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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

DA ESCOLA BÁSICA

Novembro de 2021

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CAPÍTULO I
Disposições gerais
(Conceito, Âmbito de Aplicação e objectivos)
Artigo 1

(Conceito)

O Regulamento do Funcionamento da Escola Básica é um documento constituído por um conjunto de


preceitos e normas aplicáveis no contexto escolar.

Artigo 2
(Âmbito de Aplicação)
O presente Regulamento aplica-se:
a) A todas escolas básicas públicas (regulares e especiais).
b) Às escolas básicas particulares, com as devidas adaptações.

Artigo3
(Objectivo)
O presente Regulamento tem como objectivo estabelecer as normas de organização e funcionamento da
Escola Básica.

CAPÍTULO II
Da Escola Básica
Secção I

(Da Definição, Funções e Identificação da Escola)

Artigo 4
(Definição)

1. A Escola Básica é uma instituição educativa de carácter social, que lecciona da 1ª a 9ª classe,
compreendendo o Ensino Primário (EP), de 1ª a 6ª classe, e o 1º ciclo do Ensino Secundário (ES), de
7ª a 9ª classe e inclui a Alfabetizaçao e Educaçao de Jovens e Adultos.

Artigo 5
(Funções)

A Escola Básica tem como funções:


a) Assegurar a educação básica da criança, jovem e adulto, conferindo-lhes competências
fundamentais para o exercício da cidadania, fornecendo-lhes conhecimentos gerais sobre o
mundo que lhes rodeia e meios para progredir no trabalho e na aprendizagem ao longo da vida.

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b) Preparar a criança, o jovem e o adulto para continuar os estudos e desenvolver habilidades
empreendedoras;
c) Consolidar e desenvolver as capacidades e conhecimentos dos alunos nas diferentes áreas
curriculares (comunicação e ciências sociais, matemática e ciências naturais, actividades práticas
e tecnológicas e artes visuais e cénicas)
d) Aperfeiçoar as capacidades e conhecimentos intelectuais, morais e cívicos dos alunos;
e) Desenvolver habilidades e capacidades específicas, nomeadamente, intelectuais, técnicas,
artísticas, desportivas e outras;
f) Desenvolver uma orientação vocacional que permita maior rentabilidade do sistema educativo, e
do aluno;
g) Desenvolver na criança, no jovem e no adulto a consciência da unidade nacional e patriótica, de
amor ao trabalho e pela propriedade social;
h) Preparar a criança, o jovem e o adulto para o trabalho independente, auto-estudo, investigação e
rigor científico.

Artigo 6
(Identificação da Escola)
1.Cada escola identifica-se através de nome e ostenta num lugar destacado os seguintes símbolos
nacionais:
a) Bandeira da república;
b) Emblema nacional;
c) Retrato do Presidente da República de Moçambique;
2. Constitui também identificação da escola o carimbo e selo branco;
3. A cada escola é permitida a aprovação e adopção de um símbolo próprio -hino e lema – respeitando
estritamente a constituição da República e a lei SNE;
4. Carta de serviços.

Secção II
(Da Criação e Funcionamento, Modalidade e Cadastro dos Edifícios Escolares)

Artigo 7
(Criação e Funcionamento)
1. A criação e funcionamento de um estabelecimento de ensino público ou particular, carece da
autorização do Ministro que superintende a área da Educação.
2. A escola básica deve funcionar em edifício próprio, construído em local adequado aos fins
educativos, com mobiliário, material didáctico e equipamento básico, com saneamento e condições
de acessibilidade previstas na legislação específica sobre pessoa com deficiência.
3. Para o funcionamento de escola básica, para além de docentes com qualificação adequada devem
estar garantidos como requisitos, as seguintes infraestruturas e equipamentos:
a) Bloco administrativo;
b) Sala dos professores

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c) Salas de aulas equipadas com carteiras para os alunos, secretária e cadeira para o professor,
quadro e armário;
d) Sala para Centro de Apoio e Aprendizagem;
e) Salas de aula como centros de AEA circunvizinhos a escola de acordo com a necessidade;
f) Sala de informática com conectividade;
g) Sala para primeiros socorros equipada e com Kits;
h) Gabinete de apoio a inclusão;
i) Biblioteca;
j) Laboratório de Física, Química e Biologia;
k) Ginásio multiuso;
l) Campo de Jogos;
m) Cantina escolar;
n) Sanitários inclusivos;
o) Balneários inclusivos;
p) Espaço para recreio;
q) Água potável;
r) Pontos de lavagens das mãos;
s) Murro de vedação;
t) Extintores
u) Espaços verdes;
v) Energia

Artigo 8
(Modalidades de Ensino)
1. O Ensino Primário, Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos realizam-se de forma presencial
em duas modalidades:
a) Monolingue em língua portuguesa;
b) Bilingue em uma língua moçambicana, incluindo a língua de sinais e em língua portuguesa;
2. O primeiro ciclo do Ensino secundário é ministrado na modalidade monolingue, incluindo a língua de
sinais, nas seguintes formas:
a) Presencial: aprendizagem mediada pelo professor num ambiente físico, sala de aula, na
presença permanente do aluno e onde o horário lectivo é determinado pelo estabelecimento
de ensino;
b) À Distância: ensino que se caracteriza pela separação física entre o aluno e o professor, uso
das tecnologias para mediar a aprendizagem, comunicação bidirecional que permite a
interacção entre os alunos;
c) Híbrido: ensino que combina a aprendizagem presencial e a distância, permitindo que o
aluno estude sozinho On-line ou em sala de aula interagindo com os colegas e com o
professor.

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Artigo 9
(Cadastro dos Edifícios Escolares)

1. Nos órgãos que superintendem a área de Educação a nível da província deve existir, em impresso
próprio, o cadastro dos edifícios escolares, com cópias nos órgãos que superintendem a área de
educação a nível do distrito e nas próprias escolas, do qual constarão, além de outros elementos
caracterizadores, os seguintes:
a) Documento de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT);
b) Título de propriedade;
c) Planta do edifício feita na escala 1/100, no caso de se tratar de um edifício a adaptar para
instalações escolares, ou cópia das plantas e alçados se se tratar de um edifício já construído ou a
construir para os mesmos fins, fotografias, se possível;
d) Data da construção e custo da obra;
e) Data das reabilitações e reparações efectuadas e respectivos custos;
f) Data da criação da escola, sua denominação e localização;
2. A escola basica deve funcionar em edifício próprio, construído em local adequado aos fins
educativos, com mobiliário, material didáctico e equipamento básico, com salubridade e condições de
acessibilidade previstas na legislação específica sobre pessoa com deficiência.

Secção III
(Da Classificação das Escolas e condições de segurança)
Artigo 10
Classificação das Escolas
1. As escolas básicas classificam-se em: A, B e C:
a) Tipo A as que têm mais de 25 salas de aulas e acima de 1500 alunos;
b) Tipo B as que têm de 15 a 24 salas de aula de 500 a 1500 alunos;
c) Tipo C as que têm de 10 a 14 salas de de aula e com menos de 500 alunos.

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Artigo 11
(Condições de segurança na escola)
1. Todas as escolas básicas devem criar condições de segurança interna contra acidentes para os seus
utentes.
2. A prevenção de acidentes deve comportar entre outras, as seguintes medidas:
a) Colocação de extintores em lugares estratégicos;
b) Sinalização de saídas de emergência;
c) Instalação de portas com dispositivos de movimento lento;
d) Promoção de auto-protecção;
e) Colocação de corrimão nas escadas;
f) Realização de inspecção periódica para verificar rachaduras, vazamentos e fiação eléctrica
exposta;
g) Fixação nas vitrinas de informação relevante sobre a prevenção, as medidas de salvação e
números de emergência (Servico Nacional de Salvacao Publica, Polícia e Ambulância);
h) Sistema de alerta para emergência;
i) Capacitação de professores, alunos em matérias de primeiros socorros e prevenção de desastres;
j) Identificação de locais seguros.

Artigo 12
(Uniforme Escolar)
A escola básica deve adoptar uniforme do ensino primário e do 1º ciclo do ensino
secndário, com excepção dos alfabetizandos e educandos.
1. O uniforme deve obedecer o seguinte feitio:
a) Calças formais, não justas com duas pregas para cada lado, com bolsos laterais
interiores e um bolso traseiro interior;
b) Saia lisa, com altura de dois dedos (5cm) abaixo de joelho, não justa, com cós,
sem racha, com macho;
c) Camisa formal de mangas curtas ou compridas.

2. No ensino primário todo o aluno deve apresentar-se em condiçoes aceitáveis para a


aula de Educaçao Física;

3. No 1º ciclo do ensino secundário o uniforme para educação física é composto por:


a) Camiseta(te) e calções brancos;
b) Sapatilhas de cor branca.

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4. Compete à escola fornecer o uniforme escolar aos alunos comprovadamente carentes.
5. Em nenhuma circunstância, o aluno comprovadamente carente é proibido de assistir
as aulas por falta de uniforme.

