝜇𝐴
𝛽𝑐𝑐 125
Ou seja, qualquer valor de 𝐼𝐵 maior que 60 𝜇𝐴vai cortar a reta de carga em um ponto
Q bem próximo ao eixo vertical.
O transistor pode ser empregado também como uma chave em circuitos digitais,
utilizando as extremidades da reta de carga, pois, na saturação a corrente 𝐼𝐶 é muito alta e a
tensão coletor – emissor 𝑉𝐶𝐸 é muito baixa. O resultado então é determinado por um valor
equivalente de resistência pela equação (23):
𝑉𝐶𝐸𝑆𝑎𝑡
𝑅𝑆𝑎𝑡 = (23)
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡
Se 𝑉𝐶𝐸𝑆𝑎𝑡 = 0,15 𝑉 esta resistência de saturação é igual a:
𝑉𝐶𝐸𝑆𝑎𝑡 0,15 𝑉
𝑅𝑆𝑎𝑡 = = = 24,6 Ω
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 6,1 𝑚𝐴
𝑉𝐶𝐶 5𝑉
𝑅𝐶𝑢𝑡 = = =∞Ω
𝐼𝐶𝐸𝑂 0 𝑚𝐴
Por exemplo, em um caso típico de 𝐼𝐶𝐸𝑂 = 10 𝜇𝐴, o valor desta resistência no corte é
igual a:
𝑉𝐶𝐶 5𝑉
𝑅𝐶𝑢𝑡 = = = 500 𝑘Ω
𝐼𝐶𝐸𝑂 10 𝜇𝐴
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Exemplo 7
Determine os valores de 𝑅𝐵 e 𝑅𝐶 para o transistor na figura a seguir, quando
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 = 10 𝑚𝐴.
Solução:
𝑉𝐶𝐶 𝑉𝐶𝐶 10 𝑉
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 = ∴ 𝑅𝐶 = = = 1 𝑘Ω
𝑅𝐶 𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 10 𝑚𝐴
Na saturação:
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 10 𝑚𝐴
𝐼𝐵 ≅ = = 40 𝜇𝐴
𝛽𝑐𝑐 250
𝑉𝑖 − 𝑉𝐵𝐸 10 𝑉 − 0,7 𝑉
𝐼𝐵 = = = 62 𝜇𝐴
𝑅𝐵 150 𝑘Ω
𝐼𝐶𝑆𝑎𝑡 10 𝑚𝐴
𝐼𝐵 = 62 𝜇𝐴 ≥ = = 40 𝜇𝐴
𝛽𝑐𝑐 250
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𝑡𝑂𝑁 = 𝑡𝑟 + 𝑡𝑑 (24)
Onde:
E o tempo total necessário para que o transistor alterne de ligado para desligado é
expresso pela equação (25):
𝑡𝑂𝐹𝐹 = 𝑡𝑠 + 𝑡𝑓 (25)
Onde:
𝑡𝑠 →Tempo de armazenamento
A figura 11 apresenta esta definição de intervalos de tempo para uma onda pulsada:
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3.11. Transistor p – n – p
A análise dos transistores p – n – p segue o mesmo padrão estabelecido dos
transistores n – p – n. O valor de 𝐼𝐵 é determinado inicialmente e depois as relações são
aplicadas para o transistor de modo que possa determinar todas as outras variáveis. A
diferença entre as duas análises é o sinal associado a quantidades específicas. A figura 12
apresenta um transistor p – n – p na configuração de polarização do emissor:
Aplicando a Lei de Kirchoff para tensões nesta malha base – emissor resulta na
equação (26):
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 = (27)
𝑅𝐵 + (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸
Podemos observar que na equação (27) a tensão 𝑉𝐵𝐸 tem seu sinal invertido, ou seja,
𝑉𝐵𝐸 = −0,7 𝑉 e o sentido da corrente de base 𝐼𝐵 é o oposto para o transistor n – p – n. Na
determinação de 𝑉𝐶𝐸 , Kirchoff é aplicada na malha coletor – emissor o que implica na equação
(28):
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Exemplo 8
Determine o valor de 𝑉𝐶𝐸 para a configuração do circuito a seguir:
Solução:
Inicialmente testar 𝛽 ∙ 𝑅𝐸 ≥ 10 ∙ 𝑅2 :
Depois, calcular 𝑉𝐵 :
𝑅2 10 𝑘Ω
𝑉𝐵 = ∙ 𝑉𝐶𝐶 = ∙ (−18 𝑉) = −3,16 𝑉
𝑅1 + 𝑅2 47 𝑘Ω + 10 𝑘Ω
𝑉𝐵 − 𝑉𝐵𝐸 − 𝑉𝐸 = 0 ∴ 𝑉𝐸 = 𝑉𝐵 − 𝑉𝐵𝐸
𝑉𝐸 2,46 𝑉
𝐼𝐸 = = = 2,24 𝑚𝐴
𝑅𝐸 1,1 𝑘Ω
𝑉𝐶𝐸 = −𝑉𝐶𝐶 + 𝐼𝐶 ∙ (𝑅𝐶 + 𝑅𝐸 ) = −18 𝑉 + (2,24 𝑚𝐴) ∙ (2,4 𝑘Ω + 1,1 𝑘Ω) = −10,16 𝑉
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4.1.Introdução
No FET é estabelecido um campo elétrico pelas cargas presentes que vão controlar a
condução para o circuito de saída sem precisar de um contato entre as quantidades
controladoras e as controladas.
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tensão dos amplificadores TBJ são geralmente maiores que os dos amplificadores com FET. São
úteis para a construção de CIs devido ao tamanho, menor que o tamanho dos TBJs.
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Uma tensão positiva 𝑉𝐷𝑆 foi aplicada ao canal e a porta foi conectada diretamente à
fonte para determinar que 𝑉𝐺𝑆 = 0. Os terminais de porta e fonte possuem o mesmo potencial
e uma região de depleção surge na extremidade inferior de cada região do tipo p. Quando uma
tensão 𝑉𝐷𝑆 é aplicada, os elétrons seguem para o dreno, estabelecendo uma corrente 𝐼𝐷 , e o
caminho do fluxo de elétrons mostra que tanto a corrente do dreno quanto a da fonte são
iguais (𝐼𝐷 = 𝐼𝑆 ) e o fluxo de carga é limitado somente pela resistência do canal n entre o dreno
e a fonte. A figura 3 mostra o transistor sendo alimentado com tensão VDS > 0:
Com o aumento da tensão 𝑉𝐷𝑆 , a sua corrente aumenta conforme a Lei de Ohm. Se
os valores de 𝑉𝐷𝑆 forem baixos, a resistência será basicamente constante. Conforme o
aumento de 𝑉𝐷𝑆 para 𝑉𝑃 , as regiões de depleção se alargam e a largura do canal n diminui
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provocando um aumento da resistência até atingir um valor “infinito”. Quando as duas regiões
se tocam, aparece a condição de estrangulamento (pinch – off), e o valor de 𝑉𝐷𝑆 que
estabelece esta condição é chamado de tensão de estrangulamento (tensão de pinch – off)
denotado por 𝑉𝑃 . As figuras 5(a) e 5(b) apresentam o gráfico da conte pela tensão e o
estrangulamento.
(a) (b)
Figura 59 - Gráfico de Corrente 𝑰𝑫 x Tensão 𝑽𝑫𝑺 (a) e o Estrangulamento (b)
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𝑟𝑜
𝑟𝑑 =
𝑉𝐺𝑆 2 (1)
�1 − �
𝑉𝑃
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Então, algumas definições podem ser comentadas em relação ao JFET e que podem
ser utilizadas nos pontos seguintes, tais como:
A corrente máxima é definida por 𝐼𝐷𝑆𝑆 e ocorre quando 𝑉𝐺𝑆 = 0 e 𝑉𝐷𝑆 ≥ |𝑉𝑃 |. Um
exemplo é apresentado na figura 10.
