Você está na página 1de 57

Tecnologia da Informação

Aplicada à Logística
Carlos Miranda

Curso Técnico em
Logística
Tecnologia da Informação
Aplicada à Logística
Carlos Miranda

Curso Técnico em
Logística

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

2.ed. | fevereiro 2022


Professor Autor Catalogação e Normalização
Carlos Miranda Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Carlos Miranda Jailson Miranda

Coordenação de Curso Coordenação Executiva


Eliane Barbosa George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Coordenação Design Educacional Manoel Vanderley dos Santos Neto
Deisiane Gomes Bazante
Coordenação Geral
Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti Secretaria Executiva de
Jailson Miranda Educação Integral e Profissional
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Escola Técnica Estadual
Descrição de imagens Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução .................................................................................................................................... 5

1.Competência 01 | Conhecer a Importância e os Recursos da Tecnologia da Informação para uma


Organização .................................................................................................................................. 7

1.1 As organizações como sistemas ................................................................................................................ 7


1.2 Automação do fluxo de materiais. .......................................................................................................... 12
1.3 O fluxo das informações das empresas ................................................................................................... 14
1.4 A gestão nas empresas versus sistemas de informação .......................................................................... 17
1.5 A necessidade de organização para a implantação do sistema de informação ...................................... 18
2.Competência 02 | Conhecer os Sistemas de Informações Gerenciais Corporativos ................... 21

2.1 Negócios eletrônicos ............................................................................................................................... 24


2.1.1 ERP–Enterprise Resources Planning (Sistema de Gestão Integrado).................................................... 27
2.1.2 CRM – Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o Cliente) .................. 29
2.1.3 SCM – Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de Suprimentos) .............................................. 32
2.2 Sistemas de processamento de transações ............................................................................................ 34
2.3 Sistemas de colaboração empresarial ..................................................................................................... 36
3.Competência 03 | Conhecer Sistemas de Informação Específicos da Atividade Logística ........... 37

3.1 Sistemas de previsão de vendas .............................................................................................................. 38


3.2 MPS – Master Production Schedule – MPS (Plano Mestre de Produção)................................................ 41
3.3 MRP – Material Requirements Planning – MRP (Planejamento da Necessidade de Materiais) ............. 43
3.4 TI aplicada à logística............................................................................................................................... 46
3.4.1 EDI – Electronic Data Interchange ........................................................................................................ 46
3.4.2 WMS – Warehouse Management System (Sistema de Gerenciamento de Armazéns) ....................... 48
3.4.3 TMS – Transportation Management System (Sistema de Gerenciamento de Transportes) ................ 49
3.4.4 RFID – Radio Frequency Identification (Identificação por Rádio Frequência) ...................................... 51
3.4.5 Códigos de Barras ................................................................................................................................. 51
3.4.6 IMS – Inventory Management System (Sistema de Gerenciamento de Inventário) ............................ 52
3.4.7 GPS – Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global) ............................................... 53
Conclusão .................................................................................................................................... 55

Referências ................................................................................................................................. 56

Minicurrículo do Professor .......................................................................................................... 57


Introdução
Caro (a) estudante,

Você terá a oportunidade de compreender a importância do uso da tecnologia de


informação nas operações logísticas e com ela, aprofundar ainda mais, a percepção de sua relevância
estabelecida entre as diversas funções gerenciais e o ambiente extraorganizacional.

E o que isto significa? Imagine toda a complexidade existente nas relações comerciais no
mundo atual, sem que houvesse máquinas e sistemas computacionais para organizar todo o fluxo de
materiais e informações que circulam nesses espaços. Seria quase impossível, não é?

Pois bem! Os sistemas informatizados são responsáveis pela circulação e


compartilhamento de dados e informações que contribuem para organização das rotinas nos
diferentes níveis estruturais das empresas, que vão desde a alta administração até os níveis mais
operacionais onde é possível a realização da execução das estratégias empresariais.

Neste sentido, o e-book reserva, a partir da primeira competência, a consolidação de


informações que se destinam ao conhecimento dos recursos da tecnologia da informação para uma
organização e a importância de cada um deles. Nela, você terá condições de compreender também,
que a organização é um conjunto de sistemas e subsistemas interdependentes que realizam suas
funções de forma coordenada, cujo intuito é alcançar os objetivos institucionais.

Logo em seguida, na competência dois, serão exploradas as diferenças entre os


componentes físicos dos sistemas de informação, denominados hardwares e os componentes lógicos,
os quais são conhecidos por softwares. Da mesma forma, compreender o papel do elemento principal
de interface entre os componentes físico e lógico: as pessoas. São as pessoas que operam os sistemas
computacionais e podem ser denominados como peoplewares.

Por fim, a terceira competência destina-se ao conhecimento dos principais módulos de


sistemas gerenciais utilizados na Logística. Com isso, torna-se possível perceber ainda mais, como as
aplicações em tecnologia podem aprimorar, em diferentes graus de dificuldades, às operações
logísticas. O intercâmbio de dados, o gerenciamento de armazéns e as atividades de transportes são
exemplos claros de operações otimizadas em seu grau de eficiência e confiabilidade, a partir do uso
de tecnologias apropriadas à melhoria dos níveis de serviços logísticos.

5
Não se esqueça de acompanhar também, além do e-book, o nosso conteúdo através dos
podcasts e das videoaulas de cada competência.

Bons estudos e caso tenha dificuldades, acesse o fórum de dúvidas no Ambiente Virtual
do Aluno – AVA, para que juntos possamos aprofundar ainda mais o conhecimento proporcionados
pela disciplina.

Vamos nessa?

6
1.Competência 01 | Conhecer a Importância e os Recursos da Tecnologia
da Informação para uma Organização
Caro estudante, é possível que esteja, neste momento, relacionando a importância do
uso de recursos tecnológicos com as operações logísticas presentes em uma organização. Pois bem!
Este é um questionamento superimportante, tendo em vista o papel fundamental da tecnologia e
suas aplicações, sobretudo, no aprimoramento dos níveis de serviços logísticos.

Acompanhe os detalhes deste conteúdo no podcast da competência um e, em


seguida, retome a leitura do e-book.

Mas, que recursos são esses? Que aplicações podem ser evidenciadas e como elas
agregam valor à logística?

1.1 As organizações como sistemas

Num passado não muito distante, eram utilizados o papel e a caneta como recursos
tecnológicos em variadas operações empresariais, adicionados a um método como forma de cumprir
propósitos, objetivos e isso já era o suficiente para criar complexos sistemas de informações
manualizados.
No entanto, os recursos tecnológicos, sejam eles tangíveis ou intangíveis, ajudam as
organizações a desenvolver operações quotidianas, desde a produção até à comercialização,
passando pelas comunicações internas e externas, interrelacionando em diversas partes
especializadas os objetivos institucionais. Como todos os sistemas, as diversas organizações
interagem também com o meio ambiente externo, no qual estão inseridas e fazem parte. Com isso,
o processo decisório nas organizações tem como base um conjunto de informações.
Neste sentido, a tangibilidade dos recursos tecnológicos, pode ser evidenciada a partir da
implementação dos elementos físicos, tais como: computadores, impressoras, escâneres e outros
tantos equipamentos (hardwares). Em conjunto com os hardwares, os softwares e aplicativos

7
sistematizados, corroboram para a construção do caráter de intangibilidade dos recursos
tecnológicos, onde o fluxo de dados e informações resultam da capacidade de processamento destes
sistemas.

De acordo com Bertalanffy, o conceito de sistema se refere aos modos em que


acontecem as relações ou conexões entre os elementos e as relações entre as
relações, ou então a afirmação de que “o que vemos como sistema é
simplesmente o encaixe de seus membros uns com os outros.”

Contudo, quando se fala dos processos logísticos de qualquer organização, pode-se dizer
que, praticamente, inexistem estruturas que funcionem sem um fluxo definido de informações.
Algumas organizações até podem dispor de fluxos de informações que não são os mais otimizados,
no entanto, as informações estarão presentes para auxiliar no processo decisório.
No universo de dados e informações que “circulam” e são alterados, atualizados,
contextualizados e até modificados por subsistemas existentes são transformados em informações
úteis para os processos decisórios das organizações, como já destacado anteriormente.
Esses subsistemas estão relacionados às funções administrativas organizacionais,
tradicionalmente, encontradas nos seguintes formatos: Produção e/ou serviços, Vendas e ou
Marketing, Finanças, Logística, Recursos Humanos e Jurídico-legal, conforme pode-se perceber na
figura a seguir.

8
Figura 01 – Principais funções da organização e unidades de trabalho correspondentes.
Fonte: Adaptado de Amaru (2007).
Audiodescrição da figura: A imagem apresenta um mapa mental hipotético composto por um conjunto de funções
especializadas que interagem entre si e trocam informações a fim de realizar o trabalho da organização com o intuito de
atingir os objetivos institucionais.

Perceba, que as informações fluem entre as diversas funções organizacionais a fim de que
aconteça a mais eficiente troca delas entre os vários setores. Pode-se citar os subsistemas
contemplados pelas referidas áreas, segundo Rezende e Abreu (2013, p. 24-25).

Na área de Produção, os subsistemas normalmente comtemplados são:


• Planejamento, programação e controle da produção e serviços;
• Engenharia de produto e serviços;
• Sistema de Qualidade e Produtividade;
• Custos de Produção ou Serviços;
• Manutenção de equipamentos, produtos ou serviços.
Na área de Vendas ou Marketing, são normalmente contemplados os subsistemas:
• Entrada de pedidos;
• Faturamento;
• Cadastro de clientes;
• Administração de Vendas;

9
• Controle de exportações.
Na função de Finanças, são contempladas as atividades de:
• Contas a pagar;
• Contas a receber;
• Movimentação bancária;
• Fluxo de caixa;
• Orçamentos e administração do capital.
Na função de logística, são contempladas as atividades de:
• Cadastro e controle dos fornecedores;
• Compras e Suprimentos;
• Estoque;
• Recepção e expedição;
• Importação.
Na função de Recursos Humanos, são contempladas as atividades de:
• Recrutamento e seleção;
• Folha de pagamento;
• Descrição de cargos e salários;
• Benefícios de assistência social;
• Segurança e medicina do trabalho.

Nas mais diversas organizações, também são encontradas as funções da área Jurídico-
legal onde são contempladas as atividades de:
• Contabilidade;
• Impostos e recolhimentos;
• Controle do ativo fixo ou patrimônio;
• Controle dos livros fiscais de entrada e saída.

De acordo com a função organizacional, o qual estejam vinculados, os diversos


subsistemas podem ser classificados como primários, secundários ou de apoio (REZENDE, ABREU,
2013, p. 29-30).

10
Para começar, os subsistemas primários são todos ligados diretamente à execução das
principais atividades da organização. Na sequência, os subsistemas secundários são aqueles
classificados como os que dão suporte às atividades principais, abastecendo-lhes dos recursos
necessários para o seu pleno funcionamento. Por último, os subsistemas de apoio são aqueles que
transpassam toda a organização e auxiliam os subsistemas primários tanto quanto os secundários.
Deve-se sempre ter em mente que esses conceitos são genéricos, que podem muito bem
ser adaptados às mais diversas realidades de cada organização. Isto significa que o que pode ser um
subsistema primário para uma empresa, pode não o ser para a outra.
Tente imaginar uma empresa do setor industrial de tintas. Ela recebe matéria-prima do
ambiente externo, transforma essa matéria-prima em seu produto final, a tinta, e precisa de uma
série de processos, métodos e funções específicas. Entre essas funções e subsistemas pode-se
encontrar:

Subsistemas Subsistemas Subsistemas


primários secundários de apoio
São basicamente os Todos os subsistemas Pode-se citar os
subsistemas de ligados à área finanças subsistemas de
produção e de vendas. ou de recursos tecnologia da
humanos, por exemplo. informação.