Capitulo III
Da Direcção, Administração e Gestão das Escolas
Secção I
Dos Órgãos e suas competências

Artigo 13
(Órgãos de Direcção)
1. São órgãos de direcção das escola básica os seguintes:
a) Órgão Deliberativo;
b) Órgão Executivo;
c) Órgão Consultivo.
Artigo 14
(Composição do Órgão deliberativo)
1.Constitui órgão deliberativo da escola, independentemente do tipo de escola, o Colectivo de Direcção
que é composto por:
a) Director da Escola;
b) Director Adjunto da Escola Básica para o Ensino Primário;
c) Director Adjunto da Escola Básica para o 1º Ciclo do Ensino Secundário;
d) Director Adjunto Administrativo, nas escolas do tipo A e B;
e) Director Adjunto do internato, nas escolas com internato;
f) Chefe da Secretaria, nas escolas do tipo C.

Artigo 15
(Convocação do Colectivo de Direcção)
O Colectivo de direcção é convocado e presidido pelo Director da Escola e reúne-se, ordinariamente, de
quinze em quinze dias e, extraordinariamente, sempre que for necessário.

Artigo 16
(Competências do Colectivo de direcção)
Compete ao colectivo de direcção:
1. Assegurar o desenvolvimento das actividades da instituição;
2. Apreciar e aprovar o plano anual de actividades e respectivo orçamento anual e submeter ao
conselho de escola;
3. Apreciar e aprovar o relatório de actividades e a respectiva execução orçamental e submeter ao
conselhoda escola;
4. Propor superiormente a admissão de pessoal para o preenchimento de vagas não providas;

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5. Assegurar o cumprimento e controlo das tarefas definidas para cada órgão e estrutura que compõem
a instituição;
6. Promover acções que visem a melhoria das condições de aprendizagem da criança, jovens e adultos.
7. Promover acções que visem a melhoria das condições de trabalho dos professores, alfabetizadores,
educadores e outros funcionários da instituição;
8. Propor, anualmente, os efectivos escolares e enviar às estruturas que superintendem a área da
educação.

Artigo 17
(O Director da Escola)

1. O Director é um professor nomeado em comissão de serviço, que dirige, coordena, planifica e


controla as actividades de uma Escola Básica.
2. O Director da Escola é coadjuvado no exercício das suas funções, pelos Directores Adjuntos da
Escola, Director Adjunto Administrativo, Director Adjunto do Internato e pelo Chefe de
Secretaria;
3. O Director lecciona na escola que dirige;
4. O Director da Escola será substituído em caso de ausência ou impedimento por um dos
Directores Adjuntos da Escola.

Artigo 18
(Competências do Director da Escola)
1. Compete ao Director da Escola:
a) Zelar pela organização, direcção e controle da escola;
b) Assegurar a representação da escola bem como o estabelecimento de parcerias internas,
externas e com instituições do sector público e privado;
c) Assegurar cumprimento do regulamento interno da escola e demais normas em vigor na
administração pública;
d) Assegurar a direcção científica técnica e pedagógica da escola garantindo o cumprimento dos
planos de estudo e programas de ensino aprovados oficialmente pelo Ministério que
superintende a área de educação;
e) Assegurar o cumprimento das decisões e orientações das estruturas superiores da educação, do
conselho da escola e dos órgãos locais do Estado onde se situa a escola;
f) Realizar actos administrativos que lhe forem atribuídos por lei e os que por delegação de
poderes lhe forem definidos
g) Garantir a existência e gestão racional dos recursos humanos, materiais e financeiros aplicando
uma política de austeridade no funcionamento da escola.
h) Assegurar a elaboração dos planos de desenvolvimento, anual de actividades da escola e
respectivos relatórios;
i) Apresentar às estruturas superiores, nos prazos definidos, toda a informação necessária,
nomeadamente, plano de desenvolvimento da instituição, plano anual de actividades, dados
estatísticos, relatórios e demais informações.

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j) Promover o desenvolvimento de um ambiente democrático, participativo e seguro com a
comunidade.
k) Garantir um bom funcionamento do Conselho de Escola e do colectivo de direcção da escola.
l) Apreciar o aproveitamento da escola e tomar medidas pertinentes para o seu melhoramento;
m) Promover o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação nas aulas presenciais e a
distância;
n) Promover acções que assegurem a equidade de género e a escolaridade de alunos com
Necessidades Educativas Especiais;
o) Assegurar a implementação dos programas de Alfabetização e Educação de Adultos.
p) Garantir a distinção e premiação dos melhores alunos, professores, alfabetizadores, educadores
e outros funcionários;
q) Autorizar de acordo com o plano, o gozo de férias e despensa dos funcionários da instituição;
r) Promover e assegurar a estratégia da implementação de formação em exercício;
s) Conferir e emitir o certificado de habilitações dos alunos, alfabetizandos e educandos;
t) Assegurar a implementação do Programa de Saúde e Alimentação Escolar.
u) Assegurar a implementação de actividades co-curriculares/transversais (desporto escolar,
cultura, saúde e higiene escolar, produção escolar, género, Núcleos de Prevenção e Combate a
Corrupção e Comité de Gestão de Riscos e Desastres e outras);

Artigo 19
(Competências do Director Adjunto da Escola)
Compete ao Director Adjunto da Escola:
a) Coadjuvar o director na direcção das actividades da escola na área sob sua responsabilidade.
b) Dirigir o Conselho Pedagógico;
c) Garantir a implementação dos curricula aprovados pelo Ministério que superintende a área da
educação;
d) Cumprir e fazer cumprir o regulamento interno da escola e demais normas em vigor na
administração pública;
e) Orientar e controlar a formação das turmas e a elaboração de horários das turmas e dos
professores, alfabetizadores/educadores e tutores do PESD;
f) Proceder a distribuição dos professores, alfabetizadores/educadores pelas turmas, disciplinas e
classes de acordo com as orientações superiormente definidas.
g) Proceder a distribuição dos tutores do PESD pelas disciplinas, classes e ciclos de acordo com as
orientações superiormente definidas.
h) Coordenar as actividades dos directores de classes, de turma, dos delegados de disciplinas, bem
como dos gestores e tutores do PESD nas formas presencial, a distância e hibrido;
i) Orientar e controlar o funcionamento das turmas da alfabetização e coordenar o comprimento do
horário das aulas;

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j) Monitorar o processo de ensino-aprendizagem incluindo a coordenação da assistência mútua das
aulas e avaliação;
k) Orientar o processo de elaboração de provas de avaliação e analisar os respectivos resultados;
l) Planificar a formação e capacitação do corpo docente, Alfabtizadores/educadores e assegurar o
desenvolvimento de competências necessárias, tendo em conta as necessidades educativas
especiais, para a realização da missão da escola;
m) Realizar a avaliação do desempenho dos professores, Alfabetizadores/educadores, gestores e
tutores do PESD, dentro dos prazos legais;
n) Impulsionar e coordenar a realização das actividades académicas, desportivas, culturais e
recreativas na escola;
o) Substituir o director da escola nas suas ausências e/ou impedimentos;
p) Prestar informe regular do estágio do processo de ensino e aprendizagem ao director da escola;
q) Promover jornadas pedagógicas entre os professores, alfabetizadores/educadores e entre escolas.
r) Realizar outras tarefas que lhe sejam incumbidas superiormente;

Artigo 20
(Competências do Director Adjunto-Administrativo)
1. Compete ao Director Adjunto-Administrativo:
a) Planificar, controlar e coordenar as actividades do sector administrativo da escola;
b) Velar pela organização e gestão de recursos humanos, materiais e financeiros da escola;
c) Assinar ou chancelar os termos de matrícula;
d) Velar pela manutenção e conservação da instituição procedendo a sua inventariação com base na
legislação vigente;
e) Elaborar as propostas de orçamento em conformidade com os planos de actividades da
instituição para cada ano;
f) Elaborar o relatório de actividades e respectiva execução orçamental periodicamente;
g) Apresentar ao director da escola dados sistematizados sobre o funcionamento das áreas
administrativa e financeira da escola;
h) Assegurar a mobilização de recursos e promover parcerias para a sustentabilidade da escola;
i) Avaliar, periodicamente, o património e propor a sua substituição de acordo com as normas
vigentes;
j) Garantir a aquisição de todo o material destinado a manutenção, conservação das instalações e
disponibilidade da água;
k) Acompanhar e participar na fiscalização de obras de expansão, manutenção e/ou reparação que
possam ocorrer na escola;
l) Emitir pareceres antes da recepção das instalações após qualquer obra de expansão, manutenção
e/ou reparação;
m) Assegurar a construção de rampas e outros dispositivos para facilitar o acesso a informação e
circulação de pessoas com deficiências;
n) Garantir a segurança da escola;

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o) Garantir a aquisição de materiais didácticos para alunos com Necessidades Educativas Especiais
professores com deficiências, bem como para os alunos comprovadamente carentes.
2. Nas escolas onde não há Director Adjunto Administrativo todas as responsabilidades deste são
assumidas pelo Chefe da Secretaria.