Para tensões porta – fonte 𝑉𝐺𝑆 menores (ou mais negativos) que o valor da tensão de
estrangulamento, a corrente de dreno 𝐼𝐷 = 0 𝐴 como é mostrado na figura 11
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Figura 66 - 𝑰𝑫 varia entre 𝟎 − 𝑰𝑫𝑺𝑺 com 𝑽𝑮𝑺 ≤ 𝟎 e maior que a tensão de estrangulamento
𝐼𝐶 = 𝛽 ∙ 𝐼𝐵 (2)
Por exemplo, se o valor de 𝐼𝐵 é triplicado, o valor de 𝐼𝐶 também é triplicado. Porém,
para o JFET não existe uma relação como esta. No JFET existe a relação entre 𝑉𝐺𝑆 e 𝐼𝐷 , definida
pela equação de Shockley, expressa pela equação (3):
𝑉𝐺𝑆 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � (3)
𝑉𝑃
A equação (3) nos indica que aparece uma relação quadrática e não linear entre 𝐼𝐷 e
𝑉𝐺𝑆 , com uma curva que cresce de forma exponencial com valores decrescentes de 𝑉𝐺𝑆 .
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A figura 13 apresenta uma curva que também pode ser obtida diretamente a partir
da equação (3), só com os valores de 𝐼𝐷𝑆𝑆 e 𝑉𝑃 que definem os valores de limite da curva, o
que falta apenas encontrar alguns pontos intermediários. Substituindo 𝑉𝐺𝑆 = 0 na equação (3)
tem – se:
𝑉𝐺𝑆 2 0 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 𝐼𝐷𝑆𝑆
𝑉𝑃 𝑉𝑃
E substituindo 𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝑃 na equação (3):
𝑉𝐺𝑆 2 𝑉𝑃 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 0
𝑉𝑃 𝑉𝑃
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𝑉𝐺𝑆 2 −1 2 3 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 8 ∙ �1 − � = 8 ∙ � � = 4,5 𝑚𝐴
𝑉𝑃 −4 4
A equação (4) mostra o valor de 𝑉𝐺𝑆 a partir de um valor pré – determinado de 𝐼𝐷 e é
igual a:
𝐼𝐷
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝑃 ∙ �1 − � � (4)
𝐼𝐷𝑆𝑆
Existe um método simplificado que é mais rápido e eficiente contendo certa precisão.
Se o valor de 𝑉𝐺𝑆 for metade do valor de estrangulamento, o valor da corrente de dreno 𝐼𝐷 ,
determinado pela equação (3):
2
𝑉𝑃�
𝑉𝐺𝑆 2 2� = 𝐼 1 2 1
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − 𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ � � = 0,25 ∙ 𝐼𝐷𝑆𝑆
𝑉𝑃 𝑉𝑃 2 4
𝐼𝐷𝑆𝑆�
𝐼𝐷 2� = 𝑉 ∙ �1 − �1� = 𝑉 ∙ 0,293
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝑃 ∙ �1 − � � = 𝑉𝑃 ∙ �1 − � 𝑃 𝑃
𝐼𝐷𝑆𝑆 𝐼𝐷𝑆𝑆 2
Com quatro pontos somente a curva de transferência pode ser formada com certo
nível de precisão. A tabela 1 apresenta os níveis de tensão porta – fonte pela corrente de
dreno através da equação de Shockley:
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𝑉𝐺𝑆 𝐼𝐷
0 𝐼𝐷𝑆𝑆
0,3 ∙ 𝑉𝑃 𝐼𝐷𝑆𝑆�
2
0,5 ∙ 𝑉𝑃 𝐼𝐷𝑆𝑆�
4
𝑉𝑃 0
Tabela 3 – Tensão Porta – Fonte x Corrente de Dreno a partir da Equação de Shockley
Exemplo 1
Determine a curva característica do JFET quando 𝐼𝐷𝑆𝑆 = 12 𝑚𝐴 e 𝑉𝑃 = −6 𝑉:
A partir da tabela 1:
𝑉𝐺𝑆 𝐼𝐷
0 𝐼𝐷𝑆𝑆 = 12 𝑚𝐴
0,3 ∙ 𝑉𝑃 = 0,3 ∙ (−6) = −1,8 𝑉 𝐼𝐷𝑆𝑆�
2 = 6 𝑚𝐴
0,5 ∙ 𝑉𝑃 = 0,5 ∙ (−6) = −3 𝑉 𝐼𝐷𝑆𝑆�
4 = 3 𝑚𝐴
𝑉𝑃 = −6 𝑉 0
Então o gráfico fica realizado da seguinte forma:
Nos JFETs de canal p, a equação de Shockley é aplicada do mesmo modo do que para
o canal n. Porém, neste caso, 𝑉𝑃 e 𝑉𝐺𝑆 terão valores positivos.
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Exemplo 2
Trace a curva de transferência de um dispositivo de canal p, para 𝐼𝐷𝑆𝑆 = 4 𝑚𝐴 e
𝑉𝑃 = 3 𝑉:
𝑉𝐺𝑆 𝐼𝐷
0 𝐼𝐷𝑆𝑆 = 4 𝑚𝐴
0,3 ∙ 𝑉𝑃 = 0,3 ∙ 3 = 0,9 𝑉 𝐼𝐷𝑆𝑆�
2 = 2 𝑚𝐴
0,5 ∙ 𝑉𝑃 = 0,5 ∙ 3 = 1,5 𝑉 𝐼𝐷𝑆𝑆�
4 = 1 𝑚𝐴
𝑉𝑃 = 3 𝑉 0
E o gráfico fica tracejado deste jeito:
Então, pode – se comparar as relações entre o TBJ e o JFET de acordo com a tabela 2
abaixo:
JFET TBJ
2
𝑉𝐺𝑆
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � 𝐼𝐶 = 𝛽 ∙ 𝐼𝐵
𝑉𝑃
𝐼𝐷 = 𝐼𝑆 𝐼𝐶 ≅ 𝐼𝐸
𝐼𝐺 ≅ 0 𝐴 𝑉𝐵𝐸 ≅ 0,7 𝑉
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Deste modo, o nome MOSFET se refere ao metal dos terminais, ao óxido da camada
isolante e do semicondutor da estrutura das regiões tipo p e tipo n.
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Se tiver uma tensão negativa de 𝑉𝐺𝑆 , esta tensão irá direcionar os elétrons em
direção ao substrato do tipo p e dependendo da tensão negativa, um nível de recombinação
reduzirá a quantidade de elétrons livres no canal tipo n para condução e, quanto mais negativa
a tensão de polarização, maior é a taxa de recombinação.
Para os valores positivos de 𝑉𝐺𝑆 a porta com potencial positivo atrai portadores livres
do substrato tipo p devido a corrente de fuga reversa e aparecem novos portadores. A figura 3
apresenta as curvas características de dreno e de transferência para o MOSFET tipo depleção
de canal n.
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A figura 3 mostra que de acordo com o aumento da tensão porta – fonte aumenta a
corrente de dreno. Ou seja, a aplicação de tensão positiva na tensão porta – fonte intensificou
o número de portadores livres no canal quando comparado a 𝑉𝐺𝑆 = 0. Por isso, a região de
tensões positivas de porta nas curvas características de dreno ou de transferência é
geralmente chamada de região de intensificação e a região entre os níveis de corte e saturação
chama-se região de depleção.
Exemplo 3
Trace a curva de transferência de um MOSFET tipo depleção de canal n quando
𝐼𝐷𝑆𝑆 = 10 𝑚𝐴 e 𝑉𝑃 = −4 𝑉:
Solução:
Em 𝑉𝐺𝑆 = 0, 𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 = 10 𝑚𝐴
Em 𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝑃 = −4 𝑉 ⇒ 𝐼𝐷 = 0 𝑚𝐴
Em 𝑉𝐺𝑆 =
𝑉𝑃� −4� = −2 𝑉 ⟹ 𝐼 = 𝐼𝐷𝑆𝑆� = 10 𝑚𝐴� = 2,5 𝑚𝐴
2= 2 𝐷 4 4
𝐼𝐷𝑆𝑆�2 = 5 𝑚𝐴
Em 𝑉𝐺𝑆 = 0,3 ∙ 𝑉𝑃 = 0,3 ∙ (−4 𝑉) = −1,2 𝑉 ⇒ 𝐼𝐷 =
Lembrando que 𝐼𝐷 aumenta rapidamente para valores positivos de 𝑉𝐺𝑆
𝑉𝐺𝑆 2 +1 2 1 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − �𝑉 � = 10 ∙ �1 − � �� = 10 ∙ �1 − �− �� = 10 ∙ (1 + 0,25)2
𝑃 −4 4
= 10 ∙ 1,5625 = 15,63 𝑚𝐴
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Uma camada de material do tipo p é formada a partir de uma base de silício. Este
substrato pode estar conectado internamente ao terminal da fonte ou a um quarto terminal
disponível para o controle de potencial. Os terminais da fonte e do dreno estão conectados às
regiões do tipo n, porém, não existe um canal entre estas duas regiões. Esta é a diferença
principal entre um MOSFET tipo depleção e tipo intensificação: A ausência de um canal como
componente de dispositivo. Existe uma camada para isolar a plataforma metálica da porta de
região entre o dreno e a fonte que pode ser o dióxido de silício (𝑆𝑖𝑂2 ). A figura 5 ilustra o
MOSFET tipo Intensificação.