Esta composição de divisões, que pode ser extremamente compatível para essa empresa,
certamente pode não ser aplicável a uma outra. Vamos lá: Imagine uma empresa de serviços. Pois
bem, será que a empresa que você idealizou necessitaria de um subsistema de produção?
Sendo assim, fica claro que, dependendo das necessidades das empresas, pode-se montar
funções, subsistemas primários, secundários e de apoio adaptando-os às necessidades de cada uma
das empresas, o que demonstra que os subsistemas apresentam um comportamento extremamente
dinâmico, compatíveis com a realidade vivida por cada uma das organizações.

Para entender melhor tudo o que você aprendeu até agora, dê uma olhada
nesse vídeo, em que trata da organização como um sistema aberto.
https://www.youtube.com/watch?v=p131m220j7s

11
1.2 Automação do fluxo de materiais.

A logística, no contexto da Cadeia de Abastecimento, engloba todo o fluxo de materiais


desde os fornecedores de matérias-primas básicas, passando pelos diversos processos de manufatura
e serviços, até a entrega do produto acabado e serviço ao consumidor final. Neste percurso, o
material é processado, movimentado estocado, manuseado, embalado e transportado, sofrendo os
mais diversos tipos de atividades que asseguram que ele esteja, conforme as necessidades e
expectativas do consumidor final.
Dentre as atividades relacionadas com esta logística de fluxo “físico”, existem inúmeras
soluções automatizadas para realização delas. Portanto, para apresentar algumas destas soluções,
destacam-se pela seguinte classificação:

Processamento.
● Sistemas flexíveis de manufatura (FMS): centros de manufatura totalmente
automatizado, onde a peça bruta entra no sistema, sofre diversos manuseios,
operações, transferências de equipamentos, até sair como produtos acabados;
● Centros de usinagem: a peça diversas operações de usinagem, com trocas
automáticas de ferramentas seguindo uma programação previamente definida;
● Sistemas de pintura automatizados: através de uma combinação de robôs e
transportadores contínuos, os produtos são pintados de acordo com programações
específicas para cada tipo de acabamento sem que se tenha a necessidade de
participação do homem.
Movimentação.
A movimentação de materiais entre equipamentos, postos de trabalho ou entre áreas
relativamente próximas (ex.: fábricas, dentro de uma mesma planta industrial) conta com uma vasta
gama de sistemas automatizados:

● AGV (Veículos Automaticamente Guiados): veículos de movimentação horizontal que


deslocam o material de um ponto ao outro, controlados por computador;

12
● Empilhadeiras automaticamente guiadas: veículos de movimentação horizontal e
vertical que deslocam o material de um ponto ao outro, inclusive estocando os
mesmos, controlados por computador;
● Monovias eletrificadas: aéreas ou ao nível do chão, as monovias eletrificadas
movimentam materiais através de carros comandados por computador;
● Sistemas de sortimento e redistribuição automáticos: asseguram velocidade e
qualidade no processo de separação de uma grande quantidade de pedidos
fracionados;
● Sistemas de carregamento de veículos automáticos: a carga separada é colocada no
interior do veículo de transporte em questão de minutos.
Estocagem.
A atividade de estocagem de materiais conta também com alguns sistemas automatizados,
tais como:
● Transelevadores: cargas paletizadas podem ser automaticamente elevadas e
estocadas a alturas superiores a 35 metros;
● Miniloads: contentores são estocados e separados rapidamente através deste sistema
automatizado para estocagem;
● Carrosséis horizontais e verticais: asseguram que o material venha ao separador
automaticamente conforme sua necessidade.
Manuseio e embalagem.
Sistemas automatizados de manuseio de materiais e embalagem substituem atividades
repetitivas, inseguras, não ergonômicas, fornecendo mais velocidade e qualidade à atividade.
● Robôs: realizam a manipulação de itens através de braços articulados que promovem
uma grande flexibilidade de movimentos.
● Sistemas de paletização automáticos: o manuseio de volumes pode ser feito através
de sistemas automáticos de paletização e despaletização, inclusive em alguns casos
estes sistemas paletizam cargas diretamente sobre o veículo de transporte;
● Sistemas automáticos para envolvimento de cargas: a carga paletizada pode ser
envolvida automaticamente através de filmes esticáveis ou termo-retratéis.
Transporte.

13
As movimentações de grandes distâncias, caracterizadas como transporte, possuem
alternativas de sistemas automatizados concentradas principalmente nos transportadores contínuos:
● Transportadores contínuos: asseguram o transporte de materiais em grandes
distâncias, vencendo inclusive o relevo da região;
● Transportador contínuo tipo teleférico: o transporte aéreo em grandes distâncias
pode substituir uma rodovia.

1.3 O fluxo das informações das empresas

Além do fluxo de materiais, a logística se preocupa também com o fluxo de informações


a fim de que se tenha qualidade e velocidade de informações, suficientes para atender as necessidade
e expectativas do consumidor final (prazo, quantidade etc.) com uma boa produtividade dos recursos
de toda a Cadeia de Abastecimento (tempo, espaço, pessoas, estoques etc.).
Cada processamento na cadeia de valor da informação tem seus conteúdos enriquecidos,
exigindo um diagnóstico claro da realidade, identificando padrões e modelando as regras. A partir
daí, desenvolve-se aplicações genéricas que precisam ser parametrizadas e até mesmo customizadas,
conforme as particularidades de cada processo e organização.
De acordo com Rezende e Abreu (2013, p. 38) “todo sistema, usando ou não recursos de
Tecnologia da Informação, que manipula e gera informação podem ser genericamente considerados
Sistema de Informação”.

Observe a figura a seguir.

14
Figura 03 – Fluxo das Informações e dos Materiais.
Fonte: Criação do professor-autor (2020).
Audiodescrição da figura: A imagem representa um diagrama do fluxo das informações e dos materiais de uma
organização, em oito quadros. O quadro do canto superior direito é simbolizado pelo cliente, e é o quadro de número 1,
afinal ele é o ponto de partida para dar início ao fluxo. O cliente realiza um pedido mensal se comunica com a área de
vendas, representado pelo segundo quadro. A área de vendas, por sua vez, se comunica com a área responsável pelos
pedidos de compra e produção (Planejamento, Programação e Controle da Produção) representados pelo terceiro
quadro. Os pedidos de compra para a produção comunicam-se com três diferentes quadros: aos fornecedores de
matérias-primas, que são representados no quarto quadro, por via de um pedido de compras. E ao controle da
produção representado no quadro seis, através da programação de produção. Os fornecedores de matérias-primas
(quarto quadro) se ligam ao recebimento e análise de matérias-primas, que é o quinto quadro, por via dos insumos. O
controle de produção liga-se a expedição, o oitavo e último quadro. Por fim, a expedição gera um produto acabado que
é direcionado para o cliente. O fluxo das informações sempre parte do cliente para a organização e o fluxo dos materiais
sempre parte da organização para o cliente e são representados através de grandes setas vermelhas acima e abaixo do
diagrama.

Note, que todo o fluxo inicia do lado direito do desenho, no Cliente. A primeira
informação emitida é o pedido mensal, que segue direto para a área de Vendas. Será considerado
neste exemplo, que o cliente envia o pedido diretamente para a área de Vendas da organização.
Na sequência, a área de Vendas recebe o pedido e o analisa transformando-o em pedidos
semanais. Estes pedidos semanais são enviados para o PPCP – Planejamento, Programação e Controle
de Produção da empresa, que é a área responsável por programar a produção dos itens solicitados.
Observe ainda que se está na análise de apenas três caixas do fluxo da figura (Clientes,
Vendas e PPCP) e a única informação recebida foi o pedido de compra mensal do cliente, que já sofreu

15
uma alteração (foi transformado de pedido mensal para pedidos semanais) e será transformado
novamente pelo PPCP.
O responsável pelo planejamento, programação e controle da produção recebe o pedido
semanal e o desmembra em pedidos de programação diária e na sequência em programações por
turnos ou jornadas de trabalho. Ele avalia se existe à disposição dos estoques através de consulta do
saldo contábil no sistema utilizado para gestão e matéria-prima suficiente no armazém (ou depósito).
Vale destacar que o uso de inspeção visual ou manual também pode representar a
existência de sistemas de informação em uma organização para consulta desses saldos. Nesse
sentido, caso seja necessário, o PPCP gera o pedido de compra a qual deve ser enviada aos
fornecedores.
Esse elo do fluxo, denominado fornecedor, também é responsável por receber tal pedido
e providenciar a separação dos materiais que estão armazenados nos seus depósitos para que sejam
expedidos e transportados até o cliente que necessita do insumo. Observe, que agora o fluxo de
informações fez com que fosse criado um sinal para que uma ação de fornecimento de suprimentos
e, consequentemente, uma movimentação de materiais fosse iniciada.
Esse processo de fluxo de informações com o fornecedor começou antes mesmo do
primeiro pedido de compra ser emitido. Antes de tudo foi necessário que houvesse uma negociação
prévia entre a área de Compras do cliente com a área de vendas do fornecedor, para saber se o
fornecedor poderia atender aos pedidos.
Ora, mas o que isso afeta nos Sistemas de Informações?
Os Sistemas de Informações são fundamentais para que os produtos e serviços fluam em
um certo grau de normalidade nas cadeias de suprimentos. Sem a informação inicial do preço, da
qualidade etc. do insumo do fornecedor, a área de compras do cliente não poderia saber se teria
condições de fechar o pedido com ele. Também não seria possível que a área de distribuição do
fornecedor emitisse a nota fiscal de faturamento sem saber quais foram as condições acordadas entre
o vendedor e o comprador.
A emissão da nota fiscal é exatamente o próximo passo do fluxo que está sendo analisado
neste exemplo imaginário. A nota fiscal é enviada ao cliente junto com o produto e ao recebê-la, o
cliente necessita “conferir” as informações. Essa conferência garante que a quantidade mencionada
na nota esteja de acordo com a quantidade entregue ao cliente. Logo depois, esse produto será

16
analisado pelo laboratório de análise de matérias-primas e, caso esteja em conformidade, será
liberado para ser usado pela área de produção.
Todavia, a área de produção ainda não utilizará o material necessariamente, ao menos
até que o laboratório ponha uma etiqueta com aviso, de “Material Conforme”. Isso, porque, caso a
área de produção utilizasse o material sem a mencionada etiqueta, correria o risco de utilizar um
material que ainda não foi analisado ou já o foi e foi considerado “Não Conforme”.
Observe a quantidade de informações que já passaram por um simples fluxo hipotético!
Logo depois, caso exista, na programação de produção, ordens de produção agendadas, a área de
controle de produção informa a produção quais itens e quando deverão ser produzidos.
Por fim, o setor de expedição ao receber o produto acabado, na área de recepção do
depósito, armazena o material e, em seguida, de acordo com a programação do que foi faturado para
o cliente realiza a separação para que seja despachado, ou seja, expedido o material.
Todo esse fluxo acontece com a participação de várias áreas da empresa, de várias
pessoas, que podem ter ou não autonomia para tomar decisões sobre os problemas que
eventualmente surgirem.

