Você está na página 1de 35

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA

FACULDADE DE ENGENHARIAS – FAE


DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE CIÊNCIAS DA TERRA – DEICT

CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

PROJECTO DE FRAGMENTAÇÃO DE ROCHAS

TEMA:
CÁLCULO DO PARÂMETRO DA PEGA DE FOGO NA MINA DE MPOPO

Luanda, 2023
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIAS – FAE
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE CIÊNCIAS DA TERRA – DEICT

CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

CÁLCULO DO PARÂMETRO DA PEGA DE FOGO NA


MINA DE MPOPO

Nome: Frederico Luciano Fernando


Nº41402
Turma: EMMK.4.1
Disciplina: Projecto de Fragmentação de Rochas
Ano: 4º
Docente: Yuneisy Guilarte Matos Ph.D

Trabalho de investigação da cadeira de


Fragmentação de Rocha apresentado ao
departamento de ensino e investigação de
ciências da terra como parte do
cumprimento da avaliação parcial do 1º
semestre P2, de 2023.

Luanda, 2023

DEDICATORIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus pela graça concedida de realizar esta
pesquisa, aos meus pais e educadores que desde a infância contribuíram para a
moldagem do meu ser, e aqueles que directa ou indirectamente deram o seu contributo
para a formação daquilo que hoje somos.

AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus pelo fôlego da vida e pela dádiva de acordar todos os
dias e se fazer presente na instituição, a todos aqueles que nos ajudaram primeiramente
aos nossos pais educadores pela força e incentivo que nos proporcionam e o professora
Yuneisy Guilarte Matos Ph.D pelo trabalho proposto

RESUMO
A presente dissertação aborda os cálculo do parâmetro da pega de fogo na mina de
mpopo, possíveis optimizações que poderão ser efectuadas durante o planeamento do
diagrama de fogo no desmonte a mina Subterrâneas.

As fases de perfuração, detonação, carga, transporte, e processo de britagem, conhecidas


pelo termo inglês “mine to mill”, têm um custo associado em função da granulometria
obtida no desmonte. Após a análise de estudos de caso, verificou-se que um
investimento na fase de desmonte para incremento do grau de fragmentação, reduzia
consideravelmente o custo global do projecto. Existindo a possibilidade de adoptar
modelos matemáticos que prevejam o volume e granulometria gerados pelo desmonte, a
presente dissertação ilustra a construção de um modelo matemático a partir da
ferramenta da Microsoft Excel Solver, que em função do volume, granulometria
pretendida, e velocidade de vibração máxima (PPV), gera a melhor geometria do
diagrama de fogo a adoptar com o menor custo associado.

PALAVRAS-CHAVE: Cálculos Custo/Beneficio, Desmonte, Diagrama de Fogo,


Explosivos, Mine to Mill, Optimização, PPV.

ÍNDICE
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
EPIGRAFE
RESUMO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
1.3 Objectivos................................................................................................................2
1.3.1 Objectivo geral......................................................................................................2
1.3.2 Objectivos específicos..........................................................................................2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................3
2.1 Perfuração de rochas................................................................................................3
2.1.1 Métodos de perfuração de rocha...........................................................................3
2.1.2 Perfuração rotopercussiva- Down the hole..........................................................3
2.1.3 Perfuração rotativa (broca tricônica)....................................................................4
2.3 Diâmetro de perfuração...........................................................................................4
2.3. Generalidades sobre o ouro.....................................................................................4
2.4. Conhecimento do potencial de ouro em Angola.....................................................6
2.5. Localização geográfica da área em estudo.............................................................7
3. Geologia da área em estudo.......................................................................................8
3.1. Geologia regional....................................................................................................8
3.2. Geologia local.........................................................................................................9
3.3. Mineralização do jazigo 40 A...............................................................................11
3.3.1 Avaliação do depósito.........................................................................................11
3.3.2. Base dos dados...................................................................................................11
4.LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS........................................12
CÁLCULOS DO PARÂMETRO DA PEDRA DE FOGO.........................................14
ANEXO.......................................................................................................................24
Anexo #7 (INFORMAÇÕES GERAIS)......................................................................26
CONCLUSÃO.............................................................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................28
INTRODUÇÃO
No presente projecto irei fazer os Calculo dos parâmetros da pega de fogo na mina
de Mpopo. O processo de perfuração e desmonte é uma técnica usualmente aplicada à
extracção de rochas em áreas competentes, nas quais os meios mecânicos não são
aplicáveis e/ou economicamente viáveis (ALONSO et. Al, 2013). O desmonte de rochas
é um processo que possui grande importância para a cadeia produtiva, sendo este
responsável pela fragmentação de blocos maciços de rocha para produzir blocos
menores, com o objectivo de atender a granulometria necessária para o transporte e
beneficiamento do minério, algo que não seria possível caso a rocha estivesse in situ
(DUARTE, 2014). De acordo com Morais (2004), a fragmentação proveniente do
desmonte afecta directamente os processos subsequentes da cadeia de produção, como o
carregamento, transporte, britagem e moagem, por isto, deve-se buscar o óptimo neste
processo para inferir melhorias no sistema como um todo.

