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Gerencial
Ana Carla Paiva de Moura
Cristiane Maria de Oliveira
Curso Técnico em
Recursos Humanos
Sistema de Informação
Gerencial
Ana Carla Paiva de Moura
Cristiane Maria de Oliveira
Curso Técnico em
Recursos Humanos
Educação a Distância
Recife
Conclusão................................................................................................................................... 64
Referências ................................................................................................................................ 65
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Por fim, receba as boas-vindas ao e-book da disciplina Sistema de Informação Gerencial,
onde encontrará os assuntos divididos em competências, que contam com uma abordagem teórica e
uma discussão prática sobre os assuntos.
Espera-se que este recurso desperte o seu interesse em aprender mais sobre o assunto e
lembre-se, você terá além desse material, outros recursos e materiais disponíveis no AVA para
complementar o seu aprendizado.
Bons estudos!
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1.Competência 01 | Compreender a informação e o conhecimento no
ambiente organizacional
Olá estudante,
Esta primeira competência introdutória tem como objetivo apresentar a importância da
Informação e do Conhecimento no ambiente das organizações.
Você está convidado(a) a conhecer os principais elementos envolvidos na gestão da
informação e do conhecimento no ambiente organizacional, como: dado, informação e
conhecimento, e assim entender de maneira introdutória a importância da gestão do conhecimento
nas organizações.
Reflexões, marco teórico introdutório e situações práticas são estratégias de ensino
aprendizagem utilizadas nesse E-book para facilitar o seu aprendizado sobre os temas.
Então, sinta-se convidado(a) ao aprendizado conectado com todo material disponível
nesta semana de aula: vídeos, fóruns, destaques, atividades e material complementar.
Destaca-se ainda, antes de seguir aos temas, que é fundamental que estude interagindo
sobre os assuntos das aulas, tanto no ambiente virtual, quanto fora dele. Pratique essa orientação e
perceberá o quanto contribuirá e estabelecerá um diferencial na sua assimilação dos assuntos.
Nessa competência, o desafio será orientar você em como entender mais sobre
Informação e Conhecimento no ambiente organizacional.
Bem, mas antes de seguir, escute o Podcast da semana! Vai lá no AVA (Ambiente Virtual
de Aprendizagem) e acessa:
Podcast 1
Esse podcast apresenta conteúdos interessantes que podem contribuir para a
sua compreensão sobre o assunto: Informação e Conhecimento no trabalho.
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1.1 Informação e Conhecimento no trabalho
- Estou buscando um
- Quero estudar RH, emprego, qual a melhor
que escola me forma de conseguir? Onde
matriculo? encontro essas
informações?
Você observou a quantidade de informações que são necessárias para viver e conviver no
mundo contemporâneo? Diante dessa breve reflexão, responda:
1
Disponível em: http://www.ajtmh.org/content/journals/10.4269/ajtmh.20-0812;jsessionid=-
ETrfB53Hw7IIHnlp2BbSu4i.ip-10-241-1-122
8
contra a covid-19, por exemplo) foram diretamente responsáveis pela morte de pelo menos 800
pessoas, além de outras 5.800 hospitalizações. (ISLAM et al., 2020)
O estudo foi citado num artigo do pesquisador Ergon Cugler, publicado no Jornal da USP
em agosto de 2020, intitulado: “Ainda sabemos o que é real em meio a tanta desinformação?” Assim,
percebe-se que a sociedade da “informação” vem enfrentando um volume imensurável de
“desinformação”.
Cugler (2020) reflete que é necessário defender o acesso à informação de qualidade e que
para isso é necessária uma democracia fortalecida e em funcionamento. Por outro lado, só será
possível alcançar essa situação, se o acesso às informações for realizado sem disputa, sem ruídos ou
distorções encomendadas.
E então, alguma novidade até aqui?!
Bem, agora que o aquecimento introdutório sobre o contexto do tema foi realizado,
convido você a manter o cérebro atento e refletir sobre os assuntos que serão abordados a seguir.
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Você sabia...
Figura 02 – 2019 This is what Happens in na Internet Minute (Isso é o que acontece em um minuto da Internet)
Fonte: https://www.visualcapitalist.com/wp-content/uploads/2019/03/internet-minute-820.jpg
Descrição: círculo dividido em fatias coloridas, cada uma delas representando um aplicativo de internet.
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● 695 mil horas de vídeos assistidas na Netflix
● 347 mil "scrolls" (movimento de baixar a tela) no Instagram etc.
Os dados são de um levantamento da Visual Capitalist, uma consultoria de negócios para
investidores.
Uau! São muitas informações circulando constantemente na internet nos mais diferentes
canais de comunicação.
Mas como será que acontece no ambiente corporativo, as organizações estão sabendo
lidar com o gerenciamento da informação e do conhecimento nesse mundo moderno e “conectado”?
Bem, a seguir você encontrará mais informações que devem contribuir para a resposta
sobre essas questões que foram lançadas inicialmente com o propósito de contextualizar os assuntos
e despertar seus conhecimentos adquiridos anteriormente sobre o tema, e provocar novas
possibilidades de compreender e elaborar a construção do conteúdo da disciplina com você!
INFORMAÇÃO
Para conceituar Informação, é preciso considerar que Informação são dados
processados, ou seja, são os dados que foram organizados e interpretados. E como disse Gordon e
Gordon (2000), são dados possivelmente formatados, filtrados, analisados e resumidos.
Oliveira (2014) afirma que, dado pode ser considerado o elemento na forma bruta, que
sozinho não leva à compreensão de fatos ou situações. Desse modo, a Informação pode ser
considerada o dado que foi trabalhado e que pode auxiliar na tomada de decisões.
Em geral, os profissionais necessitam constantemente de informações para decidir sobre
diversas situações nas instituições. Independente de porte ou segmento das organizações, o
trabalhador precisará de informações para várias atividades. Por exemplo: realizar compras, vendas,
estoque, produção, entre outros itens da rotina organizacional.
Assim, a Informação pode ser considerada o resultado da análise dos dados existentes
na empresa. Sendo que esses dados foram registrados, classificados, organizados, relacionados e
11
interpretados, como diz Oliveira (2014), para transmitir conhecimentos e permitir a decisão mais
apropriada.