1.4 A gestão nas empresas versus sistemas de informação

A forma como cada empresa é gerida faz muita diferença na determinação dos sistemas
de informação a serem utilizados por ela.
Primeiramente, é importante ressaltar que as informações que são mais importantes para
cada uma das funções devem ser definidas e divulgadas de forma clara aos envolvidos que
necessitarão dela. Esse é um trabalho fundamental da gestão das áreas funcionais das organizações
para que, posteriormente, ações mais complexas, como por exemplo, a definição de indicadores de
desempenho dos departamentos, possam ser executadas sem maiores problemas.
Somente depois é possível que seja definida, a forma como os sistemas de informação da
organização recebe as respectivas programações de cálculo desses indicadores.
Em uma organização com um estilo de liderança autocrata ou autoritário, na qual as
informações são centralizadas, não é incomum encontrar áreas nas quais apenas o gestor tem acesso
aos sistemas automatizados. Esse estilo de gestão impossibilita que as pessoas acessem as
informações de que necessitam dificultando o próprio trabalho e consequentemente a execução das

17
operações organizacionais. Os sistemas de informação, nesse caso, são fechados (REZENDE, ABREU,
2013, p. 32).
Por sua vez, no estilo de gestão democrata ou democrática, os integrantes da equipe
costumam participar das tomadas de decisão. Isso não significa, contudo, que as pessoas tenham
acesso ao sistema automatizado. Comumente, a consulta é uma forma de obter informações e
direcionamentos que auxiliem na tomada de decisão, no entanto, o acesso continua restrito ao gestor
da área (REZENDE, ABREU, 2013, p. 32).
Na gestão participativa, os sistemas de informação são abertos. Os membros das diversas
equipes não só participam do processo de tomadas de decisão, como também têm autonomia para
decidir dentro das organizações.
Em outro modelo de gestão, o situacional, a atuação da alta administração ou da própria
gestão tática ocorre, normalmente, desvinculada das políticas e regras definidas. Significa que, não
há regra para definir se as pessoas terão acesso ou não aos sistemas de informações. Esse acesso
dependerá da situação momentânea pela qual a organização passe e então decida.

1.5 A necessidade de organização para a implantação do sistema de informação

Agora você aprenderá a respeito das necessidades prioritárias de se organizar,


previamente, para que a empresa esteja pronta para a implantação de um sistema de informação. A
implantação de qualquer sistema de informação e até mesmo de uma ferramenta de tecnologia da
informação exige a organização e otimização prévia dos dados e de todos os processos envolvidos.
No intuito de se estabelecer um método de implantação de um sistema de informação,
torna-se válido distinguir as principais diferenças entre dados e informação. Vamos lá!
A informação é, normalmente, o dado ou um conjunto de dados trabalhados,
contextualizados e com utilidade para o usuário. Já o dado é o elemento básico, fundamental da
informação, no qual, se for apresentado sozinho ou não trabalhado, nem contextualizado, não terá
utilidade para seu usuário, nem valor agregado em si (REZENDE, ABREU, 2013, p. 38).
De acordo com Rezende e Abreu (2013, p. 34), os autores elencam uma série de ações
que devem ser realizadas antes mesmo de qualquer ação de implantação de um sistema de
informação, observe que esses cuidados servem para a implantação de um sistema de informações
informatizado ou não, quais sejam:

18
● Elaboração de modelos de estruturação organizacional;
● Ajustes nos leiautes de processos e procedimentos;
● Elaboração de metodologias de trabalho, normas e políticas;
● Atividades complementares de construção, manutenção e implementação de
sistemas de informação;
● Levantamento de dados para tratamento e geração de informações;
● Pesquisas com concorrentes e/ou empresa com serviços semelhantes;
● Confecção de desenhos ou leiautes de telas e/ou relatórios de Sistemas de
Informação;
● Auxílio nos projetos de qualidade e produtividade, vinculados à melhoria de
processos e dos negócios da empresa.

A relação com as ações vistas anteriormente, no subitem fluxo das informações das
empresas, deve ser preparada e realizada antes da execução da implantação de qualquer ferramenta
de tecnologia da informação. Se os dados a serem coletados no sistema informatizado não estiverem
previamente organizados, não seria razoável nem possível a extração das informações necessárias e,
por conseguinte, nem mesmo gerar conhecimento a partir delas.
Mais um ponto imprescindível para o sucesso da implantação de uma ferramenta de
tecnologia da informação é a “política de processamento de dados a ser implantada na organização”
(FOINA, 2013). Portanto, torna-se necessário para a organização, saber quais pessoas terão acesso às
informações e que tipo de informações, de acordo com os seguintes itens:

● Se as informações serão compartilhadas pelos departamentos e filiais/sucursais


ou se serão centralizadas;
● Se serão utilizados equipamentos próprios ou se serão utilizados equipamentos
de terceiros;
● Se a arquitetura de processamento ficará sob o comando apenas do setor de
tecnologia da informação ou se será descentralizada entre os outros demais
setores;
● Se o nível de integração entre as centrais de processamento deverá “suportar a
velocidade necessária para a consolidação dos dados (exigindo assim tecnologia

19
com linhas de comunicação de alto desempenho e com alta disponibilidade)
(FOINA, 2013).

Todas essas decisões, em vários momentos ao longo do tempo, serão centralizadas pela
gestão da organização. Os integrantes das equipes, a exemplo dos técnicos de logística, que podem
ser analistas e operadores que trabalham ligados diretamente à execução das operações, podem ser
consultados, eventualmente, para sugerirem soluções em relação ao que eles consideram ser
melhores para a organização como um todo e para a operação em si.
Para tanto, a fim de que o fluxo de informações e materiais possam beneficiar as
operações da empresa, torna-se válida a implementação de sistemas para soluções gerenciais
corporativos, os chamados ERP’s – sistemas integrados de gestão, onde cada detalhe de aplicação
desses sistemas pode ser evidenciado na segunda competência.

Veja mais um pouco os diversos tipos de sistemas ERP’s disponíveis no


mercado com o vídeo a seguir.
https://www.youtube.com/watch?v=2WGSs1TWopc

Preparado? Antes, porém, acesse a videoaula em nosso canal no YouTube.

Não esqueça de assistir a videoaula da competência um, que no ambiente


virtual de aprendizagem – AVA!!!

20
2.Competência 02 | Conhecer os Sistemas de Informações Gerenciais
Corporativos
Antes de começar os estudos desta segunda competência, você já se perguntou como as
organizações trabalhavam com sistemas e de que forma elas se inseriam nesse processo? Pois é! Esse
questionamento era bastante pertinente ainda nos anos 80, onde os elevados investimentos e custos
de manutenção da tecnologia, inviabilizavam sua aplicação em muitos processos logísticos. As poucas
soluções que existiam no mercado ficavam restritas a um pequeno número de empresas e
profissionais especialistas que tinham acesso a conhecimentos específicos.

Acesse ao podcast da competência dois e confira estas e outras informações.


Mas, não esqueça de retomar a leitura do seu e-book.

Em paralelo a essa acessibilidade da tecnologia, os processos de negócios das


organizações começaram a ser redesenhados, o que viabilizou, economicamente, a incorporação de
muitas soluções gerenciais. Neste contexto, os processos das principais atividades logísticas também
tiveram que ser cuidadosamente projetados para assegurar um desempenho nos níveis de serviços
logísticos.
Lembra-se do que foi tratado no podcast da competência um, quando foi abordado o uso
dos recursos tangíveis e intangíveis, ou seja, dos hardwares e softwares? Assim, a Tecnologia de
Informação Aplicada a Logística, aproveitando-se do redesenho desses recursos nas organizações e
do profissionalismo da mão de obra, teve uma grande evolução através do desenvolvimento de
inúmeros aplicativos específicos que contribuíram, com a otimização de diferentes processos.
Confirmando, por sua vez, que os componentes que integram sistemas de informações não são feitos
apenas de software e hardware.
Por mais incrível que possa parecer, um dos principais componentes de um sistema de
informações é o peopleware, ou seja, as pessoas. Confirmando, por sua vez, que não
necessariamente, os sistemas organizacionais devam se utilizar apenas de computadores, redes de
telecomunicação etc.

21
De acordo com o site www.dicionarioinformal.com.br , Peopleware são
pessoas que trabalham diretamente, ou indiretamente, com a área de
processamento de dados, ou mesmo com Sistema de Informação.

A forma de interação entre esses componentes é fundamental para uma implantação de


sucesso e a utilização eficiente de uma ferramenta de tecnologia da informação. Essa utilização
efetiva só se dá, contudo, com outro recurso essencial: a participação das pessoas.
Precisam ser detalhados o que significam estes componentes da tecnologia da
informação, que de acordo com Rezende e Abreu (2013, p. 55-63).
O hardware (máquinas) e seus dispositivos e periféricos, que podem ser citados como os
próprios computadores e todos os seus periféricos que são utilizados, com frequência, nos nossos
estudos e no nosso trabalho. A maioria das organizações possuem inúmeros deles.
Os softwares organizam e controlam os recursos de hardware com a utilização de
algoritmos e programas de computadores para controlar todos aqueles recursos físicos. Os softwares
podem ser divididos em:
● Sistemas operacionais: funcionam como administradores gerais, uma espécie de
“super aplicativo” que dirige as ações do hardware, dos demais softwares e dos
outros dispositivos que compõem o sistema de computador. Um dos sistemas
operacionais mais conhecidos mundialmente é o Windows da Microsoft;
● Softwares aplicativos: são comandos/algoritmos ou instruções criadas pelos
clientes/usuários com a finalidade de que o computador execute as tarefas
específicas necessárias. Esses aplicativos normalmente são adaptados ao negócio
das organizações e trazem as soluções necessárias para cada empresa;
● Softwares de automação de escritórios ou office: aumentam a eficiência e a
produtividade dos funcionários. Pode citar como exemplo desses softwares de
automação os editores de texto (como o WORD), as planilhas eletrônicas (como o
EXCEL). Os softwares de apresentação, tais como o POWERPOINT também se
inserem nesse tipo de software.

22
● Softwares utilitários: completam os softwares de automação de escritórios e dos
aplicativos, como softwares antivírus, por exemplo; e
● Softwares de automação: compõem os tipos de programas que podem ser
classificados como os de automação industrial ou comercial/serviços e podem
assumir uma interface (elemento que proporciona uma ligação física ou lógica
entre dois sistemas ou partes de um sistema que não poderiam ser conectados
diretamente, como a ligação homem/máquina) com diversas outras tecnologias
utilizadas na organização.
Outros softwares podem ser utilizados pelas organizações, dependendo da necessidade.
Para esses casos podem ser citados, por exemplo, os softwares de computação gráfica. Observe uma
visão geral do software e seus recursos na figura abaixo:

Figura 04 – Visão Geral do Software e seus Recursos.


Fonte: Adaptado de Rezende e Abreu (2013, p. 63).
Audiodescrição da figura: A imagem apresenta uma visão geral sobre os softwares e seus recursos através de um
diagrama de blocos. A base da figura representa o sistema operacional, que funciona como se fosse uma ponte entre o
usuário e o sistema. Logo acima do sistema operacional é mostrado um quadro denominado rede, simbolizando a rede
de comunicação que interliga os computadores. Acima da camada de rede, estão as linguagens de programação e os
aplicativos do negócio que se dividem em softwares de automação de escritório ou office, softwares utilitários e
processos de automação. O bloco office se divide em editores de texto, planilhas eletrônicas, programas de
apresentação e banco de dados. O bloco utilitário se divide em: cópias (backups), antivírus, compactadores,
desfragmentadores, internet e intranet. O bloco de automação representa a automatização dos processos e dos
procedimentos utilizando-se dos sistemas de informação.

A partir da representação gráfica acima, você pode estar se perguntando: como a gestão
de dados e informações se divide em um sistema operacional? Ela se divide da seguinte forma:

23
• A gestão de dados: onde é normal o uso de sistemas de gerenciamento de bancos
de dados. É um dos fatores de maior importância para a sua gestão.
• A guarda e recuperação de dados: Na tentativa de garantir a guarda e a
recuperação dos dados costuma-se fazer uso dos backups.
• Controle e níveis de acesso à informação: Uma tarefa considerada crítica e deve
ser desenvolvida desde o início da implantação de um sistema de informação.

