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Curso: Arquitectura
4° Ano
Discente:
Paulo Jorge de Miranda Santos
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Agradecimento
Agradecço em primeiro lugar a Deus, por nunca ter me abandonado, estando sempre do
nosso lado, principalmente nos momentos difíceis, por ser o autor da vida, por me guiar,
iluminar e por possibilitar a conclusão do trabalho.
Aos meus pais, pois desde pequeno me incentivaram ao estudo em instituições públicas
e privadas, deixando claro que os estudos bem como o sucesso profissional e financeiro
sempre dependeriam de mim. Aos meus irmãos que tanto amo, e que sempre foram os
pilares, exemplo de persistência e determinação, e por maior que seja à distância sempre
se fazem presentes em minha vida.
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“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina!” - Cora Coralina
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, por me ter dado força para puder alcançar este objectivo.
Esta realização é para sua honra e glória.
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Índice
Agradecimento.................................................................................................................. 3
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... 5
Índice de Figuras .............................................................................................................. 7
1. Introdução .............................................................................................................. 8
1.2. Justificativa ........................................................................................................ 8
1.3. Enquadramento Legal Do Tema ........................................................................ 9
1.4. Objectivos .......................................................................................................... 9
1.5. Metodologia ....................................................................................................... 9
2. Marcos Teóricos ........................................................................................................... 9
2.1. Introdução ............................................................................................................ 10
2.2. Principais Conceitos ............................................................................................. 11
3. Comportamento Mecânico dos Materiais ............................................................... 11
3.1. Ensaio de Tração .................................................................................................. 13
3.2. Linearidade física e Lei de Hooke ....................................................................... 15
3.3.Constantes Elásticas ................................................................................................. 18
3.2. Efeito de Poisson ..................................................................................................... 18
3.5. RESULTADOS OBTIDOS ATRAVES DOS ENSAIOS DE TRAÇÃO ............... 19
4. COMPORTAMENTO ELÁSTICO: ....................................................................... 21
5.TENSÃO LIMITE DE RESISTÊNCIA .................................................................. 22
6.DUTILIDADE ......................................................................................................... 23
7.MÓDULO DE ELASTICIDADE ............................................................................ 23
9.TENACIDADE ........................................................................................................ 25
10.MODELOS DA CURVA TENSÃO-DEFORMAÇÃO ........................................ 26
11.ENSAIOS DE IMPACTO ..................................................................................... 28
12.ENSAIO CHARPY ................................................................................................ 31
13.FLUÊNCIA ............................................................................................................ 33
14.FADIGA................................................................................................................. 34
15. Considerações Finais ................................................................................................ 36
16. Referências Bibliográficas ........................................................................................ 37
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Índice de Figuras
Figura 1 - deformação elástica em cristais: a) Cristal sem deformação; b) cristal
deformado por tração;c) Cristal deformado por Compressão. ....................................... 13
Figura 2 - diagrama esquematico de um ensaio de tração: a) sem deformação; b) com
deformação. .................................................................................................................... 14
Figura 3 - ensaio uniaxial de tracção .............................................................................. 16
Figura 4 - módulos tangentes e secantes ........................................................................ 18
Figura 5 - explicação do efeito de poisson ..................................................................... 19
Figura 6 - deformação uniforme ao longo de todo o comrpimento util ......................... 20
Figura 7 - grafico ilustrativo ........................................................................................... 22
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Capitulo I
1. Introdução
1.2.Justificativa
O presente trabalho busca abordar assuntos relacionados ao Comportamento Mecânico
dos Materiais e sua materialização no sector da Engenharia, no caso em específico a
Construção. A identificação e análise dos diferentes comportamentos que compõem os
materiais, além de estuda-lo e apresentar possíveis soluções aos problemas encontrados,
baseando-se de metodologias especificas, acompanhadas por registros fotográficos,
mapas, esboços, levantamentos, entre outros.
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1.3.Enquadramento Legal Do Tema
No presente capítulo serão apresentados alguns estudos, análises, assim como métodos e
técnicas de solucionamento dos problemas encontrados na área em estudo. Com
exposição dos artigos que fundamentam a essência do estudo realizado, contribuindo no
entendimento da questão da Resistência dos materiais, a ISO 9001 e o Decreto Nacional
interno:
1.4.Objectivos
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
1.5. Metodologia
A metodologia usada para o desenvolvimento do trabalho foi baseada na coleta de
ártigos academicos, desertações e manuais voltados ao Comportamento Mecânico dos
Materiais.