CONHECIMENTO
O Conhecimento pode ser entendido como aquilo que sabemos e, esse conhecimento
inclui processos mentais de compreensão, entendimento e aprendizado, que segundo Wilson (2006),
se passam na mente das pessoas independentemente de interação com o mundo exterior e com a
interação com os outros.
O Conhecimento construído e desenvolvido nas organizações através do processo de
aprendizagem tem sido uma das preocupações dos gestores. Observe o que Fleury e Oliveira Jr.
(2010, pg.18) apresentam sobre o tema: “O conhecimento da empresa é fruto das interações que
ocorrem no ambiente de negócios e que são desenvolvidas por meio de processos de aprendizagem.”
Por outro lado, refletindo com o que Chiavenato (2010) aponta, observa-se que a
informação precisa ser capturada, organizada, criar sentido e significado para que só então se
transforme em conhecimento. Portanto, nas organizações, o conhecimento pode estar embutido em
documentos, rotinas, processos, práticas e normas organizacionais.
O autor ainda afirma que quanto mais as organizações dominarem o conhecimento maior
competitividade, poderão adquirir. Nesse ponto, entende-se também que o conhecimento produzido
por uma organização pode ser conhecido como know-how. O sentido do termo remete a
compreensão de como fazer (tradução livre), assim, a empresa sabe como fazer determinado
produto ou serviço, ou seja, o conhecimento que a empresa tem sobre o seu negócio será o seu know-
how.
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O termo know how tem sido comumente utilizado para significar que uma
organização ou um profissional tem domínio especializado sobre algum
assunto, produto ou serviço.
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Bem, para ilustrar o que ocorreu no caso relatado, apresenta-se então o Processo de
Entrada de Dados e Saída de Informações para Recursos Humanos, no quadro abaixo:
14
O pensamento de Polanyi se caracteriza com um grande marco nos estudos sobre o
conhecimento. O autor afirma que todo conhecimento que um indivíduo possui é tácito, e que
apenas se torna explícito quando é por ele expressado de forma verbal, oral ou escrita.
Desse modo, o conhecimento é algo pessoal, que não pode ser reduzido apenas às
representações do mesmo, codificadas em livros ou organizadas em teorias.
Você percebeu com essas breves reflexões, como o tema conhecimento é complexo e a
importância de as organizações realizarem a gestão desse conhecimento presente no interior de suas
empresas?
Por exemplo, voltando ao caso da gerente de Recursos Humanos que precisa de
informações para a reunião de resultados, ao preparar o material para reunião, espera-se que ao
identificar a inconsistência de dados no relatório sobre a folha de pagamento de pessoal, ela corrija
o problema a partir de seus conhecimentos.
Primeiro, para a coordenadora identificar o erro no relatório será necessário
conhecimento sobre folha de pagamento (conhecimento técnico e específico sobre o assunto).
Segundo, deverá também conhecer a conduta (conhecimento tácito e explícito) para corrigir no
sistema o que gerou o problema. Neste sentido, deverá buscar seus conhecimentos tácitos
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(conhecimento implícito), além do conhecimento técnico e específico (conhecimento explícito), para
decidir sobre a melhor solução para o problema.
É possível observar no caso relatado que a gerente utilizou mais de um tipo de
conhecimento: conhecimento implícito (da experiência, da vivência da coordenadora) e explícito
(contido em livros, documentos etc.), reconhecidos no conhecimento técnico específico sobre o
assunto (folha de pagamento).
Desse modo, as organizações podem realizar a gestão do conhecimento a partir da
compreensão que os profissionais (os recursos humanos), possuem conhecimento tácito, e esse
conhecimento inclui dois aspectos, como aponta Polanyi (2010): a dimensão técnica denominada de
know-how e que está profundamente enraizada nas ações e experiências de um indivíduo, bem como
a dimensão cognitiva encontrada em elementos como mapa mental, suas emoções, valores ou ideais.
Agora que conheceu mais sobre o assunto conhecimento, seguem mais informações
organizadas sobre conhecimento nas organizações!
16
de 90. Encontram-se também outros autores, como Chris Argyris que, na mesma década, pesquisou
como as empresas adquirem e usam o conhecimento. (TARAPANOFF, 2006)
Campos e Barbosa (2001) apresentam que a Gestão do Conhecimento diz respeito à
identificação e o mapeamento dos ativos intelectuais da organização, a geração de novos
conhecimentos aumentando a competitividade e o acesso a grandes quantidades de informações
corporativas, compartilhando as melhores práticas e a tecnologia que é viabilizada por esse processo.
O assunto vem sendo abordado e apesar das empresas perceberem que o conhecimento
gerado pelos envolvidos na organização pode ser um diferencial, ainda não há um consenso ou
concordância sobre essa afirmação.
Identifica-se que essa dificuldade pode estar ligada a complexidade e extensão do tema
do conhecimento, por exemplo no estudo realizado por Wilson (2006), ele afirma que não é possível
existir gestão do conhecimento pois o conhecimento reside nas pessoas. O autor acrescenta que “[...]
O que pode ser feito é tentar gerenciar a organização de modo a assegurar que o desenvolvimento
da aprendizagem e das habilidades seja encorajado e que a cultura organizacional promova o
compartilhamento da informação.” (p. 54)
Observa-se que as organizações vêm realizando a gestão do conhecimento adotando
ações de elaboração de processos, rotinas, fluxos, entre outros documentos institucionais que
reúnem informações diversas sobre a maneira de funcionar da empresa. E a principal questão ainda
será o compartilhamento e a retenção do conhecimento na empresa.
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Esse assunto trata da propriedade intelectual produzida nas empresas, também
conhecida como ativos intangíveis.
Percebe-se então que a gestão do conhecimento nas organizações tem como objetivo
atuar sobre o conhecimento produzido nas instituições, o que inclui as rotinas e as memórias externas
aos indivíduos – bibliotecas, arquivos, manuais, apostilas de treinamentos, documentos, ou seja, o
conhecimento explicitado – e ainda uma tentativa de incluir também aspectos ligados ao
conhecimento tácito dos membros da organização. (BITTAR e MOREIRA, 2010)
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Qual a fonte de informações utilizada?
