Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
de Auxiliar em Logística
Gestão de Planilhas
e Documentos
Autor
Lillian Cherrine Rodrigues
Indaial – 2022
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
Lillian Cherrine Rodrigues
ELABORAÇÃO, GESTÃO
DE DOCUMENTOS E
INFORMAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• refletir sobre a importância da elaboração e da gestão de documentos na
sua rotina de trabalho;
• compreender a relação entre a documentação empresarial e a informa-
ção para o bom andamento de uma empresa;
• conhecer exemplos práticos de meios e planos de comunicação empresarial;
• analisar os benefícios de uma gestão documental para aplicá-la no
seu dia a dia.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – MARCOS DA ÁREA DA DOCUMENTAÇÃO
TÓPICO 2 – ELABORAÇÃO E CONTROLE DA DOCUMENTAÇÃO
TÓPICO 3 – A DOCUMENTAÇÃO NA EMPRESA
TÓPICO 1
MARCOS DA ÁREA DA
DOCUMENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar em como surgiram os primeiros documentos? E
os arquivos? Será que conseguiríamos responder a essas questões?
Provavelmente não, uma vez que a humanidade registra informações do
seu cotidiano desde 4000 a.C.
Os documentos físicos, conforme conhecemos na atualidade, tiveram ori-
gem nos antigos manuscritos e com o passar do tempo se transformaram até che-
gar às configurações e aos padrões atuais: o formato digital. O advento dos arqui-
vos aconteceu concomitantemente ao aparecimento da escrita e, por conseguinte,
à elaboração dos documentos.
A datar do século XX, devido ao extenso volume de documentos confeccio-
nados, o gerenciamento da informação e documentação foi otimizado em função
do desenvolvimento das esferas pública e privada, expandindo a necessidade do
gerenciamento dos arquivos de forma efetiva.
É com base na gestão de documentos que se pode realizar um arquivamen-
to adequado. Em vista disso, o conhecimento sobre essa temática é imprescindível
para o desenvolvimento da nossa disciplina, como veremos na sequência.
Assim, abordaremos a seguir o marco da área da documentação, a elabora-
ção e o controle da documentação e a documentação na empresa.
Trataremos inicialmente da escrita, preâmbulo para a existência dos
documentos.
11
2.1 A ESCRITA
A escrita é um agrupamento de símbolos que são utilizados para retratar
e embasar a linguagem falada. Nos primórdios, o homem primitivo sempre teve a
necessidade de se expressar e comunicar. Para tanto, recorreu ao emprego de sím-
bolos ou a sinais; também se expressavam por intermédio de pinturas rupestres,
pressupostos dos primeiros sistemas de escrita (PAES, 2005).
ATENÇÃO
Pinturas rupestres eram os inscritos ou desenhos que os homens primiti-
vos faziam nas paredes de cavernas ou rochas. Normalmente essas pinturas
eram efetuadas por caçadores, representando a natureza, as mulheres e al-
guns animais que almejavam caçar.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-premium/conjunto-de-modelos-de-pagi-
na-de-destino-de-personagens-neandertais-idade-pre-historica-as-pessoas-usam-
-pele-de-animal-usar-ferramentas-primitivas-para-cacar-mamute-acender-um-fo-
go-de-costura-pele-dos-desenhos-anima>. Acesso em: 9 jun. 2022.
12
Por volta de 2500 a.C. surgiram os registros iniciais da linguagem escrita,
inventada pelos sumérios, povos que habitavam a Mesopotâmia. Esses registros
– feitos por meio da escrita cuneiforme ou escrita em forma de cunha – foram sim-
ples, realizados em placas de argila, e os sinais eram uma espécie de pictogramas
dispostos verticalmente.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-premium/escrita-sumeria-assiria-cunei-
forme-acadiana-no-museu-alfabeto-de-script-antigo-babilonia-na-mesopota-
mia_24651641.htm#query=escrita%20cuneiforme&position=13&from_view=sear-
ch>. Acesso em: 9 jun. 2022.
13
FIGURA 3 – PAPIRO COM HIERÓGLIFOS E ELEMENTOS DA CULTURA EGÍPCIA
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/antiga-colecao-de-vetores-de-
-desenhos-animados-de-papiro-papiro-egito-com-hieroglifos-e-cultura-egip-
cia_4850078.htm#query=hieroglifo&position=10&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
FIGURA 4 – PERGAMINHO
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/documento-pergaminho-a-idade-m%-
c3%a9dia-1729019/>. Acesso em: 9 jun. 2022.
14
Já em 105 a.C., tivemos o advento do papel, que se originou na China, e o
emprego do alfabeto latino, que utiliza vogais e consoantes. Isso levou o alemão
Johann Gensfleish, conhecido como Gutenberg, a criar a prensa móvel ou prensa
de tipos móveis. Essa invenção assegurou a impressão em massa de livros, que
anteriormente eram escritos à mão e em pergaminhos. Esse foi um fato histórico e
revolucionário na Europa, pois a prensa móvel permitiu uma quantidade maior de
cópias dos livros em tempo reduzido, proporcionando a propagação de informação,
conhecimento e cultura a um número maior de pessoas.
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Presse_a_bras_en_bois_de_Gu-
temberg.jpg>. Acesso em: 9 junho 2022.
15
3 A DOCUMENTAÇÃO
A documentação é o registro de informações, independentemente do
suporte utilizado para armazenamento. Contudo, a documentação vai além
de registros de informações e se baseia em concepções teóricas e práticas
estabelecidas no século XIX.
Ela foi fortalecida na Europa dando origem à Ciência da Informação, cor-
rente de conhecimento que tem como princípio e técnicas promover a essência
do conteúdo de vários documentos a fim de promover a utilização e a aplicação da
informação. A documentação, diferentemente, tem como finalidade a aquisição,
o armazenamento, a recuperação e a disseminação da informação existente nos
documentos (ORTEGA, 2009).
A palavra documentação foi empregada incialmente em 1903, em um arti-
go intitulado “Les sciences bibliographiques et la documentation” (“Ciências biblio-
gráficas e documentação”), do advogado belga e bibliógrafo Paul Otlet (1868-1944),
fazendo referência ao fornecimento de documentos ou no sentido de colaborar
com aqueles que necessitam da informação contida neles (ORTEGA, 2009). Otlet
qualificou documento como sendo não somente livros e manuscritos, ou seja, o
que dava suporte à informação, como também arquivos, mapas, esquemas, ideo-
gramas, diagramas, desenhos, fotografias, entre outros. Para Otlet, o documento
envolvia o conteúdo que nele estava contido (ARAÚJO, 2010).
Nesse sentido, documentação deve ser compreendida como um grupa-
mento de ações, que tem por objetivo organizar e disseminar a informação, sendo
um processo que promove a reunião, classificação e propagação de documentos
de maneira acessível.
Dessa forma, o foco da ciência da documentação estava no acesso à infor-
mação, nas estruturas que os continham (livros, manuscritos etc.) e em diferentes
locais de informação, como bibliotecas, arquivos, museus, entre outros.
Em 1985, na Bélgica, Otlet, com a assessoria de seu também colega advoga-
do Henri La Fontaine (1854-1943), criou o Instituto Internacional de Bibliografia (IIB),
que posteriormente, em 1935, intitulou-se Federação Internacional de Documenta-
ção (FID), em Bruxelas. O instituto objetivava o desenvolvimento da documentação,
realizando o gerenciamento do Repertório Bibliográfico Universal (RBU) (ORTEGA,
2009). Isso possibilita a acessibilidade aos registros de conhecimento da época,
produzidos em qualquer parte do mundo, facilitando o acesso a esse conteúdo.
A finalidade do RBU era possuir a guarda de bibliografias do passado e do
presente, por meio de atualização constante, estando completamente disponível
ao público em todos os centros intelectuais, além, claro, de garantir e resguardar
aos autores seus direitos autorais.
16
Para que esses objetivos fossem atingidos, procedimentos foram adota-
dos no tratamento do repositório, a fim de conquistar uma padronização única de
técnicas e representações empregadas. Criou-se, assim, a Classificação Decimal
Universal (CDU), que corresponde a uma classificação internacional de documentos
em bibliotecas. “É um dos sistemas de classificação mais utilizados internacional-
mente para a indexação e recuperação por assunto em sistemas de informação
bibliográfica” (IBCT, 2021). A CDU foi concebida por Paul Otlet e Henri La Fontaine, a
partir da classificação idealizada por Melvil Dewey (1851-1931), denominada Classi-
ficação Decimal de Dewey (CDD).
É constituído de dez classes (pois os conhecimentos se dividem em dez
classes), com subdivisões, que vão do geral ao específico. Nesse sistema de clas-
sificação, o conceito é representado por uma notação numérica ou alfanumérica.
ATENÇÃO
O conceito geral de educação equivale à notação numérica 37. Ou seja, a
notação 37 e o conceito ao qual está associado são iguais em quaisquer bi-
bliotecas do mundo que aplicam o mesmo sistema de classificação.
17
RESUMO DO TÓPICO 1
18
AUTOATIVIDADE
19
Sobre a escrita, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a
seguir e assinale a alternativa com a sequência correta:
( ) Na região da Mesopotâmia, existia uma escrita chamada de cuneiforme.
( ) No Egito Antigo, a escrita hieroglífica era privilégio de sacerdotes
e escribas.
( ) O avanço dos conhecimentos na Europa ganhou grande impulso com
a contribuição de Johannes Gutenberg, que, ao desenvolver a impressão
com tipos móveis, renovou o alcance das produções escritas.
a. ( ) F - V - V.
b. ( ) V - F - V.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) V - V - V.
a. ( ) escrita do papiro.
b. ( ) louvor ao Faraó.
c. ( ) escrita divina.
d. ( ) inscrição na pedra.
20
TÓPICO 2
ELABORAÇÃO E
CONTROLE DA
DOCUMENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Aprendemos no tópico anterior que a documentação deve ser compreendi-
da como um conjunto de ações que objetiva organizar e disseminar a informação.
Sendo assim, para termos conhecimentos efetivos sobre documentação, precisa-
mos inicialmente apreender que a elaboração e o controle de documentos estão
inseridos nesse agrupamento de ações e processos para o gerenciamento de toda
a documentação de uma instituição.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/icone-do-documento-flat_1537583.
htm#query=gest%C3%A3o%20de%20documentos&position=2&from_view=search>.
Acesso em: 9 junho 2022.
21
Um bom controle de documentos auxilia a adaptação de processos e nor-
mas institucionais, o aumento da segurança, a confiabilidade e a qualidade da
informação da organização.
Dessa forma, abordaremos neste tópico o conceito de gestão de documen-
tos e sua finalidade; aprenderemos o que é um documento e sob que aspectos ele
pode ser classificado, como é avaliado e controlado. Em seguida, vamos conhecer
os sistemas de arquivos e os métodos de arquivamento.
Vamos iniciar nossos estudos?
2 GESTÃO DE DOCUMENTOS
Segundo a Lei n. 8159, de 8 de janeiro de 1991, em seu Art. 3º (BRASIL,
1991), gestão de documentos é o “conjunto de procedimentos e operações técni-
cas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase
corrente ou intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda
permanente” de documentos de uma organização.
Dessa forma, podemos dizer que o conceito de gestão da documentação
envolve gerir a documentação corporativa, visando à ordenação, preservação e
integridade das informações e dos documentos, objetivando o aprimoramento dos
processos de uma empresa (TARAPANOFF, 2015).
Envolve, ainda, gerenciar o ciclo de vida da informação e documentação,
propiciando a segurança e a disseminação da informação e possibilitando o acesso
de forma transparente, precisa e com qualidade.
A Lei n. 8159, em seu Art. 1º, reforça que “é dever do Poder Público a gestão
documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de
apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos
de prova e informação” (BRASIL, 1991).
De acordo com a lei, a gestão da documentação está conectada ao emprego
de técnicas de arquivamento, também chamadas de técnicas arquivísticas, que têm
por objetivo facilitar a localização, o acesso às informações e aos documentos, rela-
cionando documentos distintos, evitando perdas, prazos e acúmulos de documentos.
A gestão de documentos possui três fases: produção, utilização e destinação.
22
• Utilização: é a fase de recuperação da informação, determina como
será realizado o controle, uso e armazenamento dos documentos. Ob-
jetiva criar planos de classificação que identifiquem a origem dos docu-
mentos e padronizem a forma de arquivá-los.
• Destinação: fase em que é definido quais documentos serão elimina-
dos e quais serão mantidos permanentemente.
23
• Destinação de documentos: utilização da tabela temporal, por in-
termédio da avaliação dos documentos, identificando se já foi cumpri-
do o prazo de guarda e se podem ser eliminados ou recolhidos para
guarda permanente.
• Tramitação: resulta do desenvolvimento do controle do fluxo da
documentação.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-de-conceito-de-design-
-de-documento_4378883.htm#query=gest%C3%A3o%20de%20documentos&po-
sition=7&from_view=search>. Acesso em: 9 jun. 2022.
24
Assim, percebemos que toda e qualquer organização precisa controlar de
forma segura todo o conteúdo produzido, uma vez que o descaso ou descuido com
esse bem intangível, mas de alto valor agregado para as instituições, pode ocasio-
nar um prejuízo imensurável.
Diante disso, a instauração da gestão de documentos é imprescindível nas
organizações que almejam se destacar e desenvolver expandindo seus negócios,
uma vez que a empresa que possui um controle ideal sobre a documentação de
forma organizada proporciona agilidade nos processos e ganhos institucionais.
Ademais, as empresas precisam pensar em inovar, então é importantíssimo
que a gestão documental esteja atualizada e siga os avanços tecnológicos, diante
das mudanças na forma de administrar e armazenar suas informações por meio de
arquivos eletrônicos e digitais.
O gerenciamento dos documentos organizacionais tem sido visto como fa-
tor estratégico, pois mostra ser um fator diferenciador que garante proteção, ce-
leridade e efetividade dos processos decisórios à organização. A perpetuação de
uma empresa se dá por muitos motivos, um deles é justamente a capacidade de or-
ganização e sistematização dos documentos e informações que a empresa detém.
25
As soluções mais básicas implementadas pelas empresas é o Gerenciamen-
to Eletrônico de Documentos (GED) ou ainda a versão evoluída do sistema GED, e
o Enterprise Content Management (ECM) ou gestão de conteúdo empresarial, que
possui processos que se movimentam rapidamente.
Essas ferramentas tecnológicas, se bem empregadas, auxiliam a oti-
mização dos processos de negócios, potencializando ações e aprimorando a
tomada de decisões.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/c%c3%adber-seguran%-
c3%a7a-3400657/>. Acesso em: 9 jun. 2022.
