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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES

EXPERIÊNCIA 2: LEIS DE KIRCHHOFF

Prof. André Ferreira

Vitória, 2018
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 MATERIAIS .............................................................................................................. 4
3 PROCEDIMENTOS .................................................................................................. 5
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 7
5 CONCLUSÃO........................................................................................................... 9
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO

Entender princípios básicos da eletricidade, bem como entender que o


comportamento dos circuitos elétricos é governado pelas chamadas “Leis de
Kirchhoff” são de suma importância para qualquer engenheiro. Tais leis estabelecem
relações entre nós, ramos e malhas de um circuito com as correntes e tensões do
mesmo. Através das leis e de equacionamentos matemáticos, é possível encontrar
valores de tensões em determinados bipolos e até mesmo correntes em determinados
ramos. Por isso, o seguinte relatório tem o intuito de verificar experimentalmente a Lei
de Kirchhoff das Correntes e das Tensões a fim de que, analise-se o erro envolvendo
os valores experimentais e teóricos.
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2 MATERIAIS

Para a realização desse experimento, foram utilizados os seguintes materiais:


• Duas fontes de tensão variável;
• Um multímetro digital;
• Um protoboard;
• Resistores de tolerância igual a 5% com os seguintes valores de resistência:
180 Ω, 270 Ω e 560 Ω.
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3 PROCEDIMENTOS

Para realizar a prática proposta, foram utilizadas duas fontes de tensão variável, na
qual ambas foram calibradas com uma tensão de 10V e limitadas com corrente de
100mA.
Montou-se o seguinte circuito e determinou por meio de cálculos os valores das
tensões 𝑣1 , 𝑣2 e 𝑣3 e das correntes 𝑖1 , 𝑖2 e 𝑖3 .

(Fonte: Roteiro da experiência número 2 adaptado)

Para calcular os valores das tensões e das correntes, utilizou-se a Lei de Kirchhoff
das correntes. Essa lei diz que em qualquer instante a soma das correntes que
chegam em um nó é igual a soma das correntes que saem do nó [1].
Sendo assim, tem-se que:
𝑖1 = 𝑖2 + 𝑖3
Analisando o circuito e determinando o ponto “a” como tendo uma voltagem de 𝑣𝑎 ,
identificou-se as seguintes relações:
𝑣1 = 𝑉2 − 𝑣𝑎
𝑣2 = 𝑣𝑎 − 𝑉1
𝑣3 = 𝑣𝑎
Sabe-se também que a corrente em um resistor é determinada pela relação
𝑣
𝑖=
𝑅
Desse modo, aplicou-se a Lei de Kirchhoff das correntes, substituiu os valores das
correntes pela relação de tensão dividida pela resistência e por fim, substituiu-se as
respectivas voltagens.
𝑣1 𝑣2 𝑣3
= +
𝑅1 𝑅2 𝑅3
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𝑉2 − 𝑣𝑎 𝑣𝑎 − 𝑉1 𝑣𝑎
= +
𝑅1 𝑅2 𝑅3

Por fim, substituindo os valores, tem-se que 𝑣𝑎 = 4,97𝑉.


Para encontrar todos os valores das tensões e correntes basta substituir nas relações
anteriores.
𝑣1 = 𝑉2 − 𝑣𝑎 = 10 − 4,97 = 5,03𝑉
𝑣2 = 𝑣𝑎 − 𝑉1 = 4,97 − 10 = −5,03𝑉
𝑣3 = 𝑣𝑎 = 4,97𝑉
Agora as correntes:
𝑣1 5,03
𝑖1 = = = 0,0186𝐴 = 18,6𝑚𝐴
𝑅1 270
𝑣2 5,03
𝑖2 = =− = −0,009𝐴 = −9𝑚𝐴
𝑅2 560
𝑣3 4,97
𝑖3 = = = 0,0276𝐴 = 27,6𝑚𝐴
𝑅3 180

