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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
LINEARES: COEFICIENTES
VARIÁVEIS
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OBJETIVOS
1. Manipular séries de potência, fazer testes de convergência e calcular
o intervalo de convergência.
2. Identifique pontos ordinários e pontos singulares de equações de
segunda ordem com coeficientes variáveis, e calcular o raio de
Convergência.
3. Obter soluções de série potências de equações de segunda ordem
em torno de um ponto ordinário.
4. Identificar e resolva equações Legendre.
5. Obter soluções em séries em torno de um ponto singular, usando o
Método Frobenius.
6. Identificar e resolver equações Bessel.
7. Usar software para obter um solução como uma série de potência ou
em termos Funções Especial. 3
REVISÃO DE SÉRIE DE POTÊNCIA
As séries de potência formam a base do método de soluções em série, logo, para o
estudo deste método é essencial ter um bom entendimento sobre séries de potências.
Série: Uma função matemática que se expressa como a soma de vários termos.
Série Infinita: Uma função que se expressa como uma soma infinita de termos.
Série de Potência: Uma série infinita cujos termos termo incluem as potências das
𝑛
varáveis na forma 𝑥𝑛 ou( 𝑥 − 𝑥 0 ) , em que n é um inteiro não negativo.
ou
serie de potencia próximo ao ponto =
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Muitas funções elementares familiares possuem representação bem conhecidas
em forma de série de potencias. Algumas delas são:
Falamos que uma série converge à
função que ela representa se o valor da
série para um valor especifico de x
tende ao valor da função, quando
incluído mais termos.
Assim como as série de potências,
pode-se obter expansões em série de
Taylor próximo do ponto x = 0. A Série
de Taylor de qualquer função f(x) ao
redor do ponto se expressa com a
série de potências:
Série de Taylor
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O símbolo grego sigma é a notação da série de potencias: Observe que qualquer candidato
que não dependa do índice da
Significa a somatoria, e n denota o somatória pode mover-se para
índice da somatoria que serve dentro ou para fora da somatória,
como contador igual a um candidato que no
depende da integración pode
EXEMPLO mover-se para dentro o para fora
da integração
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Como mover o índice da somatória
Frequentemente é necessário mover o índice da somatória, especialmente quando se
combinam séries cujo os termos são de mesma potencia.
O índice pode ir para frente ou para trás por qualquer valor, desde que a igualdade seja
mantida.
Ou seja, ambas as séries têm os mesmos termos quando expandidas.
Vamos dizer que gostaríamos de
Três representações de polinomios que reecrever a equação 5-16 para que a
são iguais, apesar de distinguirem-se potência de x mude de n para i + 2. A
aparentemente maneira mais fácil de fazer isso é
substituir cada aparição de n na
série, incluindo aqueles abaixo e
acima do sinal de somatória, por i +
2. Obtemos
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A maneira mais fácil de verificar a convergência de uma série de potências é
aplicar o teste de razão, que se baseia na comparação dos termos n e (n + 1) da
série e calculando o limite quando
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Intervalo de convergência: É o intervalo aberto em que a série de potências
convergem, este intervalo pode ser determinado pela prova da razão.
Raio de convergência: O intervalo de convergência é frequentemente descrito em
termos do raio de convergência, que pode ser visualizado como distância entre o
centro da série e o ponto mais próximo em que a série diverge.
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DERIVADAS DE SÉRIES DE POTÊNCIAS
A série de potencias é esencialmente um polinomio com um número infinito de termos e, por
tanto, é inifinitamente diferenciável em um intervalo de convergencia. As derivadas de ,
podem ser determinadas por difeferenciação termo a termo. As derivadas de f(x) também são
série de potencias e convergem em um intervalo de convergencia f(x).
Então,
Subtituindo na série de potencias, obtemos:
Expansão em
série de Taylor
em um ponto
f(x).
