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Sistemas de Informações

Gerenciais
Micheline Xavier de Moura

Curso Técnico em
Secretaria Escolar
Sistemas de Informações
Gerenciais
Micheline Xavier de Moura

Curso Técnico em
Secretaria Escolar

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

2.ed. | fevereiro 2022


Professor Autor Catalogação e Normalização
Micheline Xavier de Moura Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Micheline Xavier de Moura Jailson Miranda

Coordenação de Curso Coordenação Executiva


Iracema Cristina Batista da Silva George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Coordenação Design Educacional Manoel Vanderley dos Santos Neto
Deisiane Gomes Bazante
Coordenação Geral
Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti Secretaria Executiva de
Jailson Miranda Educação Integral e Profissional
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Escola Técnica Estadual
Descrição de imagens Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Sunnye Rose Carlos Gomes
Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução .................................................................................................................................... 5

1.Competência 01 | Apropriação do Conceito e da Importância de Sistemas de Informações


Gerenciais ..................................................................................................................................... 6

1.1 Sistemas de Informações e Sistemas de Informações Gerenciais (SIG) .................................................... 7


1.1 Tecnologia da Informação ....................................................................................................................... 10
1.3 Pessoas, Hardwares e Softwares na Tecnologia da Informação ............................................................. 16
1.4 A importância dos Sistemas de Informações Gerenciais......................................................................... 18
2.Competência 02 | Entender a Importância dos Censos Educacionais ........................................ 22

2.1 O Censo Educacional ............................................................................................................................... 26


2.2 Educacenso.............................................................................................................................................. 30
2.3 Indicadores educacionais: ENEM – ENADE – SAEB – PROVA BRASIL – IDEB e o PNE .............................. 34
2.4 Legislação e Documentos sobre o Censo Educacional ............................................................................ 37
3.Competência 03 | Compreender a Utilização do Sistema do Censo Educacional ....................... 42

3.1 Censo e Políticas Públicas Educacionais .................................................................................................. 45


3.2 Coleta de Dados Educacionais ................................................................................................................. 52
3.3 Funcionalidades dos Censos Educacionais .............................................................................................. 57
4.Competência 04 | Compreender o Sistema de Informação da Educação ................................... 59

4.1 Sistema de Informações da Educação de Pernambuco (SIEPE)............................................................... 63


4.2 Sistema Integrado de Gestão Educacional .............................................................................................. 70
4.3 Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIED) ......................................................................... 73
4.4 Sistema de Administração Escolar do MEC (SAEMEC) ............................................................................ 75
5. Competência 05 | Entender as Funcionalidades do Sistema de Informação da Educação ......... 77

5.1 Gestão escolar mais eficiente ................................................................................................................. 81


5.2 Demandas de uma gestão educacional ................................................................................................... 86
6.Competência 06 | Conhecer o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e
Tecnológica ................................................................................................................................. 91

6.1 Conhecendo o SISTEC .............................................................................................................................. 95


Conclusão .................................................................................................................................. 102

Referências ............................................................................................................................... 103

Minicurrículo do Professor ........................................................................................................ 109


Introdução
Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à disciplina de Sistemas de Informações
Gerenciais, nas próximas semanas estaremos juntos nesta jornada de conhecimentos, que se divide
em seis competências distintas. Na primeira você estudará o conceito de Sistemas de Informações
Gerenciais e neste contexto aprenderá temas como: sistemas de Informações; tecnologias da
informação; pessoas, Hardwares e Softwares nas tecnologias da informação, com o fim de
compreender a importância dos Sistemas de informações Gerenciais na tomada de decisões e na
organização de instituições de ensino, sejam estas públicas ou privadas.
Na segunda você aprenderá sobre a importância dos Censos Educacionais. Nela você verá
o que é um Censo Democrático e entenderá o que é um Censo Educacional, a sua finalidade, como
se dá seu funcionamento e quais são seus principais instrumentos. Você também conhecerá o
Educacenso, bem como os principais indicadores educacionais brasileiros e a legislação e documentos
sobre o Censo Educacional.
Na terceira você compreenderá a influência do Sistema de Censo Educacional na criação
de políticas públicas educacionais, e, neste contexto, aprenderá o que são políticas públicas, bem
como, sua organização no chamado “Ciclo das Políticas Públicas”. A partir daí aprenderá sobre as
políticas públicas educacionais e de como se comporta este ciclo quando voltado para as políticas
educacionais. Além disso, você também vai aprender como se dá a coleta dos dados educacionais e
as funcionalidades dos censos educacionais.
Na quarta você verá o Sistema de Informação como uma importante ferramenta de
integração ao mundo do conhecimento e da informação, e de facilitação do trabalho através do
fornecimento de dados precisos e em tempo real. E na quinta vai entender as Funcionalidades do
Sistema de Informação da Educação no âmbito acadêmico e administrativo da SEE - PE, das GREs
(Gerências Regionais de Educação) e das escolas, como cadastro, manutenção e consultas dos dados
da rede física, do sistema de ensino, dos alunos e dos servidores da rede.
Por fim, na sexta você vai aprofundar seu conhecimento sobre o SISTEC - Sistema Nacional
de Informações da Educação Profissional e Tecnológica.
Então, preparado(a)? Agora, vamos compreender e solidificar conhecimentos
significativos sobre a temática abordada.
Bons estudos!

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1.Competência 01 | Apropriação do Conceito e da Importância de Sistemas
de Informações Gerenciais
Saudações a você meu caro estudante!
Iniciando o estudo desta primeira competência, convido você a mais uma aprendizagem:
a de apropriar-se do conceito de Sistemas de Informações Gerenciais - SIG, e de compreender sua
importância para a tomada de decisões e organização de uma instituição de ensino, seja ela pública
ou privada.
Que tal acessar o nosso podcast desta primeira competência? Aproveite para ouvir este
material antes de iniciar as leituras!
Vamos, então dar início a mais essa caminhada?
Agora, antes de iniciar estes estudos, perguntamos:

Por que APROPRIAR-SE do conceito de sistemas de informações gerenciais?

Segundo Carmem Lúcia Batista (2018, p. 2015):


“No processo de apropriação, o sujeito não se mantém passivo no contato com
o objeto, ele passa por uma transformação que o prepara para relacionar-se
ativamente com o objeto, num movimento dialético de desenvolvimento”.

Logo, você pode verificar que a apropriação de um conceito se dá através da construção


de conhecimentos, tendo por base a negociação de representações, o propósito de conjugar
realidades e interesses diversos, envolvendo um processo dialético de troca de informações, sendo o
mesmo muito utilizado nas Ciências da Informação quando relacionado às situações de apropriação
da informação, de bens culturais, de espaço, de dispositivos tecnológicos, dentre outros.

Sugestão de leitura para melhor entender o conceito de apropriação e sua


contribuição à Ciência da Informação no link:
https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/74317

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Assim, com essa breve abertura destes estudos, você passará a ver de modo mais
específico sobre os Sistemas de Informações e dos Sistemas de Informações Gerenciais (SIG).

1.1 Sistemas de Informações e Sistemas de Informações Gerenciais (SIG)

Neste estudo, antes de te apresentar o conceito de Sistemas de Informações Gerenciais,


será feita uma breve explanação acerca do que vem a ser um Sistema.

Sistema de informações
É um conjunto organizado de elementos – os quais podem ser pessoas, dados,
atividades ou recursos materiais em geral – que interagem entre si para o
processamento de informações e sua divulgação de forma adequada, com a
finalidade de atingir aos objetivos de uma organização (CONCEITO.DE, 2019).

Saiba que o sistema de informações pode descrever tanto por um sistema automatizado,
que compreende sistemas computadorizados e redes de comunicação (o chamado Sistema
Informacional Computadorizado); quanto um sistema manual, ligado à pessoas, à máquinas ou à
questões metodológicas organizados para coletar, armazenar, processar, transmitir e disseminar
dados que representem uma informação aos usuários (WIKIPÉDIA, 2020). O seu estudo surgiu como
subdisciplina das Ciências da Comunicação, tendo por finalidade a racionalização da administração
da tecnologia dentro das organizações (CONCEITO.DE, 2019).
Logo, o termo sistema de informações é utilizado para designar mecanismos elaborados
com o fim de realizar a coleta de dados, de armazenar os dados coletados e de processá-los e
transmiti-los tornando o seu acesso mais simples para quem precisa dessas informações
(CONCEITO.DE, 2019)
Diante do que foi visto até o presente momento, pode-se dizer que o elemento principal
dos sistemas de informações é a própria informação, pois será ela que irá auxiliar na tomada de
decisões da empresa e sem informação não é possível haver uma administração eficaz.

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Então, pergunto: O que você compreende como informação?

INFORMAÇÕES - São dados oferecidos de forma significativa e útil para os


indivíduos. Dados são correntes de fatos brutos que importam eventos que
estão ocorrendo nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido
organizados e arranjados para que as pessoas possam entendê-los e utilizá-los
(WIKIPÉDIA, 2020).

Todavia, é importante que você saiba que o conceito de Sistema de Informações muitas
vezes é utilizado de modo errado como sinônimo de sistema de informação informática. E esclareço
que este último pertence ao campo das tecnologias da informação e pode fazer parte, como recurso
material, de um sistema de informação.
Frente a isso, você verá que o sistema de informações pode englobar tanto
procedimentos, quanto recursos (tecnológicos e humanos) que trazem informações essenciais para
os diferentes postos e níveis da empresa.
E, neste universo, verifica-se que na atualidade é de fundamental importância para a
tomada de decisão das empresas, que as suas informações encontrem-se centradas em um sistema
de informações próprio, ou seja, por um Sistema de Informações Gerenciais.
E, deste modo, apresento para você o conceito de SIG:

Sistema de informações Gerenciais

Os SIG’s correspondem aos “sistemas ou processos que fornecem as


informações necessárias para gerenciar com eficácia as organizações”
(MARTINEZ, 2020).

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Figura 01 – Sistema de informação gerencial e a interação colaborativa entre as pessoas, tecnologias e procedimentos
Fonte: http://vyzer.blogspot.com/p/sistemas-de-informacao-gerenciais-sig.html
Audiodescrição da figura: A figura é formada por um fluxograma que contem ao centro um documento com o desenho
de um robô que representa os dados que são gerados na formação do sistema operacional, que se encontra interligado
com três computadores que estão sendo utilizados cada um por um usuário diferente; bem como com duas CPUs. Fim
da audiodescrição.

Os SIG’s geram, ainda, produtos de informação que servem de apoio ao atendimento das
necessidades da empresa e à tomada de decisões administrativas. Estas correspondem ao resultado
da interação colaborativa entre pessoas, tecnologias e procedimentos, que auxiliam uma organização
a atingir os seus objetivos.
Para Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira (2008), o sistema de informações gerenciais
envolvem os processos usados na transformação de dados em informações que permitem aos
gestores a obtenção, de forma dinâmica e prática, das informações necessárias para o embasamento
de suas decisões, sejam estas relacionadas a questões administrativas internas, a estratégias de
vendas ou a outras áreas que necessitem de uma gestão mais apurada de indicadores.
Neste ponto de seu estudo você pode observar que no conceito de SIG você poderá
encontrar outro conceito: o de Informação Gerencial. Então, pergunto:

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O que vem a ser INFORMAÇÃO GERENCIAL?

Para Cintia Caetano (2020), a informação gerencial corresponde a qualquer


dado/informação que influencia de forma potencial a decisão gerencial,
transformando-a em ações administrativas. E como tal, essa é uma ferramenta
capaz de permitir o controle e o planejamento das ações, bem como a medição
e avaliação dos resultados obtidos, o que permite a realização rápida dos ajustes
que promoverão a melhoria das ações realizadas dentro da empresa.

Assim, dando continuidade aos seus estudos, seguiremos tratando de uma área que traz
muita contribuição aos sistemas de informações gerencias: a Tecnologia da Informação (TI), uma vez
que o funcionamento eficaz de um SIG depende da coleta, do registro e do processamento de dados
e informações de forma rápida e eficiente, o que faz do uso da informática e das TIs fundamentais.

1.1 Tecnologia da Informação

No mundo globalizado em que se vive, o uso das tecnologias da informação (TIs) faz parte
do cotidiano da maioria das pessoas, e, conforme visto acima, quando se trata de sistema de
informações gerenciais as TIs passam a ser fundamentais, sobretudo, no universo escolar em que o
seu curso encontra-se inserido, pois as tecnologias se fazem presente no gerenciamento das
instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas, bem como na garantia de uma melhor
administração e gestão escolar.

Com fim de auxiliar você na compreensão da importância das tecnologias da


informação, te convido a assistir o documentário que trata acerca da História
da Informação, o qual se encontra disponibilizado no site:
https://www.youtube.com/watch?v=ppNCQ5cC5uA

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As Tecnologias da Informação (TIs) – ou Information Technology (IT), como são chamadas
no inglês – desde a década de 1950 têm promovido importantes transformações nas empresas. E,
embora o seu uso, inicialmente, encontrar-se fortemente ligado ao controle dos custos de produção
das empresas industriais, na atualidade, ele integra por todo o mundo, a elaboração de novas
estratégias e formas de relacionamento entre empresas e consumidores, visando não só a questão
da produtividade, mas também a melhoria na qualidade da tomada de decisões pelos gestores
(MORAES et al, 2018).

Figura 02 – Tecnologias da Informação


Fonte: https://www.tecnologiae.com.br/maneiras-tecnologia-informacao-comunicacao-estao-mudando-como-
vivemos/
Audiodescrição da figura: Na figura acima se visualiza a metade superior de uma cabeça humana, tendo como destaque
o cérebro representado por engrenagens, o qual encontra-se interligado a diferentes formas de tecnologias,
representando que, atualmente o homem encontra-se conectado a diferentes instrumentos/sistemas tecnológicos. Fim
da audiodescrição.

Quanto a sua definição pode-se dizer que a TI encontra-se atrelada ao uso de recursos
tecnológicos e computacionais e ao armazenamento e uso de informações, de forma que:

A Tecnologia da Informação pode ser definida como um conjunto de todas as


atividades e soluções promovidas por ferramentas tecnológicas visando à obtenção,
ao armazenamento, à proteção, ao processamento, ao acesso, ao gerenciamento e
ao uso de informações (COSTA, 2017).

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Também serão as decisões relacionadas a esse conceito que irão definir a coleta, a análise
e a classificação dos dados que serão transformados em informação, para depois serem
disponibilizados, acessados, processados e protegidos de acordo com a finalidade estabelecida pelo
usuário que vai manuseá-la, uma vez que o uso das TIs nas organizações, e em nosso caso no
gerenciamento escolar e em apoio aos processos escolares, deve ser planejado a partir de uma
demanda, ou seja, da necessidade de resolução de algum problema ou objetivo.
Assim, de igual forma, como os avanços tecnológicos ocorridos nos últimos tempos,
principalmente devido à expansão causada pelo processo de globalização modificaram as sociedades
e a forma das pessoas se relacionarem por todo o mundo, a utilização da TI possui um papel decisivo
nas transformações organizacionais, o que tornou de grande importância para as organizações o
investimento em inovações tecnológicas, a utilização de sistemas de informações e seu conhecimento
enquanto recursos estratégicos (COSTA, 2017).

É importante destacar que as TI’s não devem ser relacionadas apenas ao uso ou à
posse de equipamentos avançados de tecnologias, uma vez que estas
correspondem a uma ação estratégica que deve considerar diferentes fatores para
que a sua implantação seja capaz de proporcionar, no processo decisivo, melhores
resultados (MARTINS et al, 2012).

Deste modo, a TI precisa ser aplicada com planejamento, através do uso de


procedimentos adequados para não correr riscos elevados, sendo fundamental que elas estejam em
um ambiente adequado e sejam manuseadas por um pessoal que saiba fazer um uso correto desta
ferramenta (MARTINS et al, 2012), para que assim ocorram impactos positivos na empresa,
possibilitando um melhoramento em seu contexto estratégico e funcional.
Diante do que vimos até o presente momento, questionamos:

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As tecnologias da informação encontram-se fundamentadas em quais os
componentes?
São quatro os componentes que fundamentam as TI’s, sendo eles: o Hardware
e seus dispositivos e periféricos; os softwares e seus recursos; os sistemas de
telecomunicações; e a gestão de dados e informações (COSTA, 2017).

Agora vamos aprender um pouco mais sobre cada um destes componentes:

Hardware – Toda parte física de um equipamento, sendo composto pelo


conjunto de aparatos eletrônicos, de peças e equipamentos que fazem o
computador funcionar, e por meio do qual as informações são processadas e
armazenadas gerando novas informações (COSTA, 2017).

Deste modo, na figura abaixo você pode visualizar alguns exemplos de Hardware.

Figura 03 – Hardware e seus dispositivos


Fonte: https://www.bringit.com.br/blog/duvidas-frequentes/que-hardware/
Audiodescrição da figura: Acima da figura é possível visualizar externos de um computador (CPU, monitor, teclado e
mouse), e na parte inferior verificam-se outro elementos e dispositivos tecnológicos que compõem os hardwares
internos e externos. Fim da audiodescrição.

Diante disso, você pode verificar que os Hardwares correspondem as partes físicas do
computador, ou seja, o conjunto de equipamentos acoplados em produtos que precisam de

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gerenciamento computacional, o qual pode ser dividido em duas categorias distintas: os externos e
os internos. Dentre os hardwares externos, tem-se: o monitor; o teclado; o pendrive; e os periféricos
(mause, impressora, scanner, webcan, microfone, dentre outros). Já os hardwares internos
correspondem ao processador, ao HD, à memória RAM, a placa mãe e as placas de vídeo.

Software – É a parte lógica do computador, a qual corresponde aos programas


de computador que controlam o trabalho do hardware junto com a
documentação do programa utilizado para explicar os programas aos usuários
(COSTA, 2017).

Figura 04 – Exemplos de Software


Fonte: https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/
Audiodescrição da figura: Na figura é possível verificar diferentes exemplos de softwares. Fim da audiodescrição.

Agora, para que você compreenda bem a diferença entre o hardware e o software basta
observar o quadro abaixo:

Hardware Software
O que são Elementos físicos que formam o Programas e sistemas que fazem o
equipamento equipamento funcionar
Função Atua como sistema de entrega do Executa uma tarefa específica, o qual
software fornece as instruções ao hardware
Tempo de vida Pode estragar com o tempo Pode ficar desatualizado
Desenvolvimento Criado a partir de materiais eletrônicos
Criado por meio de códigos e linguagem
de programação
Inicialização Funciona quando o software é carregado Instalado no equipamento para que o
mesmo funcione
Manutenção As peças podem ser substituídas por Pode ser reinstalado

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outras

Quadro 1 - Principais diferenças entre hardware e software


Fonte: https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/

Sistemas de Telecomunicações
Define-se pela transmissão de sinais, por qualquer meio de comunicação
(inclusive telefone, rádio e televisão), que vai de um emissor a um receptor
(COSTA, 2017).

Para melhor entender o conceito acima descrito, você poderá observar que, no processo
de telecomunicação, um computador emite um sinal digital ao modem, o qual vai converter sinais de
alta frequência em sinais analógicos modulados através de uma linha que irá transmitir o sinal para
outro computador (COSTA, 2017).
Para que isso ocorra, é preciso que o sistema de telecomunicação e seus componentes
encontrem-se interligados, sendo necessária a presença de computadores e dispositivos de recepção
e envio de dados; de canais de comunicação; de processadores de comunicação e software de
telecomunicação (MARTINS et al, 2012), cujo processo pode ser visto por vocês na figura abaixo.

Figura 05 – Elementos de um sistema de Telecomunicações


Fonte: https://www.slideshare.net/maigon/sistemas-de-informao-aula06-cap6-telecomunicaes
Audiodescrição da figura: No item 1 da figura o computador aparece como elemento de envio no item 1. No item 2
visualiza-se o fio condutor que vai ligar o computador ao dispositivo de telecomunicações, que encontra-se
representado no item 3. No item 4 ver-se o meio que neste caso representa a corrente elétrica. E por fim tem-se a item
6, que representa o o sistema de computador e o equipamento receptor da informação. Fim da audiodescrição.

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Gestão de dados e Informações – Compreende as atividades de
armazenamento e recuperação de dados, níveis e controle de acesso às
informações (COSTA, 2017).

Com estes esclarecimentos, vamos aprofundar um pouco mais nos seus estudos, quando
se busca tratar da sintonia que precisa existir entre as pessoas, os hardwares e os softwares na
tecnologia da informação.

