Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
º 2
1 INTRODUÇÃO
𝑑𝑉
Introduzindo a constante de proporcionalidade tem-se, 𝜏 = 𝜇 𝑑𝑌 , sendo 𝜇 o coeficiente de
𝑚² 𝑐𝑚² 𝑓𝑡²
[ ] ; [ = 𝑠𝑡𝑜𝑘𝑒] ; [ ]
𝑠 𝑠 𝑠
1.2 Viscosímetros
Viscosímetros são dispositivos utilizados para medir a viscosidade de fluidos. Eles são
divididos em dois grupos: primários e secundários.
a) Viscosímetro rotativo:
A Figura 2 apresenta três modelos de viscosímetros rotativos: o de disco, de cone-disco e de
cilindro rotativo. O símbolo Ω refere-se a rotação aplicada e T ao torque medido, que resulta da tensão
oriunda da deformação do fluido.
Figura 2: viscosímetros primários rotativos.
b) Viscosímetro de Brookfield
A figura 3 apresenta dois modelos de viscosímetros do tipo Brookfield, muito utilizados pela
facilidade de manuseio. Cada modelo é apropriado para medir a viscosidade de fluidos em uma
faixa específica, sendo os de menor diâmetro para as maiores viscosidades e os de maior diâmetro
para as menores viscosidades.
Para esse grupo, os viscosímetros inferem a razão entre a tensão aplicada e a taxa de
deformação por meios indiretos, isto é, sem medir a tensão e deformação diretamente. Nessa
categoria, como exemplo, pode-se citar o viscosímetro capilar onde a viscosidade é obtida por meio
da medida do gradiente de pressão, os viscosímetros de Saybolt, Redwood, Engler (viscosidade
relacionada com o tempo de escoamento) e o de Stokes onde a viscosidade é medida pelo tempo
de queda de uma esfera em um meio fluido, cujo experimento é foco dessa aula. A seguir, são
apresentados alguns exemplos de viscosímetros utilizados na indústria:
a) Viscosímetro capilar
No viscosímetro capilar, figura 04, a viscosidade é determinada através da medida do
gradiente de pressão de um escoamento laminar em um tubo.
b) Viscosímetro de Saybolt
O viscosímetro de Saybolt é um dos dispositivos utilizados para obter a viscosidade de
um fluido através da medição do tempo em segundos que 60 cm 3 deste fluido leva para atravessar
um orifício calibrado em uma temperatura que varia entre 100 º F (37,8 º C) a 210 º F (98,9 º C).
Existem dois tipos de viscosímetros tipo Saybolt, o Universal (SSU) utilizado para fluidos mais
leves e o Furol (SSF) utilizado para fluidos mais pesados, onde o tempo para atravessar o orifício é
superior a 250 segundos que o Saybolt Universal. Os dois viscosímetros diferem apenas no
diâmetro dos orifícios calibrados.
A Figura 5 apresenta um modelo de Viscosímetro Saybolt Universal (modelo a) e um
modelo de viscosímetro Saybolt Furol ou Saybolt Universal para 2 ou 4 provas, (modelo b),
com controle eletrônico digital da temperatura do banho, volume de óleo 5.000 ml e display
digital. Os valores das viscosidades são apresentados seguidos das siglas SSU (Segundo, Saybolt,
Universal) ou SSF (Segundo Saybolt, Furol).
Figura 5: viscosímetros de Saybolt
c) Viscosímetro de Redwood
d) Viscosímetro de Engler
O viscosímetro Engler, Figura 7, também tem o mesmo princípio do Saybolt. Nele, são
utilizados 200 cm3 de fluido e o tempo que leva para escorrer, medido em segundos e
convertido em graus Engler (ºE). A conversão é feita dividindo- se o valor do tempo medido
para o fluido cuja viscosidade está sendo determinada, pelo tempo gasto para escoar um igual
volume de água nas mesmas condições, a uma determinada temperatura.
Figura 7: viscosímetros tipo Engler
e) Viscosímetro Hoppler
O Viscosímetro de Hoppler, Figura 7, utiliza a lei de Stokes (queda da esfera no meio
líquido) para determinar a viscosidade. Consiste de dois cilindros concêntricos. Dentro do
cilindro menor encontra-se o fluido em análise e a esfera. Nele existem marcas para determinar a
distância percorrida pela esfera emumdeterminado tempo. Entre o cilindro maior e o menor é colocada
uma corrente de água contínua provinda de um banho termostático para controle de temperatura.
O aparelho possui liberdade de rotação em torno do eixo que o prende à haste, para inverter o
sentido de queda da esfera e fazê-la retornar ao ponto de partida.