A informação é encontrada em um sistema informatizado ou uma planilha que
reúne as informações e dados?
É uma consultoria que administra os dados e processa em informações?
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2.Competência 02 | Gerenciamento tecnológico do capital humano
Caro(a) estudante,
Nesta segunda competência, o objetivo será apresentar e refletir com você a importância
do gerenciamento do capital humano, onde conhecer conceitos e considerações bem como ter
acesso a algumas práticas sobre o assunto nas organizações, serão caminhos a trilhar para favorecer
o seu aprendizado.
Você está convidado(a) a conhecer os principais elementos contidos no gerenciamento
tecnológico do capital humano: Informações e Banco de Dados, Sistema de Informações de RH e
Sistema de Informações Gerenciais de RH.
Para subsidiar ainda mais seu aprendizado, além do e-book você deverá utilizar o
conjunto de materiais disponíveis nesta semana de aula: vídeos, fóruns, destaques, atividades e
material complementar.
E ainda, assim como na primeira competência, destaca-se que deverá estudar interagindo
sobre os temas das aulas, tanto no ambiente virtual, quanto fora dele. Ao praticar essa orientação,
poderá perceber o quanto contribuirá e estabelecerá um diferencial na sua assimilação dos assuntos.
Agora, o desafio será orientá-lo no entendimento sobre gerenciamento tecnológico do
capital humano.
Bem, mas antes de seguir, escute o Podcast da semana! Vai lá no AVA (Ambiente Virtual
de Aprendizagem) e acessa:
Podcast 2
Esse podcast apresenta conteúdos importantes com o objetivo de contribuir
para a sua compreensão sobre o assunto: Gerenciamento tecnológico do
capital humano.
Agora que você ouviu o podcast, reflita sobre o gerenciamento tecnológico do capital
humano nas organizações.
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2.1 Informações e Banco de Dados de Recursos Humanos
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Como reflete Chiavenato (2010), na realidade das organizações contemporâneas, os
gestores necessitam constantemente de informações sobre pessoas. Atente para algumas questões
que confirmam essa necessidade:
● Quais os tipos de decisão sobre pessoas que são tomadas regularmente?
● Quais os tipos de informações necessárias para tomar essas decisões?
● Quais os tipos de informações recebidas com regularidade?
● Qual a periodicidade dessas informações (diária, mensal, anual)?
● Quais tipos de estudos especiais solicitados regularmente entre outras.
Para que essas informações sejam acessadas pelo gestor será importante que a empresa
mantenha um Banco de Dados de Recursos Humanos que seja capaz de armazenar e disponibilizar
informações sobre seu pessoal.
Como estudado na competência anterior, o dado em si, isolado de um contexto, não faz
sentido. Um dado sozinho não tem utilidade para a organização, ele ainda não é uma informação.
Atente para definição de Chiavenato (2010, p. 407) sobre Banco de Dados: “O banco de dados é um
sistema de armazenamento e acumulação de dados devidamente codificados e disponíveis para o
processamento e obtenção de informações.”
Agora, observe no quadro abaixo, o processo de utilização de vários bancos de dados na
gestão do capital humano nas empresas:
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Figura 04 - Exemplo de Banco de Dados de RH
Fonte: Adequado de Chiavenato (2010)
Descrição: Descrição do Texto: Entrada de Dados, Bancos de Dados: Cadastro Pessoal – dados Pessoais sobre cada
funcionário, Cadastro de Cargos – dados sobre os ocupantes de cada cargo, Cadastro de Seções: Dados sobre os
funcionários de cada seção ou departamento, Cadastro de Remuneração – dados sobre salários e incentivos salariais,
Cadastro de Benefícios - dados sobre os benefícios e serviços sociais, Cadastro de Treinamento – dados sobre
programas de treinamentos, Cadastro de Candidatos – dados sobre candidatos e empregos, Cadastro Médico – dados
sobre consultas, exames médicos de admissão, periódicos,
Outros Cadastros – dependendo das necessidades da organização.
Descrição da Imagem: três colunas, onde a do meio possui nove linhas; tendo como fundo cor rosa claro.
Agora que você conheceu a importância da informação, é hora de conectar o assunto com
a prática em mais uma experiência na Teslau S.A.!
23
CONEXÃO COM A PRÁTICA
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Assim, observa-se a importância de manter um banco de dados atualizado para que as
informações sejam disponibilizadas e acessíveis para toda organização e se possa tomar a decisão
mais acertada ou apropriada.
Imagine se o banco de dados não estivesse atualizado, o tempo que poderia demorar para
se encontrar o motivo do problema e a produção ficasse comprometida. E ainda, o colaborador sem
treinamento adequado poderia se acidentar ou causar um acidente de trabalho. Enfim, os sistemas
de informação dependem de um banco de dados atualizado e disponível.
Em algumas organizações, o próprio gestor da produção poderia acessar o sistema de
treinamento e verificar o histórico, por exemplo. A forma de funcionamento e responsabilidades
dependerá da gestão da empresa. Ou seja, cada empresa tem sua própria cultura de gestão e a
definição de responsabilidades e acessos, tipo de sistema, e de informações entre outros, caberá a
cada uma delas definir o sistema mais apropriado.
Agora que foi estudada uma situação prática de um gestor e sua tomada de decisão sobre
seu pessoal, onde o mesmo para decidir utilizou um banco de dados, siga para o próximo tópico para
conhecer mais sobre Sistema de informação de Recursos Humanos.
Como foi visto no item anterior, os colaboradores necessitam de informações no dia a dia
das organizações para realizarem seu trabalho.
Em Recursos Humanos, especificamente, uma das atividades que demanda um grande
volume de dados e informações é a folha de pagamento. A folha, como também é conhecida, é um
documento que necessita de diversas informações e, estas informações devem ser constantemente
atualizadas e disponibilizadas, em geral, através de um sistema informatizado que possua um banco
de dados confiável.
Algumas empresas, inclusive, terceirizam o serviço de folha de pagamento. No entanto,
os dados para composição dessa folha terceirizada, deverão ser sempre fornecidos pela empresa e
de responsabilidade da mesma.