Artigo 21

(Do Director adjunto do internato)

1. O Director Adjunto do Internato é nomeado pelo Administrador Distrital mediante proposta do


Director dos Serviços que superintende a área da Educação.
2. Compete ao Director Adjunto do Internato:
a) Dirigir e controlar o funcionamento do internato, de acordo com o respectivo
regulamento e demais normas em vigor na administração pública;
b) Assegurar o cumprimento rigoroso do horário geral de actividades, bem como o das
actividades curriculares e co-curriculares;
c) Garantir que os funcionários afectos ao Sector da cozinha tenham cartões de saúde;
d) Coordenar, com as unidades sanitárias, a promoção da saúde no âmbito dos acordos
firmados;
e) Garantir a disponibilidade de Kits de primeiros socorros, higiene e gestão menstrual;
f) Controlar e autorizar as entradas e saídas dos alunos no internato;
g) Garantir que os alunos recebam assistência médica necessária;
h) Garantir a avaliação de desempenho dos funcionários afectos ao Internado;
i) Realizar supervisões diárias a todas as instalações nomeadamente as camaratas,
refeitórios e outros locais frequentadas pelos alunos;
j) Planificar os relatórios de execução dos planos anuais e plurianuais de actividades e
submetê-los a aprovação superior;
k) Elaborar os relatórios de execução dos planos anuais e plurianuais de actividades;
l) Participar na distribuição de fundos para todas as despesas relacionadas com o Internato;
m) Assegurar a aplicação correcta dos fundos atribuídos para o pagamento das despesas do
Internato;
n) Planificar e controlar as tarefas dos funcionários ligados ao Internato;

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o) Garantir a conservação e uso correcto das infra-estruturais e todo o equipamento do
Internato;
2. A estrutura e o funcionamento dos Centros Internatos constam do regulamento específico.

Artigo 22
(Chefe de Secretaria)

O Chefe de Secretaria da Escola é um funcionário nomeado em comissão de serviço, que


exerce as funções de organização, planificação, coordenação e controle da unidade sob sua
responsabilidade.

Artigo 23
(Competências do Chefe de Secretaria da Escola)
1. Compete ao Chefe de Secretaria da Escola:
a) Exercer as funções de organização, planificação, coordenação e controle da unidade sob sua
responsabilidade;
b) Orientar, organizar despachos e controlar o processo do aluno, de contratação, admissão e
tomada de posse de professores e outros trabalhadores da escola;
c) Organizar e manter actualizada a colectânea da legislação de interesse para o desenvolvimento
das actividades do sector, colaborando na sua divulgação;
d) Zelar pelo cumprimento dos prazos de processamento e de pagamento dos salários e subsídios
dos alfabetizadores, dentro dos prazos legais;
e) Gerir a conta bancária da escola, fazendo depósito e levantamentos assinando os respectivos
cheques com o Director da Escola;
f) Preparar, executar e apresentar o projecto do orçamento e receitas da escola, segundo orientações
superiores;
g) Dirigir o encaminhamento de todo o material necessário para a reprodução, impressão e
policópia de documentos;
h) Orientar e controlar o funcionamento da cantina, de modo a garantir um serviço de apoio aos
alunos, professores e outros trabalhadores da escola;
i) Assegurar a organização e controle dos processos individuais dos professores, alfabetizadores,
educadores de adultos, alunos, alfabetizandos, educandos e restantes trabalhadores da escola e
manter o controlo de toda a documentação relativa a sua situação laboral;
j) Zelar pela manutenção, conservação e limpeza das instalações e do material didáctico do uso
comum;
k) Garantir a provisão regular à escola em artigos (batas, fardamentos) e bens de consumo
necessários ao correcto funcionamento das actividades da instituição;
l) Ter sob sua guarda o carimbo da escola e o selo branco;
m) Prestar contas dos valores monetários sob sua responsabilidade;

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n) Orientar, organizar e controlar o levantamento das faltas dos funcionários, com vista ao controle
da assiduidade e pontualidade;
o) Garantir anualmente a realização do inventário do material existente na instituição;
p) Garantir a aquisição de materiais para alunos NEE e professores com deficiências;
q) Assegurar a construção de rampas e outros dispositivos para facilitar a circulação de pessoas
com deficiências.
r) Exercer outras funções que lhe forem incumbidas, no contexto do seu trabalho;

Artigo 24
(Órgãos Executivos)
Constituem órgãos executivos, independentemente do tipo de escola os seguintes:
a) Conselho pedagógico;
b) Grupo de Disciplina;
c) Secretaria da escola.

Artigo 25
(Conselho Pedagógico)
1. O Conselho Pedagógico é órgão de apoio técnico, científico e metodológico da direcção da escola.
2. Compõem o Conselho Pedagógico no Ensino Primário:
a) Director Adjunto da Escola;
b) Coordenadores de Ciclos;

3. Compõem o Conselho Pedagógico no 1º ciclo do Ensino Secundário:


a) Director Adjunto da Escola;
b) Directores de Classe;
c) Delegados de Disciplinas
d) Gestor do Centro de Apoio a Aprendizagem;

4. O Conselho Pedagógico é convocado e presidido pelo Director Adjunto da Escola que poderá
convidar outras entidades para além das referidas no número anterior.
5. O Director da Escola poderá orientar ou participar neste órgão sempre que for necessário.
6. O Conselho Pedagógico reúne-se ordinariamente de quinze em quinze dias e, extraordinariamente,
sempre que assuntos de ordem pedagógica o exijam.

Artigo 26
(Competências do Conselho Pedagógico)
1. Compete ao Conselho Pedagógico:
a) Organizar e realizar os conselhos de avaliação Trimestrais e Finais.
b) Organizar o processo docente, metodológico e educativo.

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c) Garantir e controlar a aplicação dos programas de ensino, incluindo os de Alfabetização e
Educação de Adultos, das metodologias de ensino e da avaliação da aprendizagem presencial e
a distância;
d) Assegurar o cumprimento das normas de organização, avaliação da aprendizagem e gestão
pedagógica na escola;
e) Promover estudos de natureza pedagógica;
f) Coordenar e promover a produção e uso de materiais didácticos;
g) Garantir a formação em exercício dos professores da escola através das formas presencial, à
distância e híbrida;
h) Planificar, coordenar e avaliar as actividades pedagógicas;
i) Efectuar cortes avaliativos no meio de cada trimestre;
j) Apreciar e pronunciar-se sobre os planos e programas curriculares, bem como o regulamento de
avaliação, os calendários e horários das diferentes disciplinas a ministrar;
k) Apreciar e dar parecer sobre o funcionamento da escola;
l) Elaborar a acta de cada reunião, arquivando uma cópia numa pasta própria e enviar no prazo de 8
dias a original à direcção da escola.

Artigo 27
(Coordenador do Ciclo)
1. O Coordenador de Ciclo é um professor indicado pelo Director da Escola, sob proposta do Director
Adjunto pedagógico, que dirige, coordena e supervisa todas as actividades do Ciclo e vela pela
correcta aplicação dos programas e planos curriculares do respectivo ciclo.

2. Nas escolas do Ensino Primário, funcionam os seguintes órgãos:


a) 1 Coordenador do 1º Ciclo;
b) 1 Coordenador do 2º Ciclo
Artigo 28
(Competências do Coordenador do Ciclo)

1. Compete ao coordenador as actividades e representar o Ciclo:


a) Dirigir e representar o Ciclo;
b) Elaborar os relatórios trimestrais e anuais;
c) Organizar a pasta do Ciclo;
d) Convocar e dirigir reuniões com professores, quinzenalmente e sempre que necessário;
e) Elaborar os calendários de vigilância de provas finais, bem como o do conselho de avaliação;
f) Assistir as aulas dos professores e fazer as observações necessárias.
g) Coordenar a elaboração dos planos analíticos;
h) Coordenar e controlar a planificação das aulas;
i) Apresentar ao Director Adjunto Pedagógico a situação pedagógica do Ciclo;
j) Controlar a elaboração e realização de avaliações;
k) Tomar medidas visando a elevação da qualidade de ensino do Ciclo;
l) Coordenar a elaboração de materiais didácticos;

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m) Assistir e garantir a assistência mútua das aulas do Ciclo;
n) Registar em acta a agenda e conclusões de cada reunião do Ciclo;

Artigo 29
Competências do Chefe do Centro de Alfabetizaçao e Educaçao de Adultos
1. Compete ao Chefe do Centro de AEA:

Artigo 30
(Competências do Director de Classe)
1. Compete ao Director de Classe:
a) Apoiar o Director Adjunto da Escola, na organização do sector pedagógico;
b) Coordenar todas as actividades dos Directores de Turma da classe que dirige;
c) Assistir às aulas das turmas da classe que dirige, mesmo nas disciplinas que não lecciona;
d) Garantir, em coordenação com a direcção pedagógica, a escrituração e segurança dos
documentos das turmas;
e) Apoiar o Director Adjunto da Escola, na elaboração dos horários;
f) Reunir mensalmente com os Directores das Turmas da classe de que é responsável para
planificação de actividades e discussão dos problemas relevantes do comportamento e
aproveitamento dos alunos;
g) Propor semanalmente à direcção pedagógica a agenda da reunião de turma;
h) Propor à direcção pedagógica a agenda das reuniões dos directores de turmas com os pais e/ou
encarregados de educação;
i) Reunir, sempre que necessário, com os professores da classe que dirige;
j) Controlar sistematicamente o registo das avaliações nas respectivas fichas e cadernetas do
professor;
k) Planificar as actividades da classe que dirige.