2. Marcos Teóricos
O presente Trabalho tem como objectivo principal trazer os conceitos da
sustentabilidade e evolução do conceito histórico da sustentabilidade, e de modo geral
perceber como este evoluiu, e onde aplicar.
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Para esse efeito, são estudados factores relactivo a evolução histórica do conceito da
sustentabilidade, as suas aplicabilidades e vantagens e desvantagens, Para a abordagem
do tema e a implementação do projecto, seguem-se algumas questões como a criação do
projecto, sua delimitação, formulação dos problemas, bem como objectivo e a sua
justificação, e para concluir a fundamentação teórica acompanhada de uma revisão de
literatura.
2.1. Introdução
O que culminou com o desenvolvmento dos ensaios não destrutivos, muito importante
porque auxiliam em filosofias de projeto com vistas aos conceitos de prevenção de
falhas: “Falha Segura” e “Tolerância ao Dano”.
• Inspeção visual;
• Líquido penetrante;
• Ultrassom;
• Partículas magnéticas;
• Neutrongrafia;
• Emissão de Barkhausen.
Que de alguma forma contribuem para a redução de acidentes por parte de falha
mecânica, desgaste do material, entre outras causas.
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2.2. Principais Conceitos
Resistência dos Materiais: é o estudo sobre a capacidade que os materiais têm para
resistir a certos tipos de forças externas que causam esforços internos em função do tipo
de material, dimensões, processo de fabricação, entre outros. Esta disciplina usa a
estática para considerar os efeitos externos (forças), e a partir de então considerar os
efeitos internos (esforços).
Capitulo II
Uma das caraceristicas mais importantes dos materiais no estado sólido é a capacidade
dos mesmos em resistir ou transmitir tensões. A resposta desses materiais sob tensão
está intimamente relacionada com a propriedade do material em se deformar
elasticamente ou plasticamente. Considera-se que um material que exibe
comportamento elástico, quando o memso, é submetido a esforços, apresenta
deformações não permanentes, ou seja, ao se remover tais tenões, o material retorna as
suas dimenões originais.
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3.1. Ensaio de Tração
O ensaio mais simples que é normalmente feito é o de tração, sobre um corpo de prova
de seção, em geral, circular ou retangular, dependendo do produto metalúrgico de onde
o corpo de prova foi retirado. O ensaio de tração fornece uma repetibilidade de
resultados bastante boa, sendo desta forma um ensaio usado para testar a uniformidade
de produção de um material. Outra possibilidade é o uso do ensaio de tração para
levantar dados característicos do material, fundamentais para a análise do seu
comportamento mecânico.
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Onde:
onde:
O ensaio de tração relvela duas fases distintas: a elastica e a plastica. Na fase elastica
um dos prinncipais parâmetros que o ensaio de tração permite revelar é o modulo de
elasticidade do material.
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3.2. Linearidade física e Lei de Hooke
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FIGURA 3 - ENSAIO UNIAXIAL DE TRACÇÃO
Limite de linearidade: corresponde à tensão ao nível em que a recta inicial passa a ter
forma de uma curva. Ao declive da recta inicial atribuiu-se um significado particular
definido como:
tan = E
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ou
Um material mais rígido tem este modulo maisr, o que significa que para mesma
deformação sobre de maiores tensões.
As análises lineares são as mais simples, no entanto abrangem uma gama de cálculos
suficientemente detalhados para dimensionamento de estruturas. As análises lineares
têm uma grande vantagem relativamente às não‐lineares, que é a validade de princípio
de sobreposição. Às vezes, devido à grande utilidade deste princípio, admitem‐se
pressupostos de tal maneira para se assegurar a linearidade do problema, com o
objectivo de usufruir do princípio de sobreposição. No caso de não‐linearidade que é
impossível evitar, admitem‐se coeficientes correctivos no dimensionamento estrutural
para se manter aproximadamente a validade do princípio de sobreposição.
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3.3.Constantes Elásticas
No caso do módulo secante inicial, um nível é suficiente porque o outro representa nível
zero. Estas dependências implicam, que o módulo de Young em análise fisicamente
não‐linear depende do estado de tensão (ou de deformação) actual.
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chamado efeito de Poisson, foi estabelecido muito mais tarde que a Lei de Hooke.