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Você sabia que
A folha de pagamento brasileira sempre teve a fama de ser a mais complexa
e burocrática do mundo, o que demanda um alto investimento das
empresas. Levantamento inédito realizado pela Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), em 2011, confirmou as suspeitas sobre esse
tema.
Saiba mais em: https://blog.lg.com.br/folha-de-pagamento-rh-precisa-saber/
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Entradas Saídas
Processamento
Dados Relatórios
Adiantamento salarial
Contribuição sindical
Imposto de Renda etc.
Feedback
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contratação de pessoal (recrutamento e seleção), treinamento e desenvolvimento, plano de carreira,
cargos e salários, gestão de benefícios, gestão da qualidade, saúde e segurança do trabalhador.
Este assunto será abordado de maneira mais detalhada na competência 04 que tratará
de componentes e recursos dos sistemas de informação.
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Agora é hora de aprender mais com o exemplo da Teslau S.A!
Observe que esse problema gerou não apenas insatisfação aos colaboradores como
também custo adicional para recolhimento dos Impostos com multa. Ou seja, é possível perceber
29
como a gestão da comunicação e das informações no ambiente das empresas pode impactar nos
resultados do negócio, afetando pessoas, processos e a organização como um todo.
A partir do que foi visto pela teoria e na prática através do relato acima, pode-se perceber
a importância da gestão das informações tanto para a área de Recursos Humanos quanto para toda
organização.
No próximo tópico, apresenta-se mais sobre Sistema de Informações Gerenciais de
Recursos Humanos.
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Assista o vídeo sobre Sistemas de Informações Gerenciais
Reflita sobre os diversos tipos e finalidades dos Sistemas de Informação para
as empresas
https://www.youtube.com/watch?v=5Rn2HFdGNWY
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Bem, agora, mais uma vez a conexão do assunto com a prática na Teslau S.A.
Observa-se nesta situação, a importância das informações para melhor decisão sobre as
pessoas. E, como foi visto, a rotina gerencial conta constantemente com desafios que necessitam de
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informações trabalhadas, não apenas dados sem sentido, para que a melhor resolução seja realizada
em benefício tanto das organizações como das pessoas que trabalham nelas.
Nesta competência, foi possível perceber o quanto o gerenciamento tecnológico do
capital humano nas empresas é importante para a administração de melhores resultados.
Principalmente, através da qualidade das informações e banco de dados de Recursos Humanos que
podem ser garantidos com um sistema de informações gerenciais que atenda os interesses da
organização e dos colaboradores.
Sendo assim, pode-se avançar para a próxima competência onde você vai estudar sobre
o processo que é subsidiado pelos dados e informações disponíveis nas empresas: o processo de
tomada de decisões.
Reflita sobre o que foi estudado e sinta-se desafiada(o) em valorizar as fontes de informações a
respeito dos recursos humanos em sua prática profissional como Técnico em Recursos Humanos.
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3.Competência 03 | Compreendendo a tomada de decisões
Caro(a) estudante,
Agora que conhece a diferença entre Dados, Informação e Conhecimento e estudou
também sobre Gerenciamento Tecnológico do Capital Humano, nessa competência você vai estudar
sobre Tomada de Decisão e sua importância, de que forma pode acontecer e os modelos utilizados
para obter decisões assertivas de acordo com as demandas no dia a dia das organizações e com isso
elevar as condições de qualidade do serviço e atuação no mercado.
Os assuntos estão divididos em tópicos: conceitos e modelos, tipos, níveis, elementos e
etapas da tomada de decisão e processo decisório, bem como os sistemas de informação e a decisão
gerencial.
Mais uma vez, sinta-se convidado(a) ao aprendizado conjunto e conectado com todo
material disponível nesta semana: vídeo, fóruns, atividades e material complementar. Lembrando
também que deve estudar e interagir tanto no ambiente virtual quanto fora dele, e para não esquecer
essa deve ser uma regra básica para assimilação dos assuntos tratados.
Bem, mas antes de seguir, escute o Podcast da semana! Vai lá no AVA (Ambiente Virtual
de Aprendizagem) e acessa:
Podcast 3
Esse podcast apresenta conteúdos importantes com o objetivo de contribuir
para a sua compreensão sobre o assunto: a tomada de decisões nas
organizações.
Agora que você ouviu o podcast, reflita sobre a importância da tomada de decisões nas
organizações.
Para iniciar a reflexão sobre Tomada de Decisão nas organizações pode-se começar por
entender como lidar com situações que precisamos decidir em nossa trajetória profissional.
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Que profissão devo escolher?
Qual o melhor curso para me qualificar?
Quando estarei pronta para atuar como
profissional?
Você já percebeu que as pessoas constantemente tomam decisões, sejam mais simples
ou mais complexas, e essas decisões estão associadas a escolhas?
Observe que as escolhas estão presentes na vida dos seres humanos em diferentes
esferas de sua vida: seja pessoal ou profissional, bem como sua vida social também. Ou seja, as
escolhas fazem parte da vida das pessoas e, para escolher, elas tomam decisões.
No mundo do trabalho, no ambiente das empresas, não é diferente. Profissionais decidem
sobre seu dia a dia, indiferentemente de seu cargo. Se trabalha em cargo de gestão terá mais
responsabilidades para decidir em nível gerencial.
Na maior parte das organizações, o gestor, muitas vezes é avaliado e cobrado pela
qualidade das decisões que toma sobre diferentes aspectos, principalmente porque essas decisões
podem impactar nos resultados e metas organizacionais.
No processo de tomada de decisão é necessário analisar e optar por uma ou mais ações
que sejam opções que podem ser escassas ou não. Em geral, observa-se que, o que pode determinar
as escolhas e os critérios da avaliação, são opções que têm como base apenas a relação custo-
benefício.
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Como foi visto nas competências anteriores, é importante ter disponíveis: dados,
informações e conhecimentos para a tomada de decisão. O que pode ocorrer é que esses elementos,
em geral, não estão organizados, podem estar dispersos ou fragmentados. E, em muitos casos,
armazenados na cabeça das pessoas, sendo susceptíveis a interferência de seus limites cognitivos.
Conceitos
O processo decisório vem sendo estudado desde a década de 40, mas é especialmente
com o trabalho de Herbert Simon que nasce a Teoria das Decisões. Simon utilizou sua teoria para
explicar o comportamento humano nas organizações.