Como informação, tem-se a tabela 1 que apresenta os padrões dos viscosímetros secundários
Saybolt, Redwood e Engler:
Tabela 1: Padrão dos viscosímetros
De maneira geral os óleos lubrificantes são classificados pelas três normas: API - American
Petroleum Institute, a ASTM - American Society for Testing and Materials e a SAE - Society of
Automotive enginineers .
A classificação dos óleos pela API foi feita juntamente com a ASTM definindo as
especificações conforme níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender. Essas
especificações funcionam para o consumidor como um guia para a escolha do óleo de acordo
com o tipo de aplicação. Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SJ, SH, SG,
etc.. O "S" desta sigla significa Service Station, e a outra letra define o desempenho. O primeiro
nível foi o API SA, obsoleto há muito tempo, consistindo em um óleo mineral puro, sem qualquer
aditivação. Com a evolução dos motores, os óleos sofreram modificações, através da introdução
de aditivos, para atender às exigências dos fabricantes dos motores no que se refere à proteção
contra desgaste e corrosão, redução de emissões de gases, formação de depósitos de borra, etc..
Atualmente, o nível API SL é o mais avançado. No caso de motores diesel, a classificação é API
CI-4, CG-4, CF-4, CF, CE, etc. O "C" significa Comercial. A API classifica ainda óleos para
motores de dois tempos e óleos para transmissão e engrenagens.
A classificação dada pela SAE identifica o lubrificante conforme a necessidade e o tipo de
óleo é identificado através de um número. Os óleos são divididos em dois grupos, conforme
temperatura de trabalho, sendo um o grau verão e o outro o grau inverno. Podem também ser do
tipo monoviscoso (são instáveis quanto à variação de temperatura) ou do tipo multiviscoso (a
viscosidade do óleo não a se aumentar a temperatura. O que altera é o comportamento
intramolecular do óleo, pois, há maior força de coesão entre as moléculas, fazendo com que seu
comportamento seja semelhante ao de um óleo de maior viscosidade). Exemplos:
O óleo do tipo 20W40, por exemplo, que é utilizado em um motor de combustão interna, tem
um comportamento semelhante ao óleo 20 na partida a frio e semelhante ao 50 no funcionamento a
quente. A letra "W" vem do inglês "winter" que significa inverno.
Segundo Stokes, sempre que um fluido escoa por uma esfera em repouso, ou quando a
esfera se move através de um fluido em repouso, ela está sujeita à ação de uma força resistente
que pode ser determinada através da expressão:
𝐹𝑅 = 6𝜋𝜇𝑅𝑉 (1)
A lei de Stokes pode ser utilizada em diversas situações na engenharia como no cálculo de
sistemas particulados como ciclones, em linhas de sistemas hidráulicos e pneumáticos,
determinação do tamanho de partículas para sistemas de tratamento de água e esgoto, para
determinação da viscosidade de fluidos e outros. No caso da viscosidade, a aplicação da lei de
Stokes é feita através de um experimento, onde uma esfera cai verticalmente no interior de um tubo
que contém um líquido. Identificando as forças que atuam sobre a esfera tem-se:
∑ 𝐹 = 𝐹𝑅 + 𝐸 − 𝑃 = 0 (5)
𝑚𝑔−𝛾∀
𝜇= (7)
6𝜋𝑅𝑉
𝑉𝐷
𝑅𝑒 = (7)
𝜐
b) Esse processo para a determinação da viscosidade de fluidos pode ser também aplicado
em líquidos e gases, em tubos fechados, utilizando esferas especiais fornecidas pelo fabricante do
viscosímetro e inclusive para valores diversos da temperatura e da pressão.
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARA OBTENÇÃO DA VISCOSIDADE DOS
TRÊS FLUIDOS: GLICERINA, ÓLEO DE MAMONA E ÓLEO SAE30
𝒏 𝟐
𝝏𝒇
𝝈 = √∑ ( (𝝈 ))
𝝏𝒙𝒊 𝒊
𝒊
∑𝒏𝒊 𝒙𝒊
̅=
𝒙
𝒏
∑𝒏𝒊(𝒙𝒊 − 𝒙
̅ )𝟐
𝝈 𝟐 (𝒙 𝒊 ) =
𝒏−𝟏
Esta estimativa da variância e sua raiz quadrada positiva 𝝈, denominada desvio padrão
experimental, caracteriza a variabilidade dos valores 𝒙𝒊 observados ou, mais especificamente,
̅.