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A figura 6 ilustra esta situação com 𝑉𝐷𝑆 e 𝑉𝐺𝑆 sendo tensões positivas com um
potencial positivo para o dreno e para a porta em relação à fonte. O potencial da porta
pressionará as lacunas para o substrato p ao longo do isolante de (𝑆𝑖𝑂2 ), e que resulta em
uma região de depleção próxima a camada isolante livre de lacunas.
Figura 73
No entanto, os elétrons no substrato p serão atraídos para a porta que está com um
potencial positivo e vão se acumular próximo a superfície de (𝑆𝑖𝑂2 ). A camada isolante de
(𝑆𝑖𝑂2 ) evitará que os portadores negativos sejam absorvidos pelo terminal da porta.
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representado por 𝑉𝑇 , nos datasheets, pode também ser representado por 𝑉𝐺𝑆(𝑇ℎ) . Como o
canal não existe para 𝑉𝐺𝑆 = 0, ele é intensificado pela aplicação da tensão porta – fonte
positiva.
Aplicando Kirchoff para tensões nos terminais da figura 7, a equação (1) é escrita por:
Se 𝑉𝐺𝑆 for mantido em um valor fixo, e 𝑉𝐷𝑆 for aumentado para uma tensão menor
que 𝑉𝐺𝑆 , a porta se tornará menos positiva em relação ao dreno. Esta redução da tensão porta
– dreno vai reduzir as forças atrativas para os portadores livres (neste caso os elétrons) na
região do canal induzido, levando a uma redução da largura até o estrangulamento do mesmo
e a saturação por fim estará estabelecida.
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Também de acordo com a figura 8, caso o nível de 𝑉𝐺𝑆 aumenta da tensão de limiar
𝑉𝑇 para 𝑉𝐺𝑆 = 8 𝑉, o nível da corrente de dreno de saturação aumenta para 𝐼𝐷 = 10 𝑚𝐴, e o
espaço entre as curvas de 𝑉𝐺𝑆 aumentam, o que provoca um aumento no valor da corrente de
dreno. Assim, para valores de 𝑉𝐺𝑆 > 𝑉𝑇 , a corrente de dreno passa a ser relacionada com a
tensão porta – fonte a partir da equação (3):
𝐼𝐷(𝑂𝑁)
𝑘= 2 (4)
�𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) − 𝑉𝑇 �
Utilizando a equação (4), se 𝐼𝐷(𝑂𝑁) = 10 𝑚𝐴 quando 𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) = 8 𝑉, de acordo com a
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𝐼𝐷(𝑂𝑁) 10 𝑚𝐴 10 𝑚𝐴
𝑘= = = = 0,278 𝑥10−3 𝐴� 2
2 (8 𝑉 − 2 𝑉)2 36 𝑉 2 𝑉
�𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) − 𝑉𝑇 �
Exemplo 4
Usando a folha de dados da página anexa, e considerando 𝑉𝐺𝑆𝑇ℎ = 3 𝑉, encontre:
a. O Valor de 𝑘
b. A respectiva curva característica de transferência
Solução:
A partir da equação (4) e com os dados obtidos da folha de dados anexa, tem-se:
𝐼𝐷(𝑂𝑁) 3 𝑚𝐴 3 𝑚𝐴
𝑘= = = = 0,061𝑥10−3 𝐴� 2
2 (10 𝑉 − 3 𝑉) 2 49 𝑉 2 𝑉
�𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) − 𝑉𝑇 �
Então, pode-se obter a partir da equação (3):
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5.1.Introdução
Já foi visto que se pode obter os níveis de polarização para um transistor de silício
com as equações características descritas em (6) – (8):
𝑉𝐵𝐸 ≅ 0,7 𝑉
6)
𝐼𝐶 = 𝛽 ∙ 𝐼𝐵
7)
𝐼𝐶 ≅ 𝐼𝐸
8)
A relação entre as variáveis de entrada e de saída é definida por 𝛽, cujo valor é
considerado fixo para a análise a ser realizada. E como 𝛽 é constante permite estabelecer uma
relação linear entre as correntes de base e de coletor, conforme a equação (7).
No caso do transistor de efeito de campo, esta relação passa a ser não linear por
causa do termo quadrático da equação de Shockley. Outra diferença existente entre as
análises do TBJ e do FET é que para o TBJ a variável de controle é um valor de corrente,
enquanto, para o FET é um valor de tensão.
Pode – se definir algumas relações que de um modo geral serão aplicadas à análise
estática dos amplificadores em FET expressas nas equações (9) – (12):
𝐼𝐺 ≅ 0
9)
𝐼𝐷 = 𝐼𝑆
10)
107 | P á g i n a
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Para o JFET e o MOSFET tipo depleção, a equação de Shockley vai definir as variáveis
de entrada e de saída:
𝑉𝐺𝑆 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − �
𝑉𝑃 11)
E no MOSFET tipo intensificação, aplica – se a equação (12):
𝐼𝐷 = 𝑘 ∙ (𝑉𝐺𝑆 − 𝑉𝑇 )2
12)
O mais simples dos arranjos de polarização para o JFET de canal n. Esse arranjo é
chamado de configuração com polarização fixa (ou polarização fixa), sendo uma das poucas
configurações com FET que podem ser solucionadas com a utilização tanto de um método
gráfico quanto de um matemático. O arranjo é ilustrado na figura 11.
108 | P á g i n a
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𝐼𝐺 ≅ 0
13)
𝑉𝑅𝐺 = 𝑅𝐺 ∙ 𝐼𝐺 = 𝑅𝐺 ∙ (0 𝑚𝐴) = 0 𝑉
14)
A partir da análise com as equações (13) e (14), pode – se substituir o resistor 𝑅𝐺 por
um curto – circuito e a figura 11 é redesenhada como a figura 12:
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𝑉𝐺𝑆 = −𝑉𝐺𝐺
15)
Como a corrente de dreno é controlada pela equação de Shockley e a tensão 𝑉𝐺𝑆 é
fixa, esta pode ser colocada na equação de modo que uma solução matemática pode ser
desenvolvida.
Pode se utilizar o método gráfico para resolução da análise cc, e para isso, deve – se
recordar o gráfico da equação de Shockley visto anteriormente e utilizar a análise por método
gráfico de acordo com a figura 13:
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Vendo a figura 13, para a análise cc do FET, a figura 14 pode ser utilizada:
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𝑉𝐷𝑆 = 𝑉𝐷𝐷 − 𝑅𝐷 ∙ 𝐼𝐷
16)
Não se deve esquecer que os índices de uma única letra indicam uma tensão
medida em relação à GND, de modo que a tensão da fonte é definida pela equação (17):
𝑉𝑆 = 0 𝑉
17)
E a tensão de dreno em relação ao GND pode ser calculado por (18):
𝑉𝐷 = 𝑉𝐷𝑆
18)
Por fim, a tensão de porta é expresso pela equação (19).
𝑉𝐺 = 𝑉𝐺𝑆
19)
Vale salientar que como esta configuração necessita de duas fontes cc, seu emprego
é muito limitado e, portanto, ela não é uma configuração das mais utilizadas.