Segundo Jimeno (2003), a perfuração é parte fundamental deste processo, e tem como
finalidade criar furos no maciço rochoso com geometria e distribuição adequadas para
posteriormente serem alojadas cargas de explosivos e acessórios de detonação. Dentro
do processo de perfuração existem algumas variáveis que são determinantes para
optimização de resultados e seguimento do material desmontado na cadeia
produtiva, das quais pode-se destacar a malha de perfuração, o diâmetro dos furos,
altura da bancada, entre outros. A razão de carga é variável dependente das anteriores, e
está directamente atrelada ao resultado do desmonte. Conhecer a geologia local e as
propriedades atuais do maciço rochoso do depósito mineral é de suma importância para
optimizar e adaptar o processo de perfuração às premissas atuais de uma mina a céu
aberto. Em maciços de rocha competente, o processo de perfuração é mais complexo e
demorado, já que a produtividade das perfuratrizes é reduzida e o desgaste em
ferramentas de perfuração é maior, o que pode vir a ser um ponto de atenção e
demandar algumas adequações nos parâmetros geométricos caso venham a ocorrer em
grandes proporções.

Este trabalho apresenta um estudo de caso desenvolvido na Mina de Mpopo, é


composto por revisão bibliográfica de conceitos básicos de perfuração e desmonte,
análise recente do histórico de desmonte, apresentação do processo de desmonte
praticado e estudos de melhorias.

1.3 Objectivos

1.3.1 Objectivo geral


Realizar estudos que permitam adequar conhecimento do Calculo dos parâmetros da
pega de fogo na mina de Mpopo, apresentar uma opção que seja economicamente viável
e represente uma mudança pouco agressiva aos padrões operacionais actualmente
praticados, visando evitar resultados indesejados no processo de desmonte que possam
gerar atrasos nos processos subsequentes da cadeia produtiva (Tais como a formação de
blocos, backbreak, impactos na produtividade da britagem).

1.3.2 Objectivos específicos


São objectivos específicos:

Estudar detalhadamente a malha utilizada para perfuração de itabirito compacto,


visando um aumento da qualidade no desmonte para esta litologia;

Definir um padrão de perfuração mais eficiente, considerando alterações nas malhas de


perfuração e diâmetro de perfuratrizes.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Perfuração de rochas
A perfuração de rochas, dentro do campo dos desmontes é a primeira operação a ser
realizada e tem como finalidade abrir furos no maciço rochoso segundo uma
distribuição e geometria adequada, com o intuito de alojar cargas de explosivos e
acessórios de iniciação (JIMENO, 2003).
A detonação destes explosivos fornece a energia necessária para a fragmentação do
maciço rochoso de interesse. As técnicas de perfuração são utilizadas em inúmeras
outras aplicações além dos desmontes da mineração, como sondagens, drenagem,
suporte, entre outros.

A perfuração de rochas vem evoluindo ao longo do tempo com o desenvolvimento de


novas tecnologias, e os métodos mais usuais actualmente se baseiam em sistemas
mecânicos à rotação e percussão. Existe uma relação intrínseca entre perfuração e
detonação, e pode- se afirmar com certeza que uma perfuração bem executada
possibilita um resultado satisfatório no processo de detonação (ALONSO et. Al, 2013).

2.1.1 Métodos de perfuração de rocha


Existem três principais métodos de perfuração de rochas para o desmonte aplicados à
mineração, cada um com suas particularidades e aplicabilidades, sendo eles:

Método rotopercussivo (Down the Hole,), perfuração rotativa com brocas tricônicas
(Roller Bit) e martelo de superfície (Top-Hammer, método rotopercussivo);

2.1.2 Perfuração rotopercussiva- Down the hole


A perfuração rotopercussiva possui dois sistemas de accionamento básicos: a rotação e
percussão. Estas duas forças são transmitidas através da haste para a coroa de
perfuração, e as ondas de choque causadas pelo pistão do martelo juntamente com a
rotação fornecida pelo motor são responsáveis por fragmentar a rocha, enquanto é feita
a limpeza do furo através de ar comprimido. Os martelos de fundo de furo foram criados
na década de 50 com o objectivo de aumentar a taxa de penetração em rochas de alta
compacidade.