Efeito de Poisson é definido como o facto que durante a aplicação de carga numa
direcção, as dimensões nas direcções transversais (perpendiculares à direcção da carga
aplicada) também sofrem alterações. Seria de esperar que aplicando uma tracção, as
dimensões na direcção da carga aplicada aumentam e nas direcções transversais
diminuam. Na aplicação de carga de compressão, os efeitos são opostos. Para se poder
quantificar este efeito, introduz‐se o número ou o coeficiente de Poisson, que se define
como razão entre a extensão na direcção transversal à carga e a extensão na direcção da
força aplicada, juntando ainda o sinal negativo. Ou seja
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FIGURA 6 - DEFORMAÇÃO UNIFORME AO LONGO DE TODO O COMRPIMENTO UTIL
Principais informações obtidas a partir de um diagrama tensão deformação
convencional.
A forma e a magnitude da curva tensão-deformação de um material depende, dentre
outros fatores, da sua composição química, dos tratamentos termo-mecânicos, da
temperatura de operação e do estado de tensões imposto durante o teste. O teste de
tração é bastante usado para fornecer informações básicas a respeito da resistência do
material para projeto e é um teste aceitável para a especificação de materiais. A curva
tensãodeformação de engenharia é obtida a partir da medida da carga e da elongação e
os pontos característicos, da curva da figura acima, são:
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Os parâmetros que são usados para descrever a curva tensão deformação, que procuram
caracterizar as propriedades de resistência do material e as propriedades de ductilidade,
são, basicamente:
4. COMPORTAMENTO ELÁSTICO:
❖
- Limite de proporcionalidade: é a maior tensão em que existe proporcionalidade
direta entre as tensões e as deformações. É o valor em que inicia o desvio do
relacionamento linear no diagrama tensão deformação.
❖ - Limite elástico: é a maior tensão que o material pode suportar sem que exista
alguma deformação plástica que se possa medir macroscopicamente, após a
completa remoção da carga.
❖ - Limite de escoamento: É a tensão requerida para produzir uma deformação
plástica especificada, usualmente de 0,2%, quando o material não apresentar um
patamar de escoamento.
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FIGURA 7 - GRAFICO ILUSTRATIVO
Possíveis critérios de definição para a tensão limite de escoamento. A tensão σ 1 fica
definida pelo critério do módulo tangente, a tensão σ 2 pela deformação plástica e 2 e σ
3 pela deformação total do valor e 3.
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6.DUTILIDADE
- Quanto que o material pode ser deformado plasticamente sem que ocorra fratura, para
operações de conformação tais como laminação, extrusão e estampagem;
ef = ( f - 0 ) / 0
ϕ=(A0-Af)/A0
7.MÓDULO DE ELASTICIDADE
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valor com o aumento da temperatura. Para altas temperaturas o módulo de elasticidade
deve ser medido por métodos dinâmicos.
8.RESILIÊNCIA
A habilidade de um material absorver energia quando deformado elasticamente e
retornar, quando descarregado, às dimensões originais, é denominada de resiliência. Ela
é dada usualmente pelo módulo de resiliência, que é a energia de deformação por
unidade de volume requerida para as tensões variarem de zero até a tensão limite de
escoamento σ E.
U0 = 0,5 σ x . ε x
Ur = 0,5 σ E . ε E
Ur = 0,5 σ E2 / E
Esta equação indica que o material adequado para absorver a energia de deformação, em
condições que o elemento estrutural não pode permanecer com distorções permanentes,
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tais como molas e peças de mecanismos de precisão, é aquele que possui uma alta
tensão de escoamento e baixo módulo de elasticidade. A Tabela abaixo fornece alguns
valores de módulos de resiliência para diferentes materiais.
9.TENACIDADE
Esta área é a representação de quanto trabalho por unidade de volume o material pode
absorver sem romper. A figura logo a seguir mostra curvas tensão-deformação para
materiais de alta e baixa
tenacidade. O aço mola tem tensão limite de escoamento mais alta que um aço
estrutural, porém este é mais dútil e tem elongação maior, logo a área sob a curva do
aço estrutural é maior, o que implica em maior tenacidade. Para materiais dúteis, que
possuem um diagrama tensãodeformação semelhante ao do aço estrutural, a área sob a
curva pode ser aproximada por uma das seguintes equações:
Ut = σR ef
Ut = σL ef
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Onde σL é a chamada tensão limite, definida como a média aritmética entre a tensão
limite de escoamento e a tensão limite de resistência.
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Curvas tensão-deformação segundo modelos normalmente usados para uma análise
plástica.