26
Para qualquer outro problema no sistema, é possível utilizar cópias de se-
gurança ou backups, que recuperam registros da data específica em cópia. Além
disso, os backups podem ser programados, ocorrendo de forma automática e na
frequência estipulada pela empresa.
27
Isso resulta na necessidade de as organizações implementarem sistemas
satisfatórios de gestão de documentos, que viabilize, além de um ágil rastreamento
dos dados e informações, a eliminação desses assim que não forem mais necessá-
rios. Para tanto, examinar e efetivar o ciclo de vida do documento é primordial para
atender as exigências atuais.
Para que as empresas consigam gerenciar e proteger os dados de forma
eficaz e eficiente, é preciso haver um monitoramento constante, sendo indispensá-
vel o uso de ferramentas tecnológicas e softwares, como GED e ECM, e parcerias
como o BPO, que possibilitem identificar os riscos, gerir as informações, garantir
segurança e controlar o acesso.
FIGURA 9 – DOCUMENTOS
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-de-arquivos-
-de-texto_11641796.htm#query=documento&position=24&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
28
Os documentos possuem particularidades diversas em relação aos as-
pectos físicos e de apresentação. Vejamos suas principais características
(TORRES et al., 2015, p. 9):
FONTE: <https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/canais_atendimento/imprensa/
copy_of_noticias/catalogo-dos-documentos-iconograficos-dos-fundos-privados-
-disponivel-no-sian>. Acesso em: 29 abr. 2022.
29
d. Filmográficos: documentos audiovisuais em películas cinematográ-
ficas e fitas magnéticas de imagem (tapes). Exemplos: filmes, fitas.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/elementos-e-objetos-de-filmes-de-
-cinema_17825869.htm#query=filme&position=7&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/colecao-de-tiras-filme-em-3d-no-
-fundo-branco_1020927.htm#query=rolo%20de%20filme&position=11&from_
view=search>. Acesso em: 9 jun. 2022.
30
g. Informáticos: produzidos, tratados e armazenados em computa-
dores. Exemplos: disco flexível (disquete), disco rígido (winchester)
e disco óptico etc.
FONTE: <https://www.istockphoto.com/br/foto/a-evolu%C3%A7%C3%A3o-
-dos-dispositivos-port%C3%A1teis-de-grava%C3%A7%C3%A3o-de-dados-gm-
1327773941-412032800?utm_source=pixabay&utm_medium=affiliate&utm_cam-
paign=SRP_image_sponsored&utm_content=http%3A%2F%2Fpixabay.com%2>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
31
IMPORTANTE
No caso do contrato, acrescentamos, por exemplo, aluguel de imóvel. Então,
a função do contrato é realizar um acordo de aluguel de imóvel.
Em resumo, temos o contrato (espécie) de aluguel (função). Essa ideia pode
ser aplicada a vários outros documentos, como:
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-ultrassecre-
to_19466555.htm#query=top%20secret&position=7&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
32
Segundo a Lei n. 8159/91, Art. 24º §1º, os graus e prazos máximos de sigilo são:
15 anos sem
Secreto Acarreta dano grave
prorrogação
33
IMPORTANTE
Todo documento nasce com valor primário. Porém, com o passar do tempo,
ele perde esse valor, ou seja, ele prescreve administrativamente, podendo ser
eliminado ou arquivado permanentemente caso possua valor histórico para a
instituição (TORRES et al., 2015).
IMPORTANTE
Nem todo documento possui valor secundário. Esse valor é atribuído
a posteriori. Documentos que não possuem mais valor primário, e que não
foram atribuídos com valor secundário, devem ser eliminados, de acordo com
a tabela de avaliação e seleção. A definição dos valores é importante para que
o tempo de guarda dos documentos seja definido.
34
• Organicidade: diz respeito à forma como o documento é organizado,
de acordo com a estrutura, função e atividade determinada pelo ór-
gão que o produz ou guarda. A organização dos documentos leva em
conta o seu plano de classificação e o tempo de guarda dos documen-
tos, como veremos mais adiante. Exemplo: se a instituição que gerou
os registros é da área de saúde, serão documentos como exames,
prescrição médica etc.
• Unicidade: cada documento possui caráter único, singular. Podem
existir cópias, mas cada cópia é única no lugar no qual será armazena-
da. Exemplo: caso você realize três exames, não quer dizer que fez três
exames iguais. Cada um é diferente, único.
• Indivisibilidade ou integridade: os registros devem manter sua ex-
clusiva individualidade no que diz respeito à sua produção, não poden-
do ser mesclados com outros documentos de origens diferentes.
• Confiabilidade: tem relação com a veracidade do conteúdo do docu-
mento, dispondo de seus elementos intrínsecos e extrínsecos, a fim de
serem bem controlados.
• Autenticidade: é aquele documento que é o que diz ser, livre de adul-
terações. Mantém suas características inicias do momento de sua pro-
dução, possuindo um grau elevado de confiabilidade.
• Acessibilidade: é o documento a que se tem acesso fácil por ser pron-
tamente localizado, recuperado e interpretado.
35
• Documento eletrônico: é o documento acessível e interpretável por
intermédio de um dispositivo eletrônico (filmadora, computador, disco
rígido, disquete, CD-ROM, fita magnética), podendo ser registrado e co-
dificado de modo analógico ou em dígitos binários, impedindo a elimina-
ção ou adulteração de conteúdo. Exemplos: documentos processados
por computador, arquivos de som, texto ou imagem, informações aces-
sadas on-line – via internet –, o que inclui as mensagens eletrônicas
pessoais (e-mails). O documento eletrônico é diferente do documento
digital na perspectiva tecnológica, apesar de a literatura arquivística in-
ternacional empregar como sinônimo. Então, vejamos a definição deste.
• Documento digital: é um documento eletrônico particularizado pela
codificação em dígitos binários, acessado com o auxílio de um sistema
computacional. Exemplos: texto em PDF, planilha de cálculo em Micro-
soft Excel, áudio em MP3. Dessa forma, todo documento digital é ele-
trônico, mas nem todo documento eletrônico é digital.
• Documento híbrido: registro documental digital e não digital. Os ar-
quivos, para terem caráter híbrido, deverão conter documentos digitais
e analógicos. Exemplos: documentos produzidos parcialmente no su-
porte em papel e parcialmente no sistema eletrônico, como os proje-
tos arquitetônicos que apresentam a descrição em papel e as plantas
em disco óptico.
36
ATENÇÃO
O documento digital é aquele produzido, tramitado e armazenado por siste-
ma computacional. Já o documento digitalizado é aquele produzido de modo
convencional (papel, por exemplo), capturado e transferido para sistema
computacional (TORRES et al., 2015, p. 24).
37
TABELA 2 – CLASSE PRINCIPAL, SUBCLASSE, GRUPO E SUBGRUPO
CONFORME A SUBORDINAÇÃO DE ASSUNTOS TRATADOS
Exemplos:
TABELA 3 – ATIVIDADE-FIM
38
TABELA 4 – ATIVIDADE-MEIO
020 Pessoal
030 Material
040 Patrimônio
070 Comunicações
080 (vaga)
39
4. Pela natureza dos arquivos: envolve o tipo de tratamento que receberão.
DICA
Para relembrar as características de gênero e natureza do assunto, retome a
leitura do tópico 2.1 DOCUMENTOS E SUAS CARACTERÍSTICAS.
ATENÇÃO
Fundo de arquivo é a junção de documentos, como o que é feito em um
arquivo central.
40
FIGURA 16 – TABELA DE TEMPORALIDADE
41
A avaliação é uma fase fundamental, pois é nessa fase que são definidos
os prazos e o destino final dos documentos. Sendo assim, é importante que seja
realizada uma revisão para que erros não sejam cometidos, identificando se a clas-
sificação dos documentos ocorreu corretamente de acordo com o plano de classifi-
cação, atendendo os prazos previstos na tabela de temporalidade. Essa precaução
torna-se pertinente, visto que o documento, após ter seu destino determinado, não
poderá ter a destinação modificada ou retornar ao arquivo de origem.
3.4 ARQUIVO
Arquivo é o agrupamento de documentos produzidos ou recebidos, inde-
pendentemente de seu meio físico ou suporte e de sua natureza. Tem por finali-
dade servir a administração, guardando, preservando e permitindo o acesso aos
documentos. Sua função é tornar disponível a informação abrigada no acervo
documental sob a sua guarda.
FIGURA 18 – ARQUIVO
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-pesquisa-de-arqui-
vos-para-a-pagina-de-destino_5337139.htm#query=arquivo&position=11&from_
view=search#position=11&query=arquivo>. Acesso em: 9 jun. 2022.
42
3.4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS
• Públicos (federal, estadual, municipal);
• Institucionais (escolas, igrejas, sociedades, clubes, associações);
• Comerciais (empresas, corporações, companhias);
• Pessoais (fotos de família, cartas, originais de trabalhos etc.).
43
FIGURA 19 – CICLO DE VIDA DO ARQUIVO
Descarte
ATENÇÃO
Por descuido e desinformação, muitas vezes o arquivo é considerado mor-
to ou inativo. Isso é um erro, visto que documentos que não são consulta-
dos com frequência, mas que possuem valor, devem ser classificados como
Documentos Permanentes.
44
RESUMO DO TÓPICO 2
45
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Preservar os documentos.
b. ( ) Doar os documentos.
c. ( ) Classificar os documentos.
d. ( ) Organizar os documentos.
46
4. A gestão de documentos realizada de forma eficiente contribui para
a melhoria dos resultados organizacionais. Disserte sobre como
a gestão de documentos apontando como ela pode melhorar os
resultados organizacionais.
47
TÓPICO 3
A DOCUMENTAÇÃO
NA EMPRESA
1 INTRODUÇÃO
Ao criar um texto, empregamos determinada estrutura para redigi-lo. As
formas diferenciadas de escrever um texto denominam-se gêneros textuais, e evi-
denciam sua estrutura e linguagem.
Nas organizações não é diferente. Existem gêneros e estruturas de docu-
mentos formais para que a comunicação interna e externa à empresa ocorra, como a
carta comercial, memorandos, circulares, ofícios etc. Além desses aspectos formais
de comunicação, as empresas possuem outros canais para a disseminação de infor-
mações, documentos de comunicação que utilizam métodos e estratégicas específi-
cas para sua produção, como e-mail, jornal interno, malas diretas, relatórios setoriais.
Dessa forma, o objetivo deste tópico é disseminar e desenvolver conheci-
mentos a respeito da rotina administrativa, com foco na documentação e na comu-
nicação. Estudaremos a documentação no âmbito empresarial, as diversas formas
de produção dos textos empresariais, suas estruturas e formatações. Veremos al-
guns exemplos práticos da elaboração de documentos internos às empresas.
2 DOCUMENTOS EMPRESARIAIS
Os documentos empresariais não são apenas uma forma de comunicação
das informações e decisões organizacionais. São um instrumento de marketing,
uma vez que estão inseridos na realidade competitiva das organizações, em que
a “comunicação empresarial é a responsável pela imagem da organização perante
seu público, interno ou externo” (GOLD, 2005, p. 99).
Por intermédio da comunicação a imagem da empresa pode ser fortaleci-
da ou tornar-se negativa perante seu público. Portanto, é importante dar a devida
atenção aos documentos e às informações disseminados pela empresa.
A correspondência empresarial sofreu modificações ao longo do tem-
po, em relação à forma e ao estilo de linguagem, imposto pelo dinamismo das
organizações hodiernas.
49
Há uma preocupação cada vez maior para conciliar a eficiência do conteúdo
comunicado com a sua forma. Sendo assim, as empresas têm buscado adaptar
a produção de suas comunicações e documentos à realidade de sua tramitação
interna de informações, cultura, valores e fluxo de processos.
As mudanças mais relevantes, observadas nos documentos empresariais,
estão relacionadas ao estilo de linguagem e à disposição dos elementos.
Antes Agora
PROLIXO – Uso e abuso de vocabulário mais OBJETIVO – Apresentação das informações
Estilo
sofisticado, clichês, subterfúgios. necessárias com clareza.
Disposição dos DENTEADO – Com espaços na margem BLOCO – Uma única margem vertical
elementos esquerda e na abertura de parágrafos. do lado esquerdo.
50
Vantagens:
Desvantagens:
51
TABELA 5 – MODELO DE BP
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Ativo circulante – Passivo circulante
Estoques R$ 9.800,00 –
Veículos – – –
TOTAL DOS
TOTAL DOS ATIVOS R$ 39.612,00 R$ 39.612,00
PASSIVOS e PL
(-) Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) -R$ 6.695,00
52
• Documento normativo: conjunto de comandos diretos e cursos de
ação que devem ser seguidos rigorosamente. Tais comandos são co-
nhecidos como normas e regras. O conjunto de normas, que diz como e
quem pode fazer, envolvendo um procedimento, chama-se regulamen-
to. Exemplos: política, procedimento, diretriz, regulamentação organi-
zacional, estatuto, ata de constituição de sociedade etc.
• Documento metodológico: texto escrito em etapas ou passos de
ação por meio de uma organização lógica e racional de métodos para
algum propósito. Exemplos: plano de aula, estudo de caso, método
de previsão, projeto.
53
• Documento prescritivo: documento que determina, limita, regula e
ordena aquilo que precisa ser feito, dentro de um tempo, determinado
ou indeterminado, para atingir um objetivo predeterminado. Exemplos:
programa, plano, estratégia, orçamento.
FIGURA 22 – ORÇAMENTO
54
• Documento peticionário: faz um pedido a um poder constituído.
Exemplos: petição, requerimento.
• Documento operacional: é aquele que pode ser utilizado como fer-
ramenta de trabalho, de consulta, de coleta de dados e de referência.
Exemplos: manual, questionário, formulário, gráfico, modelo, diagrama,
listagem, agenda, tabela, planilha.
FONTE: <https://www.freepik.es/vector-gratis/conjunto-elementos-planos-gra-
ficos_9387088.htm#query=gr%C3%A1fico&position=48&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
55
• Documento estatístico: conjunto de dados coletados que abrange
um determinado universo, de forma direta ou indireta. Exemplos: rol,
amostra, histograma, relação.
• Documento particular: documento particularmente importante, so-
bretudo por seu conteúdo não oferecer apenas fatos, mas o significado
que estes apresentarem para aqueles que o viveram, descrito em sua
própria linguagem.
• Documento de controle: documento na forma de tabela, formulário
ou planilha, para controlar as atividades e operações no dia a dia da
organização. Exemplos: planilha de controle de acidentes, reclamações,
devoluções, pedidos, vendas, caixa, despesas etc.