2.1.3 Perfuração rotativa (broca tricônica)


Este método foi inicialmente desenvolvido para perfuração de petróleo, e actualmente é
também usado em furos para detonação em minas, perfuração de chaminés verticais de
ventilação e abertura de túneis. Esse método é recomendado em rochas de menor
compacidade/competência. Neste método de perfuração são usadas brocas tricônicas, e
a energia é transmitida pelo motor para a broca pela haste da perfuratriz, o que a faz que
girar e pressiona os botões contra a rocha, o que causa seu facturamento (SILVA, 2004).
2.3 Diâmetro de perfuração
Segundo Silva (2004), o diâmetro do furo depende da finalidade para o qual estará
destinado. No caso de furos para detonações, há vários factores que influem na escolha
do diâmetro, como, o tamanho desejado dos fragmentos pós detonação; o tipo de carga
explosiva a ser utilizado, a vibração proveniente da detonação admissível na área, entre
outros. Em minerações a céu aberto de maior porte, furos de grande diâmetro
apresentam menores custos de perfuração e detonação por m³ ou tonelada de rocha
escavada. Já em operações de menor porte, o tamanho do equipamento disponível para
perfuração, carregamento e transporte pode ser decisivo na escolha do melhor diâmetro
de furo.

De acordo com Torres (2005), o diâmetro de perfuração ideal pode ser calculado pelas
seguintes fórmulas:

2.3. Generalidades sobre o ouro


O ouro é um metal cujo símbolo químico é Au, possui um número atómico de 79,
valência de 1,3 e peso atómico 197. Em contacto com superfícies duras, pode arranhar e
perder seu lustro.

O ouro pode ser encontrado na forma relativamente pura na natureza, pela singularidade
das suas propriedades físico-químicas que facilitam o seu trabalho, tornou-se o mais
apreciado dos metais sendo muito utilizado desde a antiguidade em joalheria, e mais
recentemente na indústria e medicina. O seu uso principal é o monetário, funcionando
como moeda de troca.

Na indústria pela sua elevada condutibilidade eléctrica e resistência a agentes corrosivos


o ouro é empregado na indústria eléctrica e electrónica, no revestimento de circuitos
impressos, contactos, terminais e sistemas semi-condutores, adorno de peças
(aumentando a sua beleza e valor).
Películas muito finas de ouro, que reflectem mais de 98% da radiação infravermelha
incidente, são usadas em satélites artificiais para o controlo de temperatura e nos visores
de trajes espaciais e aeronaves como protecção. Da mesma forma, essas películas
aplicadas nas janelas dos grandes edifícios conferem maior beleza as fachadas. Também
é empregue para cobrir.

materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio electrónico.

Na joalheria, a sua cor fascinante, o seu brilho e a sua inalterabilidade fazem com que o
ouro seja considerado como símbolo de beleza, poder, nobreza, assim como meio de
expressão artística.

O ouro utilizado em joalheria pode apresentar colorações distintas em função da


natureza e da concentração dos diferentes metais com que se une formando ligas, com a
prata e cobre (ouro amarelo), com o níquel, paládio e platina (ouro branco). Esta união
em parte serve como objecto de endurecimento e para impedir que se perca a sua forma.

O mercado de ouro, integra o grupo dos chamados mercados de risco já que suas
cotações variam segundo a lei da oferta e da procura. No entanto, mais de metade da
produção mundial de ouro é absorvida pelos bancos centrais de todos os países para
reservas monetárias. (Nery & Silva, 2001).

2.4. Conhecimento do potencial de ouro em Angola


São conhecidas duas formas de ocorrência de ouro no país, nomeadamente primária e
secundária.

a) Ocorrências primárias

As zonas de M’Popo e Chipindo, ambas situadas na província da Huila, actualmente são


as únicas zonas conhecidas com forte potencial económico neste tipo de ocorrência.