Veja mais sobre os sistemas e seus estudos em:


https://www.youtube.com/watch?v=lWFvMI1G8o0

2.1 Negócios eletrônicos

Quando se fala em negócios eletrônicos, o que você imagina? Se você pensou em e-


commerce, acertou!!!
O comércio eletrônico entre pessoas físicas e entre pessoas físicas e jurídicas, se
transformou em um tipo de transação comercial tão comum na atualidade que é a primeira coisa em
que pensamos. Portanto, tudo aquilo que faz uso de um meio eletrônico qualquer para realizar uma
transação comercial pode ser chamado de negócio eletrônico.
A importância desse segmento de negócios tomou grandes proporções, sobretudo, no
período em que o mundo se deparou com a pandemia do novo coronavírus. Enquanto inúmeros
setores da economia foram seriamente impactados pela crise da Covid-19, outros acabaram
passando por transformações positivas como consequência da pandemia, justamente por seu
potencial de ajudar as pessoas a se proteger do vírus.
Esse é o caso do comércio eletrônico, no Brasil, que teve em 2020 seu melhor ano, com
crescimento de 73,88% no volume de vendas, segundo o The Global Payments Report. Segundo a
Associação Brasileira de Comércio Eletrônico- ABCOMM, o comércio eletrônico é sustentado por
cinco pilares e, se um deles estiver desajustado, pode provocar grandes prejuízos. São eles:
● Tecnologia: mantém a experiência de compra possível e em funcionamento.

24
● Pagamento: o checkout deve ser uma etapa simples, otimizada, transparente e
estável.
● Logística: frete, prazo, entrega, embalagem e apresentação do produto podem ser
promotores ou detratores.
● Serviço de Atendimento ao Consumidor: com interações humanas e contatos ágeis e
proativos, que estabeleçam uma relação constante com o cliente.
● Marketing Digital: a comunicação com o seu cliente é essencial.

Lembra-se que começamos a nossa disciplina mencionando os sistemas, suas inter-


relações e a possível interdependência entre eles, levando em consideração de que as organizações
funcionam como um sistema? Agora, falando de negócios eletrônicos, você deverá remeter à
existência de vários subsistemas dentro de uma organização, que fazem parte de um grande sistema
organizacional.
Os subsistemas existentes em uma organização têm a função de atingir, isoladamente,
seus próprios resultados e esses resultados se completam quando os subsistemas interagem entre si,
trocando informações que se complementam e dão um sentido maior no atingimento dos objetivos
organizacionais. Os próprios sistemas organizacionais interagem ainda com sistemas externos a fim
de cumprirem seus objetivos maiores.
Os mais diversos sistemas de informações necessitam da troca intensa entre si e com os
demais sistemas de aplicações interfuncionais. Perceba na figura a seguir, o fluxo estabelecido dessas
informações em diferentes camadas de aplicações, com diferentes agentes de interesse, dentro e
fora da organização.

25
Figura 05 – Visão Geral das Principais Aplicações Interfuncionais e suas Inter-Relações para Empresas.
Fonte: Adaptado pelo autor de Marakas e O’Brien (2013, p. 261).
Audiodescrição da figura: A imagem apresenta uma visão das principais aplicações interfuncionais e suas inter-relações
para as organizações utilizando-se de um diagrama de cruz. Nas extremidades esquerda, direita e superior estão os
fornecedores, na extremidade inferior estão os clientes. Fornecedores se interligam transversalmente com o quadro
esquerdo: Gestão do Conhecimento (colaboração/tomada de decisão) e do quadro direito: Gestão do relacionamento
com parceiros (venda/distribuição). O eixo do centro do diagrama interliga fornecedores com clientes através de três
quadros, nomeados na ordem de cima para baixo: primeiro quadro: gestão da cadeia de suprimentos/ busca de
fornecedores/ requisição e compra; segundo quadro: planejamento de recursos empresariais/processos empresariais
internos; terceiro quadro: gestão de relacionamento com o cliente/ marketing/ vendas/ serviços.

Aprenda um pouco mais com esse vídeo curtinho que eu encontrei para você.
É só clicar. Vamos lá?
https://www.youtube.com/watch?v=OrDcVj1hTGc

Contudo, no atual cenário, em que se permite interações constantes, especialmente o


vasto conteúdo que circula nos “ciberespaços”, cujas trocas se dão com o compartilhamento entre
os diversos tipos de entes, sejam públicos e/ou privados, físicos e/ou jurídicos, predispôs a aplicação
da atual Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD de 2018. Nela:

Dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por
pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo
de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm

26
A proteção de dados pessoais torna-se uma garantia aos usuários e obrigação
por parte das organizações em manter, sobretudo o respeito à privacidade. Com isso, os principais
softwares de soluções empresariais devem acompanhar essa dinâmica, a exemplo do ERP - Enterprise
Resources Planning.

De acordo com o site InfoEscola


(https://www.infoescola.com/internet/ciberespaco/), pode-se afirmar que o
ciberespaço diz respeito a uma forma de virtualização informacional em rede.
Por meio da tecnologia, os homens, mediados pelos computadores, passam a
criar conexões e relacionamentos capazes de fundar um espaço de
sociabilidade virtual.

2.1.1 ERP–Enterprise Resources Planning (Sistema de Gestão Integrado)

Falando dos sistemas como uma ferramenta organizacional, ao se abordar as funções


organizacionais mais comuns, que geram necessidades para a utilização de subsistemas próprios e
específicos – como os de produção, comercial ou de finanças – consideramos que é o Sistema
Integrado de Gestão o responsável pela interligação desses diversos subsistemas. A esse sistema
integrado de gestão, chamamos de ERP, que é a abreviatura para Enterprise Resource Planning.
Essa tecnologia ajuda os gestores das empresas a otimizar os processos internos,
integrando as atividades de diferentes áreas e setores, como vendas, finanças, estoque e recursos
humanos. Baseado na centralização das informações em uma única plataforma, o fluxo de dados
empresariais se torna mais eficiente sendo compartilhado com facilidade. Ao mesmo tempo, essa
solução pode mais facilmente eliminar a duplicidade de informações, ou de redundância.
Com isso, o ERP se mantém como uma base única e íntegra e o resultado disso é o acesso
a ideias valiosas, que contribuem para uma tomada de decisão mais precisa e acertada.
O sistema ERP pode ser considerado como um dos elos mais importantes de ligação com
os subsistemas dentro de qualquer empresa.

O ERP é a espinha dorsal dos negócios eletrônicos, uma arquitetura de transações


que liga todas as funções de uma empresa, como processamento de pedido de

27
vendas, controle e gerenciamento de estoque, planejamento de produção e
distribuição e finanças. (MARAKAS, O’BRIEN, 2013, p. 269).

Um sistema ERP possui alguns componentes principais mostrados na figura a seguir:

Figura 07 – Principais Componentes de Aplicação do Sistema Integrado de Gestão (ERP).


Fonte: Adaptado de Marakas e O’Brien (2013, p. 270).
Audiodescrição da figura: A imagem apresenta os principais componentes de aplicação do sistema integrado de gestão,
o ERP, representado a abordagem interfuncional do sistema com a utilização de um diagrama. No centro encontra-se o
Cliente e os Funcionários que se interligam com as áreas: planejamento de produção, logística integrada, contabilidade
e finanças, recursos humanos e vendas, distribuição e gerenciamento de pedidos.

Os componentes ou módulos do ERP apresentados na figura, correspondem às seguintes:

● Módulo de Vendas: este componente permite aos vendedores da empresa


visualizarem os preços, quais produtos estão ativos ou obsoletos no catálogo de
produtos e quais os prazos de entrega, além das políticas de desconto que podem ser
praticadas com os clientes. Nele, pode haver uma sistemática especial de política de
crédito. A área de Administração de Vendas, pode ajudar a identificar clientes bons
pagadores ou os maus pagadores e conduzir os vendedores para que as próximas
negociações sejam mais eficazes.
● Módulo de contabilidade e finanças: auxilia a empresa no controle do plano fiscal das
operações da organização. Também pode fazer com que os responsáveis pelo controle
das despesas e receitas da organização verifiquem melhor os indicadores relacionados
à rentabilidade das operações empresariais, os seus custos e a saúde financeira da
organização.

28
● Módulo de recursos humanos (RH): busca facilitar o trabalho dos responsáveis pela
administração dos cargos e salários e pela gestão dos benefícios oferecidos aos
funcionários. Esse módulo possibilita a criação de um controle da folha de pagamento.
● Módulo de logística: sua integração com os demais subsistemas auxilia à empresa no
controle dos pedidos e no planejamento logístico, como por exemplo: a visualização
das principais rotas dos melhores clientes e do controle de avarias e das inversões nas
entregas.
● Módulo de planejamento da produção: atua, especialmente, na programação da
produção, possibilitando a previsão das quantidades a serem produzidas em curto,
médio e longo prazo, permitindo também o planejamento das necessidades de
materiais a serem adquiridos.

Assista o vídeo abaixo e aprenda um pouco mais sobre sistemas ERP’s.


https://www.youtube.com/watch?v=rYpsb6_6hlE

2.1.2 CRM – Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o


Cliente)

Quando a organização precisa interagir com os clientes, que fazem parte de outros
sistemas, aplica-se a utilização de um módulo normalmente denominado como CRM – Customer
Relationship Management, ou Sistema da Gestão do Relacionamento com o Cliente.
Os clientes, na visão de muitos autores, fazem parte do principal patrimônio da
organização. Conquistar novos clientes, reter os atuais e assegurar a rentabilidade do negócio é um
objetivo comum a muitas organizações. Todavia, a questão principal é: como fazer isso, considerando
que atualmente, os clientes possuem tanto poder que podem praticar a sua infidelidade com muito
mais facilidade devido ao rápido acesso a informações a respeito dos mais variados tipos de produtos
com uma única pesquisa?

29
Melhor ainda, como manter clientes fiéis com o uso maciço das redes sociais, com a
divulgação de informações positivas ou negativas acerca da empresa, sobretudo quando surjam
relatos de insatisfação acerca do produto ou serviço adquirido?
Neste sentido, o CRM captura e integra dados do cliente provenientes de toda a
organização, consolidando e analisando informações, e depois distribuindo os resultados para vários
sistemas e pontos de contato com o cliente, visando uma oportunidade para a entrega de valor
agregado ao produto ou serviço.
O CRM cria toda uma estrutura de bancos de dados preparados para fornecer o material
necessário para a geração rápida de informações sobre os clientes, assim como fornece capacidade
de disponibilização de serviços de maneira ágil, precisa e segura (MARAKAS, O’BRIEN, 2013, p. 264).
O CRM, portanto, é formado pelos componentes apresentados na figura:

Figura 06 – Principais Grupos na Aplicação da Gestão do Relacionamento com o Cliente.


Fonte: Adaptado de Marakas e O’Brien (2013, p. 264).
Audiodescrição da figura: A imagem apresenta os principais grupos de aplicação na gestão do relacionamento com o
cliente utilizando-se de um diagrama. No centro do diagrama está o cliente atual ou potencial, que através qualquer
meio de comunicação tais como: fax, telefone, e-mail ou Web mantém relacionamento com as áreas de: vendas,
gerenciamento de contas e contratos, programas de retenção e fidelidade, suporte e atendimento ao cliente e
marketing e atendimento aos pedidos.

Marakas e O’Brien (2013, p. 264-265) especificam os diversos componentes do CRM


conforme detalhamento a seguir:
● Módulo de gestão de contas e contratos do CRM: faz com que as empresas resgatem
históricos de informações a respeito de todas as interações dos clientes, tais como

30
suas compras e do seu comportamento de pagamento (MARAKAS, O’BRIEN, 2013, p.
264-265).
● Módulo de vendas: neste módulo, além de permitir acesso às informações contidas
nas contas e nos contatos dos clientes, são obtidos os cruzamentos de informações do
histórico de compras do cliente a fim de facilitar a geração de valor na próxima
negociação. Essas informações podem ser utilizadas para contatos futuros, no caso de
possível oferecimento de novos produtos que sejam compatíveis com o
comportamento e perfil de compra verificado do cliente em questão (MARAKAS,
O’BRIEN, 2013, p. 264-265).
● Módulo de marketing do CRM: utiliza as informações dos bancos de dados para a
criação de campanhas publicitárias relacionadas a determinados segmentos de
clientes, compatível com o seu comportamento de compra, informações de renda e
características personalizadas cadastradas (endereço e histórico de trabalho, por
exemplo). O cálculo do valor do cliente também pode ser realizado com base nos
dados fornecidos pelo sistema (MARAKAS, O’BRIEN, 2013, p. 264-265).

