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Ensaios de dureza
Autores:
Margarida Pereira nº107237
Docentes:
Data:
3/2023
Índice
1. Objetivos........................................................................................................................................3
2. Introdução......................................................................................................................................4
2.1 Dureza de Shore.....................................................................................................................4
2.2 Dureza de Rockwell.................................................................................................................5
2.3 Dureza de Vickers...................................................................................................................5
3 Materiais e Métodos......................................................................................................................6
3.1 Materiais......................................................................................................................................6
3.2 Equipamentos utilizados...............................................................................................................6
3.3 Procedimento Experimental.........................................................................................................6
4 Tratamento e discussão dos resultados..........................................................................................7
5. Conclusões...................................................................................................................................10
6. Bibliografia....................................................................................................................................11
1. Objetivos
Este ensaio depende de fatores, como, por exemplo, o tempo. Esta condicionante deve-se ao
facto de, normalmente, existirem materiais com elevada capacidade de absorção de energia,
de resiliência, ou seja, materiais que se adaptam à deformação. Para um desempenho eficiente
deste tipo de ensaio, as amostras devem ter uma superfície plana e uma espessura de pelo
menos 6 mm.
O ensaio de dureza de Rockwell (HR) permite fazer uma medição direta da dureza, através da
aplicação de uma carga num identador. A dureza é obtida pela diferença entre a profundidade
de penetração resultante da aplicação de uma pequena carga, seguida por outra de maior
intensidade.
A realização deste ensaio é feita com macrodurómetros, equipamentos que, para além de ser
fáceis de usar, são automatizados, figura 2. O tipo de penetrador usado pelo macrodurómetro
determina o valor de pré-carga. Os valores de dureza são exibidos rapidamente na tela do
equipamento e, com base nesses valores, é escolhida a escala de dureza adequada.
O ensaio de dureza Vickers (HV) baseia-se na resistência do material quando é penetrado, isto
é, aplica-se de uma carga(P) através de um penetrador de diamante, com a forma de pirâmide
quadrangular com ângulos entre faces de 136º, que deforma o material. A partir dessa
deformação e através de um microscópio ótico mede-se as diagonais do quadrado obtido (d) e
P
calcula-se a dureza através de HV =1,854 2 (1).
d
A dureza de Vickers tem uma grande precisão devido à não deformação do penetrador e pode
ser determinada até em peças muito pequenas, no entanto tem algumas desvantagens, por
exemplo a superfície da peça precisava de estar polida, o equipamento tem altos custos e
também há a necessidade de um equipamento ótico.
3 Materiais e Métodos
3.1 Materiais
Teflon (PTFE)
Aço-carbono
Liga de alumínio
Alumina
O ensaio de Shore realizou-se através de uma amostra de Teflon (PTFE), usando a escala
Shore D pois este é um polímero mais rígido. Inicialmente colocou-se a peça na base do
aparelho da marca CV instruments, representado na figura 1 e prensou-se com a agulha do
mesmo durante 3 segundos. Fez-se 5 indentações, ambas com uma carga de 4 kgf o que
originou pequenas indentações no material.
O método de Dureza Vickers utilizou-se em duas das amostras, na liga de alumínio e numa
peça de alumina. Neste ensaio colocou-se as amostras no mesmo durómetro utilizado para o
ensaio de Rockwell com um indentador do tipo C e aplica-se uma força de 30kgf no caso da
liga de alumínio e de 60 kgf para a peça de alumina. Fez-se 5 indentações para cada amostra
suficientemente afastadas para facilitar a sua distinção e evitar possíveis erros. Após isso
recorreu-se ao microscópio ótico com uma ampliação de 35x e uma escala de 500 μm para
observar as indentações realizadas. Por fim mediu-se as diagonais das impressões recorrendo
ao ImageJ e determinou-se a dureza de Vickers através da fórmula anteriormente indicada em
2.3 deste relatório.