Jazigo de Chipindo
Situa-se a 10 km para sul da localidade com o mesmo nome. A sua constituição
geológica apresenta mineralizações auríferas associadas aos veios de quartzo. Os veios
situam-se nas rochas do tecto do batólito dos granitos regionais que afloram nos flancos
leste e oeste do jazigo. O topo é constituído por rochas do proterozóico inferior,
representado por diferentes xistos e grés frequentemente silicificados.

 M’Popo

Situa-se a cerca de 24 quilómetros de Tchamutete (Kassinga-Jamba), nesta ocorrência


aurífera há indícios bastante significativos, fundamentalmente no jazigo 40A.

 Outras ocorrências auríferas primárias em Angola

A existência de ouro em filões de quartzo foi verificada nas proximidades das cidades
de Malanje, Uige, Namibe, bem como a montante do rio Zambeze e na província da
Lunda – Norte. Informações sobre os parâmetros da maior parte das mineralizações são
inexistentes. Há apenas referências sobre as áreas do alto Zambeze e Malanje, indicando
teor de ouro em filões de quartzo que de alguns g/ton. a 349 g/ton.

Mineralizações auríferas foram também detectadas nos jazigos de minérios de cobre e


polimetalicos do Tetelo, Cachoeiras e Menongue, onde o ouro aparece como mineral
acessório.

b) Ocorrências secundárias

 Jazigos de ocorrência aluvionar

No território de Angola foram definidas quatro (4) áreas favoráveis a ocorrência de ouro
aluvionar, Cabinda, Cassinga, Dondo e Namibe.

Na província de Cabinda, a mineralização aurífera localiza-se na bacia do rio Luali. No


curso médio deste rio, numa área de 3000km2, são conhecidas mais de cem (100)
ocorrências de ouro e um jazigo pequeno de Macende. A existência de ouro foi
verificada nos aluviões de vales actuais e nas cascalheiras dos terraços antigos do
Plistocénico inferior. Os teores médios do metal são de 0,4 a 1,12 g/m3. A exploração
de ouro aluvionar foi efectuada utilizando técnicas rudimentares e a produção obtida foi
cerca de 500 kg. (António & Kavaleca, 2006).
2.5. Localização geográfica da área em estudo
A área de M’Popo localiza-se na zona centro sul do planalto central angolano,
precisamente a cerca de 24 km a sudoeste de Tchamutete, município da Jamba,
Província da Huíla (figura 2.1).

Fonte: Miranda & Oliveiral (2009)


Figura 2.1 – Localização da área de M’Popo.
Geograficamente a área em estudo é limitada pelas coordenadas referenciadas na tabela
1, conforme a carta topográfica da região de M’Popo folha nº360 SD-33/V-II, escala
1:10.000.

3. Geologia da área em estudo


3.1. Geologia regional
A geologia da região do M’Popo, contígua ao rio colui, enquadrado aos seus afluentes
Caluviro-Candambala, Camene e Tondué, entre outros, foi objecto de diversos trabalhos
em escalas bem diferentes. Embora se constatassem discrepância do ponto de vista
cronolitoestratigráfico em algumas formações observadas no terreno, de acordo com os
mesmos trabalhos, foi possível elaborar um mapa geológico-tectónico, na escala
1/50000. Deste modo as rochas, supostas como as mais antigas da região em apreço, são
as metavulcânicas de natureza andesitico-dacitica e a sequência metasssedimentar, que
se lhe sobrepõe, em estrutura geralmente monoclinal.

Na área centro-leste de M’Popo, onde se situam as ocorrências auríferas, as rochas


graintoides ali presentes representam diversas litologias granitoides de composição
diferenciada, consequência de batólito intrusivo em tempos supostos do
MESOPROTEROZOICO (c. 1700-1.100M.a), a que se designou complexo granitoide
de M’Popo, supostamente polidiapirico.

Durante e após a consolidação do maciço granitoide plutónico de M’Popo, responsável


pela remobilização e/ou concentração das mineralizações em ouro e sulfuretos (pirite,
arsenopirite e calcopirite), ter-se-iam gerados os numerosos filões de quartzo,
mineralizados ou estéreis.

Os principais minerais formadores das rochas do complexo granitoide de plutónico de


M’Popo são: quartzo, feldspatos potássico, e moscovite. A serecite, clorite, calcite e
sulfuretos aparecem como minerais secundários. (GCL, 2008)

3.2. Geologia local


Os estudos geológicos realizados a nível local, foram feitos por meio de galerias e
trincheiras, revelam que o jazigo 40 A está inserida no seio de granitos mais ou menos
alterados. Estes granitos são parte integrante do complexo granitoide plutónico do
M’Popo que superficialmente encontra-se constituído por uma camada arenosa
proveniente da alteração das rochas granitoides que existem neste local.
A espessura desta camada de alteração é variável mas não deverá ultrapassar em média
os 8 – 10 metros. Trata-se de um saibro granítico com granulometria variando entre
finas e grosseiras, de cores geralmente amareladas e alaranjadas devido a presença de
óxidos de ferro.