Herbert Alexander Simon2 recebeu em 1978 Prêmio Nobel, por seus estudos na área de
tomada de decisões das organizações, introduzindo a teoria de “racionalidade limitada”. A teoria de
Simon aponta que quando uma pessoa toma uma decisão, sua razão é limitada pela quantidade de
informações de que dispõe, pelos limites cognitivos da sua mente e pela quantidade de tempo
disponível. (BONFIM, 2020)
No seu livro Comportamento Administrativo, Simon (1970) afirma que a Teoria
Comportamental compreende a organização como um sistema de decisões. Neste sentido, os
colaboradores da empresa participam de maneira racional e consciente tomando decisões sobre
possibilidades racionais de comportamento.
Mintzberg (2000) corrobora com essa mesma visão, quando aponta que é possível
entender como as organizações funcionam através do seu fluxo hierárquico, materiais de trabalho,
informação e processos decisórios.
2
https://www.infomoney.com.br/economia/premio-nobel-de-economia-lista-de-vencedores/
36
Assista ao vídeo com Herbert Simon
Trecho de Entrevista com Herbert Simon sobre os limites ou fronteiras da
racionalidade.
https://www.youtube.com/watch?v=QFLxazu6pCw
É hora de conhecê-los!
Modelos
O processo decisório envolve a aplicação de diferentes modelos de tomada de decisão,
sendo cada um deles adequado a uma determinada situação. Os modelos que serão apresentados
baseiam-se na discussão presente na obra de Choo (2003) – que pode ser considerada uma das
principais obras a respeito do tema – e no artigo de Lousada e Valentim (2011). São os quatro modelos
de tomada de decisão racional, processual, anárquico e político:
37
Figura 08: Quatro modelos de tomada de decisão.
Fonte: Choo (2003)
Descrição: um quadrado de fundo branco dividido em quatro quadrados iguais, cada um contendo o nome de um dos
modelos de tomada de decisão. Sendo os dois de cima da esquerda para direita: “Modelo Racional” e “Modelo Político”
e os dois de baixo, também da esquerda para direita: “Modelo Processual” e “Modelo Anárquico”. Na lateral esquerda
do quadrado tem as palavras “Incerteza Técnica”. Embaixo dessas palavras tem o nome “Alta” e em cima tem o nome
“Baixa”. Acima do quadro tem o nome “Ambiguidade/Conflito sobre objetivos”. Do lado direito dessas palavras tem a
nome “Baixa” e do lado esquerdo tem o nome “Alta”.
● Modelo Racional
✔ É considerado o modelo mais sistematizado e estruturado.
✔ Pressupõe regras e procedimentos pré-definidos, que devem ser seguidos.
✔ Predomina em sistemas onde a estrutura organizacional é altamente burocrática
e as diretrizes são definidas através de regras formais.
✔ O comportamento é regulado por normas e rotinas, para que a organização possa
agir de uma maneira procedimental e intencionalmente racional.
✔ Inicialmente desenvolvido por March e Simon (1975), ajustado por Cyert e March
(1992) e novamente ajustado por March (1994).
● Modelo Processual
✔ Apresenta algumas semelhanças ao modelo racional e suas principais
características convergem em vários aspectos.
✔ Possui como diferenciais a flexibilização, permitindo que os gestores realizem
ajustes quando necessário.
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✔ Tem ênfase nas fases e ciclos que subsidiam as atividades decisórias,
aparentemente complexas e dinâmicas.
✔ O modelo tem um grande número de elementos: três fases decisórias principais,
três rotinas de apoio às decisões e seis grupos de fatores dinâmicos.
✔ Foi desenvolvido, inicialmente, por Mintzberg, Raisinghani e Théorêt (1976).
● Modelo Anárquico
✔ É também conhecido como modelo “lata de lixo”.
✔ Neste modelo tanto os objetivos quanto os procedimentos são ambíguos.
✔ Não há clareza em relação aos problemas e às decisões.
✔ O modelo não segue nenhum tipo de estrutura e/ou sequência, uma vez que é
regido pelo acaso.
✔ As preferências usadas na tomada de decisão são mal definidas e incoerentes, não
são sistematizadas como no modelo racional e processual.
✔ Foi primeiramente desenvolvido por Cohen, March e Olsen (1972).
● Modelo Político
✔ Tem na política o mecanismo de apoio à decisão.
✔ Este modelo é foco de disputas internas de poder e de influência.
✔ Frequentemente os objetivos pessoais ultrapassam os organizacionais e, assim,
podem prejudicar a própria organização.
✔ Pode ser aplicado com mais frequência na área pública, que em geral é mais
influenciada pela política que rege as estratégias da organização.
✔ E foi inicialmente desenvolvido por Allison (1971), que apontou que a decisão se
relaciona fortemente ao poder que cada indivíduo possui e como ele se desenha
no âmbito organizacional.
Pode-se perceber que cada modelo tem suas características próprias e, portanto, não se
aplicam a todas as situações presentes nas empresas. O gestor deverá estar qualificado para lidar
com o contexto em que as situações possam emergir e, analisá-las de acordo com o momento.
Além dos modelos, é importante explorar também tipos, níveis, elementos e etapas do
processo decisório nas organizações.
39
3.1.2 Tipos, níveis, elementos e etapas
a. Tipos de Decisão
Para Oliveira (2014) as decisões podem ser classificadas em duas categorias: as
programadas e as não programadas. Atente no quadro abaixo para as duas categorias, suas
características e os sistemas que se relacionam a cada uma delas:
Dados adequados
DECISÕES Dados repetitivos Sistemas
PROGRAMADAS Condições estáticas Transacionais
Certezas
Dados inadequados
DECISÕES NÃO Dados novos
Sistema Analítico
PROGRAMADAS Condições dinâmicas
Incertezas
40
● Decisões não programadas (não planejadas): são decisões não esperadas, inusitadas e não
rotineiras. Nestes casos, não há procedimentos suficientemente formais para sustentar todas
as decisões. Por exemplo: quando uma empresa compra outra, em geral é uma nova situação
que requer decisões que não acontecem frequentemente, ou seja, não existe rotina ou padrão
para algumas delas. Nestas decisões conta-se mais com as habilidades do responsável pela
decisão.