• Documento de divulgação: documento para divulgar os produtos, as
marcas e as imagens das empresas. Exemplos: cartaz, banner, fôlder,
prospecto, catálogo, carta de divulgação, embalagem.
• Documento legal: exigido por lei que deve ser de conhecimento do
administrador. Exemplos: declaração, atestado, procuração, represen-
tação, mandado etc.
• Documento acadêmico: documento corrente nas universidades, ins-
titutos, escolas, centros de pesquisa e análise. Exemplos: teste, certifi-
cado, diploma, dissertação, resenha, entre outros.
56
• Cronogramas;
• Organogramas;
• Gráficos;
• Plantas e croquis;
• Manuais;
• Documentos sobre a política institucional: responsabilidade social;
• Ética, comunicação, recursos humanos;
• Relatórios e resultados de ações de comunicação, entre outros.
• Releases e entrevistas;
• Clipping e recortes de jornais com notícias da instituição, marcas,
produtos, catálogos, fôlderes;
• Prêmios, troféus, diplomas, certificados;
• Anúncios em mídia impressa e eletrônica;
• Vídeos, filmes e depoimentos;
• Campanhas publicitárias etc.
57
3 CORRESPONDÊNCIAS
A correspondência é o intercâmbio de mensagens, ação que objetiva infor-
mar um ato de troca de informação, além de ser uma forma de intercomunicação
escrita entre as pessoas.
Os tipos de correspondências mais comuns são: cartas, bilhetes, circulares,
memorandos, ofícios, requerimentos, telegramas, e-mails etc. São classificadas em
particulares, bancárias, comerciais ou oficiais.
Ofício: contém informações oficiais da empresa.
FIGURA 24 – OFÍCIO
FONTE: <https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/arquivos-doc-e-pdf/modelo-
-de-oficio-1.docx/view>. Acesso em: 1 maio 2022.
58
Aviso: documento para ordenar, cientificar, informar, convidar, noticiar.
FIGURA 25 – AVISO
Fonte: <https://www.gov.br/esocial/pt-br/empregador-domestico/modelos-de-do-
cumentos/modelo-aviso-previo-empregador.doc>. Acesso em: 1 maio 2022.
59
São elas (STACHESKI, 2010, p. 48):
—
NOME
Empresa
Site
Telefone
—
60
INTERESSANTE
ESCREVER COM LETRA MAIÚSCULA NOS E-MAILS pode gerar demissão!
Achou intrigante? Leia:
CONTADORA perde o emprego por mandar e-mail todo em letras maiús-
culas. G1, 31 ago. 2009. Disponível em: https://g1.globo.com/Noticias/
PlanetaBizarro/0,,MUL1287265-6091,00-CONTADORA+PERDE+O+EM-
PREGO+POR+MANDAR+EMAIL+TODO+EM+LETRAS+MAIUSCULAS.html.
Acesso em: 1 maio 2022.
61
LEITURA COMPLEMENTAR
Olá pessoal,
Anexei um arquivo PDF que acredito muito útil. Esta é a segunda vez
que envio o documento, pois a versão que mandei ontem tem um
erro de digitação na página 27, e desta forma a envio novamente.
Digam-me o que acharam!
Anexos:
• Comunicação e suas vantagens (36 MB)
63
Que tal algo como:
Para: Rodrigo Nunes
De: Paulo
Assunto: Ótimo tema para desenvolvimento profissional da área comercial
Olá Rodrigo,
Deparei-me com um excelente livro sobre Comunicação Empresarial
que tem muitas dicas sobre a racionalização das comunicações profis-
sionais. Alguém já se ofereceu para apresentar no seminário, no próxi-
mo mês? Gostaria de saber se podemos fazer uma pequena apresenta-
ção de 30 minutos sobre o uso do e-mail de forma eficaz. Qual a melhor
forma de enviar-lhe um arquivo de 36 MB.
Este meio de comunicação funciona melhor quando você utiliza textos re-
levantes no próprio corpo da mensagem.
Identifique-se claramente, principalmente, num primeiro contato. Inclua sem-
pre seu nome, cargo e quaisquer outros elementos de identificação que lhe pareçam
essenciais. Cabe, aqui, ressaltar a importância de uma assinatura padronizada, con-
tendo os dados necessários, tais como, sua página na internet, telefone, etc.
Se você já teve a oportunidade de um contato presencial, mas, não tem cer-
teza que a pessoa se lembra de você, não se acanhe em utilizar uma frase como: “
gostaria de continuar a falar sobre a importância da comunicação, tema que trata-
mos rapidamente em nossa conversa no elevador”.
Seja sempre educado e cordial, pois, se, por alguma razão, estiver de “cabe-
ça quente” escreva sua mensagem, salve-a no rascunho e não a envie imediata-
mente. Levante, vá tomar um café espaireça seus ânimos. Releia a mensagem após
ter descansado as ideias.
Antes de enviar a mensagem reserve tempo suficiente para revisar o tex-
to, mesmo que vá fazer uso do corretor ortográfico, pois, este recurso ajudará,
mas, não é perfeito.
Jamais escreva alguma coisa que você não gostaria de ver publicado so-
bre a sua pessoa, ou sobre a empresa que você trabalha, pois e-mails podem ser
utilizados como documentos em algumas situações. Além disso, este meio de co-
municação não é totalmente seguro e sempre existem, por menor que seja, uma
possibilidade de sua mensagem ser interceptada por pessoas que não estejam li-
gadas àquela correspondência.
64
Distinga situações formais das informais. Quando escrever para um amigo
ou um colega de trabalho próximo, você poderá até não utilizar a formalidade, en-
tretanto, lembre-se que, em alguns casos, as pessoas esperam de você uma res-
posta formal, pois, você está tratando de negócios, desta maneira, utilize sempre
o bom senso. Algo que frequentemente acontece em situações informais é utili-
zar pontuação não usual e, às vezes, algumas “gafes” de português. Nada justifica
este tipo de erro.
Saiba utilizar o recurso “Responder a Todos”. Já presenciei algumas “guer-
ras” pelo fato deste recurso ser utilizado indevidamente.
O e-mail, geralmente, chegará rápido ao seu destinatário. Lembro-me de
um colega de trabalho que me pediu algumas informações por e-mail, e, após 3 ou
4 minutos seguintes, enviou um outro e-mail, avisando-me que já havia resolvido
o problema por conta própria. Ao verificar minha caixa de entrada passei a provi-
denciar o solicitado, pesquisando sobre o assunto e lhe respondi na sequência sem
ter observado a mensagem posterior na qual ele me avisava que havia solucionado
a questão. Neste caso, como em vários outros, nada como o bom e velho telefone
para agilizar o processo de comunicação.
Os prazos de respostas para e-mails deverão ser de até 24 horas, respeitan-
do o calendário de dias úteis. Não se esqueça do fuso horário ao enviar e receber
mensagens fora do território nacional e coloque-se no horário do seu interlocu-
tor. Ao receber um e-mail pertinente, não deixe de dar uma resposta até o prazo
acima descrito, caso lhe seja solicitado. Se por ventura a resposta demandar de
uma pesquisa ou trabalho mais minucioso, é recomendável que isto seja informado
conforme o exemplo a seguir: “necessito de um prazo X para lhe enviar o solicitado”.
Concluindo, existem muitas situações onde o bom contato face to face e
até o telefônico são mais efetivos que um e-mail.
65
RESUMO DO TÓPICO 3
66
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Normativo.
b. ( ) Descritivo.
c. ( ) Ofensivo.
d. ( ) Corrente.
a. ( ) V - F - F.
b. ( ) V - F - V.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) F - V - V.
67
4. Os documentos empresariais nos dias atuais são instrumentos de marketing
(publicidade), uma vez que está inserido na realidade competitiva das orga-
nizações onde a “comunicação empresarial é a responsável pela imagem da
organização perante seu público, interno ou externo” (GOLD, 2005, p. 99).
Por que devemos considerar que as correspondências não são apenas sim-
ples instrumentos de comunicação nas empresas?
68
REFERÊNCIAS
69
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Procedimentos prelimina-
res para a elaboração de código de classificação e tabela de temporalida-
de e destinação de documentos de arquivo: atividades-fim. Brasília: Minis-
tério da Justiça e Segurança Pública, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/
arquivonacional/pt-br/servicos/gestao-de-documentos/orientacao-tecnica-1/
codigo-de-classificacao-e-tabela-de-temporalidade-e-destinacao-de-documen-
tos-de-arquivo/procedimentos_preliminares_elaboracao_ccd_ttdd_atividades_
fim_an.pdf. Acesso em: 29 abr. 2022.
70
RH PORTAL. Regras básicas de comunicação profissional por e-mail. 2015.
Disponível em: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/regras-bsicas-de-comu-
nicao-profissional-por-e-mail/. Acesso em: 1 maio 2022.
71
UNIDADE 2
INTRODUÇÃO
AOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar um sistema de informação gerencial;
• identificar os benefícios de um sistema de informação gerencial;
• compreender o funcionamento do processo de instalação de software;
• analisar o uso do sistema de informações gerenciais para a tomada
de decisão.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – A IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES NA EMPRESA
TÓPICO 2 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
TÓPICO 3 – INSTALAÇÕES DE SISTEMAS
TÓPICO 1
A IMPORTÂNCIA
DAS INFORMAÇÕES
NA EMPRESA
1 INTRODUÇÃO
A informação na atualidade tem mostrado ter importância crescente, tor-
nando-se um diferencial competitivo, diante das exigências do mercado em que as
organizações estão inseridas, no qual a informação é primordial para o desenvolvi-
mento de novas tecnologias, bem como para oportunidades de investimento e para
diminuir as incertezas no processo de tomada de decisão, aumentado a qualidade
da operacionalização organizacional.
O diferencial que a informação apresenta para as empresas e seus profis-
sionais está associado ao valor que ambos dão à informação e ao conhecimento,
e como a usam como suporte às demandas organizacionais e de mercado e na
procura por resultados inovadores.
Estudiosos apontam que a informação contribui no processo decisório, uma
vez que, sistematizada, é de fundamental importância para a instituição, pois re-
laciona vários setores e sistemas e qualificam a empresa a alcançar seus objetivos
(OLIVEIRA,1992).
Vivenciamos a era da informação, em que as empresas investem em res-
postas que as diferenciem, que maximizem sua competitividade e propiciem um
posicionamento estratégico. Assim, deliberações ágeis e assertivas são essenciais
para o alcance de excelentes resultados. A gestão contemporânea requer que a to-
mada de decisão ocorre baseada no máximo de informação e conhecimento possí-
vel, sendo estes a essência da produtividade e da competitividade.
75
2 INFORMAÇÕES NA EMPRESA
Cotidianamente, inúmeros acontecimentos internos e externos à organi-
zação geram novas situações, nas quais a informação é componente-base para
soluções modernas e viáveis.
A informação efetiva é aquela que orientará uma decisão concreta e confiável,
visto que reduz as incertezas no decurso do processo, potencializando a qualidade.
FIGURA 1 – INFORMAÇÃO
Fonte: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-do-conhecimento-esco-
lar_763296.htm#query=conhecimento&position=0&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
76
Para tanto, a informação precisa ser de boa qualidade, fidedigna, em quan-
tidade adequada e recebida e utilizada no momento certo, para transformar-se em
fator de vantagem competitiva. Por outro lado, a falta da informação abre espaço
para erros e para a perda de oportunidades (OLIVEIRA, 1992).
Assim, a utilização correta da informação e a habilidade de transformá-la em
conhecimento aplicável torna-se primordial para o desenvolvimento de atividades e
processos institucionais, a fim de propiciar o uso eficiente dos recursos, elevando os
resultados e melhorando a capacidade concorrencial e estratégica da empresa.
Mas afinal, o que é informação? Vamos descobrir?
2.1 INFORMAÇÃO
Para compreendermos o significado de informação, precisamos conjunta-
mente entender o que são dados.
ATENÇÃO
O dado 25 ºC, se apresentado de maneira isolada, significa muito pouco. Se
incluirmos esse dado em uma frase, como: “Faz 25 ºC na cidade de Curitiba”,
temos a junção de três dados: de ordem temporal (faz); de ordem física (25 ºC);
e de ordem geográfica (Curitiba). Assim, temos uma informação e podemos to-
mar uma decisão, de levar ou não determinado tipo de roupa em uma viagem.
77
Agora, quando associamos informações, e dessas desenvolvemos novas
informações, geramos o conhecimento sobre determinado tema. Retomando o
exemplo, ao correlacionarmos informações conseguiremos saber como é o clima
na cidade de Curitiba, qual é a época ideal do ano para visitá-la, que passeios po-
deremos realizar e assim, sucessivamente.
FIGURA 2 – CONHECIMENTO
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-pensamento-plana-fundo-
-escuro_4701197.htm#query=CONHECIMENTO&position=19&from_view=search>.
Acesso em: 18 maio 2022.
DICA
A informação na organização vai além de ser um conjunto de dados, ela é um
bem econômico. Entenda como e por que essa afirmativa é real com um dos
consultores em gestão empresarial e palestrante do país, Waldez Ludwig.
INFORMAÇÃO como bem econômico. Waldez Ludwing. 2007. YouTube.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IvJKT-92uDw
78
3 GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES
A gestão da informação é um agrupamento de procedimentos que in-
tegram atividades de planejamento, organização, direção, acesso e controle dos
recursos da informação de uma empresa. Tem por finalidade gerir a eficiência do
uso desses recursos no âmbito organizacional, auxiliando no desenvolvimento de
tarefas e processos internos à organização, incluindo a tomada de decisões.
De acordo com Valentim (2008), gestão da informação é uma composição
de estratégias que objetiva identificar e mapear os fluxos de informações. Em ou-
tras palavras, compreende o gerenciamento de dados, informações e conhecimen-
tos dos quais as pessoas necessitam, tornando mais fácil e ágil seus acessos. Isso
é possível por meio de duas ações que se complementam: a criação de vias de
acessos para aperfeiçoar o fluxo e o armazenamento de dados, informações e co-
nhecimentos e a capacitação dos usuários para usarem de forma eficaz as vias de
acesso e a rede de informações de forma abrangente (CARVALHO, 2012).
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/conceito-de-gerenciamento-de-da-
dos-de-computacao-em-nuvem_17433093.htm#query=gerenciamento%20da%20
informa%C3%A7%C3%A3o&position=0&from_view=search>.