1.3 Pessoas, Hardwares e Softwares na Tecnologia da Informação

No mundo em que se vive, com os avanços tecnológicos ocorridos e a infinidade de


recursos tecnológicos que a cada dia se tem acesso, fica cada vez mais difícil viver sem o uso da
tecnologia. E, como visto anteriormente, quando se passa a referir sobre as Tecnologias da
Informação, para que estas funcionem e atinjam os seus objetivos três elementos são fundamentais:
os hardwares, os softwares e o componente humano que irá operar os sistemas.
Neste processo, para que as coisas ocorram como precisam, é fundamental que estes três
elementos se encontrem em sintonia, ou seja, de nada adiantará a obtenção de tecnologias de última
geração e o pessoal que for trabalhar com elas não saiba como manuseá-las; bem como de nada
adianta ter um pessoal altamente preparado e que os equipamentos não sejam capazes de realizar
as tarefas com eficácia.
Logo, é preciso que o pessoal que vai operar os sistemas saiba como trabalhar com as TI’s,
e que os hardwares e softwares utilizados possibilitem o alcance das metas e objetivos para o qual
foram adquiridos e/ou criados.

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EXEMPLIFICANDO:
Em uma organização o computador necessita ter a capacidade de
armazenamento de dados necessários para atingir o objetivo que lhe foi
proposto quando adquirido. Nele, existem os hardwares, que correspondem à
parte física do equipamento, ou seja, o conjunto de unidades que constituem
um sistema de processamento de dados. Já os softwares correspondem ao
conjunto de instruções eletrônicas que dizem ao computador o que fazer
(GOMES FILHO et al, 2008).

Assim, sendo, o computador é um sistema que lê, registra, processa e armazena


informações em sua memória, todo esse processo apenas se faz possível se houver uma interação
entre hardware e software (GOMES FILHO et al, 2008). Porém, a operacionalização de equipamentos
e programas apenas poderá ocorrer através da ação humana. Logo, as pessoas que irão operar esse
sistema precisam entender de TI, e precisam assumir seu papel na solução dos problemas que
poderão surgir, para atingir as metas estabelecidas.

E como você pode pensar essa situação, em sua esfera de atuação e estudo,
que é a escola?

É sabido que, nas instituições de ensino, as informações que em outros tempos eram
colocadas em papéis, como no caso do livro de Diário de Classe, das fichas individuais e dos históricos
de estudantes, que evidenciavam trabalhos repetitivos e exaustivos, podem ser agilizados pelo uso
do computador. Também vem sendo cada vez mais comum a utilização de e-mail ou de mensagens
pelo whatsApp, na comunicação entre a escola e os pais.
Assim, a utilização das TI’s dentro da gestão escolar, vem sendo cada vez mais comum e
necessário diante do quadro de mudanças que os avanços tecnológicos têm trazido da sociedade
como um todo.
Todavia, neste universo de mudanças, sabe-se que ao mesmo tempo em que existem
aquelas pessoas que se adaptam facilmente ao uso de novas tecnologias e existem as que são

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resistentes, portanto, se faz necessário que haja um bom gerenciamento de mudanças, a fim de que
as rejeições sejam vencidas, os boicotes evitados e que consequentemente possa haver uma maior
aceitação e cooperação de todos os envolvidos no processo.
Dessa forma é imprescindível que este processo de mudança seja gerenciado antes,
durante e depois de sua implementação. Assim, a inserção de um Sistema de Informações Gerenciais
demanda planejamento, execução e acompanhamento constantes.
Agora, dando continuidade aos seus estudos, passa-se a tratar sobre a importância dos
sistemas gerenciais.

1.4 A importância dos Sistemas de Informações Gerenciais

Recordando o conceito de Sistema de Informações Gerenciais, lembro a você que este se


refere a sistemas ou processos que fornecem informações que são utilizadas para que ocorra um
gerenciamento eficaz das organizações e para que os objetivos organizacionais sejam atendidos.
Assim, ao fazer um leve retrocesso quanto ao uso de SIG’s dentro das empresas, você
poderá ver que estes sempre existiram, todavia, não eram reconhecidos por essa nomenclatura e
eram utilizados de forma simples e informal. Foi apenas com o advento da computação e os avanços
tecnológicos que passaram a proporcionar uma capacidade cada vez mais de se processar, condensar
e armazenar uma maior quantidade de informações, que os sistemas de informações gerenciais
passaram a ser um campo de estudo e se formalizaram como um sistema de informação (MARTINS
et al, 2012).

E NA EDUCAÇÃO, O QUE SERIA UM SIG?

Quando nos referimos ao sistema de informações gerenciais na educação,


estamos tratando daqueles sistemas e processos de captação de dados, que
fornecem as informações necessárias ao gerenciamento e planejamentos de
ações, com vistas à melhoria do processo escolar.

Neste caso, a captação de dados encontra-se relacionada aos elementos que fornecem
informações ligadas ao universo escolar, tais como: nome de alunos e responsáveis; endereços;

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documentação; idade; sexo; série; frequência dos alunos; notas das disciplinas; dentre outras
informações que servem para alimentar o sistema, que fará seu processamento e organização, na
formação de uma informação significante, que serão transformados em relatório, que quando
apresentado ao gestor, lhes dará um panorama da realidade da escola que o auxiliará na tomada de
decisões.

Figura 06 – Sistema de informações gerenciais na escola


Fonte: https://www.sophia.com.br/blog/gestao-escolar/transforme-a-gestao-escolar-com-a-tecnologia-e-o-
planejamento
Audiodescrição da figura: A figura tem em destaque duas mãos em digitando informações em um computador, estando
estas informações relacionadas ao universo escolar, conforme se observa nas figuras que representam este universo e
que se encontram acima deste computador, tais como: calendário escolar, diploma, lupa, ábaco, calculadora escola,
régua lápis, livro, documento, entre outros. Fim da audiodescrição.

Assim, conforme você já viu anteriormente, o SIG que dará suporte às ações de
planejamento, de controle e organização da empresa, e no caso da escola, elas são de grande
importância, pois são capazes de fornecer informações seguras e em tempo hábil para a tomada de
decisões (CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO – PITÁGORAS, 2020).
Diante disso, você pode perceber que a utilização de um sistema de informações
gerenciais pode trazer inúmeros benefícios. E, dentre estes benefícios, pode-se citar: a redução de
custos operacionais; a melhoria do acesso à informação; a melhoria da produtividade; a melhoria dos
serviços realizados e oferecidos; um fácil acesso a informações que auxiliam na tomada de decisão
de forma rápida e eficiente; a melhoria dos serviços realizados e oferecidos; melhoria da estrutura
organizacional; o aumento do nível de motivação das pessoas; a redução da mão de obra burocrática;
dentre outros (MARTINS et al, 2012).
Com isso você pode perceber a importância do sistema de informações gerenciais dentro
de uma escola, mas também não pode ignorar que para que um sistema de informações atinja os

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benefícios acima citados, faz-se imprescindível que se conheça e se entenda o seu funcionamento e
sua finalidade, caso contrário, continuaremos armazenando uma série de dados nos computadores e
em pilhas de papel impressos e arquivados em gavetas e armários.
Por outro lado, você não pode esquecer que hardwares e softwares são passíveis de
sofrer danos, seja em consequência de quebra ou da ação de vírus. Podendo também sofrer invasões
de hacker mal intencionado, sendo diferentes as causas que podem deixá-los sem a possibilidade de
acesso, o que faz necessária a realização, em tempos pré-estabelecidos, do backup, dos dados
armazenados no computador da instituição.

A palavra backup é um termo inglês que significa reforço e passa a ideia de


uma proteção extra, uma ajuda para guardar algo importante. Na informática,
o termo tem o sentido de cópia de segurança. E é um recurso usado para se
proteger contra a perda de dados, permitindo recuperá-los em casos de
imprevistos (MORAES, 2019).

Assim, através da realização de um backup é possível deixar salvos dados considerados


importantes para a empresa/escola, através da realização de cópias de segurança, as quais podem
ser armazenadas de diferentes formas, tais como:
• Pendrives, que correspondem a pequenos dispositivos de entrada de USB, que
permitem a gravação de diferentes dados, além de serem muito versáteis, pois
possibilitam a edição dos artigos que são salvos, possibilitando acesso às
informações, sempre que precisar. Todavia, devido a sua capacidade de
armazenamento limitada, pode se fazer necessário o uso de mais de um dispositivo
para a armazenagem de seus dados;
• HD Externo, é um dispositivo que funciona com uma entrada USB, e que tem a
mesma função de armazenagem que tem o HD do computador. Em relação ao
pendrive, ele tem a vantagem de uma maior capacidade de armazenagem de dados,
e também de conectar com facilidade a diversos computadores, podendo ser
guardado em um cofre, caso você precise;

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• Na Nuvem, é uma espécie de servidor on line que permite o armazenamento de
dados, sem que haja a necessidade de se ter nenhum dispositivo físico. Dentre os
servidores existentes, podemos citar: Google Drive, Dropbox e o Icloud. Sendo este
tipo de backup considerado totalmente seguro, onde o usuário poderá ter acesso aos
seus dados por meio de um login e uma senha próprios.

E aí, o que você está achando de nossas aulas? Espero que esteja gostando e esteja
animado(a) para aprofundar seus conhecimentos, pois aqui terminamos essa etapa de seus estudos.
Todavia, você está convidado(a) para continuar comigo essa jornada de conhecimentos na próxima
semana, na qual iremos aprender sobre a importância dos Censos Educacionais.
Deste modo, fique atento(a) às atividades dessa semana sobre o assunto abordado, verifique o
material complementar, participe dos fóruns (geral e de atividades), como também dos destaques.

E, não esqueça de assistir a vídeo aula desta competência.

Para você uma ótima semana de estudos!

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2.Competência 02 | Entender a Importância dos Censos Educacionais
Seja bem vindo(a) a mais um momento de aprendizagem.
Agora, você já compreendeu a importância dos Sistemas de Informações Gerenciais e das
tecnologias da informação para a tomada de decisões e para a organização de uma instituição de
ensino, seja ela pública ou privada, conforme estudado na competência passada. Que tal acessar o
nosso podcast desta segunda competência e aproveitar para ouvir esse material antes de dar início
as suas leituras?
A partir deste momento, você está convidado(a) a aumentar seus conhecimentos e vir
junto conosco aprender um pouco mais ao estudar sobre o censo educacional, sua finalidade, seu
funcionamento e seus principais instrumentos.
Todavia, antes de iniciarmos nossas explanações acerca deste assunto acreditamos ser
importante trazer para você alguns esclarecimentos sobre o que vem a ser o Censo Demográfico.

CENSO DEMOGRÁFICO
Constitui-se a principal fonte de referência para o conhecimento da vida da
população nos municípios do país e em seus recortes territoriais internos,
cujas informações são coletadas junto a cada pessoa residente em domicílio
do território nacional, em uma determinada data de referência (IBGE, 2020).

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o recenseamento populacional


pode ser definido como um conjunto de operações de recolhimento, agrupamento e publicação de
dados demográficos, econômicos e sociais relativos a todos os habitantes de um país ou território, o
qual ocorre em um determinado momento ou período (CAMARGO, 2020).
A palavra censo se origina do latim census, que significa conjunto de dados característicos
dos habitantes de uma determinada localidade ou país, que são utilizados para fins estatísticos
(BRASIL, 2015).
Agora, vamos entender um pouco da história!
Você sabia que o primeiro censo realizado a nível nacional ocorreu na China 2.238 a.C?
Ele aconteceu no reinado do Imperador Yao e teve como fim contar a população existente no país e
conhecer a extensão dos campos de cultivo chineses (BRASIL, 2015).

22
Figura 07 – O primeiro Censo Demográfico
Fonte: https://www.slideshare.net/andreiascarlin/caderno-de-estudos
Audiodescrição da figura: A figura mostra o globo terrestre tendo como destaque China, cuja localização é apontada
por um boneco que caracteriza um chinês. Fim da audiodescrição.

Você poderá encontrar a presença de registros nacionais também no Egito durante o


século XVI a.C e das contagens populacionais que eram realizadas por romanos e gregos, entre os
séculos VIII e IV a.C.; e saiba que estes primeiros censos tiveram por objetivos centrais dimensionar
o tamanho da população com a finalidade de: definir o recrutamento de pessoas hábeis a participar
das guerras; efetuar as cobrança de impostos e dimensionar a dimensão das lavouras cultivadas
(BRASIL, 2015).
O relato de contagem da população você também encontrará na própria Bíblia. No caso
de Moisés, que no Deserto de Sinai recebeu do Senhor a ordem de realizar “o recenseamento de toda
a congregação dos filhos de Israel, pelas suas famílias e casas”; bem como do caso de José e Maria,
os quais tiveram que sair de Nazaré até Belém, para responder ao censo ordenado por Cesar Augusto,
uma vez que as pessoas tinham que responder ao alistamento em sua cidade natal, retratando, assim,
os acontecimentos do nascimento de Jesus (BRASIL, 2015).

Figura 08 – Censos retratados na Bíblia


Fonte: https://www.slideshare.net/andreiascarlin/caderno-de-estudos
Audiodescrição da figura: É visto no lado esquerdo da figura alguns bonecos que representam Moisés (a frente)
guiando o povo hebreu. E ao lado direito encontra-se retratado o nascimento de Jesus.

23
Agora, voltando aos tempos atuais, perguntamos:

VOCÊ SABE QUEM É RESPONSÁVEL POR ESSE RECOLHIMENTO,


AGRUPAMENTO E PUBLICAÇÃO DE DADOS NO BRASIL?
No Brasil o órgão oficial do governo que é responsável pelo planejamento,
sistematização, organização e análise destes dados é o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) (CAMARGO, 2020).

Figura 09 – IBGE – órgão responsável pelo Censo demográfico no Brasil


Fonte: https://jornal.usp.br/atualidades/que-pais-e-esse/
Audiodescrição da figura: Nesta figura é visto uma mão com uma caneta apontando para a tela de um equipamento
digital utilizado pelos agentes censitários do IBGE na captação dos dados populacionais brasileiros.

QUER SABER UM POUCO MAIS SOBRE O IBGE?


Sugerimos para você a leitura do link:
https://www.stoodi.com.br/blog/2018/08/17/ibge

Diante do que vimos até o presente momento, você poderá ver que o censo demográfico
corresponde a uma das mais completas fontes de informação que existe para que se conheçam as
condições de vida da população em todos os 5.565 municípios brasileiros, os quais se encontram
distribuídos em áreas rurais e urbanas (CAMARGO, 2020).
Saiba você que, o censo ocorre a cada 10 anos e por seu intermédio é possível verificar
dados, como: evolução da população e estrutura etária de um país; nível de educação, saúde,

24
emprego e renda; deficiência visual, auditiva e locomotora; condições de habitação e acesso aos
serviços públicos de saneamento, água potável, energia elétrica, telefonia e internet; bem como
questões relacionadas à existência de calçamento, iluminação pública, esgoto a céu aberto, depósito
de lixo próximo a cada rua, entre outros (CAMARGO, 2020).

VOCÊ SABE QUANDO OCORREU O PRIMEIRO CENSO DEMOGRÁFICO NO


BRASIL?
Segundo o IBGE (2020), o primeiro recenseamento da população brasileira
ocorreu no ano de 1808, com o objetivo de atender aos interesses militares de
recrutamento para as Forças Armadas, cujos resultados ficaram aquém da
realidade, devido à postura preventiva que o povo tinha diante das operações
censitárias no país. Todavia, para efeito histórico é considerado como o
primeiro censo efetuado no país, o Censo Geral do Império que foi conduzido
pela então Diretoria Geral de Estatística, em 1872.

Assim, você poderá verificar que uma operação censitária tem por objetivo mostrar um
retrato detalhado de vários aspectos da população, tais como: educação, saúde, moradia, trabalho e
condições de vida. E ao avaliar as transformações ocorridas na sociedade no período de 10 anos,
torna possível a realização de comparação de dados e o entendimento da evolução dos indicadores
sociais (RIBEIRO, 2003).
Logo, os dados recolhidos durante os censos, são utilizados como instrumentos essenciais
para:
I. Subsidiar políticas públicas, orientando o planejamento das ações a serem realizadas
pela gestão pública e realização dos orçamentos governamentais, de forma que os
dados fornecidos passam a permitir a aplicação de recursos públicos em áreas
prioritárias;
II. Servir de referência à tomada de decisões de investimento do setor privado, através
do fornecimento de informações sobre mercado consumidor, poder de compra de
determinada população, localização de seu público-alvo, entre outros;
III. O fornecimento de informações indispensáveis à realização de diferentes estudos e
pesquisas científicas em diversas áreas, tais como: saúde, economia, educação,
sociais, entre outros (RIBEIRO, 2003).

25
E, dentre essas áreas, destaca-se em nosso estudo a questão do Censo Educacional, sobre
o qual passaremos a apresentar para você.
Então, preparado(a)?
Vamos lá!
2.1 O Censo Educacional

Pronto, agora passaremos a estudar de modo mais específico sobre o Censo Educacional.
É através do censo educacional que se recolhem dados específicos acerca do sistema
educacional brasileiro. Logo, perguntamos para você, qual o seu entendimento acerca do que vem a
ser o Censo Educacional?
Em resposta a esta pergunta, informamos:

É o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e


profissional e a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira
(INEP, 2020).

Então, você pode perceber que o censo escolar corresponde a um levantamento nacional
que engloba cerca de 215 mil escolas públicas e privadas brasileiras, englobando educação infantil,
ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos, educação especial e educação
profissional. Sua realização ocorre através da coordenação do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (INEP) – órgão do Ministério da Educação – contando ainda com o apoio das
Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e com a participação de todas as escolas públicas e
particulares brasileiras (INEP, 2020).
Portanto:

26
O censo educacional abrange as seguintes etapas e modalidades da
educação básica e profissional:
- Ensino Regular (educação infantil, ensino fundamental e médio);
- Educação especial – modalidade substitutiva;
- Educação de Jovens e Adultos (EJA)
- Educação profissional (cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada
e qualificação profissional).

Você verá então que, através do censo escolar são obtidas informações: sobre o total de
alunos matriculados por turma, sexo e idade e por nível de ensino; sobre as funções dos docentes e
seus graus de formação; e sobre a caracterização física das escolas. Através deste também é possível
ter acesso à informação do total de alunos aprovados, reprovados; da evasão escolar; e da distorção
existente entre idade e série (INEP, 2020).

Assim, diante do que foi visto até agora, perguntamos:


PARA VOCÊ, QUAL A FINALIDADE DO CENSO EDUCACIONAL?

Para que você compreenda a finalidade do censo escolar, é preciso que o veja como uma
ferramenta de importância fundamental para que os atores educacionais compreendam a situação
da educação em nosso país, bem como das escolas, a fim de que sejam efetivadas políticas públicas
adequadas e capazes de atender suas necessidades no fornecimento de uma educação de qualidade.
Logo, tem função de promover a compreensão da situação educacional, a qual só poderá
acontecer através do conhecimento de um conjunto amplo de indicadores educacionais (calculados
a partir de dados coletados no censo escolar).

E QUAL A PERIODICIDADE EM QUE ACONTECE O CENSO EDUCACIONAL NO


BRASIL?

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Em resposta a pergunta acima, você verá que o censo escolar é realizado anualmente,
tendo seu período de coleta estipulado através de Portaria, sendo que nos últimos anos, o início da
coleta tem sido a última quarta-feira do mês de maio, quando se comemora o Dia Nacional do Censo
Escolar (conforme estipulado na Portaria MEC nº 264/2007), cuja escolha por essa data tem como
finalidade a adequação do calendário escolar brasileiro (INEP, 2020).
Diante do que foi visto até o presente momento, você poderá perceber que o Censo
Educacional corresponde a uma grande pesquisa sobre as escolas, os estudantes, os profissionais
escolares (professores; auxiliares/assistentes educacionais; profissionais /monitores de atividades
complementares educacionais; tradutores e interpretes de libras), as turmas e os tipos de
atendimentos da educação básica.
Assim, para uma melhor compreensão do que é tratado em cada um destes itens, é só
você observar o quadro que segue.