Alto Estratégica
Intermediári Tática
o
41
como a organização se relacionará com os ambientes externos. Essas decisões afetam toda a
organização e podem ser aplicadas em todos os níveis e departamentos.
Por exemplo: a decisão de aumentar a produção da empresa.
● Decisões táticas: também consideradas como decisões administrativas, são aquelas tomadas
em um nível abaixo das decisões estratégicas. São decisões da responsabilidade da gerência
intermediária dos departamentos. Essas decisões envolvem o desenvolvimento de táticas para
realizar as metas estratégicas definidas pela alta gerência.
Por exemplo: a decisão de compra do fardamento da produção.
● Decisões operacionais: são aquelas tomadas no nível abaixo das decisões táticas. São decisões
de responsabilidade da supervisão e estão ligadas às operações diárias. Essas decisões devem
favorecer o como as operações devem ser conduzidas e devem ser estabelecidas a partir das
decisões táticas tomadas pela gerência intermediária.
Por exemplo: a decisão sobre um ajuste no cronograma da produção.
42
I. Tomador de decisão: a pessoa que faz uma escolha entre alternativas de ação.
d. Etapas do Processo
Para Maximiano (2004, p.111), processo decisório é “a sequência de etapas que vai da
identificação de uma situação que oferece um problema ou oportunidade, até a escolha e colocação
em prática de uma ação ou solução”.
No processo decisório as etapas devem ser mais orientadoras que burocráticas, pois na
prática, o tomador de decisões, diante de uma situação complexa, pode precisar elaborar um passo
que, sequer, foi visto antes na literatura.
Segundo Chiavenato (2010) o processo decisório é complexo e pode se desenvolver ao
longo de seis etapas:
I. Identificar a situação;
II. Obter informação sobre a situação;
III. Gerar soluções ou alternativas de ação;
IV. Avaliar as alternativas e escolher a solução ou curso de ação preferido;
V. Transformar a solução ou curso de ação escolhido em ação efetiva;
VI. Avaliar os resultados obtidos.
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Qual é a essência do problema ou da oportunidade?
01 - Identificar a Situação Quais sao os subproblemas ou aspectos da oportunidade?
Veja a situacao global e nao apenas uma parte dela.
Agora que você conhece, de maneira introdutória, o processo de tomada de decisão nas
organizações, a seguir estudará sobre contribuições dos sistemas de informações ao processo
decisório gerencial.
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Atualmente as organizações dispõem de diferentes tecnologias de informação, aqui nos
referimos a equipamentos dotados de programas que recebem dados, organizam esses dados e
transformam os mesmos em informações. Devendo essas informações formarem a base das decisões
gerenciais.
O advento da chegada dos equipamentos de informática na rotina das organizações não
é recente. No entanto, cada vez mais vem sendo aprimorado. Em 1977, Simon já mencionava que os
computadores revolucionariam a tomada de decisão, principalmente por serem capazes de
processar grandes volumes de dados e, em curto tempo, fornecer informações para os mais diversos
tipos e níveis de decisões. Hoje já nos damos conta que, assim como apontado por Simon, os
programas são capazes de realizar complexos cálculos estatísticos, de simulação e de heurística.
O que Simon anunciava ainda na década de 70, hoje tem sido uma realidade. O mundo
vem utilizando por exemplo a Inteligência artificial (IA) para lidar com problemas que exigem um
grande volume de informações.
A IA tem sido utilizada em diversas áreas, no artigo do Professor Lobo (2017) sobre
“Inteligência Artificial e Medicina”, encontra-se um estudo sobre essa aplicação na medicina.
Segundo Lobo (2017) o termo Inteligência Artificial surgiu numa conferência no
Dartmouth College em 1956 por McCarthy e cols. O autor aponta que Inteligência Artificial pode ser
entendida como um: “[...] ramo da ciência da computação que se propõe a desenvolver sistemas que
simulem a capacidade humana de percepção de um problema, identificando seus componentes para,
com isso, resolver problemas e propor/tomar decisões.” (p.4)
45
Então, a projeção de sistemas é uma realidade que deve ser aplicada com
responsabilidade e com propósito de encontrar as melhores soluções ou opções para resolução de
problemas ou oportunidades de melhoria.
Assim, como colocam Pereira & Fonseca (1997), os sistemas devem ser adequadamente
projetados, considerando as informações fundamentais para cada tipo de decisão, pois do contrário
poderá confundir o decisor com informações desnecessárias e incorrer em perda de tempo e da
objetividade do trabalho.
O sistema de informação deve atender ao processo de trabalho, as demandas e
necessidades da instituição, se adaptando a suas características e especificidades. E, por essa razão,
muitas vezes são desenvolvidos especialmente para um tipo de segmento de empresa ou para uma
organização especificamente.
46
Será também importante destacar que os projetistas de sistemas ao criarem os
programas tenham em mente que os sistemas:
47
Além disso, houve também um aumento no número de reclamações e o nível de
qualidade do produto estava sempre sendo questionado por parte dos clientes.
Diante disso, a diretoria preocupada em melhorar o fluxo das atividades internas
da empresa e a qualidade de seu produto ofertado ao cliente externo, solicitou a visita de
uma consultoria de gestão de processos e qualidade.
Na reunião com a consultoria foi indicado que era necessário um novo programa
de gestão integrada, pois o atual não estava “atendendo” ao crescimento e expansão dos
negócios. Esse programa deveria incluir um novo Sistema de Informações que fosse capaz de
integrar todos os setores e departamentos da organização (administrativo-financeiro,
contábil, recursos humanos, comercial, produção, enfim toda empresa).
A diretoria reuniu todas as informações que considerou importantes, analisou o
problema, solicitou orçamento a algumas consultorias de sistemas, para decidir convidou os
gerentes e ouviu cada um deles antes de confirmar a contratação de uma delas.
Com a adoção de um novo sistema, haveria uma melhoria na tomada de decisões
gerenciais, e consequentemente a empresa teria mais sucesso com resultados mais
satisfatórios, atingindo as metas e objetivos estratégicos planejados.