O sistema CRM possibilita também a disponibilização de serviços de suporte aos clientes,


no pós-venda, não só em relação às falhas no fornecimento, mas sempre que ele precisar, faz toda
diferença. Para a Logística, ter à disposição sistemas que permitam o oferecimento de suporte aos
clientes torna-se uma vantagem competitiva e um aumento nos níveis de serviços oferecidos.
Contudo, é de seu conhecimento que falhas acontecem no dia a dia das operações
logísticas. No ambiente operacional logístico, a recuperação de quaisquer falhas depende,
fundamentalmente, do tipo de sistema disponibilizado para coletar todos os dados dos clientes.
Pode-se classificar em três as fases de relacionamento com o cliente:
● A primeira é a fase da tentativa de conquista do cliente. Torna-se mais fácil
imaginar como um sistema CRM pode colaborar com a empresa nesse momento.
O CRM pode ajudar a empresa a gerenciar mais eficientemente os contatos de
possíveis ou potenciais clientes.
● A segunda fase, quando o cliente já faz parte da carteira das empresas. Elas
precisam atendê-lo de forma a agregar valor ao relacionamento. Prestar os

31
serviços com maior agilidade, facilitar o acesso às informações que o cliente
precisar ou desejar e ainda automatizar os trabalhos das equipes de vendas são
algumas das maneiras que o CRM pode ser utilizado para melhorar o atendimento
aos clientes.
● A terceira fase é a responsável pela retenção dos clientes. Certamente, é uma das
mais difíceis de se colocar em prática. O CRM pode servir para que as empresas
identifiquem seus melhores clientes e promovam as ações necessárias para o
reconhecimento deles.

2.1.3 SCM – Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de Suprimentos)

O Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de Suprimentos) nada mais é do que um


processo que consiste no gerenciamento dos fluxos, de bens, serviços, finanças, informações de
maneira estratégica entre várias empresas e consumidores finais, com o objetivo de alcançar
vantagens competitivas e criação de valor para os clientes.
Também pode-se entender a gestão da cadeia de suprimentos como explicam os autores:
O Supply Chain Management é a interação de diferentes processos e atividades que visam
à criação de valor dos produtos e serviços para o cliente final, assim planejando e controlando o fluxo
de mercadorias, informações e recursos, visando à alimentação de todo Lead Time, incluindo
estratégias para focalizar a satisfação do cliente, retenção dos atuais e obtenção de novos clientes.
(CHING, 2010, p. 51).
Supply Chain Management tem representado uma nova e promissora estratégia
organizacional para obtenção de vantagens competitivas, assim trazendo para as empresas uma nova
mudança no desenvolvimento da visão de competição no mercado, cujo objetivo final é maximizar
os potenciais relacionamentos da cadeia produtiva, de forma a encantar o consumidor final. (POZO,
2010, p. 16 e 17).

32
Figura 08 – Modelo Geral da Cadeia de Abastecimento.
Fonte: Adaptado de Martins, Laugeni (2015).
Audiodescrição da figura: na figura, pode ser observado o fluxo de materiais (também chamado fluxo direto) da
esquerda para a direita, desde os fornecedores de matérias-primas, passando pelos fabricantes e seguindo seu caminho
na direção do consumidor através dos diversos canais de distribuição. A figura não mostra os tão importantes fluxos
reversos, que são dos materiais (logística reversa), o fluxo financeiro e o fluxo da informação. Destaque para os
segmentos da logística de suprimentos e suas principais atividades, bem como da produção e da logística de distribuição
com as atividades logísticas envolvidas. Da esquerda para direita: fontes primárias, um caminhão na cor marrom
(recebimento), bonecos na cor laranja trabalhando na manufatura, caminhão marrom recebendo os produtos, seguindo
para os centros de distribuição.

O perfeito funcionamento de uma cadeia de suprimentos exige integração entre os seus


mais diversos elos. Esses elos, que vão desde os clientes até os fornecedores de matéria-prima,
precisam compartilhar informações entre si. Esse fluxo compartilhado de informações, atualmente,
tem sido realizado, cada vez mais através dos meios eletrônicos.
Com base nesta narrativa, a tecnologia da informação passa a ser utilizada como
ferramenta essencial para otimizar a gestão de dados, informações e de produtos que circulam entre
os elos das organizações e entre as próprias funções internas das empresas.
Observe a figura a seguir e perceba como ela apresenta os processos tradicionais da
cadeia de suprimentos e como os softwares de gestão podem auxiliar a execução de tais processos
nesta estrutura.

33
Figura 09 – Como um software de gestão da cadeia de suprimentos e a tecnologia da informação/internet auxiliam as
organizações a integrar seus processos funcionais que otimizam o ciclo de vida da cadeia de suprimentos.
Fonte: Adaptado de Marakas e O’Brien (2013, p. 275).
Audiodescrição da figura: A imagem representa como o software de gestão de cadeia de suprimentos e a tecnologia da
internet ajudam as companhias a reformular e integrar os processos funcionais que auxiliam o ciclo de vida da cadeia de
suprimentos, através de um diagrama. O fornecedor, o fabricante, o varejista e o cliente estão representados em blocos
independentes que são a base do diagrama. Estes blocos se conectam, através da internet, com os seguintes bancos de
dados: atendimento colaborativo e dados compartilhados do mercado através do software de gestão de cadeia de
suprimentos. Daí é gerada a comunicação com os seguintes blocos: gerenciamento de transporte e entrega que está no
mesmo nível da logística de produção. No nível acima está a geração da rede de distribuição e armazenagem. No nível
acima está a pesquisa de fornecedores e requisição de compras estratégicas, que se desdobra em: planejamento e
previsão de demanda e atendimento do pedido do cliente/serviço. Acima de toda a representação descrita, há quatro
setas da esquerda para direita, apresentando a seguinte ordem: compromisso, programação, execução e entrega.

2.2 Sistemas de processamento de transações

Cada vez mais, torna-se muito comum encontrar algum amigo ou conhecido que já
utilizou a internet para comprar um ou outro produto. Existem várias maneiras de pagamento que
podem ser disponibilizadas: o pagamento pelo boleto, por cartão de crédito ou cartão de débito,
depósito bancário ou até mesmo com o Pix. Imagine que você tenha efetuado uma compra usando
a internet e tenha usado seu cartão de crédito para efetuar o pagamento.
Para que a empresa que lhe vendeu o produto consiga obter todos os dados necessários
para efetuar a operação, como seu nome e endereço, escolha da forma de pagamento, aprovação ou
não da compra no seu cartão de crédito, entre outros, é necessário um sistema de processamento de
transações.

34
Transações podem ser entendidas como “eventos que ocorrem como parte do negócio,
como vendas, compras, depósitos, retiradas, reembolsos e pagamentos” (MARAKAS, O’BRIEN, 2013,
p. 281).
O processamento on-line das transações tem sido utilizado com muita frequência entre
empresas utilizando-se da internet para otimizarem as suas operações. Esses sistemas capturam e
processam as transações, autorizando às empresas a oferta e uma prestação de serviços mais
eficiente aos clientes e consumidores (MARAKAS, O’BRIEN, 2013, p. 282).
Segundo Marakas e O’brien (2013, p. 283-284) o ciclo de processamento das transações
é formado por algumas etapas. São elas:
● Na primeira etapa, tem-se a entrada de dados, onde são obtidos os dados iniciais
de negócios. Um ponto de venda que captura um código de barras de um produto
que acabou de passar no caixa eletrônico de um supermercado pode ser
considerado um ponto de entrada de dados.
● A segunda etapa do ciclo de processamento de transações é o próprio
processamento. Aqui, nessa etapa, os dados são processados em tempo real ou
por lote - quando são acumulados por um período de tempo maior para
processamento posterior, em lote.
● A terceira etapa é a manutenção do banco de dados garantindo a atualização
dos dados com acurácia e confiabilidade permanentemente. Qualquer cliente de
um banco quer que o seu saldo da sua conta corrente esteja sempre atualizado
quando ele precisar consultá-lo em qualquer caixa eletrônico ou na internet.
● A quarta etapa é a geração dos documentos e relatórios e incluem os documentos
solicitados pelos clientes tais como as declarações ou mesmo os recibos de
compra gerados em uma venda pela internet.
● A quinta e última etapa é o processamento de consultas. Esta se refere às
consultas e respostas imediatas recebidas quando se tenta obter informações a
respeito de alguma transação. A própria consulta ao saldo de sua conta no banco
é um exemplo disso.

35
2.3 Sistemas de colaboração empresarial

Esses sistemas disponibilizam informações que podem ser utilizadas por equipes de
trabalhos no negócio.
Quando pessoas de diferentes empresas, por exemplo, precisam dividir experiências no
desenvolvimento de projetos de otimização dos custos de produção, elas podem compartilhar o
método de execução utilizados no projeto, as dificuldades enfrentaram para executá-lo e os ganhos
obtidos com eles em um portal eletrônico. O portal pode ser compartilhado aos grupos de pessoas
que estejam cadastrados nas equipes de trabalho e dessa forma facilitam a implantação de novos
projetos em ambientes diversos com base na ação de benchmarking empresarial.

Assista o vídeo abaixo e aprenda um pouco sobre o que é Benchmarking.


https://www.youtube.com/watch?v=Fqbhu43TKFY&feature=emb_logo

O objetivo de qualquer sistema de colaboração empresarial é facilitar o processo de


comunicação entre as pessoas, a coordenação dos esforços para que utilizem recursos comuns de
forma eficiente e a colaboração em projetos e responsabilidades compartilhadas (MARAKAS,
O’BRIEN, 2013, p. 284).

Não esqueça de assistir a videoaula da competência dois!!!


Dê uma olhada lá no AVA!!!

Na sequência vamos aprender mais um pouco sobre os sistemas de informação aplicados


especialmente à Logística e suas áreas afins.
Vamos lá!!!

36
3.Competência 03 | Conhecer Sistemas de Informação Específicos da
Atividade Logística
As atividades logísticas funcionam de forma interligada, ou seja, é impossível uma
operação de distribuição ser bem-sucedida se o processo de gestão de estoques e armazenamento
físico forem falhos. Portanto, considera-se que um projeto logístico de uma empresa deve ser
desenvolvido a partir das diversas estratégias definidas pela empresa, com base nos seus objetivos
de curto, médio e longo prazo. Entre as estratégias que afetam significativamente o processo
logístico, podemos citar a estratégia de atendimento ao cliente, a estratégia de crescimento
organizacional e as estratégias que contém previsões de vendas alinhadas à produção da empresa.
Com isso, pode-se afirmar que existem algumas aplicações de sistemas, que embora
impactem nas atividades logísticas, elas orientam, fundamentalmente, às operações produtivas, de
manufatura e vendas, sobretudo alocando recursos, tempo e mão de obra.
Que tal relembrar as atividades primárias e as atividades de apoio da logística? Observe
a figura:

Figura 10 - Atividades Logísticas Primárias e de Apoio.


Fonte: Adaptado de DIAS (2009, p. 26).
Audiodescrição da figura: A imagem apresenta as atividades logísticas primárias e de apoio utilizando um diagrama de
círculos. O círculo do centro branco, representa o nível de serviço logístico, que se encontra inserido em um círculo
maior azul claro onde estão mencionadas as atividades logísticas primárias: transportes, manutenção de estoques e
processamento de pedidos. Estes dois primeiros círculos demonstrados encontram-se no interior de um círculo maior,
na cor cinza, representando as atividades logísticas de apoio: manuseio de materiais, embalagem de proteção,
obtenção, armazenagem, manutenção de informações e programação de produtos/produção.