- Dados referentes à sua infraestrutura, como: local de funcionamento, número de


salas, abastecimento de água, coleta de esgoto, fornecimento de energia elétrica,
Quanto às destino do lixo produzido, dependência e equipamentos existentes;
escolas - O tipo de escola (se pública ou privada);
- O que a escola oferece como modalidade escolar (ensino infantil, ensino fundamental
e ensino médio)
- Dados como: idade, sexo, cor/raça, nacionalidade e local de nascimento;
Quanto aos - A turma, etapa e modalidade de ensino que frequenta;
estudantes - O uso ou não de transporte escolar;
- Se portador de alguma deficiência física ou mental; dentre outras.
- Dados como: idade, sexo, cor/raça, nacionalidade e local de nascimento;
Quanto aos
- Dados de escolaridade, como nível de formação e instituição formadora;
profissionais
- Onde está localizado;
escolares
- Etapa de ensino em que leciona.

28
- Tipos de atendimento realizados, como escolarização, atividades complementares,
classes hospitalares, unidade de atendimento socioeducativo, unidade prisional,
Quanto às
atendimento educacional especializado (AEE) ou Educação de Jovens e Adultos (EJA);
turmas
- Horário de início e fim do funcionamento;
- Etapas de escolarização e disciplinas ensinadas, dentre outras informações.

Quadro 02 – Dados Coletados no Censo Educacional Brasileiro


Fonte: A autora

Assim, em resposta a essa pergunta e para que você compreenda um pouco mais sobre a
história do Censo Educacional no Brasil, acompanhe o fluxograma a seguir.

Criação do Ministério de Educação e Saúde e sua participação na IV Conferência Nacional de


Educação, na qual se estabeleceu a padronização de um modelo de pesquisa educacional
1931
para todos os estados federados.
Criação do Conselho Nacional de Educação.
Início das discussões com a proposta de construção do Plano Nacional de Educação.

Criação do Instituto Nacional de Pedagogia, que posteriormente passou a chamar-se


Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacional Anísio Teixeira (INEP), o qual tinha a
1937 responsabilidade formal de analisar e interpretar os dados educacionais fornecidos pelo
Serviço de Estatísticas de Educação e Saúde (SEES).

Lançamento da publicação “O ensino no Brasil no quinquênio 1932-1936”, em que foram


apresentados os resultados das primeiras investigações sobre a educação nacional, o qual
1939 trouxe informações sobre: unidades escolares, matrículas, aprovações e conclusões de
cursos, professores, despesas com ensino e cultura e providências governamentais em
prol da educação.

Criação do Ministério de Educação e Cultura (MEC) e a pasta de estatísticas educacionais


passou a ser responsabilidade do Serviço de Estatísticas de Educação e Cultura (SEEC). Nos
1956 anos seguintes houve a implantação de centros de estatística nas secretarias de educação
do país.

29
O SEEC assumiu a responsabilidade de descentralizar a apuração dos dados educacionais
1991 apurados, através de um sistema informatizado capaz de estabelecer uma conexão com as
secretariais estaduais de educação, cuja experiência foi a precursora do Sistema Integrado
de Informações Educacionais (SIEd), criado posteriormente.

A criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de


1996 Valorização do Magistério (FUNDEF) foi fundamental na consolidação do Censo Escolar da
Educação Básica.

O SEEC foi integrado ao INEP, sendo este, considerado um grande passo para a unificação
1997 metodológica e institucional para o levantamento de dados e avaliações educacionais na
esfera federal.

O FUNDEF foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação


Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), no qual o Censo Escolar da
2007 Educação Básica continuou sendo à base de funcionamento no processo do repasse de
fundos para a educação.
Criação do Educacenso, por uma equipe técnica do INEP, após a realização aprofundada de
estudos sobre métodos e procedimentos técnicos e operacionais existentes.

Quadro 03 – Dados coletados no Censo Educacional brasileiro


Fonte: Brasil (2015).

A partir destes esclarecimentos, você passará a estudar um dos principais instrumentos


de coleta do Censo Educacional no Brasil: o Educacenso.
Você está curioso para continuar a sua aprendizagem?
Então, vamos lá!

2.2 Educacenso

O Educacenso corresponde a um sistema eletrônico de coleta de informações


educacionais, cujo levantamento de dados é feito através da Internet, o qual é composto por um
aplicativo web que permite a coleta, a migração e alteração de dados educacionais das escolas em
todo o território nacional, correspondendo, assim, a um banco de dados relacional em que ficam
armazenadas de formas sistemáticas todas as informações recebidas (SAMPAIO, 2006).

30
Você verá, então, que o Educacenso utiliza ferramentas da web para coletar, organizar,
transmitir e disseminar dados censitários, diante do cruzamento de informações de quatro cadastros
de dados, sendo estes:

Ø Cadastro de escola: através de informações que dizem respeito à infraestrutura da


escola (local de funcionamento, salas, tipo de abastecimento de água e de energia
elétrica); suas dependências (diretoria, secretaria, cozinha); dos equipamentos
multimídia; das etapas e modalidade de escolarização oferecidas; das dependências
administrativas, entre outros;
Ø Cadastro de alunos: com informações de cada aluno, acerca do sexo, da cor/raça, da
idade, das etapas e modalidades de ensino que frequenta, da nacionalidade, do
endereço onde moram, entre outras;
Ø Cadastro do profissional escolar em sala de aula: por meio de dados como sexo,
cor/raça, nível de escolaridade, etapa e modalidade de ensino, turmas de exercício e
disciplinas ensinadas;
Ø Cadastro de turma: abrangendo informações como nome, tipo de turma
(escolarização, atividade complementar, classe hospitalar), horários de início e
término das aulas, modalidade e etapa de ensino, disciplinas e dias da semana nos
quais as turmas funcionam (SANTOS, 2014).

Assim, você poderá perceber que todos os dados coletados pelo Educacenso nos
possibilita ter uma verdadeira radiografia do sistema educacional brasileiro, pois é através do
levantamento destes dados que se calcula o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do país,
e a partir disso é que ocorre o planejamento de como serão distribuídos os recursos financeiros do
FUNDEB, voltados para compra de alimentação, de livros didáticos, de material de uso individual, de
bancas, de mochilas, de fardamentos, de cadernos, de materiais de uso coletivos, de equipamentos
eletrônicos para escola, bem como para o transporte escolar, para implantação de bibliotecas, entre
outros (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2020).

31
A partir das informações trazidas sobre o Educacenso, pergunto a você:
O QUE MUDOU COM A IMPLEMENTAÇÃO DO EDUCACENSO?

A fim de responder a presente questão, elaboramos o quadro que segue, no qual você
poderá conhecer as principais mudanças ocorridas.

Principais
De 1991 a 2006 A partir de 2007 com Educacenso
mudanças
Escola – em cada escola, apenas
Ficou possível identificar todas as
Unidade básica de era possível quantificar o número
escolas, alunos e profissional escolar do
coleta de matrículas e profissionais
sistema educacional.
escolares.
Sistema On-line – que incorpora
Sistema Off-line – Sistema tecnologias sustentadas pela utilização
Sistema de coleta Integrado às Informações de ferramentas da web na coleta,
Educacionais (SIEd) organização, transmissão e disseminação
de dados.
Sistema alimentado nas
Secretarias de Educação, a partir
Sistema alimentado a partir da digitação
Método de da digitação das informações
das informações diretamente pelos
alimentação do contidas nos questionários
responsáveis do Censo Escolar nos
sistema padronizados, que eram
estabelecimentos de ensino.
preenchidos à mão pelos
estabelecimentos de ensino.
Cálculo das estatísticas
Cálculo das estatísticas educacional
educacionais brasileira, a partir de
Utilização brasileira e programas educacionais do
1996 o FUNDEF e outros
Governo Federal.
programas educacionais do

32
governo.
Não permitia o acompanhamento Permite o acompanhamento da
Trajetória escolar
da trajetória escolar do aluno. trajetória escolar do aluno.
Informações que permitem a
Interação com Não facilitava o relacionamento
interoperabilidade entre sistemas do
outros sistemas dos dados com informações de
Governo Federal, como, por exemplo, o
informatizados outras áreas sociais.
Bolsa Família e o Atleta na Escola.
Não permitia a obtenção de
Permite a coleta de informações
informações específicas sobre a
individualizadas de escolaridade e
situação dos docentes e de outros
Profissionais situação funcional dos profissionais
profissionais de educação, as
escolares escolares, possibilitando a
quais são importantes para o
implementação de políticas de
desenvolvimento de políticas de
formação de professores.
formação inicial e continuada.
Implica no esforço logístico de
todas as esferas de governo para a
A informatização do processo
impressão de distribuição de
aperfeiçoou as etapas da coleta,
questionário, preenchimento,
redistribuindo as atividades entre os
coleta, digitação, transmissão,
Execução da coleta entes envolvidos, inclusive os
análises de recursos e tratamento
estabelecimentos de ensino, conferindo
de informações. O que deixa o
agilidade em todo o processo e mais
período compreendido entre o
rapidez na divulgação dos dados.
início da coleta e divulgação dos
dados mais demorados.

Quadro 04 – Mudanças com a implementação do Educacenso no Brasil


Fonte: Brasil (2015, p. 40-41).

Conforme você pode perceber, a implantação do Educacenso trouxe uma série de


avanços que favoreceram o aprimoramento do censo escolar, ao possibilitar a revisão e atualização

33
dos dados apresentados, a incorporação de novas informações e inclusão de novas funcionalidades
no sistema do Educacenso.

IMPORTANTE!
Saiba que o Censo Escolar é realizado através do Educacenso e tem duas
etapas distintas, sendo estas:
A matrícula inicial: primeira etapa de coleta, a qual tem por objetivo levantar
informações gerais acerca do sistema educacional brasileiro, sendo coletados
nela dados individualizados das escolas, das turmas, dos alunos e dos
profissionais escolares.
A Situação do aluno: segunda etapa da coleta, que tem por objetivo levantar
informações ao final do ano letivo dos alunos que foram informados na primeira
etapa, na busca de dados como: rendimento escolar (aprovação e reprovação)
e movimento escolar (se deixou de frequentar, transferência ou falecimento)
(BRASIL, 2015).

Com estes esclarecimentos, convidamos você para enriquecer seus conhecimentos, e


conhecer um pouco mais sobre os indicadores educacionais, que assim como o Educacenso, auxiliam
para a realização de um retrato mais fiel do Sistema Educacional brasileiro.
Está preparado para mais esta etapa de nossos estudos?
Então, vamos lá!

2.3 Indicadores educacionais: ENEM – ENADE – SAEB – PROVA BRASIL – IDEB e o PNE

Agora você irá conhecer os principais indicadores educacionais, mas antes disto é preciso
saber o que vem a ser esses indicadores.

34
INDICADORES EDUCACIONAIS
São aqueles que atribuem valor estatístico à qualidade do ensino, atendo-se não
somente ao desempenho dos alunos, mas também ao contexto econômico e
social em que as escolas estão inseridas. Eles são úteis principalmente para o
monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o acesso, a
permanência e a aprendizagem de todos os alunos. Dessa forma, contribuem
para a criação de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da
educação e dos serviços oferecidos à sociedade pela escola (INEP, 2020).

Você verá que os indicadores são compostos por parâmetros quantitativos e qualitativos,
os quais vão auxiliar no acompanhamento de determinada atividade, mostrando, assim, se os
objetivos estão sendo alcançados ou se há a necessidade de se fazer algum tipo de intervenção.

Então perguntamos:
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE INDICADORES QUANTITATIVOS E
QUALITATIVOS?

Geralmente retratam a voz, os sentimentos, os pensamentos e as práticas dos


INDICADORES que atuam na pesquisa ou que estão participando do processo de avaliação.
Eles geram uma interpretação subjetiva do pesquisador, a que se relaciona a
QUALITATIVOS
aspectos diferentes da realidade, como: concepção de qualidade de vida
populacional, de trabalho digno ou de bem-estar.

Podem ser expressos em quantidades e em percentuais, como resultados de


INDICADORES apurações, contabilizações e estatísticas. Estes se apresentam em forma de
valores absolutos ou relativos, referindo-se a fatos concretos e empíricos da
QUANTITATIVOS
realidade social. Isoladamente, eles nada dizem, pois seus resultados
originam-se da análise de um determinado estudo teórico.

Logo, você poderá perceber que a análise de dados quantitativos e qualitativos


combinados é fundamental para enriquecer a compreensão do que se refere à área da educação, por
auxiliar na identificação, no monitoramento e na análise de uma dada situação, o que irá
consequentemente influenciar na tomada de decisões (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, 2015).

35
Deste modo, você verá que o conhecimento dos indicadores populacionais possibilita
monitorar o desenvolvimento da educação brasileira e a definição das políticas públicas, que é
realizada com base na realidade retratada por estes indicadores. Logo, os indicadores educacionais
são utilizados no estabelecimento de ações que adquirem cada vez mais responsabilidades, de forma
que, na área da educação, recursos públicos passam a ser distribuídos conforme o número de
matrículas das escolas e redes de ensino; servidores da educação que recebem aumento salarial e
gratificações de acordo com os indicadores de proficiência e rendimento; premiações e benefícios
são concedidos a partir de avaliações de larga escala, através de programas educacionais que utilizam
os indicadores para monitorar resultados; entre outros (FONSECA, 2010).
Assim, dentre os instrumentos avaliativos utilizados, temos: o Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM); o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE); o Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) e dentro deste sistema de modo mais específico, a Prova Brasil; o Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB); e o Plano Nacional da Educação (PNE), sobre os quais
passaremos a tratar isoladamente a partir de agora.

Criado em 1998, o ENEM é uma prova realizada pelo INEP com o objetivo de
avaliar a qualidade do ensino médio no país, com vistas a sua melhoria, cujo
ENEM resultado serve para o acesso de seu participante ao ensino superior em
universidades públicas brasileiras, através do Sistema de Seleção Simplificada
(SISU), assim como em algumas universidades no exterior (WIKIPÉDIA, 2020).

É um exame que faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior


(SINAES), e tem por objetivo avaliar a qualidade do ensino superior no país (GUIA
DO ESTUDANTE, 2020). Por seu intermédio é feita a avaliação dos concluintes dos
ENADE cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas
diretrizes curriculares dos cursos; ao desenvolvimento de competências e
habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional; e
ao nível de atualização dos estudantes em relação à realidade brasileira e mundial
(INEP, 2020).

Corresponde ao conjunto de avaliações externas realizadas em larga escala pelo


INEP, com o fim de realizar um diagnóstico da educação básica no país e dos
SAEB fatores que podem interferir no desempenho estudantil. É realizado a partir de
testes e questionários, a cada dois anos, nas redes públicas e em uma amostra da
rede privada para verificação dos níveis de aprendizagem dos estudantes
avaliados, cujo resultado é usado como indicativo da qualidade do ensino

36
brasileiro, além de oferecer subsídios para elaboração, monitoramento e
aprimoramento de políticas públicas educacionais (INEP, 2020).

A Prova Brasil é parte integrante do SAEB. Ela corresponde a uma avaliação


censitária das escolas públicas brasileiras, que tem o objetivo de avaliar sua
PROVA qualidade de ensino.
Participam da Prova Brasil as escolas com o mínimo de 20 alunos matriculados
BRASIL
nas séries/anos avaliados, cujos resultados são disponibilizados por escola e por
ente federal; e os alunos do 5º ano e do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas
públicas urbanas e rurais (EDUACADEMIA, 2020).

Criado em 2007, o IDEB reúne em um único indicador, o fluxo escolar e as médias


de desempenho obtidas nas avaliações, cujos dados são obtidos a partir do Censo
IDEB Escolar e das médias de desempenho disponibilizadas pelo SAEB. Este também é
considerado um importante condutor de políticas públicas em favor da qualidade
da educação no país, uma vez que corresponde a uma ferramenta de
acompanhamento das metas de qualidade para educação básica (INEP, 2020).

Apesar de não se caracterizar como um instrumento de avaliação, o PNE é um


PNE documento que estabelece as diretrizes, metas e estratégias que regem as
iniciativas na área de educação no país, com a finalidade de melhorar a qualidade
da educação brasileira (FRANÇA, 2020).

Como você pode ver, estamos chegando ao final desta competência, mas antes de
encerrá-la não podemos deixar de apontar os principais documentos e legislações que tratam acerca
do censo educacional, conforme segue no tópico a SEGUIR.
Vamos lá?!

2.4 Legislação e Documentos sobre o Censo Educacional

Nesta etapa de seu estudo é importante que você saiba que o Censo Educacional é
realizado de acordo com a legislação geral, a qual regula o levantamento da estatística educacional
nacional, sendo composta por um conjunto de dispositivos legais que trata da obrigatoriedade da
declaração das informações, ao mesmo tempo em que protege as informações coletadas, e que prevê
sua divulgação e a entrega dos resultados ao público.
Deste modo, no fluxograma que segue você poderá visualizar os documentos legais que,
direta ou indiretamente, regem o processo censitário brasileiro.

37
38
Dispõe sobre a obrigatoriedade das instituições de educação
Portaria nº 197, de
Básica, de Educação Superior e de Educação Profissional e
março de 2014
Tecnológica a responder anualmente o Censo Educacional.

Portaria nº 148, de 4 de Estabelece o limite máximo de valores para os Estados Federados,


maio de 2015 referente ao financiamento do Censo Educacional.

Portaria nº 196, 26 de Estabelece as datas e os respectivos responsáveis para as etapas


maio de 2015 das coletas dos dados do Censo Educacional do ano de 2015.

Portaria nº 43, de 27 de
Altera as datas relativas ao Decreto anterior.
janeiro de 2016

Portaria nº 120, 07 de Estabelece as datas e os respectivos responsáveis para as etapas


março de 2016 das coletas dos dados do Censo Educacional do ano de 2016.

Portaria nº 286, de 07 Revoga a Portaria nº 120 e estabelece novas datas para o Processo
de junho de 2016 de 2016.

Documentos

Instrução Normativa TCU Dispõe sobre os procedimentos para fiscalização da


nº 60, de 4 de novembro operacionalização do FUNDEB no âmbito federal
de 2009

Dispõe sobre o sigilo de informações constantes do Banco de dados


Nota Técnica 002/2009
do Censo Escolar

39
Nota Técnica 03/2013 Trata das ações realizadas com os dados coletados pelo Censo
Educacional para o cálculo das taxas de rendimento escolar

Nota Técnica Pesquisa


de controle de Dispõe sobre a metodologia utilizada na pesquisa e os principais
qualidade do censo da resultados
Educação Básica de
2011

Lembre-se também, que o preenchimento do Censo Escolar é obrigatório para todas as


escolas, sejam estas públicas ou privadas, conforme determinado pelo art. 4º do Decreto 6.428/2008,
devendo o censo ser realizado de forma descentralizada, e com a colaboração entre União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, em caráter declaratório (BRASIL, 2015).
Agora para finalizar nossos estudos, passaremos a delinear mais algumas considerações
acerca do assunto.
Diante de tudo o que foi visto durante o estudo desta competência esperamos que ao
longo de nossa conversa, você tenha aprendido as informações necessárias e tenha compreendido a
importância do Censo Educacional na garantia da qualidade da educação em nosso país e para a
formulação e implementação de políticas públicas na área de educação, sem esquecer que é através
dos dados coletados pelo censo escolar que o governo federal baliza o repasse das verbas
educacionais.
Assim, ao fim deste estudo convidamos você a fazer uma profunda reflexão acerca de
tudo o que foi visto no estudo desta competência, e que aponte, o seu ponto de vista, acerca da
importância deste instrumento de informações que é o Censo Educacional.

Também é importante que você NÃO ESQUEÇA DE ASSISTIR A VÍDEOAULA


DESTA COMPETÊNCIA a fim de tirar todas as suas dúvidas e fortalecer ainda
mais seus conhecimentos sobre os assuntos estudados durante esta
competência.

40
Para você uma boa semana de estudos e logo mais nos encontraremos outra vez para
darmos continuidade a nossa jornada de aprendizagem.
Vamos lá!

41
3.Competência 03 | Compreender a Utilização do Sistema do Censo
Educacional
Saudações a você estudante!
Chegamos à terceira etapa de nossos estudos, na qual você aprofundará seus
conhecimentos sobre o Censo Educacional, ao estudar acerca da utilização desse sistema nas políticas
públicas, de como é feita a coleta de dados educacionais e sobre as funcionalidades do mesmo.

Que tal acessar o nosso podcast desta terceira competência? Aproveite para
ouvir este material antes de iniciar as leituras!

Como você aprendeu na competência anterior, o Censo Educacional e seus indicadores


são fundamentais para a realização de um diagnóstico do Sistema Educacional de nosso país, uma
vez que todas as ações e políticas públicas destinadas à educação brasileira são feitas com base nos
dados coletados durante o Censo Escolar.
Portanto, não esqueça:

O Censo Educacional revela a situação da educação brasileira e serve de base


para elaboração, aplicação e avaliação das políticas públicas educacionais, onde
a qualidade das informações coletadas é essencial para que as decisões e ações
empreendidas sejam favoráveis aos interesses e necessidades das populações
escolares (BRASIL, 2015).