Acesso em: 18 maio 2022
Perante o exposto, constata-se que as empresas estão cada vez mais li-
gadas a esse formato de gestão, visto que preserva o acervo de informações, as-
segurando, em especial, os gestores por desenvolverem uma conduta eficiente de
controle da documentação e celeridade no processo decisório.
79
3.1 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO
A gestão da informação se revelou como um fator estratégico para a atua-
ção das organizações no mercado competitivo. Condição fundamental para o su-
cesso das empresas, em especial pelo fato de vivenciarmos a era da informação.
Diante disso, o gerenciamento dos recursos informacionais precisa ser em-
pregado aos níveis estratégico, tático e operacional, em particular ao nível estraté-
gico, em função do planejamento para a tomada de decisão.
Possuir a informação certa no momento necessário auxilia a empresa a
alcançar seus resultados almejados. Dessa forma, a empresa tem condições de
analisar seu posicionamento no mercado com mais precisão, otimizando a cadeia
operacional por meio de transformações de efeito e repercussão, sendo a informa-
ção o maior ativo das organizações nos dias atuais.
80
RESUMO DO TÓPICO 1
81
AUTOATIVIDADE
82
3. A informação efetiva é aquela que orientará a uma decisão concreta e
confiável, visto que reduz as incertezas no decurso do processo, po-
tencializando a qualidade. Com base no conceito e nos processos que
envolvem a informação, classifique V para as sentenças verdadeiras e
F para as falsas:
a. ( ) V - F - F.
b. ( ) V - F - V.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) F - F - V.
83
TÓPICO 2
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
GERENCIAL
1 INTRODUÇÃO
A informação é fundamental para as empresas e, para tanto, necessitam
ser gerenciadas. Para auxiliar nesse processo de gerenciamento da informação, as
organizações contam com os chamados sistemas informacionais de gestão.
Os sistemas de informação gerencial são ferramentas disponíveis para que
a gestão organizacional alcance suas metas, como excelência operacional, de-
senvolvimento de novos produtos e serviços, tomada de decisões aprimoradas e
vantagem competitiva.
São grandes parceiros no processo de automação da gestão de dados que
permeiam as organizações e fazem parte da tecnologia da informação, tão neces-
sária nas organizações para aprimorar e otimizar processos.
Assim, neste tópico, abordaremos o conceito de sistemas de informação
gerenciais, bem como a sua importância e como é a sua estrutura.
85
As instituições empregam a tecnologia da informação para conquistar seus
objetivos e metas. Os principais objetivos a serem alcançados são:
86
2.1 SISTEMA EMPRESARIAL E SEUS SUBSISTEMAS
A tecnologia da informação tem modificado os parâmetros empresariais. Os
gestores cada dia mais têm carecido de informações no processo de tomada de
decisão. Iniciado um processo de informatização na empresa, variados sistemas
são criados para satisfazer as diferentes necessidades do empreendimento.
O acesso a vários relatórios extraídos de inúmeros bancos de dados, mui-
tas vezes conflitantes, não auxiliam o processo decisório de forma estratégica. Por
esse motivo, as organizações têm buscado implantar sistemas de informação que
possam auxiliar e agregar valor no trato das informações. Essas ferramentas inte-
grativas são capazes de realizar uma leitura mais precisa dos dados, transforman-
do-os em informações utilizáveis.
Os sistemas de informação comtemplam várias tecnologias, que incluem dis-
positivos de hardware, software, redes de telecomunicações, técnicas de adminis-
tração de dados utilizando computador, entre outras tecnologias da informação (TI).
Até o momento, utilizamos os termos sistemas de informação e tecno-
logia da informação como sinônimos; contudo, eles possuem particularidades
distintas. Sendo assim, vejamos as definições.
Por tecnologia da informação, devemos compreender todo software e
hardware necessário para que a operacionalização e os objetivos organizacionais
sejam alcançados. Estão inclusos nesses dispositivos computadores, disk drives
(discos rígidos (HD)), assistentes digitais e pessoais, entre outros hardwares. Em
termos de softwares, podemos citar, por exemplo, os sistemas operacionais Windo-
ws ou Linux, pacote office e outros tantos programas computacionais disponíveis e
adequados ao uso empresarial.
ATENÇÃO
Hardware é a parte física de um computador. Software é uma sequência de
instruções escritas para serem interpretadas por um computador, como os
programas que comandam o funcionamento.
SIGNIFICADOS. Hardware. Disponível em: https://www.significados.com.br/hardware/
SIGNIFICADOS. Software. Disponível em: https://www.significados.com.br/software/
87
Os sistemas de informação são estruturas mais complexas. Por defi-
nição, “conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam
(entrada), manipulam (processo) e disseminam (saída) dados e informações e
oferecem um mecanismo de realimentação (feedback) para atingir um objetivo”
(STAIR; REYNOLDS, 2006, p. 12). Como se pode observar, os SI monitoram os pro-
cessos organizacionais, mas não somente, passam a fazer parte do processo,
transformando dados brutos em informação, auxiliando o desenvolvimento das
operações, controle e planejamento.
Dados Informação
Feedback Controle
Processamento
Entrada Saída
88
• A entrada coleta dados brutos internos ou externos à organização.
São dados que o sistema recebe e armazena para serem processados e
transformados em saídas ou produtos/serviços.
• O processamento transforma os dados em algo significativo.
• A saída, após transformação do dado, é o resultado, produto/serviço ou
informação gerada que será utilizado pelos usuários em suas atividades
ou tarefas. São os resultados apresentados pelo sistema, geralmente
relacionados aos propósitos, ou a razão de existir do sistema. Quando
isso não ocorre, o sistema não atinge sua finalidade.
AMBIENTE
Fornecedores Clientes
ORGANIZAÇÃO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Processar
Classificar
Entrada Saída
Organizar
Calcular
Feedback
89
Dessa forma, podemos definir um sistema de informação como um con-
junto de dispositivos que, por meio de determinados processos, transformam
entradas em saídas.
O SI pode ser dividido em sistemas menores ou subsistemas, os quais re-
cebem suas entradas distintas e originam saídas distintas. Todo subsistema possui
as mesmas funções de um sistema, ou seja, possui entrada, processamento e saída.
A concepção de sistema é a representação de um conjunto de elementos
que se relacionam para formar um todo. Exemplos: sistemas de telecomunica-
ções, de transporte etc.
As organizações funcionam da mesma maneira: a empresa é o sistema
maior, o todo organizacional, enquanto seus setores são seus subsistemas, que se
relacionam formando esse todo. O sistema maior apresenta características distin-
tas, que não são identificadas em suas partes de forma isolada.
Para facilitar o entendimento, imagine o sistema urbano de sua cidade. Ele
é composto por vários subsistemas, como os sistemas de saúde, de transporte, de
esporte e cultura, de eletricidade, de água e esgoto, entre outros.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-de-progra-
mador_8672698.htm#query=sistema&position=1&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
90
2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EMPRESARIAIS
As organizações, de forma intrínseca, são grandes sistemas que, ao se re-
lacionarem com seus sistemas menores (departamentos e setores) e com os siste-
mas de informações, intensificam a geração de informações. Estas, ao serem mani-
puladas, organizadas e utilizadas, assessoram os processos gerenciais e decisórios.
Para que as empresas permaneçam no mercado de forma competitiva e
sólida, é imprescindível que utilizem sistemas de informações e tecnologia da infor-
mação para desenvolver suas ações e planejamento.
No contexto empresarial, os sistemas de informação surgem com o objetivo de
auxiliar o desenvolvimento das atividades internas dos diversos níveis organizacionais.
As empresas são divididas em três níveis organizacionais: operacional,
tático e estratégico. Cada um desses níveis necessita de informações diferen-
ciadas para apoiar suas decisões e são responsáveis por tipos de decisões distintas.
Nesse sentido, as decisões se classificam em estruturadas e não estruturadas.
As decisões estruturadas sãs aquelas que devem ser tomadas no dia
a dia da organização, são repetitivas e corriqueiras, envolvendo procedimentos
predeterminados, não havendo a necessidade de serem analisadas como se fos-
sem novas. Normalmente são decisões que envolvem os níveis organizacionais
mais baixos, como os setores de operacionalização da empresa. Exemplo: quando
os estoques diminuem, os níveis de segurança são atingidos e são tomadas de-
cisões de compra, que muitas vezes podem ser automaticamente geradas pelos
sistemas de informação.
As decisões não estruturadas são aquelas que necessitam do uso do
bom senso do responsável pela decisão. Ou seja, levam em consideração a capa-
cidade de avaliação e o conhecimento do tomador de decisão para a resolução do
problema. São decisões não rotineiras, não existindo procedimentos específicos
para a tomada de decisão. Usualmente são decisões de nível estratégico, como o
desenvolvimento do planejamento e lançamento de um produto novo no mercado.
91
FIGURA 8 – NÍVEL DE INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL
Tomada de decisão
não estruturada
Nível Estratégico
Gerência Sênior
Tomada de decisão
Nível Tático Gerência Média não estruturada e estruturada
Tomada de decisão
Nível Operacional Gerência Operacional estruturada
Esse sistema atende ao nível operacional, em que suas atividades são alta-
mente predefinidas, sendo as informações bem conhecidas ou estruturadas. Tra-
balho com grande volume de dados.
O SPT é empregado pelos gestores com a finalidade de monitorar as opera-
ções internas à organização, como também as conexões da empresa com o meio
externo. Os sistemas de processamento de transações servem de fonte de infor-
mação para outros sistemas.
92
FIGURA 9 – SPT
Sistema de
Arquivos de Relatórios
folha de
empregados gerenciais
pagamento
Cheque de pagamento
Consultas
de empregados
on-line
93
FIGURA 10 – SIG
Sistemas de processamento de transações Sistemas de informações gerenciais
ARQUIVOS DO SIG
Sistema de
Arquivo de Dados de
processamento
pedidos vendas
de pedidos
Dados de
custo unitário
Sistema de de produtos
Arquivo mestre planejamento SIG Gerentes
de produção de recursos
materiais Dados de
modificação Relatórios
de produtos
São sistemas, em sua maioria, não flexíveis e com capacidade analítica res-
trita, empregando rotinas, resumos e comparações simples. Não são compostos
por métodos matemáticos ou estatísticos avançados de análise.
94
• Sistemas de apoio à decisão: são aqueles que auxiliam o gestor a
tomar decisões não usais, com foco nas atividades que modificam de
forma rápida, não existindo um procedimento específico para a resolu-
ção do problema. Esses sistemas utilizam-se das informações geradas
pelos SPT e SIG, contudo, utilizam também dados e informações de
fontes externas, como taxas de mercado, preços de produtos/serviços
dos concorrentes, entre outros.
PC Arquivo de restrições
ao atracamento
Arquivo de
aduana
95
• Sistemas de informação executiva: baseiam-se nas informações
geradas pelo SIG e SAD, atendendo a necessidades dos gestores de
nível estratégico. No SIE, as informações são geradas de acordo com os
interesses do executivo, por meio de comandos de captura e coleta de
dados e informações personalizadas. Este sistema destaca-se por pos-
suir uma interface amigável, de fácil utilização e integração com vários
bancos de dados.
• Sistemas integrados de gestão: são sistemas que englobam a or-
ganização como um todo, coletando, armazenando, distribuindo e
manipulando informações e conhecimento digitais. Tratam com dados
estruturadas e não estruturados, utilizando três aspectos de conheci-
mento: documentos textuais (estruturados) como relatórios; semiestru-
turados, a saber, e-mails, mensagens de voz, fotos, vídeos, mensagens
em murais etc.; e expertises dos empregados.
Armazenar/Recuperar/
Criar/Capturar/Etiquetar
Usuários
Gerenciar/Revisar Repositório unificado
Distribuir/Publicar
Relatórios/Apresentações
Melhores práticas
Memorandos
Slides em PowerPoint
E-mails
Gráficos
Vídeos
Notícias
96
FIGURA 13 – ARMAZENAMENTO DE DADOS EM NUVEM – ICLOUD
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-premium/tecnologia-de-computacao-em-
-nuvem-e-armazenamento-de-dados-on-line-para-o-conceito-de-rede-de-nego-
cios_8877815.htm#query=cloud&from_query=icloud&position=34&from_view=-
search>. Acesso em: 9 jun. 2022.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-de-erp-de-design-pla-
no_25561035.htm#query=erp&position=2&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
97
Características do ERP:
DICA
Os negócios de sucesso vêm empregando cada vez mais o uso do software
ERP, independentemente do seu porte. Por isso, convém compreender o que
é ERP, seus benefícios e quais empresas precisam ou não de um.
ERP: o que é? (Significado E Como Saber se sua Empresa Precisa Um). YouTube.
2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9QvEYhSw-OY
98
ATENÇÃO
Pontos de contato são canais de relacionamento com os clientes, como tele-
fone, e-mail, malas diretas, sites, serviços de atendimento ao cliente etc.
99
3.1.1 COMPETITIVIDADE
É essencial que as empresas busquem ser competitivas diante de um mer-
cado globalizado, no qual a concorrência é severa e os usuários finais de seu pro-
duto ou serviço possuem inúmeras opções de escolha.
Diz-se que uma empresa é competitiva, isto é, possui vantagem competi-
tiva, quando se sai melhor do que os concorrentes, ou se possui acesso a recur-
sos incomuns – como informações privilegiadas, tecnologias experimentais, entre
outras –, ou ainda, se é capaz de utilizar esses recursos de forma mais eficiente e
eficaz, geralmente devido a ativos de conhecimento e informação e aplicabilidade
de SIG. (LAUDON; LAUDON, 2010).
100
• Reduz a centralização das decisões.
• Amplia a adaptação da empresa diante de um ambiente mutável.
• Desenvolve e capacita os envolvidos em suas atividades.
• Diminui o número de agentes internos em atividades e processos
burocráticos.
Como se pode notar, o SIG é uma ferramenta que ajuda na execução das ati-
vidades internas de uma empresa, atribuindo segurança, precisão e eficiência. Diante
de um mercado competitivo, as organizações, precisam implementar softwares ge-
renciais que facilitem o alcance de seus objetivos por meio do uso eficiente dos re-
cursos disponíveis. As informações são fatores decisivos para o futuro das empresas.
101
RESUMO DO TÓPICO 2
102
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Monitora as transações.
b. ( ) Desenvolve atividades repetitivas e rotineiras.
c. ( ) Velocidade de processamento baixa.
d. ( ) Atua com alto volume de processamento de dados.
103
3. Os sistemas de informação utilizam tipos de decisões diferentes. Dessa
maneira, existem sistemas de informações diversos que auxiliam nesse
processo. Para cada nível organizacional há um tipo de sistema de infor-
mação, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
a. ( ) V - F - F.
b. ( ) V - F - V.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) F - F - F.