Artigo 31
(Competências do Delegado de Disciplina)
1. Compete ao Delegado de Disciplina:
a) Dirigir o grupo de disciplina;
b) Elaborar e coordenar a implementação do plano de actividades do grupo de disciplina;
c) Coordenar a elaboração dos planos analíticos dos programas de ensino, uma semana antes do
início de cada trimestre/semestre;
d) Coordenar e controlar a planificação e leccionação das aulas;
e) Assistir e garantir a assistência mútua das aulas no grupo de disciplina;
f) Apresentar ao Director Adjunto da escola a situação pedagógica do grupo de disciplina;
g) Coordenar a elaboração e realização de avaliações;
h) Realizar acções com vista a elevação da qualidade de ensino na sua disciplina;

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i) Promover círculos de interesse, em conformidade com as unidades temáticas dos programas de
ensino;
j) Coordenar e promover a produção e uso de materiais didácticos;
k) Avaliar trimestralmente/semestralmente o desempenho dos professores do seu grupo;
l) Organizar a pasta do grupo de disciplina;
m) Registar em acta a agenda e conclusões de cada reunião do grupo, arquivar a cópia na pasta da
disciplina e enviar a original no prazo de 48 horas à direcção pedagógica.

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Artigo 32
(Competências do Gestor do Centro de Apoio a Aprendizagem)
1.Compete ao gestor do Centro de Apoio a Aprendizagem:
a) Realizar encontros de orientação dos alunos matriculados e proceder a distribuição dos
módulos;
b) Coordenar as acções de superação das dificuldades dos alunos, envolvendo os professores-
tutores de todas disciplinas;
c) Divulgar o calendário de estudo, de tutorias e das avaliações para o conhecimento dos
interessados;
d) Disponibilizar, regularmente, os módulos e outros materiais de aprendizagem aos alunos;
e) Organizar e zelar por todo o serviço de arquivo da documentação, e de registo do
aproveitamento pedagógico dos alunos;
f) Enviar o mapa de efectividade dos tutores e informação estatística à direcção da escola de
vinculação de cada um deles;
g) Estimular e aconselhar os alunos para uma maior dedicação e retenção no PESD;
h) Elaborar a partir do horário do professor, recebido da direcção pedagógica, o calendário de
tutorias, em coordenação com os tutores e alunos;
i) Controlar a realização das avaliações, entregar as mesmas aos professores-tutores para a
correcção e dar o respectivo feedback aos alunos;
j) Arquivar no CAA as Tarefas do Fim do Módulo (TFM) e proceder a sua destruição findo o
período de 5 anos de validade;
k) Disponibilizar a direcção da escola a informação pedagógica dos alunos, de acordo com o
calendário pedagógico;
m) Organizar e presidir o conselho de avaliação dos alunos do PESD.

Artigo 33
(Do Grupo de Disciplina)
1. O Grupo de Disciplina é o órgão de apoio técnico, científico e metodológico do conselho
pedagógico.
2. Compõem o grupo de disciplina, todos os professores da respectiva disciplina.
3. O grupo de Disciplina reúne-se quinzenalmente para efeitos de planificação.

16
Artigo 34
(Competências do Grupo de Disciplina)
1. Compete ao grupo de disciplina:
a) Elaborar o plano analítico de acordo com o programa de ensino, no início de cada trimestre.
b) Elaborar planos de actividade do grupo de disciplina.
c) Planificar as aulas, as avaliações, as assistências mútuas às aulas e outras actividades referentes a
disciplina.
d) Elaborar textos de apoio e outros materiais didácticos.
e) Elaborar os testes escritos e outras formas de avaliações.
f) Analisar os resultados das avaliações e propor estratégias para o seu melhoramento.
g) Analisar o desempenho de cada um dos membros do grupo.
h) Estimular o espírito de inter-ajuda entre os membros do grupo.
i) Criar círculos de interesse que levem à motivação ao estudo das matérias dos programas da
disciplina.

Artigo 35
(Da Turma)
1. A turma é o órgão de base da instituição de ensino que se organiza em grupos de alunos.
2. A direcção da turma é constituída por:
a) Director de Turma.
b) Chefe de Turma.
c) Chefes dos Grupos.
3. No Ensino primário, professor da turma é director da mesma;
4. No 1º ciclo do Ensino Secundário todos os professores podem ser indicados, anualmente, como
directores de turma, sem acumulação de funções de gestão.
.
Artigo 36
(Competências do Director da Turma)
1. Compete ao Director da Turma:
a) Transmitir e fazer aplicar as orientações e decisões das estruturas superiores na turma;
b) Velar pela aplicação do Regulamento Interno da Escola a nível da turma;
a) Estruturar a turma que dirige, de acordo com o presente Regulamento e Regulamento da Escola.
b) Preencher corretamente os documentos de escrituração da turma que dirige;
c) Reunir a turma semanalmente, de acordo com o horário estabelecido elaborando as respectivas
actas;
d) Acompanhar e influenciar positivamente o comportamento e o desempenho de cada aluno
fazendo o respectivo registo;
e) Comunicar a direcção casos disciplinares dos alunos da turma que dirige.
f) Proceder ao levantamento semanal das faltas dos alunos;
g) Estimular o espírito de inter-ajuda entre os alunos da turma;

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h) Convocar, em coordenação com o coordenador de ciclo/director de classe, os pais e/ou
encarregados de educação dos alunos da turma para prestar informações que julgar pertinentes
ou recebê-los quando eles o solicitarem;
i) Preparar e presidir os Conselhos de Avaliação da turma, no final de cada trimestre, de acordo
com o Regulamento Geral de Avaliação;
j) Promover e orientar, em coordenação com o coordenador de ciclo/director de classe, actividades
co-curriculares;
k) Distinguir os alunos da turma com aproveitamento e comportamento exemplar.
l) Identificar alunos com melhor desempenho pedagógico, para serem facilitadores do PROFASA.

Artigo 37
(Do Chefe da Turma).
1. O Chefe da Turma é um aluno, eleito por voto secreto e individual pelos alunos da turma.
2. O mandato do chefe de turma é de um ano lectivo, podendo ser interrompido, em caso deste não
demonstrar um bom comportamento.
3. No exercício das suas funções, o chefe da turma é coadjuvado pelo sub-chefe, que é o segundo mais
votado da eleição referida no número 1, e é o substituto legal.

Artigo 38
(Competências do Chefe da Turma)
1. Compete ao Chefe da Turma:
a) Representar a turma;
b) Transmitir e fazer aplicar as orientações e decisões emanadas pelas estruturas superiores da
escola;
c) Transmitir as preocupações da turma às estruturas superiores da escola respeitando a hierarquia;
d) Velar pela aplicação do regulamento interno da escola;
e) Coordenar as actividades nos círculos de interesse em que a turma esteja envolvida;
f)Organizar, orientar e controlar a turma na ocupação dos tempos livres, incentivando o estudo
individual e colectivo, bem como a prática de actividades desportivas e culturais.

Artigo 39
(Grupo da turma)
1. O Grupo da turma é um colectivo de estudo e de organização interna da turma, que visa desenvolver
o espírito de solidariedade.
2. O Grupo é constituído por alunos da turma de ambos os sexos, cujo número varia de quatro a seis
elementos, numa composição heterogénea, quanto às capacidades, habilidades e idade.
3. A constituição dos Grupos é feita na presença do Director de Turma, e precede à eleição dos Chefes
do Grupo por voto secreto e individual pelos alunos do grupo.
4. O Chefe do Grupo subordina-se ao Chefe da Turma.

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Artigo 40
(Competências do Chefe do Grupo)
1. Compete ao Chefe do Grupo:
a) Coordenar as actividades do grupo;
b) Apoiar o Chefe da Turma na direcção e organização da turma;
c) Organizar, orientar e dirigir os componentes membros do grupo;
d) Garantir a ordem, a organização, disciplina e asseio no grupo;
e) Representar o grupo na turma e noutros fóruns onde for convocado.