Deste modo, para que você compreenda de maneira mais detalhada os objetivos do
Censo Escolar, elaboramos o seguinte quadro:

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Reunir informações para elaboração de Possibilita conhecer detalhadamente as diferentes
análises e descrições do Sistema Educacional realidades educacionais, identificando as
Brasileiro peculiaridades de cada escola e também
acompanhar as mudanças ao longo do tempo.
Obter informações sobre a educação básica Através do conhecimento das condições reais das
para subsidiar a elaboração, o planejamento, a escolas, as políticas públicas educacionais são
execução e o acompanhamento de políticas melhores direcionadas para a resolução mais
públicas educacionais rápida dos problemas identificados.
Coletar dados necessários para o cálculo dos Essas informações servem de base para a definição
coeficientes para a distribuição dos recursos do dos recursos financeiros repassados para as
FUNDEB escolas.
Produzir, com os dados coletados, indicadores A troca de informações e experiências entre os
educacionais comparáveis internacionalmente, países envolvidos permite o aperfeiçoamento e o
contribuindo para discussão sobre a qualidade fortalecimento dos sistemas de coleta de dados e
da educação básica avaliação da educação básica.
Permitir e facilitar o controle social realizado A divulgação dos dados do Censo Escolar permite
pela sociedade aos cidadãos acompanhar a execução das políticas
públicas e a distribuição dos recursos financeiros.

Quadro 05 – Entendendo os objetivos do Censo Escolar


Fonte: Brasil (2015)

É a partir das informações obtidas através do Censo Educacional e de seus indicadores


educacionais que se passa a ter conhecimento da realidade da educação brasileira, seja através da
obtenção de dados relacionados aos alunos; aos profissionais da educação; à própria escola; e às
turmas (estes dados podem ser revistos por você, na competência anterior, no quadro que apresenta
os dados coletados durante o Censo Educacional brasileiro, em cada uma destas categorias).
Deste modo, de posse dessas informações é possível realizar um diagnóstico da realidade
escolar e detectar se o nível dos estudantes está de acordo com os estabelecidos como desejáveis, e
se os mesmos estão desenvolvendo as competências e habilidades básicas exigidas para o exercício
de sua cidadania, pois, conforme citado por Ferreira e Santos (2014, p. 144):

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“Não há como construir uma sociedade efetivamente voltada para a
cidadania, a ética e valores de família sem que a educação possa ser o
alicerce que fecunda os pilares da dignidade”.

Você também não pode ignorar que, a formação de cidadãos competentes, éticos e
capazes de atuar de forma crítica e responsável para a construção de uma sociedade mais justa,
democrática e desenvolvida demanda uma qualificação voltada para o desenvolvimento cognitivo,
emocional e afetivo, os quais são decisivos na formação de crianças e jovens para uma inserção social
plena. Ou seja, é preciso assegurar que crianças e jovens, enquanto estudantes, tenham uma
formação ética, solidária e capaz de desenvolver suas capacidades na resolução de problemas e na
seleção e processamento de informações com autonomia e criticidade.
Logo, foi pensando nessa questão que o governo brasileiro passou a destacar a educação
como uma de suas prioridades e começou a implementar, durante o período de 1995 a 1998, um
sistema de informações educacionais consistente e capaz de abranger todos os níveis de
escolaridade, cujas informações obtidas permitiu subsidiar ações nos diferentes níveis
governamentais, assim como indicar as tendências que sinalizavam a necessidade da realização de
mudanças.
Diante disso, a partir de 1996, foi implantado o Sistema Integrado de Informações
Educacionais (Sied), que sobre a gerência do INEP, agilizou a realização do Censo Escolar e passou a
auxiliar, através de dados estatísticos atualizados, a elaboração, implementação e monitoramento de
políticas destinadas à evolução do sistema educacional brasileiro.

Então, questionamos:
“QUAIS OS OBJETIVOS DO SIED?”

De acordo com Gomes Neto (1999), o SIED foi desenvolvido com os objetivos de:
• Instrumentalizar o MEC para o desempenho de sua atividade de planejamento,
acompanhamento, avaliação e fomento do sistema educacional;

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• Fornecer instrumentos gerenciais e de apoio ao planejamento e à tomada de
decisões, nos diferentes níveis do sistema educacional, desde a direção da escola,
passando pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Educação – responsáveis pelas
escolas públicas – até o MEC;
• Permitir uma análise do sistema educacional, no âmbito nacional, regional,
municipal, estadual, e também a comparação com outros países;
• Permitir a divulgação e disseminação de informações educacionais, de forma ágil, às
escolas, às Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, e aos educadores –
responsáveis pela formulação de políticas que influam no sistema educacional – e à
sociedade em geral.

E com estes esclarecimentos você passará a conhecer um pouco mais sobre o papel do
Censo Educacional na elaboração de políticas públicas educacionais.
Está preparado? Então, vamos lá!

3.1 Censo e Políticas Públicas Educacionais

Diante de tudo que já foi estudado até o presente momento, você começará a
compreender com mais clareza sobre o papel do Censo Educacional para a formulação de um painel
capaz de retratar a realidade da educação brasileira e, a partir disso, perceber como este pode auxiliar
na elaboração de políticas públicas educacionais eficazes.

Todavia, estamos aqui falando sobre políticas públicas educacionais, mas


questionamos a você:
AFINAL, O QUE SÃO AS POLÍTICAS PÚBLICAS PROPRIAMENTE DITAS?

As políticas públicas correspondem às responsabilidades do Estado para com a sociedade


na implementação e manutenção de ações, programas e decisões que visam assegurar um
determinado direito de cidadania, seja para vários grupos sociais ou para um grupo social específico
(POLITIZE, 2016).

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Logo você perceberá que, as políticas públicas podem ser entendidas como o “Estado em
ação”. É o Estado implantando um projeto de governo, através de programas e ações voltados para
atender as necessidades de um setor específico da sociedade (BRASIL, 2015), que no caso dessa
competência, corresponde ao setor de educação.

Com essas informações, surge outro ponto:


COMO AS POLÍTICAS PÚBLICAS SÃO ELABORADAS?

Para a elaboração de políticas públicas faz-se preciso definir:


• Quem decide?
• O que decidir?
• Quando fazer?
• Quais as consequências deste fazer?
• E para quem fazer?

Também não se pode esquecer que todas essas questões se encontram relacionadas à
natureza do regime político que se vive, do grau de organização da sociedade civil e da cultura política
vigente.
No Brasil, as políticas públicas são elaboradas com o propósito de responder às demandas
sociais, sendo formuladas, de forma articulada ou não, pelos Poderes Executivo e Legislativo, tendo
por base demandas e proposições da sociedade representada por seus inúmeros segmentos, uma vez
que, a participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas
é um direito garantido pela Constituição Federal brasileira (BRASIL, 2015).
Conforme visto, as políticas públicas correspondem a uma resposta do Estado para as
necessidades da sociedade, a qual acontece através da implementação de programas e ações,
voltadas ao bem-comum e à diminuição das desigualdades sociais.
Neste ponto, você poderá perceber que o processo de elaboração de políticas públicas
encontra-se dividido em fases sequenciais e interdependentes, as quais formam o chamado Ciclo das
Políticas Públicas, representado na figura abaixo:

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Figura 10 – Ciclo das Políticas Públicas
Fonte: https://ead.tce.mt.gov.br/theme/bcu/gestor2/?mod=2&p=m2u1t2
Audiodescrição da figura: Observa-se um fluxograma em forma de círculo, o qual se encontram retângulos azuis ligados
por setas, dentro dos quais estão escritos os diferentes os componentes do ciclo das políticas públicas. Fim da
audiodescrição.

Quanto ao que acontece em cada uma destas fases do ciclo, você poderá conhecer ao
estudar o quadro.

Identificação Consiste na percepção da existência de um problema público, seja de caráter


do problema social ou econômico, que pode ser resolvido a partir de esforços
governamentais. Assim, depois de identificado, o problema precisa ser
delimitado e definido, isto é, é preciso entender sua essência e quais são as suas
causas, consequências, obstáculos e causadores, para que ao final se possa
analisar a existência de uma solução potencial para o mesmo.
Logo, é a partir da definição do problema que os interesses envolvidos são
organizados e são apresentadas as demandas e propostas para sua resolução.
Formação da Esta ocorre a partir do momento em que o problema identificado torna-se de
agenda interesse de algum ator governamental ou da sociedade. E para que um assunto
seja inserido na agenda ele precisa possuir alguns requisitos, como: atenção do
público; preocupação compartilhada para a tomada de uma medida; percepção
de que o problema pertence a um dos entes federativos, ou se encontra dentro
de sua fronteira de autoridade; e o apoio de lideranças políticas.
Formulação de Corresponde ao momento de elaboração dos planos, programas e projetos com
alternativas o fim de resolver os problemas em pauta. Para isso é realizada uma série de
estudos e pesquisas a fim de se evidenciar quais serão os custos, os riscos e os
benefícios na implantação dessa alternativa, e isso acontece por meio de
avaliações realizadas anteriormente à implementação do projeto em si através
de mecanismos de projeções, predições e conjecturas.
Tomada de Corresponde ao momento em que os interesses dos atores são equalizados e as

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decisão intenções de enfrentamento do problema público passam a ser explicitadas.
Implementação É o momento em que se começa a colocar em prática tudo aquilo que foi
estudado e planejado como alternativas para a resolução do problema. É
considerada a fase mais longa na formulação de políticas públicas, pois busca
combinar os diferentes recursos disponíveis (financeiros, pessoas, espaço físico,
entre outros) com o fim de transformar as intensões iniciais em resultados
efetivos.
Avaliação É o elemento crucial dentro do ciclo e ocorre durante todas as suas fases. A
avaliação é feita a partir da análise dos critérios que alimentam os julgamentos,
que são operacionalizados por indicadores e pelos padrões que dão referência
aos indicadores. É através dela que se controla e supervisiona a realização da
política, e é ela quem possibilita a realização da correção de possíveis falhas,
promovendo, assim, uma maior efetivação dos resultados do projeto. É através
de seus resultados que o poder público decide se vai reiniciar o ciclo das políticas
públicas e implementar as alterações cabíveis, ou se o projeto é mantido e
continua a ser executado.
Extinção É a última fase do ciclo, que ocorre em diferentes situações podendo ser quando
o problema é solucionado, quando o problema perde sua relevância ou mesmo
quando as normativas se mostram ineficazes.

Quadro 05 – Fases do Ciclo das Políticas Públicas


Fontes: Bezerra (2016), Politize (2016a) e Mariani (2014).

Agora, após estes esclarecimentos acerca das políticas públicas,


questionamos:
E AS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS, DO QUE SE TRATAM?

As políticas públicas educacionais tratam-se da articulação de projetos envolvendo o


Estado e a sociedade, que se encontram diretamente voltados para qualidade da educação
(FERREIRA; SANTOS, 2014).
Todavia, quando nos referimos à educação, não podemos ignorar que o termo educação,
traz em si um conceito muito amplo para que tratemos de políticas públicas. Assim, quando passamos
a tratar acerca de políticas educacionais é preciso que se tenha esclarecido que estas possuem como
foco específico questões que dizem respeito à educação escolar.
Assim, você pode nos questionar o porquê de fazermos essa limitação. E respondemos:

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A educação é algo que vai além do ambiente escolar, uma vez que tudo aquilo
que se aprende (na família, na igreja, na escola, no trabalho, na rua, entre
outros) e que resulta do ensino, da repetição e da inculcação, é considerado
educação. Já a educação escolar, só é assim considerada quando se mostra
passível de delimitação por um sistema que é fruto de políticas públicas, no
qual se faz imprescindível a existência de um ambiente próprio para a
realização do fazer educacional: a escola (OLIVEIRA, 2010)

E na realização deste fazer educacional as escolas públicas se deparam com inúmeros problemas,
e um deles é a falta de professores, que é verificada em muitas escolas do país, conforme ilustrado na charge
da figura abaixo.

Figura 11 – Charge ilustrando o problema da falta de professores nas escolas públicas brasileiras
Fonte: http://zarissima.blogspot.com/2012/02/charges-para-rir-da-escola.html
Audiodescrição da figura: Na figura acima é possível ver dois estudantes conversando, onde o primeiro se queixa por
ter sido reprovado por falta, mesmo tendo estudado muito, e quando questionado pelo colega se ele faltou muito, ele
responde que quem faltou muito foram os seus professores. Fim da audiodescrição.

Não podemos negar que são muitos os problemas enfrentados pelas escolas públicas
brasileiras, que envolvem não apenas a questão da falta de professores, mas também de insumos, de
segurança, de infraestrutura, a questão da violência, dentre tantas outras dificuldades, que
demandam mais atenção do poder público na implementação de políticas públicas educacionais com
vistas a modificar o cenário que muitas crianças e jovens têm que enfrentar no seu dia a dia escolar.
A escola também funciona como uma comunidade, na qual se encontram articuladas
partes distintas de um processo complexo (estudantes, professores, servidores, pais/família,
vizinhança e Estado).

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“Políticas públicas educacionais dizem respeito às decisões do governo que
têm incidência no ambiente escolar enquanto ambiente de ensino-
aprendizagem. Tais decisões envolvem questões como: construção do prédio,
contratação de profissionais, formação docente, carreira, valorização
profissional, matriz curricular, gestão escolar, etc” (OLIVEIRA, 2010, p. 05).

Veja, agora, como se comporta o ciclo das políticas públicas, quando voltado para as
políticas públicas educacionais.

Que podem ser: aumento da evasão escolar, queda no rendimento,


Identificação do número insuficientes de professores diante da demanda, turmas muito
Problema lotadas, defasagem na qualificação dos profissionais da educação, entre
outros.

Ocorre a partir da identificação do problema, e assim como neste, ela


dependerá de um sistema de informações e avaliações da educação
que proporcionem subsídios necessários à identificação do problema,
Formação da como é o caso dos Censos Educacionais e das avaliações nacionais.
Agenda Além disso, o feedback de ações anteriores também podem ser usados
para a construção da agenda, ou seja, a avaliação de uma política que
serve de base para a criação de novas políticas.

Essa é a fase de planejamento, em que objetivos e metas são definidos.


Assim, a partir dos dados obtidos no Censo Educacional periodicamente
Formulação de são produzidas análises e diagnósticos que servem de base para o
alternativas planejamento de novas políticas a fim de atender as necessidades
detectadas ou na realização de ações preventivas, e assim evitar que se
cometam os mesmos erros do passado.

Neste ponto, destaca-se que a disponibilidade de um banco de dados amplo, com


informações válidas, confiáveis e relevantes que potencializa a chance de sucesso no processo de
planejamento de políticas públicas educacionais. E, como exemplo de planejamento de sucesso em
longo prazo na área de educação, tem-se o Plano Nacional de Educação (PNE), que é elaborado a
partir de dados retirados do Censo Educacional e de outros indicadores educacionais (BRASIL, 2015).

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Você quer aprender um pouco mais sobre o PNE?
Então para saber mais, é só acessar o link abaixo:
http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-
nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014

Continuando as reflexões sobre o Ciclo de Políticas Públicas Educacionais tem-se:

Este é o momento de se escolher as ações com o fim de solucionar os


problemas definidos na agenda, aqui são definidos os recursos e os
Tomada de
prazos para a realização da política. Também é neste momento que são
decisões
elaboradas leis, decretos, normas ou resoluções que irão dispor sobre
as ações a serem realizadas.

É quando se converte os planos em ações e as ações em resultados.


Essa fase encontra-se diretamente ligada a fase de formulação de
soluções, de forma que, se o desenho de uma política mostra como
Implementação ou
resultado um diagnóstico ruim ou impreciso, a chance de sua
execução das
implementação é pequena. Por isso, a importância dos dados do Censo
políticas
Educacional serem fidedignos à realidade escolar, pois só assim será
possível subsidiar adequadamente a formulação e implementação de
uma política pública.

Neste momento é válido destacar que os dados do Censo Escolar são fundamentais para
a implementação de políticas públicas no cenário educacional brasileiro, principalmente naqueles
que envolvem o repasse expressivo de recursos do governo federal para os Estados, o Distrito Federal
e os municípios, como é o caso dos programas como:
• Programa Nacional do Livro Didático (PNLD);
• Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);
• Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE);
• Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

Além destes, tem-se ainda a determinação dos coeficientes de distribuição dos recursos
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos Profissionais
da Educação (FUNDEB), que é feita com base nos dados obtidos pelo Censo Escolar.

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Conforme visto essa fase acontece durante todo ciclo de elaboração de
políticas públicas, é nela que é realizada a análise das informações que
envolvem o programa, permitindo a percepção de erros e das ações que
levam ao seu aperfeiçoamento.
Avaliação e Na educação, os dados obtidos e que servirão de análise do processo
extinção podem vir de diferentes sistemas, todavia, é o Censo Escolar sua
principal fonte de informações.
Já a extinção do programa ocorre, quando a efetividade da política
mostra-se realizada e que não há mais necessidade de sua
continuidade, pois o objetivo foi atingido.

Portanto, como você pode perceber as informações disponibilizadas pelo Censo Escolar
são de fundamental importância não só na implementação de políticas públicas educacionais, mas
em todo o processo de construção e efetivação da mesma, principalmente na avaliação das medidas
e ações.
Deste modo, pode-se dizer que quanto mais eficiente for realizada a coleta de dados
durante o Censo Escolar e por intermédios dos indicadores educacionais, mais seguras e eficazes
serão as políticas públicas destinadas à educação.
Com isso, vamos agora aprender como é feita a coleta de dados pelo Censo Escolar.
Você está pronto para começar mais este aprendizado?
Então, vamos lá!

3.2 Coleta de Dados Educacionais

Agora que você já compreendeu a importância do Censo Escolar para a implementação,


execução e avaliação de políticas públicas educacionais, você passará a estudar como ocorre a coleta
dos dados educacionais.

Todavia, antes de adentrarmos nessa questão, pergunto:


VOCÊ SABE QUEM SÃO OS ATORES RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DO
CENSO ESCOLAR?

Os responsáveis pelo Censo Escolar são:

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• O INEP, que tem por atribuições:
- Definir e disponibilizar para os demais atores o cronograma atual de atividades, os
instrumentos e os meios necessários à execução do Censo;
- Informar aos gestores estaduais e municipais de educação sobre as inconsistências
identificadas para retificação;
- Organizar e enviar para publicação os resultados;
- Avaliar e acompanhar todas as etapas do processo censitário, a fim de garantir o
alcance de seus objetivos e o aperfeiçoamento constante.
• Os gestores dos sistemas estaduais e municipais de educação, que têm as
atribuições de:
- Treinar os agentes que coordenarão o processo censitário nas respectivas escolas;
- Acompanhar e controlar toda a execução do processo Censitário em seu território;
- Zelar pelo cumprimento dos prazos e normas estabelecidas;
- Responsabilizar-se solidariamente pela veracidade dos dados declarados nos seus
respectivos sistemas de ensino.
• Os diretores e dirigentes dos estabelecimentos de ensino público e privado, cujas
atribuições são a de responder ao Censo Escolar da Educação Básica, no sistema
Educacenso, responsabilizando-se pela veracidade das informações declaradas
(BRASIL, 2015).

Você também viu, conforme estudado anteriormente, que o Educacenso corresponde a


um sistema eletrônico de coleta de informações educacionais, que através de um aplicativo da web,
é feita a coleta, a migração e as alterações dos dados fornecidos pelas instituições escolares por todo
o território nacional; e por intermédio de um banco relacional, armazena, de forma sistemática, as
informações recebidas.
Neste contexto, para fins do Censo Escolar, os documentos probatórios das informações
que são fornecidas pelas escolas correspondem aos arquivos da secretaria (fichas de matrícula, diário
de classe com os registros de frequência dos alunos, documentação pessoal de alunos e profissionais
da educação).

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E, em caso de fiscalização da Secretaria de Educação, do INEP ou do MEC, são esses
documentos que irão comprovar a veracidade das informações fornecidas pelas escolas (BRASIL,
2015).
Agora, para tratar de como é realizada a coleta de dados educacionais, é necessário
compreender em que ela consiste, conforme você pode verificar abaixo:

Coleta de dados – consiste no processo de obter, através da utilização de


determinadas técnicas, dados, pesquisa e documentos, que auxiliam na
realização de planejamentos, análises, experimentações, direcionamentos e
estudos de melhor qualidade que possam influenciar positivamente um
determinado resultado (INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING, 2017).