37
Perceba que na figura, foram demonstradas as atividades primárias e de apoio. Considere
que todas elas se relacionam, no sentido de atender o nível de serviço prometido ao cliente. Estando
consolidado o entendimento de que a logística integrada abrange toda a cadeia de suprimentos,
envolvendo desde o cliente e/ou consumidor final até o fornecedor de matérias-primas, os sistemas
de informação que estão em todo o fluxo das informações e materiais na cadeia de suprimentos,
operarão entre todas as atividades e fora delas, em favor de “sua majestade o cliente!”

Estas e outras informações, você pode conferir no podcast da competência


três. Porém, retome a leitura do e-book dando continuidade aos seus estudos.

3.1 Sistemas de previsão de vendas

As empresas se relacionam com os seus diversos clientes interagindo de forma mais fácil
e eficiente e com a cadeia de suprimentos, a fim de atingir seu objetivo estratégico: atuar
competitivamente no mercado. Na direção da obtenção dessa vantagem competitiva, as
organizações estão recorrendo aos sistemas automatizados e integrados de informação, na busca de
automatizar seus processos produtivos, utilizando algumas das mais modernas tecnologias, tais
quais:
● Electronic Data Interchange (EDI) – Intercâmbio Eletrônico de Dados;
● Warehouse Management System (WMS)– Sistema de Gerenciamento de
Armazéns;
● Tecnologia de código de barras e Etiquetas Inteligentes;
● Sistemas de Previsão de Vendas.

A informação de previsão de vendas é uma das primeiras informações utilizadas pelas


funções internas da organização: produção, recursos humanos, finanças etc. Por que será que a área
de recursos humanos poderia se interessar em tomar conhecimento do tamanho do volume de
vendas previsto para os próximos períodos? A resposta é até lógica: No planejamento da área de
recursos humanos é necessário conhecer antecipadamente a demanda de produção e vendas, pois
isso impacta diretamente na contratação de pessoas aptas para cada função.

38
O RH necessita conhecer o quantitativo de mão de obra que será necessária para produzir
e vender aquele volume previsto, melhor dizendo, é necessário saber quantos operadores de
empilhadeiras, paleteiras, elevadores, veículos ou de outros equipamentos, serão necessários para
movimentar toda a carga dentro da empresa. Da mesma forma, se a atual capacidade do refeitório
da organização, por exemplo, é adequada para comportar a demanda de pessoas novas e atuais
contratadas ou terceirizadas que precisam usar o equipamento diariamente.
A construção ou utilização de um sistema de previsão de vendas requer, de uma empresa,
conhecimentos e habilidades em quatro áreas básicas:
● Identificação e definição dos problemas a serem tratados na previsão de vendas;
● Aplicação dos métodos de previsão de vendas;
● Procedimentos para a seleção do método apropriado a situações particulares; e
● Suporte organizacional para adaptar e usar os métodos de previsão de vendas
requeridos.
Qualquer sistema de previsão de vendas precisa estabelecer relações entre as previsões
realizadas pelas diversas áreas de gerenciamento. Por exemplo, um erro na projeção de vendas pode
provocar uma série de prejuízos a todas as áreas da organização.
A aplicação de um sistema de previsão de vendas depende dessas três condições:
● Disponibilidade de informações históricas;
● Transformação das informações históricas em dados numéricos; e
● Hipótese da repetição dos padrões observados em dados passados para o tempo
futuro.
Esta última condição é também conhecida como suposição de continuidade. Essa
condição torna-se um argumento básico para a utilização de métodos de previsão de vendas, bem
como de diversos métodos qualitativos. As técnicas de previsão de vendas variam consideravelmente,
tendo sido desenvolvidas com propósitos específicos. Cada técnica possui suas características
próprias, inclusive no grau de precisão e no custo de utilização, esse último deve ser considerado na
escolha de um método específico. Segundo Corrêa et al (2006, p. 245):

O sistema de previsão de vendas é um conjunto de procedimentos de coleta,


tratamento e análise de informações que visa gerar uma estimativa de vendas
futuras, medidas em unidades de produtos (ou famílias de produtos) em cada
unidade de tempo (semanas, meses etc.).

39
Por mais que saibamos que os sistemas de previsões de vendas utilizam-se de softwares
(programas de computador) estatísticos e modelos matemáticos para se aproximar da previsão com
maior acurácia possível, existem variáveis externas mais difíceis de prever que interferem nas
previsões das quantidades a serem vendidas. A atuação da área de marketing, tais quais: os
lançamentos de novos produtos; as ações da área comercial como a divulgação antecipada de uma
nova tabela de preços, pode interferir nas expectativas de vendas.
Um sistema de previsão de vendas pode ser formado por várias partes, e nem todos elas
farão uso dos modelos estatísticos mais complexos. A figura a seguir, apresenta um modelo genérico
dos componentes e do fluxo das informações em um sistema de previsão de vendas.

Figura 11 – Sistema Genérico de Previsão de Vendas.


Fonte: Adaptado de Corrêa et al (2006, p. 247).
Audiodescrição da figura: A figura descreve o funcionamento de um sistema genérico de previsão de vendas utilizando-
se de um diagrama de blocos. Nos três blocos superiores temos: os dados de variáveis que explicam as vendas, os dados
históricos das vendas e as informações que explicam o comportamento atípico. Estes blocos interligam-se ao bloco
abaixo denominado de tratamento estatístico dos dados de vendas e outras variáveis. Este bloco, por sua vez, interliga-
se na vertical ao bloco de reunião de previsão e comportamento das áreas envolvidas e ao bloco de tratamento das
informações disponíveis. Esses interligam-se ao bloco base do diagrama, denominado previsão de vendas. No entanto
existem outros seis blocos que se conectam com a ligação destes dois blocos (tratamento estatístico dos dados de
vendas/outras variáveis e reunião de previsão e comportamento das áreas envolvidas e ao tratamento das informações
disponíveis), são eles: informações da conjuntura econômica, informações de clientes, decisões da área comercial,
informações de concorrentes e os dois últimos blocos representam outras informações do mercado.

40
3.2 MPS – Master Production Schedule – MPS (Plano Mestre de Produção)

O Plano Mestre de Produção (PMP), ou em inglês Master Production Schedule (MPS), é


um documento que tem como objetivo organizar o processo de produção, ordenando, as
quantidades e os períodos em que os itens deverão ser produzidos. Otimizar a linha de produção na
indústria moderna já não é uma opção, mas uma necessidade que minimiza prejuízos e ajuda na
garantia da lucratividade para as organizações.
Ele é fundamental para um planejamento de produção, definindo as datas de entrega dos
produtos e calculando as quantidades de unidades que podem ser fabricadas em um determinado
período de tempo. Geralmente, esses períodos cobrem de poucas semanas, podendo chegar de seis
meses a um ano.
O Plano Mestre de Produção é uma etapa fundamental no planejamento da produção de
qualquer planta industrial. Ele funciona priorizando as ordens de fabricação mais importantes, define
prazos, a utilização de mão de obra necessária, os equipamentos necessários, o orçamento e a
utilização otimizada da capacidade de produção da planta fabril.
A área responsável por elaborar esse processo é a área de Planejamento, Programação e
Controle de Produção (PPCP) sendo, normalmente, uma área funcional ou um departamento de
desenvolvimento estratégico e de nível tático, que deve construir um MPS de médio prazo da
produção.
Para as novas indústrias que aplicam as mais modernas técnicas e metodologia de
produção, o Plano Mestre de Produção pode ser montado na área de PPCP com o objetivo de
acompanhar todo o processo da cadeia produtiva, analisando a produtividade por recurso utilizado e
avaliando os diversos materiais parados no estoque.
Para montar um Plano Mestre de Produção de uma organização, existem no mercado
vários softwares integrados de gestão que facilitam a sua utilização através da área de Planejamento,
Programação e Controle de Produção (PPCP).
O MPS (Master Production Schedule) ou Planejamento Mestre da Produção geralmente é
utilizado como um módulo ou uma função de um sistema ERP. Esse módulo possui grande
importância para a logística, pois é por meio desse planejamento que são definidas a quantidade,
prazos e itens que serão produzidos em quais unidades de fabricação para atender a uma demanda
qualquer.

41
No nível do planejamento estratégico, normalmente tratamos das receitas de vendas e
do retorno sobre os investimentos, já no nível tático deve-se definir quais são os planos que devem
ser executados a fim de que aqueles objetivos estratégicos sejam atingidos. O planejamento tático
funciona como uma forma de amenizar as variações que podem ser encontradas no nível estratégico.
Definida a meta de vendas de 36.000 unidades para todos os itens do catálogo de produtos da
empresa ao ano, não significa que serão fabricadas e vendidas 3.000 unidades ao mês.
O planejamento mestre de produção procura definir quais itens deverão ser produzidos,
em que momento no tempo, em qual unidade de produção, em qual linha de produção, com qual
frequência, qual o estoque que deverá ser mantido entre outras decisões não menos importantes.
O módulo do ERP que trata do MPS está integrado, normalmente, ao módulo de vendas
ou do planejamento da demanda. Sendo assim, as informações que são registradas pela área
comercial ou de vendas no ERP são disponibilizadas para a área de produção responsável pelo MPS,
otimizando dessa forma os o trabalho dos programadores de produção nas definições de volumes
previstos para serem produzidos.
O volume dos produtos que serão produzidos precisa ser planejado, levando em
consideração as necessidades de se manter uma quantidade mínima possível de estoques finais e o
mais aproximado que puder, ao máximo possível do nível de atendimento ao cliente em relação à
meta estabelecida para esse indicador de desempenho. Exemplificando: se a meta definida de
estoques é que o saldo final seja de 10 dias de giro, e a meta de atendimento aos clientes definida
seja de 95% dos pedidos em carteira, espera-se que o trabalho do programador seja orientado para
reduzir estoques em até 10 dias e elevar o nível de atendimento ao cliente para 95%.
Caso o estoque fique maior do que os 10 dias e o nível de atendimento ao cliente abaixo
de 95%, o programador precisará rever sua atuação e se é realmente possível anteder índice
estipulado para o indicador de atendimento ao cliente em 95% com um estoque inferior, ou se houve
alguma sobra no estoque de itens que não apresentaram a previsão de vendas como realizada. Em
contrapartida se o saldo ao fim do mês do estoque for de 10 dias de giro, no entanto se o indicador
de atendimento ficasse abaixo dos 95%, poderia ser que fosse recomendado aumentar o estoque ou
reavaliar as previsões de vendas e de produção.
Muitos problemas podem acontecer para contribuir com o não alcance dos indicadores
planejados. Outro indicador que precisa de atenção em logística e que necessita de avaliação

42
constante é o da acurácia das informações que são cadastradas nos sistemas de informação. Algumas
perguntas precisam ser feitas:
● O saldo de estoque físico está igual ao saldo registrado no sistema?
● O histórico de vendas registrado está coerente com o realizado?
● Os cadastros dos itens ativos e obsoletos foram atualizados recentemente?

Na sequência, você aprenderá mais um pouco a respeito de uma ferramenta essencial


para o perfeito funcionamento de um MPS, estamos falando do planejamento das necessidades de
materiais, do inglês MRP (Material Requirements Planning).