104
TÓPICO 3
INSTALAÇÕES
DE SISTEMAS
1 INTRODUÇÃO
Os programas de gerenciamento das informações são parte estrutural das
organizações. Atividades de todos os níveis, desde as operacionais às estratégicas,
são executadas por softwares em ambientes digitais. Sendo assim, a implantação
desses sistemas torna-se uma importante etapa no desenvolvimento e na utiliza-
ção de sistemas informacionais nas organizações.
Esse processo exige dos profissionais envolvidos a realização de análi-
ses que envolvam o entendimento sobre o sistema, seu funcionamento e como
realizar sua implementação.
Nesse contexto, este tópico abordará a importância que deve ser dada a novas
instalações de softwares no âmbito organizacional, para que se possa compreender
o processo de desenvolvimento, gerenciamento e administração dos sistemas.
2 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS
Na implantação de SI são empregadas metodologias da engenharia de in-
formação, área responsável pela análise e instalação sistemas, buscando estabe-
lecer uma excelente execução do dispositivo, com a finalidade de desenvolver e
conservar o sistema de tratamento de dados.
A implantação de um sistema envolve analisar o processo durante todo o
ciclo de vida do sistema. É um procedimento de longo prazo que demanda tempo
e se configura como um processo de mudança organizacional. Esse procedimento
visa ao aprimoramento das instituições (ANDRADE; AUDY; CIDRAL, 2005).
105
2.1 CICLO DE VIDA DOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
As organizações demandam a necessidade de gerenciamento das informa-
ções, de forma a organizá-las para sua utilização. Para tanto, implementam sistemas
informacionais. Com o passar do tempo, esses softwares podem ficar obsoletos,
não atendendo mais a necessidades da empresa. Para solucionar essas disfunções
que se apresentam, é preciso que os SI sejam aperfeiçoados ou atualizados. A esse
processo denominamos ciclo de vida dos sistemas de informação.
O ciclo de vida dos sistemas de informação contempla o período desde a
sua criação, evolução, decadência e morte. Apesar de não existir medidores exa-
tos que estabeleçam em que etapa se encontra o sistema, é possível identificar
a partir de análises.
A função primordial do ciclo de vida dos softwares é apontar as fases,
tarefas, entregas e as atribuições de cada pessoa ligada ao procedimento do pro-
gresso do sistema.
De acordo com Andrade, Audy e Cidral (2005), o ciclo abarca as etapas do
projeto de desenvolvimento e utilização dos SI. O método do ciclo de vida dos sis-
temas, criado pelos autores, é um modelo clássico, com etapas diversas e fluxo de
processo linear, proporcionando, de forma real, a aplicação do método.
Segundo os autores, as etapas do ciclo de vida dos sistemas de
informação são: necessidade, análise, projeto, construção instalação, produção
e manutenção.
106
FIGURA 15 – CICLO DE VIDA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Necessidade
Análise
Projeto
Construção
Instalação
Produção
Manutenção
107
• Construção: nesta fase, são colocadas em prática as etapas de aná-
lise e projeto, nas quais serão detalhados os novos processos e os
usuários do sistema serão capacitados e treinados no uso da nova fer-
ramenta. Além de ser imprescindível a implantação e a testagem do
hardware e software escolhidos.
• Instalação: é a etapa em que o sistema é disponibilizado e colocado
para funcionar, convertendo o antigo para o novo.
• Produção: é a fase em que o sistema já integra a organização e é ali-
mentado por dados e informações. Nesse ponto, podem surgir dúvidas
sobre a operacionalização e as funcionalidades, sendo necessário o
dispor do suporte técnico.
• Manutenção: é a fase em que se observará a necessidade de altera-
ções, aperfeiçoamentos e correção de erros do sistema depois de ser
colocado em funcionamento.
108
Vejamos os tipos de implantações que podem ser praticadas.
109
Domínio do Usuário: abrange as competências da população usuária
que direta ou indiretamente está envolvida com a implementação e o
uso do sistema.
4 METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DE
SISTEMAS (MDS)
As metodologias de desenvolvimento de sistemas (MDS) são um gru-
pamento de metodologias aplicadas na criação e no desenvolvimento de siste-
mas de processamento de dados de forma organizada a fim de atingir os objetivos
preestabelecidos. Em outras palavras, é a descrição estruturada dos projetos de
construção de softwares, em resposta às necessidades dos usuários finais.
Para o êxito da implantação do método, é imprescindível ter conhecimento
de metas, objetivos, prazos e orçamentos envoltos ao projeto para identificar qual é
a abordagem mais ajustada a ser seguida.
110
Não existe uma receita de bolo para a aplicação do método, contudo, é pre-
ciso seguir o roteiro criado para a construção do software.
• Nomeação da equipe.
• Apontar prioridades e diretrizes.
• Especificar as exigências funcionais.
• Determinar a estratégia de análise do sistema atual.
• Aprovação do estudo preliminar.
Nesta fase:
111
3. Projeto lógico: fase de preparação das macro propostas de reso-
luções, desenhando e detalhando o projeto, determinando o que o
sistema irá realizar.
Atribuições da fase:
Atribuições da fase:
Atribuições da fase:
112
4.1.1 OUTRAS METODOLOGIAS DE
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Variadas metodologias e abordagens podem ser utilizadas no procedimento
de desenvolvimento de sistemas organizacionais. Além do método MDS, podemos
contar com as metodologias ágeis, que são ferramentas para o desenvolvimento
de softwares focada no projeto ou no produto.
Propõem-se a realizar aperfeiçoamentos e mudanças contínuas, tendo por
base o feedback dos utilizadores, clientes e da equipe de desenvolvimento.
Sua estrutura é flexível, proporcionando desenvolvimento e análise em me-
nor tempo, objetivando resultados e respostas rápidas.
Seu principal benefício se encontra na resolução dos problemas já nos seus
estágios iniciais, assegurando, assim, qualidade nas versões iniciais do sistema.
As principais metodologias ágeis são:
113
FIGURA 16 – PLACA SCRUM
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/ilustracao-do-conceito-de-placa-s-
crum_7230633.htm#query=scrum&position=1&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
ATENÇÃO
Placa Scrum é a placa, ou o quadro, onde são postadas tarefas da equipe
Scrum, tornando os trabalhos e progressos visíveis a todos da equipe.
114
• Kanban: a palavra kanban tem origem japonesa e significa “cartões”. É
uma metodologia organizacional e visual, que tem por objetivo contro-
lar as tarefas de uma equipe. No princípio, foi utilizada para gerenciar
estoques, contudo, com o passar do tempo, foi adaptada às linhas de
produção. Hoje, é empregada na gestão de projetos, de produtividade e
desenvolvimentos de sistemas.
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/quadro-de-tarefas-de-scrum-plano-
-com-notas-de-papel-colorido_26195122.htm#query=kanban&position=10&from_
view=search>. Acesso em: 9 jun. 2022.
115
4.2 METODOLOGIAS DE ENGENHARIA E
QUALIDADE
Atingir a qualidade não é tarefa fácil. A qualidade é enxergada com sendo
uma metodologia de gestão que, por meio de processos difundidos em toda a em-
presa, procura assegurar um produto ou resultado final que satisfaça às expectati-
vas do cliente quanto ao que foi combinado.
No âmbito do desenvolvimento de sistemas, a qualidade deve ser com-
preendida como uma coleção de aspectos a serem satisfeitos, de forma que o de-
senvolvimento do sistema satisfaça as necessidades do usuário final.
Porém, a qualidade deve ser desenvolvida e construída para que consiga
gerar altos níveis de satisfação. A qualidade dos sistemas dependerá do processo
do desenvolvimento do software.
Os usuários dos sistemas precisam e exigem produtos melhores e mais
ágeis no seu desenvolvimento, para que consigam ser competitivos no mercado.
Para tanto, os desenvolvedores de sistemas devem usar as melhores práticas de
engenharia de software, realizando reparos e correções que foram identificados.
Assim, surgiram metodologias que, quando aplicadas, asseguram a integri-
dade dos sistemas de informação. Muitas dessas tecnologias podem ser associa-
das ou empregadas concomitantemente com a metodologia de desenvolvimento
de sistemas, assegurando a qualidade no desenvolvimento de sistemas. Podemos
citar as seguintes metodologias:
116
LEITURA COMPLEMENTAR
O QUE É ERP?
SAP Insights
Os sistemas ERP atuais são tudo, menos básicos, e guardam pouca seme-
lhança com o ERP de décadas atrás. Eles são agora disponibilizados em nuvem
e usam as tecnologias mais recentes – como IA (inteligência artificial) e Machine
Learning – para fornecer automação inteligente, maior eficiência e insights instan-
tâneos em toda a empresa. Para se aprofundar nesse tema, acesse o link a seguir e
compreenda melhor as funcionalidades do ERP nas organizações.
ERP quer dizer planejamento de recursos empresariais, mas o que o ERP sig-
nifica? A maneira mais simples de definir ERP é pensar em todos os importantes
processos empresariais necessários para administrar uma empresa: finanças, RH,
produção, cadeia de suprimentos, serviços, procurement e outros. Em seu nível mais
básico, o ERP ajuda a gerenciar eficientemente todos esses processos em um siste-
ma integrado. Ele costuma ser chamado de sistema de registro da organização.
No entanto, os sistemas ERP atuais são tudo menos básicos e guardam pouca
semelhança com o ERP de décadas atrás. Eles são agora disponibilizados na nuvem e
usam as tecnologias mais recentes – como IA (Inteligência Artificial) e Machine Lear-
ning – para fornecer automação inteligente, maior eficiência e insights instantâneos
em toda a empresa. O software ERP moderno também conecta operações internas
a parceiros de negócios e redes em todo o mundo, proporcionando às empresas a
colaboração, agilidade e velocidade necessárias para serem competitivas hoje.
Definição de ERP
ERP é um sistema de software que ajuda você a administrar toda a empresa,
incluindo processos de finanças, recursos humanos, produção, cadeia de supri-
mentos, serviços, procurement e muito mais.
Por que o ERP é importante?
Às vezes descrito como “o sistema nervoso central de uma empresa”, um
sistema ERP oferece automação, integração e inteligência essenciais para a execu-
ção eficiente de todas as operações comerciais diárias. É necessário que a maioria
dos dados de uma organização resida no sistema ERP para fornecer uma única
fonte da verdade a toda a empresa.
117
O setor de finanças exige um ERP para rapidez no fechamento dos livros. O
departamento de vendas precisa do ERP para gestão de todas as ordens do cliente.
A área de logística depende de um software ERP bem executado para fornecer aos
clientes os produtos e serviços certos dentro do prazo. O departamento de contas a
pagar precisa do ERP para pagar os fornecedores corretamente e dentro do prazo. A
gerência precisa de visibilidade instantânea do desempenho da empresa para tomar
decisões acertadas. E os bancos e acionistas exigem registros financeiros precisos,
por isso contam com dados e análises confiáveis viabilizados pelo sistema ERP.
A importância do software ERP para as empresas é ilustrada pela crescente
taxa de adoção. De acordo com o G2, “o mercado global de software ERP deverá
atingir US$ 78,40 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento anual composta
(CAGR) de 10,2% de 2019 a 2026”.
Descubra por que um sistema ERP é tão importante.
Como funciona um sistema ERP?
Um sistema ERP – também chamado de suíte ERP – é composto por módu-
los integrados ou aplicativos empresariais que se comunicam entre si e comparti-
lham um banco de dados comum.
Normalmente, cada módulo ERP se concentra em uma área empresarial,
mas eles trabalham juntos usando os mesmos dados para atender às necessidades
da empresa. Finanças, contabilidade, recursos humanos, vendas, procurement, lo-
gística e cadeia de suprimentos são pontos de partida conhecidos. As empresas
podem escolher o módulo desejado, para depois acrescentar outros e fazer o di-
mensionamento conforme a necessidade.
Os sistemas ERP também suportam requisitos específicos do setor, como
parte da funcionalidade principal do sistema ou por meio de extensões de aplicati-
vo que se integram perfeitamente ao pacote.
O software ERP pode ser adquirido por meio do modelo de assinatura em
nuvem (software como serviço) ou do modelo de licenciamento (on premise).
Os sistemas ERP incluem uma gama de módulos diferentes. Cada módulo
dá suporte a processos empresariais específicos, como finanças, procurement ou
produção, e fornece aos colaboradores desse departamento as transações e os
insights que eles necessitam para realizar seus trabalhos. Cada módulo se conecta
ao sistema ERP, o que gera uma única fonte da verdade e disponibiliza dados pre-
cisos e compartilhados entre os departamentos.
118
Os módulos ERP mais utilizados incluem:
Finanças: o módulo finanças e contabilidade é a espinha dorsal da maioria
dos sistemas ERP. Além de gerenciar o Razão e automatizar as principais tarefas fi-
nanceiras, ajuda as empresas a rastrear contas a pagar (AP) e a receber (AR), fechar
os livros com eficiência, gerar relatórios financeiros, cumprir padrões de reconheci-
mento de receitas, mitigar riscos financeiros e muito mais.
Gestão de recursos humanos: a maioria dos sistemas ERP inclui um módulo
de RH que fornece recursos essenciais, como pontualidade, presença e folha de
pagamento. Add-ons, ou mesmo pacotes completos de gestão de capital humano
(HCM), podem se conectar ao ERP e fornecer funcionalidades de RH mais robus-
tas – ou seja, tudo, desde funções analíticas da força de trabalho até gestão da
experiência do colaborador.
Sourcing e procurement: o módulo de sourcing e procurement ajuda as em-
presas a adquirir os materiais e os serviços necessários para fabricar seus produtos
– ou os itens que desejam revender. O módulo centraliza e automatiza o processo
de compras, incluindo solicitações de cotações, criação de contratos e aprovações.
Ele pode minimizar a insuficiência e o excesso nas compras, melhorar as nego-
ciações com fornecedores, por meio de funções analíticas baseadas em IA, e até
conectar-se perfeitamente às redes de compradores.
Vendas: o módulo de vendas rastreia as comunicações com clientes po-
tenciais e clientes – e ajuda os representantes a usar insights baseados em dados
para aumentar as vendas e alcançar leads com as oportunidades certas de promo-
ções e upsell. Ele contém funcionalidade para o processo do pedido ao pagamento,
incluindo gestão de pedidos, contratos, faturamento, gestão do desempenho de
vendas e suporte à força de vendas.
Produção: o módulo de produção é um componente-chave de planejamen-
to e execução do software ERP. Ele ajuda as empresas a simplificar processos de
produção complexos e garante que a produção esteja de acordo com a demanda.