Pronto, agora que você já sabe o que consiste a coleta de dados, é importante frisar que
a fase mais importante da pesquisa – seja qualitativa ou quantitativa – é justamente na coleta de
dados. Deste modo, a mesma deve ser realizada com um verdadeiro rigor científico, por pessoas
treinadas para sua execução, a fim de que sejam evitados erros, os quais poderão vir a interferir no
resultado final.
Também não se pode esquecer que toda pesquisa tem como ponto de partida um
problema, que, no caso do Censo Escolar, corresponde à necessidade de se conhecer e organizar o
sistema educacional brasileiro.
Neste sentido, como foi visto na competência passada, o Educacenso cumpre com essas
etapas (conhecer e organizar) uma vez que se divide em duas fases: a primeira, que corresponde à
matrícula inicial; e a segunda, que se relaciona a situação do estudante.
Assim, a partir de agora você aprofundará um pouco mais o conhecimento sobre cada
uma dessas fases.
Para a Primeira Fase, que, como visto, corresponde à Matrícula Inicial é feita uma
publicidade ampla, em que são divulgados os prazos que as escolas possuem para a realização do
Censo Escolar. Essa primeira é dividida em cinco períodos, os quais são demonstrados no quadro que
segue.

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PRIMEIRO PERÍODO Coleta das informações escolares, que se inicia com a abertura do sistema
Educacenso aos usuários, e tem a duração de 60 dias.
SEGUNDO PERÍODO Para efetuação de eventuais correções, exclusões e inclusões de
informações, o qual tem início após a publicação preliminar dos dados no
Diário Oficial da União (DOU) e tem prazo de 30 dias.
TERCEIRO PERÍODO É estabelecido um prazo para as verificações dos dados processados após o
período de retificações pelas coordenações estaduais do Censo escolar. Tem
duração de 10 dias.
QUARTO PERÍODO É o prazo para confirmação ou desconsideração de matrículas duplicadas,
que é realizado diretamente no módulo de matrícula pelos gestores
escolares.
QUINTO PERÍODO Corresponde ao período em que são realizadas, pela equipe do INEP, as
verificações finais dos dados processados, após a análise e correção de
inconsistências no sistema Educacenso.

Quadro 06 – Períodos da matrícula inicial


Fonte: Brasil (2015)

Neste ponto, é importante frisar que:


• Esses prazos são determinados na portaria do cronograma anual do censo escolar;
• Na reabertura do sistema Educacenso para retificação são disponibilizados relatórios
contendo os dados preliminares para que os gestores municipais de educação
possam fazer as revisões e eventuais modificações dos dados por eles fornecidos;
• Após o encerramento do período de coleta de dados da matrícula inicial, do
tratamento das informações e da publicação dos dados finais no DOU, as informações
não poderão mais sofrer alterações (BRASIL, 2015).

Já a Segunda Fase ocorre no início do ano seguinte a coleta da Matrícula Inicial, quando
se passa a disponibilizar ao usuário, no sistema Educacenso, o módulo: situação do aluno. Neste
módulo são coletados dados de movimento (transferência, desistência ou falecimento) e de
rendimento escolar (aprovação ou reprovação) dos alunos cadastrados no Censo Escolar durante a
Matrícula Inicial (BRASIL, 2015).
Essa segunda fase, que corresponde à situação do aluno, é dividida em dois momentos.
No primeiro, o módulo fica disponibilizado para preenchimento por um período de 30 dias, passado
esse tempo os dados são divulgados em relatórios disponibilizados pelo sistema Educacenso, para
que os gestores municipais e estaduais de educação possam fazer sua conferência. No segundo

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momento o módulo é reaberto por um período de 15 dias para que sejam feitas as retificações que
se fizerem necessárias.
Observações importantes nesta segunda fase:
• As informações deste módulo permitem o registro da movimentação dos estudantes
após a data de referência do Censo, além dos dados de aproveitamento ao final do
ano letivo de cada aluno;
• O preenchimento das informações é de responsabilidade compartilhada entre as
escolas e as secretarias estaduais e municipais de educação;
• A supervisão da realização do Censo Escolar anual também é uma das atribuições dos
conselhos do Fundeb, os quais não se constituem em novas instâncias de controle e
fiscalização da gestão pública, mas que suas atividades são somadas as já existentes.

Após tudo o que vimos até o presente momento, você poderá observar que o
Censo Escolar é uma pesquisa direta, contínua e periódica. Para isso, ela se
utiliza de formulários, que são considerados um método eficiente em
pesquisas qualitativas, sobretudo aquelas consideradas de grande escala como
é o caso do Censo que tem como proposta realizar um retrato da realidade da
educação em nosso país.

Deste modo, é importante destacar que o Censo Escolar tem como instrumento
investigativo a coleta de informações detalhadas, que é realizada por intermédio de quatro
formulários distintos, sendo estes:

Ø O da escola, cujas informações são imprescindíveis na identificação de áreas que


necessitam de investimentos prioritários quanto à estrutura e/ou equipamentos
de ensino. Neste, são coletadas informações sobre: localização, tipo de vínculo
administrativo, infraestrutura, equipamentos disponíveis, recursos humanos,
alimentação escolar e dados educacionais.
Ø O das turmas, no qual são recolhidas informações sobre a organização dos
discentes e docentes no âmbito escolar em função de suas atividades e papeis no
processo educativo; neste também é possível estimar o número médio de alunos

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por turmas, a organização e distribuição das disciplinas, as classes especiais, as
atividades complementares, o atendimento educacional especializado,
hospitalares e em unidades de atendimento socioeducativas ou prisionais;
Ø O do estudante, no qual se torna possível contar a população escolar, ter acesso
a dados de identificação do estudante, como características físicas, dados de
residência, origem, vínculo escolar, deficiência, transtorno global do
desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, utilização de transporte
escolar, entre outros;
Ø O dos profissionais escolares, com o fim de identificar se a atividade docente
exercida encontra-se adequada ao nível de formação profissional, além de trazer
dados individualizados de docência e dados pessoais.

Assim, com estes esclarecimentos, seguindo nossos estudos. A partir deste momento
você passará a aprender acerca das funcionalidades dos Censos Educacionais.
Está pronto para se aventurar em mais uma aprendizagem? Então, siga em frente!

3.3 Funcionalidades dos Censos Educacionais

Agora você dará início à última etapa de nossa competência, a que trata da funcionalidade
dos Censos Educacionais.

Então, perguntamos:
O QUE QUEREMOS DIZER POR FUNCIONALIDADE?

Para responder a essa pergunta foi buscada a resposta no Dicionário Online de Português,
onde você encontrará que Funcionalidade corresponde à “qualidade do que desempenha a função
para a qual foi desenvolvido”; a “característica funcional, do que funciona ou desempenha
determinada função”.

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Assim, conforme você vem estudando é possível afirmar que a função do Censo
educacional é realizar um retrato fiel da realidade da educação brasileira, ou seja, este corresponde
a uma ferramenta indispensável para que a sociedade e os diversos atores educacionais possam
conhecer a situação da educação do país, dos estados, dos municípios e das escolas.
Até o presente momento, você poderá perceber que as informações fornecidas pelo
Censo Educacional são de fundamental importância para que se tenha um panorama geral da
situação da educação básica brasileira, e influenciam diretamente na formulação de políticas públicas
educacionais, na execução de programas na área de educação e na transferência de recursos
públicos.
E aí, o que você está achando de nossas aulas? Espero que esteja gostando e esteja
animado(a) para aprofundar seus conhecimentos, pois aqui terminamos essa etapa de seus estudos.
Todavia, você está convidado(a) para continuar comigo essa jornada de conhecimentos na próxima
semana, na qual iremos aprender sobre o Sistema de Informação da Educação.
Deste modo, fique atento(a) às atividades dessa semana sobre o assunto abordado, verifique
o material complementar, participe dos fóruns (geral e de atividades), como também dos destaques.

Não esqueça de assistir a vídeoaula desta competência.

Para você uma ótima semana de estudos!

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4.Competência 04 | Compreender o Sistema de Informação da Educação
Prezado( a ) Estudante, estaremos juntos nessa caminhada do saber!
Nesta quarta semana de estudos, você irá compreender melhor alguns fundamentos
sobre o Sistema de Informação da Educação. Mas antes de iniciar suas leituras convido você para
ouvir o podcast desta competência. Vamos lá?

Figura 12 - Sistema de Informação


Fonte: https://universoadministracao.blogspot.com/2015/11/sistemas-de-informacoes-gerenciais-sig.html
Audiodescrição da figura: a imagem contém um globo terrestre centralizado e ao redor várias setas direcionadas a
ferramentas digitais, que interliga um conjunto de elementos que interacionam o Sistema de informações. Fim da
audiodescrição.

A primeira estruturação da informação está representada pela evolução da escrita,


permitindo que as informações ficassem registradas. As organizações tomam como base seus
sistemas de informação em técnicas de arquivamento. Normalmente existia a figura de um
“arquivador”, que era a pessoa responsável para organizar, registrar, catalogar e recuperar os dados
quando houvesse necessidade, dessa forma era visível o esforço humano exigido para manter os
dados atualizados e/ou recuperá-los, sendo insuficiente para o cruzamento e análise de dados das
informações contidas em papéis.
Os esforços físicos foram substituídos pela implementação da tecnologia através dos
Softwares específicos, capazes de extrair dados, transformando-os em informações que procederam
controle, organização e velocidade de armazenamento e disponibilidade das informações, facilitando
o desempenho nas tomadas de decisões.

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Vamos refletir!
O que é um “sistema”?
Sistema é um conjunto de elementos que interacionam, a interação entre os
elementos é considerada de muita importância, portanto é vital para que um
conjunto de elementos possa ser considerado um sistema, pois um conjunto
de elementos sem interação entre eles, de nenhuma maneira pode ser
considerado como um sistema.

Figura 13 - Sistema
Fonte: https://pulpo.work/dados-informacoes-conhecimentos/
Audiodescrição da figura: Desenho de um cérebro, com vários desenhos de engrenagens de diversas cores e tamanhos,
representando um dispositivo que permite a ligação dos eixos propulsores de dados, que se ligam através de uma linha,
transformando esses dados em informação e consequentemente na concretização do conhecimento, representado pelo
desenho de uma lâmpada. Fim da audiodescrição.

Para compreender ainda melhor o porquê da existência de um sistema e sobre a sua


prática, é importante analisar “a sua formação e o caminho” que leva para um dado se transformar
em conhecimento e posteriormente em um resultado tangível.

• Dados: elementos brutos, sem significado.


Os dados podem ser definidos como a representação quantificada de alguma coisa,
quando olhamos um dado individualmente ele não terá um sentido claro, para trazer
um contexto mais aplicável, é necessário tratá-lo e transformá-lo em informação.
• Informação: dados organizados, com significado.
Dados que possuem um significado em determinado contexto, são chamados de
informações. Plataformas e pessoas podem auxiliar no tratamento desses dados a

60
fim de que eles cada vez mais auxiliem os diretores na tomada de decisões
estratégicas.

• Conhecimento: informação interpretadas por indivíduos.


Quando a informação possui uma aplicação prática, damos o nome de conhecimento.
Esta classe se refere às formas de alcançar um resultado concreto a partir de
determinado conteúdo. É derivado do aprendizado real dado em virtude das trocas
interpessoais, práticas estabelecidas no negócio e valores entregues aos clientes
internos e externos.

Você sabe o que é um Sistema de Informações? Vamos conferir!

O sistema de informações é um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando


juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações, com a finalidade de
facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em organizações.

Dessa forma, o Sistema de informações, também é um recurso que provem informações


e processamentos de dados destinados para qualquer que seja o uso feito dessa informação, com o
propósito de atender a um dado objetivo no âmbito organizacional, proporcionando aos

61
administradores uma visão de como controlar, organizar e planejar com eficiência e eficácia
monitorando o planejamento estratégico e consequentemente melhorando os resultados.
De modo geral, as informações compõem um dos maiores e mais valiosos ativos da
empresa ou instituição. Nesse sentido, os benefícios que esse sistema proporciona consiste na
otimização das operações.
Cabe ressaltar, que o Sistema de informação tem o objetivo de coletar, armazenar e
transmitir informações validadas do ambiente de operações, com a finalidade de facilitar funções
organizacionais proporcionando, integração, coordenação, controle, análise, acompanhamento,
comunicação e visualização do ambiente que os cercam, transformando dados crus em informações
úteis para a tomada de decisões, contribuindo para as empresas e instituições conduzir seu
patrimônio de conhecimento.
Você deve está se questionando, como o profissional que irá operar esse sistema
desenvolve as habilidades necessárias? É importante salientar, que o profissional que irá utilizar o
sistema de informações, deverá ser treinado, capacitado e motivado, colaborando para inserção dos
dados do sistema, retirando informações concisas do software, transformando-as em conhecimentos
significativos e qualitativos, a fim de subsidiar em tempo real as tomadas de decisões, buscando
atingir os objetivos específicos e apresentar de forma mais detalhada os resultados que se pretende
alcançar.

Vamos aprofundar melhor, nosso conhecimento sobre softwares?

Software é uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um


computador com o objetivo de executar tarefas específicas. Também pode ser definido como os
programas que comandam o funcionamento de um computador.
Os softwares podem ser classificados em três tipos:
Software de Sistema: é o conjunto de informações processadas pelo sistema interno de
um computador que permite a interação entre usuário e os periféricos do computador através de
uma interface gráfica.

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Software de Programação: é o conjunto de ferramentas que permitem ao programador
desenvolver sistemas informáticos, geralmente usando linguagens de programação e um ambiente
visual de desenvolvimento integrado.
Software de Aplicação: são programas de computadores que permitem ao usuário
executar uma série de tarefas específicas em diversas áreas de atividade como arquitetura,
contabilidade, educação, medicina e outras áreas comerciais.
Portanto, o profissional responsável pelo fluxo de informações de uma instituição, tem
a função de englobar o desenvolvimento, implementação ou adaptação de softwares, tendo como
objetivo a melhoria na organização e acessibilidade de todas as informações.
Algumas habilidades que o profissional responsável pelo sistema deve ter: atuação na
área de tecnologia, abertura para inovações, criatividade ao buscar novas ideias, pensamento
analítico, visão organizacional, criar, inovar e propor soluções práticas, inteligentes e usuais,
desenvolver programas informatizados e autenticidade das informações.
A inserção do Sistema de informação a serviço da Educação situa o fim aos vários
controles paralelos na organização, que normalmente funcionam de forma isolada em vários
programas isolados. Nos dias atuais, argumenta-se que é impensável que uma organização funcione
sem o uso de um adequado software de gestão integrado.
Prezado Estudante, você agora, irá compreender a funcionalidade do Sistema de
Informação da Educação de Pernambuco.

4.1 Sistema de Informações da Educação de Pernambuco (SIEPE)

O avanço da tecnologia tem formalizado a expansão de forma complementar,


especificamente, viabilizando e potencializando a interação e a comunicação entre as pessoas no
ambiente escolar. Diante desse avanço tecnológico, deverá se ter uma integração ao mundo do
conhecimento e da informação, para que o trabalho seja facilitado por meio de dados precisos,
permitindo ações mais rápidas.
Os sistemas de informações estão sendo cada vez mais inseridos nos ambientes de
trabalho, para colaborar com as atividades de gestão, assumindo uma grande importância no âmbito
educacional, possibilitando aos gestores condições de transformar inúmeros arquivos de papel em
um banco de dados no computador, construídos em tempo real, permitindo assim, um

63
gerenciamento preciso, inovador, prático e eficaz, que permeia a organização e gestão das áreas
pedagógicas e administrativas dos estabelecimentos de ensino.
Com o intuito de buscar inovação, a Secretaria de Educação e Esporte de Pernambuco
(SEE-PE), implantou um Sistema próprio de Informações da rede pública estadual de educação, o
Sistema de Informações de Pernambuco (SIEPE), foi desenvolvido com a finalidade de cadastrar,
monitorar e avaliar em tempo real os dados, situações, indicadores e resultados gerenciais e
operacionais da educação no Estado.

SIEPE - É a plataforma dos dados da Educação de Pernambuco, que permite


acesso as principais informações administrativas e de secretaria escolar para
pais, professores e alunos através do perfil acadêmico com registros de notas,
comportamento, atividades, publicações e informações gerais sobre as ações
administrativas.

A inserção do SIEPE (Sistema de Informações da Educação de Pernambuco) tem por


objetivo oferecer às escolas ou rede de escolas, um ambiente na web que contempla um sistema de
gestão escolar totalmente integrado com um ambiente colaborativo. De um modo geral, a internet e
os portais, especificamente, têm se mostrado como uma forma de expandir e complementar o
ambiente escolar, viabilizando e potencializando a interação e a comunicação entre as pessoas, de
forma ágil e totalmente segura, essa estrutura expande e agiliza a comunicação e a participação de
toda a comunidade escolar.
Assim, o SIEPE proporciona a disponibilidade de informações em tempo real, tornando-
se uma ferramenta de gestão e subsídio pedagógico. A internet é uma aliada na integração do portal
com o ambiente de gestão da rede de ensino e pedagógico, conectando funcionalidades que
viabilizam o trabalho pedagógico e administrativo em três âmbitos: Secretaria de Educação e Esporte,
Gerências Regionais e Escolas.
Uma das premissas do Portal é garantir à instituição de ensino total controle, autonomia
e acessibilidade sobre a publicação de conteúdos e gerenciamento de permissões. Para isso, o sistema
conta com uma hierarquia de perfis e acessos diferenciados que podem ser facilmente gerenciados
pela equipe de administração, dentro da instituição. Outra característica inovadora do sistema é

64
oferecer uma estrutura tecnológica de última geração, totalmente construída em software livre, o
que possibilita uma redução de custos e de tempo, tanto para o desenvolvimento quanto para a
implantação.
A democratização do acesso aos dados administrativos e acadêmicos das unidades
escolares assegura uma maior interação entre as unidades escolares e a comunidade. O Portal tem
por objetivo, promover a participação e a colaboração, disponibilizando informações em tempo real,
de maneira rápida, confiável e eficaz pela Web, facilitando o trabalho da gestão escolar.
Esse portal é disponibilizado totalmente pela WEB, integrando em um único espaço, dois
ambientes: Gestão da Rede de Ensino e Ambiente Pedagógico (Portal Colaborativo), possibilitando a
união e associando funcionalidades que subsidiam o trabalho pedagógico e administrativo nos
âmbitos citados anteriormente.
O Sistema de Informações da Educação de Pernambuco - SIEPE, tem diversas
funcionalidades no ambiente pedagógico e administrativo, possibilitando o acompanhamento do(a):
• Frequência dos alunos e professores;
• Notas bimestrais;
• Conteúdos trabalhados;
• Número de aulas dadas e previstas;
• Quadro de horários de aula e detalhamento dos motivos de falta dos professores;
• Equipamentos, mobiliários;
• Cumprimento do calendário letivo e do currículo escolar;
• Acompanhamento do boletim pedagógico;
• Rendimento das escolas;
• Lançamento do desempenho, observações e frequência dos alunos pelos
professores;
• Registro dos conteúdos curriculares ministrados;
• Planejamentos de aula e as situações didáticas;
Deste modo, o portal viabiliza a padronização dos processos, evitando retrabalho
das equipes escolares e estreita as relações entre as escolas, Secretaria de Educação, Gerências
Regionais, gestores, equipe escolar, estudantes, pais e/ou responsáveis, através da descentralização
da informação do ambiente escolar.

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Em atendimento às necessidades requeridas para implantação do sistema, foram
sancionadas algumas leis no âmbito do Sistema Estadual de Educação, como a Lei de
Responsabilidade Educacional do Estado de Pernambuco, Lei nº 13.273, sancionada em 5 de julho
2007 e Lei nº 15.362 de 2 de setembro de 2014, que introduz alterações na Lei nº 13.273, de 5 de
julho de 2007.

Para um melhor aprofundamento sobre as Leis que estabelece normas


voltadas para a Lei de Responsabilidade Educacional do Estado de
Pernambuco.
Lei nº15.362
https://legis.alepe.pe.gov.br/texto.aspx?tiponorma=1&numero=15362&compl
emento=0&ano=2014&tipo=&url=
Lei nº 13.273
http://legis.alepe.pe.gov.br/texto.aspx?id=1373&tipo=

No Art. 1º As referidas Leis estabelece que o Secretário de Educação apresentará,


até o mês de agosto de cada ano, à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa,
relatório contendo uma série histórica dos indicadores educacionais referentes aos
últimos 4 (quatro) anos.