Artigo 41
(Da Secretaria da escola)
1. A Secretaria da escola é um órgão de apoio técnico administrativo, que vela pela gestão e
organização de actividades escolares.
2. Composição:
a) Chefe da secretaria,
b) Técnicos administrativos
c) Pessoal de apoio.
Artigo 42
(Competências da Secretaria da Escola)
1. Compete à Secretaria da escola:
a) Organizar e manter conservados os registos e arquivos dos processos, dos alunos e dos
funcionários;
b) Assegurar o atendimento da comunidade escolar e do público em geral;
c) Garantir o cumprimento do horário lectivo;
d) Providenciar a recepção, registo, emissão e envio de correspondência da escola;
e) Assegurar a dactilografia, reprodução e arquivo de todos os documentos da escola;
f) Controlar a pontualidade e assiduidade dos professores e demais funcionários da escola;
g) Garantir a segurança e a manutenção da limpeza das instalações e conservação do
material didáctico de uso comum;
h) Organizar e manter actualizada a colectânea da legislação de interesse para o
desenvolvimento das actividades do sector.

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Artigo 43
(Dos Órgãos Consultivos)
Constituem órgãos de consulta da escola básica, os seguintes:
1. No Ensino Primário:
a) Conselho de Escola;
b) Assembleia Geral da Escola;
c) Assembleia de Professores e Funcionários não Docentes;
d) Assembleia Geral da turma;

2. No 1º ciclo do Ensino Secundário


a) Conselho de Escola;
b) Assembleia Geral da Escola;
c) Assembleia de Professores e Funcionários não Docentes.

Artigo-44
Conselho de Escola
1. O Conselho de Escola é o órgão máximo de consulta, monitoria e de fiscalização do estabelecimento
de ensino, que funciona na escola em coordenação com os respectivos órgãos e tem como objectivos:

a) Garantir uma gestão participativa e transparente da escola;


b) Ajustar as diretrizes e metas estabelecidas a nível central e local, à realidade da escola e da
comunidade;
2. A matéria relativa a criação, composição e normas de funcionamento do Conselho de Escola consta
do Manual do Conselho da Escola.

Artigo 45
(Assembleia Geral da Escola)
1. A Assembleia Geral da Escola é uma reunião anual da comunidade escolar, que ordinariamente se
realiza no início de cada ano lectivo para apreciar o relatório das actividades desenvolvidas no ano
findo, o plano de actividades do ano a iniciar e o Regulamento Interno da Escola.
2. A Assembleia Geral é convocada e presidida pelo Director da Escola.
3. O Director da Escola poderá, sempre que for necessário, convocar extraordinariamente a
Assembleia Geral.

Artigo 46
(Da Composição da Assembleia Geral da Escola)
1. Compõem a Assembleia Geral:
a) Membros da Direcção da Escola;
b) Professores;

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c) Alunos;
d) Pessoal técnico Administrativo e de apoio geral;
e) Pais e/ou Encarregados de Educação;
f) Comunidade.
2. Sempre que necessário, o Director poderá convidar ou solicitar a presença de estruturas locais ou
elementos ligados à instituição que dirige para tomarem parte das sessões da Assembleia Geral, em
representação própria ou dos organismos a que pertencem.

Artigo 47
(Assembleia de Professores e Funcionários não Docentes)
1. A Assembleia de Professores e Funcionários não Docentes é uma reunião convocada pelo Director
da Escola, que a preside, coadjuvado pelos restantes membros da Direcção com objectivo de debater
as actividades da escola.
2. A Assembleia de Professores e Funcionários não Docentes reúne-se ordinariamente uma vez por
trimestre.
3. O Director da Escola poderá, sempre que for necessário, convocar extraordinariamente a Assembleia
de professores e de funcionários não docentes.

Artigo 48
(Competências da Assembleia de Professores e Funcionários não Docentes)
1. Compete à Assembleia de Professores e funcionários não docentes:
a) Pronunciar-se sobre os planos da Escola.
b) Analisar o aproveitamento escolar.
c) Identificar as formas de superação dos constrangimentos no processo de ensino -aprendizagem.
d) Pronunciar-se sobre os problemas dos professores e funcionários não docentes no contexto
escolar.
e) Avaliar o desempenho dos professores e funcionários não docentes.
f) Escolher, por votação, os representantes dos professores e outros funcionários não docentes da
escola para o Conselho da Escola.

Artigo 49
Assembleia Geral da Turma
1. A Assembleia Geral de Turma é uma reunião convocada e dirigida pelo Director de Turma onde
participam os pais/encarregados de educação, os professores da turma, os alunos e outros intervenientes
do Processo de Ensino e Aprendizagem, se necessário.

2. Este órgão reúne-se, ordinariamente, duas vezes por ano no fim do 1º e 2º trimestres e
extraordinariamente sempre que se julgar necessário.

3. Compete à Assembleia Geral de Turma:

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a) Informar os encarregados de educação das regras de funcionamento do Regulamento Interno da
Escola, bem como de outros documentos normativos;
b) Procurar formas de apoiar os alunos no âmbito do curriculum local, ofícios e outras actividades
inerentes à educação e formação dos educandos;
c) Propor e planificar actividades co-curriculares e estudo dirigido na comunidade;
d) Discutir assuntos relativos ao desempenho dos alunos em geral e dos alunos com necessidades
educativas especiais em particular;
e) Definir estratégias com vista a garantir a permanência dos alunos na escola até à conclusão do
Ensino Primário;
f) Discutir assuntos relacionados com a assiduidade e comportamento dos alunos;
g) Distinguir e premiar os melhores alunos da turma.

CAPÍTULO IV
(Da Organização do Ano Lectivo)

Artigo 50
(Organização do ano lectivo)
1. A organização de cada ano lectivo começa no ano anterior de modo a garantir, antecipadamente, o
conhecimento individual e colectivo das estratégias e dos meios a adoptar, tendo em vista o alcance
dos objectivos institucionalmente traçados.
2. Antes do início de cada ano lectivo, as direcções das escolas, com base nos instrumentos normativos
e orientadores, devem organizar o processo das matrículas, estruturar as turmas, situá-las, proceder à
preparação metodológica, organizar e planificar todas as actividades.
3. As duas semanas que precedem o início de cada ano lectivo são destinadas à organização e
planificação do processo docente educativo.

Artigo 51
(Calendário Escolar)
1. O calendário escolar é definido por Despacho Ministerial.
2. Sempre que se mostre necessário, o Ministro que superintende a área da educação, poderá autorizar
calendários diferentes, consoante proposta devidamente fundamentada

Artigo 52
(Horário dos Turnos)
Compete ao Director da Escola, ouvido o Conselho de Escola, determinar, em cada ano lectivo, a hora
do início e do fim das actividades escolares dos diversos turnos, respeitando o número de horas
determinado.

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Artigo 53
(Duração das Aulas)
1. As aulas têm a duração de 45 minutos cada uma e um intervalo de 5 minutos.
2. Ao fim da terceira aula de cada turno, segue-se um intervalo maior de 15 minutos.

Artigo 54
(Dos Horários)
1. Os horários escolares devem indicar, semanalmente, as actividades curriculares e co-curriculares em
que os professores e/ou alunos devem participar.
2. Do horário dos professores devem constar, obrigatoriamente, para além das aulas, as horas de gestão
para os directores de classe, delegados de disciplina e directores de turma.

Artigo 55
(Organização dos Horários)
1. Na elaboração do horário semanal das actividades curriculares deve-se considerar:
a) No 1º Ciclo, as disciplinas de duas horas semanais não devem ser programadas para dias nem
tempos lectivos seguidos, excepto as disciplinas de Educação Visual, Educação Física, Agro-
pecuária, Noções de Empreendedorismo e Tecnologias de Informação e Comunicação.
b) O agrupamento, no 1° ciclo, uma vez por semana, de tempos lectivos nas disciplinas de
Português e Matemática.

Artigo 56
(Férias Escolares)
1. As férias dos professores devem obedecer o previsto no calendário escolar.
2. As férias dos alunos obedecem ao calendário escolar de cada ano lectivo.

CAPITULO V
Da Escrituração Escolar
Secção I
(Da Escola)
Artigo 57
(Escrituração Escolar)
1. A escrituração escolar é feita nos modelos de livros, mapas e impressos aprovados pelo Ministro que
superintende a área da Educação.
2. A ausência dos livros, mapas ou impressos legalmente aprovados não isenta a escola da
obrigatoriedade da escrituração.
3. A ausência dos instrumentos de escrituração referidos no número 2 deste artigo pode ser colmatada
com o recurso às possibilidades locais de impressão ou a folhas A-4, em conformidade com os
modelos indicados, devendo, depois, serem encadernados para facilitar o processo de arquivo.