Para um material idealizado como elástico ideal é lógico que o modelo deverá ser usado
dentro dos limites do comportamento elástico do material real. Para uma análise
plástica, os modelos mais simples para idealizar a curva tensão-deformação do material,
são o de um material elasto-plástico ideal e o de um material rígido-plástico. Este último
é uma simplificação do primeiro, aplicável quando temos elevados níveis de
deformação plástica, de modo que seja possível desprezar a parcela elástica da
deformação. A idealização do material como tendo um encruamento linear já é uma
melhor aproximação para os materiais reais, que apresentam encruamento, do que a de
um material elasto-plástico ideal. No caso de muitos materiais metálicos a curva tensão-
deformação fica caracterizada por um comportamento chamado de encruamento
potencial, expresso pela equação abaixo:
σ = k εn
Onde:
n - expoente do encruamento
k - Coeficiente de resistência
σ - tensão real
ε - deformação real.
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Diagrama tensão-deformação para um material com encruamento potencial, em escalas
logarítmicas.
11.ENSAIOS DE IMPACTO
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Existem materiais intrinsecamente frágeis, como por exemplo o ferro fundido, pois em
aplicações práticas sempre rompem de um modo frágil. Existem outros metais que
podem apresentar uma ruptura dúctil ou frágil quando em serviço. Dentre estes, os aços
ferríticos são os mais importantes e possuem um comportamento muito variável quanto
à forma de fratura, dependendo de muitos fatores. Assim, um aço de baixo carbono,
normalizado, é dútil sob a ação de um carregamento uniaxial, como no ensaio de tração.
Este mesmo aço torna-se frágil quando na presença de entalhes, baixas temperaturas,
sob impacto ou ainda sob um estado triaxial de tensão. Para outros materiais, em
especial os com estrutura cristalina cúbica de face centrada, como os aços austeníticos,
o comportamento à fratura pode ser previsto a partir das propriedades de tração. Se for
frágil no ensaio de tração, será frágil com entalhe, e se for dútil no ensaio, também será
dútil com um entalhe, exceto no caso de entalhes muito agudos ou profundos. Mesmo
baixas temperaturas não alteram este comportamento.
Assim, uma fratura dútil é caracterizada por uma grande absorção de energia, o que se
traduz em uma tenacidade elevada. Uma fratura frágil possui uma baixa absorção de
energia e logo baixa tenacidade.
Em alguns casos a tenacidade pode ser facilmente obtida, como por exemplo em uma
barra de seção uniforme tracionada. A tenacidade é fornecida pela área sob a curva
tensão-deformação, que representa a energia absorvida por unidade de volume da barra.
Infelizmente a tenacidade volumétrica, medida desta maneira, não se correlaciona com a
resistência à fratura em serviço. Isto ocorre porque no ensaio de tração grande parte da
energia consumida é utilizada para colocar o material em condições de iniciar a ruptura,
ou seja, em um nível de deformações plásticas suficiente para iniciar o processo de
ruptura.
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Curva típica CV versus temperatura, para aços carbono e baixa liga.
No caso de uma ruptura em serviço, temos uma falha que geralmente inicia a partir de
um defeito pré-existente, o que nos corpos de prova de tração não ocorre. Assim, é
necessário distinguir entre a tenacidade volumétrica, medida no ensaio de tração, e a
tenacidade superficial, medida como a energia consumida no aumento da área rompida,
pela propagação da fissura, a partir do defeito inicial. Esta tenacidade é denominada de
tenacidade à fratura. Em aplicações práticas esta última é que tem importância. A
tenacidade volumétrica é de interesse em situações onde é necessário estimar a
capacidade de absorção de energia por uma estrutura homogênea. A tenacidade à fratura
é fundamental para a análise ou previsão de falhas.
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Curva típica força versus tempo no ensaio Charpy.
12.ENSAIO CHARPY
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A aplicação da carga de impacto é feita por um pêndulo que é deixado cair e, após a
ruptura do corpo de prova, é determinada a energia absorvida na fratura do material.
Esta energia, em Joules [J], é a medida da tenacidade Charpy do material. Os ensaios
são feitos a diversas temperaturas para o corpo de prova e assim é obtida a influência
desta sobre a tenacidade do material ensaiado. Para os materiais fragilizáveis existe uma
faixa de temperatura em que ocorre a transição no modo de fratura. Esta transição é
detectada por uma queda brusca na tenacidade, ou seja, o material passa a romper de um
modo predominantemente frágil. A figura abaixo mostra uma curva da tenacidade
contra a temperatura para um aço de baixa liga. Deve-se observar que a tenacidade
medida pelo ensaio Charpy é distinta da tenacidade volumétrica, medida pelo ensaio de
tração, bem como é distinta da tenacidade superficial, medida pelos ensaios de KIC.