No Art. 2º As referidas Leis tratam dos Indicadores educacionais aos quais se refere
o Artigo 1º, sendo eles: I Alfabetização; II Matrícula e Abandono Escolar (Evasão
Escolar); III Taxa de distorção idade série; IV Docentes; V Programas; VI Tempo de
Estudo; VII Rendimento Escolar e VIII Infraestrutura.

O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco e as metas para a Educação Básica


constituem uma política pública cuja diretriz é assegurar a melhoria da qualidade social da educação
pública. Isto requer o comprometimento de todos os professores, gestores, comunidade escolar,
estudantes e suas famílias.
A partir dos resultados do IDEB, que apontavam baixos índices para Pernambuco, o
Governo do Estado, por meio da SEE-PE (Secretaria Estadual de Educação e Esporte de Pernambuco),
seguindo o modelo do IDEB, criou o Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE).

66
Com o IDEPE, foram estabelecidas metas, por escolas, em consonância com a realidade
específica de cada uma.

Caro(a) Estudante, Convido você para fazer uma breve leitura sobre o IDEB e o IDEPE,
Vamos lá?
O que é IDEB?

Figura 14 - IDEB
Fonte: http://portal.inep.gov.br/ideb
Audiodescrição da figura: na imagem tem a sigla IDEB e a escrita do significado: Índice de desenvolvimento da
Educação Básica e logo abaixo imagens de alguns lápis nas cores: verde, amarela, laranja, rosa, azul e roxo. Fim da
audiodescrição.

Ideb é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007, pelo Instituto


Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), formulado para medir a
qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino.

O que é IDEPE?

Figura 15 - IDEPE
Fonte: https://www1.educacao.pe.gov.br/idepe/
Audiodescrição da figura: imagem de quatro livros empilhados e uma criança sentada encostada nos livros, fazendo a
leitura de um livro, ao lado o slogan do governo de Pernambuco e em cima a sigla IDEPE e abaixo escrita da frase
situação da escola. Fim da audiodescrição.

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O Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE) é o indicador de
qualidade da educação pública estadual que permite diagnosticar e avaliar a evolução de cada escola,
ano a ano.
O trabalho baseado em metas e em resultados faz parte do Programa de Modernização
da Gestão Pública adotado pelo Governo de Pernambuco. Na Educação, o objetivo é melhorar os
indicadores educacionais do Estado, sobretudo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de
Pernambuco (IDEPE), que impulsiona a elevação do IDEB em virtude da similaridade na metodologia
adotada.
Para o crescimento dos indicadores educacionais, foi fundamental a criação de uma
política de incentivo ao servidor, principalmente dos que estão lotados nas escolas, com a
implantação do Bônus de Desempenho Educacional – BDE.
Em relação às GREs, o bônus ( BDE ) é calculado com base nos resultados alcançados pelas
escolas estaduais em sua jurisdição. De fato, o bônus é proporcional ao sucesso alcançado pelas
escolas de cada GRE no que diz respeito à realização das metas pactuadas com a SEE-PE.
A informatização dos procedimentos do cotidiano escolar, que consequentemente
envolve não só os educadores no portal, mas toda a comunidade escolar, permitindo que Secretarias,
escolas e comunidade estejam mais próximas em um ambiente de compartilhamento e colaboração.
Dessa forma, possibilita maior agilidade da SEE-PE, das Gerências Regionais de Educação (GREs) e da
própria escola, em atender às demandas e solucionar os problemas detectados.
Atualmente o SIEPE é o principal instrumento de coleta de dados do Sistema Educacional
de Pernambuco, alimenta e integra a base de dados do Censo Educacional Brasileiro, facilitando o
trabalho dos gestores e administrativos das escolas, ao ter que inserir os dados em ambas
plataformas.
O SIEPE também alimenta a base de dados do Grande Recife - Consórcio de Transporte,
empresa que tem a responsabilidade de administrar o sistema de transportes públicos da capital
pernambucana e da emissão da carteira estudantil e do passe livre.

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Figura 16 - vem passe livre
Fonte: http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=&cat=37&art=2376
Audiodescrição da figura: imagem de uma mão segurando o cartão do VEM passe livre. Fim da audiodescrição.

Para adquirir o cartão VEM PASSE LIVRE RMR é necessário que o estudante
esteja regularmente matriculado na REDE DE ENSINO ESTADUAL e cotistas da
Universidade de Pernambuco-UPE, e nesse caso o aluno deve procurar a
secretaria da sua Instituição e verificar se está enquadrado na condição do
direito ao PASSE LIVRE RMR. Se confirmada, verificar ainda junto a secretaria
da Instituição se existe a confirmação do envio dos seus dados DE FORMA
CORRETA para a SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E ESPORTES.
Acesse o Link abaixo e obtenha mais informações:
https://www.granderecife.pe.gov.br/sitegrctm/servicos/bilhetagem-
eletronica/vem-passe-livre/

Avante querido(a) Estudante!


O SIEPE possibilita à Secretaria Estadual de Educação (SEE) acompanhar o
comportamento dos indicadores educacionais e tomar decisões seguras para a correção de rumos,
assegurando o cumprimento das metas de melhoria da qualidade da educação estabelecidas pelo
governo.

1) O SIEPE corrobora com a inclusão digital e a criação de uma cultura tecnológica, além de uma
maior integração entre escola e comunidade, através da disponibilização de um ambiente
colaborativo, da implantação de sistema de gestão escolar e do gerenciamento de programas
e metas.

69
2) Através dele também é possível realizar a consistência e a migração das informações para o
Educacenso, o sistema de Censo Escolar do Ministério da Educação. As informações são
inseridas diariamente, bem como atualizadas, e por isso, todos os processos são realizados
em tempo real, o que garante confiabilidade, agilidade, mobilidade, flexibilidade e
interatividade.
3) Os dados são agrupados em um local virtual acessível a qualquer gestor de Gerência Regional
de Educação, diretor de escola, professor, pai ou aluno, independente da sua localização no
estado, bastando apenas ter conectividade. O planejamento de matrícula, quadro de horários,
diário de classe, número de turmas e de alunos, além da catalogação e distribuição de kits
escolares são algumas das atividades que a ferramenta gerencia.
4) O SIEPE também conta com o Portal Educação em Rede, um ambiente colaborativo onde o
estudante, o servidor e a família, podem realizar o autocadastro e ter acesso a informações
acadêmicas, enquetes, fóruns e notícias das escolas e da gestão da Secretaria de Educação e
Esportes. A intenção é fortalecer o conceito de rede de ensino por meio da criação de um
espaço colaborativo na web que integre as unidades educacionais e toda a comunidade
escolar, possibilitando o acesso aos serviços e às informações, a partir de um computador ou
outro dispositivo móvel (celular) conectado à internet.

Você poderá acessar o Portal do SIEPE no link


https://www.siepe.educacao.pe.gov.br/

Após essa importante leitura, sigamos adiante nessa construção do saber, direcionando
nossa leitura para a seguinte temática referente ao Sistema integrado de Gestão Educacional.

4.2 Sistema Integrado de Gestão Educacional

Nesta temática, visamos a contribuição da tecnologia para a melhoria da qualidade de


ensino, tomando como foco à aprendizagem e compreensão dos processos da Educação e Gestão
Escolar. Os recursos tecnológicos utilizados no desenvolvimento educacional possibilitam o
gerenciamento de dados e melhorias nas práticas pedagógicas para a elevação dos indicadores
educacionais.
Existem vários modelos de sistemas adotados nos diversos estados e municípios, assim
como o SIEPE para Pernambuco, mas se não houvesse uma integração, com um sistema nacional,

70
seria somente mais um sistema. Devido à rapidez com que as inovações na tecnologia e nos meios
de comunicação têm sido introduzidas na sociedade, torna-se necessário que as organizações,
públicas ou privadas, esteja voltada para a construção do conhecimento com base na informação, o
maior desafio será transformar informações em ações focadas diretamente nos resultados, tanto
para as instituições como para a sociedade.
Atualmente há um extenso leque de recursos que a tecnologia oferece e que devem ser
vivenciados pela comunidade escolar. A utilização da informática no âmbito educacional encontra-
se, atualmente, em crescimento progressivo, através do acesso a informações, comunicação e trocas
de experiências a grandes distâncias de forma rápida, na busca de soluções atuais e eficientes para
os “problemas”.
Na gestão de uma organização pública, o planejamento de TI (Tecnologia da Informação)
é um dos fatores mais importantes tendo em vista o crescimento exponencial da utilização de
recursos computacionais em todas as áreas e, em especial, na área educacional.
Nesse contexto, para planejar e gerir as ações e os projetos de TI no âmbito tático
educacional, o PDTI (Plano Diretor de Tecnologia da Informação) se apresenta como uma importante
ferramenta no intuito de apoiar as estratégias da SEE-PE, permitindo nortear e acompanhar a
atuação da área de TI, definindo estratégias e o plano de ação para implantá-las, possibilitando: (1)
justificar os recursos aplicados em TI; (2) garantir o controle de recursos; (3) aplicar recursos naquilo
que é considerado mais relevante; e (4) melhorar o gasto público e o serviço prestado ao cidadão.
Dentre os objetivos do PDTI, os seguintes itens devem ser citados:
• Criar um instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão da TI;
• Estabelecer o alinhamento estratégico;
• Identificar as informações estratégicas, táticas e operacionais necessárias à
Instituição;
• Embasar a tomada de decisões estratégicas, no tocante aos assuntos que envolvem
o ambiente de TI da SEE-PE;
• Definir os recursos necessários para a evolução das tecnologias da informação, da
arquitetura, dos Sistemas de Informação e de Conhecimento;
• Traçar projetos e prioridades, bem como acompanhar essas ações e controlar os
investimentos.

71
Portanto, caro (a) estudante, é fundamental o desenvolvimento de habilidades, de
competências e da obtenção e utilização de informações por meio da própria tecnologia,
assim sendo, é preciso entender como as Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC se
aplicam no contexto das organizações de ensino, sobretudo nas escolas. As TICs - são muito
contributivas para a gestão democrática e ao envolvimento, à participação e à interação dos
membros da comunidade escolar.

Figura 17 - Recurso tecnológico


Fonte: http://tpa.sapo.ao/noticias/ciencia/massificacao-das-tic-facilita-o-acesso-ao-saber
Audiodescrição da figura: a imagem apresenta um notebook com as mãos de uma pessoa manuseando, próximo tem
símbolos de alguns recursos tecnológicos que facilitam o acesso rápido a informação. Fim da audiodescrição.

TIC é um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que


proporcionam, por meio das funções de hardware, software e
telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da
pesquisa científica e de ensino e aprendizagem.

A integração de tecnologias ao processo educacional, como o computador e a Internet,


pode promover mudanças bastante expressivas na organização e no dia a dia da escola, bem como
na maneira como o ensino e aprendizagem se processam, tudo isso tendo por fim a Educação para a
Cidadania.
Desta forma, o avanço e a inovação educativa estabelece sua contribuição no horizonte
de uma educação compromissada com a construção de conhecimentos significativos e a formação de

72
cidadãos aptos a contribuírem para a transformação social, através da afirmação da democracia e da
justiça social na nossa sociedade.
Segundo Castro, uma sociedade mais justa pode ser resultado da globalização da
informação, evitando-se a exclusão e facilitando a todos o acesso aos benefícios das novas
tecnologias e da internet.

Nesse novo cenário social, a ciência, a ética e a tecnologia exercem um papel


fundamental na sociedade da informação. Sua complexidade faz com que valores vão
sendo modificados, propondo a mudança de estrutura que rompe fronteiras e abre
novos caminhos para o conhecimento, pois nunca como agora as pessoas tiveram
tantas oportunidades de se informar, de ser cidadãos e de ter condições de entender
o mundo para exercer de fato o seu papel político. (CASTRO; HELLER; MARCOS, 2002).

Desse modo, podemos afirmar que os avanços da tecnologia da informação, possibilita o


uso de ferramentas tecnológicas como estratégias pedagógicas oferecendo novas oportunidades e
qualidade social, imbuída de uma cultura da paz e de sustentabilidade, sendo a gestão escolar, a base
essencial na qual o processo pedagógico e tecnológico se fundamenta, no respectivo trabalho que
transformará uma efetiva concretização das “ações”.
Seguindo com essa reflexão, sabemos que todas as ações administrativas e pedagógicas
intencionam o objetivo do produto final: “a educação de qualidade”. Tornando propícia a uma visão
mais global, que viabiliza os recursos, os processos, as pessoas, o currículo, a metodologia e a
disciplina, tudo de maneira interligada.
Tendo em vista os aspectos observados, na educação, os sistemas de informação
intencionam uma integração, para que possibilitem uma formulação eficaz das políticas públicas no
sistema nacional de educação.

4.3 Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIED)

Prezado(a) Estudante, vamos fazer uma breve explanação referente ao SIED?


Antes da implementação do SIED, os sistemas de informações eram centralizados e a
coleta de informações dos Censos educacionais, era realizada pelo MEC (Ministério da Educação),
que contratava serviços de terceiros para a digitação de relatórios e alimentação dos bancos de

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dados. Contudo, o processo apresentava várias dificuldades: um custo extremamente alto,
dificuldade de acomodar a equipe de funcionários temporários no ambiente de trabalho do
departamento de Estatísticas Educacionais.
Quando não havia o SIED - Sistema Integrado de Informações Educacionais, os indicadores
educacionais tinham baixa confiabilidade e eram insuficientes para o planejamento de ações
destinadas a promover a evolução do sistema educacional. A falta de informações atualizadas
comprometia a tomada de decisões e também causava enormes desperdícios na distribuição dos
recursos, pois os estados tinham seu próprio sistema de processamento de dados, não havia uma
padronização nacional das informações e indicadores.
A implantação do SIED em 1996, trouxe avanços e motivação na aceleração e
desempenho do Censo Escolar, favorecendo a informatização das Secretarias Estaduais de Educação
em articulação com INEP, dessa forma as informações do Censo são coletadas e divulgadas
anualmente. O novo Sistema passou a propiciar dados atualizados, elaboração, implementação e o
monitoramento das políticas destinadas à evolução do sistema educacional.
O Sistema Integrado de Informações Educacionais foi desenvolvido com o objetivo de:

• Instrumentalizar o MEC para o desempenho de sua atividade de planejamento,


acompanhamento, avaliação e fomento do sistema educacional;
• Fornecer instrumentos gerenciais e de apoio ao planejamento e à tomada de
decisões, nos diferentes níveis do sistema educacional, desde a direção da escola,
passando pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Educação – responsáveis pelas
escolas públicas – até o MEC;
• Permitir uma análise do sistema educacional, no âmbito nacional, regional,
municipal, estadual, e também a comparação com outros países;
• Permitir a divulgação e disseminação de informações educacionais, de forma ágil, às
escolas, Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, aos educadores,
responsáveis pela formulação de políticas que atuem no sistema educacional e à
sociedade em geral.

O SIEd e o Censo Escolar possuem atualmente abrangência nacional, isto é, em seu


desenho, seus componentes estão integrados e distribuídos por todo o território nacional, coletando

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e tratando dados e gerando informações nas esferas federal, estadual, municipal, privada e nas
associações e entidades. O levantamento das informações é feito junto a todos os estabelecimentos
de ensino, das redes pública e particular, mediante o preenchimento de questionário padronizado,
de caráter compulsório, fixado pelo Decreto nº 73.177, de 20 de novembro de 1973.

4.4 Sistema de Administração Escolar do MEC (SAEMEC)

O Sistema de Administração Escolar do MEC (SAEMEC) é um software desenvolvido pela


diretoria de Informações Estatísticas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(INEP), que atua na administração do campo acadêmico, financeiro, de pessoal, de materiais e de
patrimônio de uma escola ou de um conjunto de escolas.
O SAEMEC permite a transferência das informações armazenadas nas escolas para os
sistemas das secretarias estaduais e municipais, bem como a importação de dados desses sistemas,
levando em consideração o objetivo de interligar toda a rede pública através do software, tornando
propício a atuação de forma integrada ao ambiente Microsoft Office, facilitando os mecanismos de
importação e exportação de dados de todos os seus módulos de relatórios gerenciais.
O sistema produz ainda automaticamente os dados para o Censo Escolar do Ministério da
Educação (MEC), pois ele atua com eficiência no armazenamento e manipulação das informações das
turmas e de cada aluno individualmente, operando as matrículas, os boletins dos alunos, os diários
de classe, entre muitas outras atividades da escola, fornecendo os dados para o Censo Escolar do
MEC.
O SAEMEC é constituído por módulos principais e de configurações distribuídos em:
Módulos principais: Financeiro, Patrimônio, Pessoal, Acadêmico, Materiais e Gerencial;
Financeiro: Esse módulo servirá para a escola controlar suas contas de receita e despesa,
garantindo maior agilidade na obtenção de resultados.
Patrimônio: Esse módulo serve para a escola cadastrar e controlar todos os bens
patrimoniais existentes na mesma.
Pessoal: Neste módulo a escola pode controlar a frequência dos funcionários, seus dados
pessoais e funcionais.

75
Acadêmico: Esse é o principal módulo do sistema, onde a escola poderá controlar toda a
vida acadêmica dos alunos da escola, aplicando avaliações, controlando frequência, emitindo
boletins, históricos e relatórios referentes a esse item.
Materiais: Outro módulo muito importante funciona como um controle de estoque para
a escola gerenciar, desde itens como merenda e materiais de uso geral como lápis, canetas, etc.
Gerencial: É o módulo responsável pelas informações estatísticas que agrupa dados dos
outros módulos. Esse módulo apoia o diretor da escola no controle de desempenho dos alunos,
professores. Apoia também as outras atividades administrativas da escola.
Módulos de configurações: Configurações da Escola e do MEC.
Configurações da Escola: Nesse módulo, o usuário irá informar os dados da escola, como
endereço, tipos de dependência, etc. É nele também que o usuário irá cadastrar os cursos, disciplinas
e todas as outras variáveis educacionais do sistema.
Configurações do MEC: Nesse módulo são informadas as variáveis do MEC, como códigos,
nomes e descrições de campos que serão preenchidos durante a utilização do sistema e que servirão
também para efetuar as tabulações necessárias ao Censo MEC. Esses dados deverão vir preenchidos
pelo MEC e o usuário não poderá alterá-los.
Logo, é importante ressaltar que o SAEMEC é um software gratuito e não é de uso
obrigatório, portanto, pouco usado ultimamente, substituído por sistemas e software mais
completos, em cada estado ou unidade escolar, como é o caso do SIEPE em Pernambuco.
E aí, o que você está achando de tudo o que aprendeu até agora? Assim, que tal
aprofundar um pouco mais seus conhecimentos e relembrar um pouco do que você viu nesta
competência? Para isso, te convido a verificar o material complementar, a participar dos fóruns de
atividades (geral e de atividades), como também dos destaques.

Não esqueça de assistir a videoaula desta competência.

Para você uma ótima semana de estudos!

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5. Competência 05 | Entender as Funcionalidades do Sistema de
Informação da Educação
Prezado(a) Estudante, nesta semana iremos entender as funcionalidades do Sistema de
Informação da Educação. E, aí, está animado a continuar comigo essa jornada de conhecimentos?
Então, aproveite para acessar e ouvir o podcast desta competência antes de iniciar as leituras. E
vamos em frente!
A aplicação do Sistema de Informação da educação tem a intenção de facilitar a
mediação da coleta e registro de informações, contribuindo para a construção de uma visão mais
ampla do potencial das tecnologias da informação na organização escolar e ampliação da resolução
de problemas educacionais.

Figura 18 - Funcionalidades do Sistema de informações


Fonte: https://blog.lyceum.com.br/inovacao-na-educacao/
Audiodescrição da figura: A figura demonstra vários ícones com imagens refletidas por uma tela, saindo de dentro de
um livro: lupa, globo, caderno, calculadora, lâmpada; ampulheta, entre outros. Representando canais e meios de
informação, no processo de inovação e melhoria na educação através de suas funcionalidades. Fim da audiodescrição.

Essa inovação na área educacional é um elemento essencial e indispensável para o avanço


de novas tecnologias da informação, viabilizando a integração de tecnologias ao processo
educacional, promovendo mudanças expressivas na organização diária da escola.
O sistema de informação educacional tem a capacidade de processar um amplo número
de dados simultâneos, auxiliando a disponibilidade de informações em tempo real, sendo necessário
que as rotinas, processos e métodos sejam bem coordenados e analisados.