23
4. Toda a documentação da escrituração é escrita a tinta azul ou preta e em caligrafia legível ou
digitalizada.
5. São proibidos quaisquer tipos de rasuras ou emendas nos livros de registo, de termo, de turma,
pautas, despachos e outros documentos da escola.
6. Todos os documentos da Escola devem ser arquivados em local próprio, enumerados de acordo com
o ano a que se referem e exarado um índice que facilite a respectiva localização;
7. As instruções ministeriais e todos os actos normativos atinentes à Educação e à Instituição devem
ser convenientemente arquivados;
Artigo 58
(Instrumentos da Escrituração)
Para a escrituração escolar haverá em cada escola:
a) Boletim de matrícula.
b) Livro de Turma.
c) Livro de matrícula (frequência).
d) Caderneta do aluno/ alfabetizando.
e) Caderneta do professor.
f) Mapa de levantamento estatístico sobre o aproveitamento escolar
g) Pauta do aproveitamento de cada turma.
h) Livro de termos de frequências.
i) Livros de Termos de exames.
j) Processo individual do aluno (Boletim de Matrícula, 3 fotografias tipo passe, Fichas de
Cadastro, Certidão de Nascimento, fotocópia de Bilhete de Identidade e do certificado de
habilitações literárias do nível anterior).
k) Livro de Registo de correspondência.
l) Livro de despachos.
m) Livro de inventário.
n) Relatório sobre as diversas realizações.
o) Levantamento estatístico (3 de Março) sobre efectivos escolares.
p) Registo de escrituração financeira.
q) Contrato de fornecimento de bens e prestação de serviços.
r) Conta gerência.
s) Livro de sugestões e reclamações.
t) Guia de transferência.

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CAPÍTULO IV
Ingresso, Matrícula, Inscrições de Alunos

Artigo 59
(Ingresso)
1. A idade mínima para o ingresso na 1ª classe é de 6 anos completos ou a completar até 30 de Junho do
ano em que se realiza a matrícula para as crianças, incluindo as crianças com necessidades Educativas
especiais.
2. A idade mínima para o ingresso na Alfabetizaçao e Educacao de Adultos é de 15 anos.

Artigo 60
(Matrículas e Inscrições)
1. A frequência dos alunos/alfabetizandos/educandos nas Escola Básica do SNE não carece do
pagamento de quaisquer taxas;
2. Os alunos da 1ª e 7ª classe devem ser matriculados e registados em livro próprio;
3. O período de realização das matrículas é fixado anualmente através de um Diploma Ministerial;
4. Os alfabetizandos/educandos devem ser matriculados na secretaria da escola de tutela do centro;
5. Nos cinco dias subsequentes ao termo do prazo normal das matrículas, os directores de escola
deverão comunicar às Direcções Distritais o número de turmas e de alunos matriculados nas
diferentes classes, realçando os casos de escolas que não tenham preenchido todas as vagas
existentes;
6. Os alunos retidos nas classes terminais serão automaticamente inscritos nas mesmas classes
durante o período da matrícula no ano seguinte;
7. Os alunos/alfabetizando/educandos inscritos na escola até ao fim do ano lectivo (excepto os que
se encontrem em classes terminais) serão automaticamente inscritos na classe seguinte.

Artigo 61
Documentos de Matrícula
1. No acto de matrícula da 1ª classe os alunos deverão apresentar os seguintes documentos:
a) Boletim de Matrícula (adquirido na escola);
b) Pasta do Processo Individual do Aluno;
c) Cartão de Nascimento, Certidão de Nascimento, Cédula Pessoal ou;
d) Boletim de Nascimento.

2. O aluno/alfabetizando/educando que, no acto da matrícula, não possua documentos de identificação,


poderá matricular-se condicionalmente devendo regularizar num prazo de noventa (90) dias.

Artigo 62
(Boletim de Matrícula)
1. O modelo de boletim a ser utilizado no processo da matrícula dos
alunos/alfabetizandos/educandos é único para todas as escolas do país e é aprovado por
dispositivos próprios.
2. O boletim de matrícula é adquirido na secretaria da escola.

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Artigo 63
(Processo Individual do aluno/alfabetizando/educando)
O processo individual do aluno/alfabetizando/educando é constituído pelo documento referido no artigo
anterior, acrescido da ficha do aluno e demais documentos (Boletim de Matrícula, 3 fotografias tipo
passe, Fichas de Cadastro, Certidão de Nascimento ou fotocópia de Bilhete de Identidade e do
certificado de habilitações literárias do nível anterior).

Artigo 64
(Da Anulação da Matrícula)
1. A anulação da matrícula por motivo de força maior, devidamente comprovada pelos pais ou
encarregados de educação do aluno, é autorizada pelo Director da Escola.
2. O pedido de anulação de matrícula pode ser feito pelos pais e/ou encarregados de educação ou o
próprio aluno/alfabetizando/educando, caso seja maior de 18 anos de idade, até ao final do 1º
trimestre, abandonando a frequência às aulas só depois de satisfeita a petição.
3. Os pais e/ou encarregados de educação, ou o próprio aluno/alfabetizando/educando, caso seja
maior de 18 anos de idade, podem excepcionalmente e em casos devidamente fundamentados
requerer a anulação da matrícula em qualquer altura do ano lectivo.
4. O pedido de anulação da matrícula deverá ser respondido dentro do prazo máximo de sete (7)
dias contados a partir da data da sua recepção na escola.
5. Os alunos/alfabetizandos/educandos só poderão desvincular-se da escola após despacho
favorável, sem o qual serão considerados desistentes.

Secção III
Das transferências
Artigo 65
(Transferências)
1. São permitidas transferências de uma escola para outra, mediante um requerimento dirigido ao
Director da Escola.
2. As transferências devem ocorrer no fim de cada trimestre, exceptuando casos de força maior.
3. A transferência do aluno/alfabetizando/educando devera ser averbada no respectivo cadastro e no
livro de matricula e informada a entidade que superentende a área de educação no distrito.
4. O aluno/alfabetizando/educando transferido deve apresentar-se na respectiva escola portando a guia
da transferência emitida pela entidade que o autoriza e o processo individual.
5. O modelo das guias de transferência é único.
6. A escola de origem deverá permanecer com cópias do processo individual e da guia de transferência.
7. O aluno pode ser transferido do modelo presencial para o modelo a distância e vice-versa.

26
Secção IV
Da Organização das Turmas
Artigo 66
(Organização das Turmas)
1. A organização das turmas é uma actividade que deverá ser programada pela escola, no âmbito das
actividades de preparação do ano lectivo.
2. As listas nominais das turmas deverão ser afixadas em local apropriado na escola, até uma semana
antes do início do ano lectivo.
3. A organização das turmas é feita tendo em conta a harmonia das idades, a ordem alfabética dos
nomes sem, porém, distinção do sexo, raça nem religião.

Artigo 67
(Número de Alunos por Turma)
Para escola básica o número máximo de alunos por turma é fixado em 50 (cinquenta).

CAPITULO VI
Do Corpo Docente

Secção I
(Do Corpo Docente, Direitos e Deveres do Professor)

Artigo 68
(Do Corpo Docente)
1. O corpo docente é constituído por professores do quadro e contratados.
2. No Ensino Primario, cada turma é leccionada por um único professor.
3. No Ensino Secundário, cada disciplina é leccionada por um único professor em cada turma.

Artigo 69
(Direitos do Professor)

Para além dos previstos no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE) e no Estatuto
do Professor, são direitos do Professor:
a) Associar-se livremente nos termos da lei;
b) Ter acesso às queixas feitas contra si pelos pais e/ou encarregados de educação ou por outros
intervenientes no processo educativo;
c) Exercer actividades complementares remuneradas, desde que não se prejudiquem a qualidade e
regularidade do trabalho docente;
d) Ser designado para o desempenho de cargos de direcção e gestão da escola;

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e) Receber apoio técnico, material, documental e metodológico necessário ao desempenho eficiente
das suas funções;
f) Ser avaliado de forma objectiva, franca e construtiva, para saber como melhorar o seu trabalho e
ver reconhecido o seu esforço;
g) Ser atendida a sua situação familiar no momento da colocação, sempre que possível;
h) Ser afecto na mesma área ou ZIP próximo a residência quando se trata de cônjuges.
i) Ser protegido contra a ingerência abusiva ou injustificada dos encarregados de educação ou de
outras entidades nos domínios que são oficialmente da sua competência profissional.
j) Beneficiar de facilidades no ingresso de seus filhos nas escolas.
k) Candidatar-se ao exercício de qualquer outra função na Educação, cujo acesso se realize por
concurso, desde que preencha os requisitos exigidos.
l) Ser tratado com correcção e respeito pelos superiores hierárquicos, colegas, alunos, pessoal
administrativo, auxiliares e pais/encarregados de educação

