Você está na página 1de 39

Elementos de Máquinas

Acoplamentos, Chavetas e Estrias

Prof. Osvaldo Abadia de Carvalho Filho


Acoplamentos
 Uma ampla variedade de acoplamentos de eixo
está disponível comercialmente, variando desde
acoplamentos rígidos com chavetas até projetos
elaborados que usam engrenagens, elastômeros
ou fluidos para transmitir o torque de um eixo a
outro eixo ou a outro dispositivo na presença de
vários tipos de desalinhamento. Os acoplamentos
podem ser divididos em termos gerais em duas
categorias:
 Rígidos
 Complacentes.
Acoplamentos Rígidos
 Acoplamentos parafusados
 Acoplamentos com chavetas
 Acoplamentos esgastados
Acoplamentos Complacentes
 Tipos de desalinhamentos de eixos:
Acoplamentos Complacentes
 Acoplamentos de mandíbula e disco flexível
Acoplamentos Complacentes
 Acoplamentos de engrenagem e espiral
Acoplamentos Complacentes
 Acoplamentos de elo e junta universal
Acoplamentos Complacentes
Seleção de Acoplamento
 1 - Levantar informações dos dados da aplicação
(Potência, Rotação e Aplicação).
 2 - Calcular o torque que será transmitido
 3 - Escolher a linha/tipo do acoplamento
desejado.
 4 - Selecionar o tamanho do acoplamento de
acordo com o torque calculado, analisando
diâmetros dos eixos dos equipamentos.
Seleção de Acoplamento
 5 - Seleção Final:Compare a rotação (rpm), furo
máximo, GAP e dimensões do acoplamento
selecionado. Os Fatores de Serviço são apenas
uma orientação, baseada na experiência e na
razão entre o torque do acoplamento e as
características do sistema. As características do
sistema são melhor mensuradas com um
medidor de torque.
Exemplo 1
Chavetas
 Largura (b) e altura (h) são padronizados de
acordo com o diâmetro do eixo.
 O dimensionamento consiste em determinar o
comprimento e o número necessário de chavetas.
 O comprimento da chaveta deve ser inferior a 2
vezes o diâmetro do eixo.
 Usar fator de segurança:
 Torque uniforme = 1,5
 Torque flutuante = 2,5
Chavetas
Para garantir a transmissão de movimento é
preciso evitar o deslizamento do eixo do motor
dentro do furo da polia ou da roda.

Existem varias alternativas para garantir a conexão


da polia com o eixo.

Evitar a forma circular


(Construção difícil)

Peso da Máquina
Força do Motor
União com rosca
Utilizar uma polia com cubo (Rosca esquerda ou direita
e pino de trava de acordo com o sentido da
(Enfraquece o eixo) rotação)

A solução mais prática é a utilização de chavetas.


slide 16 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.
Chaveta

Rasgo de chaveta

slide 17 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.


Tipos de chavetas Chaveta Redonda

Chaveta Plana ou Embutida

Chaveta Meia Lua


(WOODRUFF)

Inclinação
Chaveta de Cunha
de 1:100

Chaveta de Cabeça

As dimensões das chavetas são calculadas em


função dos esforços à que estão submetidas.
Existem tabelas de dimensões das chavetas dadas em função do diâmetro do eixo.
slide 18 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.
Tipos de chavetas

slide 19 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.


Tipos de chavetas

slide 20 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.


Tipos de chavetas

Tolerâncias para chavetas

slide 21 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.


Normas para Chavetas

slide 22 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.


Dimensionamento da Chaveta

slide 23 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.


slide 24 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.
Exemplo 2
Estrias
 Um eixo estriado na verdade é um conjunto de
várias chavetas, que se encaixa num cubo
também ranhurado.
 São manufaturadas no próprio eixo sem
necessidade de rasgos
 Os rasgos nos eixos reduzem a capacidade do
eixo de transmitir potência.
 Permitem um movimento relativo entre o cubo e o
eixo.
Estrias
 Um eixo estriado na verdade é um conjunto de
várias chavetas, que se encaixa num cubo
também ranhurado.
 São manufaturadas no próprio eixo sem
necessidade de rasgos
 Os rasgos nos eixos reduzem a capacidade do
eixo de transmitir potência.
 Permitem um movimento relativo entre o cubo e o
eixo.
Estrias
 Sistema sincronizador de uma caixa de mudanças
veicular
Estrias
São utilizadas para transmissão de grandes
esforços e também em acoplamentos que
necessitam de movimento axial.

Eixo Estriado

Furo Estriado

Os acoplamentos estriados também são normalizados e são fabricados utilizando fresas ou brochadeiras,
sendo muito aplicados na construção de máquinas, veículos e equipamentos indústrias.

slide 29 © 2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.


Elementos de União
Elementos de União
Estrias com perfil de lados paralelos
Exemplo 3
A transmissão representada na figura é movida por um motor elétrico, assíncrono, de
indução, trifásico, com potência P= 3,7 kW e rotação n= 1140 rpm. Dimensionar o diâmetro
da árvore 2, sabendo-se que a árvore é maciça e o material utilizado possui Sut = 700 Mpa,
Sy = 630 Mpa e o fator de projeto é 1,8 , com as engrenagens estriadas no eixo.
Dimensionar o comprimento das estrias com perfil de lados paralelos (Norma DIN abaixo).
As engrenagens são cilíndricas (ECDR) e possuem as seguintes características
geométricas:
Z1= 23, Z2=49, Z3=28, Z4= 47, m= 2,5 mm e ângulo de pressão 20º.
Referências

 NORTON, Robert L. Projeto de máquinas uma abordagem


integrada. 2. Porto Alegre Bookman 2011 ISBN
9788560031313.
 SHIGLEY, J. E., Mischke, C.R. e Budynas, R.G., Projeto de
Engenharia Mecânica, Bookman, Porto Alegre, 7a Ed.,
2005.
 RIBEIRO, Claudia Pimentel Bueno do Valle;
PAPAZOGLOU, Rosarita Steil. Desenho técnico para
engenharias. Curitiba: Juruá, 2008. 196 p. ISBN
9788536216799
 Notas de Aulas Elementos de Máquinas – Prof. Alysson
Vieira – PUCMinas
 Notas de Aulas Elementos de Máquinas – Prof. Claysson
Vimieiro – PUCMinas
38
Próxima Aula: Leituras Sugeridas

 Transmissão por Correias


 Referência Bibliográfica:
• SHIGLEY, J. E., Mischke, C.R. e Budynas, R.G.,
Projeto de Engenharia Mecânica, Bookman, Porto
Alegre, 7a Ed., 2005.
• MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. 9.
ed. rev. São Paulo: Erica, 2009. 376 p. ISBN
9788571947030

39

Você também pode gostar