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Por tanto, se uma função é infinitamente derivável em um ponto se existe uma expansão
em série de Taylor de uma f(x) em um ponto e sua vizinhança imediata, então se diz que
essa função é analítica nesse ponto. Logo, qualquer função que é analítica em pode ser
expressa como uma série de potencias de centro com um raio de convergência diferente
de 0.
Exceto quando:
ou
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Abordaremos os fundamentos do método das série de potências, aplicado a
equações diferenciais lineares para as quais não há métodos de solução
alternativas viáveis. Algumas dessas equações são encontradas na prática. As mais
conhecidas são:
Equação de Legendre:
Equação de hipergeométrica de Gauss:
Equação de Euler:
Equação de Hermite:
Equação de Chebyshev:
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Pontos ordinários versus singulares
Nas aulas anteriores quando tratamos de soluções de equações diferencias lineares com
coeficientes constantes da forma , não especificamos nenhum ponto ou intervalo. Isso só foi
possível porque um coeficiente constante (como a =2) representa uma linha continua paralela
ao eixo x , que se estende de (a ), sem valores de x que levem o coeficiente a 0.
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Agora, procuraremos soluções de equações diferenciais com coeficientes
variáveis em torno de um em relação a . O ponto não dependerá apenas do
ponto escolhido , mas também da natureza ou do tipo do ponto em relação a
equação diferencial, o faz com que as soluções sejam diferentes para diferentes
tipos de ponto.
Primeiramente precisamos identificar o tipo de ponto antes de tentarmos resolver
a equação diferencial dada em torno dele.
Uma dada equação diferencial de segunda ordem com coeficientes variáveis pode
ser escrita na sua forma-padrão (tendo o coeficiente de sua derivada de ordem
superior =1) , temos assim
Onde
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Um ponto é denominado ponto ordinário da equação diferencial se ambas funções
P(x) e Q(x) são analíticas nesse ponto. Um ponto é denominado ponto singular da
equação diferencial se uma ou ambas as funções P(x) e Q(x) não são analíticas
nesse ponto.
Um ponto singular é denominado ponto singular regular da equação diferencial se
ambas as funções
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EXEMPLO
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TEOREMA 5-1: Raio de convergência de uma solução por séries
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Soluções por série em torno de um ponto ordinário
TEOREMA 5-2: Soluções por série em torno de pontos ordinários
Se é um ponto ordinário de uma equação diferencial:
Então ela tem duas soluções independentes e cada uma na forma A solução geral
dessa equação diferencial é:
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A relação de recorrência que relaciona qualquer coeficiente com o segundo anterior a ele.
Assim, se os dois primeiros coeficientes e são conhecidos, os demais ( podem ser
determinados pela relação de recorrência. Exemplos dos primeiros coeficientes são:
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Generalizando os coeficientes dos termos pares e ímpares, a solução pode ser
expressa em forma mais geral
Quando é igual ao número inteiro não negativo n, ambas as soluções e podem ser
escritos como
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Quando n é um número par, se reduzirá a um polinômio de grau n, uma vez que o fator n-2m+2 se
igualará a zero quando m = (n/2) +1 e todos os termos correspondentes a valores maiores do
índice m conterão esse fator. Exemplo, quando n é 0, 2 e 4, se reduzirá, respectivamente, a
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Soluções por série em torno de um ponto singular regular
Considerando as soluções da seguinte equação diferencial linear homogênea de
segunda ordem com coeficientes variáveis, na vizinhança de um ponto singular regular
:
Por definição, as funções xP(x) e x²Q(x), são analíticas, para um ponto singular
regular, em que , ou seja, há expansão por série de Taylor esse ponto,
expressamos essas funções como
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As funções p(x) e q(x), não envolvem um número infinitos de termos. E são na
maioria das equações diferenciais familiares, polinômio de não mais dois ou três
termos. Exemplo para equação de Bessel de ordem zero, temos
Rearranjando a equação
Ou
Solução da equação é , onde r não necessariamente é um número inteiro. Os coeficientes dessa equação
tem solução em série de potências, da forma
ou
Dividindo a equação por , para que o coeficiente da derivada mais alta seja um:
Em x = 0, são polinômios e funções analíticas. Observamos que =1 e . A substituição desses dois valores
na equação indicial resulta na equação.