Exemplo 1
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a. 𝑉𝐺𝑆
b. 𝐼𝐷
c. 𝑉𝐷𝑆
d. 𝑉𝐷
e. 𝑉𝐺
f. 𝑉𝑆
Solução:
A. Método Matemático:
𝑉𝐺𝑆 = −𝑉𝐺𝐺 = −2 𝑉
𝑉𝐺𝑆 2 −2 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = (10 ∙ 10−3 ) ∙ �1 − � �� = (10 ∙ 10−3 ) ∙ (0,75)2 =
𝑉𝑃 −8
5,625 𝑚𝐴
𝑉𝐷𝑆 = 𝑉𝐷𝐷 − 𝑅𝐷 ∙ 𝐼𝐷 = 16 𝑉 − (5,625 ∙ 10−3 ) ∙ 2 ∙ 103 = 4,75 𝑉
𝑉𝐷 = 𝑉𝐷𝑆 = 4,75 𝑉
𝑉𝐺 = 𝑉𝐺𝑆 = −2 𝑉
𝑉𝑆 = 0 𝑉
B. Método Gráfico:
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5.3. Autopolarização
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A tensão que flui pelo resistor pode ser calculada através de (20):
𝑉𝑅𝑠 = 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆
20)
E a malha indicada na figura 16 nos indica a equação (21):
2 2
𝑉𝐺𝑆 2 −(𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ) (𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 )
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � �� = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � �� = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 + � ��
𝑉𝑃 𝑉𝑃 𝑉𝑃 22)
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𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ 𝑅𝑆
𝑉𝐺𝑆 = −(𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ) = −
2 23)
Este resultado então é o segundo ponto da reta a ser traçada. A linha reta definida
pela equação (21) pode agora ser traçada e o ponto de operação (ou quiescente) é obtido na
interseção da reta com a curva característica do dispositivo, de acordo com a figura 17. Os
valores quiescentes de 𝐼𝐷 e 𝑉𝐺𝑆 podem ser determinados e utilizados para que sejam
encontrados os outros parâmetros.
O valor da tensão dreno-fonte pode ser determinada a partir da Lei de Kirchoff das
tensões, no circuito de saída, de modo que é escrita a partir de (24):
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E os outros parâmetros podem ser encontrados a partir das equações (25) e (26),
sabendo que a tensão da porta para o GND 𝑉𝐺 = 0 𝑉 é.
𝑉𝑆 = 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆
25)
Exemplo 2
a. 𝑉𝐺𝑆
b. 𝐼𝐷
c. 𝑉𝐷𝑆
d. 𝑉𝑆
e. 𝑉𝐺
f. 𝑉𝐷
Solução:
𝑉𝐺𝑆 = −(𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 )
𝐼𝐷𝑆𝑆� −3
Se 𝐼𝐷 = 2 = 4 𝑚𝐴, tem –se como valor de 𝑉𝐺𝑆 = −(𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ) = −(4𝑥10 ) ∙
(1𝑥103 ) = −4 𝑉. A figura abaixo ilustra o desenho da reta.
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𝐼𝐷𝑆𝑆�
Na equação de Shockley, quando se escolhe 4, tem – se como valor de tensão
𝑉𝑃�
𝑉𝑃 = 2 = −3 𝑉, e a curva do dispositivo é apresentada a seguir:
Pegamos então as duas curvas e fazemos a intersecção entre elas, para descobrir o
ponto de operação (ou quiescente), cuja figura é desenhada abaixo:
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𝑉𝐺 = 0 𝑉
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O mesmo tipo de polarização por divisor de tensão aplicada aos amplificadores com
TBJ é aplicada também aos amplificadores com FET, com a sua configuração básica sendo
exatamente a mesma, porém a análise cc é bastante diferente, já que 𝐼𝐺 = 0 𝑚𝐴 para o FET,
mas para o TBJ, o valor de 𝐼𝐵 , que é o elo entre os circuitos de entrada e saída na configuração
com divisor de tensão para o TBJ, e 𝑉𝐺𝑆 cumpre esse mesmo papel para a configuração com
FET. A figura 18 apresenta esta configuração:
A fonte 𝑉𝐷𝐷 foi separada em duas fontes equivalentes para distinguir entre as regiões
de entrada e de saída do circuito. Já que 𝐼𝐺 = 0 𝑚𝐴, a lei de Kirchhoff para correntes permite
afirmar que 𝐼𝑅1 = 𝐼𝑅2 e pode ser utilizado para determinar o valor de 𝑉𝐺 . Para se determinar o
valor da tensão 𝑉𝐺 , utiliza-se o divisor de tensão, cuja fórmula é escrita pela equação (27):
𝑅2 ∙ 𝑉𝐷𝐷
𝑉𝐺 =
𝑅1 + 𝑅2 27)
Aplicando-se a lei de Kirchhoff para tensões no sentido horário na malha indicada
obtém a equação (28):
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(29):
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐺 − 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆
29)
Vendo a equação (29) percebe-se que é uma equação que inclui as mesmas duas
variáveis da equação de Shockley: 𝑉𝐺𝑆 e 𝐼𝐷 . 𝑉𝐺 e 𝑅𝑆 são fixas pela configuração do circuito. A
Equação (29) é a equação de uma reta, mas a origem não está mais contida nela. Como são
necessários dois pontos para se definir uma reta pode – se atentar o fato de que em qualquer
ponto no eixo horizontal a corrente 𝐼𝐷 = 0 𝑚𝐴.
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐺 − 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ⇒ 𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐺
30)
Para o outro ponto, considerar que em qualquer ponto do eixo vertical 𝑉𝐺𝑆 = 0 𝑉, e
solucionar para o valor resultante de 𝐼𝐷 , na equação (30):
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𝑉𝐺
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐺 − 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ⇒ 𝑉𝐺 = 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ⇒ 𝐼𝐷 =
𝑅𝑆
𝑉𝑆 = 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆
25)
𝑉𝐷𝐷
𝐼𝑅1 = 𝐼𝑅2 =
𝑅1 + 𝑅2 31)
Exemplo 3
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a. 𝐼𝐷
b. 𝑉𝐺𝑆
c. 𝑉𝐷
d. 𝑉𝑆
e. 𝑉𝐷𝑆
f. 𝑉𝐷𝐺
Solução:
𝐼𝐷𝑆𝑆 𝑉𝑃
𝐼𝐷 = = 2 𝑚𝐴 ⇒ 𝑉𝐺𝑆 = = −2 𝑉
4 2
A tensão da porta é expressa por:
𝑅2 270 𝑘Ω
𝑉𝐺 = ∙ 𝑉𝐷𝐷 = ∙ 16 𝑉 = 1,82 𝑉
𝑅1 + 𝑅2 0,27 𝑀Ω + 2,1 𝑀Ω
A partir da identificação da tensão de porta, podemos utilizar a equação (30) para
determinar a reta que corta a curva característica:
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐺 − 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆
𝑆𝑒 𝐼𝐷 = 0 ⇒ 𝑉𝐺𝑆 = 1,82 𝑉
1,82 𝑉
𝑆𝑒 𝑉𝐺𝑆 = 0 ⇒ 𝑉𝐺 = = 1,21 𝑚𝐴
1,5 𝑘Ω
Com estes valores, é possível encontrar o ponto de operação quiescente a partir da
figura a seguir:
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Como traçar o gráfico da equação de Shockley para valores positivos de 𝑉𝐺𝑆 ? Para a
região de valores positivos de 𝑉𝐺𝑆 e valores de 𝐼𝐷 maiores do que 𝐼𝐷𝑆𝑆 , até que ponto a curva
de transferência se estende?
Essa região será razoavelmente bem definida pelos parâmetros do MOSFET e pela
reta de polarização resultante do circuito.
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Exemplo 4
a. 𝐼𝐷𝑄
b. 𝑉𝐺𝑆𝑄
c. 𝑉𝐷𝑆
Dados:
𝐼𝐷𝑆𝑆 = 8 𝑚𝐴 e 𝑉𝑃 = −8 𝑉
Solução:
𝑉𝐺𝑆 = −𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆
Obtido igualmente como a configuração com JFET, estabelecendo o fato de que
𝑉𝐺𝑆 deve ser menor do que zero volt, por essa razão, não existe necessidade de traçar a curva
de transferência para valores positivos de 𝑉𝐺𝑆 , porém, deve – se escolher ao menos um valor.