Os estudos revelam ainda que nas trincheiras, onde esta capa de


alteração superficial não se apresentava muito desenvolvida, foi
possível observar granito em elevado estado de fracturação e
alteração, com cores esverdeadas, amareladas e acastanhadas.
Verificou-se também a presença de níveis de cascalho de quartzo,
de cor alaranjada, provavelmente oriundo da alteração e
desagregação dos filões e filonetes de quartzo, que cortam todo o
maciço granítico em questão e os quais em alguns locais, chegam
mesmo a aflorar.

Em termos de litologia em profundidade, a interpretação dos dados


referentes aos furos de sondagem (listados da tabela 2), permitem
concluir que de um modo geral está-se perante um corpo granítico
de grão geralmente grosseiro, quartzo - feldspático, de tons
variando entre o róseo e o verde, mais ou menos melanocratas, em
função do seu conteúdo mais ou menos rico em minerais máficos e
ferromagnesianos (e seus produtos de alteração), e o
amarelado/acastanhado em dependência do seu estado de alteração.
(GCL, 2008)

Na tabela 2.2 encontram-se resumidas as observações efectuadas


em profundidade no jazigo 40 A
3.3. Mineralização do jazigo 40 A
As mineralizações em sulfuretos e óxidos e/ou hidróxidos de ferro ocorrem dispersas
um pouco por todo o maciço granítico, sobretudo nas proximidades com as zonas
filoneanas e cisalhadas e também associadas aos próprios filões. Por conseguinte a
ocorrência filoneana mineralizada tem como direcção aproximada de 50° para NE e
mergulho do filão dá-se para NW, com inclinação sub-vertical.

As ocorrências auríferas para além de constituírem anomalias nos solos, estarão


disseminadas em profundidade nas mesmas condições que as anteriores mineralizações
(e/ou em associação com estas), havendo inclusive, dados sobre a sua ocorrência visível
e bastante concentrada em alguns pontos em profundidade.

3.3 Avaliação do depósito.


3.3.1. Base dos dados
A base dos dados deste projecto para a avaliação do depósito, teve como fonte o
relatório do GCL (Grupo de Consultores de Lisboa). Segundo o mesmo o cálculo das
reservas teve como base a recolha de informações sobre a campanha de abertura de
trincheiras, e para efeito utilizou-se o método do raio de influência de cada zona
amostrada do jazigo.

No entanto consideraram-se os sucessivos valores da amostragem efectuada, os quais


foram representados por meio de dois valores numéricos, respectivamente o teor em
ouro (expresso em g/t) e a espessura ou possança medida do filão (em metros).

De acordo com o método do raio de influência, essas características do filão (teor e


espessura) numa dada trincheira, são validas até metade da distância aos pontos
amostrados anterior e posterior, localizados nas duas trincheiras adjacentes. A tabela 2.3
em anexo incorpora os resultados obtidos com este método

De acordo com os dados listados na tabela 2.3 em anexo, calculou-se os valores médios
da espessura do filão, teor do jazigo, e a reserva de minério.

 Espessura média do filão =21,21/32 trincheiras = 0,66 m


 Teor médio do jazigo = 27188,9 g /811,35 t = 33,51 g/t
 Reserva de minério (para 170 metros de altura do filão)
 R= 811,35 t /m x 170 m = 137 929,5 t
 Reserva de ouro metal = 27188,9 g/m x170 m = 4 622,3 kg Au
4.LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
Q- gasto especifica de SE por m3 de rocha a fragmentar no maciço (kg/m3) determina-se
de acordo com a tabela 13

S- Área da secção transversal da escavação m3

D- Diâmetro dos cartuchos de SE, cm

Y- Coeficiente de enchimento dos furos com Substancias Explosivas, Selecciona-se de


acordo com a tabela 20.

P – Densidade da SE nos Cartuchos, g/cm3

U: Fonte, de corrente de tensão Controlar a Resistência da rede vai ser uma ponte de R-
353.