sua dispersão em torno de sua média 𝒙
𝝈 𝟐 (𝒙 𝒊 )
𝝈𝟐 (𝒙̅𝒊 ) =
𝒏
Para uma estimativa xi de uma grandeza de entrada 𝝁 que não tenha sido obtida através
de observações repetidas, a variância estimada associada 𝝈𝟐 (𝒙𝒊 ) ou a incerteza padrão 𝝈(𝒙𝒊 ) é
avaliada por julgamento científico, baseando-se em todas as informações disponíveis sobre a
possível variabilidade de 𝝁. O conjunto de informações pode incluir:
Se a diferença entre os limites, a- até a+, é designada por 2a, então a equação torna-se:
𝒂𝟐
𝒖 𝟐 (𝒙 𝒊 ) =
𝟑
Figura 12: Avaliação da incerteza padrão de uma grandeza de entrada a partir de uma
distribuição retangular
Exemplo: Para determinar a velocidade de um bloco deslizando sobre uma mesa sem atrito, foi
medido o tempo necessário para ele percorrer a distância de 1,00 ± 0,01 m. As seguintes
medições foram obtidas com um cronômetro cuja resolução é de 0,01 segundos. Determine a
incerteza da velocidade.
Medição 1 2 3 4
Tempo (s) 2,20 2,70 2,50 2,60
𝒂 𝟎,𝟎𝟏 𝒔/𝟐
𝒖𝑩 = = ≈ 𝟎, 𝟎𝟎𝟑 𝒔
√𝟑 √𝟑
A incerteza do tipo A
(𝟐,𝟐𝟎+𝟐,𝟕𝟎+𝟐,𝟓𝟎+𝟐,𝟔𝟎) 𝒔
̅=
𝒙 = 𝟐, 𝟓𝟎 𝒔
𝟒
∑𝒏 ̅)𝟐
𝒊 (𝒙𝒊 −𝒙 [(𝟐,𝟐𝟎−𝟐,𝟓𝟎)𝟐 +(𝟐,𝟕𝟎−𝟐,𝟓𝟎)𝟐 +(𝟐,𝟓𝟎−𝟐,𝟓𝟎)𝟐 +(𝟐,𝟔𝟎−𝟐,𝟓𝟎)𝟐] 𝒔²
𝝈 𝟐 (𝒙 𝒊 ) = = = 𝟎, 𝟎𝟓 𝒔²
𝒏−𝟏 𝟒−𝟏
𝝈𝟐 (𝒙𝒊 ) 𝟎,𝟎𝟓 𝒔²
𝒖𝑨 = √ 𝒏
=√ 𝟒
≈ 𝟎, 𝟏𝟏 𝒔
A incerteza combinada
Propagando a incerteza do tempo para encontrar a incerteza da velocidade que pode ser
𝑑 1,00 𝑚
calculada ela expressão: 𝑉 = = = 0,40 𝑚/𝑠
𝑡 2,50 𝑠
𝝏𝒇 𝟐 𝝏𝑽 𝟐 𝝏𝑽 𝟐 𝒅 𝟐 𝟏 𝟐
𝝈𝑽 = √∑𝒏𝒊 (𝝏𝒙 ∙ 𝝈𝒊 ) = √( 𝝏𝒕 ∙ 𝝈𝒕 ) + (𝝏𝒅 ∙ 𝝈𝒅 ) = √(− 𝒕𝟐 ∙ 𝒖𝑪 𝒕 ) + ( 𝒕 ∙ 𝒖𝑪 𝒅 )
𝒊
𝟏,𝟎𝟎 𝒎 𝟐 𝟏 𝟐
𝝈𝑽 = √((𝟐,𝟓𝟎 𝒔)𝟐
∙ 𝟎, 𝟏𝟏 𝒔) + (𝟐,𝟓𝟎 𝒔 ∙ 𝟎, 𝟎𝟏 𝒎) ≈ 𝟎, 𝟎𝟐 𝒎/𝒔 (incerteza da
velocidade)
CAPA
Identificando a instituição, o curso, a disciplina, a prática, os autores, a localidade e o ano.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
Descrição introdutória da teoria contendo o princípio de funcionamento e limitações do
viscosímetro utilizado e a determinação da incerteza experimental.
1.1 Objetivo
Descrever os objetivos da prática.
3 CONCLUSÃO
Elaborar uma conclusão abordando os principais resultados do trabalho.
REFERÊNCIAS
Relacionar fontes consultadas para a elaboração do relatório.
Normalização da Puc Minas disponível em:
http://www.pucminas.br/documentos/orientacoes-abnt-apa-vancouver.pdf
5 FOTOS DA BANCADA DO LABORATÓRIO
5 . FOLHAS DE TESTE
Fluido Temperatura [°C] Densidade [kg/m³] Viscosidade teórica [Pa.s]