Dureza de Shore
1 65
2 64.8
3 64,5 64.9 0.141421356
4 65,5
5 65,8
Os valores de dureza obtidos são ligeiramente superiores aos esperados, dado que os
intervalos de valores teóricos para o PTFE são entre os 55-60, para Shore D. Estes erros de
medição podem estar relacionados com o processamento do material.
Para conseguirmos apresentar um gráfico em função da dureza de vickers e tensão limite,
temos de utilizar uma escala para passarmos os valores de dureza de Shore D para Vickers.
Fazendo a conversão de escalas obtemos que HV=8±falta desvio em shore
Para o aço de carbono mediu-se a dureza de Rockwell na escala C. Os valores obtidos
encontram-se na tabela 2 abaixo representada.
Dureza de Rockwell
Amostras Dureza (HRB) Dureza média (HRB) Desvio padrão Escala
1 29
2 30.7
3 27 29.5 1.8 C
4 31.6
5 29.3
Segundo os resultados obtidos, podemos verificar que obtivemos valores ligeiramente abaixo
dos teóricos, pois os intervalos de valores de dureza para o aço de carbono nesta escala estão
entre 40-49 [2].
Como já referido anteriormente, temos de fazer a conversão de escalas para conseguirmos
obter um gráfico à posteriori. Fazendo a conversão, temos HV=285±156 [1].
Dureza de Vickers
Durez
Desvio
Indentaçã diâmetro 1 diâmetro 2 diâmetro médio Durez a
padrã
o (mm) (mm) (mm) a (HV) média
o
(HV)
1 0.876 0.843 0.860 75.3
2 0.860 0.834 0.847 77.5
3 0.838 0.829 0.834 80.1
77.6 1.9
A equação (1), apresentada em 2.3, serve para obter a dureza de Vickers do material, mas para
obter o desvio padrão utilizamos a equação (2).
S=
√
Σ(HV −HVn)2
n−1
(2)
HV=77.6±1.9
HV=1267.4±76.4
O valor do desvio padrão elevado para a alumina pode ser explicado pela elevada porosidade
da amostra em estudo, determinada pelo processo de produção da mesma e pelo simples facto
da superfície da peça não ter sido bem polida.
800
600
400
200
Aço de carbono
PTFE alumínio
0
0 100 200 300 400 500 600 700
σ (tensão limite elasticidade) [N/m^2]
Uma das mais importantes etapas no estudo dos materiais e controlo da qualidade dos
mesmos, é o teste da dureza. Este, permite perceber as deformações que o material irá sofrer
na superfície ao exercer contacto com outro.
Os dados obtidos neste teste são fundamentais para determinar a composição estrutural, o
tratamento térmico e a qualidade dos componentes adequados, para que o produto final esteja
de acordo com o esperado.
Os testes de dureza são extremamente importantes e úteis em aplicações industriais e também
na garantia de que os materiais escolhidos são os mais adequados para o trabalho projetado.
Em relação aos dados obtidos experimentalmente e discutidos anteriormente, conclui-se que
obtivemos valores de dureza de Shore D ligeiramente acima dos teóricos. Por outro lado, no
teste de dureza de Rockwell C, obtivemos uma boa eficiência nos resultados, isto deve-se ao
facto que neste método obtemos os valores de dureza diretamente do durómetro.
Embora tenhamos resultados de durezas em 3 diferentes escalas é possível compará-las ao
convertê-las para a escala de Vickers (HV). Assim, conseguimos produzir um gráfico e
podemos por fim analisá-lo.
Em suma, analisando o gráfico representado na figura 3, conclui-se que a alumina apresenta a
maior dureza dos 4 materiais estudados.
6. Bibliografia
[1] https://elearning.ua.pt/pluginfile.php/4741974/mod_resource/content/1/Introdu%C3%A7%C3%A3
o%20I%20-%20Ensaios%20de%20dureza.pdf
[2] http://www.plasmartecnologia.com.br/_data/imagens/imagens_imagem_33.pdf