R: a Resistência de cada detonador

N: número de detonadores ligados em serei

Rm: Resistência de professores

P: Resistividade dos condutores

LS. Comprimento acima

K: Coeficiente que considera o aumento do tempo de detonadores devido ao tempo


irregular.

S: Área de secção transversal do condutor

I: Comprimento de cartucho

I: Comprimento do furo de corte

I: Em torno do comprimento do furo

R: A resistência de cada detonador.


Ctp: Capacidade de trabalho do padrão de Substancia Explosiva

Cr: Capacidade de trabalho da substancia com a qual estamos a trabalhar

Q: especifico custa de substancia (1.4kg/m3)

SP: Área da secção transversal (11.79m2)

Qb: = 1.4kg/m3: é tomada a partir da tabela 8.4 (Fragmentação bomba rochas Book)
taxa de ocupação dos buracos tabelas 8.6 (0,6)

Dc: Diâmetro Cartuchos (3.2 centímetros)

P: densidade da Substancia explosiva nos cartuchos (1.15kg cm3)

C: Número de corona

A,: Número de reserva de perfuração

A: Número de Plataformas de trabalho

K: Número de coroas para cada trabalho de Perfuração

K,: Número de coroas de Perfuração por reserva.


CÁLCULOS DO PARÂMETRO DA PEDRA DE FOGO
ANEXO
PROJECTO DE FRAGMENTAÇÃO DE ROCHAS

Anexo #7 (INFORMAÇÕES GERAIS)


Índice Unidade Quantidade
Medida
Área de la Sícion transversal de la execavacion M2
____TIPO________
LABOREO
Coeficiente de fortaleza de la roca Séguin -----
protodiakonov

Maquina perfuradora neumática


____TIPO__ U
CANTIDAD
Dispositivos de instalacion pata U
Neumática ____TIPO____
CANTIDADE
CORONAS ____TIPO_____ U
CANTIDADE
Cantidad de barrenos por ciclo:
Total
Corte U
Arranque
Contorno
Cantidad de metros de perforacion: m
Por m/m
Ciclo m/m
Por metro de avance
Por metro cubico de roca a arrancar
Coeficiente de Utilizacion de los ----
Barrenos
Tipo de sustância explosiva ----
Gasto de sustância explosiva: por Kg
Ciclo Kg/m
Por metro de avance Kg/m3
Por metro cúbico de roca
Médios de explosion TIPO U

Gasto de médios de explosion: por


Ciclo
Por metro de avance U
Por metro cúbico de roca
Relleno __MATERIAL___ Kg
GASTO
Avance del frente por ciclo m
CONCLUSÃO
Uma mina Subterrânea apresenta mudanças constantes em seus padrões e
características, que podem variar de acordo com o tipo de depósito mineral em que está
instalada, avanço vertical da lavra, demandas da área de planejamento a longo e curto
prazo, necessidade de retorno financeiro, dentre outros inúmeros factores que
incentivam a busca pela melhoria contínua e optimização nos processos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA - ABREU, P.A.; RENGER, F.E. Serra do Espinhaço Meridional: Um
Orógeno de Colisão do Mesoproterozóico. Revista Brasileira de Geociências, edição 32
(1), 2002. p. 1 – 14.

ALONSO, J. B.; GÓMEZ, J. C.; HERBERT, J. H. Perforación y Voladura de


Rocas en Minería. Politécnica, Madrid, 2013. 264p.

ATLAS COPCO. Atlas Copco Blasthole Drills DM30 II- Series. 2018. 4p. Disponível
em :< https://www.epiroc.com/content/dam/atlas-copco/mining-and-rock-excavation-

technique/drilling-solutions/documents/DM30_II_US_high%20res.pdf>: Acesso em

25/06/2018

ATLAS COPCO. Surface Drilling. Fourth edition, 2008. p. 9. Disponível em :<


https://www.fing.edu.uy/iiq/SurfaceDrilling.pdf:> Acesso em 15/06/2018

BORGES, T. C. Análise dos Custos Operacionais de Produção no


Dimensionamento de

Frotas de Carregamento e Transporte em Mineração. Programa de Pós-Graduação


em Engenharia Mineral, Universidade Federal de Ouro Preto, 2013. 116p.
BRITANITE. Manual básico de utilização de explosivos. 20-?. P. 25

CAMERON, A. & HAGAN, T. Curso Internacional: Tecnologia de desmonte de


rochas com Explosivos para minas a céu aberto e subterrâneas. Belo Horizonte:
IBRAM, 1996. 146p

Você também pode gostar