Observa-se nesta situação a importância das informações para melhor decisão sobre as
pessoas. E, como foi visto, a rotina gerencial conta constantemente com desafios que necessitam de
informações trabalhadas, não apenas dados sem sentido, para que a melhor resolução seja realizada
em benefício tanto das organizações como das pessoas que trabalham nelas.
Bem, assim está concluída mais uma competência da disciplina Sistemas de Informação
Gerenciais. Através do que foi estudado foi possível perceber a importância da tomada de decisões
nas empresas e o quanto ela pode contribuir para melhores resultados. E, principalmente, através da
utilização das informações para escolha da(s) melhor(es) alternativas para solução dos problemas, o
que representa a rotina de decisões gerenciais nas organizações.
Agora, pode-se então avançar para a próxima competência onde serão apresentados
tópicos sobre os componentes e recursos dos sistemas de informações.
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Reflita então sobre o que foi estudado nessa competência e sinta-se desafiada(o) em
identificar a importância da tomada de decisão gerencial em sua prática profissional como Técnico
em Recursos Humanos.
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4.Competência 04 | Compreender os componentes e recursos dos
sistemas de informações
Caro(a) estudante,
Agora que você já conheceu mais sobre a Informação e Conhecimento no ambiente
organizacional, estudou a importância do Gerenciamento Tecnológico do Capital Humano e da
informação na Tomada de Decisão, pretende-se fechar os conteúdos dessa disciplina com a
compreensão dos Componentes e Recursos dos Sistemas de Informações, sua importância e impacto
no funcionamento das empresas e, em especial, no setor de recursos humanos.
Nas páginas seguintes serão apresentados: componentes, recursos, tipos de sistemas de
informação, o processo de desenvolvimento de sistemas bem como características e aplicações de
um Sistema de Gestão Integrada.
Assim, mais uma vez, convidamos você ao aprendizado conjunto e conectado com todo
material disponível nesta semana: vídeo, fóruns, atividades e material complementar. Não esqueça
de estudar e interagir tanto no ambiente virtual quanto fora dele, assim poderá obter uma melhor
assimilação dos assuntos tratados.
Bem, mas antes de seguir, escute o Podcast da semana! Vai lá no AVA (Ambiente Virtual
de Aprendizagem) e acessa:
Podcast 4
Esse podcast apresenta conteúdos importantes com o objetivo de contribuir
para a sua compreensão sobre o assunto: componentes e recursos dos
sistemas de informações nas organizações.
Agora que você ouviu o podcast, reflita sobre a importância dos componentes e recursos
dos sistemas de informações para as organizações.
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4.1 Conceitos, componentes e recursos de sistemas de informação
Conceitos
Nas competências anteriores estudou-se sobre conceitos e aplicações dos Sistemas de
Informações e sua importância para as empresas e, em especial, foi destacada sua relevância para
ações ligadas ao setor de Recursos Humanos.
Reflita agora sobre o que Laudon & Laudon (2004) apresentam sobre Sistemas de
Informação: os autores afirmam que Sistema de Informação é um conjunto de componentes inter-
relacionados que coleta (ou recupera) dados, processa, armazena e distribui informações com um
objetivo útil para a organização.
Pode-se acrescentar a essa definição, o que O’Brien (2001, pág. 06) sugere sobre
componentes e recursos do Sistema de Informações. Ele afirma que Sistema de Informações é um
“conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados
que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”.
51
✔ redes (meios de comunicação e suporte de rede) e
✔ recursos humanos (usuários finais e especialistas em sistema de informação).
52
CONEXÃO COM A PRÁTICA
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- Para se manter no mercado as empresas devem utilizar que tipos de
Sistemas de Informação?
- Existe algum tipo ideal de Sistema de Informação para cada organização?
Bem, essas questões apontam que você deve conhecer mais sobre esse assunto no
próximo tópico.
Além dos componentes e recursos dos sistemas, O’Brien (2004) também estudou sobre
os dois principais tipos de Sistemas de Informação, são eles:
II. Sistemas de apoio à gestão: são formados pelos subsistemas de informação gerencial,
de apoio à decisão e de informação executiva, que existem especificamente para
auxiliarem processos de decisão gerencial.
Exemplos: previsões de vendas, orçamentos, análises financeiras.
54
Na figura abaixo, demonstra-se como esses Tipos de Sistemas de Informações podem ser
desenhados nas empresas:
A tendência atual da aplicação dos sistemas de informações tem sido de integrar todos as
áreas e processos da empresa, e assim conseguir realizar o planejamento estratégico, tático e
operacional de cada setor da organização.
Conheça agora mais sobre uma das principais aplicações dos sistemas na era digital: os
SGIs (Sistemas de Gestão Integrada), também conhecidos como ERP (Enterprise Resources Planning).
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Para iniciar, você sabe o que significa ERP?
Traduzida literalmente para a língua portuguesa, a sigla significa “Planejamento dos
Recursos da Empresa”, o que pode não refletir a realidade de seus objetivos. Alguns autores chamam
atenção que, por exemplo, o termo planejamento não é realizado pelo ERP. E, reforçam que, na
verdade, ele oferece condições para o planejamento, mas não é o sistema quem planeja.
É preciso conhecer mais sobre as características e aplicações dos SGIs, assunto dos
próximos tópicos.
O surgimento dos sistemas de gestão integrada ocorreu desde a década de 50, sendo que
naquele período, ainda não havia tecnologia suficiente para integrar os sistemas. No entanto, foi a
partir da década de 90 que o sistema ERP ganhou espaço e expressividade nas organizações.
Cada vez mais, tem se apresentado evidente, a necessidade das organizações em integrar
as diversas áreas e, essa situação demanda um sistema que seja capaz de realizar esse intento. E,
neste sentido, pode-se perceber que uma das principais características dos sistemas de informação
integrados (ERPs) é a possibilidade de interligar e coordenar as atividades da empresa.
Aqui você pode perguntar:
Bem, os estudiosos Laudon & Laudon (2014) podem responder essa pergunta com outra
pergunta: até onde os Sistemas de Informação apresentam utilidade em gerir e integrar processos de
diversos setores interligando os mesmo entre si, nas organizações?