Para valores de 𝑉𝐺𝑆 < 0:
𝐼𝐷𝑆𝑆 8 𝑚𝐴
𝐼𝐷 = = = 2 𝑚𝐴
4 4
𝑉𝑃 −8 𝑉
𝑉𝐺𝑆 = = = −4 𝑉
2 2
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𝑉𝐺𝑆 2 +2 2
𝐼𝐷 = 𝐼𝐷𝑆𝑆 ∙ �1 − � = 8𝑥10−3 ∙ �1 − � �� = 12,5 𝑚𝐴
𝑉𝑃 −8
Para traçar a reta de 𝑉𝐺𝑆 , se 𝑉𝐺𝑆 = 0, tem – se que 𝐼𝐷 = 0 𝑚𝐴. O outro ponto da reta
que precisa ser identificado pode ser descrito pela tabela a seguir e o gráfico colocado à
direita:
6
1 ,125
4
2 ,5
3
3 ,125
2
4
1
5 ,125
0
6 ,5
0
7 ,125
0
8
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𝑉𝐺𝑆 6𝑉
𝑉𝐺𝑆 = −𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ⇒ 𝐼𝐷 = − = = 2,5 𝑚𝐴
𝑅𝑆 2,4 𝑘Ω
E os pontos de operação são indicados também no gráfico e são iguais a:
dreno é definida pela equação (32) e a figura 20 apresenta a curva característica do MOSFET
tipo intensificação:
2
𝐼𝐷 = 𝑘 ∙ �𝑉𝐺𝑆 − 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) �
32)
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𝐼𝐷(𝑂𝑁)
𝑘= 2
�𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) − 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) � 33)
Uma vez que 𝑘 esteja definido, podem-se determinar outros valores de 𝐼𝐷 para os
valores selecionados de 𝑉𝐺𝑆 . Geralmente, um ponto entre 𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) 𝑒 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) e outro um pouco
maior do que 𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) oferecem um número suficiente de pontos e que pode ser observado na
figura 20.
Como o resistor 𝑅𝐺 oferece um alto valor de tensão para a porta do MOSFET, este
acaba ligando-o. Uma vez que 𝐼𝐺 = 0 𝑚𝐴 e 𝑉𝑅𝐺 = 0 𝑉, o circuito cc equivalente é
redesenhado na figura 22:
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𝑉𝐷𝑆 = 𝑉𝐺𝑆
34)
E para o circuito de saída a equação (35) é utilizada:
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐷𝐷 − 𝑅𝐷 ∙ 𝐼𝐷
35)
De modo que podemos relacionar as equações (32) e (35) para que as duas curvas
possam ser traçadas. Como a equação (35) representa uma reta, podemos substituir
𝐼𝐷 = 0 𝑚𝐴 e 𝑉𝐺𝑆 = 0 𝑉 na mesma para determinar dois pontos que definem o traçado. Desta
maneira, as equações (36.a) e (36.b) definem os pontos da reta, e assim, a figura 23 apresenta
as duas curvas:
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Exemplo 5
Determine 𝐼𝐷𝑄 e 𝑉𝐷𝑆𝑄 para o circuito abaixo, sabendo que 𝐼𝐷(𝑂𝑁) = 6 𝑚𝐴,
𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) = 8 𝑉 e 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) = 3 𝑉:
Solução:
𝐼𝐷(𝑂𝑁) 6 ∙ 10−3
𝑘= 2 = = 0,24 ∙ 10−3 𝐴⁄𝑉 2
(8 𝑉 − 3 𝑉)2
�𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) − 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) �
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𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) 𝑒𝑚 𝑉 𝐼𝐷 𝑒𝑚 𝑚𝐴
3 0
4 0,24
5 0,96
6 2,16
7 3,84
8 6
9 8,64
10 11,76
11 15,36
12 19,44
Para a reta de polarização do circuito:
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐷𝐷 = 12 𝑉
𝑉𝐷𝐷 12 𝑉
𝐼𝐷 = = = 6 𝑚𝐴
𝑅𝐷 2 𝑘Ω
E assim, o cruzamento das duas curvas permite indicar que o ponto de operação
apresenta como valores:
𝐼𝐷𝑄 = 2,75 𝑚𝐴
𝑉𝐺𝑆𝑄 = 𝑉𝐷𝑆𝑄 = 6,4 𝑉
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𝑅2 ∙ 𝑉𝐷𝐷
𝑉𝐺 =
𝑅1 + 𝑅2 37)
Aplicando a Lei de Kirchoff das tensões na figura 24, permite calcular a equação (38):
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐺 − 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆
38)
E na seção de saída do MOSFET, encontra – se a equação (39):
Exemplo 6
Determine 𝐼𝐷𝑄 , 𝑉𝐺𝑆𝑄 e 𝑉𝐷𝑆 para o circuito abaixo, para 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) = 5 𝑉, 𝐼𝐷(𝑂𝑁) = 3 𝑚𝐴
e 𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) = 10 𝑉:
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Solução:
𝑅2 ∙ 𝑉𝐷𝐷 18 𝑀Ω
𝑉𝐺 = = ∙ 40 𝑉 = 18 𝑉
𝑅1 + 𝑅2 (22 𝑀Ω + 18 𝑀Ω)
𝑉𝐺𝑆 = 18 𝑉|𝐼𝐷 =0 𝑚𝐴
𝑉𝐺𝑆 = 𝑉𝐺 − 𝐼𝐷 ∙ 𝑅𝑆 ⇒ � 𝑉𝐺 18 𝑉
𝐼𝐷 = = = 21,95 𝑚𝐴|𝑉𝐺𝑆 =0 𝑉
𝑅𝑆 0,82 𝑘Ω
𝐼𝐷(𝑂𝑁) 3 ∙ 10−3
𝑘= 2 = = 0,12 ∙ 10−3 𝐴⁄𝑉 2
(10 𝑉 − 5 𝑉)2
�𝑉𝐺𝑆(𝑂𝑁) − 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) �
2
𝐼𝐷 = 𝑘 ∙ �𝑉𝐺𝑆 − 𝑉𝐺𝑆(𝑇𝐻) � = 0,12 ∙ 10−3 ∙ (𝑉𝐺𝑆 − 5)2
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𝑉𝐺𝑆𝑄 = 12,5 𝑉
𝐼𝐷𝑄 = 6,7 𝑚𝐴
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6.1.Introdução
6.2.Amplificação em CA
Já foi visto que um transistor bipolar pode ser utilizado com um amplificador, ou seja,
o sinal de saída senoidal é maior que o sinal de entrada ou a potência ca de saída é maior que
a potência ca de entrada. Mas como isso pode acontecer se a conservação de energia
estabelece que em qualquer instante a potência total de saída, 𝑃𝑂𝑈𝑇 de um sistema não pode
ser maior que uma potência de entrada, 𝑃𝐼𝑁 e que o rendimento é definido pela equação (40):
𝑃𝑂𝑈𝑇
𝜂=
𝑃𝐼𝑁 40)
E que o rendimento não pode ter valor maior que 1. Existe um fator não considerado
que permite que uma potência ca de saída seja maior que a potência ca de entrada e é a
potência cc aplicada. Ela contribui para a potência total de saída, embora parte dela seja
dissipada pelo circuito em elementos resistivos. Ou seja, há uma “troca” de potência cc para a
ca permitindo que seja estabelecida uma potência ca de saída maior, e o rendimento de
conversão é definido pela equação (41):
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𝑃𝑂𝑈𝑇𝐶𝐴
𝜂=
𝑃𝐼𝑁𝐶𝐶 41)
Entretanto, é importante que amplificadores a transistor para pequenos sinais
possam ser considerados lineares para muitas aplicações, permitindo a utilização do teorema
da superposição para isolar a análise cc da análise ca.
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De acordo com a figura 27, pode – se notar que aparecem grandezas que devemos
calcular. Como o transistor é um dispositivo amplificador, espera-se ter alguma indicação de
como a tensão de saída 𝑉𝑂 está relacionada à tensão de entrada 𝑉𝑖 , ou seja, o ganho de
tensão.