Artigo 70
(Deveres do Professor)
São deveres do Professor, para além dos consignados no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do
Estado (EGFAE) e no Estatuto do Professor:
a) Defender a ordem legal estabelecida pelo Estado, educar os seus alunos no amor e dedicação à
Pátria, no respeito ao trabalho e desenvolver nele uma consciência patriótica;
b) Agir com dignidade e imparcialidade nas funções que exerce, actuando com independência e
justiça em relação aos interesses e pressões particulares de qualquer índole;
c) Desempenhar as funções tendo em vista os objectivos ou interesses da sociedade;
d) Manter sigilo profissional relativamente aos factos de que tenha conhecimento em virtude do
exercício das suas funções e que não se destinem a ser do conhecimento público;
e) Respeitar os seus superiores hierárquicos, colegas, pais e/ou encarregados de educação, alunos e
outros elementos da comunidade escolar;
f) Ser assíduo e pontual ao serviço;
g) Apresentar-se na escola asseado e trajado de forma decente, com bata branca que obedeça aos
padrões estabelecidos ou fatos de treino para os professores de educação física;
h) Colaborar na organização e realização das actividades co-curriculares de interesse para a
formação do aluno;
i) Contribuir com o seu exemplo e conduta para a valorização social da função docente;
j) Aplicar a sua iniciativa criadora na melhoria das condições da vida e do trabalho na escola;
k) Não aplicar castigos corporais aos alunos nem outros que prejudiquem o desenvolvimento
harmonioso da sua personalidade;
l) Não ultrapassar a natureza da sua relação profissional com os alunos para qualquer fim;
m) Actualizar e aperfeiçoar os conhecimentos científicos relativos aos conteúdos das disciplinas que
leccionam;
n) Preparar e planificar adequadamente as suas aulas;

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o) Realizar e avaliar rigorosa e sistematicamente todas as actividades lectivas;
p) Contribuir para a formação integral do aluno, garantindo a sua participação activa no processo
educativo;
q) Melhorar a qualidade do ensino, utilizando os métodos e os meios locais mais adequados;
r) Conhecer as particularidades de cada aluno, para adoptar a melhor acção educativa;
s) Cumprir as normas preconizadas em toda a normação que lhe diga respeito;
t) Registar e fornecer dados sobre o aproveitamento, comportamento e outros dados de interesse
para o conhecimento da evolução da formação da personalidade e aptidões do aluno;
u) Desempenhar com zelo os cargos para os quais tenha sido designado, no âmbito das suas
funções;
v) Manter os aparelhos electrónicos no silêncio, na sala de aula, biblioteca ou outros espaços usados
para estudos, salvo nos casos em que o desenvolvimento de actividades didáctico-pedagógicas
justifiquem;
w) Não exercer outra função ou actividade remunerada sem previa autorização, nem exigir pagamento
adicional às actividades extra-aula realizadas em beneficio dos seus próprios alunos;
x) Estar disponível para trabalhar em qualquer lugar, tendo em conta as necessidades de serviço, o
desenvolvimento do caracter unitário Nacional do Aparelho do Estado e formação do funcionário.

Artigo 71
(Sanções)

Em caso de infracções aos deveres constantes do presente regulamento, serão aplicadas


as sanções previstas no Estatuto Geral dos Funcionários do Estado e Estatuto do Professor.

Artigo 72
(Da Carga Horária do Professor)
Remete-se ao estatuto do professor.

Artigo 73
(Redução da Carga Horária)

1. No ensino primario nao ha redução da carga horaria.

1. No 1º ciclo do ensino secundario ha redução da carga horária lectiva:


a) Directores de Classe – 2 horas
b) Delegados de Disciplina - 2 horas
2. O Director e os directores adjuntos, independentemente do nivel (primario/secundario), leccionam
uma turma.

Artigo 74

29
(Faltas)
1. Para além do previsto no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE) e no
Estatuto do Professor, considera-se falta a ausência do professor a todo ou parte do horário diário de
presença obrigatória na escola ou qualquer outro lugar onde se deslocar em exercício de funções.
2. Considera-se falta a um dia:
a) A falta à totalidade de serviço que o professor tenha distribuído nesse dia;
b) Quando as faltas dadas pelo professor não se refiram a dias completos, mas a tempos lectivos,
c) Considera-se falta a um dia a falta a um número de horas igual ao quociente inteiro da divisão
por 6 do número de horas de serviço docente semanal ao mesmo distribuído, não devendo ser
consideradas para efeito as horas de serviço extraordinário.
3. Na contagem dos dias de falta observar-se-á o seguinte:
a) Se o serviço docente se executa em dias seguidos, a falta a um deles conta-se como uma falta,
excepto se se trata de dia imediatamente anterior a um feriado ou domingo e o professor faltar
também ao primeiro dia de serviço docente seguinte, contando-se neste caso como falta os dias
intermediários, úteis ou não.
b) Se o serviço docente se executa em dias não contínuos, a falta a um deles, seguida de outra
falta no dia imediato de serviço docente, implica a marcação de falta nos dias intermediários,
úteis ou não.
4. A falta do professor será registada cinco minutos após a hora prevista para o início da aula.

CAPITULO VII
Dos Agentes de Serviço e Auxiliar
Artigo 75
(Agente de serviço)
O Agente de serviço exerce actividades de natureza executiva simples e diversificada, exigindo
conhecimentos de ordem prática, susceptíveis de serem aprendidos no próprio local de trabalho em curto
espaço de tempo.

Artigo 76
(Competências do Agente de serviço)
São competências do Agente de serviço, além das previstas no qualificador de funções e categorias
profissionais em vigor no Aparelho de Estado, as seguintes:
a) Manter os laboratórios arrumados e arejados, sob orientação dos professores das disciplinas em
causa, no caso de inexistência de auxiliar de laboratórios;
b) Colaborar com os professores na vigilância do comportamento dos alunos nos intervalos;
c) Controlar os tempos lectivos através de toques para início e fim das aulas;
d) Registar em livros próprios as faltas dos professores, auxiliares e guardas;
e) Interditar a circulação de pessoas estranhas no recinto escolar;
f) Atender com correcção as pessoas que solicitam informações e serviços relacionados com a
instituição;
g) Comunicar imediatamente ao Director da Escola as ocorrências que, em matéria de disciplina, se
afigurem contrárias ao bom funcionamento do estabelecimento de ensino.

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Artigo 77
(Auxiliar)
O Auxiliar realiza trabalhos de natureza simples e diversificada que não exigem conhecimentos
específicos nomeadamente: limpeza das salas de aulas, gabinetes, laboratórios, salas de desenho e
trabalhos manuais, ginásios, sanitários e outros compartimentos e espaços circundantes.

Artigo 78
(Competências do Auxiliar)
Compete ao Auxiliar, além do previsto no qualificador de funções e categorias profissionais em vigor no
aparelho do Estado, o seguinte:
a) Apresentar-se na escola uma hora antes do início das aulas;
b) Permanecer na escola segundo o horário fixado pelo director da instituição;
c) Executar diligentemente os trabalhos de limpeza e higiene das salas de aulas e de toda a escola.

Artigo 79
(Uniforme)
O Agente do serviço e o Auxiliar devem apresentar-se ao serviço devidamente uniformizados, de
harmonia com o modelo adoptado pela escola.

Artigo 80
(Asseio e Disciplina)
O Agente do serviço e o Auxiliar não devem descurar do asseio e da disciplina, devendo assumir e
sentir-se educadores dos colegas de trabalho, professores, alunos e outros, promovendo, deste modo, a
sua própria idoneidade.

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CAPITULO VIII
(Dos Alunos)

Secção I
(Do uso de telefone celular e outros aparelhos electrónicos)

Artigo 81
(Uso do telefone celular e de outros aparelhos electrónicos no Processo de ensino-aprendizagem)
1. O uso do telefone celular e de outros aparelhos electrónicos portáteis nas salas de aula dos
estabelecimentos públicos, comunitários e privados é permitido desde que esteja inserido no
desenvolvimento de actividades didáctico-pedagógicas.
2. Os alunos devem usar celular e outros aparelhos electrónicos na sala de aulas e outro local onde
esteja a ocorrer o processo de ensino e aprendizagem, com a autorização do professor.

Secção II

(Dos direitos, deveres, Distinções e infracções do aluno/alfabetizando/educando)


Artigo 82
(Direitos do aluno/alfabetizando/educando)
São direitos do aluno/alfabetizando/educando:
a) Beneficiar dos serviços prestados pela escola;
b) Ser informado regularmente sobre normas e todos os regulamentos vigentes na escola bem como
sobre o seu aproveitamento pedagógico e conduta disciplinar;
c) Ser respeitado pela comunidade escolar, não podendo por nenhum motivo ser agredido física,
moral e psicologicamente;
d) Ser educado com vista ao desenvolvimento integral da sua personalidade e a sua correcta
integração social;
e) Utilizar a base material de estudo e de vida escolar posta à sua disposição em conformidade com
a legislação afim;
f) Utilizar as instalações, equipamento e meios necessários para o normal desenvolvimento das suas
actividades na escola;
g) Ser avaliado integral, honesta e justamente de acordo com o regulamento;
h) Ser informado regular e sistematicamente sobre os seus resultados académicos e de vida escolar;
i) Beneficiar do descanso nas férias, de acordo com o calendário escolar;
j) Recorrer às estruturas da turma e da escola para resolver problemas ou apresentar sugestões de
interesse comum;
k) Receber aulas em ambiente são;
l) Eleger e ser eleito para os órgãos representativos da turma e da escola;
m) Ser distinguido, premiado ou ter uma menção de louvor pelo seu aproveitamento e
comportamento com diplomas, quadro de honra e outros prémios;
n) Participar nas actividades planificadas pela escola, assistindo às aulas e às restantes actividades
programadas na escola;

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o) Pedir esclarecimento aos professores ou à Direcção da Escola sobre questões que lhe dizem
respeito, sempre que for conveniente e de forma disciplinada;
p) Possuir um cartão escolar que o identifique como aluno.