Analise a questão!
O que se pode perceber é que os sistemas ERP podem controlar e fornecer suporte aos
processos operacionais, produtivos, administrativos e comerciais da empresa. O sistema sozinho
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não será capaz de realizar essa integração, serão necessários os componentes e recursos: hardware,
software, dados, redes e recursos humanos.
Então, agora conheça mais sobre esses processos num sistema de gestão integrada!
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Analise agora a continuação da situação prática no caso da Teslau S.A.
Como foi visto, a aplicação dos sistemas integrados nas empresas tem sido uma tendência
atual para impulsionar resultados mais expressivos das organizações.
Para utilizar sistemas que funcionem adequadamente, o que deve ser feito?
Como os sistemas integrados são desenvolvidos?
Será importante que as organizações entendam que não existe uma “fórmula pronta” que
resolva essas questões como um “passe de mágica”. É necessário trabalho e esforço conjunto da
organização. Veja mais sobre esse processo no próximo tópico.
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4.3 Desenvolvimento dos Sistemas
Você já observou que na maioria dos lugares que conhecemos existem sistemas de
informações em funcionamento?
Quando você se dirige a um estabelecimento, seja ele uma padaria, um supermercado,
uma livraria e tantos outros disponíveis, deve ter reparado que os mesmos estão cada vez mais
utilizando sistemas informatizados. Alguns exemplos:
- Restaurantes ou lanchonetes estão usando equipamento eletrônico para registrar o seu
pedido e enviar para a cozinha preparar. Você já teve essa experiência?
- Livrarias estão utilizando sistemas de pedidos via internet para que você realize sua
compra e receba sua mercadoria no endereço que informar. Veja que interessante!
- Escolas estão utilizando sistemas que concentram as notas das disciplinas, matrículas
entre outras informações relacionadas. Que avanço!
Em 2018, o um vendedor de picolé tornou-se o maior problema dos clientes em um
diferencial para o seu negócio. Na reportagem do Jornal do Amazonas: “Vendedor de picolé usa
máquina de cartão de crédito para ganhar clientes nas ruas.” publicada na globoplay você pode
identificar mais um exemplo de como os sistemas vem fazendo parte de nossas vidas.
Assista o vídeo da matéria sobre a história do vendedor Marcos Alexandre em:
https://globoplay.globo.com/v/6964244/programa/
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É possível que você conheça outros exemplos. Se observar, identificará que os mais
diferentes profissionais e/ou estabelecimentos de diversas áreas de negócios - sejam de pequeno,
médio ou grande porte - estão utilizando sistemas de informação.
São as soluções que o mundo contemporâneo demanda que impulsionam essas
adaptações e ajustes de novas tecnologias.
ANALISAR
INVESTIGAR PROJETAR
MANTER IMPLANTAR
60
Como foi estudado até o momento, os sistemas se caracterizam como “soluções”. Neste
sentido, é importante considerar que para desenvolver um Sistema, será necessário um especialista,
e principalmente, esse desenvolvedor deve conhecer sobre a empresa (negócio), processos, entre
outras especificidades e encontrar a melhor solução para aquela organização.
61
Na palestra de uma das empresas participantes do evento, foi apresentada a
experiência de um sistema de recrutamento e seleção que utiliza recursos da internet para
realizar parte do processo seletivo através dessa ferramenta. Por exemplo: o candidato
responde um questionário de interesses, realiza uma atividade sobre suas habilidades etc.
Essa primeira etapa de triagem no processo seletivo, onde são identificados os
primeiros aspectos a serem considerados, tem sido um diferencial na captação de pessoas
para os mais diferentes cargos, direcionando inclusive a necessidade de treinamento no
próprio sistema que deve ser interligado ao de Treinamento e Desenvolvimento da empresa.
A gestora logo percebeu que com o sistema, as necessidades de treinamentos
poderiam ser identificadas desde a contratação do profissional, sendo colocadas no banco
de dados de RH e acessadas para formulação do Plano Anual de Treinamento e
Desenvolvimento da Teslau.
Quando retornou a empresa, a gerente de RH se reuniu com a diretoria e com o
gestor de TI para discutir a possibilidade de desenvolver esse programa no seu módulo de
RH.
62
Caro estudante, perceba que um sistema de informação apenas será bem-sucedido se os
recursos e componentes estiverem alinhados. Além de que é importante também considerar que um
sistema, mesmo sendo mais ou menos moderno, não funcionará sem que os recursos humanos
integrem o processo.
Finalmente, destacamos que o seu grande desafio será trabalhar sua qualificação acerca
dos Sistemas de Informação Gerencial, se aperfeiçoando sempre nos assuntos para que assim possam
aplicar os conhecimentos em sua prática profissional como Técnico em Recursos Humanos.
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Conclusão
Caro estudante,
Esperamos que os conteúdos apresentados em Sistema de Informação Gerencial tenham
acrescentado e incentivado você a entender e se interessar mais sobre a importância do
gerenciamento da informação e conhecimento nas empresas, principalmente para tomada de
decisões que impactam nos resultados da organização. E que tenham também despertado para a
importância de um sistema de gestão integrada que favoreça a administração da empresa e de seu
capital humano.
Durante a trajetória de ensino e aprendizagem que foi trilhada com essa disciplina, pode-
se entrar em contato com um tema talvez até conhecido por alguns ou mesmo desconhecido para
outras pessoas.
O importante é destacar que como os sistemas algumas vezes podem estar
imperceptíveis (invisíveis) em sua rotina de vida, de trabalho, você deve atentar para a importância
deles em sua vida. E principalmente, a qualidade e a confiabilidade desses sistemas.
Bem, e como foi incentivado a cada competência, você tem desafios como profissional e
deverá se preparar para além do acesso as redes sociais ou de entretenimento na internet.
Qualifique-se para atuar em desafios que surgem constantemente em sua vida profissional.
E não esqueça de buscar sempre soluções integradas e utilizar-se de ferramentas
computacionais que estiverem disponíveis.
Nosso recado final para você é que: esteja sempre se atualizando e buscando inovações,
novos conhecimentos, ferramentas e recursos úteis que se apliquem a sua atuação profissional.
Sucesso!
64
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Minicurrículo do Professor
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