3.3 MRP – Material Requirements Planning – MRP (Planejamento da Necessidade de


Materiais)

Diante de um mercado cada vez mais competitivo, passa a ser fundamental que as
organizações produzam de tal forma que atendam às necessidades de seus clientes, com qualidade,
confiabilidade e menor custo possível. Nesse cenário, que depende cada vez mais do uso de
ferramentas de planejamento e controle de insumos e demandas de forma equilibrada, minimizando
os possíveis desperdícios e assim realizando gestão de estoques mais precisa.
Todos esses processos podem ser realizados de uma forma otimizada na etapa de
Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) utilizando um componente conhecido
como sistema MRP (Material Requirements Planning – Planejamento da Necessidade de Materiais,
em tradução livre para o português). Partindo do argumento de que é necessário equilibrar as
quantidades de suprimentos com a demanda, o MRP se apresenta como uma ferramenta que
controla as estimativas futuras estabelecendo, com a precisão desejada, o quanto e quando as
matérias-primas serão necessárias para a fabricação dos produtos, seguindo a uma lógica de
programação de trás para frente.
Nesse sentido, o PPCP aplicado juntamente com a utilização do MRP tem como objetivo
calcular as quantidades necessárias de matérias-primas para produzir uma demanda qualquer,
realizando a programação e controle dos níveis estoques, a fim de que os processos não sejam

43
interrompidos, gerando informações para a tomada de decisão de quanto e quando produzir
(MARTINS; LAUGENI, 2015).
O MPS funciona calculando a produção para itens de demanda independente, ou seja,
são os produtos inteiros e acabados. Somente com a informação de previsão de vendas ou até mesmo
com o histórico de saída dos produtos é possível calculá-lo. Já o MRP, no entanto, depende dos
resultados dos cálculos do MPS para funcionar de forma correta, porque o MRP planeja as
necessidades dos materiais de demanda dependente.
A demanda dependente está relacionada à demanda de outros itens ou produtos que
existem em estoque.
Assim como foi visto no MPS, um dos vários fatores importantes para garantir a
acuracidade dos cálculos desse sistema – que pode ser um módulo do ERP, ou como um sistema à
parte – é a precisão das informações. Falhas de registros das informações nos sistemas de informação
e módulos de cálculo de MRP são bastante comuns. Trata-se de itens que são frequentemente
movimentados, transportados, têm entrada e saída do estoque físico com muita frequência e, é muito
comum que essas movimentações não sejam atualizadas nos respectivos sistemas da empresa.

De acordo com o dicionário On Line de Português, acuracidade se refere à


“medida de averiguação de estoque ou processo de controle de entradas e
saídas de mercadorias. ”

Tratando dos sistemas MRP, deve-se frisar como um fator crítico, o registro das
informações das listas dos componentes dos itens a serem produzidos. Os itens são produtos inteiros
e acabados que são considerados itens pai. Já os insumos necessários, ou seja, os materiais
necessários para fabricá-los são chamados de itens filho.
Para apresentar essa árvore de pais e filhos, também conhecida como estrutura analítica
do produto apresentamos a figura abaixo:

44
Figura 12 – Estrutura Analítica de um PRODUTO MESA.
Fonte: Adaptação do Autor.
Audiodescrição da figura: A imagem representa a estrutura de produtos para uma produção de uma mesa através de
uma imagem e um diagrama de blocos, na parte superior direita está a figura de uma mesa, com destaque para os seus
componentes. No lado direito está o diagrama de blocos que representa os componentes necessários para a produção
de uma mesa. Nesse diagrama na parte de cima está o bloco denominado MESA, que se interliga na parte de baixo a um
grupo de blocos horizontais que são: perna, tampa e travessa, que por sua vez, são os itens filho.

Perceba na estrutura analítica do produto MESA quem são os itens pai e filhos?
Como a MESA é representada como o produto acabado, de demanda independente - para
saber quanto de mesas precisamos fabricar é necessário apenas calcular o número de pedidos de
compra da previsão de demanda, afinal ela é o item pai. Em relação aos itens filho, nada mais são do
que os componentes necessários para a produção de cada mesa. A quantidade necessária desses
componentes dependerá da quantidade demonstrada na previsão de vendas.
Observe a questão dos itens dependentes (filho) e independentes (pai).
Para produzir uma mesa, serão necessários em estoque, uma tampa, quatro pernas e
quatro travessas. Vamos imaginar um pedido hipotético de quinhentas unidades, oriundo do sistema
de previsão de demanda. Para produzir essas 500 (quinhentas) mesas, serão necessários:
● 500 tampas;
● 2.000 pernas, e;
● 2.000 travessas.
Observe ainda que não necessariamente esses componentes precisam estar disponíveis
em estoque. No plano mestre de produção, a programação de produção será feita levando em

45
consideração dois fatores: O tempo em que o pedido precisa ser entregue e a capacidade de
produção da unidade fabril, ou das unidades fabris.
O MRP então calculará em função dessas informações e das informações de estoque e de
compras aos fornecedores, quanto em estoque precisa estar disponível por dia, por semana, por mês.
Fazendo com que a produção nunca pare e que os estoques estejam sempre em níveis compatíveis
com as necessidades de produção.
Entendeu como o MRP funciona? Ele otimiza a utilização de estoques, fazendo com que
nem tenhamos mais do que o necessário para o atendimento da demanda de produção, nem menos,
apenas o necessário ao longo do tempo planejado no MPS.

3.4 TI aplicada à logística

Uma necessidade básica na concepção, planejamento e implementação de uma solução


em TI é o verdadeiro enfoque da integração entre as diversas operações logísticas e de como elas
podem ser aprimoradas, pois a solução a ser encontrada deve atender todos os envolvidos da cadeia
de abastecimento.
Diante disto, você verá nesta etapa do estudo o EDI (Electronic Data Interchange – ou
transferência eletrônica de dados, na tradução livre para o português) base para a troca de
informações entre vários módulos e sistemas. Esta ferramenta já foi mencionada anteriormente,
porém terá um detalhamento maior no próximo item. Na sequência, continuarão sendo abordadas
em cada subitem as principais ferramentas que norteiam as operações de transportes e distribuição,
armazenamento e gestão de estoques.
Está preparado?

3.4.1 EDI – Electronic Data Interchange

O EDI - Electronic Data Interchange (ou transferência eletrônica de dados) nada mais
é do que um sistema de envio e recebimento de documentos eletrônicos padronizados entre dois ou
mais parceiros comerciais. A partir dos dados das transações comerciais, esses documentos são
gerados e encaminhados eletronicamente aos parceiros interessados. Essas transações entre clientes
e fornecedores cobrem o envio e respectivo recebimento de documentos, tais como:

46
● Avisos de embarque (Nota Fiscal);
● Agendamento de entrega;
● Solicitação de compra;
● Confirmação e rastreamento de mercadorias;
● Programações de entrega, além de;
● Cotação e boleto bancário.

A implantação de um sistema EDI traz inúmeros benefícios às empresas e aos parceiros


comerciais o que requer alguns cuidados, processos, softwares e uma tecnologia específica para cada
um dos envolvidos. Torna-se necessário, porém, analisar todos os processos administrativos internos
e suas respectivas integrações com os softwares para que a troca de documentos eletrônicos possa
ser compatível e adequada entre as organizações e devidamente interpretados, respeitando as regras
de cada negócio.
Na maioria dos casos, essas empresas são parceiras comerciais que trocam mercadorias
e serviços frequentemente como parte de suas redes de cadeias de fornecimento e business-to-
business (B2B).
De acordo com (MARAKAS, O’BRIEN, p. 277), os dados formatados nas transações que
são realizadas, são enviados e recebidos por diversas redes de empresas no mundo inteiro. como
exemplo, pode-se considerar o e-commerce com uma atividade que se beneficia com o uso desse
software. Da mesma forma, também acontece nas cadeias de suprimentos e nas redes de empresas
que precisam da atividade de logística de forma integrada.
Atualmente, grande parte das operações logísticas de empresas de grande porte, que
movimentam milhares de produtos em diversos depósitos ou centros de distribuição diariamente, só
são possíveis devido à utilização do EDI.
Pense um pouco, como seriam essas trocas de informações entre depósitos e clientes se
não existisse um sistema que integrasse o fluxo dos materiais e informações sem compartilhar com
os demais elos da cadeia de suprimentos o posicionamento de suas operações? Imaginou?
Seria bem complicado! Contudo, tem-se o sistema de gerenciamento de armazéns que
viabiliza total controle dessas atividades.

47
3.4.2 WMS – Warehouse Management System (Sistema de Gerenciamento de
Armazéns)

Um sistema de gerenciamento de armazém WMS (Warehouse Management System) é


um software que juntamente com uma série de processos permitem às empresas controlar e
administrar todas as operações dos armazéns desde o momento em que quaisquer bens ou materiais
dão entrada em um armazém até que, por qualquer motivo, se mudem. Todas as operações de um
armazém englobam, necessariamente, o gerenciamento de inventário, processos de seleção e
auditoria.
Um WMS pode fornecer, por exemplo, visibilidade do inventário de uma empresa em
qualquer tempo e localização, pode ser em uma instalação ou até de produtos ou materiais em
trânsito. Gerencia as operações da cadeia de suprimentos desde o fabricante ou atacadista para um
armazém e na sequência para um revendedor ou CD (centro de distribuição).
Um WMS é comumente utilizado de forma integrada com um sistema de gerenciamento
de transporte (TMS - Transportation Management System) ou um sistema de gerenciamento de
inventário. É importante reforçar que o sistema WMS também atribui informações da localização dos
veículos.
Segundo Dias (2012, p. 331) o WMS, ou Sistema de Gerenciamento de Armazenagem é
“um sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção”.
Normalmente são sistemas que funcionam à fora do ERP utilizado pela organização. É o
WMS que gera todos os endereços e rotas de armazenagem e movimentação dentro dos depósitos.

Dê uma olhadinha nesse vídeo em que mostra o funcionamento de um


sistema WMS. Acesso o endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=JzNP1IgBnPw&feature=emb_logo , e
aprenda mais um pouco sobre o uso do WMS.

48
3.4.3 TMS – Transportation Management System (Sistema de Gerenciamento de
Transportes)

A gestão integrada nas organizações chegou também aos sistemas de gestão de


transportes, onde soluções específicas para coletar, processar e fornecer informações gerenciais
foram desenvolvidas e hoje já são integradas aos ERP (sistemas corporativos). Na atual conjuntura,
se isolarmos o custo logístico relacionado com o processo de distribuição, pode-se identificar que se
trata de uma das parcelas mais representativas no custo logístico total.
Um sistema TMS, na verdade, é uma ferramenta que otimiza o gerenciamento da cadeia
de suprimentos SCM (Supply Chain Management) trabalhando mais especificamente com o
planejamento, a execução e a otimização dos movimentos físicos das mercadorias. Permite aos seus
usuários a gerência e a otimização das operações diárias das suas frotas de transporte, de forma
integrada.
Normalmente, o sistema é desenvolvido e implantado em padrões independentes
podendo ser utilizado pelo cliente na medida da sua necessidade. Diversas empresas têm buscado
uma estratégia de diferencial competitivo, e esse diferencial pode ser a razão do sucesso ou não da
mesma. Vários casos estão diretamente relacionados a logística desde a expedição até a entrega
efetiva do produto.
Com seu uso muitas dessas empresas se beneficiam das informações em tempo real
gerenciadas e fornecidas por esse sistema, se utilizando delas para a otimização do processo de
distribuição, melhorando a comunicação entre o motorista da carga e o controlador do sistema.
A carga atualmente passa a ser monitorada de “ponta-a-ponta”, a partir do embarque na
doca de expedição até a recepção pelo cliente ou usuário. O TMS possui entre outras, as seguintes
funcionalidades:
● Controle Total da Operação, através da rastreabilidade;
● Fim dos Desvios ou Extinção de Rotas Imprevistas;
● Comunicação em Tempo Real;
● Monitoramento do Tempo que o Motorista Leva nas Paradas;
● Controle Total do Veículo – O controlador de tráfego acompanha todos os
registros do sistema em tempo real, incluindo a velocidade do veículo. Esse

49
controle funciona para os casos de excesso de velocidade, possibilitando que
medidas preventivas sejam tomadas com o objetivo de evitar multas e acidentes,
e permite ainda o envio de comandos para o veículo, tais como: travamento do
baú, ligar e desligar a sirene de aviso, além do bloqueio do veículo (corte de
combustível);
● Segurança, pois permite a rastreabilidade das cargas considerando as informações
de expedição através do romaneio de carregamento;
● Auxilia na execução da operação da programação de expedição; e
● Também contribui no controle das tabelas de frete e conferências dos valores de
frete cobrados pelas transportadoras.