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É perceptível que no dia a dia, as pessoas usam informações tanto na vida pessoal quanto
profissional, constantemente, não nos damos conta que é necessário administrar essas informações
para maximizar a sua utilidade, pois ao sermos bombardeados diariamente com novas informações,
é comum termos dificuldade em filtrá-las e retê-las para uso posterior.
Levando em conta, que muitas vezes, o grau de importância das informações é elevado,
principalmente, quando nos referimos ao nível organizacional e o processo de classificá-las e
interpretá-las requer maior rigor. Nesse caso, temos que recorrer a sistemas de informação mais
complexos, formais e geralmente computadorizados, que coletam, organizam, recuperam e
comunicam a informação.
O desenvolvimento de habilidades, de competências e da obtenção e utilização de
informações por meio da própria tecnologia é um fortalecimento, para uma sistematização e
administração com mais eficiência.
A atribuição do desenvolvimento dos sistemas de Informação e sua análise é uma tarefa
que cabe aos administradores, atribuindo à área técnica, apenas a automatização da informatização
dos sistemas apresentados.
O SIEPE é considerado um sistema macro, desenvolvido com a finalidade de monitorar,
cadastrar e avaliar, em tempo real os dados, indicadores e resultados gerenciais e operacionais da
educação em Pernambuco, que são voltadas para os diversos interesses coletivos da SEE-PE,
abrangendo as GREs e escolas.
Dessa forma, esse modelo de Sistema reúne funcionalidades acadêmica e administrativa
da SEE-PE, das GREs e das escolas, como cadastro, manutenção e consultas dos dados da rede física,
do sistema de ensino, dos alunos e dos servidores da rede. No SIEPE é disponibilizado um amplo
conjunto de informações gerenciais que são apresentadas em forma de telas para consulta e/ou
emissão de relatórios.
As consultas estão classificadas em gerenciais e operacionais:
Vamos conhecer?

• Gerenciais: são da responsabilidade dos gestores que acompanham integralmente o


sistema, desde a inserção dos dados até a geração de relatórios para posterior análise
e intervenção.

78
• Operacionais: são de responsabilidade dos funcionários que inserem os dados no
sistema, como por exemplo, o professor que insere no sistema os dados do aluno
como: frequência, registro de notas e desempenho; registro das observações diárias,
planejamento bimestral; registro de aulas dadas versus aulas previstas; registro das
situações didáticas diárias; monitoramento dos conteúdos ministrados; e consultas
dos dados dos alunos.

Estudante, o quadro a seguir, demonstra as funcionalidades do SIEPE (rede de ensino,


alunos, servidor e outras funcionalidades).

MODALIDADES

Rede de Alunos Servidor Outras funcionalidades


ensino

PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES PARA CADA MODALIDADE

Cadastro das Matrículas cadastro dos


Cadastro do servidor Reuniões pedagógicas
escolas alunos

Cadastro da Matrícula: Município e


Cadastro do Histórico Atribuição de aula
Matriz Curricular Estado

Cadastro das Controle de carga


Cadastro da Frequência Gerenciador de acessos
Séries e Turmas horária

Calendário Cadastro de notas/


Quadro de horário Bolsa família
Escolar Boletim Escolar

Configuração de Monitoramento dos


Ata de resultado final Alunos Intercambistas
documentos conteúdos ministrados

Integração com o
Consultas Consultas Consultas
Educacenso

79
O funcionamento do Sistema está agrupado em blocos são eles: Rede de Ensino, Aluno e
Servidor, incluindo também outras funcionalidades.

O módulo “rede de ensino” tem como função no Sistema cadastrar e acompanhar o


funcionamento das escolas referente às questões de: calendários e quadro de horários, matrizes
curriculares, cursos, turmas, série/ano, dentre outros.
Já no módulo “aluno” contém os seguintes itens: matrícula, cadastro dos alunos, cadastro
do histórico, enturmação dos alunos, cadastro da frequência, cadastro das notas, boletim escolar, ata
de resultado final e consultas.
Em relação ao módulo “servidor”, esse tem como função controlar o quadro de servidores
da rede e possibilitar o registro do histórico da vida funcional do servidor. Essas informações
subsidiam a organização da SEE-PE, das GREs e escolas no que diz respeito ao cálculo de lacunas,
movimentações e atribuição de aulas.
Na quarta funcionalidade encontram-se as seguintes funções: reuniões pedagógicas,
matrícula por município e estado, alunos intercambistas, bolsa família, integração com o Educacenso,
inscrição em curso e gerenciador de acesso.
Os aspectos organizativos, ou seja, os dados, a informação e o conhecimento facilita o
gerenciamento do sistema, como também mostra caminhos para resolução das dificuldades
frequentes no gerenciamento. A base tecnológica não é a “solução” dos problemas da organização
escolar, mas uma gigante ferramenta devidamente planejada para facilitar com eficiência processos
indissociáveis da atividade educativa, visto que, sendo a tecnologia, parte integrante de uma rede de
comunicação globalizada, mais rapidamente poderemos obter melhorias na implementação dos
processos recorrendo à troca de informação com o meio ambiente e desta forma, incrementar a
produção de conhecimento relevante para a organização.

80
5.1 Gestão escolar mais eficiente

Figura 19 - Gestão eficiente


Fonte: https://institutoibe.com.br/gestao-escolar-eficiente/
Audiodescrição da figura: a imagem mostra mãos de pessoas segurando peças de quebra cabeça, representando a
importância do trabalho em conjunto dos diferentes setores da escola. Fim da audiodescrição.

A educação é primordial para a evolução da sociedade, mas algumas pessoas


desconhecem a complexidade dos bastidores das instituições de ensino. O “responsável” pelo
funcionamento da escola como o Gestor escolar deve sempre buscar soluções que facilitem os fluxos
e processos acadêmicos, pois um bom sistema de gestão educacional é uma peça fundamental para
a organização escolar mais eficiente, tornando-se necessário uma reflexão sobre o cenário
educacional e seus desafios.
Uma gestão escolar eficiente e bem estruturada reflete seus resultados na qualidade de
ensino da instituição, fazendo o diferencial na vida do estudante, que é o seu principal foco,
fundamentado no desenvolvimento e aprendizado de forma englobada. Nesse sentido, é essencial
que as escolas tenham uma gestão escolar com processos integrados, organizados e com uma visão
do todo, entendendo e acompanhando cada um dos seis pilares da gestão: Pedagógico,
Administrativo, Financeiro, Recursos Humanos, Comunicação e Tempo/Eficiência dos processos.
O Gestor escolar deve priorizar e viabilizar as metas determinadas para o período ou ano
letivo, respeitando a importância de cada setor da instituição em sua amplitude. Assim, deverá
conquistar bons resultados tanto no funcionamento administrativo quanto na pedagógico,
viabilizando uma gestão eficiente entre os setores. É fundamental, que o gestor atue em harmonia
ao Plano de Gestão/Ação Escolar, alinhado com as ações de cada setor, em consonância com as

81
perspectivas de crescimento, com os objetivos do Projeto Político Pedagógico (PPP) em vista, desse
modo, a escola consegue caminhar saudável nas áreas pedagógica e administrativa.
Cabe destacar que um trabalho de gestão bem pensado, planejado e organizado,
apresenta resultados à escola, pais, alunos e comunidade. Vale ressaltar que o plano de ação tenha
um acompanhamento de todos os envolvidos no processo, o que seria interessante fazer um
cronograma para alinhar e acompanhar o avanço durante todo o processo.

Convido você estudante para ampliarmos nossa reflexão!

Se você, estudante, fosse atuar como gestor escolar, qual seria sua primeira ação para
viabilizar uma gestão eficiente?
Agora, você vai conhecer algumas ações de como alcançar uma gestão escolar eficiente.
• Orientar ações para melhorias nos resultados de todas as áreas da escola, sendo um
profissional multitarefa que entende seu papel integrador de pessoas;
• Ter como norteadores o Projeto Político Pedagógico e as metas do Plano de Gestão
Escolar, evitando a perda de foco ao tomar decisões; pautado na legislação;
• Ser uma gestão descentralizada;
• Comunicação escolar eficiente, ouvindo as demandas de cada membro da
comunidade escolar;
• Investir em planejamento estratégico para curto, médio e longo prazo;
• Valorizar todos os profissionais da instituição;
• Integração da escola, pais, alunos, comunidade e estado, dialogando com o Projeto
Político da escola.
• Buscar estar atualizado e aberto às novidades e disposto a implementá-las na escola,
revendo métodos, processos e otimizando tempo;
• Investir em tecnologia para automatizar processos, diminuindo a papelada e
otimizando tempo com ferramentas eficientes para a gestão escolar;

82
• Acompanhar o processo de ensino aprendizagem através de diálogos, fazendo
reflexões e análise das ações e dos resultados das possíveis variáveis e avanços, com
vistas ao que se pretende alcançar;
• Trabalhar em conjunto para complementação do plano de ação da escola.

Caro(a) estudante, não esqueça!


Menos tempo de envolvimento da gestão com processos burocráticos ou
tentando resolver problemas como inadimplência, significa mais tempo para
articular projetos de melhorias para a qualidade de ensino da instituição.

Após essa leitura importante, observamos que o objetivo da gestão escolar é aplicar
princípios e estratégias essenciais para ampliar a eficácia dos processos dentro da instituição e, assim,
promover uma consistente melhoria do ensino ofertado aos estudantes. A respeito do conceito de
gestão, Libâneo (2001) a define como:

O conjunto de todas as atividades de coordenação e acompanhamento do trabalho


das pessoas, envolvendo o cumprimento das atribuições de cada membro da equipe,
a realização do trabalho em equipe, a manutenção do clima de trabalho, a avaliação
de desempenho. Essa definição se aplica aos dirigentes escolares, mas igualmente
aplicável aos professores, seja em seu trabalho de sala de aula, seja quando são
investidos de responsabilidades no âmbito da organização escolar. (LIBÂNEO, 2001,
p. 349)

A Instituição escolar precisa de gestores que consigam integrar todas as áreas de atuação:
gestão pedagógica e de aprendizagem, administrativa, financeira, relacionamento interpessoal na
escola, resultados escolares, infraestrutura e relacionamento com a comunidade. Parece complicado
um gestor ter uma visão integrada de tudo, são muitos dados, papéis, planilhas, relatórios e afins.
Para o bem da escola e para que tudo ande certinho, como deve ser, uma forma para que isso
aconteça, deve ser encontrada como uma gestão escolar eficiente.
Atualmente os desafios são maiores e o gestor deve estar preparado para encará-los e
passar por eles. Nesse ângulo, espera-se um gestor que, além de identificar e resolver os problemas

83
da escola, tenha habilidade e capacidade para ir além disso e fazer a ligação entre escola, pais, alunos,
comunidade e Estado.
Diante disso, é importante identificar os problemas, saber o que precisa ser solucionado,
o que se espera da escola e o que a gestão pretende. É preciso fazer um planejamento estratégico
para chegar às ações que possam ser direcionadas às soluções dos problemas levantados e à
realização dos encaminhamentos propostos, esse planejamento deve ser a curto, médio e longo
prazo e envolver toda a equipe.
O gestor deve ter algumas competências desenvolvidas para atuar nesse processo, como:
• Relacionamento humano, da comunicação e da dinâmica de grupo;
• Capacidade de articulação, determinação e liderança;
• Fazer seu trabalho com prazer, amor, dedicação e comprometimento.
• Ter flexibilidade nas tomadas de decisões em conjunto;
• Ter empatia com o próximo;
• Estar sempre disposto para acompanhar e solucionar as demandas que lhe cabe;
• Participar ativamente nas demandas da escola;
• Atuar democraticamente nas ações, valorizando as decisões em conjunto;
• Colaborar a favor do que é melhor para todos e não para si;
• Considerar a opinião do outro e não apenas dar ênfase ao seu próprio ponto de vista;
• Não se sentir superior aos demais;
• Respeitar a todos que fazem parte do seu círculo social.

Uma equipe de gestão não nasce pronta, mas diante das oportunidades as pessoas vão
adquirindo conhecimentos e qualidades diante de situações vivenciadas em cada contexto. Faz parte
do trabalho do gestor desenvolver uma compreensão unitária, sobre o sentido da educação,
cultivando questões importantes, o que é Educação? Quais os seus princípios? Quais são suas
diretrizes? Quais são os fundamentos? Embora cada um tenha uma responsabilidade específica,
todos têm o compromisso comum que é a formação e o desenvolvimento de competências sociais
de cidadania e pessoais dos estudantes. Então, o profissional engajado neste processo deve ser
cultivado o ideário comum em educação e que todos têm iguais responsabilidades. Neste sentido, o

84
importante é fazer as pessoas compreenderem que o grande poder da equipe de gestão é um poder
conjunto e compartilhado, enfim, o gestor é um eterno aprendiz.
De acordo com a LDB - Lei de Diretrizes e Bases, o diretor escolar tem oportunidade de
construir o perfil da escola, junto com a comunidade escolar, partindo da premissa “escola que temos
, para a escola que queremos”, com o intuito de melhorar a instituição no geral da gestão ao
aprendizado eficaz. Para isso, documentos importantes norteiam essa caminhada: O Projeto Político
Pedagógico, o Regimento Escolar, Plano de Ação, entre outros que são desenvolvidos pela Instituição
de Ensino e que devem estar sempre atualizados e dando suporte a este processo para a conquista
da excelência no resultado do ensino e da aprendizagem.

A LDB estabelece em seu Art. 3º - inciso VIII Gestão democrática do ensino


público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino.
Querido estudante, para ampliar seus estudos, convido você para acessar na
íntegra a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm

Vamos adiante!
A mesma Lei dispõe no seu art. 14 que os sistemas de ensino definirão as normas de
gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político
Pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

De acordo com a legislação vigente, cabe aos sistemas de ensino regulamentar a gestão
democrática por meio de dois instrumentos fundamentais ao incremento da participação:
a) Projeto Político-Pedagógico da escola, elaborado por seus profissionais da
educação;
b) Conselhos escolares que incluam membros da comunidade escolar e local.

85
Portanto, o Projeto Político Pedagógico da escola, não pode ser desenvolvido sem a
participação e envolvimento do conselho escolar e dos profissionais da educação (representatividade
de todos que fazem parte do contexto escolar), buscando a construção da autonomia de uma nova
escola, otimizando a ampliação dos processos com a atuação de uma gestão democrática.
Lembrando, que um trabalho de gestão bem planejado e organizado é mais importante
do que pensamos. Afinal, uma gestão escolar eficiente pode trazer resultados muito positivos para a
aprendizagem dos alunos e para a qualidade de ensino da escola, além de benefícios ao corpo
docente, aos pais e à comunidade.

5.2 Demandas de uma gestão educacional

O foco na Gestão Educacional vem alcançando evidência desde o ano de 1990, ocupando
o espaço no contexto educacional, tornando-se reconhecida como indispensável para a organização
das unidades de ensino, com vistas à melhoria da qualidade social da educação.
Conforme destacado por LÜCK (2008), nessa mesma década o Conselho Nacional de
Secretários de Educação (CONSED) passou a ver a gestão educacional como uma de suas políticas
prioritárias.
E o que é uma Gestão Educacional?
A Gestão Educacional nacional é baseada na organização dos sistemas de ensino federal,
estadual e municipal e das incumbências desses sistemas; das várias formas de articulação entre as
instâncias que determinam as normas, executam e deliberam no setor educacional; e da oferta da
educação pelo setor público e privado.
Por todos esses aspectos, esse conceito de Gestão Educacional pressupõe em atender aos
princípios da democracia na sua totalidade, ao nível de sistema de ensino como também a
coordenação das escolas. Nessa perspectiva, a gestão educacional possibilita a organização e a
criação de um ambiente educacional autônomo, de participação e compartilhamento, autocontrole
e transparência de processos e resultados. Lück (2008, p. 26) destaca que:

O conceito de gestão muda de enfoque, se amplia da mera administração e passa a


ser visto como mobilização da energia e talento do elemento humano organizado
coletivamente, passando a ser condição básica e essencial para a qualidade do ensino

86
e da transformação da identidade das escolas, dos sistemas de ensino e da educação
brasileira.

O trabalho associado e coletivo de pessoas pressupõe mobilizações integradas e de


participação, em situações, deliberando encaminhamentos e ações realizadas em conjunto.

Figura 20 - Trabalho coletivo


Fonte: https://www.cursosindesfor.com.br/curso-gestao-escolar-e-a-organizacao-do-trabalho-pedagogico-na-
educacao-basilar
Audiodescrição da figura: imagem vazada de uma escola, quatro bonecos de cor azul, segurando peças de quebra
cabeça de várias cores, representando o trabalho em equipe/coletivo organizando o ambiente escolar. Fim da
audiodescrição.

Os pressupostos previstos na lei apontam que, enquanto organização social, cabe à escola
cultivar e transmitir valores e contribuir com a formação dos alunos, favorecendo o desenvolvimento
de aprendizagens significativas. Para tanto, deve contar com professores capacitados, capazes de
interagir com seus estudantes de forma aberta, franca e dialógica, onde os mesmos possam sentir-se
envolvidos em um ambiente de experiências educacionais estimulantes, motivadoras e de elevada
qualidade, em uma perspectiva pedagógica escolar centrada nos educandos e em sua formação.
Por todos esses aspectos, a gestão escolar tem a função de otimizar os processos diários,
aumentar e melhorar a eficiência do ensino dentro da instituição assegurando a integralização no
contexto educacional.
O desempenho da equipe gestora em sua dinâmica interna da escola, ressalta a função
do gestor escolar, cuja atuação orienta a promoção de ações educacionais e constitui-se em um meio
para a realização dos objetivos educacionais. O trabalho da equipe gestora visando uma ação
norteada pelo princípio democrático envolve a participação de toda a equipe docente e da
comunidade escolar, possibilitando a efetivação da gestão democrática e garantindo a qualidade do
ensino e da aprendizagem a todos os estudantes.

87
O gerenciamento e a organização nas demandas diárias de uma instituição escolar é uma
tarefa que exige muito empenho e dedicação, é algo extremamente importante para o sucesso da
instituição, sendo essencial tomar atitudes que fomentam a melhoria dos processos internos e possa
garantir o sucesso da gestão.
E para facilitar o processo interno da instituição, o Sistema de Informação de uma escola
é uma ferramenta fundamental, que faz o controle do processamento de dados escolares, com o
objetivo de aumentar a eficiência dos processos institucionais, auxiliando a disponibilidade de
informações em tempo real, promovendo mudanças expressivas na organização diária da escola.
Nesta perspectiva, o planejamento da gestão escolar envolve áreas e dimensões de
organização diversas, tais como: o acompanhamento e a avaliação das ações realizadas. Dessa forma,
o sucesso de qualquer ação educativa depende do planejamento sistematizado das ações
educacionais. Sem planejamento, as ações desenvolvidas são improvisadas e fadadas ao erro, o que
causa prejuízos à educação. O ato de se organizar através do planejamento é indispensável em todos
os setores e níveis da educação, demandando a criação de um método sistemático que facilite a
realização das tarefas de todos os envolvidos.
O papel da secretaria escolar é muito importante e envolve a responsabilidade da unidade
de ensino, para um melhor funcionamento da escola, competindo-lhe a organização e preservação
de toda a documentação, relatórios e registros de forma escrita ou digitalizada, que respalda na
construção e atualização do Projeto Político Pedagógico e demais documentos como Regimento
Escolar, Plano de Ação, entre outros que são desenvolvidos pela Instituição de Ensino e que devem
estar sempre atualizados e dando suporte ao Sistema de informação da instituição.
Convido você para conhecer algumas atribuições do cargo de secretária(o) escolar!
1. Coordenar e executar as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria;
2. Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar, O SÉRIE/ESCOLA e o registro
de assentamento dos estudantes, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação
da:
a) Identidade e regularidade da vida escolar do estudante;
b) Autenticidade dos documentos escolares.
3. Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, portarias,
circulares, resoluções e demais documentos;

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4. Redigir a correspondência que lhe for confiada, lavrar atas e termos, nos livros próprios;
5. Rever todo o expediente a ser submetido ao despacho do gestor;
6. Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados às autoridades superiores;
7. Apresentar ao gestor, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;
8. Coordenar e supervisionar as atividades referentes à matrícula, transferência,
adaptação e conclusão de curso;
9. Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à secretaria;
10. Manter sigilo sobre assuntos pertinentes ao serviço.
11. Responder ao Censo Escolar Anual, seja de forma tradicional ( caderno ), digitalizada
( Projeto Presença – PAC/MEC ) ou geração de arquivo digital em sistema de gestão
escolar e envio para o Censo Escolar.
12. Organizar os arquivos com racionalidade, garantindo a segurança, a facilidade de
acesso e o sigilo profissional.
13. Ter atualizadas as coleções de leis, pareceres, decretos, regulamentos e resoluções,
bem como as instruções – circulares, portarias, avisos e despachos que dizem respeito às
atividades da escola.
14. Conservar o regimento da escola em local de fácil acesso a toda a comunidade escolar,
oferecendo visibilidade às concepções pedagógicas, às normas e às diretrizes da escola.
15. Gerenciar os processos de matrícula e de transferência dos estudantes, observando a
transcrição fiel dos documentos originais – documento legível sem rasuras e incorreções.
16. Examinar e prestar esclarecimentos aos órgãos do sistema de ensino, quando
necessário, bem como, acompanhar e fornecer todas as informações necessárias à
supervisora da Diretoria de Ensino, na ocasião da visita à unidade escolar.
17. Informar e preencher as informações do sistema, zelando pela fidedignidade das
informações e pelo cumprimento dos prazos estabelecidos.
18. Lavrar atas de resultados finais e de outros processos de avaliação.