Esse módulo geralmente inclui funcionalidade de planejamento de necessidades
de material (MRP), programação da produção, execução da produção, gestão da
qualidade e muito mais.
Logística e gestão da cadeia de suprimentos: outro componente-chave
dos sistemas ERP, o módulo da cadeia de suprimentos rastreia a movimentação
de mercadorias e suprimentos em toda a cadeia de suprimentos da organização. O
módulo fornece ferramentas para gestão de estoques em tempo real, operações de
armazenamento, transporte e logística e pode aumentar a visibilidade e a resiliência
da cadeia de suprimentos.
119
Serviço: em um ERP, o módulo de serviço ajuda as empresas a fornecer
o serviço confiável e personalizado que os clientes esperam. O módulo pode in-
cluir ferramentas para consertos internos, peças de reposição, gestão de serviços
externos e fluxos de receita baseados em serviços. Ele também fornece funções
analíticas para ajudar representantes e técnicos de serviço a resolver rapidamente
problemas de clientes e melhorar a fidelidade.
P&D e engenharia: os sistemas ERP ricos em recursos incluem um módulo
de P&D e engenharia. Esse módulo fornece ferramentas para design e desenvol-
vimento de produtos, gestão do ciclo de vida do produto (PLM), compliance do
produto e muito mais – para que as empresas possam produzir inovações com
rapidez e economia.
Gestão de ativos empresariais: sistemas ERP robustos podem incluir um
módulo EAM – que ajuda as empresas de bens de capital a minimizar o tempo de
inatividade e manter máquinas e equipamentos funcionando com o máximo de
eficiência. Esse módulo inclui funcionalidades para manutenção preditiva, progra-
mação, operações e planejamento de ativos, ambiente, integridade e segurança
(EHS) e muito mais.
Integração com ERP
Os sistemas ERP atuais oferecem uma enorme gama de funcionalidades
empresariais, mas ainda precisam fazer conexão e sincronização com outros apli-
cativos e outras fontes de dados – como software de CRM e HCM, plataformas
de e-commerce, soluções setoriais específicas e até mesmo outros ERPs. Com a
integração com o ERP, as empresas conseguem ter uma visão unificada das infor-
mações de diferentes sistemas, bem como aumentar a eficiência dos processos
de negócios, melhorar as experiências dos clientes e facilitar a colaboração entre
equipes e parceiros de negócios.
Os sistemas ERP modernos são abertos e flexíveis – e podem ser facilmen-
te integrados a uma ampla gama de produtos de software usando conectores ou
adaptadores personalizados, como APIs (interfaces de programação de aplicati-
vos). Outros métodos de integração com ERP incluem ESB (barramento de serviço
corporativo) e iPaaS (integração de plataforma como serviço). O iPaaS, que oferece
uma abordagem baseada em nuvem, é uma opção muito procurada por empresas
modernas. As plataformas de iPaaS podem sincronizar rapidamente um ERP on
premise ou na nuvem com aplicativos SaaS do mesmo fornecedor ou de terceiros.
Normalmente, elas exigem pouca ou nenhuma codificação, são flexíveis e relativa-
mente baratas e oferecem uma série de outros usos, como geração automática de
API, integração de dados de machine learning, integração de rede da Internet das
Coisas (IoT), conteúdo pré-incorporado e muito mais.
120
Um bom sistema ERP oferece muitos benefícios diferentes. Eis aqui os
seis principais:
Maior produtividade: otimize e automatize seus principais processos de ne-
gócios para ajudar todos na sua organização a fazerem mais com menos recursos.
Insights de grande alcance: elimine silos de informações, crie uma fonte
única da verdade e tenha respostas rápidas para questões essenciais dos negócios.
Rapidez na emissão de relatórios: relatórios rápidos de finanças e de negó-
cios e resultados compartilhados com facilidade. Trabalhe com base em insights e
melhore o desempenho em tempo real.
Riscos menores: maximize a visibilidade e o controle dos negócios, assegure
compliance com as exigências regulatórias e preveja e previna riscos.
TI mais simples: utilizando aplicativos integrados de ERP que compartilham
um mesmo banco de dados, você simplifica as operações de TI e oferece a todos
um modo mais fácil de trabalhar.
Agilidade aumentada: com operações eficientes e acesso direto a dados em
tempo real, você identifica novas oportunidades e responde rapidamente a elas.
Exemplos de ERP em diferentes setores
As empresas de todos os setores – do automotivo ao atacadista – precisam
de informações precisas e em tempo real, bem como de processos de negócios efi-
cazes, para competir e prosperar. No entanto, diferentes setores dependem de seu
software ERP por motivos bastante diferentes. Aqui estão apenas alguns exemplos:
As concessionárias de serviços públicos precisam revisar constantemente
seus ativos de capital, não só para atender à demanda por serviços futuros, mas
também para a substituição de ativos antigos. Sem o ERP, o esforço para priorizar
esses importantes investimentos em ativos seria difícil e propenso a erros. O ERP
também ajuda a resolver outro problema crítico de uma concessionária de serviços
públicos: a previsão de peças de reposição. A impossibilidade de ter as peças certas
durante uma interrupção pode criar um problema significativo de atendimento ao
cliente. Por outro lado, o excesso de peças de reposição significa custos excessivos
e estoque desatualizado.
Para atacadistas, importadores, fornecedores diretos da loja e empresas
3PL/4PL, o fornecimento pontual é fundamental. Todas essas organizações querem
reduzir os custos de distribuição, aumentar a rotatividade do estoque e reduzir o
tempo do pedido ao pagamento. Para atingir esses objetivos, elas precisam de inte-
gração das funcionalidades de gestão de estoques, compras e logística, bem como
processos automatizados que são personalizados de acordo com suas necessidades.
121
Fabricantes de processos discretos, em lote e contínuos contam com sis-
temas ERP e de cadeia de suprimentos para atingir as metas de qualidade do pro-
duto, gerenciar a utilização de ativos, controlar custos de horas extras, processar
devoluções de clientes e muito mais. Os fabricantes também podem ter controle do
estoque de ponta a ponta, monitorando movimentações de estoque, identificando
os produtos com melhor e pior desempenho e gerenciando o processo de procure-
ment com mais eficiência.
Empresas de serviços – incluindo contabilidade, impostos, engenharia, TI,
jurídico e outras empresas de serviços profissionais – necessitam de tecnologia
ERP móvel em tempo real para equilibrar os compromissos de prestação de servi-
ços com a saúde financeira. A chave para o sucesso dos serviços profissionais é a
capacidade de manter a programação enquanto gerencia a rentabilidade do proje-
to, a utilização de recursos, o reconhecimento de receitas, os objetivos de receita
recorrentes e as oportunidades de crescimento.
O varejo passou por uma transformação significativa agora que o e-com-
merce se fundiu com outros canais de vendas, bem como operações físicas. A ca-
pacidade de fornecer opções self-service para identificação, configuração, compra
e envio de produtos depende da existência de dados integrados. Um sistema ERP
moderno também ajuda os varejistas a reduzir o abandono de carrinhos, a melhorar
conversões de sites da Web, aumentar o valor médio de pedidos e aumentar o valor
de permanência do cliente.
122
RESUMO DO TÓPICO 3
123
AUTOATIVIDADE
124
3. Scrum é uma metodologia ágil e tem por finalidade incorporar mais eficiên-
cia aos processos produtivos. De acordo com a metodologia Scrum e suas
etapas, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
a. ( ) V - F - F.
b. ( ) V - F - V.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) F - F - V.
125
REFERÊNCIAS
ERP: o que é? (Significado E Como Saber se sua Empresa Precisa Um). YouTube.
2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9QvEYhSw-OY.
Acesso em: 12 maio 2022.
126
UNIDADE 3
INTRODUÇÃO À
EDIÇÃO DE TEXTOS
E PLANILHAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender o que é um processador de texto;
• identificar as funcionalidades dos editores de texto;
• compreender o que é uma planilha eletrônica;
• perceber as funcionalidades das planilhas eletrônicas.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
TÓPICO 2 – EDITORES DE TEXTO
TÓPICO 3 – PLANILHAS ELETRÔNICAS
TÓPICO 1
SEGURANÇA DA
INFORMAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
As organizações necessitam exercer uma conduta ativa no que diz respeito
à segurança da informação. Em função da urgência de conseguir dados e infor-
mações precisas e indispensáveis para a sobrevivência da organização, é essen-
cial que se estabeleçam medidas e procedimentos de segurança da informação
com a finalidade de se precaver e diminuir riscos relacionados adiferentes e nume-
rosas formas de ataque.
Nos dias atuais, as empresas vêm sofrendo com inúmeras ações maliciosas
direcionadas à violação dos sistemas de informações gerenciais, ataques cibernéti-
cos, invasões de hackers, quebra de confidencialidade de dados, ações prejudiciais
às organizações, que culminam por afetar a imagem das instituições, gerando gran-
des prejuízos, além da perda de dados e da divulgação indevida de informações.
Dessa forma, as organizações que não possuem dispositivos necessários
para a proteção dos seus dados e informações acabam por colocar suas atividades
e processos em situação de risco e vulnerabilidade, prejudicando, acima de tudo, a
segurança dos dados e as informações de seus clientes.
Diante disso, abordaremos neste tópico o que é segurança da informação,
seus fundamentos e a importância de se estabelecer medidas para sua implanta-
ção e utilização nas organizações.
129
FIGURA 1 – SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
FONTE: <https://www.freepik.es/foto-gratis/dispositivo-protegido-ciberseguri-
dad_22633517.htm>. Acesso em: 9 jun. 2022.
Normalmente, a arquitetura
de uma aplicação baseada na
Web inclui um cliente, um
Bancos
de dados servidor e sistemas de
informação corporativos
• Hardware
conectados a bancos de
• Acesso não • Escuta clandestina • Ciberpirataria • Sistemas operacionais dados. Cada um desses
autorizado • Sniffing (farejamento) • Vírus e worms • Software componentes apresenta
• Erros • Alteração de mensagem • Roubo e fraude vulnerabilidade e desafios de
• Roubo e fraude • Vandalismo segurança. Enchentes,
• Roubo de dados incêndios, quedas de energia
• Radiação • Ataques de recusa de serviço
• Cópia de dados e outros problemas técnicos
• Alteração de dados podem causar interrupções
• Falha de hardware em qualquer ponto da rede.
• Falha de software
131
As parcerias e transações entre empresas na atualidade são essenciais
para o crescimento e a permanência das empresas em seus mercados de atuação;
porém, apresentam-se com fator de vulnerabilidade aos sistemas, visto que infor-
mações úteis e valiosas se encontram nas redes e nos computadores fora do con-
trole da organização. Sem um bom suporte tecnológico, dados e informações im-
portantes podem ser perdidos, destruídos ou ainda cair em mãos erradas, podendo
as empresas perderem seus segredos industriais e comerciais ou informações que
violem a privacidade pessoal de seus clientes, fornecedores, usuários internos ou
da própria empresa.
Outro fator de vulnerabilidade são os dispositivos portáteis de comunicação
empresarial. A portabilidade desses aparelhos faz com que seja descomplicado rou-
bar dados e informações, além do uso de celulares e smartphones, que podem deixar
a rede vulnerável a acesso de intrusos, que podem acessar, via esses dispositivos, as
redes corporativas internas ou realizar downloads com softwares maliciosos.
Imagine sua empresa sendo atacada por um malware, ou seja, por um
software malicioso criado para infectar computadores e outros dispositi-
vos eletrônicos. Foi exatamente isso que aconteceu com grandes corporações.
Vejo a caso real:
O LockerGoga é um ransomware que ganhou os noticiários em 2019 por
infectar grandes corporações no mundo, como, a Altran Technologies e
a Hydro. É estimado que ele tenha causado prejuízos de milhões de dó-
lares em ataques avançados e direcionados.
132
FIGURA 3 – SOFTWARES MALICIOSOS
FONTE: <https://www.freepik.es/vector-gratis/sitio-web-infectado-isometrico-pla-
no_12259078.htm#query=malware&position=5&from_view=search>.
Acesso em: 9 jun. 2022.
Temos ainda a fragilidade no uso das redes de internet, que, por serem
abertas a qualquer um, podem sofrer ataques de impactos grandiosos. Quando a
internet passa a ser parte da rede corporativa, os SI da empresa estão sujeitos à
vulnerabilidade de ações de intrusos.
INTERESSANTE
Veja os vídeos sobre tipos de códigos maliciosos e como eles podem entrar
no computador do usuário.
YOUTUBE. Vírus na Internet. 2008. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=s_DHLkU-l-U.
YOUTUBE. The Malware Bug: MediaPro Security Awareness Animation. 2016.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V-WleeTocu4
133
A vulnerabilidade tem crescido vertiginosamente por meio de comunica-
ções internas nas organizações, como e-mails, mensagens instantâneas e outros.
O e-mail pode carregar anexos que contenham malwares ou acessos não autoriza-
dos ao sistema de informação.
Outras formas de vulnerabilidade estão ligadas aos hackers e ao cibervan-
dalismo. O hacker é um sujeito que busca por acessos não autorizados a sistemas
de informações. Dentro da comunidade hacking existem os crackers, termo utili-
zado para identificar hackers com objetivos criminosos.
Os hackers encontram fragilidades no sistema de segurança da informação
nas organizações e utilizam isso para realizar invasões não autorizadas. Contudo,
o acesso irregular desses indivíduos vai além de invasão ao sistema; eles também
roubam informações, geram danos aos sistemas e realizam o cibervandalismo,
ou seja, geram interrupções, alterações da aparência ou até mesmo destruição de
sistemas de informações ou de sites organizacionais.
Além da invasão dos sistemas de informação (hacking), existem outras for-
mas de invasão de privacidade via sistemas de informação (LAUDON; LAUDON, 2010):
134
• Phishing (pescar de dados): crime virtual que visa pescar dados de
usuários utilizando iscas que induzem as pessoas a passarem dados
pessoais. Formas de envio: e-mail, SMS (serviço de mensagens cur-
tas geralmente utilizados via smartphones), ligações telefônicas, falsos
sites e falsos pop-ups inseridos em sites sem segurança.
FIGURA 4 – PHISHING
FONTE: <https://www.freepik.es/vector-gratis/concepto-cuenta-phishing_7970701.
htm#query=Phishing&position=5&from_view=search>. Acesso em: 9 jun. 2022.
INTERESSANTE
A juíza do programa Shark Tank, Barbara Corcoran perdeu quase USD 400.000
em um golpe de phishing e engenharia social, em 2020. Saiba mais sobre isso
lendo a seguir: GATEFY. 11 casos reais e famosos de ataques de malware.