Você já ouviu falar em veículos autônomos? Não? Então imagine na logística, nas
operações de transportes, veículos que se movem durante várias horas para fazer entregas em vários
lugares do mundo, sozinhos, sem ninguém. Na matéria disponibilizada logo abaixo, a OTTO, empresa
subsidiária da UBER fez a primeira entrega comercial de uma carga de cerveja da Budweiser, usando
um caminhão autônomo em outubro de 2016. Você sabia disso? Outros fabricantes como a Daimler
AG e a Volvo também estão trabalhando nesse mesmo conceito.
Então! Você está pronto (a) para ver a matéria? Vamos lá!

Acesse https://transformacaodigital.com/tecnologia/o-estado-dos-carros-
autonomos-em-2019/ e leia. Preste atenção que a matéria traz alguns vídeos
bem legais. Não se esqueça de assisti-los. Você vai gostar!

50
3.4.4 RFID – Radio Frequency Identification (Identificação por Rádio Frequência)

A sigla em inglês quer dizer Radio Frequency Identification (Identificação por Rádio
Frequência). Essa tecnologia fornece meios para a identificação de forma individual, cada produto,
além de registrar as suas informações técnicas, facilitando o seu rastreamento. O seu funcionamento
depende de:
● Impressoras;
● Etiquetas anexadas aos materiais;
● Antenas e leitores posicionados estrategicamente;
● Sistema de gestão para o gerenciamento das informações.

As etiquetas são fixadas nos mais diversos materiais. Produtos e embalagens possuem
componentes eletrônicos que podem registrar o número de série, o modelo e dados do fabricante. O
leitor é a ferramenta usada para capturar as informações codificadas e enviadas pelas etiquetas.
Dessa forma, ocorre a leitura, o processamento e o armazenamento por meio do sistema instalado.
É necessário que se faça a integração entre as ferramentas de controle de estoque, (WMS,
por exemplo) documentando as entradas e saídas.
De acordo com Dias (2012), trata-se de uma tag (etiqueta) que contém as informações
referentes à carga, permitindo o monitoramento do transporte por meio da emissão dos sinais de
rádio.

Você aprenderá mais sobre a RFID com a experiência de uma empresa


brasileira. Assista o vídeo e veja:
https://www.youtube.com/watch?v=SiPkO3VJBfM

3.4.5 Códigos de Barras

O código de barras é uma aplicação física, de hardware, normalmente impressa numa


etiqueta que, por meio da colocação de códigos legíveis pelo computador, facilita o controle das
operações nos pontos de venda, na expedição e também no recebimento de mercadorias, pois

51
permite a sua leitura de forma universal pelo computador com o uso de um sensor (DIAS, 2012, p.
334).
A utilização dessa tecnologia disseminou uma padronização mundial na codificação de
produtos e depende da organização escolhida para a sua utilização, o Brasil escolheu a codificação
EAN-13. Este tipo de código se refere a uma combinação única de números com 13 dígitos que serve
para a identificação de um objeto ou produto com base no sistema europeu EAN – que significa:
European Article Number, ou seja, numeração Europeia de Artigos na tradução livre para o
português). Atualmente, conhecido como GTIN (Global Trade Item Number) 13 (GTIN-13) na nova
nomenclatura em que é utilizada.
O código EAN é utilizado no mundo inteiro para registrar produtos de varejo. No Brasil, o
código de barras EAN-13 contém todas as informações relevantes sobre um produto que são
divididos da seguinte maneira:
● País de origem – 3 primeiros dígitos (Brasil 789);
● Empresa Fabricante – 4, 5 ou 6 dígitos;
● Produto por ela produzido – 3, 4 ou 5 dígitos;
● Digito verificador – 1 dígito.

Quer sabe mais a respeito da tecnologia do código de barras?


Veja esse vídeo e entenda melhor:
https://www.youtube.com/watch?v=1uJttCNfjLA

3.4.6 IMS – Inventory Management System (Sistema de Gerenciamento de


Inventário)

Esse sistema gerencia essencialmente os estoques e/ou inventários. Nesse tipo de


sistema, as informações de entrada e saída dos estoques são registradas e acompanhadas, além do
valor de compra. O sistema também pode sugerir quais itens devem ser movimentados primeiro
conforme as metodologias de avaliação de estoques denominadas FIFO – First In First Out (primeiro

52
a entrar será o primeiro a sair) e LIFO – Last In First Out (primeiro a sair é o último a entrar),
cadastradas no sistema (DIAS, 2012, p. 334).

3.4.7 GPS – Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global)

Você sabe onde tem o GPS bem perto de você? No seu smartphone. Isso mesmo!
Os smartphones possuem essa tecnologia embarcada de fábrica. Isso significa que seu
smartphone pode armazenar as informações privadas de onde você está em dado momento, onde
você esteve em um determinado período de tempo, onde você costuma ir em determinado dia da
semana, ou do mês, em determinado horário.
O Sistema de Posicionamento Global, mais conhecido como GPS (Global Positioning
System ou Geo-Posicionamento por Satélite na tradução livre para o português), é um sistema global
de navegação via satélite que permite obter a informação da posição de um veículo, de uma pessoa
ou de outro objeto qualquer, com uma precisão de poucos metros, ou de centímetros.
O GPS é amplamente utilizado não só pelas empresas, mas também por pessoas físicas
que desejam se localizar. Inicialmente, o GPS foi utilizado na área militar para o correto
direcionamento de vários tipos de armas de precisão. Nos dias atuais, estes armamentos inteligentes
são guiados na direção dos seus alvos por um sistema misto com a utilização conjunta de um GPS.
Este tipo de sistema pode ser utilizado em qualquer condição de clima garantindo um
grau de acertos muito acurado. O GPS também é aplicado à aviação geral e comercial, navegação
marítima, em pessoas e/ou objetos.

Você quer saber mais a respeito de como o GPS funciona. Então veja o vídeo
abaixo e entenda melhor o seu funcionamento.
https://www.youtube.com/watch?v=qzOA41vA8Qw

53
Sua aplicação torna-se indispensável às operações de distribuição, pois agregado ao
módulo TMS, de gestão de transportes, o GPS controla o deslocamento dos veículos apresentando
novas rotas, avisando o fim de desvios e a comunicação em tempo real o que garante, em especial, a
segurança da carga e do operador de transporte.

Não esqueça de assistir a videoaula da terceira e última competência!!!


Dê uma olhada lá no AVA.

Viu como foi importante agregar todas estas informações ao dia a dia das operações
logísticas? Desta forma, você finaliza a disciplina reunindo um conjunto de competências que lhes
proporcionará um vasto conhecimento acerca de uma área em franca expansão, a Tecnologia da
Informação Aplicada à Logística e o valor que ela agrega aos níveis de serviços logísticos nas
organizações.

Siga firme em seus estudos e até a próxima disciplina!

54
Conclusão
Há muita coisa a se saber, a se conhecer dos sistemas de informações e suas aplicações
no dia a dia das operações organizacionais, mais especificamente, no segmento logístico. Contudo,
este universo, embora vasto, tem se demonstrado favorável aos profissionais desta área que através
do conhecimento estabelecido nos cursos técnicos passaram a vislumbrar atividades, cuja
qualificação lhes dará condições de adquirem um diferencial competitivo e, com isso, um melhor
enquadramento de suas habilidades em ambientes organizacionais.
Sem assim, esperamos que tenham aproveitado ao máximo, especialmente, quando no
transcorrer da disciplina podemos aprofundar tantas discussões valiosas através do ambiente virtual
– AVA, dos conteúdos compartilhados em nossos podcasts e videoaulas. Neste sentido, desejamos o
máximo sucesso em vida sua jornada profissional e nos dispomos ainda mais em contribuir com seus
progressos.

É só nos procurar que estaremos à sua disposição.

Sucesso!
Carlos Miranda | Professor.

55
Referências

ABREU, A. F.; REZENDE, D. A. Tecnologia da Informação aplicada a sistemas de informação


empresariais. São Paulo: Atlas, 2013.

AMARU, Antônio Cesar Maximiano. Introdução à Administração. Editora ATLAS, 7ª Edição, 2007

CHING, Hong Yuh Gestão de estoques na cadeia de logística integrada – Supply Chain. 4. Ed. São Paulo:
Atlas, 2010.

CORRÊA, H. L.; GIANESE, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, programação e controle de produção.4ª


edição. São Paulo: Atlas, 2006. 452 p.

CRUZ, T. Sistemas de informações gerenciais: tecnologia de informação e a empresa do século XXI.


São Paulo: Atlas, 1998.

DIAS, M. A. P. Logística, Transporte e infraestrutura: armazenagem, operador logístico, gestão via TI.
São Paulo: Atlas, 2012.

FOINA, Paulo Rogério. Tecnologia de informação: Planejamento e Gestão. SP: Atlas, 2013.

MARAKAS, G. M.; O´BRIEN, J. A. Administração de Sistemas de Informação. São Paulo: Mcgraw Hill
Brasil, 2013.

MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando Piero – Administração da Produção – 3ª Edição -


Editora Saraiva – 2015.

POZO, Hamilton Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6. Ed.
São Paulo: Atlas, 2010.

56
Minicurrículo do Professor

Carlos Miranda
Professor Carlos Miranda é Mestre em Tecnologia Ambiental, pelo Instituto de Tecnologia
de Pernambuco - ITEP. Especialista em Gestão de Logística e bacharel em Administração de Empresas
pela Faculdade Frassinetti do Recife - FAFIRE. Coordenou cursos superiores de base tecnológica de
Gestão em Logística e de Gestão em Segurança do Trabalho, em níveis técnico e ensino superior. Na
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, atuou na função de Tutor Virtual, ministrando a
disciplina de Gestão de Operações Logísticas 1, no curso de Bacharelado em Administração Pública
pela Universidade Aberta do Brasil – UAB. Atuou como professor convidado na Fundação Bradesco e
na Faculdade Einstein - FACEI / BA, nos cursos de Administração de Empresas e Logística e no módulo
de Logística Empresarial no MBA em Gestão Estratégica da Segurança Corporativa, respectivamente.
Possui experiências em operações de transporte e distribuição, em empresa transportadora de
gêneros alimentícios e de higiene e beleza. Em armazenador logístico, exerceu a função de operador
de sistema WMS/SAP-R3, analisando os estoques de produtos frigorificados e congelados, em
consonância com as atividades de coordenação em projeto, com ênfase no recebimento,
armazenagem, distribuição e sistema da qualidade interna. Publicou o artigo intitulado
Gerenciamento do Óleo Lubrificante Usado e Contaminado, cuja apresentação se deu no Encontro
Pernambucano de Resíduos Sólidos – EPERSOL, na UFRPE. No Congresso Nacional de Educação
Ambiental – CNEA/UFPB apresentou o artigo intitulado Sustentabilidade ambiental: as relações
existentes entre a fisiografia e as dimensões ambientais, econômicas e sociais na praia de Boa
Viagem, Recife – Pernambuco. Permanece atuando no ensino superior nos cursos de Gestão e
Engenharia de Produção e encontra-se vinculado na Escola Técnica Professor Antônio Carlos Gomes
da Costa - ETEPAC/EAD, Governo do Estado de Pernambuco, exercendo a função de professor no
curso técnico em Logística.

57

Você também pode gostar