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𝑉𝑖
𝑍𝑖 =
𝐼𝑖 42)
Para a análise de pequenos sinais, uma vez determinada a impedância de entrada, o
mesmo valor pode ser usado para níveis diferentes do sinal de entrada. E que para as
frequências nas faixas média e baixa (geralmente <100 kHz) tem – se:
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𝑉𝑆 − 𝑉𝑖
𝐼𝑖 =
𝑅𝑆 43)
Exemplo 1
Solução:
𝑍𝑖 ∙ 𝑉𝑆 1,2 𝑘Ω ∙ 10 𝑚𝑉
𝑉𝑖 = = = 6,67 𝑚𝑉
(𝑍𝑖 + 𝑅𝑆 ) (1,2 𝑘Ω + 0,6 𝑘Ω)
140 | P á g i n a
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Exemplo 2
0,6 𝑘Ω
.
8,2 𝑘Ω
.
Solução:
𝑍𝑖 ∙ 𝑉𝑆 0,6 𝑘Ω ∙ 10 𝑚𝑉
𝑉𝑖 = = = 5 𝑚𝑉
(𝑍𝑖 + 𝑅𝑆 ) (0,6 𝑘Ω + 0,6 𝑘Ω)
.
𝑍𝑖 ∙ 𝑉𝑆 8,2 𝑘Ω ∙ 10 𝑚𝑉
𝑉𝑖 = = = 9,32 𝑚𝑉
(𝑍𝑖 + 𝑅𝑆 ) (8,2 𝑘Ω + 0,6 𝑘Ω)
.
Então, pode – se perceber a partir dos dois exemplos que conforme for maior o valor
da impedância de entrada, maior quantidade de sinal será inserida no transistor (ou
amplificador), e essa resistência de entrada dependerá da forma de configuração deste
amplificador (base comum, emissor comum ou coletor comum), bem como a forma a qual os
elementos resistivos estarão distribuídos.
Exemplo 3
Solução:
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𝑉𝑆 − 𝑉𝑖 2 𝑚𝑉 − 1,2 𝑚𝑉
𝐼𝑖 = = = 0,8 𝜇𝐴
𝑅𝑆 1 𝑘Ω
𝑉𝑖 1,2 𝑚𝑉
𝑍𝑖 = = = 1,5 𝑘Ω
𝐼𝑖 0,8 𝜇𝐴
Na figura 29 o sinal aplicado foi fixado em zero volt e para se determinar o valor de
𝑍𝑂 , um sinal 𝑉𝑆 é aplicado aos terminais de saída e o nível de 𝑉𝑂 , é medido. A impedância de
saída então é determinada de acordo com as equações (44) e (45):
𝑉 − 𝑉𝑂
𝐼𝑂 =
𝑅𝑆 44)
𝑉𝑂
𝑍𝑂 =
𝐼𝑂 45)
Figura 95 - Determinação de 𝒁𝑶
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Se 𝑅𝑂 = 𝑍𝑂 ≫ 𝑅𝐿
Tem – se 𝐼𝐿 ≫ 𝐼𝑅𝑂
Figura 96 - Efeito da Impedância de Saída na Carga
Exemplo 4
Solução:
𝑉 − 𝑉𝑂 1 𝑉 − 0,68 𝑉
𝐼𝑂 = = = 16 𝜇𝐴
𝑅𝑆 20 𝑘Ω
𝑉𝑂 0,68 𝑉
𝑍𝑂 = = = 42,5 𝑘Ω
𝐼𝑂 16 𝜇𝐴
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𝑉𝑂
𝐴𝑉 =
𝑉𝑖 46)
A figura 31 apresenta um sistema em que um amplificador sem carga é excitado por
uma tensão de entrada e o valor do ganho pode ser determinado pela equação (47):
𝑉𝑂
𝐴𝑉𝐴𝐵 = �
𝑉𝑖 𝑅 47)
𝐿 =∞
𝑍𝑖 ∙ 𝑉𝑆 𝑉𝑖 𝑍𝑖
𝑉𝑖 = ⇒ =
(𝑍𝑖 + 𝑅𝑆 ) 𝑉𝑆 (𝑍𝑖 + 𝑅𝑆 )
𝑉𝑂 𝑉𝑂 𝑉𝑖 𝑍𝑖
𝐴𝑉 𝑆 = = ∙ = ∙𝐴
𝑉𝑆 𝑉𝑖 𝑉𝑆 (𝑍𝑖 + 𝑅𝑆 ) 𝑉𝐴𝐵
Então, dependendo da configuração, o valor do ganho de tensão para um
amplificador a TBJ de um estágio com carga pode variar de pouco mais de 1 até algumas
centenas. E se houver múltiplos estágios, este valor de ganho pode chegar a milhares.
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Exemplo 4
. 𝑉𝑖
. 𝐼𝑖
𝑍𝑖
. 𝐴𝑉 𝑆
𝐴𝑉𝐴𝐵 = 320
Solução:
𝑉𝑜 𝑉𝑜 7,68 𝑉
𝐴𝑉𝐴𝐵 = ⇒ 𝑉𝑖 = = = 24 𝑚𝑉
𝑉𝑖 𝐴𝑉𝐴𝐵 320
𝑉𝑆 − 𝑉𝑖 40 𝑚𝑉 − 24 𝑚𝑉
𝐼𝑖 = = = 13,33 𝜇𝐴
𝑅𝑆 1,2 𝑘Ω
𝑉𝑖 24 𝑚𝑉
𝑍𝑖 = = = 1,8 𝑘Ω
𝐼𝑖 13,33 𝜇𝐴
𝑍𝑖 1,8 𝑘Ω
𝐴𝑉 𝑆 = ∙𝐴 = ∙ 320 = 192
(𝑍𝑖 + 𝑅𝑆 ) 𝑉𝐴𝐵 (1,8 𝑘Ω + 1,2 𝑘Ω)
145 | P á g i n a
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𝐼𝑜
𝐴𝑖 =
𝐼𝑖 48)
Apesar de o ganho de corrente na maioria das vezes ser o item com menor interesse,
ele é um parâmetro importante que pode ter um impacto significativo na eficiência global do
projeto, pois, para amplificadores TBJ, o ganho de corrente varia geralmente de pouco menos
de 1 até valores maiores que 100. A figura 32 apresenta como calcular o ganho de corrente:
𝑉𝑖
𝐼𝑖 =
𝑍𝑖
𝑉𝑜
𝐼𝑜 = −
𝑅𝐿
𝐼𝑜 𝑉𝑜 𝑍𝑖 𝑍𝑖
𝐴𝑖 = = − ∙ = −𝐴𝑉 ∙
𝐼𝑖 𝑅𝐿 𝑉𝑖 𝑅𝐿
Ou seja, pode se determinar o ganho de corrente em função do ganho de tensão e
dos valores de impedância.
6.5.Modelo 𝒓𝒆 do Transistor
Este modelo emprega um diodo e uma fonte controlada de corrente o que permite
duplicar o funcionamento do transistor na região que interessa. De um modo geral, os
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amplificadores a TBJ são classificados como dispositivos controlados por corrente, conforme
visto no período anterior.
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Redesenhando o transistor de forma que ele pode ser colocado como um dispositivo
de quatro portas, ele é apresentado na figura 33 a seguir:
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diodo e para a junção base - emissor do transistor da figura 33, o diodo equivalente da figura
34 entre os mesmos dois terminais parece bastante apropriado.
Assim, surge uma equivalência nos terminais de entrada e saída, com a fonte
controlada por corrente, fazendo uma ligação entre as duas e tornando um modelo válido do
dispositivo real.
Como pode ser visto no período anterior, no caso da resistência ca, pode ser
calculada a partir da equação (49):
26 𝑚𝑉
𝑟𝑐𝑎 =
𝐼𝐷 49)
De forma que agora neste modelo de transistor, a corrente pode ser substituída pela
corrente do emissor e a equação (49) pode ser re-escrita como a equação (50):
26 𝑚𝑉
𝑟𝑒 =
𝐼𝐸 50)
O subscrito e em 𝑟𝑒 , foi escolhido para enfatizar que é o valor cc da corrente de
emissor que determina o valor ca da resistência do diodo da figura 34, e substituindo o valor
resultante de 𝑟𝑒 na figura 34 indica a figura 35:
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Como os circuitos de entrada e saída estão isolados de acordo com a figura 35, a
impedância de entrada 𝑍𝑖 para a configuração base-comum de um transistor é simplesmente
𝑟𝑒 , conforme a equação (51):
𝑍𝑖 = 𝑟𝑒
51)
E este valor varia de poucos ohms até 50 ohms.