Artigo 83
(Deveres do aluno/alfabetizando/educando)
São deveres do aluno/alfabetizando/educando
a) Dedicar-se ao estudo, de modo a ter um aproveitamento satisfatório;
b) Defender, amar a pátria bem como respeitar os respectivos símbolos;
c) Usar correctamente e conservar o mobiliário, as infra-estruturas e o material escolar;
d) Manter uma boa conduta social dentro e fora da escola;
e) Dirigir-se correctamente aos colegas, professores e demais funcionários da escola e membros da
comunidade em geral;
f) Preservar a higiene pessoal e colectiva;
g) Preservar o meio ambiente;
h) Usar correctamente o uniforme escolar;
i) Apresentar-se pontualmente às actividades escolares;

Artigo 84
(Distinções)
1. Ao aluno/alfabetizando/educando com aproveitamento distinto e/ou com comportamento Muito
Bom, bem como, que pratique actos de especial mérito, deve ser atribuído os seguintes estímulos a
registar no seu processo individual:
a) Distinção feita pelo Director da Escola em menção escrita;
b) Distinção pelo Director da Escola afixada no átrio principal (quadro de honra);
c) Prémios materiais;
2. O aluno com os requisitos mencionados no número anterior, tem como estímulo bolsa de estudos,
que compreende:
a) Isenção de pagamento de quaisquer taxas cobradas na escola;
b) Atribuição de todo material didáctico pela escola.
3. O Regulamento Interno da escola deve definir os requisitos de atribuição de distinções e prémios
referidos no número anterior.

Artigo 85
(Infracções disciplinares)

São consideradas infracções disciplinares todo o comportamento que viole os deveres do


aluno/alfabetizando/educando, nomeadamente:
a) Perturbar o funcionamento normal da escola;
b) Perturbar o processo do ensino-aprendizagem;
c) Escrever, pintar ou riscar nas carteiras, paredes ou danificar qualquer material ou equipamento
escolar;

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d) Furtar, roubar e injuriar colegas, professores e outros funcionários da escola;
e) Praticar fraude académica, nomeadamente copiar no teste ou trabalhos de investigação que têm
como finalidade a avaliação do aluno, entre outros;
f) Promover práticas discriminatórias tais como, o racismo, regionalismo, bulling ou outras formas
segregacionistas;
g) Saltar o muro ou vedação da escola, salvo se a integridade física do aluno estiver em perigo;
h) Promover ou praticar actos de agressão contra colegas, professores e outros funcionários da
escola;
i) Consumir tabaco, bebidas alcoólicas e outras drogas no recinto escolar;
j) Apresentar-se na escola sob efeito de bebidas alcoólicas e de outras drogas;
k) Ler e distribuir livros, revistas e filmes moralmente ofensivos.

Artigo 86
(Sanções disciplinares)
1. As sanções disciplinares aplicáveis aos alunos são as seguintes:
a) Advertência;
b) Repreensão verbal;
c) Multa
d) Suspensão
e) Expulsão
2. É considerada circunstância agravante o cometimento reiterado da conduta punitiva.
3. O poder disciplinar é exercido pelo professor ou pelo Director da escola.
4. A aplicação das medidas disciplinares constantes das alíneas c), d) e e) do n.º 1 do presente artigo
deve ser obrigatoriamente fundamentada por escrito sendo a aplicação das mesmas da competência
exclusiva do Director da escola.
5. Para além da finalidade de repreensão da conduta do aluno, a aplicação das sanções disciplinares
visa a dissuadir o cometimento de infracções no ambiente escolar, a educação do visado e a dos
demais alunos para o cumprimento voluntário dos seus deveres.
6. A medida disciplinar deve ser proporcional à gravidade da infracção cometida e atender ao grau de
culpabilidade do aluno, a sua conduta e, em especial, às circunstâncias em que se produziram os
factos.
7. É vedado o uso de sanções corporais aos alunos nas escolas de ensino geral, devendo a disciplina
escolar ser mantida por meios educativos de carácter pedagógico.
8. O Regulamento Interno de cada escola deve prever outras condutas dos alunos que devem ser
tratadas como infracções e as respectivas sanções.

Artigo 87
(Conteúdo das sanções disciplinares)
2. As sanções disciplinares consistem no seguinte:
a) Advertência – crítica formalmente feita ao aluno pelo respectivo professor;

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b) Repreensão verbal - crítica feita ao aluno pelo respectivo professor na presença de colegas e ou
do encarregado de educação;
c) Multa – pagamento de uma importância correspondente ao valor da reparação ou reposição do
material escolar danificado pelo aluno;
d) Suspensão- interdição do aluno de frequentar as aulas por um período 5 dias úteis e sujeito
a realização de trabalhos benéficos à escola e em caso de reincidência, o aluno é interdito de
frequentar a escola por um período de 1 (um) ano;
3. A sanção de advertência recai nos casos em que o aluno não cumpre o horário fixado para o início
das aulas, falta às aulas frequentemente sem justificação válida, perturba o normal decurso das aulas
e não cumpre as tarefas atribuídas;
4. A sanção de repreensão verbal é aplicada ao aluno que saltar o muro ou vedação da escola,
discriminar, ofender, injuriar, furtar, roubar bens dos colegas, professores e outros funcionários da
escola;
5. A sanção de multa é aplicável ao aluno que danifica o material ou equipamento escolar, escreve,
pinta ou risca as paredes e carteiras;
6. A sanção de suspensão é aplicada ao aluno que:
a) for encontrado a lêr e distribuir livros, revistas e filmes moralmente proibidos no recinto escolar;
b) praticar fraude académica, nomeadamente copiar no teste ou trabalhos de investigação que têm
como finalidade a sua avaliação;
7. A sanção da expulsão é aplicável ao aluno que for encontrado no recinto escolar a consumir ou na
posse de estupefacientes ou outras substâncias psicotrópicas e, ainda agredir colegas, professores ou
outros funcionários da escola.

CAPITULO IX
Dos Encarregados de Educação

Artigo 88
(Encarregados de Educação)

1. São encarregados de educação os pais ou parentes ou tutores que se responsabilizam pela formação
sócio-cultural do aluno.
2. Para os alunos em orfanatos são, para o presente regulamento, encarregados de educação os tutores
que desempenhem funções educativas no âmbito do número anterior.

Artigo 89
(Direitos dos Encarregados de Educação)

Constituem Direitos dos Encarregados de Educação:


a) Eleger e ser eleito para membro da comissão de pais e do conselho da escola;
b) Ser ouvido e informado sobre o desempenho e comportamento do seu educando.

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Artigo 90
(Deveres dos Encarregados de Educação)
Constituem Deveres dos Encarregados de Educação:
a) Acompanhar a vida escolar dos seus educandos;
b) Participar nas reuniões promovidas pela escola;
c) Promover e encorajar a participação da rapariga na escola;
d) Responsabilizar-se pelo pagamento da matrícula e inscrições e outras taxas;
e) Responsabilizar-se por qualquer acto praticado pelo seu educando.

CAPÍTULO X
(Bibliotecas Escolares e Horário do Funcionamento)
Artigo 91
(Bibliotecas Escolares)
1. A biblioteca escolar é um local indispensável no processo de ensino-aprendizagem, constituindo-se
em espaço complementar para os alunos buscarem a informação e consolidarem as competências e
para os professores buscarem a informação e recursos auxiliares para facilitar o processo de ensino e
aprendizagem e consequentemente incrementarem as suas competências profissionais
2. É objectivo da biblioteca servir directamente às escolas colocando à disposição da comunidade
escolar e em particular aos professores e alunos os materiais os materiais didácticos para a
aprendizagem.
3. Todos os alunos devem ser incentivados pelos professores a usarem as bibliotecas para desenvolver o
hábito da leitura, auto-aprendizagem e busca de informação.

Artigo 92
(Horário do Funcionamento)
1 Na Escola Básica que lecciona o período diurno e nocturno, as bibliotecas devem funcionar das
08h:00 até as 19h:00, cabendo à Direcção da Escola a organização dos funcionários deste sector.
2 Na Escola Básica com apenas o período diurno, a Biblioteca Escolar deve funcionar até 17h:00horas.

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Artigo 93
(Ensino à Distância)
As normas e regras de procedimento organizacional, metodológico e pedagógico do Programa de Ensino
Secundário à Distância (PESD), não referenciados neste regulamento, pela sua especificidade são
regidos por um regulamento específico.

CAPÍTULO XI
Das Disposições Finais

Artigo 94
(Dúvidas e Omissões)
As dúvidas e omissões que resultarem da aplicação e interpretação do presente Regulamento serão
resolvidos por Despacho do Ministro que superentende a área da educação.

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