Vamos refletir!

Em suas funções diárias, o secretário escolar deve ser mais do que uma pessoa
encarregada de digitação das correspondências, manutenção do arquivo e

89
atendimento de telefonemas. Às vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que
tomam decisões gerenciais e os que executarão tais decisões; muitas vezes, porém,
toma decisões e executa tarefas relevantes e decisivas. É, pois, nesse momento,
verdadeiro assessor, função que exige competências e formação básica bem
específicas (MEDEIROS e HERNANDEZ,1999,p.17).

Com base na explanação da temática abordada, podemos compreender que as


funcionalidades do Sistema de Informação da Educação se fundamentam no pressuposto de que a
educação é um processo social colaborativo que demanda a participação de toda a comunidade
escolar, propiciando uma melhor organização e a criação de um ambiente autônomo, de
compartilhamento, autocontrole e transparência nos processos e resultados das ações.
E aí, o que você está achando de tudo o que aprendeu até agora? Assim, que tal
aprofundar um pouco mais seus conhecimentos e relembrar um pouco do que você viu nesta
competência? Para isso, te convido a verificar o material complementar, a participar dos fóruns de
atividades (geral e de atividades), como também dos destaques.

Não esqueça de assistir a vídeoaula desta competência.

Para você uma ótima semana de estudos!

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6.Competência 06 | Conhecer o Sistema Nacional de Informações da
Educação Profissional e Tecnológica
Olá querido(a) estudante, nesta competência você irá entender melhor o funcionamento
do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica.

Figura 21 - SISTEC
Fonte: https://sistec.mec.gov.br/login/login
Audiodescrição da figura: imagem de um quadro com a cor verde e com a escrita da sigla SISTEC e o significado
Sistema Nacional de informações da Educação profissional de cor branca. Fim da audiodescrição.

Vamos juntos nessa caminhada do saber?


O que é um curso técnico? É um curso de nível médio que tem o objetivo de capacitar o
estudante com conhecimentos teóricos e práticos em diversas atividades do setor produtivo. Um de
seus propósitos é o acesso imediato ao mercado de trabalho, além da perspectiva de requalificação
ou mesmo reinserção no mercado.
Com a crescente concorrência do mercado de trabalho, os cursos técnicos estão cada vez
mais em alta e é comum, conhecer alguém que cursou ou está cursando esta modalidade.

Qual a diferença do curso tecnólogo e o curso técnico?


A principal diferença entre as duas modalidades de ensino é o nível de
escolaridade. Enquanto o “tecnólogo” é uma graduação de nível superior, ou
seja, uma faculdade, o curso “técnico” tem formação de nível médio.

91
As principais diferenças entre curso técnico e tecnólogo (ou curso superior de
tecnologia) são:

• Nível: os cursos técnicos são de nível médio e os cursos tecnólogo são de nível
superior.
• Duração: cursos técnicos podem durar entre dois meses e três anos. Já os cursos
tecnológicos variam entre dois e três anos.
• Requisitos: cursos de nível tecnológico sempre exigem o ensino médio completo e
normalmente o candidato precisa passar por um processo seletivo (vestibular, Sisu,
ProUni, etc.). E os cursos técnicos o candidato pode ter o ensino fundamental
completo/ incompleto e/ou Ensino médio completo/ incompleto.
• Formação para o mercado: embora os cursos técnicos e tecnológicos tenham como
foco preparar profissionais para a realidade do mercado de trabalho, os cursos
técnicos formam profissionais mais operacionais, enquanto os cursos superiores de
tecnologia preparam o aluno também para atuar em cargos de gerência.

O curso técnico não é inferior ao curso superior, na verdade ele apenas tem um foco
diferenciado. Enquanto o curso superior prepara o estudante para entender a área de estudos de
uma forma bem ampla, tanto na prática quanto na parte teórica, o curso técnico foca mais no prático.
A finalidade do curso técnico é formar profissionais aptos para realizar um trabalho em uma “área”
específica. Ou seja, se a pessoa fizer um curso técnico de manutenção de computadores, ao final do
curso ela estará apta a realizar manutenções e montagem deste tipo de peça. Sabe-se que, o ensino
técnico tem suas vantagens, se o estudante busca uma qualificação rápida e um caminho mais curto
entre o ensino médio e o mercado profissional, a formação técnica vai possibilitar grandes
oportunidades.
Portanto, vale a pena observar que, as pessoas estão se qualificando para entrar no
mercado de trabalho e atender as especificidades de cada setor.
Contudo, as empresas também se beneficiam com profissionais capacitados,
aprimorando o clima organizacional, o aumento de produtividade e aumento da credibilidade da
empresa. Além disso, como as tecnologias têm avançado, as empresas estão investindo cada vez mais

92
em eficiência, por exemplo, quem atua em montagem industrial pode trabalhar em um estaleiro, em
uma empresa de construção civil, em uma montagem de site industrial, entre outros, ou seja, há uma
enorme flexibilidade de funções que podem ser desempenhadas.
O estudante que deseja ter este tipo de formação, pode escolher um dos modos que mais
lhe agradar ou que atende à sua atual situação educacional.
Existem vários tipos de cursos técnicos, alguns exigem apenas o ensino fundamental,
outros só podem ser cursados por quem já terminou o ensino médio.
Convido você, estudante, para conhecer as três principais ofertas de formação no ensino
técnico.

• Curso técnico Integrado


Este é um curso muito comum em escolas técnicas como as ETEs. Nesta modalidade,
o aluno faz o curso técnico junto com os dois últimos anos do ensino médio. O aluno
entra para uma escola técnica, após o fim do primeiro ano do ensino médio e cursa
os dois restantes junto com aulas técnicas sobre a área escolhida.
Ao fim do curso técnico integrado o aluno recebe dois certificados distintos, um de
conclusão do ensino médio e um de conclusão do ensino técnico.
• Curso técnico Concomitante/Externo
Alguns cursos de ensino técnico podem ser feitos por estudantes que ainda não
completaram o ensino médio. Apesar de não oferecerem a conclusão do ensino
médio, esses cursos podem ser feitos em paralelo.
• Curso técnico subsequente
O curso técnico subsequente é aquele que deve ser cursado após a conclusão do
ensino médio. Ou seja, só pode cursar quem já é formado no terceiro ano do ensino
médio. Esta é uma excelente opção para quem deseja entrar no mercado de trabalho
de forma rápida e para quem tem uma ideia certa de qual carreira seguir.
Este tipo de curso é democrático e pode ser feito por pessoas de qualquer idade e
com vários objetivos profissionais.

93
A integração do curso técnico torna-se uma alternativa pertinente na estrutura do ensino
médio, oferecendo a possibilidade de compatibilização de currículos da base comum e da base
técnica.
• Cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) ou Qualificação Profissional: São
cursos técnicos de curta duração, voltados para trabalhadores, estudantes de ensino
médio e beneficiários de programas federais de transferência de renda (como o Bolsa
Família, por exemplo). Dependendo do curso, pode ser necessário apenas o ensino
fundamental incompleto.
Os cursos técnicos podem ser encontrados em Escolas Técnicas, Institutos Federais de
Educação e instituições do chamado Sistema S (como Senai e Senac). Vale ressaltar que o tipo de
curso técnico disponível, depende da necessidade das demandas de cada região.
A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - LDB, define nos artigos 39º, 40º, 41º e 42º.

Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da


educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às
dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. (Redação dada pela Lei nº 11.741,
de 2008)

§ 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por


eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos,
observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino. (Incluído pela Lei nº
11.741, de 2008)

§ 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos: (Incluído


pela Lei nº 11.741, de 2008)

I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; (Incluído pela Lei nº


11.741, de 2008)

II – de educação profissional técnica de nível médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de


2008)

III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. (Incluído


pela Lei nº 11.741, de 2008)

94
§ 3º Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação
organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo
com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Educação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino


regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições
especializadas ou no ambiente de trabalho.

Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive


no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para
prosseguimento ou conclusão de estudos.(Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos
regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a
matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de
escolaridade. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008).

6.1 Conhecendo o SISTEC

Figura 22 - SISTEC
Fonte: https://sistec.mec.gov.br/login/login
Audiodescrição da figura: imagem do Slogan do Portal do SISTEC- Sistema Nacional de informações da Educação
profissional. Fim da audiodescrição.

O Sistec foi instituído e implantado pelo Ministério da Educação - MEC, em 2009


(Resolução CNE/CEB nº 3/2009), por intermédio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
do Ministério da Educação (Setec/MEC).
SISTEC (Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica) é o
sistema eletrônico do Governo Federal criado para registro e controle dos dados da EPT(Educação

95
Profissional e Tecnológica) no país e seu funcionamento, de acordo com o artigo 1º da Portaria MEC
nº 400, de 10 de maio de 2016, ocorre no âmbito da educação profissional técnica de nível médio e
da formação inicial e continuada ou qualificação profissional, em todas as suas formas e modalidades
de ensino, incluindo a certificação profissional decorrente de processos de reconhecimento formal
de saberes, conhecimentos e competências profissionais.
Por meio dele, as instituições de ensino ofertantes de educação profissional e tecnológica
inserem as informações sobre os cursos técnicos de nível médio e os cursos de qualificação
profissional, incluindo matrícula, frequência, concluintes, entre outros dados.
O SISTEC tem a finalidade de servir como mecanismo de registro e divulgação dos dados
da educação profissional e tecnológica e de validação de diplomas de cursos de educação profissional
técnica de nível médio.

De acordo com o artigo 2º da Portaria MEC nº 400/2016, são finalidades expressas do


SISTEC:

Art. 2º - O Sistec tem por finalidade:

I - organizar e divulgar informações sobre as instituições e/ou unidades escolares, as


matrículas, os certificados e os diplomas dos cursos de educação profissional e
tecnológica;

II - conferir validade nacional aos certificados e diplomas de cursos de educação


profissional técnica de nível médio, para fins de exercício profissional;

III - gerar indicadores dos dados dos cursos de educação profissional e tecnológica;

IV - servir de base para a regulação, a supervisão e a avaliação dos cursos de


educação profissional e tecnológica, e das instituições e/ou unidades de ensino, no
âmbito do Sistema Federal de Ensino e nos demais sistemas de ensino, em regime de
colaboração;

V - possibilitar o acompanhamento de programas e de políticas públicas da educação


profissional e tecnológica; e

96
VI - disponibilizar para a sociedade informações das ofertas de cursos de educação
profissional e tecnológica.

Como funciona o Sistec/MEC?


As unidades de ensino técnico da rede pública ou privada podem se inscrever, o cadastro
será realizado pelo Ministério da Educação. SISTEC MEC é o Sistema Nacional de Informações da
Educação Profissional e Tecnológica. Esse é um programa responsável por disponibilizar informações
de escolas que oferecem cursos técnicos de nível médio, lembrando que a escola pode oferecer
cursos de Formação Inicial e/ou Continuada. No entanto, os estudantes só poderão se inscrever nos
cursos de Formação Inicial e Continuada se caso a escola também oferecer cursos técnicos para
alunos do ensino médio.
As instituições cadastradas podem ofertar:
• Cursos técnicos para ex-alunos concluintes do ensino médio.
• Cursos técnicos para quem ainda está matriculado no ensino médio.
• Curso de Formação Inicial e Continuada ou Qualificação Profissional oferecidos para
estudantes do ensino médio, trabalhadores empregados ou desempregados e
pessoas que recebem algum benefício do governo.
Os cursos técnicos, tanto para quem estuda como para quem já concluiu os estudos, tem
duração mínima de um ano.
Os cursos de Formação Inicial e Continuada tem duração mínima de dois meses.

Como realizar o cadastro?


As instituições de ensino interessadas em inscrever seus cursos técnicos deverão:
• Entrar em contato com o Fala Brasil, no Ministério da Educação, através do telefone
0800-61 61 61 e solicitar um código de acesso ao sistema.
• No sistema, a instituição realizará o pré-cadastro, após o pré-cadastro é só aguardar
pela visita da comissão técnica do Ministério da Educação.
• Os estudantes que quiserem se inscrever, devem procurar uma unidade de ensino
que ofereça cursos técnicos e se cadastrar.
• No período determinado pela instituição, o estudante deve acessar o site
http://sistec.mec.gov.br/login/login para realizar a matrícula.

97
• No ato da inscrição, o educando preencherá os seus dados pessoais e,
automaticamente, o sistema busca a instituição de ensino na qual o estudante está
vinculado.
O Sistec é um sistema de registro, divulgação de dados e de validação de diplomas de
cursos de nível médio da educação profissional e tecnológica.

Convido você estudante, para aprofundar seu conhecimento referente à


validação e expedição de diplomas.

O SISTEC contempla os dados de matrículas de cursos de educação profissional e


tecnológica (EPT) e seus itinerários formativos, das instituições e unidades de ensino credenciadas
pelos órgãos próprios do seu sistema e permite, dentre outras finalidades, conferir validade nacional
aos certificados e diplomas de cursos de EPT de nível médio, para fins de exercício profissional.
O preenchimento de dados no Sistec é uma das condições essenciais para garantir a
validade nacional dos diplomas expedidos.
Essa obrigatoriedade foi definida pelo Conselho Nacional de Educação por meio da
Resolução de criação do Sistec, bem como da Resolução CEB/CNE nº 06/2012, que estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional técnica de nível médio. As informações
são obrigatórias para todas as unidades de ensino credenciadas para oferta de cursos de Educação
Profissional Tecnológica (EPT), independentemente de sua dependência administrativa (pública ou
privada), sistema de ensino (federal, estadual e municipal) e nível de autonomia.

Você, estudante, conhece a bolsa de Formação/Pronatec?

98
Figura 23 - Curso Pronatec
Fonte: http://portal.mec.gov.br/pronatec
Audiodescrição da figura: a imagem de quatro estudantes, vestidos com macacões azuis, em uma sala com
equipamentos que fazem parte de cursos que são oferecidos pelo Mediotec e o Pronatec. Fim da audiodescrição.

Compreendendo melhor a Bolsa Formação/Pronatec

O Sistec também é utilizado como ferramenta de apoio ao custeio da oferta de cursos


gratuitos viabilizados pela Setec/MEC por intermédio da Bolsa Formação do Pronatec.
O sistema auxilia no:
• Planejamento da oferta de cursos;
• Realização de pré-matrículas;
• Matrículas;
• Inscrições on-line;
• Confirmação de frequência e de concluintes pela instituição e pelo próprio estudante.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo
Governo Federal em 2011, por meio da Lei nº 12.513, com a finalidade de ampliar a oferta de cursos
de Educação Profissional e Tecnológica - EPT, por meio de programas, projetos e ações de assistência
técnica e financeira.
São especificidades do Pronatec:
• A expansão das redes federal e estadual de EPT;

99
• A ampliação da oferta de cursos a distância;
• A ampliação do acesso gratuito a cursos de EPT em instituições públicas e privadas;
• A ampliação das oportunidades de capacitação para trabalhadores de forma
articulada com as políticas de geração de trabalho, emprego e renda;
• A difusão de recursos pedagógicos para a EPT.

Para tanto, articulou uma nova iniciativa Bolsa Formação, com quatro ações de política
pública de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) pré-existentes na Secretaria de Educação
Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC):
• Programa Brasil Profissionalizado;
• Rede e-Tec Brasil;
• Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica;
• Acordo de Gratuidade com os Serviços Nacionais de Aprendizagem.
Recentemente, duas novas iniciativas foram desenvolvidas o Mediotec e o Pronatec
Oferta Voluntária.
O Pronatec representa um esforço de oferta de cursos de Educação Profissional e
Tecnológica - EPT voltados prioritariamente ao público de:
• Estudantes do ensino médio da rede pública, inclusive da educação de jovens e
adultos;
• Trabalhadores;
• Beneficiários dos programas federais de transferência de renda;
• Estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escola da rede pública.

São parceiras do Pronatec:


• As instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;
• As instituições de Educação Profissional e Tecnológica das redes estaduais, distritais
e municipais;
• As instituições dos serviços nacionais de aprendizagem;

100
• As instituições privadas de ensino superior e de educação profissional e tecnológica
devidamente habilitadas para a oferta de cursos técnicos de nível médio, no âmbito
da iniciativa Bolsa-Formação.
Para quem deseja entrar no mercado de trabalho, a educação técnica é o melhor
passaporte para conseguir o primeiro emprego. Para os que já estão no mercado de trabalho, em
tempos de crise, quando as empresas demitem, elas optam por eliminar aqueles menos produtivos,
então neste caso, quem tem uma formação técnica também tem um diferencial importante. Para
aqueles que saíram do mercado de trabalho e querem retornar, o melhor caminho é fazer um curso
técnico para agilizar este retorno. O papel da educação é de grande importância para a sociedade,
não só pela formação dos indivíduos que atuam nesta sociedade, mas também pela inclusão daqueles
que estão fora do processo produtivo do sistema social.
E, com essa reflexão finalizamos a disciplina Sistema de Informações Gerenciais,
esperamos que você tenha gostado de trilhar conosco essa jornada de conhecimentos. Você
conquistou mais uma etapa de crescimento, ques será utilizado em sua vida profissional.
Continue atento(a) as próximas disciplinas e muito sucesso no seu processo de ensino-
aprendizagem!

101
Conclusão
Prezado(a) estudante,
Em virtude do que foi mencionado em toda disciplina de Sistemas de Informações
gerenciais, percebe-se que a integração de elementos com os sistemas é um recurso importante para
juntos coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações, com a finalidade de
propiciar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em
organizações, facilitando a estruturação de informações, por meio de dados precisos, em tempo real,
permitindo as tomadas de decisões em tempo ágil.
Dessa forma, as funcionalidades de um Sistema de Informações no contexto
Educacional, garantem subsídios no trabalho pedagógico e administrativo em três âmbitos: Secretaria
de Educação, Gerências Regionais e Escolas, viabilizando controle, autonomia e acessibilidade, com
o propósito de atender a um dado objetivo no âmbito organizacional, possibilitando aos
administradores uma visão de como controlar, organizar e planejar com eficiência o
acompanhamento do planejamento estratégico e consequentemente a otimização dos resultados.
Caro(a) Estudante, em virtude do que foi explanado referente a disciplina Sistema de
Informações Gerenciais, encerramos essa disciplina com a certeza de termos contribuído com
conhecimentos significativos. Esperamos que você tenha aproveitado a temática abordada para
solidificar seus saberes. Orientamos você estudante, realizar a leitura do E-book, assistir à videoaula,
acessar o podcast, participar dos fóruns Geral e de atividades do AVA, fazer leituras, pesquisas e
assistir entrevistas sobre as temáticas estudadas, pois ajudará você a assimilar um amplo
conhecimento sobre o que está sendo abordado. Quanto mais estudar, maiores serão as suas chances
de obter "SUCESSO".
Parabéns, bons estudos!

102
Referências

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107
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Minicurrículo do Professor

Micheline Xavier de Moura


Possui graduação em Pedagogia, Bacharelado em Enfermagem, Especialização em
Psicopedagogia, Especialização em Informática em Educação, Especialização em Saúde Coletiva
e Mestrado em Educação para o Ensino na área de Saúde. Atualmente leciona como professora
de ensino superior no Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA), também é professora formadora
e conteudista da EaD na Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (ETEPAC)
no Curso Técnico em Secretaria Escolar no estado de Pernambuco.

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