𝑍𝑜 = ∞ Ω
52)
A resistência de saída da configuração base-comum é determinada pela inclinação
das retas das curvas características de saída, como mostrado na figura 36 a seguir:
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𝑉𝑜 = −𝐼𝑜 ∙ 𝑅𝐿 = −(−𝐼𝑐 ) ∙ 𝑅𝐿 = 𝛼 ∙ 𝐼𝑒 ∙ 𝑅𝐿
𝑉𝑖 = 𝐼𝑒 ∙ 𝑍𝑖 = 𝐼𝑒 ∙ 𝑟𝑒
Como o ganho de tensão é calculado a partir de:
𝑉𝑜 𝛼 ∙ 𝐼𝑒 ∙ 𝑅𝐿 𝛼 ∙ 𝑅𝐿
𝐴𝑉 = = =
𝑉𝑖 𝐼𝑒 ∙ 𝑟𝑒 𝑟𝑒
E o ganho de corrente é expresso em:
𝐼𝑜 −𝐼𝑐 −𝛼 ∙ 𝐼𝑒
𝐴𝑖 = = = = −𝛼
𝐼𝑖 𝐼𝑒 𝐼𝑒
Para um transistor n – p – n na configuração base - comum, o circuito equivalente
será mostrado na figura 38:
Exemplo 5
𝑍𝑖
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.
𝐴𝑣 , se uma carga de 0,56 𝑘Ω estiver
. conectada à saída
𝑍𝑜 e 𝐴𝑖
.
Solução:
26 𝑚𝑉 26 𝑚𝑉
𝑍𝑖 = 𝑟𝑒 = = = 6,5 Ω
𝐼𝐸 4 𝑚𝐴
𝑉𝑖 2 𝑚𝑉
𝐼𝑖 = = = 307,7 𝜇𝐴
𝑍𝑖 6,5 Ω
𝑉𝑜 = 𝛼 ∙ 𝐼𝑒 ∙ 𝑅𝐿 = 0,98 ∙ 307,7𝑥10−6 ∙ 0,56𝑥103 = 168,9 𝑚𝑉
𝑉𝑜 168,9 𝑚𝑉
𝐴𝑉 = = = 84,43
𝑉𝑖 2 𝑚𝑉
𝑍𝑜 ≅ ∞ Ω
𝐼𝑜
𝐴𝑖 = = −𝛼 = −0,98
𝐼𝑖
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𝐼𝑒 = (𝛽 + 1) ∙ 𝐼𝑏
53)
E como 𝛽 é normalmente muito maior que 1, a seguinte aproximação para a análise
de corrente na equação (54):
𝐼𝑒 ≅ 𝛽 ∙ 𝐼𝑏
54)
A impedância de entrada é expressa pela equação (55) e O valor de 𝑟𝑒 ainda é
determinado pela corrente 𝐼𝑐 e a tensão de entrada é determinada em (56) e assim a
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𝑉𝑖 𝑉𝑏𝑒
𝑍𝑖 = =
𝐼𝑖 𝐼𝑏 55)
𝑉𝑖 = 𝑉𝑏𝑒 = 𝐼𝑒 ∙ 𝑟𝑒 ≅ 𝛽 ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑟𝑒
56)
𝑉𝑖 𝑉𝑏𝑒 𝛽 ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑟𝑒
𝑍𝑖 = = ≅ ≅ 𝛽 ∙ 𝑟𝑒
𝐼𝑖 𝐼𝑏 𝐼𝑏 57)
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𝑍𝑜 = 𝑟𝑜
58)
Se a contribuição devida a 𝑟𝑜 for ignorada como no modelo 𝑟𝑒 , a impedância de saída
será definida conforme a equação (52). O ganho de tensão para a configuração emissor
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comum será agora determinado para a configuração da figura 44, e supondo que 𝑍𝑜 = ∞ Ω.
Para o sentido definido de 𝐼𝑜 e polaridade de 𝑉𝑜 :
𝑉𝑜 = −𝐼𝑜 ∙ 𝑅𝐿 = −𝐼𝑐 ∙ 𝑅𝐿 = −𝛽 ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑅𝐿
𝑉𝑖 = 𝑍𝑖 ∙ 𝐼𝑖 = 𝛽 ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑟𝑒
𝑉𝑜 −𝛽 ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑅𝐿 𝑅𝐿
𝐴𝑣 = = =−
𝑉𝑖 𝛽 ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑟𝑒 𝑟𝑒
O sinal negativo indica que as tensões de entrada e saída estão defasadas de 180°. E
o ganho de corrente é calculado por (60):
𝐼𝑜 𝐼𝑐 𝛽 ∙ 𝐼𝑏
𝐴𝑖 = = = =𝛽
𝐼𝑖 𝐼𝑏 𝐼𝑏 60)
O fato de que a impedância de entrada é 𝛽 ∙ 𝑟𝑒 , de que a corrente de coletor é 𝛽 ∙ 𝐼𝑏
e de que a impedância de saída é 𝑟𝑜 , o modelo equivalente da figura 45 é uma ferramenta
eficaz.
Exemplo 6
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𝑍𝑖
.
𝐴𝑣 , 𝐴𝑖 para carga igual a 2 𝑘Ω
.
Solução:
26 𝑚𝑉 26 𝑚𝑉
𝑟𝑒 = = = 8,125 Ω
𝐼𝐸 3,2 𝑚𝐴
𝑍𝑖 = 𝛽 ∙ 𝑟𝑒 = 120 ∙ 8,125 = 975 Ω
𝑅𝐿 2 𝑘Ω
𝐴𝑣 = − =− = −246,15
𝑟𝑒 8,125 Ω
𝐼𝑜
𝐴𝑖 = = 𝛽 = 120
𝐼𝑖
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operação, a reatância do capacitor será tão pequena quando comparada com 𝑅𝐸 que será
tratada como um curto-circuito nos terminais do emissor.
𝑅1 ∙ 𝑅2
𝑅′ = 𝑅1 ∥ 𝑅2 =
𝑅1 + 𝑅2
61)
6.6.1. Cálculo de 𝒁𝒊
𝑍𝑖 = 𝑅′ ∥ (𝛽 ∙ 𝑟𝑒 )
62)
6.6.2. Cálculo de 𝒁𝒐
𝑍𝑜 = 𝑅𝐶 ∥ 𝑟𝑜
63)
Se 𝑟𝑜 ≥ 10 ∙ 𝑅𝐶 , a impedância de saída passa a ser representada pela equação (64):
6.6.3. Cálculo do 𝑨𝑽
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𝑉𝑖
e a corrente da base é igual a 𝐼𝑏 = �(𝛽 ∙ 𝑟 ) . Desta forma, a equação (65.1) ilustra a relação
𝑒
𝑉𝑖 𝑉𝑜 𝑅𝑐 ∥ 𝑅𝑜
𝑉𝑜 = − �𝛽 ∙ � ∙ (𝑟𝑐 ∥ 𝑅𝑜 ) = = −
𝛽 ∙ 𝑟𝑒 𝑉𝑖 𝑟𝑒 65.1)
𝑉𝑜 𝑅𝐶
≅−
𝑉𝑖 𝑟𝑒 65.2)
A configuração sem desvio mais básica aparece na figura 48. O modelo 𝑟𝑒 equivalente
é utilizado na figura 49, e note a ausência da resistência 𝑟𝑜 .