2021. Disponível em: https://gatefy.com/pt-br/blog/casos-reais-e-famosos-
-de-ataques-de-malware/
135
Podem ser citados ainda os ataques de recusa de serviço (DoS – denial
of service), em que hackers abarrotam os servidores de rede ou servidores web
com enormes quantidades de falsas comunicações ou requisições de informação,
com o intuito de inutilizar a rede. Dessa forma, a rede fica tão cheia de consul-
tas e solicitações que não consegue lidar com todas, ficando indisponível para as
solicitações reais e legítimas.
O caso do malware sequestrador ou comumente conhecido como
ransomware, diferentemente dos outros, infecta o sistema e condiciona a devo-
lução de dados, informações e acesso ao sistema apenas mediante pagamento
do resgate, que deve ser realizado por meio de moeda virtual, como o Bitcoin. Um
exemplo real de ataque com o ransomware ocorreu em maio de 2017. WannaCry foi
o causador de um grande ciberataque que deixou fora do ar sistemas de grandes
corporações do mundo todo, como o das fábricas da Renault, ao se aproveitar de
uma brecha no sistema Windows, da empresa Microsoft.
Como a segurança da informação de uma organização não está associada
de forma direta com receitas e lucratividade, muitas empresas deixam em segundo
plano o investimento nesse campo.
As empresas devem se lembrar de que possuem ativos valiosíssimos a pre-
servar. Sistemas de informações frequentemente armazenam informações sigilo-
sas sobre a organização, colaboradores, clientes e fornecedores. Ou ainda sobre as
transações e operações corporativas, inclusive sobre segredos do negócio. Tudo
isso tem valor incalculável, e a perda pode gerar danos devastadores.
136
• Integridade: tem por finalidade assegurar a proteção das informações
no que se refere a precisão, consistência e credibilidade delas. Certifi-
cando-se de que não ocorrerá nenhuma interferência externa que pos-
sa vir a corromper, afetar ou danificar os dados e as informações. Para
tal, a empresa deve investir e aumentar a infraestrutura de proteção de
dados, estabelecendo controles e permissões de acesso, além de im-
plementar backups caso seja necessário recuperar dados modificados.
• Disponibilidade: tem relação direta com a acessibilidade dos dados e
dos sistemas de informação em todos os níveis de utilização dos usuá-
rios. Nesse sentido, é necessário que os dados e as informações estejam
ativos, acessíveis e à disposição para utilização, mas com identificação
de quem pode os acessar.
137
• Política de segurança: a empresa necessita desenvolver uma política
de segurança que proteja seus ativos. Dessa maneira, deve estabele-
cer uma cultura interna de segurança da informação antes mesmo de
realizar investimentos em infraestrutura. A política de segurança é a
documentação que estabelecerá a hierarquia aos riscos de informação
e irá indicar as metas de segurança aceitáveis, bom como os mecanis-
mos que serão implantados para alcançá-las. A política de segurança
dá origem a outras políticas que determinarão o uso do recurso de in-
formação na empresa e quais usuários terão ou não acesso aos ativos.
Uma política de uso aceitável define os usos aceitáveis dos recursos
de informação e das máquinas e equipamentos de informática da or-
ganização; isso inclui todos os equipamentos, desde computadores de
mesa até laptops, dispositivos sem fio, telefones, internet e outros. Essa
política determinará o nível de responsabilidade do usuário, privacidade
e o uso pessoal dos equipamentos e das redes, além de apontar as con-
sequências caso não sejam cumpridas as regras. Deve-se prezar tam-
bém por uma política de autorização, que compreende a autorização
em diferentes níveis de acesso aos ativos de informação por distintos
níveis de usuário.
É importante ressaltar que, para que a política de segurança atinja bons
resultados, deve-se envolver a equipe em uma cultura da informação,
enfatizando a importância a cada um dos envolvidos. Nesse momento,
os recursos humanos organizacionais devem estar alinhados aos re-
cursos tecnológicos e à política de uso da informação. Para tanto, é
preciso conscientizá-los, por meio de treinamentos e preparação sobre
o ambiente e como ele funciona.
• Planejamento de recuperação e continuidade do negócio: a em-
presa precisa desenvolver, juntamente com a política de acesso, um
planejamento de recuperação e continuidade do negócio, caso ocorram
imprevistos e desastres. Esse planejamento abrange questões relacio-
nadas à proteção do funcionamento dos sistemas, como determinar
que arquivos deverão ter cópias, backups ou manutenção em sistemas
reservas e serviços de recuperação de desastres. Ou seja, o planeja-
mento envolve pensar como a empresa irá restaurar suas operações
caso algum dano ou desastre ocorra.
138
• Automatização de backups: refere-se às cópias de segurança que
podem ser utilizadas caso ocorra algum dano ao sistema e aos servi-
dores da empresa. É ele que assegura que os dados estejam resguar-
dados, protegidos e disponíveis. Está ligado diretamente ao pilar de
disponibilidade, ou seja, envolve diretamente a acessibilidade. A auto-
matização do processo de backup evita falhas humanas, como esque-
cer de realizar a cópia de segurança, além de intensificar a regularida-
de dessa atividade por ocorrer de forma programada e na frequência
estipulada pela empresa.
• Implementação da gestão de riscos de TI: é necessário que a em-
presa não somente resolva possíveis ocorrências, mas que se previna,
estabelecendo estratégias de prevenção, antevendo possíveis riscos e
os gerenciando da forma adequada. Nesse sentido, é importante esta-
belecer uma gestão de riscos de TI, em que os profissionais investigam
os sistemas de forma constante e ativa, buscando falhas e detectando
sinais de atenção que possam vir a gerar rupturas de segurança. Essa
é uma forma de a empresa controlar as informações com economia e
também proteger os dados da organização de forma eficiente, evitan-
do que possíveis erros ocorram e afetem de forma mais drástica seus
sistemas de informação.
• Criptografia para senhas: com o acesso à internet e aos meios digi-
tais, surgiram inúmeras preocupações por parte das empresas, no que
diz respeito à perda ou a vazamentos de dados e informações e também
de acessos não autorizados. A criptografia é a conversão de texto
simples legível em texto ilegível, incompreensível, comumente chama-
do de texto cifrado. Dessa forma, mesmo que os dados ou arquivos de
documentos sejam interceptados no decurso do envio ou recebimento,
dificilmente conseguirão ter acesso às informações. Esse recurso impe-
de que senhas sejam acessadas por softwares maliciosos ou hackers.
• Implementação de firewalls: o firewall é um dispositivo tanto basea-
do em hardware quanto em software, que, por meio de regras e instru-
ções, verifica o fluxo de informações na rede com a finalidade de deter-
minar quais transações de transmissão ou recepção de dados podem
ocorrer. É como se fosse o segurança da festa, dizendo quem pode ou
não entrar; isto é, ele bloqueia o fluxo de dados indesejados e permite a
entrada de acessos esperados.
139
FIGURA 5 – FIREWALL
FONTE: <https://www.freepik.es/vector-gratis/seguridad-datos-global-seguridad-
-datos-personales-ilustracion-concepto-linea-seguridad-datos-ciberneticos-segu-
ridad-internet-o-privacidad-proteccion-informacion_12953631.htm#query=securi-
ty&from_query=seguran%C3%A7a&po>. Acesso em: 9 jun. 2022.
140
RESUMO DO TÓPICO 1
141
AUTOATIVIDADE
a. ( ) Spamming.
b. ( ) Sniffing.
c. ( ) Spoofing.
d. ( ) Phishing.
142
3. Ameaças podem surgir de fatores técnicos, organizacionais e ambientais,
ampliados por decisões administrativas incorretas. Nos ambientes com-
putacionais, ocorrem vulnerabilidades em cada camada e nas comunica-
ções entre essas camadas. Com base nas vulnerabilidades, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V - F - F.
b. ( ) V - V - V.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) F - F - V.
143
TÓPICO 2
EDITORES
DE TEXTO
1 INTRODUÇÃO
O processo de informatização das organizações tem crescido substancial-
mente, em especial diante do avanço em novas tecnologias, e os computadores são
uma ferramenta essencial e útil aos profissionais. Por esse motivo, as empresas va-
lorizam os profissionais que saibam utilizá-los com propriedade, segurança e sem
que necessitem passar por treinamentos para aprender princípios e técnicas básicas.
Um dos principais softwares empregados nas organizações e pelos profis-
sionais no uso dos computadores é o editor de texto Word, criado pela empresa
Microsoft. É um instrumento fundamental para edição e armazenamento de docu-
mentações diversas no campo digital, por isso deve estar inserido no dia a dia das
empresas e de seus colaboradores, devendo ser desenvolvidos conhecimentos em
informática para sua utilização.
Dominar as principais funções do editor de texto é condição primordial para
qualquer setor operacional das empresas no desenvolvimento dos documentos ofi-
ciais, relatórios, ordens de compras, entre outros.
Diante disso, neste tópico, abordaremos os principais comandos e funcio-
nalidades para criação e edição de textos.
145
Um dos pontos fortes do Word é a sua capacidade de compatibilidade en-
tre as versões office existentes, tendo, portanto, suas funcionalidades compatíveis.
Outro ponto é a possibilidade que ele apresenta de exportação de textos e impor-
tação de elementos para o Excel, PowerPoint ou outro dispositivo do office.
FONTE: <https://www.freepik.es/vector-gratis/plataforma-o-servicio-linea-escri-
tor-profesional-escritura-autor-novela-publicacion-bestseller-procesador-textos-li-
nea-ilustracion-vector-plano_26477616.htm#query=editor%20texto&position=1&-
from_view=search>. Acesso em: 9 jun. 2022.
ATENÇÃO
Template é um exemplo pronto e geral que pode ser utilizado como base para
o desenvolvimento de conteúdo de texto. Por exemplo: em um template para
criação de currículo, o documento já vem pronto, pré-montado com compo-
nentes essenciais e texto genérico, em que o usuário irá substituir as infor-
mações preexistentes pelas suas informações pessoais.
146
Se você está se perguntando se o editor de texto Word lhe será útil, a res-
posta é sim! Visto que, na atualidade, essa ferramenta é primordial para qualquer
profissional, e requisito mínimo exigido para o sucesso em qualquer carreira. É um
diferencial para aqueles que de fato o dominam. Praticamente todas a empresas o
utilizam para a geração de documentos. E sua utilidade não será apenas no campo
profissional, mas pessoal também, ao desenvolver trabalhos escolares e acadêmi-
cos, tornando a realização de suas atividades mais rápida, prática e de qualidade.
Então vamos começar a conhecer o editor de texto Word?
147
Irá abrir a seguinte tela:
Teclas de atalho:
• Salvar: CTRL B
• Desfazer enganos: CTRL Z.
• Refazer enganos: CTRL R.
148
• Barra de título: essa barra apresenta o nome do arquivo acompanha-
do do nome do programa (Word), os botões minimizar, maximizar ou
restaurar tamanho e fechar. Os controles executam as seguintes fun-
ções: minimizar – deixará visível apenas uma tarja com o nome da janela
no canto inferior da janela; maximizar – retoma o tamanho inicial da tela;
restaurar – mensura a tela conforme necessidade do usuário; e fechar
– fecha a janela do documento.
Atalhos:
• Restaurar: ALT F5.
• Maximizar: CTRL F10 ou tecla do logotipo do Windows simulta-
neamente com a seta para cima.
• Minimizar a janela da tela: tecla do logotipo do Windows e seta
para baixo, apertando duas vezes.
• Fechar: CTRL F4.
Ao fechar um documento que porventura ainda não tenha sido salvo, será
mostrado na tela a mensagem a seguir: “Deseja salvar suas alterações neste arqui-
vo?”. O usuário deverá optar por salvar, não salvar ou cancelar o comando.
149
• Botão arquivo: ao acionar o botão “arquivo”, serão apresentadas
opções diversas, como: novo, abrir, salvar, salvar como, informações,
imprimir e outros.
150
• Guia inserir: apresenta funções de inserção de: imagens, símbolos,
cabeçalho, número de página, gráficos, tabelas, caixa de texto, link,
entre outros.
151
• Guia referências: exibe as funções de: inserir sumário, notas de roda-
pé, pesquisar, legendas, índices, citações e bibliografia.
152
FIGURA 20 – GUIA EXIBIR
153
2.2 ADICIONANDO TEXTO AO DOCUMENTO
Clique sobre o documento em branco para que o cursor de edição fique vi-
sível, e comece a digitar seu texto. Com o texto digitado, terá condições de utilizar
os demais comandos do Word.
Exemplo:
154
FIGURA 24 – SALVANDO O DOCUMENTO
Em seguida, após clicar em “salvar como”, deverá optar pelo local onde será
armazenado o arquivo. Assim, deverá clicar em procurar, que irá abrir uma janela
por meio da qual será possível procurar a pasta ou o diretório onde será salvo o
arquivo; no exemplo citado na imagem, será a pasta denominada Modelo. Deverá
ainda nomear o arquivo; no exemplo, foi chamado de “MODELO TEXTO WORD”. Para
finalizar, clique no botão salvar.
155
Logo após, o documento é salvo e o nome recebido por ele será mostrado
na barra de título do Word.
156
FIGURA 28 – ABIR DOCUMENTO
FIGURA 29 – ALINHAMENTO
157
Contudo, desejamos que o texto esteja alinhado tanto à esquerda quanto
à direita. Para tanto, basta clicar na guia página inicial, no menu de opções va-
mos em parágrafo e clicamos no alinhamento justificado. Veja como o texto do
documento ficará:
FIGURA 31 – ALINHAMENTOS
158
FIGURA 32 – ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS
159
Basta o usuário indicar no medidor qual é o espaço entre linhas que deseja
e clicar em OK.
Para fazer uso dessa função, deve selecionar o texto desejado e clicar em
espaçamento de linha e parágrafo, optar pelo espaçamento desejado e pronto,
o texto irá modificar de acordo com a escolha do utilizador. Veja no exemplo como
modificar o espaçamento do texto de simples para 1,5 cm:
DICA
Para aprender a selecionar texto no Word, acesse o link.
SELECIONAR texto. Suporte Microsoft. Disponível em: https://bit.ly/3xEWP7Y
160
Esses comandos encontram-se na guia página inicial > menu fonte.
FIGURA 35 – FONTE
161
Basta clicar no botão drop-down, seta ao lado da letra A, que aparece-
rão as cores que podemos usar para a fonte do texto. Selecione o texto deseja-
do, clique na seta, escolha a cor do texto na paleta de cores apresentada, clique
na cor e pronto.