Vale ressaltar que com a ajuda do multímetro mediu-se a tensão que a fonte estava
entregando para o circuito, ademais, mediu-se também as resistências dos resistores,
as tensões e as correntes identificadas do circuito, que foram calculadas
anteriormente com os valores teóricos das resistências das fontes de tensões.
Aplicando a Lei de Kirchhoff das correntes e das tensões, comparou os valores
medidos com o somatório algébrico das correntes no nó “a” e o somatório algébrico
das tensões nas duas malhas.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao medir verificou-se os valores reais das voltagens e das correntes e calculou o erro
encontrado entre as divergências dos resultados teóricos, obtendo os valores
demonstrados na tabela.
Valores Calculados Valores Medidos Erro (%)
𝒗𝟏 5,03𝑉 4,95𝑉 −1,6
𝒗𝟐 −5,03𝑉 −4,94𝑉 −1,8
𝒗𝟑 4,97𝑉 4,99𝑉 0,4
𝒊𝟏 18,6𝑚𝐴 18,4𝑚𝐴 −1,1
𝒊𝟐 −9𝑚𝐴 −8,75𝑚𝐴 −2,8
𝒊𝟑 27,6𝑚𝐴 27,5𝑚𝐴 −0,4

Os resistores também apresentaram diferenças entre os valores teóricos


Valores Teóricos Valores Medidos Erro (%)
𝑹𝟏 270Ω 263Ω −2,6
𝑹𝟐 560Ω 555Ω −0,9
𝑹𝟑 180Ω 180Ω 0

Desse modo, todos os resistores estão dentro da tolerância indicada pela faixa.
Outro ponto bastante importante, são os valores das tensões dada pela fonte.
Nenhuma entregou 10V, mesmo apresentando na fonte que os 10V foram entregues.
Os valores aferidos da fonte 𝑉1e 𝑉2 são respectivamente, 9,94V e 9,95V.
Logo depois, comprovou-se com os valores obtidos na prática a Lei de Kirchhoff das
correntes e a Lei de Kirchhoff das tensões.
Sendo assim, a Lei de Kirchhoff das correntes diz que a somatória das correntes em
um nó deve ser igual a zero (usou-se o sinal negativo para representar as correntes
que estão saindo do nó):
𝑖1 − 𝑖2 − 𝑖3 = 0
18,4 + 8,75 − 27,5 = 0
−0,35 ≈ 0
Ou seja, a soma das correntes que chegam em um nó é igual a soma das correntes
que saem do nó.
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𝑖1 = 𝑖2 + 𝑖3
18,4 = −8,75 + 27,5
18,4 ≈ 18,75

Já com a Lei de Kirchhoff das tensões, tem-se que em qualquer instante o somatório
das tensões de uma malha é nulo. A medida que percorre a malha, em um sentido
adotado para a corrente, anota-se o sinal da tensão que a corrente de malha
encontra ao chegar a cada um de seus elementos. [1]
Da primeira malha, constituído pela fonte 1, convenciona a corrente no sentindo
horário, obtendo a seguinte relação.
𝑉1 − 𝑣3 + 𝑣2 = 0
9,94 − 4,99 − 4,95 = 0
0=0
Já para a segunda malha, adota-se a corrente no sentindo anti-horário.
𝑉2 − 𝑣3 + 𝑣1 = 0
9,95 − 4,99 − 4,95 = 0
0,01 ≈ 0
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5 CONCLUSÃO

A realização dessa prática concede à dupla o conhecimento das leis de Kirchhoff na


prática. Dessa forma, calculamos os valores das correntes e tensões indicadas em
com auxilio das leis em conjunto com os dados teóricos,comparamos com os valores
encontrados nessa prática. Sendo assim, percebe-se a grande proximidade dos
valores obtidos teoricamente e experimentalmente, comprovando, desse modo a Lei
de Kirchhoff das correntes e a Lei de Kirchhoff das tensões.

Percebe-se uma pequena diferença entre os resultados teóricos e experimentais. Isso


se dá por resistências internas de certos equipamentos, ou até mesmo a tolerância de
resistores que acabam alterando em casas decimais o resultado esperado. Com isso
é possível entender as aproximações dos valores encontrados nas relações das leis
com os esperados.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Borba, J. L. - Apostila de Eletricidade Aplicada, versão 3, UFES, 2011.

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