Equação Indicial
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EQUAÇÃO DE BESSEL DE ORDEM ZERO ()
Em torno do ponto para x >0, usando o método de Frobenius (ver exemplo 5-27).
Nesse caso as raízes da equação indicial são , segundo o Teorema 5-3, a solução da
equação diferencial possui duas soluções linearmente independentes.
A relação de recorrência será
Tomando , e substituindo, a
primeira solução se torna
Com , segue-se que para
todos n ímpar. Os primeiros
coeficientes pares são
Essa solução é denominada função de
Bessel de primeiro tipo de ordem zero e
denotado por . Portanto
Generalizando, temos
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A segunda solução linearmente independente é determinado de maneira similar (ver
exemplo 5-27), tomando , de acordo com o Teorema 5-3, como
Após aplicação do método de Frobenius a equação resultante será satisfeita para todo x se, e
somente se, o coeficiente de cada potência de x for zero. A aplicação dessa condição às duas
primeiras potências de x nos dá e . Segue-se que para todos n ímpar. Dessa forma, o
segundo somatório pode ser modificado para excluir todas as potências ímpares de x pela
substituição de todas as ocorrências de n por 2n, obtemos assim
Portanto:
Sendo :
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EQUAÇÃO DE BESSEL DE ORDEM MEIO ()
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Generalizando, temos
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EQUAÇÃO DE BESSEL DE ORDEM (ONDE É UM NÚMERO INTEIRO POSITIVO)
Onde é um número inteiro positivo, em torno do ponto para , usando o método de Frobenius (ver
exemplo 5-29).
Nesse caso as raízes da equação indicial são e , que se diferem por um número inteiro. Dessa
forma , de acordo com o segundo o Teorema 5-3, a solução da equação diferencial possui duas
soluções linearmente independentes. A segunda poderá ter um termo logaritmo, e a primeira terá a
seguinte forma
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FUNÇÃO GAMA
Quando não é um numero inteiro, a solução da equação de Bessel de ordem envolve o
fatorial de números não inteiros, que são mais bem representados pela função gama ,
definida para todo por meio da integral imprópria:
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FUNÇÃO GAMA
Por definição, 0! = 1. Portanto, uma função fatorial pode ser vista como um caso especial da
função gama com argumentos inteiros. Para valores não inteiros de , a aplicação da Eq. 5-129
em por diversas vezes resulta em
Quando é um múltiplo ímpar de ½ (como ½, 3/2, 5/2 etc.), podemos mostrar que
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EQUAÇÃO DE BESSEL DE ORDEM V (ONDE V É UM NÚMERO
POSITIVO NÃO INTEIRO)
Onde é um número positivo não inteiro, em torno do ponto para , usando o método de Frobenius
(ver exemplo 5-30).
Nesse caso as raízes da equação indicial são e , mas agora não se diferem por um número inteiro.
Dessa forma, de acordo com o segundo o Teorema 5-3, a solução da equação diferencial possui duas
soluções linearmente independentes, ambas com forma
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EQUAÇÃO DE BESSEL DE ORDEM V (ONDE V É UM NÚMERO
POSITIVO NÃO INTEIRO)
Onde é um número positivo não inteiro, em torno do ponto para , usando o método de Frobenius
(ver exemplo 5-30).
Nesse caso as raízes da equação indicial são e , mas agora não se diferem por um número inteiro.
Dessa forma, de acordo com o segundo o Teorema 5-3, a solução da equação diferencial possui duas
soluções linearmente independentes, ambas com forma
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PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES DE BESSEL
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