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Figura 115 - Modelo Equivalente para a Configuração Polarização do Emissor Sem Desvio
𝑉𝑖 = 𝐼𝑏 ∙ 𝛽 ∙ 𝑟𝑒 + (𝛽 + 1) ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑅𝐸
66)
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𝑉𝑖
𝑍𝑏 = 𝛽 ∙ 𝑟𝑒 + (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸 =
𝐼𝑏 67)
𝑍𝑏 ≅ 𝛽 ∙ 𝑅𝐸
68)
6.7.1.1. Cálculo de 𝒁𝒊
𝑍𝑖 = 𝑍𝑏 ∥ 𝑅𝐵
69)
6.7.1.2. Cálculo de 𝒁𝒐
𝑍𝑜 = 𝑅𝐶
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70)
6.7.1.3. Cálculo de 𝑨𝒗
𝑉𝑖 𝑉𝑜 𝛽 ∙ 𝑅𝐶
𝑉𝑜 = −𝐼𝑜 ∙ 𝑅𝐶 = −𝛽 ∙ 𝐼𝑏 ∙ 𝑅𝐶 = −𝛽 ∙ � � ∙ 𝑅𝐶 → = −
𝑍𝑏 𝑉𝑖 𝑍𝑏 71)
𝑅𝐶
𝐴𝑣 = −
𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 72.1)
𝑅𝐶
𝐴𝑣 = −
𝑅𝐸 72.2)
6.7.1.4. Cálculo de 𝑨𝒊
𝐼𝑏 𝑅𝐵
=
𝐼𝑖 𝑅𝐵 + 𝑍𝑏 73)
𝐼𝑜
Como 𝐼𝑜 = 𝛽 ∙ 𝐼𝑏 → 𝐼𝑏 = e a equação (73) fica re-escrita na equação (74):
𝛽
𝛽 ∙ 𝑅𝐵
𝐴𝑖 =
𝑅𝐵 + 𝑍𝑏 74)
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6.7.2. Efeito de 𝒓𝒐
E notando a partir da figura 51, ela é semelhante à polarização fixa. E, desta forma, as
equações dos parâmetros podem ser definidas a partir das equações (75.1) até (75.3):
𝑍𝑖 = 𝑅𝐵 ∥ (𝛽 ∙ 𝑟𝑒 ) ≅ 𝛽 ∙ 𝑟𝑒 |𝑅𝐵 ≥10∙𝛽∙𝑟𝑒
75.1)
𝑍𝑜 = 𝑅𝐶 ∥ 𝑟𝑜 ≅ 𝑅𝐶 |𝑟𝑜 ≥10∙𝑅𝐶
75.2)
𝑅𝐶 ∥ 𝑟𝑜 𝑅𝐶
𝐴𝑉 = − =− �
𝑟𝑒 𝑟𝑒 𝑟 75.3)
𝑜 ≥10∙𝑅𝐶
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Exemplo 7
a. 𝑟𝑒
b. 𝑍𝑖
c. 𝑍𝑂
d. 𝐴𝑉
Solução:
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 = = 35,89 𝜇𝐴
𝑅𝐵 + (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸
𝐼𝐸 = (𝛽 + 1) ∙ 𝐼𝐵 = 121 ∙ 35,89 𝜇𝐴 = 4,34 𝑚𝐴
26 𝑚𝑉
𝑟𝑒 = = 5,987 Ω
4,34 𝑚𝐴
Testando a condição de 𝑟𝑜 :
𝑟𝑜 ≥ 10 ∙ (𝑅𝐶 + 𝑅𝐸 ) → 40 𝑘Ω > 10 ∙ (2,2 𝑘Ω + 0,56 𝑘Ω) → 40 𝑘Ω > 27,6 𝑘Ω
𝑍𝑏 ≅ 𝛽 ∙ (𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 ) = 120 ∙ (5,987 Ω + 560 Ω) = 67,9 𝑘Ω
𝑍𝑖 = 𝑍𝑏 ∥ 𝑅𝐵 = 59,3 𝑘Ω
𝑍𝑜 = 𝑅𝐶 = 2,2 𝑘Ω
𝑅𝐶 2,2 𝑘Ω
𝐴𝑉 ≅ −𝛽 ∙ = −120 ∙ = −3,89
𝑍𝑏 67,9 𝑘Ω
Para o caso com desvio:
𝑟𝑒 = 5,987 Ω
𝑍𝑖 = 𝑍𝑏 ∥ 𝑅𝐵 = 𝑅𝐵 ∥ 𝛽 ∙ 𝑟𝑒 = 717,7 Ω
𝑍𝑜 = 𝑅𝐶 = 2,2 𝑘Ω
𝑅𝐶
𝐴𝑉 = − = −367,28
𝑟𝑒
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6.8.Seguidor de Emissor
Devido ao fato do coletor estar aterrado para a análise CA, tem – se, na verdade,
uma configuração coletor-comum. Esta configuração é frequentemente usada para casamento
de impedâncias pois apresenta uma alta impedância na entrada e uma baixa impedância na
saída, o que é o oposto do comportamento da configuração padrão com polarização fixa. A
figura 53 ilustra o modelo equivalente da configuração seguidor de emissor.
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6.8.1. Cálculo de 𝒁𝒊
𝑍𝑖 = 𝑅𝐵 ∥ 𝑍𝑏
76)
Sendo que 𝑍𝑏 também é o mesmo para o caso da polarização do emissor.
6.8.2. Cálculo de 𝒁𝒐
𝑉𝑖
Para a impedância de saída, expressa – se inicialmente a corrente da base 𝐼𝑏 = ,e
𝑍𝑏
𝑉𝑖
𝐼𝑒 ≅
𝑟𝑒 + 𝑅𝐸 77)
A partir da equação (77) encontra – se o circuito da figura 54:
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𝑍𝑜 = 𝑟𝑒 ∥ 𝑅𝐸
78)
6.8.3. Cálculo de 𝑨𝑽
𝑅𝐸
𝑉𝑜 = ∙𝑉
𝑅𝐸 + 𝑟𝑒 𝑖 79)
Como 𝑅𝐸 ≫ 𝑟𝑒 , o ganho de tensão então é definido pela equação (80):
𝑉𝑜
𝐴𝑉 = ≅1
𝑉𝑖 80)
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6.8.4. Cálculo de 𝑨𝒊
𝐼𝑜 = −𝐼𝑒 = −(𝛽 + 1) ∙ 𝐼𝑏
80)
𝐼𝑜 𝐼𝑐
𝐴𝑖 = = =𝛽
𝐼𝑖 𝐼𝑏 81)
6.8.5. Efeito de 𝒓𝒐
(𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸
𝑍𝑖 = 𝑍𝑏 = 𝛽 ∙ 𝑟𝑒 +
𝑅
1+ 𝐸 82.1)
𝑟𝑜
𝑍𝑜 = 𝑅𝐸 ∥ 𝑟𝑒
82.3)
𝑅𝐸
𝐴𝑉 =
𝑅𝐸 + 𝑟𝑒 82.4)
𝑅𝐵
𝐴𝑖 ≅ −𝛽 ∙
𝑅𝐵 + 𝑍𝑏 82.5)
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Exemplo 8
a. 𝑟𝑒
b. 𝑍𝑖
c. 𝑍𝑜
d. 𝐴𝑣
e. 𝐴𝑖
Solução:
𝑉𝐶𝐶 − 𝑉𝐵𝐸
𝐼𝐵 = = 20,42 𝜇𝐴
𝑅𝐵 + (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸
𝐼𝐸 = (𝛽 + 1) ∙ 𝐼𝐵 = 101 ∙ 20,42 𝜇𝐴 = 2,06 𝑚𝐴
26 𝑚𝑉
𝑟𝑒 = = 12,61 Ω
2,06 𝑚𝐴
𝑍𝑏 = (𝛽 ∙ 𝑟𝑒 ) + (𝛽 + 1) ∙ 𝑅𝐸 ≅ 𝛽 ∙ 𝑅𝐸 = 334,56 𝑘Ω
𝑍𝑖 = 𝑅𝐵 ∥ 𝑍𝑏 = 132,72 𝑘Ω
𝑍𝑂 = 𝑅𝐸 ∥ 𝑟𝑒 ≅ 𝑟𝑒 = 12,56 Ω
𝑉𝑜 𝑅𝐸
𝐴𝑉 = = = 0,996
𝑉𝑖 𝑅𝐸 + 𝑟𝑒
𝑍𝑖
𝐴𝑖 = −𝐴𝑉 ∙ = −40,06
𝑅𝐸
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