162
Observe que no exemplo modificamos a última linha do texto de fonte Arial
e tamanho 10 para fonte Algerian tamanho 16.
163
FIGURA 41 – COMANDOS COPIAR, COLAR E RECORTAR
Teclas de atalho:
• Copiar: CTRL C
• Colar: CTRL V
• Recortar: CTRL X
164
2.3 GUIA INSERIR
O documento criado pode apresentar mais de uma página. Para que isso
aconteça, podemos utilizar formas diferenciadas. Por exemplo, às vezes queremos
que determinado conteúdo do texto fique mais abaixo ou acima de um determinado
ponto, e para efetuar essa atividade utilizamos a teclar enter para descer, até criar
outra página, ou a tecla backspace para subir. Todavia, quando utilizamos esse
recurso, estamos inserindo várias linhas em branco no documento, e com isso, o
local que foi selecionado para criar uma nova página poderá ser modificado. Para
que esse problema não aconteça, deve-se utilizar o comando quebra de página,
que determinará o local onde será o final de uma página.
Para utilizar esse comando, clique na guia inserir e depois selecione o co-
mando quebra de página, e assim estará definido o local onde a página deve ter-
minar. As teclas de atalho são CTRL + Enter.
165
Para inserir uma tabela, clique na guia inserir, opção tabela.
FIGURA 44 – TABELA
Vestuário 1.000
Restaurante 500
Supermercado 800
Combustível 250
Carro 355
Aluguel 1.200
166
QUADRO 1 – DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
167
Veja como ficou o quadro após mesclar a célula.
168
A tabela pode possuir bordas, ou seja, linhas que a formam. Estas podem
ser finas ou grossas, ter cor diferenciada ou até mesmo serem retiradas. O coman-
do bordas encontra-se na guia design da tabela. Para encontrá-la, clique em
qualquer parte da tabela para que a guia apareça, depois clique em bordas e basta
escolher as bordas automáticas apresentadas ou clicar em bordas e sombrea-
mentos para personalizar a borda de acordo com a vontade do usuário.
169
Após a criação da tabela, pode ser necessário incluir mais linhas ou colunas;
nesse caso, pode-se realizar essa tarefa de duas maneiras:
170
A guia inserir apresenta também a inserção de cabeçalho, rodapé e núme-
ro de página ao documento. O cabeçalho e o rodapé são textos que podem ser in-
seridos na parte superior e inferior do documento. Já o número de página pode ser
inserido ao final de cada página do documento ou na parte superior, dependerá da
sua escolha pessoal ou das regras de formatação a serem seguidas pelo utilizador.
171
Temos ainda a inserção de marcadores e numeração. Os marcadores re-
presentam objetos e imagens que podem ser inseridos à esquerda dos parágrafos
para dar destaque ao texto. Para esse objetivo, deve-se selecionar a parte do texto
desejada e depois clicar na guia página inicial, na aba parágrafo, e clicar em
marcadores ou em numeração.
172
Veja os exemplos:
3 IMPRIMINDO UM DOCUMENTO
Após o término do desenvolvimento do documento, costuma-se imprimi-lo.
Dessa forma, antes de imprimir o documento, é importante visualizar a impressão
dele como um todo, para que não ocorram erros no momento da impressão.
Para realizar essa tarefa, clique na guia arquivo e depois na opção imprimir.
Após isso, irá aparecer a imagem do documento à direita da tela, mostrando como
será a impressão.
173
FIGURA 55 – IMPRIMIR DOCUMENTO
174
RESUMO DO TÓPICO 2
175
AUTOATIVIDADE
176
3. O Word apresenta inúmeras funcionalidades que estão distribuídas em
suas guias na parte superior do documento, como: página inicial, inserir,
layout, entre outros. Entre as principais funções do Word, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V - F - F.
b. ( ) V - F - V.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) F - F - V.
177
TÓPICO 3
PLANILHAS
ELETRÔNICAS
1 INTRODUÇÃO
Com a informatização das organizações e por conseguinte com o surgimen-
to dos sistemas de informações gerenciais, as empresas passaram a ter um contro-
le maior de sua operação. Contudo, algumas empresas não utilizam somente o SI
como instrumento para a gestão. Diante disso, as planilhas eletrônicas tornaram-se
ferramentas importantes no processo de gerenciamento e tomada de decisões.
As planilhas eletrônicas são primordiais no controle de dados, facilitando e
descomplicando o processamento e a transformação dos dados em informações,
auxiliando no controle do fluxo de informações no âmbito empresarial e, como con-
sequência, ampliando a capacidade do administrador de tomar decisões.
Um dos mais importantes softwares utilizados nas empresas e por pro-
fissionais especializados no mercado é o editor de planilhas Excel, produzido pela
Microsoft. Existem outros programas de planilhas eletrônicas, como o LibreOffice -
Calc; Google Docs - Planilhas; Gnumeric e iWork - Números da Apple. Porém, o Excel
ainda permanece como favorito. O Google Docs - Planilhas tem conseguido seu es-
paço pelo fato de poder ser utilizado de forma totalmente on-line e diretamente no
navegador, sendo compatível com OpenOffice.org/BrOffice.org e Microsoft Office.
Diante disso, torna-se imprescindível dominar as principais funções do edi-
tor de planilhas, sendo condição essencial para a operacionalização das empresas.
Neste tópico, abordaremos o Excel, seus principais comandos, fórmulas e
funcionalidades na criação de planilhas.
2 CONHECENDO O EXCEL
O programa Microsoft Excel é um software também conhecido por planilha
eletrônica. As planilhas são utilizadas para ordenar e estruturar dados, que após
transformação e análise geram informações úteis para as organizações no proces-
so de tomada de decisão.
179
De modo geral, o Excel é empregado nas atividades do setor financeiro e con-
tábil das organizações, pois apresenta funcionalidades no uso de fórmulas diferen-
ciadas para cálculos e relatórios na área de finanças. Mas esse software vai além,
auxilia de forma efetiva o setor de vendas no controle de leads (cliente), em relatórios
de status de projetos e faturas. Também é muito empregado na área de estatística.
Uma das grandes vantagens do Excel com editor de planilhas é justamente
a facilidade de se realizar alterações, correções de valores, cálculos, formatação de
relatórios, execução de funções automáticas, entre outras.
O Excel tem uma grande capacidade de armazenamento de dados, as li-
nhas vão de um a mais de um milhão (11.048.576) e as colunas vão de A a Z, e
posteriormente de AA a ZZ, chegando a um total de mais de dezesseis mil (16.384)
(ESPECIFICAÇÕES…, s.d.).
O software possui inúmeras funções, operações e fórmulas. Depois de criada
uma planilha, esta poderá ser impressa, salva e modificada quantas vezes for necessário.
• Iniciando o Excel:
180
No lado direito da tela inicial existem as seguintes opções: novo, abrir e mo-
delos prontos (templates), que auxiliam na elaboração de planilhas. Clique na opção
Pasta de trabalho em branco.
Irá abrir a seguinte tela:
181
FIGURA 58 – LAYOUT BÁSICO
Componentes do layout:
182
FIGURA 59 – GUIA ARQUIVO
183
7. Drop-down: seta ao lado dos comandos indicando que existem mais
opções naquele grupo.
8. Caixa nome: é a caixa que mostra o nome ou endereço da célula, com-
posta por letra, referente à coluna, e por número, referente à linha.
184
11. Ferramenta zoom: localiza-se no canto inferior direito da janela do
Excel, tem a funcionalidade de aproximar ou distanciar a visualização da
planilha. Para usar esse recurso, basta arrastar o cursor para a direita ou
para a esquerda, de acordo com o desejo do usuário.
2.1.1 GUIAS
O Excel é composto por sete menus ou guias principais que possuem a fina-
lidade de organizar os comandos e funções do software. Vejamos os menus:
185
Previamente deve-se escolher uma célula antes de inserir algum dado ou
conteúdo na mesma. Quando selecionamos uma célula, diz-se que esta é uma cé-
lula ativa, ela se apresenta diferente das outras, diferenciada por uma moldura, mas
espessa e de cor distinta, sendo esta a receber algum comando ou conteúdo. Após
a digitação dos dados na célula, finaliza-se pressionando a tecla Enter ou pode-se
clicar em outra célula via botão esquerdo do mouse.
2.1.3 O CURSOR
O cursor no Excel pode apresentar formas e funcionalidades diferentes, in-
dicando um modo de operação distinta. Vejamos quais são as aparências e funcio-
nalidades que o cursor pode vir a apresentar.
Formato do cursor
Contexto Ação
ou ponteiro
Forma padrão e apresenta-se na maior parte do tempo
Selecionar as células.
no uso do Excel.
Essa forma aparece quando o cursor está entre as Ajustar a largura das colunas ou altura
divisões das linhas ou colunas. das linhas.
Aparece no canto inferior esquerdo da célula ativa ou Autocompletar as células com conteúdo
grupo de células selecionadas. semelhante.
186
2.2 INSERINDO DADOS EM UMA PLANILHA
Para inserir dados em uma planilha, selecione a célula na qual deseja
realizar a inserção.
Pressione a tecla Enter ou Tab para mover para a próxima célula. Enter
moverá para a próxima célula abaixo da anterior, e Tab para a próxima célula à
direta da anterior.
3 INSERINDO FÓRMULAS
As fórmulas se apresentação em forma de cálculos sobre valores no Excel.
Uma fórmula, sem exceção, inicia-se com o sinal de igual (=). Para desenvolver as
fórmulas no Excel, deve-se seguir a regra matemática básica da ordem de opera-
ções, parênteses, potências, multiplicações e divisões e adição e subtração.
Exemplo: = 4 + 2 * 2. Nesse caso, primeiro é realizada a multiplicação 2 * 2,
para posterior somatório do valor 4.
188
As fórmulas também podem ser inseridas por meio de uma função, ou
seja, é a fórmula pré-desenvolvida e armazenada no Excel (ver biblioteca de fun-
ções na guia fórmulas no Excel) que assumirá um valor, efetuará uma operação e
retornará outro valor.
Exemplo: na fórmula = SOMA (A1:A3), utiliza-se a função soma para acres-
centar os valores A1, A2 e A3. Essa função, nesse caso, apresenta somatório do
conteúdo existente nas células A1, A2 e A3.
Uma fórmula pode incluir todos ou alguns dos componentes a seguir:
1 2 3
= SOMA () * A3 ^ 2
189
Exemplos:
= 4 + 2 Acrescenta 4 e 2
= 4 - 2 Subtrai 2 de 4
= 4 / 2 Divide 4 por 2
= 4 * 2 Multiplica 4 por 2
= 4 ^ 2 Eleva 4 à segunda potência
Exemplo:
190
• Desenvolvendo fórmulas com a função:
FIGURA 68 – FUNÇÃO
191
FIGURA 70 – INSERINDO ARGUMENTOS
FIGURA 71 – AUTOSOMA
192
Basta selecionar a célula em que será inserida a função e clicar no comando
AutoSoma e inserir as referências de células desejadas para completar a fórmula.
• Operadores de cálculo:
• + : adição.
• - : subtração.
• / : divisão.
• * : multiplicação.
• ^ : exponenciação.
• % : porcentagem.
• Operadores de comparação: esses operadores comparam dois ou
mais valores. Ao comparar dois ou mais valores utilizando os operadores
a seguir, teremos como resultado um valor lógico, verdadeiro ou falso.
• = (sinal de igual): Igual a (A1=B1)
• > (sinal de maior que): Maior que (A1>B1)
• < (sinal de menor que): Menor que (A1<B1)
• >= (sinal de maior e sinal de igual): Maior ou igual a (A1>=B1)
• <= (sinal de menor e sinal de igual): Menor ou igual a (A1<=B1)
• <> (sinal de menor e sinal de maior): Diferente de (A1<>B1)
• Operadores de referência: esses operadores são utilizados para
combinar intervalos de células.
• : (dois-pontos): operador usado para indicar intervalo entre célu-
las. Exemplo: (B5:B15).
• , (vírgula): indica união, combinando diferentes referências em
uma referência. Exemplo: (SOMA(B5:B15,D5:D15)).
• Espaço (inserido com a tecla backspace): indica interseção, que
produz sobre referência as células comuns a duas referências
(B7:D7 C6:C8).
193
3.1 PRATICANDO FÓRMULAS BÁSICAS NO EXCEL
• Função SOMA ou AutoSoma: no exemplo a seguir, queremos saber o
total das despesas do mês de maio/2022. Para isso, podemos utilizar a
função SOMA ou o comando Autosoma.
194
• Subtração: no exemplo a seguir, queremos descobrir o valor líqui-
do do salário do empregado João. Para tanto, basta utilizar a fórmula
de subtração.
FIGURA 73 – SUBTRAÇÃO
FIGURA 74 – MULTIPLICAÇÃO
195
• Divisão: nesse caso, queremos saber o valor respectivo de cada
acionista. Para tal, usamos a fórmula da divisão.
FIGURA 75 – DIVISÃO
196
FIGURA 76 – PORCENTAGEM
197
• Função máximo: essa função encontra o maior valor entre vários
valores. Observe:
• Função mínimo: essa função encontra o menor valor entre vários valores.
198
Entre os valores de B1 a B8 a função trará como resultado o menor valor.
199
LEITURA COMPLEMENTAR
FÓRMULAS básicas do Excel que você tem que aprender antes do PROCV. Hashtag
Treinamentos. 2019. Disponível em: https://bit.ly/3Qfp7Nt. Acesso em: 26 maio 2022.
200
RESUMO DO TÓPICO 3
201
AUTOATIVIDADE
202
3. O Excel apresenta inúmeras funcionalidades que estão distribuídas em
suas guias na parte superior da janela, como: página inicial, inserir e ou-
tros. Entre as principais funções do Excel, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
a. ( ) V - F - V.
b. ( ) V - F - F.
c. ( ) F - V - F.
d. ( ) F - F - V.
203
REFERÊNCIAS
EXCEL. Versão 2019. Microsoft Corporation. 2019. Acesso em: 25 maio 2022.
FÓRMULAS básicas do Excel que você tem que aprender antes do PROCV.
Hashtag, 2019. Disponível em: https://www.hashtagtreinamentos.com/formu-
las-basicas-excel/?gclid=CjwKCAjw4ayUBhA4EiwATWyBrrLh5eO1KA-ch_UTT-
w_96CzbA5ZluUBilsBPiwYuMPxDoEV2uOcQRxoC2eMQAvD_BwE.
Acesso em: 26 maio 2022.
WORD. Versão 2019. Microsoft Corporation, 2019. Acesso em: 25 maio 2022.
204