Existem ao menos três métodos para avaliar o grau de fragilização que o material sofre,
a uma dada temperatura de ensaio. A energia consumida na ruptura, conforme já citado,
é um deles. A aparência da fratura fornece meios para avaliar a tenacidade do material,
pois quanto maior a área que rompeu por clivagem, menor a energia absorvida na
ruptura do corpo de prova, visto que a fratura dutilabsorve muito mais energia por
unidade de área. Assim, a inspeção do aspecto da superfície rompida fornece
informações relevantes.
Finalmente, a deformação plástica decorrente da fratura dútil provoca uma contração
lateral na zona de entalhe, que fica tracionada, e uma expansão lateral no lado oposto,
onde o material fica comprimido.
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Aspecto de seção rompida do corpo de prova Charpy, indicando as diferentes regiões da
superfície rompida e a deformação lateral de contração junto ao entalhe e de espansão
no topo do corpo de prova.
Não existem apenas estes métodos para medir o efeito de fragilização do material por
efeito da temperatura, mas, em geral, a transição dúctil frágil baseada em um único tipo
de medida não é suficientemente abrupta de forma a definir claramente uma temperatura
específica. Por esta razão foram propostos vários critérios para definir o valor da
temperatura de transição, seja pela energia absorvida, seja pela aparência da ruptura.
Alguns destes critérios estão descritos a seguir.
13.FLUÊNCIA
A fluência é a deformação plástica que ocorre num material, sob tensão constante ou
quase constante, em função do tempo (tempo em geral muito grande). A temperatura
tem um papel importantíssimo nesse fenômeno.
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Os ensaios que analisamos anteriormente são feitos num curto espaço de tempo, isto é,
os corpos de prova ou peças são submetidos a um determinado esforço por alguns
segundos ou, no máximo, minutos. Porém, nas condições reais de uso, os produtos
sofrem solicitações diversas por longos períodos de tempo.
14.FADIGA
Todos dos materiais são anisotrópicos e não homogêneos. Metais de engenharia são
compostos por agregados de pequenos grãos de cristal. Dentro de cada grão a estrutura
também é anisotrópica devido aos planos do cristal e se a fronteira do grão é fechada, a
orientação destes planos muda. Estas não homogeneidades existem não somente pela
estrutura de grãos, mas também por causa de inclusões de outros materiais. Como
resultado da não homogeneidade tem-se uma distribuição de tensões não uniforme.
Regiões da microestrutura onde os níveis de tensão são altos normalmente são os pontos
onde o dano de fatiga se inicia.
Para metais dúcteis de engenharia, grãos de cristal que possuem uma orientação
desfavorável relativa ao carregamento aplicado desenvolvem primeiro 'slip bands' (são
regiões onde há intensa deformação devido ao movimento entre os planos do cristal.
Materiais com alguma limitação de ductibilidade como são os metais de alta resistência,
o dano microestrutural é menos espalhado tendendo a ser concentrado nos defeitos no
material. Uma pequena trinca desenvolve-se a partir de uma lacuna, inclusão, 'slip
band', contorno do grão. Esta trinca cresce então num plano geralmente normal à tensão
de tração até causar uma falha, algumas vezes juntando-se com outras trincas durante o
processo.
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Assim, o processo em materiais com ductibilidade limitada é caracterizada pela
propagação de poucos efeitos, em contraste com danos intensificados mais espalhados
que ocorrem em materiais altamente dúcteis. Em materiais de fibra composta, a fadiga é
geralmente caracterizada pelo crescimento de trincas e de laminações espalhadas
desenvolvendo acima de uma relativa área.
Quando a falha é dominada pelo crescimento da trinca, a fratura resultante, quando vista
macroscopicamente, geralmente exibe uma superfície polida próximo à área em que se
originou. Superfícies rugosas normalmente indicam um crescimento mais rápido da
trinca. Linhas curvas concêntricas à origem da trinca são frequentemente vistas e
marcam o progresso da trinca em vários estágios. Após a trinca ter caminhado um
determinado comprimento a falha poderá ser dúctil (envolvendo grandes
deslocamentos) ou frágil (pequenos deslocamentos).
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15. Considerações Finais
Uma das características mais importantes dos materiais no estado solido e a capacidade
dos mesmos em resistir ou transmitir tensões. A resposta desses materiais sob tensão
esta intimamente relacionada com a propriedade do material em deformar elasticamente
ou plasticamente.
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16. Referências Bibliográficas
Introdução à Resistência dos Materiais. Harper & Row do Brasil. TIMOSHENKO, S.P.
e GERE, J.E. (1983).
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